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Tarefa 1 - elaborada POS GRADUAÇÃO COMPLIANCE FACULDADE UNYLEYA

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Disciplina: Compliance – Legislação Pátria.
Identificação da tarefa: Tarefa 1. Unidade 1. 
1. Panorama geral sobre a Lei 12.846 de 1º de agosto de 2013 (Lei anticorrupção)
A Lei 12.846 de 1º de agosto de 2013, também conhecida como lei Anticorrupção Brasileira, que foi criada objetivando suprir a lacuna existente no sistema jurídico brasileiro sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas que praticam atos ilícitos em desfavor da Administração Pública nacional e estrangeira, principalmente, atos de corrupção e fraude em licitações e contratos administrativos.
A sistemática adotada pela legislação foi a da responsabilidade objetiva daqueles que cometerem uma, ou mais, infrações dentre aquelas espécies descritas na lei. Isto, em síntese4 significa que a lei determina que o agente (no caso, a pessoa jurídica) responda pelo resultado ainda que ausente a figura do dolo e/ou da culpa (PRADO, 2007). A responsabilização objetiva de pessoas jurídicas trazida pela legislação anticorrupção, seguiu os moldes da lei 9.605 de 1998, em seu art. 3, caput, em que prevê a responsabilidade penal das pessoas jurídicas para os crimes de ordem ambiental.
A lei anticorrupção, estabelece em seu art. 5º os atos lesivos à Administração Pública, ensejadores da responsabilização objetiva da pessoa jurídica, em suma são aqueles que atentam contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra princípios da administração pública ou contra os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. O referido dispositivo traz também a definição legal para efeitos da lei, de Administração Pública estrangeira e seus equiparados e de agente público estrangeiro. Ressalta-se que a lei possuí caráter extraterritorial. Desta forma, é aplicável, sem prejuízo, aos atos definidos no supracitado dispositivo praticados contra a Administração Pública estrangeira, ainda que cometidos no exterior.
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, assim como o Ministério Público, poderão ajuizar ação com vistas à aplicação de sanções às pessoas jurídicas que praticarem os atos lesivos enunciados no artigo 5º da Lei Anticorrupção.A sanção pode ter natureza civil, penal e administrativa e pode ser concebida como a imposição de um mal àquele que não observa uma conduta prevista por uma norma jurídica. Na esfera administrativa, as sanções aplicáveis às pessoas jurídicas responsáveis pelos atos lesivos são multa e publicação extraordinária da decisão condenatória. Já na esfera judicial, as sanções consistem em perdimento de bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direta ou indiretamente obtidos da infração, suspensão ou interdição parcial de suas atividades, dissolução compulsória da pessoa jurídica e proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público.
A lei nº. 12.846/2013 prevê atenuação de pena às empresas que inserirem efetivamente procedimentos de combate à corrupção, como códigos de ética e de conduta, bem como canal de ouvidoria e de denúncia, a fim de prevenir a prática de ilicitudes e implantar uma mudança cultural no modo de agir das pessoas jurídicas que contratam com o Poder Público.
No mesmo sentindo, a legislação anticorrupção objetivando incentivar que as pessoas jurídicas envolvidas em, alguns dos, atos descritos na norma, admitam sua realização e denunciem outras que também tenham participado do feito, a lei admite a celebração de acordo de leniência com a Administração Pública. Tal ajuste, concede ao celebrante a atenuação das penas impostas em razão do feito, desde que, efetivamente, colabore com as investigações (MAGALHÃES, 2013).
Por fim, no último capítulo da Lei Anticorrupção, foi implantado o Cadastro Nacional de Empresas Punidas – CNEP, no âmbito do Poder Executivo federal, responsável por reunir e dar publicidade às sanções aplicadas pelos órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo, os quais deverão informar e manter atualizados no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS, os dados relativos às sanções por eles aplicadas, nos termos do disposto nos artigos 87 e 88 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
2. Panorama geral da Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998 (Lei de “Lavagem” de Capitais) 
O ato de lavagem de dinheiro consiste basicamente em converter bens, direitos e valores obtidos através de atividade ilícitas em ativos manejáveis e negociáveis, ocultando a origem ilícita dos capitais. Portanto, a lavagem de dinheiro depende de um crime antecedente, sem o qual não se configura, sendo uma elementar do tipo no crime de lavagem de dinheiro. 
No Brasil, a lavagem de dinheiro está prevista na Lei 9.613 de 3 de março de 1998 e analisando as legislações de combate à lavagem de dinheiro, evidenciam-se três gerações: A primeira geração de leis, surgiram que considera exclusivamente como crime antecedente o tráfico ilícito de entorpecentes e afins. A segunda geração de lei, surgiu da necessidade de preconizar a punição da lavagem de dinheiro obtido com infrações penais de relevância significativa, que não somente o tráfico ilícito de substâncias entorpecentes. Desta forma, houve a edição de diplomas alargando o rol de crimes antecedentes, contudo mantendo um rol taxativo. Já terceira geração de leis ou sistema total, passou a considerar qualquer crime grave pode ser configurado como delito antecedente do crime de lavagem de dinheiro.
O Brasil optou por adotar a segunda geração de leis, no primeiro momento, havendo severas críticas a este diploma, em face da taxatividade de crimes antecedentes, que se mostrava engessada e ineficaz diante volatilidade das ações que se operam no campo da lavagem de dinheiro, a lei sempre caminhava à retaguarda. 
Com o advento da Lei nº 12.683/2012, apresentou nova perspectiva ao crime de lavagem de dinheiro no Brasil, a qual alterou substancialmente a Lei nº 9.613/98, sendo a mais relevante modificação diz respeito à extinção do rol taxativo de crimes antecedentes, fazendo com que o Brasil alcançasse o patamar de terceira geração de lei sobre lavagem de dinheiro, passando ser entendida a lavagem de dinheiro a ocultação ou dissimulação de bens, direitos ou valores provenientes de um crime ou de uma contravenção penal. Com isso, a lavagem de dinheiro continua sendo um crime derivado, todavia, depende de uma infração penal antecedente, que pode ser qualquer crime ou contravenção.
Importante ressaltar a mudança ocorrida também quanto ao crime por organizações criminosas, passou a ser conceituada como a associação de quatro ou mais pessoas, não se fazendo mais imperioso a existência de definição legal, vez que em última análise, restará configurado o crime antecedente de quadrilha.
O crime de branqueamento para seu julgamento e processamento, não é mais necessários a condenação prévia pelo crime antecedente, basta somente a existência de indícios da pratica da infração, de forma que o crime antecedente e o crime de lavagem de dinheiro o julgamento não ocorrem necessariamente no mesmo juízo, cabendo ao o juiz, a seu critério, verificar a conveniência da reunião dos processos no caso concreto.
No que tange aos aspectos processuais penais, tem a previsão de alienação antecipada que poderá ser decretada quando os bens estiverem sujeitos à deterioração ou depreciação, ou ainda, quando houver dificuldades na sua manutenção. Seguindo, independentemente de autorização judicial o Ministério Público e a autoridade policial terão acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do investigado que informam qualificação pessoal, filiação e endereço. Por fim, em última análise, a lei autoriza o imediato afastamento de servidor público pelo mero indiciamento em inquérito que trate de lavagem de capitais, até que o juiz competente autorize, em decisão fundamentada, o seu retorno.
2. Panorama geral da Lei nº 12.529, de 30 de novembro de 2011 (Lei Antitrust)
Leinº 12.529, de 30 de novembro de 2011, conhecida como lei antitruste, trouxe modificações significativas, trouxe consigo uma verdadeira reestruturação da Defesa da Concorrência no Brasil, aperfeiçoando e substituindo o disposto na Lei 8.884 de 1994, começando pela constituição do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, que foi redesenhada, passando a estruturar-se por meio de três órgãos agrupados de acordo com a função desempenhada: o Tribunal Administrativo de Defesa Econômica; a Superintendência-Geral; e o Departamento de Estudos Econômicos, e tendo como funções: Função Preventiva: controle de fusões, aquisições, incorporações e outros atos de concentração econômica entre grandes empresas, que possam colocar em risco a livre concorrência; Função Repressiva: combate a cartéis e outras condutas nocivas ao ambiente concorrencial; e Função Educativa: disseminar a cultura da concorrência, instruir o público em geral sobre as diversas condutas que possam prejudicar a livre concorrência; incentivar e estimular estudos e pesquisas acadêmicas sobre o tema, firmando parcerias com universidades, institutos de pesquisa, associações e órgãos do governo; realizar ou apoiar cursos, palestras, seminários e eventos relacionados ao assunto; editar publicações, como a Revista de Defesa da Concorrência e cartilha.
A Lei 12.529, alterou o chamado SBDC - Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência e trouxe a obrigatoriedade de se realizar uma análise prévia dos atos de concentração conforme o disposto no texto de lei.
Outra alteração substancial se refere a estruturação, ou seja, a “transformação” da antiga Secretaria de Direito Econômico, antes unida ao Ministério da Justiça, em Superintendência Geral, e com a alteração legislativa, passou a ser parte como órgão integrante do CADE.
A Secretaria de Direito Econômico – SDE foi extinta, e o CADE passou a ser responsável por instruir processos de apuração de infrações à ordem econômica, assim como os processos de análise de atos de concentração, competências que eram antes da SDE e da Secretaria de Acompanhamento Econômico - SEAE.
Vale ressaltar que, apesar de ser uma autarquia em regime especial, o CADE não é uma agência reguladora da concorrência, e sim uma autoridade de defesa da concorrência.
Sua responsabilidade é julgar e punir administrativamente em instância única pessoas físicas e jurídicas que pratiquem infrações à ordem econômica, não havendo recurso para outro órgão; além de analisar atos de concentração, de modo a evitar excessiva concentração que possa afetar negativamente o aspecto competitivo de determinado mercado. Não estão dentre as atribuições da autarquia regular preços e analisar os aspectos criminais das condutas que investiga; e suas atividades não se confundem com a defesa do consumidor (Procon, SENACON e etc), dos trabalhadores, ou outras políticas públicas de aspecto competitivo de determinado mercado. Não estão dentre as atribuições da autarquia regular preços e analisar os aspectos criminais das condutas que investiga; e suas atividades não se confundem com a defesa do consumidor (Procon, SENACON e etc), dos trabalhadores, ou outras políticas públicas
Para estabelecer os atos considerados infração à ordem econômica, o artigo 36 da Lei 12.529/11, determina que uma conduta é considerada infração quando sua adoção tem por objeto ou possa acarretar determinados efeitos, como: limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência; aumentar arbitrariamente os lucros do agente econômico; dominar mercado relevante de bens ou serviços; ou quando tal conduta significar que o agente econômico está exercendo seu poder de mercado de forma abusiva.
Bibliografia 
COSTA, Gerson Godinho. O tipo penal da lavagem de dinheiro. In BALTAZAR JUNIOR, José Paulo; MORO, Sergio Fernando. Op. cit. p. 37
PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro: Parte Geral, arts. 1º a 120. V.1. 7 ed. Rev. Atual. E ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007. P280.
Instruções:
· Cada questão deve ter pelo menos 1 lauda, fonte Arial 12.
· Necessária bibliografia, e citações devem conter as fontes.
· Não serão admitidos trabalhos que sejam cópias de textos.
O intuito da tarefa é estimular a pesquisa e a assimilação do conteúdo da disciplina.
1 – Trace um panorama geral sobre as Leis 12.846 de 1º de agosto de 2013 (Lei anticorrupção), 9.613 de 3 de março de 1998 (Lei de “Lavagem” de Capitais) e 12.529 de 30 de novembro de 2011 (Lei Antitrust).
2 – Disserte sobre o Direito Concorrencial no Brasil.

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