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Paula Camila da Silva 
Vitória Pires Ferraz 
3º Semestre de Psicologia 
RELATÓRIO DA TÉCNICA DE
OBSERVAÇÃO DA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ (ORMB)
Bragança Paulista
2020
Paula Camila da Silva 001201901810
Vitória Pires Ferraz 001201900040
3º Semestre de Psicologia 
RELATÓRIO DA TÉCNICA DE
OBSERVAÇÃO DA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ (ORMB)
Relatório apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado Básico em Técnicas de Entrevista e Observação, do curso de Psicologia da Universidade São Francisco, sob a orientação da Profª. Cristina Ap. Medeiros Nunes como exigência parcial para obtenção de nota semestral.
Bragança Paulista
2020
SUMÁRIO 
1. Elaboração do Roteiro de Entrevista ORMB....................................................
1.1 Roteiro de entrevista............................................................................................................
1.2. Experiência pessoal............................................................................................................
2. Discussão..........................................................................................................................
3. ReferênciaS......................................................................................................................
1. Elaboração do roteiro de entrevista ORMB
1.1 Roteiro de entrevista ORMB 
 1) Como você se sentiu quando descobriu que estava grávida?
2) Durante a gravidez, foi realizado o acompanhamento do pré-natal? E foi realizado pelo mesmo profissional?
3) Após a descoberta da gravidez, você já tinha em mente qual tipo de parto gostaria de ter/tentar?
4) Na sua opinião, o que pôde ter influenciado a sua preferência em relação ao tipo de parto que gostaria de ter?
5) Com quantas semanas de gestação o(a) bebê nasceu?
6) O profissional de saúde que realizou o parto do(a) bebê foi o mesmo que te acompanhou durante o pré-natal? 
7) Você estava acompanhada durante a sua internação e o parto?
8) Como tem sido a adaptação em casa desde a chegada do(a) bebê? 
9) Como tem sido o processo de amamentação para você?
10) Após o nascimento do seu bebê, as suas expectativas referente a maternidade se concretizaram?
11) Você teve orientações médicas a respeito do puerpério? Quais foram?
1.2 Experiência Pessoal 
Neste relatório de estágio de observação relação mãe-bebê, tivemos facilidade ao elaborar a entrevista, pois, foi um tema bastante abordado em sala de aula e ao decorrer do curso. 
O tema que mais nos despertou interesse foi o relacionado ao Baby Blues, pois, trouxe à tona a problemática vivida pelas mulheres em relação ao puerpério.
2. DISCUSSÃO
A observação dos vídeos permitiu aos estagiários vivenciar de perto a "Relação Mãe-Bebê", nos apresentando a oportunidade de observar todo o processo inicial do desenvolvimento da criança.
O nascimento é um momento de transformação, o bebê passa a respirar o ar e se separa da mãe, pronto para explorar um novo mundo, em contrapartida, a mãe passa pela preparação do parto e a sensação única de dar vida a outra vida. Nessa hora, é necessário ter confiança em um bom profissional, que priorize e respeite a saúde da criança e da mulher.
Observar este momento seja ele de forma natural/humanizada ou por intermédio de uma intervenção cirúrgica, proporciona na mesma grandeza, grandes sentimentos em todos os envolvidos, pois a constituição familiar se reconfigura para a chegada deste novo indivíduo.
Ao observar a cena do nascimento do bebê, fomos tomados por vários sentimentos como nojo, excitação, ansiedade, alegria, amor e ternura. Afinal, é um momento de muita tensão, pois, embora a mãe já esteja se preparando para essa ocasião, há sempre uma enorme insegurança e ansiedade por parte da mãe e de toda família que está à espera desse bebê, para quem observa essa tensão é quase que palpável também.
Logo ao nascer, podemos observar um momento de extrema importância tanto para mãe quanto para o bebê, que é a amamentação.
A amamentação é a melhor forma de nutrir e criar laços com o bebê. É um processo natural que pode ser desafiador inicialmente, até que a mãe se acostume com ele.
Apesar de o aleitamento materno ser fundamental também para a preparação e desenvolvimento do sistema imunológico da criança, em alguns lugares do mundo, o índice de mulheres que amamentam seus bebês, aos 6 meses de vida, ainda é bastante baixo, isso ocorre por diversos fatores, e acaba ocasionando no desenvolvimento precoce de algumas doenças como obesidade infantil, má alimentação, diabetes, etc.
Ao observar o processo de amamentação dos recém-nascidos, as observadoras expressaram sentimentos de paz, alegria e amor, dentre todos os sentimentos, em uma das observadoras em específico, o momento em que visualizou a "pegada da mama" pela criança, evocou a lembrança da dor vivenciada em suas experiências passadas durante tal momento.
Desde o primeiro momento, a relação entre a mãe e o bebê é bastante profunda além de possuir grande influência no futuro da criança, pois como primeiro vínculo, tem o poder de determinar a maneira como estes indivíduos irão aprender a lidar com as pessoas em todas as áreas da vida, como trabalho, relacionamentos amorosos, amizades, dentre outros. Diante da criação deste primeiro contato/vínculo, as observadoras expressaram sentimentos de carinho, paz, amor e saudade, pois como mencionado anteriormente, uma observadora e mãe, e relembrar deste momento único vivenciado, trouxe a tona, lembranças do primeiro contato com seus filhos.
Não menos importante, temos também o contato físico, o toque que a mãe faz intuitivamente na criança, auxilia na criação do vínculo entre mãe-bebê, pois é um dos primeiros estímulos que as crianças recebem, desde antes de nascer. Já depois do nascimento, o contato físico promove bem-estar e dá segurança aos pequenos. 
Percebemos a importância do contato físico nesta relação mãe-bebê dentro dos primeiros três anos de vida, visto que o contato auxilia e estimula o funcionamento do Sistema Nervoso Central da criança, que já consegue captar sinais de afeto e carinho desde muito cedo. Levando em consideração a importância e o impacto que tal atitude promove no bebê, as observadoras puderam visualizar e sentir o amor, o carinho e a ternura desde momento.
As relações afetivas estabelecidas entre a mãe e o seu bebê são fundamentais para assegurar a construção do psiquismo da criança, possibilitando um desenvolvimento saudável da personalidade e dos comportamentos sociais. É através do relacionamento seguro, contínuo e afetivo que a criança desenvolve a formação da sua autoestima e toma conhecimento do mundo exterior. 
As relações que o bebê tem nos primeiros anos de vida, constroem o seu cérebro, então se essas relações são carinhosas, otimistas e positivas, o cérebro se constrói ao redor desses valores. A privação desse afeto, cuidado e amor, podem trazer muitos malefícios para a vida emocional e social do bebê futuramente. 
O vínculo afetivo entre a mãe-bebê é uma construção diária, em que a mãe dedica todo o tempo, carinho, cuidado e atenção ao bebê. Este vínculo está presente a todo o momento, na gestação, nascimento, amamentação e em cada momento dedicado à criança. Desse modo, em circunstâncias onde o vínculo afetivo primário estabelecido na relação mãe-bebê, nos primeiros anos de infância, seja insuficiente ou inexistente, Bowlby (2006) sugere que é possível que a criança, impossibilitada de estabelecer vínculos com figuras específicas na infância, se torne mesmo “incapaz de estabelecer e manter vínculos afetivos profundos e duradouros”, na vida adulta (p. 211).
Ao observar as interações que a mãe e a família tem com o bebê e principalmente, a cumplicidade e intimidade que a mãe tem com o seu filho é quase palpável, além de trazer uma atmosfera de amor para aquela criança e também para quem observa. Diante disso, as estagiárias expressaram muito amor, comoção e esperança perante este cuidado e interação.
A compreensão de desenvolver-se para o bebê significa sair do envolvimento com a mãe, pois é partirdeste momento a criança passa a se dar conta da própria existência e a se reconhecer como algo externo à mãe, dado que após os seis primeiros meses de vida do criança, o desenvolvimento acelera e esse distanciamento aumenta, o que pode gerar na mãe sentimentos de perda e de inutilidade, portanto é essencial, que durante este período a mãe tenha auxílio, para que não venha desenvolver alguns transtornos que podem vir prejudicar além de sua vida, a do bebê. 
Para o bebê, as coisas mais simples são extremamente complexas para o seu cérebro, afinal tudo que ele vivencia no seu dia a dia, é absorvido pelo seu cérebro, fazendo com que ele se desenvolva cada vez mais. Tendo a compreensão dos primeiros desenvolvimentos e tendo embasamento de experiências pessoais, as observadoras apresentaram sentimentos de familiaridade, carinho e alegria. 
No decorrer deste processo de desenvolvimento, deparamo-nos também com a questão do bebê idealizado, em que a mãe idealiza e cria expectativas para a criança, e elas podem vir a ser desde características físicas até as questões comportamentais. Entretanto, o bebê ao nascer pode não atender a todas as expectativas da mãe, e de certa forma causar frustração e até problemas psíquicos, pois até a gestação esta mãe convive com o bebê idealizado, mas, a partir do nascimento da criança, terá que conviver com o bebê real, que pode ou não atender algumas das expectativas da mãe. Pode ser, portanto, mais leve e mais fácil fazer o luto pelo bebê idealizado ao ter de conviver com o bebê real.
Segundo especialistas esse momento é crucial para a posterior saúde mental da mãe, uma vez que se não tratado e acompanhado por um especialista (psicólogos) a mãe pode vir a desenvolver depressão pós-parto.
Levando em consideração as explicações dos especialistas que comentaram durante os vídeos, e os temas abordados pela orientadora do curso, além das experiências pessoais de cada observadora, diversos sentimentos foram expressos muitos sentimentos distintos, como amor, carinho, tristeza, compaixão e empatia.
A interação da mãe com o bebê é de suma importância, os brinquedos e o espaço físico não são tão importantes quanto às pessoas presentes na vida das crianças. Os pais são os melhores professores para os filhos, e, o comportamento e a forma de expressar e reagir ao mundo exterior desses indivíduos terá grande influência sobre as crianças.
A qualidade da interação inicial entre a mãe e seu bebê é considerada um importante fator mediador para o desenvolvimento futuro da criança, particularmente no que se refere à comunicação, socialização e cognição (ZAMBERLAN, 2002). Tendo em mente todos esses fatores, as estagiárias expressaram empatia, curiosidade, alegria e amor.
Os primeiros dias após o nascimento do bebê são um misto de sentimentos para a mãe, sendo os hormônios os principais responsáveis por essa mudança. Reações como angústia e tristeza são normais no puerpério, na maioria dos casos trata-se do chamado baby blues. Embora seja uma fase transitória, esta dificuldade de regulação das emoções surpreende a mulher, e deixa-a menos capaz de usufruir de uma fase que julgaria de felicidade.
Neste momento, a mãe precisa ser acolhida, sentir-se compreendida e necessita de empatia por parte dos seus familiares, para que assim possa passar por mais uma etapa difícil e poder aproveitar ao máximo a maternidade. Ao término da observação muitos sentimentos foram demonstrados e vivenciados pelas observadoras, considerando que uma das estagiárias já passou pelo processo da maternidade, ao visualizar os vídeos e os depoimentos das mães que estão passando pelo baby blues, expressou grande tristeza e comoção, sendo solidária com a dor envolvida nesse período, pois durante seu puerpério não teve assistência e muito menos orientações de profissionais sobre esse tema, sendo obrigada a passar por essa turbulência emocional sozinha.
O presente trabalho foi elaborado, tendo como objetivo promover uma reflexão a respeito da relevância da figura materna e da formação do vínculo entre mãe e bebê nos primeiros momentos de vida da criança. As relações da mãe com o seu bebê é constituído ao longo do período gestacional e é influenciada pelas expectativas e interação que é estabelecida desde este período.
Esta primeira relação serve de base para a relação mãe-bebê que se estabelecerá após o nascimento. O parto, por sua vez, representa um momento importante, repercutindo profundamente nos seus aspectos físico, emocional e social. Da mesma forma os três primeiros meses após o parto, período conhecido como puerpério, será crucial para a formação e consolidação do vínculo entre a díade e, por consequência, para o desenvolvimento global da criança. 
Os sentimentos e comportamentos que a mãe tem em relação ao seu filho(a) são também influenciados de forma profunda por suas experiências pessoais prévias. E é este padrão de relacionamento parental a origem da maneira que a mãe irá se vincular com o seu bebê, provendo ou não as necessidades físicas e emocionais desde novo indivíduo.
O estilo de comportamento da mãe e o quão disponível e apropriada são suas respostas também servirá de base para as construções de apego nas relações que a criança irá estabelecer ao longo da vida. Klaus e Kennel (1993) mencionam a importância desse laço original entre pais e bebê. 
Compreende-se essa relação como um relacionamento formativo, no qual a criança desenvolve uma noção de si mesma, por intermédio de uma autoimagem segura e apropriada. De acordo com os autores, as forças e o caráter deste apego, influenciarão por toda a vida, a qualidade de todos os laços futuros com os outros indivíduos.
O vínculo que se constrói na relação estabelecida entre pais e bebê é muito mais que apenas um interesse em alimentar, trocar ou tomar conta do bebê. É cuidar e colocar-se no lugar do bebê, perceber e responder às suas necessidades físicas e emocionais. 
O bebê é fortemente influenciado por este investimento emocional dado pelos pais, pois sem uma base segura estabelecida na infância, os seres humanos podem, até a vida adulta, criar e firmar-se a uma crença de que o mundo é um local instável e de que, eles não podem, com segurança, acreditar uns nos outros. 
Quando os pais sentem essa conexão emocional ou a formação do vínculo com o bebê, é algo além do que apenas interesse em alimentar, trocar fraldas ou tomar conta do bebê. É cuidar e colocar-se na criança, perceber e responder às suas necessidades sejam elas físicas ou emocionais.
O bebê é poderosamente influenciado por seu investimento emocional (Klaus, Kennel & Klaus 2000).
3. Referências
http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/330 aimportanciadovinculomaterno#:~:text=Estudos%20revelam%20que%20a%20constru%C3%A7%C3%A3o,na%20barriga%20e%20do%20afeto.
https://www.scielo.br/pdf/epsic/v7n2/a21v07n2.pdf
https://ocomecodavida.com.br/
BOWLBY, John. Uma base segura - aplicações clínicas da teoria do apego. Porto Alegre: ArtMed, 1989.
KLAUS M. & KENNEL, J. Pais/bebê - a formação do apego. Porto Alegre: ArtMed, 1993.
KLAUS M. H., KENNEL, J. H. & KLAUS, P. H. Vínculo - Construindo as bases para um apego seguro e para a independência. Porto Alegre: ArtMed, 2000. 
Caron, N. A. (ed.). A relação pais-bebê: da observação à clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo.

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