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A importância da metodologia do lúdico na EJA no processo de ensino e aprendizagem

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MINISTERIO DE EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES - PARFOR 
 
 
 
 
 
 
BENEDITO DA SILVA MONTEIRO 
ELIANE SILVA MONTEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA DO LÚDICO NA EJA NO 
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOMÉ-AÇU 
2015 
 
 
 
BENEDITO DA SILVA MONTEIRO 
ELIANE SILVA MONTEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA DO LÚDICO NA EJA NO 
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM. 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
como requisito parcial para a obtenção do grau 
de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade 
Federal Rural da Amazônia no PARFOR. 
 
 
Orientador: Profº MSc. Philip Cooley Junior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOMÉ-AÇU 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M772i Monteiro, Benedito da Silva 
 
 A importância da metodologia do lúdico na EJA no processo de 
ensino e aprendizagem./ Benedito da Silva Monteiro, Eliane Silva 
Monteiro. – Tomé-Açu: UFRA, 2015. 
 40 f.: il. 
 
 Orientador: Prof. MSc. Philip Colley Junior. 
 Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) – 
Universidade Federal Rural da Amazônia, 2015. 
 
 
 1. Educação – Jovens e Adultos. 2. Aprendizagem. I. Monteiro, 
Eliane Silva. II. Título. 
 CDD 374 
 
Biblioteca/ Universidade Federal Rural da Amazônia - Campus Tomé-Açu (PA). 
Bibliotecária Lisonete da Silva Lira – CRB-2/1469. 
 
 
 
 
BENEDITO DA SILVA MONTEIRO 
ELIANE SILVA MONTEIRO 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA DO LÚDICO NA EJA NO 
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM. 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção de 
formação em Licenciatura em pedagogia pela Universidade Federal Rural da 
Amazônia 
 
 
 
Aprovado em: _____/______/_______ 
 
 
Conceito:________________________ 
 
 
 
____________________________________________ 
Orientador: Profº. MSc. Philip Cooley Junior 
Universidade Federal Rural da Amazônia 
 
 
________________________________________________ 
Profª. DRª. Márcia Alessandra Brito de Aviz dos Santos 
Universidade Federal Rural da Amazônia 
 
 
_______________________________________________ 
Profª. MSc. Wanúbya do Nascimento Moraes Campelo 
Universidade Federal Rural da Amazônia 
 
 
 
TOMÉ-AÇU 
2015 
 
 
 
Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso 
acontecesse, ao longo de nossas vidas, e não somente nestes anos como 
universitários, mas que em todos os momentos é o maior mestre que uma pessoa 
pode conhecer. 
 Dedico este trabalho aos nossos pais pelo exemplo de coragem e 
persistência em suas metas. 
 A nossos filhos Herikson Silva Monteiro e Heshilla Silva Monteiro, que nos 
momentos de nossa ausência dedicados ao estudo superior, sempre fizeram 
entender que o futuro é feito a partir da constante dedicação no presente! 
Aos nossos irmãos e cunhados que tantas vezes usurpados da nossa 
presença, mas não do nosso amor, sempre torceram por nós para a concretização 
deste meu sonho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos a todos os amigos e familiares que de alguma forma doaram 
um pouco de si para que a conclusão deste trabalho se tornasse possível. 
Ao nosso Deus, pelo dom da vida e por ter nos dado foca e saúde porque 
sem Ele nada seria possível em nossas vidas. 
Aos professores da UFRA, especialmente ao Professor Orientador Philip 
Cooley Junior, pela contribuição, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas 
suas correções e incentivos, para o desenvolvimento deste TCC. 
 Aos nossos pais que apesar de todas as dificuldades nos fortaleceram e 
que para nós foi muito importante. 
Obrigada ao nossos filhos Herikson Silva Monteiro e Heshilla Silva Monteiro 
que mesmo nos momentos de angustia estiveram presente nos dando força para 
prosseguirmos. 
 Aos colegas de turma, pelos momentos de socialização de idéias e 
experiências de trabalho a todos os amigos nossa segunda família, que fortaleceram 
os laços de igualdade, num ambiente fraterno e respeitoso! Jamais lhes esquecerei, 
companheiros de trabalhos e irmãos na amizade que fizeram parte da nossa 
formação e que vão continuar presentes em nossas vidas com certeza. 
 Agradecemos a todos os professores por nos proporcionarem o 
conhecimento não apenas racional, mas a manifestação do caráter e afetividade da 
educação no processo de formação profissional, por tanto que se dedicaram a nós, 
não somente por terem nos ensinado, mas por terem nos feito aprender. A palavra 
mestre, nunca fará justiça aos professores dedicados aos quais sem nominar terão 
os meus eternos agradecimentos. 
 Obrigado muito especial aos professores Consola e Herik que contribuíram 
com a nossa pesquisa de campo. Agradecimento muito especial a Diretora da escola 
Moura Carvalho Jacksilene que possibilitou o estágio para a conclusão deste 
trabalho. A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que 
oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela 
acendrada confiança no mérito e ética aqui presente. A todos que direto ou 
indiretamente fizeram parte da nossa formação, o nosso muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Ensinar exige compreender que a educação é uma 
forma de intervenção no mundo” 
Paulo Freire 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
CEAA - Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos 
CNEA - Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo 
CNER - Campanha Nacional de Educação Rural 
CPC - Centros Populares de Cultura 
CPCPTAL - Campanha Pé no Chão Também se Aprende a Ler 
EDUCAR – Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos 
EJA – Educação de Jovens e Adultos. 
FNEP - Fundo Nacional do Ensino Primário 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
LDB – Lei de Diretrizes e Bases 
MCP - Movimento de Cultura Popular 
MEB - Movimento de Educação de Bases 
MEC – Ministério de Educação e Cultura 
MOBRAL - Movimento Brasileiro de Alfabetização 
PEI – Programa de educação Total 
UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
TABELA 1 - TEMPO DE DOCÊNCIA ....................................................................... 31 
TABELA 2 - TEMPO DE DOCÊNCIA NA EJA ......................................................... 31 
TABELA 3 - O QUE É O LÚDICO PARA VOCÊ ....................................................... 31 
TABELA 4 - UTILIZAÇÃO DO LÚDICO EM SALA DE AULA ................................... 32 
TABELA 5 - ATIVIDADES LÚDICAS UTILIZADAS PELOS DOCENTES ................ 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho é o resultado de um estudo que objetivou verificar a 
importância da metodologia do lúdico na EJA no processo de ensino e 
aprendizagem da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Geolas de Moura 
Carvalho”. A utilização do lúdico é umas das metodologias essenciais para a 
compreensão e motivação do aluno pela aula. O lúdico, quando utilizado na 
educação, torna-se uma das ferramentas importante que possibilita essa motivação, 
facilitando a aprendizagem. Com base nessas informações o intuito desta pesquisa 
foi pautado nas seguintes perguntas: O entendimento do professor sobre o que é 
lúdico se costuma utilizar a ludicidade em suas aulas e se todos os alunos 
participam das atividades ou há resistência a este recurso?A utilização da 
metodologia do lúdico na turma do EJA, não se resume só no brincar, porém, vai 
ajudar na formação de estratégias, percepção e interaçãocom os demais, 
alcançando uma dimensão mais ampla na assimilação dos conteúdos. A 
metodologia utilizada foi à pesquisa bibliográfica e de campo, com a utilização de 
questionários verificando que é fundamental compreender a atividade lúdica para 
usá-la como recurso pedagógico, pois de posse desse conhecimento o professor 
poderá intervir de maneira efetiva no processo de aquisição de conhecimento e na 
busca de subsídios que atendam as reais necessidades de seus alunos. 
 
 
PALAVRAS- CHAVE: Lúdico; Importância; Aprendizagem; Educação de Jovens e 
Adultos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This work is the result of a study that aimed to determine the importance of 
playful methodology in adult education in the teaching and learning of the Municipal 
School of Basic Education "Geolas de Moura Carvalho". Using playful is one of the 
key methodologies for understanding and student motivation by class. The playful 
when used in education, it is one of the important tools that enables this motivation, 
facilitating learning. Based on this information the purpose of this research was 
guided by the following questions: Understanding the teacher about what is ludic 
playfulness is commonly use in their classes and all students participate in activities 
or there is resistance to this feature Using the methodology the playful EJA in the 
class, not only summarizes the play, however, will help in forming strategies, 
perception and interaction with others, reaching a wider dimension in the assimilation 
of content. The methodology used was the bibliographical and field research, with the 
use of questionnaires that checking is essential to understand the play activity to use 
it as an educational resource, for possession of this knowledge the teacher can 
intervene effectively in the process of knowledge acquisition and the search for 
grants that meet the real needs of their students. 
 
 
KEY-WORDS: Playful; Learning; Motivation; Youth and Adults. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ............................................................................ 16 
2.1 Aspectos Históricos da EJA no Brasil ............................................................ 16 
2.2 Educação de Jovens e Adultos - EJA.............................................................. 22 
2.3 Processo de Aprendizagem ............................................................................. 22 
2.4 Dificuldade e Aprendizagem Na EJA ............................................................... 23 
2.5 O lúdico .............................................................................................................. 24 
2.6 O Lúdico na Educação de Jovens E Adultos .................................................. 25 
2.7 O Papel o Educador a EJA ............................................................................... 27 
3 MATERIAIS E METODOS ..................................................................................... 29 
3.1 Local da Pesquisa ............................................................................................. 29 
3.2 Instrumento de Avaliação ................................................................................. 29 
3.2.1 Questionário Qualitativo ................................................................................... 29 
3.2.2. Número de Amostra ........................................................................................ 29 
3.2.3. Característica da Amostra ............................................................................... 30 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 31 
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 34 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35 
APÊNDICE ................................................................................................................ 37 
ANEXOS ................................................................................................................... 40
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A proposta deste trabalho é mostrar a importância do lúdico para a educação 
de jovens e adultos EJA. O lúdico são jogos e brincadeiras que contribuem na 
construção do processo de aprendizagem na educação da EJA, onde os professores 
buscam incentivar diversas habilidades por meio dessa metodologia. Além de 
propiciar momentos prazerosos para o aluno, exercita e promove o raciocínio lógico 
e abstrato. Enfim, estará fazendo uso da abstração para construir através da 
imaginação seu mundo. 
Deste modo, o papel do professor no processo didático é provocar a 
participação coletiva e desafiar o aluno a buscar soluções através dos jogos. 
Durante o processo de ensino e aprendizagem é necessário que o educador resgate 
o lúdico como instrumento na construção do conhecimento. 
A pesquisa será realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental 
“Moura Carvalho”, está localizada no bairro da Pedreira na Rua Dr. José da Gama 
Malcher do município de Tomé Açu, com a Educação de Jovens e Adultos (EJA), na 
turma da 2ª etapa. 
Esta pesquisa tem um importante papel na aprendizagem dos alunos com a 
utilização do lúdico na EJA, na perspectiva de aprendizagem para um retorno melhor 
e maior. Pois o brincar com turma de jovens e adultos é utilizar a metodologia do 
lúdico como uma das ferramentas de ensino. 
A realidade de brincar através do lúdico com a turma da EJA leva-nos a 
pensar a existência de um espaço para o desenvolvimento e verificar que tipo de 
transformação teve em vivência a respeito desse processo, fazer com que ele se 
desenvolva em sua perspectiva social, cultural e político. 
No entanto, o lúdico na turma do EJA, não se limita só no brincar, mas 
propor estratégias de percepção e interação, alcançando uma dimensão mais ampla 
na assimilação dos conteúdos. 
Muitas vezes os alunos têm dificuldades principalmente em entender os 
conteúdos. Sendo que normalmente, são transmitidos na maioria das escolas, de 
maneira abstrata, no entanto, o lúdico vem como uma das ferramentas, que ajuda o 
processo ensino-aprendizagem. Portanto, rompe essas tensões e aproxima o 
educando do educador na aquisição de novos conhecimentos através da interação. 
13 
 
Com isso, o lúdico na vida do educando é um importante, processo de 
ensino-aprendizagem da EJA. É um grande laboratório que requer a atenção do 
professor de jovens e adultos, sendo que ocorre valorização dessa metodologia para 
que a aprendizagem aconteça de maneira prazerosa e eficaz. 
 
Segundo Santos (1997) a ludicidade: 
 
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e 
não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do 
aspecto lúdico facilita a aprendizagem. O desenvolvimento pessoal, 
social, e cultural colabora para uma boa saúde mental, prepara para 
um estado inferior fértil, facilita os processos de socialização 
comunicação, expressão e construção do documento (SANTOS.1997 
p.12) 
 
A maioria das pessoas assimila de forma mais rápida quando o professor se 
utiliza de uma metodologia voltada para ludicidade no momento de trabalhar os 
conteúdos. Portanto o reconhecimento dessa importante ferramenta na atividade 
pedagógica como meio facilitador no processo de aprendizagem do educando. 
Bem como em todas as modalidades de ensino, assim como para o 
desenvolvimento sócio cultural, facilitando a interação e a comunicação do aluno no 
meio em que vive. 
O lúdico na classe do EJA não se resume só no brincar mais também 
desenvolve a capacidade do ser por meio de jogos. Portanto, acreditamos que os 
jovens e adultos coma utilização dessa mitologia sem ser diferenciada alcançará 
uma dimensão mais ampla a respeito dos conteúdos que são trabalhados na sala de 
aula. 
Alguns questionamentos nortearam a pergunta: É importante o lúdico para a 
aprendizagem da EJA? De que forma está sendo trabalhado o lúdico na educação 
de jovens e adultos? Quais as dificuldades encontradas na utilização da ludicidade? 
Qual o papel do educador na utilização do lúdico na EJA? Os docentes fazem uso de 
atividades lúdicas em suas aulas? 
Neste contexto couberam ao presente trabalho alguns questionamentos 
sobre uma aprendizagem significativa através do lúdico: as atividades acasas podem 
ser uma ferramenta que estimule o interesse dos educando. 
14 
 
Ao se falar em educação é necessário esclarecer que o que deve estar em 
pauta é em primeiro plano o interesse do estudante como propulsor da 
aprendizagem. É necessário que o educando sinta-se seduzido para que encontre 
um significado a partir das atividades desenvolvidas em sala. Nesse sentido o 
aprender brincando tem um papel motivador no despertar do interesse do aluno e 
envolvê -lo em algo que tenha um significado real para ele. 
A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino com 
especificidades que precisa ser consideradas no cotidiano escolar. Um dos fatores 
inquietante que motivou a pesquisa foi averiguar se o lúdico auxilia na construção de 
representações e significados por parte dos docentes e discentes. Assim, buscamos 
compreender como a realidade colocada através das brincadeiras e jogos é 
percebida pelos jovens e adultos, fazendo a interação entre sua real situação e os 
conhecimentos sistematizados que são trabalhados na escola. 
 Neste processo, almejando um ensino-aprendizagem emancipatório, 
superador da educação tradicional, é que vislumbramos que as vivências lúdicas 
estejam efetivamente presentes na sala de aula, contribuindo para a compreensão e 
enriquecimento da realidade de vida dos alunos jovens e adultos. 
 Para desenvolver a temática, o trabalho está estruturado em duas partes. 
Inicialmente fazemos uma breve abordagem teórica referente à temática ludicidade 
na EJA, abordando principalmente questões que envolvem a importância e a 
necessidade de aulas direcionadas com dinâmicas e jogos que possam envolver, 
divertir e ao mesmo tempo, ensinar e formar novas aprendizagens. 
 Em seguida, enfoca-se o resultado da pesquisa de campo, na qual 
verificamos pontos relevantes quanto à utilização do lúdico na EJA. A análise 
exposta nesta comunicação foi feita numa perspectiva qualitativa, para melhor 
percebermos a realidade específica da escola pesquisada, sem intenção de 
generalizar os resultados. 
Ao final fazemos nossas considerações enfatizando que é significativo aos 
docentes o envolvimento em busca de novas metodologias que atendam e 
despertem o interesse e a motivação dos educando. 
Através desta pesquisa objetivou-se verificar a importância da metodologia e 
a utilização de recursos lúdicos no processo de ensino e aprendizagem na educação 
de jovens e adultos, e se os mesmos contribuem para que o educando possa ser um 
ator importante na difusão do conhecimento, e se os docentes incentivam a 
15 
 
produção de atividades lúdicas como histórias em quadrinho, paródias, jogos como 
instrumentos didáticos para facilitar e tornar as aulas teóricas mais interessantes. 
 Este trabalho objetivou ainda entrevistar professores da educação de jovens 
e adultos da Escola “Moura Carvalho” para verificar a utilização de atividades lúdicas 
em suas aulas e se os professores consideram essas atividades importantes para o 
desenvolvimento intelectual dos alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 
 
2.1 Aspectos Históricos da EJA no Brasil. 
 
Nesta seção apresentamos os principais aspectos históricos da EJA no 
Brasil. À história da Educação de Jovens e Adultos - EJA apresenta muitas 
variações ao longo do tempo, demonstrando estar estreitamente ligada às 
transformações sociais, econômicas e políticas que caracterizaram os diferentes 
momentos históricos do país. Inicialmente, a alfabetização de adultos para os 
colonizadores tinha como objetivo instrumentalizar a população, ensinando-a a ler e 
a escrever. 
 Os filhos dos colonos e dos mestiços também recebiam instruções dos 
jesuítas, através dos subprodutos das escolas de ordenação criadas pelo Padre 
Manoel da Nóbrega. No séc. XVIII, os jesuítas contavam com 17 colégios e 
seminários, 25 residências e 36 missões, além dos seminários menores e das 
escolas de alfabetização presentes em quase todo o território.Os colégios de 
formação religiosa abrigavam os filhos da elite; frequentavam também os que não 
queriam se tornar padres, mas que não tinham outra opção a não ser seguir as 
orientações jesuíticas, que evoluíram para o plano de estudos da Companhia de 
Jesus, que articulava um curso básico de Humanidades com um de Filosofia seguido 
por um de Teologia, que, a depender dos recursos, culminava com uma viagem de 
finalização à Europa (ARANHA, 2006). 
A expulsão dos jesuítas e as reformas feitas Pelo Marquês de Pombal, não 
puseram fim à influência jesuítica no setor educacional, visto que os novos mestres 
escola e os preceptores da aristocracia rural foram formados pelos jesuítas; e os 
mestres leigos das aulas e escolas régias se mostraram incapazes de incorporar a 
modernidade que norteava a iniciativa pombalina. O processo de substituição dos 
educadores jesuítas durou treze anos, período em que a uniformidade de sua ação 
pedagógica foi substituída pela diversidade das disciplinas isoladas. De algum 
modo, a saída dos jesuítas estabeleceu o ensino público no Brasil (ARANHA, 2006). 
Desde a Revolução de 1930, as mudanças políticas e econômicas 
permitiram o início da consolidação de um sistema público de educação elementar 
no país. A Constituição Federal de 1934 estabeleceu a criação de um Plano 
Nacional de Educação, que indicava pela primeira vez a educação de adultos como 
17 
 
dever do Estado, incluindo em suas normas a oferta do ensino primário integral, 
gratuito e de freqüência obrigatória, extensiva para adultos. 
 A década de 1940 foi marcada por algumas iniciativas políticas e 
pedagógicas que ampliaram a educação de jovens e adultos: a criação e a 
regulamentação do Fundo Nacional do Ensino Primário – FNEP a criação do 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas – INEP; o surgimento das primeiras obras 
dedicadas ao ensino supletivo; o lançamento da Campanha de Educação de 
Adolescentes e Adultos - CEAA, entre outros. 
 Este conjunto de iniciativas permitiu que a educação de adultos se firmasse 
como uma questão nacional. Ao mesmo tempo, os movimentos internacionais como 
a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – 
UNESCO exerceram influência, reconhecendo os trabalhos que vinham sendo 
realizados no Brasil e estimulando a criação de programas nacionais de educação 
de adultos analfabetos. 
As mobilizações da sociedade em torno da alfabetização de adultos foram 
abundantes nas primeiras décadas do século XX, em grande parte, geradas pela 
vergonha dos intelectuais, com o censo de 1890, que constatou que 80% da 
população brasileira era analfabeta.Surgiram as "ligas", que se organizaram no 
interior, a exemplo da Liga Brasileira Contra o Analfabetismo, em 1915, no Rio de 
Janeiro (STEPHANOU, 2005). 
A partir de 1945, com a aprovação do Decreto nº19.513, de 25 de agosto de 
1945, a Educação de Adultos tornou-se oficial. Daí por diante novos projetos e 
campanhas foram lançados com o intuito de alfabetizar jovens e adultos que não 
tiveram acesso à educação em período regular. Dentre estes se pode citar: a 
Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA (1947); o Movimento 
de Educação de Base – MEB, sistema rádio educativo criado na ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil com o apoio do Governo Federal (1961); além dos 
Centros Populares de Cultura – CPC (1963), Movimento de Cultura Popular – MCP e 
a Campanha Pé no Chão Também se Aprende a Ler – CPCTAL, sendo que o 
primeiro estava mais voltado para atender às necessidades de qualificação da 
mãode-obra para o setor industrial (além da necessidade de ampliar os “currais” 
eleitorais mantidos pelas práticas “clientelísticas”), os demais tinham o intuito de 
atender às populações das regiões menos desenvolvidas, além da preocupação de 
18 
 
conscientização e integração desse grupo através da alfabetização e utilização do 
sistema Paulo Freire (BRASIL, 1945). 
Em 1946, com a instalação do estado nacional desenvolvimentista, houve 
um deslocamento do projeto político do Brasil, passando do modelo agrícola e rural 
para um modelo industrial e urbano, que gerou a necessidade de mão-de-obra 
qualificada e alfabetizada. 
 Em 1947, o Ministério de Educação e Cultura promoveu a Campanha de 
Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA. A campanha possuía duas 
estratégias: os planos de ação extensiva (alfabetização de grande parte da 
população) e os planos de ação em profundidade (capacitação profissional e 
atuação junto à comunidade). O objetivo não era apenas alfabetizar, mas aprofundar 
o trabalho educativo. 
No meio urbano visava a preparação de mão-de-obra alfabetizada para 
atender às necessidades do contexto urbano-industrial. Na zona rural, visava fixar o 
homem no campo, além de integrar os imigrantes e seus descendentes nos Estados 
do Sul. 
Ainda em 1947, realizou-se o 1º Congresso Nacional de Educação de 
Adultos. E em 1949 foi realizado mais um evento de extrema importância para a 
educação de adultos: o Seminário Interamericano de Educação de Adultos. Em 
1952 foi criada a Campanha Nacional de Educação Rural – CNER, inicialmente 
ligada a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos - CEAA. A CNER 
caracterizou-se, no período de 1952 a 1956, como uma das instituições promotoras 
do processo de desenvolvimento de comunidades no meio rural brasileiro. Contava 
com um corpo de profissionais de áreas diversas como agronomia, veterinária, 
medicina, economia doméstica e assistência social, entre outras, que realizavam 
trabalho de desenvolvimento comunitário junto às populações da zona rural. 
Ainda nos anos de 1950, foi realizada a Campanha Nacional de Erradicação 
do Analfabetismo – CNEA, que marcou uma nova etapa nas discussões sobre a 
educação de adultos. 
Seus organizadores compreendiam que a simples ação alfabetizadora era 
insuficiente, devendo dar prioridade à educação de crianças e jovens, aos quais a 
educação ainda poderia significar alteração em suas condições de vida. Segundo 
Vieira (2004), "A CNEA, em 1961, passou por dificuldades financeiras, diminuindo 
19 
 
suas atividades. Em 1963 foi extinta, juntamente com as outras campanhas até 
então existentes" (p. 21-22). 
Em 1958, foi realizado o 2º Congresso Nacional de Educação de Adultos, 
objetivando avaliar as ações realizadas na área e visando propor soluções 
adequadas para a questão. Foram feitas críticas à precariedade dos prédios 
escolares, à inadequação do material didático e à qualificação do professor. 
 A delegação de Pernambuco, da qual Paulo Freire fazia parte, propôs uma 
educação baseada no diálogo, que considerasse as características socioculturais 
das classes populares, estimulando sua participação consciente na realidade social. 
Nesse congresso se discutiu, também, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB), Lei nº 4024/61 e, em decorrência, foi elaborada em 1962 o Plano 
Nacional de Educação, sendo extintas as campanhas nacionais de educação de 
adultos em 1963. 
Na década de 1960, com o Estado associado à Igreja Católica, novo impulso 
foi dado às campanhas de alfabetização de adultos. No entanto, em 1964, com o 
golpe militar, todos os movimentos de alfabetização que se vinculavam à idéia de 
fortalecimento de uma cultura popular foram reprimidos. O Movimento de Educação 
de Bases – MEB sobreviveu por estar ligado ao MEC e à igreja Católica. Todavia, 
devido às pressões e à escassez de recursos financeiros, grande parte do sistema 
encerrou suasatividadesem1966. 
A década de 1970, ainda sob a ditadura militar, marca o início das ações do 
Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL, que era um projeto para se 
acabar com o analfabetismo em apenas dez anos. Após esse período, quando já 
deveria ter sido cumprida essa meta, o censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística – IBGE registrou 25,5% de pessoas analfabetas na 
população de 15 anos ou mais. O programa passou por diversas alterações em seus 
objetivos, ampliando sua área de atuação para campos como a educação 
comunitária e a educação de crianças. 
O MOBRAL cresceu por todo território nacional, variando sua atuação. 
Algumas ações que surgiram foram as do Programa de Alfabetização, seno ao mais 
importante o PEI - Programa de Educação Total, que correspondia a uma 
condensação do antigo curso primário, pois este programa abria oportunidade para 
o jovem continuar os estudos, para os recém-analfabetos, bem como para os 
20 
 
chamados analfabetos funcionais, aquelas pessoas que não dominavam a leitura e a 
escrita. (RIBEIRO,2001). 
O ensino supletivo, implantado em 1971, foi um marco importante na história 
da educação de jovens e adultos do Brasil. Foram criados os Centros de Estudos 
Supletivos em todo o país, com a proposta de ser um modelo de educação do futuro, 
atendendo às necessidades de uma sociedade em processo de modernização. O 
objetivo era escolarizar um grande número de pessoas, mediante um baixo custo 
operacional, satisfazendo às necessidades de um mercado de trabalho competitivo, 
com exigência de escolarização cada vez maior. 
O sistema não requeria freqüência obrigatória e a avaliação, era feita em 
dois módulos: uma interna, ao final dos módulos e outra externa, feita pelos sistemas 
educacionais. Contudo, a metodologia adotada gerou alguns problemas: o fato de os 
cursos não exigirem freqüência fez com que os índices de evasão fossem elevados, 
o atendimento individual impediu a socialização do aluno com os demais colegas, a 
busca por uma formação rápida a fim de ingressar no mercado de trabalho restringiu 
o aluno à mera busca do diploma sem conscientização da necessidade do 
aprendizado. 
Na visão de Haddad (1991), os Centros de Estudos Supletivos não atingiram 
seus objetivos verdadeiros, pois, não receberam o apoio político nem os recursos 
financeiros suficientes para sua plena realização. Além disso, seus objetivos 
estavam voltados para os interesses das empresas privadas de educação. 
No início da década de 1980, a sociedade brasileira viveu importantes 
transformações sócio-políticas, com o fim dos governos militares e a retomada do 
processo de democratização, basta lembrar-se da campanha nacional a favor das 
eleições diretas. Em 1985, o MOBRAL foi extinto, sendo substituído pela Fundação 
EDUCAR. 
O contexto da redemocratização possibilitou a ampliação das atividades da 
EJA. Estudantes, educadores e políticos organizaram-se em defesa da escola 
pública e gratuita para todos. A nova Constituição Federal de 1988 trouxe 
importantes avanços para a EJA: o ensino fundamental, obrigatório e gratuito, 
passou a ser garantia constitucional também para os que a ele não tiveram acesso 
na idade apropriada. 
A partir da década de 1980 e 1990, a educação deixou de ser um ensino 
voltado para o tradicionalismo, fazendo com que os educadores buscassem novas 
21 
 
propostas de ensino, com intuito de ajudar no crescimento do aluno para um ensino 
mais qualificado para um futuro melhor para humanidade. A década de 1990 não foi 
muito benéfica, devido a vários empecilhos que contribuíram para que se chegasse 
a essa conclusão. Devido à falta de políticas ogoverno não deu apoio à Educação 
de Adultos, chegando a contribuir para o fechamento da Fundação Educar,além de 
ocorrer um grande vazio político,no que se refere a esse setor,mas em 
compensação, alguns Estados e Municípios assumiram a responsabilidade de 
oferecer educação para os alunos da EJA . (Id, 2006). 
Em janeiro de 2003, o MEC anunciou que a alfabetização de jovens e 
adultos seria uma prioridade do novo governo federal. Para isso, foi criada a 
Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo, cuja meta era erradicar o 
analfabetismo durante o mandato de quatro anos do governo Lula. 
 Para cumprir essa meta foi lançado o Programa Brasil Alfabetizado, por 
meio do qual o MEC contribuiria com os órgãos públicos estaduais e municipais, 
instituições de ensino superior e organizações sem fins lucrativos que 
desenvolvessem ações de alfabetização. Este programa, ainda em vigência, 
direcionou-se ao desenvolvimento de projetos com as seguintes ações: 
Alfabetização de jovens e adultos e formação de alfabetizadores. 
A história da EJA no Brasil está muito ligada a Paulo Freire, desenvolvido na 
década de 1960, teve sua primeira aplicação na cidade de Angicos, no Rio Grande 
do Norte. E, com o sucesso da experiência, passou a ser conhecido em todo país, 
sendo praticado por diversos grupos de cultura popular. Com ele ocorreu uma 
mudança no paradigma teórico-pedagógico sobre a EJA. Surge uma nova 
concepção de alfabetização, aonde a língua escrita vem acompanhada por um 
processo de construção do conhecimento, que se dá por meio de diálogos de 
interação entre educador e educando. 
A nova Constituição é um desafio para o Estado e a sociedade, pois os 
problemas do sistema educacional brasileiro deixam claro uma prática político-
econômica contraditória frente à nova Lei. 
Portanto, é importante destacar que a marginalização e a ausência de 
horizontes de mudança social que afetam populações em situação de pobreza 
extrema influem na falta de motivação e nas dificuldades que tanto jovens quanto 
adultos ou idosos enfrentam para se inserir em processos de escolarização. Esse é 
22 
 
o motivo pelo qual se recomenda que a educação de pessoas jovens e adultas 
adote uma perspectiva integral e estratégias intersetoriais e interministeriais. 
 
2.2 Educação de Jovens e Adultos - EJA 
 
Nessa seção apresentaremos um pouco de que e a EJA segundo a abra de 
(AGUIAR, 2001). A Educação de Jovens e Adultos – EJA é uma modalidade da 
educação básica destinada aos jovens e adultos que não tiveram acesso ou não 
concluíram os estudos no ensino fundamental e no ensino médio. 
É importante destacar a concepção ampliada de educação de jovens e 
adultos no sentido de não se limitar apenas à escolarização, mas também 
reconhecer a educação como direito humano fundamental para a constituição de 
jovens e adultos autônomos, críticos e ativos frente à realidade em que vivem. 
A idade mínima para ingresso na EJA é de 15 anos para o ensino 
fundamental e 18 anos para o ensino médio. 
A sociedade cobra do Estado, nas dimensões políticas e culturais, ações 
que promovam a educação de jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de 
cumpri-la em tempo adequado. 
Diante dessa realidade, a maioria dos alunos que frequentam a EJA, 
incluindo os adolescentes, são trabalhadores, que se dispõe a frequentar esses 
cursos noturnos, motivados a melhorar suas condições de vida com expectativa de 
dar continuidade aos estudos e se aperfeiçoar profissionalmente. 
 
2.3 PROCESSO DE APRENDIZAGEM 
 
A aprendizagem é uma atividade individual que se desenvolve em um 
sistema único e contínuo, tornando os dados recebidos cheios de significados. 
Alguns dos componentes básicos da educação são: prestar atenção, compreender, 
aceitar, reter, transferir e agir (CIASCA, 2004). 
Definir aprendizagem é algo complexo, pois envolve a interação de diversos 
fatores e processos. Muitos docentes confundem a aprendizagem com 
manifestações exteriores e os resultados que estas geram. Na verdade, o professor 
não compreende de forma clara o que se passa no interior do sujeito quando ele 
aprende (LAKOMY, 2008). 
23 
 
Quando por meio de uma experiência, há mudança de um conhecimento 
anterior sobre uma idéia, comportamento ou conceito, é sinal de que ocorreu 
aprendizagem. Para a aprendizagem ocorrer, é necessário ter uma interação ou 
troca de experiências entre o indivíduo com o meio ou com o ambiente educacional 
(LAKOMY, 2008) 
O processo de ensino é composto de quatro elementos: o professor, o aluno, 
o conteúdo e as variabilidades ambientais (características da escola). Analisando 
esses elementos, pode-se identificar as variáveis de influência do processo de 
ensino e aprendizagem. Quanto ao aluno deve-se analisar a capacidade 
(inteligência, velocidade de aprendizagem), os conhecimentos prévios, a disposição, 
a vontade, o interesse, entre outros fatores que podem influenciar no seu 
aprendizado. O conteúdo, por sua vez, deve estar adequado as condições do aluno 
e deve ter aplicabilidade prática e significado para o mesmo. 
 O conhecimento sobre as teorias da aprendizagem têm inspirado o uso de 
estratégias para que o professor estimule o desenvolvimento cognitivo e o processo 
de aprendizagem do seu aluno, de forma que se torne mais produtiva e duradoura 
(LAKOMY, 2008). 
O professor deve ter atitude, capacidade inovadora, comprometimento com 
o processo de ensino e aprendizagem e acima de tudo deve exercer a relação entre 
professor e aluno. Por fim, a escola deve ter entendimento da essência do processo 
educacional. O entendimento e a interação entre esses quatro elementos devem ser 
o cerne do processo de melhoria da qualidade de ensino (SANTOS, 2001). 
 
2.4 Dificuldade de Aprendizagem na EJA 
 
Nas turmas de educação de jovens e adultos muitos são os alunos que 
possuem barreiras à aprendizagem. As barreiras são obstáculos que se impõem, 
criando dificuldades no aprender. Os fatores que levam a essas dificuldades são 
muitos: podem ser intrínsecos ou externos aos alunos (CARVALHO, 1999). 
Os obstáculos à aprendizagem não são exclusivos dos alunos com 
deficiência visual, auditiva, autistas, entre outros. As barreiras à aprendizagem, que 
podem ser temporárias ou permanentes, fazem parte do cotidiano das escolas e de 
quase todos os alunos, deficientes ou ditos normais (CARVALHO, 1999). 
24 
 
Promover a aprendizagem de jovens e adultos não é uma tarefa fácil, visto 
que a maiorias dos alunos procuram novamente a escola, devido à necessidade de 
ler e escrever satisfatoriamente, bem como atualizar-se para o mercado de trabalho. 
 Quando um aluno retorna para sala de aula possui grandes dificuldade, pois 
em sua maioria, ficou muitos anos fora da escola, ou nunca entrou nela. Apresentam 
a estima muito baixa, se sentem inseguros e acham dificuldades durante todo o 
processo ensino-aprendizagem. As dificuldades podem surgir de fatos mentais, 
neurológicos e emocionais e é importante que sejam descobertas a fim de auxiliar no processo 
educativo. 
Mesmo com todos os entraves e dificuldades encontradas para efetivação e 
implementação de novas práticas, fica evidente que as professoras dentro das suas 
limitações estão procurando implementar suas aulas com atividades prazerosas. 
Porém, apesar de todos os benefícios que a ludicidade trás para sala de 
aula, percebemos que professoras ainda utilizam os jogos esporadicamente, em 
atividades eventuais, trabalhando geralmente jogos matemáticos, de montagem de 
letras, algumas construções e outros. 
 
2.5 O Lúdico 
 
Lúdico é um adjetivo masculino com origem no latim ludos que remete 
para jogos e divertimento. Uma atividade lúdica é uma atividade de 
entretenimento, que dá prazer e diverte as pessoas envolvidas. O conceito de 
atividades lúdicas está relacionado com a ludicidade, ou seja, atividades 
relacionadas com jogos e com o ato de brincar.Os conteúdos lúdicos são muito importantes na aprendizagem. Isto porque é 
muito importante incutir nos alunos a noção que aprender pode ser divertido e 
satisfatório. As iniciativas lúdicas nas escolas potenciam a criatividade, e contribuem 
para o desenvolvimento intelectual dos alunos na aquisição do conhecimento 
intelectual. 
O lúdico não pode nem deve ser usado simplesmente para passar o tempo, 
como se não tivesse nenhum valor pedagógico. Ao contrário essas atividades devem 
envolver os alunos para o trabalho coletivo, é através das atividades lúdicas como 
jogo e brincadeiras que o adulto poderá indagar transformar e expressar suas 
vontades. 
25 
 
Neste sentido, Haidt (2003, p. 176) enfatiza que além dessas questões “o 
jogo tem um valor formativo porque contribui para a formação de atitudes sociais: 
respeito mútuo, solidariedade, cooperação, obediência às regras, senso de 
responsabilidade iniciativa, pessoal e grupal”. 
Outra questão a considerar é a concepção de formação humana contínua, 
segundo a qual todos, educadores e educando, são eternos aprendizes, trocando e 
inovando suas experiências e aumentando a perspectiva de permanência desses 
alunos na escola. Assim a escola deve constituir-se em um espaço de troca de 
experiências, onde a ludicidade auxiliam o professor na sua prática. 
 
2.6 O Lúdico na Educação de Jovens e Adultos 
 
A escola de jovens e adultos pode tornar-se para os educando um espaço 
privilegiado de formação com metodologias divertidas e dinamizadas, desfrutando de 
momentos prazerosos ao mesmo tempo construindo um conhecimento escolar 
agradável. 
De acordo com Santos (1997), A ludicidade é uma necessidade do ser 
humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O 
desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento 
pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um 
estado interior fértil, facilita os processos de socialização comunicação, expressão e 
construção do conhecimento 
Numa concepção lúdica, a linguagem oral e escrita deve ser considerada 
como forma de interação para externar pensamentos ou para apropriação de 
conhecimentos. Desse modo, poderemos através de jogos, brincadeiras, montagens 
e produções dos alunos criar um ambiente alfabetizador significativo e concreto. 
 Além disso, a descrição de objetos práticos pode ajudar o aluno no 
desenvolvimento de variadas dimensões. Portanto, a necessidade do lúdico como 
apoio para as novas práticas pedagógicas. 
 A utilização de jogos na educação de jovens e adultos estimula os alunos 
para uma participação ativa na prática escolar, envolvendo-os em trabalhos bem 
elaborados e tornando-os independentes para perceberem seus potenciais, 
enquanto agentes participativos. 
26 
 
Assim, quanto mais vivências lúdicas tiverem esses alunos maiores serão as 
suas participações em sala de aula, favorecendo até mesmo ao professor para que 
tenha um envolvimento maior com seus alunos com momentos prazerosos e 
descontraídos. Isto é significativo, pois a aprendizagem só ocorre quando o aluno 
participa ativamente do processo de construção e reconstrução do conhecimento. 
 Nesta construção os procedimentos didáticos devem ajudar o aluno a 
incorporar novas formas de aprender e desenvolver-se. Tanto os professores quanto 
os alunos investigados, de um modo geral, compreendem que o lúdico torna as 
atividades escolares mais atrativas e descontraídas. Constatou-se também que as 
professoras reconhecem a possibilidade de estabelecer, com utilização dos jogos, 
uma ligação entre o que o aluno já sabe e aquilo que ele ainda precisa alcançar. 
 Conforme demonstra Freire (1996) a tarefa do educador é desafiar o 
educando a pensar criticamente a partir de seu mundo imediato e não lhe impor um 
mundo alheio. Neste contexto, as professoras ao elaborarem atividades lúdicas se 
mostraram comprometidos com a realidade dos alunos, estimulando e trabalhando 
esses com novos procedimentos didáticos. 
Através do jogo a aprendizagem acontece de forma natural, com 
envolvimento e a participação ativa dos alunos, tornando a sala de aula um lugar 
onde se constroi conhecimento e não apenas se transfere informações. Através do 
jogo há um maior interesse do aluno em brincar e aprender mais rápido estimula a 
memória, eles acham interessantes. E também você tem a oportunidade de 
conhecer melhor os alunos interagir com eles, proporcionando a eles atitudes e 
valores ético através dos jogos essas atitudes são desenvolvidas sem obrigação de 
forma consciente, coletiva, com justiça e igualdade, sem discriminação. 
O valor da ludicidade é visível quando possibilita o relacionamento entre 
aluno e professores, que acabam criando um elo de respeito e companheirismo. Por 
outro lado, os alunos reconhecem que a ludicidade torna-os mais receptivos aos 
assuntos trabalhados. Isto demonstra que os jovens da EJA percebem o valor dos 
jogos e brincadeiras na sala de aula como um recurso pedagógico que os favorece 
em suas aprendizagens. 
 Mesmo com todos os entraves e dificuldades encontradas para efetivação e 
implementação de novas práticas, fica evidente que as professoras dentro das suas 
limitações estão procurando implementar suas aulas com atividades prazerosas. 
Porém, apesar de todos os benefícios que a ludicidade trás para sala de aula, 
27 
 
percebe-se que os professores ainda utilizam os jogos esporadicamente, em 
atividades eventuais, trabalhando geralmente jogos matemáticos, de montagem de 
letras, algumas construções e outros. Além destas questões já expostas, outro 
aspecto significativo mencionado pelas professoras refere-se à melhoria do 
relacionamento e da amizade que envolve a presença do lúdico no contexto escolar. 
 A formação continuada do educador da EJA também contribui para sua 
melhor atuação em sala de aula, pois possibilita um repensar de suas ações, para 
que através da troca de experiência com outros educadores ele seja capaz de 
melhorar a sua prática, afastando-se um pouco da rotina massacrante das aulas 
tradicionais e incorporando por meio da ludicidade a satisfação de compartilhar com 
o outro o saber. 
 
2.7 O Papel do Educador da EJA 
 
O papel fundamental do educador da EJA é mostrar aos educandos que não 
se deve ter vergonha, e sim, orgulho de voltar a estudar; ajudá-los a identificar o 
valor e a utilidade do estudo, através de atividades ligadas ao cotidiano; relacionar 
os conteúdos a atividades significativas; elaborar aulas estimulantes e dinâmicas; 
utilizar a experiência da turma como base na elaboração das aulas e dos projetos; 
ampliar os horizontes culturais dos alunos; criar um ambiente receptivo para esses 
educandos; ser receptivo para conversar; mostrar que o saber do professor não é 
mais importante que o deles e que a aula é um momento para trocas de 
experiências; valorizar o conhecimento e as habilidades de cada aluno e utilizá-los 
em sala de aula e promover o sentimento de grupo. 
Nesse sentido, para tentar melhorar essa realidade, o professor deve 
procurar inovar seu método de ensino, buscando novas técnicas, de forma a atrair a 
atenção do aluno para o conteúdo que está sendo estudado e, conforme colocam 
Netto (1987) e Libâneo (1994) para haver aprendizagem é preciso que haja a 
motivação dos alunos. Incentivar o aluno à aprendizagem significa criar um conjunto 
de estímulos capazes de despertar a motivação para o aprender (NETTO, 1987 E 
LIBÂNEO,1994). 
Cabe aos educadores o compromisso de garantir a educação formal ao seu 
educando. Os professores fazem parte da história de vida do aluno e o aluno faz 
parte da história de vida do professor. 
28 
 
 É por esta razão que os educadores devem criar coragens para romper o 
preestabelecido, formando caminhos para transformar a sociedade, garantindo desta 
forma maior participação possíveis. Existem várias formas de transformação elibertação, entre estas tantas destaca -se a Educação Lúdica (ALMEIDA, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
3.1 Local da Pesquisa 
 
O trabalho foi realizado na “Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz 
Geolás de Moura Carvalho”, que está localizada no bairro da Pedreira na Rua Dr. 
José da Gama Malcher do município de Tomé Açu, com a Educação de Jovens e 
Adultos (EJA), na turma da 2ª etapa. 
 
3.2 Instrumentos de Avaliação 
 
3.2.1 Questionário Qualitativo 
 
Foram distribuídos para os participantes um questionário qualitativo 
contendo 6 (seis), questões e dos dez professores selecionados apenas 2 (dois) 
colaboraram respondendo as perguntas, desses dois participantes foi um do sexo 
masculino e outro do sexo feminino a variação do tempo de experiência na 
Educação de Jovem e Adulto (EJA) varia 04(quatro) a 10 (dez) anos, sendo que os 
professores trabalham na mesma escola, lecionando tanto EJA como no 
fundamental maior, um trabalha com aula de matemática e outro com aula de língua 
portuguesa, os outros 8 (oito) devolveram o questionário em branco e não se 
prontificaram a responder. 
 
3.2.2. Número da Amostra 
 
Para essa pesquisa de campo fosse realizada, consultamos 10 professores 
5 (cinco) do sexo masculino e 5 (cinco) do sexo feminino todos com grau de 
formação superior e com pratica em educação de Jovens e Adultos (EJA). 
Foram distribuídos para os participantes um questionário qualitativo 
contendo 6 (seis), questões e dos dez professores selecionados apenas 2 (dois) 
colaboraram respondendo as perguntas, desses dois participantes foi um do sexo 
masculino e outro do sexo feminino a variação do tempo de experiência na 
Educação de Jovem e Adulto (EJA) varia 04(quatro) a 10 (dez) anos, sendo que os 
professores trabalham na mesma escola, lecionando tanto EJA como no 
30 
 
fundamental maior, um trabalha com aula de matemática e outro com aula de língua 
portuguesa, os outros 8 (oito) devolveram o questionário em branco e não se 
prontificaram a responder. 
 
3.2.3. Característica da Amostra 
 
A pesquisa de campo foi optada por questionário para coleta das 
informações sobre o uso do lúdico em sala de aula. 
O questionário da pesquisa foi entregue para os professores e foi dado 4 
(quatro) dia para a devolução, essa pesquisa foi realizada no mês de junho do ano 
de 2015, onde o questionário contou com 3 (três) perguntas sobre o perfil do 
professor e 3 (três) sobre o lúdico. 
A pesquisa foi feita com o objetivo de identificar a utilização da metodologia 
lúdica na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e se tem influência no processo de 
ensino aprendizagem dos alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A pesquisa está inserida nas discussões da linha prática pedagógica. Para 
realizá-la foi desenvolvido um estudo bibliográfico e campo. 
Os dados da pesquisa foram analisados com os dois questionários 
entregues, a análise da pesquisa do questionário está apresentado nas tabelas a 
seguir: sendo que os professores que participaram tiveram a total liberdade para 
expressarem suas próprias opiniões. 
 Tabela 1 é constituída a partir do tempo de docência dos professores. 
 
Tabela (1) Categoria 1 - Tempo de docência dos professores no município. 
Professor Tempo (ano) 
Professor “A” < 10 
Professor “B” > 10 
 
Tabela 2 é constituída a partir do tempo de docência dos professores na 
EJA. 
 
Tabela (2) Categoria 1- Tempo de docência dos professores na EJA. 
Professor Tempo (ano) 
Professor “A” < 04 
Professor “B” < 10 
 
Tabela 3 é constituída a partir da quarta pergunta do questionário: “O que é 
o lúdico para você”? 
 
Tabela (3) Categoria 2- a pergunta: “O que é o lúdico para você”? 
Professor “O que é o lúdico para você”? 
Professor “A” Dinamização através da atividade 
Professor “B” Processo de ensino e aprendizagem pelos jogos e 
brincadeiras 
 
 
 
32 
 
Podemos observar quando os professores A e B, falam que o lúdico e uma 
forma de ensinar e aprender as atividades desenvolvidas em sala de aula sendo 
trabalhado em cima da matéria que foi dada vem facilitar o aprendizagem dos alunos 
e traz uma grande interação entre os indivíduos. O lúdico pode ser compreendido 
pela própria ação de troca de experiências conjuntas em busca de seu 
desenvolvimento e dos que estão ao seu redor. 
É muito importante reconhecer a fato da ludicidade, essa pratica pode unir 
prazer e necessidade, a metodologia lúdica faz com que o aluno aprenda com 
prazer, alegria e entretenimento, sendo que a educação lúdica não e simplesmente 
um passatempo e torna-se um modo mais pratico no processo ensino 
aprendizagem. 
Tabela 4 é constituída a partir a quinta pergunta do questionário: “Você 
costuma utilizar as atividades lúdicas em sala de aula”? 
 
Tabela (4) Categoria 2- a pergunta: “Você costuma utilizar as atividades lúdicas em sala de aula”? 
Professor “Você costuma utilizar as atividades lúdicas em sala de 
aula”? ) 
Professor “A” Sim 
Professor “B” Sim 
 
 
Tabela 5 é constituída a partir a sexta pergunta do questionário: “Quais as 
atividades lúdicas você já utilizou nas suas aulas? 
 
Tabela (5) Categoria 2- a pergunta: “Quais as atividades lúdicas você já utilizou nas suas aulas”? 
Professor “Quais as atividades lúdicas você já utilizou nas suas aulas”? 
Professor “A” Jogo caça palavras, cruzadinhas e outros jogos que a escola 
tem como o ábaco, material dourado. 
Professor “B” Paródias, músicas, filmes e vídeos, caçam palavras e quebra 
cabeça. 
 
 
Através dos resultados obtidos dos professores da educação da EJA vemos 
que o lúdico esta sendo utilizado pelos professores de uma forma dinâmica e ao 
33 
 
mesmo tempo em que o professor ensina e aprende. Sendo que o universo do 
lúdico envolve tanto o aluno quanto o professor e é através da ludicidade que 
acontece descobertas do outro e si mesmo e o ambiente é propicio para a interação. 
Os professores estão cientes da importância do lúdico como metodologia 
essencial que possibilita melhor aprendizado ao educando, mas podemos perceber 
também que ainda a necessidade de que alguns professores que precisam introduzir 
a metodologia do lúdico para melhorar a sua pratica no dia a dia em sala de aula. 
Para que isso aconteça é necessário a aceitação do professor e a disposição para 
tornar as suas aulas mais dinâmicas e prazerosas. 
Diante de todas essas constatações e a experiências que já tivemos ao 
trabalhar com EJA há alguns anos atrás vemos a necessidades de afirmar que 
lúdico e um excelente forma de trabalhar o aprendizado do educando principalmente 
com os que têm dificuldade de aprendizado, pois o lúdico atua como um facilitador 
de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
CONCLUSÃO 
 
Para concluirmos, com base nas pesquisas podemos ver que diversos 
autores defendem o lúdico como uma das metodologias importante para o 
desenvolvimento da aprendizagem e a escola deve ter um papel essencial no apoio 
do professor para desenvolver a metodologia do lúdico. 
Na pesquisa que realizamos podemos constatar que os educadores 
investigados dizem utilizar a metodologia do lúdico, reconhecendo a sua importância 
no seu fazer pedagógico para implementação da aprendizagem dos alunos; 
Verificamos que essas atividades ainda acontecem de forma esporádica que 
muitas vezes não chegam a motivar todos os educando precisando ser mais bem 
planejada e adequada à realidade de todos e com maior freqüência; 
 De um modo geral, os alunos têm boa receptividade às atividades lúdicas 
utilizadas no processo de ensino aprendizagem, porém alguns apresentam críticas a 
certas atividadesque “são infantis”. Assim, o desafio não estar somente na 
introdução do lúdico na EJA, mas acima de tudo, compreender as especificidades 
que esta modalidade exige. 
 Para concretização destas questões as docentes investigadas apontam um 
elemento basilar para a realização de práticas lúdicas que respeitem a EJA: sua 
formação permanente. 
 Deste modo, é evidente a necessidade de construirmos uma política 
educacional permanente para jovens e adultos. Somente assim, poderemos 
efetivamente construir uma educação plena e que possibilite uma formação 
emancipadora para todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
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37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
APENDICE 01- Questionário aplicado a educadores da Escola M.E.F. “Moura 
Carvalho” 
 
Caro (a) educador (a), 
 
Este questionário faz parte de uma pesquisa para realização do TCC no 
curso de Licenciatura em Pedagogia da UFRA/PARFOR Pólo Tomé-Açu. Necessito 
de sua colaboração no sentido de preencher este questionário. 
 
Parte I: caracterização do entrevistado (a) 
 
1) Sexo: Masculino ( ) 
 
 Feminino ( ) 
 
2) Há quanto tempo é professora(o)? 
 
( ) 1 a 3 anos ( ) 7 a 9 anos 
 
( ) 4 a 6 anos ( ) mais de 10 anos 
 
3) Quantos anos de docência em EJA? ___ anos. 
 
Parte II: questão especifica a ludicidade. 
 
4) O que é lúdico pra você? 
R= __________________________________________________________ 
_____________________________________________________________ 
_____________________________________________________________ 
 
5) Você costuma utilizar atividades lúdicas em suas aulas? 
R= _________________________________________________________ 
____________________________________________________________ 
____________________________________________________________ 
39 
 
6) Quais as atividades lúdicas você já utilizou nas suas aulas? 
 
( ) jogos 
( ) caça palavras 
( ) cruzadinhas 
( ) paródias 
( ) quebra cabeças 
( ) desenho de completar 
( ) outras Quais? R= _________________________________________________ 
___________________________________________________________________ 
( ) nunca usou nenhuma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
ANEXO 01- Alunos da EJA da “Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz 
Geolás de Moura Carvalho”

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