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Aula 1 - Direitos Humanos PCDF 2020 - Agente

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Noções de Direitos Humanos para PCDF 
com Videoaulas (Agente - Pós-Edital) 
Aula 1 
Prof. Rafael Santiago 
 
 
 
Noções de Direitos Humanos para PCDF com Videoaulas (Agente - Pós-Edital) 
Aula 1 
 
 2 de 79 Prof. Rafael Santiago 
www.cdfconcursos.com.br 
 
Olá, seja bem-vindo(a) à aula 1 do Curso Noções de Direitos 
Humanos para PCDF 2020 com Videoaulas (Agente - Pós-
Edital). 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
INFORMAÇÕES INICIAIS ..................................................................................... 3 
Apresentação do Professor .............................................................................. 4 
Metodologia de Ensino .................................................................................... 4 
Conteúdo do Curso ........................................................................................ 5 
Cronograma do Curso .................................................................................... 5 
CONTEÚDO DA AULA 1 ....................................................................................... 6 
1. Teoria geral dos direitos humanos ................................................................ 7 
1.1. Conceitos e terminologia ...................................................................... 7 
1.2. Estrutura normativa ........................................................................... 11 
1.3. Fundamentação dos Direitos Humanos ................................................. 16 
1.4. Características dos Direitos Humanos ................................................... 17 
1.5. Eficácia dos Direitos Humanos ............................................................. 21 
1.6. Classificação dos Direitos Humanos ..................................................... 22 
2. Afirmação histórica dos Direitos Humanos ................................................... 25 
2.1. Períodos históricos ............................................................................. 25 
2.1.1. Idade Antiga ............................................................................. 26 
2.1.2. Idade Média .............................................................................. 27 
2.1.3. Idade Moderna .......................................................................... 30 
2.2. Gerações de Direitos Humanos ............................................................ 33 
ESQUEMAS E RESUMOS DA AULA ...................................................................... 37 
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................. 42 
QUESTÕES – SEM COMENTÁRIOS ...................................................................... 65 
GABARITO ...................................................................................................... 77 
 
 
Noções de Direitos Humanos para PCDF com Videoaulas (Agente - Pós-Edital) 
Aula 1 
 
 3 de 79 Prof. Rafael Santiago 
www.cdfconcursos.com.br 
INFORMAÇÕES INICIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Noções de Direitos Humanos para PCDF com Videoaulas (Agente - Pós-Edital) 
Aula 1 
 
 4 de 79 Prof. Rafael Santiago 
www.cdfconcursos.com.br 
@prof.rafaelsantiago 
Apresentação do Professor 
Olá, tudo bem? 
 
Aqui é o Professor Rafael Santiago. Sou doutor em Direito, Estado e 
Constituição pela Universidade de Brasília – UnB. 
Sou professor nos cursos de graduação e pós-graduação em Direito e 
Processo do Trabalho em instituições de ensino superior. 
Também trabalho como assessor de Ministro no Tribunal Superior Tribunal 
do Trabalho – TST. 
 
Forte abraço e bons estudos! 
 
 
Caso você deseje acompanhar as atualidades relacionadas ao estudo desta 
disciplina, siga minhas mídias sociais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Metodologia de Ensino 
No nosso curso, o foco será tratar com objetividade de assuntos cobrados 
em concursos públicos sobre Direitos Humanos. 
A finalidade não é realizar discussões acadêmicas ou entrar em debates 
teóricos desnecessários sobre a disciplina. Pelo contrário, vamos abordá-la do 
modo mais claro e específico possível, tendo como guia questões de concursos 
anteriores que demonstram como a matéria costuma ser cobrada em provas. 
 
 
Noções de Direitos Humanos para PCDF com Videoaulas (Agente - Pós-Edital) 
Aula 1 
 
 5 de 79 Prof. Rafael Santiago 
www.cdfconcursos.com.br 
Para facilitar seu aprendizado, utilizarei instrumentos para tornar seu 
estudo mais agradável, com textos diretos, grifos, esquemas, mapas mentais, 
ilustrações, etc. 
Vamos resolver muitas questões de provas anteriores com comentários 
para que você possa compreender e revisar o conteúdo abordado. 
Foco, força, garra, vai dar tudo certo! 
Desejo muito sucesso na sua caminhada, que também é minha, em busca 
da concretização dos seus objetivos! 
 
Conteúdo do Curso 
 No nosso curso, vamos abordar Noções de Direitos Humanos para 
PCDF 2020 com Videoaulas (Agente de Polícia - Pós-Edital), tendo como 
referência questões e conteúdos cobrados em provas anteriores, sobretudo pela 
banca examinadora CEBRASPE/CESPE. 
 
Cronograma do Curso 
 
AULA CONTEÚDO 
 
Aula 1 
1. Teoria geral dos Direitos Humanos: 1.1. Conceito, 1.2. 
Terminologia, 1.3. Estrutura normativa, 1.4. Fundamentação – 2. 
Afirmação histórica dos Direitos Humanos 
Aula 2 3. Direitos humanos e responsabilidade do Estado 
Aula 3 4. Direitos humanos na Constituição Federal 
Aula 4 5. Política Nacional de Direitos Humanos 
Aula 5 6. A Constituição brasileira e os tratados internacionais de direitos 
humanos – parte I 
Aula 6 6. A Constituição brasileira e os tratados internacionais de direitos 
humanos – parte II 
 
 
Noções de Direitos Humanos para PCDF com Videoaulas (Agente - Pós-Edital) 
Aula 1 
 
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CONTEÚDO DA AULA 1 
Nesta aula serão abordados os seguintes tópicos sobre direitos humanos: 
 Conceito de direitos humanos; 
 Terminologias; 
 Estrutura normativa; 
 Fundamentação dos direitos humanos; 
 Características dos direitos humanos; 
 Eficácia dos direitos humanos; 
 Evolução histórica; 
 Gerações de direitos humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Padronização de siglas 
- Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – CRFB/88 
- Organização Internacional do Trabalho - OIT 
- Organização das Nações Unidas – ONU 
- Organização dos Estados Americanos - OEA 
- Estados Unidos da América – EUA 
 
Noções de Direitos Humanos para PCDF com Videoaulas (Agente - Pós-Edital) 
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1. Teoria geral dos direitos humanos 
 
1.1. Conceitos e terminologia 
Os direitos humanos são um conjunto de direitos essenciais para a 
efetivação da dignidade humana, constituindo a base do Estado Democrático 
de Direito. 
 
 
 
Tratam da proteção da pessoa contra violações, abusos e 
arbitrariedades do Estado, bem como de direitos básicos essenciais à 
concretização da dignidade humana. 
QUESTÃO DE PROVA 
2018 – IPHAN – Técnico – Atualmente os direitos humanos têm sido utilizados 
pelos movimentos sociais urbanos e rurais, assim como por povos e comunidades 
tradicionais, como forma de proteção, principalmente contra transgressões 
cometidas pelo Estado ou por seus agentes. 
Gabarito Verdadeiro 
 
Veja o conceito de direitos humanos do professor André Carvalho Ramos: 
“os direitos humanos consistem em um conjunto de direitos considerado 
indispensável para uma vida humana pautada na liberdade, igualdade e 
dignidade. Os direitos humanos são os direitos essenciais e indispensáveis à 
vida digna.” (Curso de Direitos Humanos. 7. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 
2020, p. 31). 
 
Conceito de 
direitos 
humanos
conjunto de 
direitos
que concretizam 
a dignidade 
humana
 
Noções de Direitos Humanos para PCDF com Videoaulas (Agente - Pós-Edital) 
Aula 1 
 
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Sua importância é compreendida pela leitura do art. 1º, III, da CRFB/88, 
que qualifica a dignidade da pessoa humana como fundamento da República 
Federativa do Brasil. 
 
CRFB/88: 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos: 
III - a dignidade da pessoa humana; 
 
A doutrina utiliza diversas terminologias para designar os direitos básicos 
essenciais à pessoa humana. Há uma pluralidade de expressões que refletem os 
direitos humanos nos documentos internacionais e em normas nacionais. 
Assim, não há uma uniformidade absoluta na terminologia dos direitos 
humanos. 
São empregadas expressões como direitos humanos, direitos morais, 
direitos naturais, direitos públicos subjetivos, liberdades públicas e direitos 
fundamentais, direitos do homem, etc para fazer referência a direitos humanos. 
As terminologias mais frequentes são: 
1) direitos do homem – essa expressão foi inicialmente prevista na 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, documento muito 
importante que surgiu no cenário da Revolução Francesa. 
Ela tem relação com as revoluções do século XVIII, de concepção 
jusnaturalista. 
Atualmente, a terminologia “direitos do homem” é mais utilizada para 
definir direitos naturais (inerentes à natureza do homem) não previstos 
expressamente em um documento jurídico internacional ou nacional. 
2) liberdades públicas – essa expressão trata de direitos individuais 
que impõem uma conduta negativa do Estado. Ou seja, protegem as pessoas 
contra intervenções abusivas do Estado no seu plano individual. 
São exemplos de liberdades públicas: vida, propriedade, liberdade de 
locomoção, etc. 
 
Noções de Direitos Humanos para PCDF com Videoaulas (Agente - Pós-Edital) 
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Toda liberdade pública relaciona-se a direitos humanos, mas nem todos os 
direitos humanos são liberdades públicas. 
Podemos mencionar, por exemplo, a saúde como um direito humano que 
exige condutas positivas do Estado, não se tratando de uma liberdade pública. 
Assim, a expressão “liberdades públicas” designa um conjunto restrito de 
direitos humanos. 
3) direitos fundamentais – os direitos humanos possuem 
grande relação com os direitos fundamentais. Aliás, a diferença 
entre “direitos humanos” e “direitos fundamentais” é muito 
importante para provas de concurso público. 
Comumente, a expressão “direitos fundamentais” é utilizada para indicar 
os direitos positivados (previstos expressamente) no sistema jurídico 
interno (leis internas) do Estado (país). 
Veja, por exemplo, o “Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais” 
da nossa Constituição da República de 1988. 
Por outro lado, a expressão “direitos humanos” costuma ser utilizada para 
indicar os direitos previstos no sistema jurídico internacional. 
QUESTÃO DE PROVA 
2019 – MPE/SP – Promotor de Justiça – Em relação aos direitos humanos, é 
correto afirmar: 
a) São aqueles previstos no plano interno dos Estados pelas Cartas Constitucionais. 
b) São aqueles que ainda não estão expressamente previstos no direito interno ou 
no direito internacional. 
c) São menos amplos que os direitos fundamentais quanto à proteção dos direitos 
individuais. 
d) São aqueles protegidos pela ordem internacional. 
e) Podem sofrer limitações em razão de interesse dos Estados. 
Gabarito D 
 
 
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Portanto, há diferença entre direitos fundamentais e direitos humanos, 
quanto ao âmbito de sua previsão. 
 
 
É possível que um direito previsto no plano internacional não seja 
expressamente reconhecido no plano interno do Brasil. 
Assim, há direitos humanos consagrados em documentos internacionais 
que, por não terem sido incorporados ao sistema nacional, não são qualificados 
como direitos fundamentais. 
Também é possível que haja direito fundamental não reconhecido no plano 
internacional como direito humano. 
4) direitos humanos – considerando sua diferença em relação aos 
direitos fundamentais, a expressão “direitos humanos” abrange os direitos 
previstos nos diplomas internacionais de proteção e concretização da dignidade 
humana. 
Vale destacar que existem documentos inseridos no sistema global de 
proteção de direitos humanos (ex.: Declaração Universal dos Direitos Humanos) 
e no sistema regional de proteção de direitos humanos (ex.: Convenção 
Americana sobre Direitos Humanos, o famoso Pacto de San José da Costa Rica). 
 
Direitos 
fundamentais
Plano interno
Direitos 
humanos
Plano 
internacional
 
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1.2. Estrutura normativa 
Ao longo do nosso curso, você perceberá que os direitos humanos têm 
estrutura normativa aberta. 
Os diplomas de direitos humanos abrangem diversos princípios, isto é, 
normas abertas, abstratas e indeterminadas que estabelecem finalidades a 
serem alcançadas. 
A dignidade humana, que é essencial na noção de direitos humanos, é um 
princípio que constitui a necessidade de adotar condutas no sentido de sua 
concretização (sem especificar de modo exato que tipo de conduta deve ser 
adotada). 
Os princípios sãodiferentes de regras, que não têm o mesmo grau de 
abstração e indeterminação. Pelo contrário, as regras definem a conduta que 
deve ser cumprida para sua concretização. Um exemplo é uma regra que 
determine prazo para interpor recurso em um processo judicial. É uma 
determinação específica e não abstrata. 
No âmbito da teoria contemporânea do direito, a conclusão é que norma 
jurídica é gênero que comporta como espécies (i) as regras e (ii) os princípios. 
No plano nacional ou no plano internacional, os direitos humanos são 
consagrados sobretudo em normas com natureza de princípio. 
Principais terminologias
Direitos do 
homem
• direitos naturais 
sem previsão 
expressa em um 
documento
• jusnaturalismo
• revoluções do 
séc. XVIII
Liberdades 
públicas
• direitos 
individuais
• conduta 
negativa do 
Estado
• ex.: vida e 
propriedade
Direitos 
fundamentais
• direitos 
humanos 
positivados 
expressamente 
na ordem 
jurídica interna 
de um Estado
Direitos 
humanos
• direitos 
previstos em 
documentos 
internacionais
• sistema global e 
sistema regional
 
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A estrutura normativa dos direitos humanos também tem relação com o 
sistema de proteção dos direitos humanos, bom como com o Direito 
Internacional dos Direitos Humanos. 
O Direito Internacional dos Direitos Humanos trata do conjunto de normas 
e ações internacionais destinadas a proteger os direitos humanos. 
Os direitos humanos são dotados de proteção não apenas no plano 
nacional, mas também fora dos limites do nosso país. 
Antes de analisarmos efetivamente a estrutura normativa dos direitos 
humanos, eu te faço uma pergunta: quais foram os marcos históricos para o 
surgimento desse conjunto de proteções aos direitos humanos? 
Bem, o surgimento do Direito Internacional dos Direitos Humanos está 
relacionado a três grandes marcos: 
1) Direito Humanitário – conjunto de normas e ações que tratam da 
proteção dos direitos humanos em casos de graves violações de direitos no 
contexto de guerra. Busca restringir as consequências de conflitos armados. 
A criação do Direito Humanitário, com a noção de proteção dos direitos 
humanos no plano internacional, sofreu influência do Movimento Internacional 
da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (prestação de assistência 
humanitária). 
2) Liga das Nações – entidade criada pelo Tratado de Versalhes depois 
da 1ª Guerra Mundial, com o objetivo de evitar novas guerras e gerar cooperação 
e paz no plano internacional, com a resolução pacífica das divergências. 
Apesar de não ter evitado a 2ª Guerra Mundial, a Liga das Nações 
antecedeu a Organização das Nações Unidas (ONU), que passou a exercer as 
funções da Liga das Nações. 
3) Organização Internacional do Trabalho (OIT) – criada em 1919 
pelo Tratado de Versalhes, a OIT busca promover a justiça social e estabelecer 
parâmetros internacionais de condições de trabalho. 
Também é importante mencionar a 2ª Guerra Mundial, que foi um 
evento muito relevante para o reconhecimento dos direitos humanos no plano 
internacional 
QUESTÃO DE PROVA 
 
Noções de Direitos Humanos para PCDF com Videoaulas (Agente - Pós-Edital) 
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2012 – PC/CE – Inspetor de Polícia – O direito internacional dos direitos 
humanos, fenômeno que antecedeu à Primeira Guerra Mundial, pode ser conceituado 
como uma construção consciente vocacionada a assegurar a dignidade humana. 
Gabarito Falso 
 
O processo de universalização, sistematização e 
internacionalização da tutela dos direitos humanos se 
reforçou depois da 2ª Guerra Mundial, de modo que esse evento 
foi essencial para a concepção contemporânea dos direitos 
humanos. 
Mas cuidado, pois antes da 2ª Guerra Mundial já havia o reconhecimento 
de direitos humanos. 
A 2ª Guerra Mundial resultou em um conjunto de violações a direitos 
humanos, com atos incompatíveis com o reconhecimento da dignidade humana 
(mortes, campos de concentração, experiências médicas degradantes com 
pessoas vivas, etc). 
Esse cenário de flagrante desrespeito à dignidade humana gerou uma 
espécie de conscientização internacional, no sentido de evitar a ocorrência de 
situação semelhante de violação de direitos. 
Com base nisso, os direitos humanos passaram a ser objeto de discussões 
internacionais. 
O período pós-guerra significou a reconstrução do reconhecimento dos 
direitos humanos, considerando o ambiente devastador para a humanidade da 
2ª Guerra Mundial. 
Com a finalidade de proporcionar um novo ambiente, vários países se 
reuniram para a criação da Organização das Nações Unidas – ONU, entidade 
voltada ao trabalho pela paz e desenvolvimento mundiais. 
QUESTÃO DE PROVA 
2012 – DPE/ES – Defensor Público – A concepção contemporânea dos direitos 
humanos surgiu com o término da Primeira Grande Guerra Mundial. 
Gabarito Falso 
 
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Agora que você já conhece o contexto histórico da proteção dos direitos 
humanos, vamos abordar sua estrutura normativa. 
Os sistemas internacionais de proteção de direitos humanos tratam do 
conjunto de normas jurídicas internacionais que são voltadas à proteção dos 
direitos humanos e adotadas pelos Estados Nacionais. 
No âmbito global (universal), o surgimento da ONU, com o 
desenvolvimento de normas internacionais sobre direitos humanos, foi 
importante para a criação desses sistemas de proteção. 
Há documentos de natureza geral, aplicáveis de modo abstrato a todos os 
seres humanos (ex.: Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948), e 
documentos de natureza especial, aplicáveis de modo específico a um grupo de 
seres humanos (ex.: Convenção sobre os Direitos da Criança). 
Além disso, no âmbito regional, também é possível mencionar a criação 
de outras entidades que contribuíram para o reconhecimento internacional de 
direitos humanos, como o Conselho da Europa, a Organização dos Estados 
Americanos – OEA, a Organização da Unidade Africana (União Africana), etc. 
Ainda no plano regional, há documentos de abrangência geral (todas as 
pessoas) e de abrangência específica (grupo específico de pessoas). 
 
 
 
Os sistemas de proteção global e regional não se excluem. Eles são 
coexistentes e complementares, na medida em que o mesmo direito pode ser 
reconhecido em mais de um sistema. 
Sistemas jurídicos de 
proteção de direitos 
humanos
âmbito 
global
ONU
âmbito 
regional
europeu, americano 
e africano
 
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Pelo princípio da interrelacionariedade, os direitos humanos e os 
sistemas de proteção se relacionam entre si, sendo possível que a pessoa 
escolha entreos mecanismos de proteção global ou regional, na medida em que 
não há hierarquia entre eles. 
Mas também é possível que o direito seja reconhecido apenas em um dos 
sistemas. 
Portanto, a tutela internacional de direitos humanos não é realizada 
apenas pela ONU, na medida em que há sistemas regionais e internos de 
proteção de direitos humanos. 
Como já destacado anteriormente, os direitos humanos também possuem 
proteção no plano nacional, com a consagração de direitos fundamentais nos 
ordenamentos jurídicos de cada país (lembre-se do conceito de direitos 
fundamentais). 
Sob essa perspectiva, é possível afirmar a existência de proteção dos 
direitos humanos no plano universal, regional e interno. 
Essa pluralidade de sistemas de proteção dos direitos humanos é 
importante para o reconhecimento e a afirmação desses direitos. Um sistema de 
proteção complementa o outro. 
Havendo conflito entre normas previstas em sistemas de proteção 
diversos, deve prevalecer aquela que é mais benéfica à pessoa humana, 
independentemente do seu sistema. 
Trata-se do princípio da aplicação da norma mais benéfica à pessoa 
humana. 
 
 
 
 
 
 Teoria geral dos direitos humanos – parte I 
 
 
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1.3. Fundamentação dos Direitos Humanos 
Dúvida: Por que reconhecemos os direitos humanos? Quais os 
fundamentos filosóficos dos direitos humanos? O que justifica a existência de 
direitos humanos? 
Em resumo, há pelo menos 3 correntes que buscam explicar o 
fundamento dos direitos humanos. 
1) concepção positivista – o reconhecimento dos direitos humanos 
ocorre pela sua previsão como verdadeira norma jurídica criada (positivada) 
pelo Estado. 
Pela concepção positivista, o fundamento dos direitos humanos é a sua 
própria criação pelo homem. 
Portanto, não haveria direitos humanos antes do seu reconhecimento 
formal (positivação) pelo Estado em um diploma jurídico. 
2) concepção jusnaturalista – para o jusnaturalismo, os direitos 
humanos são compreendidos como direitos naturais de todos os indivíduos, 
isso em virtude de uma inspiração de Deus ou em virtude da razão humana. 
Para essa corrente, o reconhecimento dos direitos humanos ocorre por 
uma disposição natural das coisas, anteriores ao Estado e ao direito positivo. 
Toda pessoa possui direitos inerentes ao gênero humano, que são 
reconhecidamente anteriores à existência formal (positivada) de um conjunto 
de direitos. Esses direitos inerentes ao gênero humano são denominados de 
direitos naturais. 
Trata-se de um conjunto de direitos universais, abstratos, perenes, morais 
e imutáveis que pertencem aos indivíduos sem contestação e que serviriam de 
fundamento para os direitos humanos. 
QUESTÃO DE PROVA 
2013 – PRF – Policial Rodoviário Federal – Conforme a teoria positivista, os 
direitos humanos fundamentam-se em uma ordem superior, universal, imutável e 
inderrogável. 
Gabarito Falso 
 
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3) concepção ética (ou moralista) – a fundamentação dos direitos 
humanos não é apenas jurídica, porquanto eles também estão baseados em 
valores. Essa é uma fundamentação axiológica dos direitos humanos. 
Os direitos humanos estariam relacionados a exigências éticas e morais 
destinadas a todos os seres humanos. 
 
 
Alguns autores também tratam da fundamentação histórica, com o 
entendimento de que os direitos humanos são elementos relativos considerando 
o contexto histórico e cultural de cada sociedade. 
 
1.4. Características dos Direitos Humanos 
Essas são as principais características dos direitos humanos: 
1) historicidade – direitos humanos são uma decorrência da evolução 
histórica. O surgimento dos direitos humanos não ocorreu de uma única vez, 
tratando-se de um processo histórico progressivo, lento e paulatino. 
Diante do surgimento gradativo dos direitos humanos, parte da doutrina 
defende o princípio da proibição ao retrocesso social (princípio da proibição 
de evolução reacionária ou efeito cliquet), que impede a extinção de direitos 
reconhecidos pelo sistema jurídico (ex.: não seria possível autorizar a tortura, 
sob pena de promover verdadeiro retrocesso social). 
Fundamentação positivista
• direito positivado pelo Estado
Fundamentação jusnaturalista
• direitos naturais preexistentes de todos
Fundamentação ética
• direitos morais
 
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O princípio da proibição ao retrocesso social impede a extinção de direitos, 
e não sua redução. Quer dizer, é possível a redução de direitos reconhecidos 
pelo sistema jurídico. 
QUESTÃO DE PROVA 
2019 – PRF – Policial Rodoviário Federal – Todos os direitos humanos foram 
afirmados em um único momento histórico. 
Gabarito Falso 
 
2) universalidade – os direitos humanos protegem todas 
as pessoas em todos os lugares do mundo, indistintamente. São 
direitos universais, isto é, direitos inerentes a todos os seres 
humanos, sem limitação ao território de um país. 
Mesmo pessoas que violem direitos humanos continuam sendo 
destinatárias de normas de proteção de direitos humanos. 
QUESTÃO DE PROVA 
2019 – PRF – Policial Rodoviário Federal – As pessoas naturais que violam 
direitos humanos continuam a gozar da proteção prevista nas normas que dispõem 
sobre direitos humanos. 
Gabarito Verdadeiro 
 
É importante destacar que o art. 6º da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos estabelece que “todo ser humano tem o direito de ser, em todos os 
lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.”. 
A universalidade dos direitos humanos se contrapõe à corrente do 
relativismo cultural, que se justifica pela grande dificuldade de afirmar a 
existência de valores universais reconhecidos em todas as sociedades. 
Há sociedades que possuem determinados tipos de práticas culturais que 
não se compatibilizam com a universalidade dos direitos humanos (ex.: países 
que não concebem liberdade plena às mulheres). 
 
Noções de Direitos Humanos para PCDF com Videoaulas (Agente - Pós-Edital) 
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Não obstante, há um esforço para que concepções culturais e práticas 
internas não acabem violando direitos humanos (direitos inerentes à pessoa 
humana que possuem reconhecimento universal). 
3) relatividade – os direitos humanos podem ser objeto de 
limitações, já que não são absolutos. Um direito humano isoladamente 
considerado pode ser restringido para que se concretize outro direito humano. 
Exemplo: restrição da liberdade para proteger a intimidade de certa 
pessoa. 
Mesmo o direito à vida, que possui extrema relevância, pode ser limitado. 
Basta pensar em situações de legítima defesa,por exemplo. 
4) irrenunciabilidade – os direitos humanos não podem ser objeto de 
disposição pelas pessoas. Não cabe a transação ou renúncia à proteção 
decorrente da dignidade humana. Em termos práticos, um indivíduo não pode 
recusar ou rejeitar a proteção dos direitos humanos. 
QUESTÃO DE PROVA 
2009 – SEJUS/ES – Agente Penitenciário – Os direitos humanos são 
irrenunciáveis, de modo que podem até deixar de ser exercidos por seus titulares, os 
quais, no entanto, jamais podem renunciar a tais direitos. 
Gabarito Verdadeiro 
 
5) inalienabilidade – os direitos humanos não podem ser objeto de 
alienação (transferência para outrem). 
6) imprescritibilidade – a pretensão de proteger os direitos humanos 
não está sujeita à prescrição. 
A pretensão relativa aos direitos humanos não é extinta pelo passar do 
tempo. 
É importante compreender a diferença entre pretensão relativa a direitos 
humanos e pretensão relativa à reparação de danos decorrentes da violação a 
direitos humanos. 
 
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A reparação de danos decorrentes da violação a direitos humanos envolve 
repercussões econômicas, com a possível condenação do ofensor ao pagamento 
de indenização. A pretensão pertinente a essa reparação é prescritível. 
7) unidade, indivisibilidade e interdependência – os direitos humanos 
tratam de um grupo único, indivisível e interdependente de direitos. Vale dizer, 
os direitos humanos não se excluem, na medida em que um complementa o 
outro. 
Assim, não há hierarquia entre os direitos humanos (não há um direito 
humano que prevaleça ou tenha hierarquia maior sobre outros direitos 
humanos). 
Os direitos humanos não são observados isoladamente, mas como um 
sistema unitário. 
QUESTÃO DE PROVA 
2012 – DPE/ES – Defensor Público – A universalidade e a indivisibilidade são 
características próprias da concepção contemporânea dos direitos humanos. 
Gabarito Verdadeiro 
 
8) inexauribilidade – os direitos humanos estão em permanente 
desenvolvimento, de modo que é possível o surgimento de novas formas de 
proteção de direitos. 
Para facilitar o estudo, veja esse quadro com o resumo das principais 
características dos direitos humanos: 
 
 
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1.5. Eficácia dos Direitos Humanos 
Quando falamos na eficácia dos direitos humanos, estamos tratando da 
proteção conferida ao seu titular contra determinada pessoa ou agente. 
A eficácia vertical dos direitos humanos se revela na relação dos 
indivíduos com o Estado. É a oponibilidade dos direitos humanos diante do 
Estado. 
Como o Estado é o ente que busca a concretização do interesse público, 
possui diversas prerrogativas que lhe colocam em situação de superioridade em 
relação aos particulares, razão pela qual falamos em eficácia vertical dos direitos 
humanos. 
A eficácia vertical dos direitos humanos é justamente sua incidência na 
relação entre pessoa (particular) e Estado. Aqui falamos na limitação do Estado 
para proteção dos particulares. 
• natureza histórica1) historicidade
• direitos inerentes a todos os sereshumanos2) universalidade
• podem ser objeto de limitação3) relatividade
• não podem ser abdicados4) irrenunciabilidade
• não podem ser transferidos5) inalienabilidade
• não se perdem pelo passar do tempo6) imprescritibilidade
• grupo único, indivisível e interdependente 
de direitos
7) unidade
• possibilidade de surgimento de novos 
direitos
8) inexauribilidade
 
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Por outro lado, a eficácia horizontal dos direitos humanos (ou 
Drittwirkung) se revela na relação entre indivíduos. É a oponibilidade dos 
direitos humanos diante de particulares. 
Como a regra geral das relações privadas é a igualdade, os sujeitos se 
posicionam no mesmo plano. 
A eficácia horizontal dos direitos humanos é sua incidência nas relações 
privadas. 
 
 
Alguns autores afirmam também a existência da eficácia diagonal dos 
direitos humanos, que defende sua aplicação nas relações privadas marcadas 
pela desigualdade entre as partes. 
Pensa, por exemplo, na relação de emprego, na qual o empregado (em 
regra) é hipossuficiente. Pela eficácia diagonal, os direitos humanos também 
devem incidir nas relações de trabalho. 
 
1.6. Classificação dos Direitos Humanos 
A primeira classificação dos direitos humanos se fundamenta na teoria do 
status de Georg Jellinek, que foi elaborada no fim do séc. XIX e tem como base 
a relação do indivíduo com o Estado sob a perspectiva dos direitos. 
Essa classificação parte dos pressupostos (i) da natureza positiva dos 
direitos, isto é, da previsão de direitos pelo Estado (e não da concepção do 
Estado
particular
direitos 
humanos 
limitam Estado
particular particular
 
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direito como algo decorrente da natureza) e (ii) da posição hierarquicamente 
superior do Estado em sua relação com o indivíduo. 
De acordo com Jellinek, a pessoa se posiciona em 4 situações diversas em 
face do Estado: 
 
 
 
Essa é a teoria dos quatro status de Georg Jellinek. 
Por sua vez, há outras classificações de direitos humanos. 
Classificação dos direitos humanos de acordo com sua função: 
1) direitos de defesa – proteções à pessoa para defender posições 
subjetivas contra a intervenção do Estado ou de outro particular. De acordo com 
André Ramos Tavares, “é possível classificar os direitos de defesa em três 
subespécies: os direitos ao não impedimento (liberdade de expressão, por 
exemplo); direitos ao não embaraço (por exemplo, direito à inviolabilidade 
domiciliar, intimidade e sigilos diversos) e, finalmente, direitos a não 
supressão de determinadas situações jurídicas (defesa do direito de 
Teoria dos 4 
status de 
Jellinek
Status passivo 
(ou status 
subjectionis)
indivíduo está 
subordinado aos 
poderes públicos. Tem 
deveres perante o 
Estado
Status negativo 
(ou status 
libertatis)
indivíduo tem 
liberdades contra 
ingerências do Estado
Status positivo 
(ou status 
civitatis)
indivíduo pode exigir 
prestação positiva do 
Estado
Status ativo (ou 
status activus)
indivíduo pode 
influenciar a formação 
da vontade do Estado 
(ex.: direitos políticos)
 
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www.cdfconcursos.com.brpropriedade, por exemplo). (...)” (Curso de Direitos Humanos. 7. ed. São 
Paulo: Saraiva Educação, 2020, p. 63). 
2) direitos a prestações – impõem ao Estado a obrigação de agir para 
garantir direitos humanos. A prestação do Estado pode ser (i) jurídica, com a 
criação de normas jurídicas para proteger direitos (ex.: lei que prevê o direito à 
moradia), ou (ii) material, com a prática de atos pelo Estado para assegurar o 
direito ao indivíduo (ex.: programas habitacionais formulados pelo Poder 
Público); 
3) direitos a procedimentos e instituições – determinam que o Estado 
organize sua estrutura e instituições para viabilizar a concretização de direitos 
humanos. 
Classificação dos direitos humanos de acordo com sua finalidade: 
1) direitos propriamente ditos – normas que buscam o reconhecimento 
jurídico de pretensões relacionadas à dignidade humana; 
2) garantias fundamentais – instrumentos que asseguram o exercício 
de direitos propriamente ditos (ex.: os remédios constitucionais). 
QUESTÃO DE PROVA 
2020 – MPE/CE – Promotor de Justiça – De acordo com a sua finalidade, os 
direitos humanos são classificados como direitos 
a) de defesa. 
b) a prestações. 
c) a procedimentos e instituições. 
d) propriamente ditos. 
e) expressos. 
Gabarito D 
 
Classificação dos direitos humanos de acordo com a forma de 
reconhecimento: 
1) direitos expressos – aqueles expressamente previstos na CRFB/88; 
 
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2) direitos implícitos – aqueles extraídos pelo Poder Judiciário a partir 
de normas gerais estabelecidas na CRFB/88; 
3) direitos decorrentes – aqueles decorrentes de tratados internacionais 
sobre direitos humanos. 
 
 
 
 
2. Afirmação histórica dos Direitos Humanos 
Os direitos humanos são resultado de lenta e gradual evolução histórica. 
Portanto, eles não são reconhecidos ou definidos de uma só vez, mas 
conforme a experiência e a vivência humana em sociedade. 
A atual feição dos direitos humanos é uma decorrência da modernidade, 
sobretudo a partir das revoluções do século XVIII. 
Apesar disso, também é possível afirmar a existência de outros marcos 
históricos para o surgimento e desenvolvimento dos direitos humanos. 
Primeiramente, vamos analisar a evolução dos direitos humanos a partir 
de seus marcos históricos mais importantes, bem como das primeiras 
declarações de direitos humanos. Em seguida, as gerações (ou dimensões) de 
direitos humanos. 
 
2.1. Períodos históricos 
Vamos estudar os períodos históricos importantes para o surgimento e 
desenvolvimento dos direitos humanos. 
Como o reconhecimento de direitos humanos de modo mais organizado, 
universal e sistemático ocorreu em momento recente, parte da doutrina afirma 
a existência de 3 marcos históricos fundamentais para os direitos humanos: (i) 
iluminismo (que gerou uma grande mudança intelectual na Europa do séc. 
XVIII); (ii) Revolução Francesa e (iii) 2ª Guerra Mundial. 
 Teoria geral dos direitos humanos – parte II 
 
 
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Mesmo assim, começaremos lá no início de tudo, na Idade Antiga. 
 
2.1.1. Idade Antiga 
Na Idade Antiga (período que vai do desenvolvimento da escrita – por 
volta de 4000 a.C. – até o fim do Império Romano em 476 d.C.), houve as 
primeiras manifestações acerca de reconhecimento de direitos. 
Faço especial destaque para a Antiguidade Clássica (que vai do séc. VIII 
a.C. até 476 d.C.), com a importância da sociedade da Grécia para a valorização 
da vida humana e de suas potencialidades. 
Apesar de não ter adotado um conjunto de proteção dos direitos humanos, 
a Grécia contribuiu para seu reconhecimento, com a colocação da pessoa no 
centro das coisas (antropocentrismo). 
Também naquele período começou a surgir a noção de direitos naturais 
superiores ao direito positivo (concepção jusnaturalista). 
Já falando em Roma, houve a concretização da lei como instrumento de 
regulação da sociedade. A “cidadania romana” implicava verdadeira garantia de 
direitos individuais. 
O Cristianismo também foi importante para o reconhecimento dos 
direitos humanos, com ideais universais de igualdade e fraternidade e 
mandamentos éticos e morais de conduta. 
QUESTÃO DE PROVA 
2009 – DPE/PI – Defensor Público – A respeito do desenvolvimento histórico dos 
direitos humanos e seus marcos fundamentais, não há uma correlação entre o 
surgimento do cristianismo e o respeito à dignidade da pessoa humana. 
Gabarito Falso 
 
 
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2.1.2. Idade Média 
A Idade Média foi marcada pela descentralização política, com a 
existência de diversas fontes de poder. 
A partir da segunda metade da Idade Média, começaram a surgir diplomas 
escritos com o reconhecimento de direitos a certos grupos de pessoas (e não a 
todas as pessoas indistintamente). 
O documento mais importante na Idade Média para os direitos 
humanos foi a Magna Carta de 1215, que foi primeiro documento 
a positivar (reconhecer formalmente) por escrito determinados 
direitos a uma parte do povo inglês. 
A primeira declaração de direitos humanos foi criada na Inglaterra: a 
Magna Carta de 1215, assinada pelo Rei João Sem-Terra. Posteriormente, 
vieram a Petition of rights (1682), o Habeas Corpus Act (1679) e o Bill of rights 
(1689). 
QUESTÃO DE PROVA 
2013 – PC/SP – Investigador de Polícia – Dentre os documentos reconhecidos 
internacionalmente e que limitaram o poder do governante em relação aos direitos 
do homem, encontra-se o mais remoto e pioneiro antecedente que submetia o Rei a 
um corpo escrito de normas, procurava afastar a arbitrariedade na cobrança de 
impostos e implementava um julgamento justo aos homens. 
Esse importante documento histórico dos direitos humanos denomina-se 
a) Talmude. 
b) Magna Carta da Inglaterra. 
c) Alcorão. 
d) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da França. 
e) Bill of Rights. 
Gabarito B 
 
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QUESTÃO DE PROVA 
2012 – DPE/AC – Defensor Público – versão adaptada – O Bill of Rights, de 1689, 
foi a primeira carta de direitos de que se tem notícia na história. 
Gabarito Falso 
 
A Magna Carta não tratou efetivamente de um documento com o 
reconhecimento e a garantia de direitos humanos a todas as pessoas da 
Inglaterra. Ela foi o resultado de desentendimentos entre o Rei, a Igreja e os 
barões ingleses. 
Foi um documento em que o Rei estabeleceu limitações ao seu próprio 
poder, determinou privilégios aos barões ingleses e reconheceu a liberdade da 
Igreja. 
A relevância da Magna Carta é que ela impôs,de forma inédita até então, 
a limitação dos poderes do Rei. Foi previsto um conjunto de restrições ao 
poder político que é concebido até hoje. 
A Magna Carta estabeleceu as manifestações iniciais pertinentes a alguns 
direitos reconhecidos hoje na sociedade. 
 
 
 
Magna Carta: lança as bases para direitos reconhecidos 
atualmente
• separação entre Igreja e Estado (liberdades eclesiásticas)
• propriedade privada
• devido processo legal
• acesso à Justiça
• liberdade de locomoção
• Tribunal do Júri
• proporcionalidade das penas
 
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O Petition of Rights (1628) reforçou a limitação aos poderes do Rei, 
ao ampliar aos súditos os direitos que foram proclamados na Magna Carta. 
Em resumo, o Petition of Rights estabeleceu os seguintes direitos: 
1) soberania do Parlamento inglês quanto aos tributos; 
2) vedação à prisão arbitrária; 
3) devido processo legal. 
O Habeas Corpus Act (1679) previu o habeas corpus como instrumento 
processual para a proteção à liberdade de locomoção dos cidadãos, 
sobretudo contra restrições abusivas do direito de ir e vir. 
O direito à liberdade já era reconhecido anteriormente, mas o Habeas 
Corpus Act criou regras processuais para o habeas corpus e aumentou a 
proteção à liberdade das pessoas. 
O Bill of Rights (Declaração de Direitos) de 1689 estabeleceu a 
independência e a supremacia do Parlamento e impôs limites ao monarca, 
dando origem a um regime de monarquia constitucional. Além disso, também 
consagrou direitos e liberdades ao povo inglês. 
Em resumo, essas foram as previsões mais importantes do Bill of Rights: 
 
 
 
Bill of Rights
• separação dos poderes do Rei e do Parlamento
• proibição da cobrança de imposto sem aprovação do 
Parlamento
• direito de petição
• eleições livres para o Parlamento
• inviolabilidade dos discursos realizados no Parlamento
• vedação a impostos excessivos e penas inusitadas ou cruéis
 
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2.1.3. Idade Moderna 
Na Idade Moderna, foi desaparecendo a descentralização política que 
marcou a Idade Média. Houve o desenvolvimento do comércio, o surgimento do 
Estado Moderno (com a centralização do poder político) e sua desvinculação da 
religião. 
Apesar disso, nesse período ainda não havia direitos reconhecidos de modo 
universal a todas as pessoas indistintamente. 
É possível vislumbrar 3 momentos distintos para os direitos humanos 
dentro da modernidade: 
1º momento – declarações de direito com concepção jusnaturalista; 
2º momento – declarações sociais de direitos; 
3º momento – internacionalização dos direitos humanos. 
 
a) Declaração de direitos com concepção jusnaturalista 
 
O primeiro momento importante da Idade Moderna é marcado pela 
declaração de direitos com concepção jusnaturalista, com especial destaque 
para a Independência dos Estados Unidos e para a Revolução Francesa. 
Aqui falamos no reconhecimento dos direitos civis e políticos, bem como 
na limitação do poder estatal. 
Nos Estados Unidos, o cenário para a elaboração das declarações de 
direitos humanos foi o processo de sua independência e criação da federação. 
O advento das declarações de direitos nos Estados Unidos tem relação 
direta com seu processo de independência. 
São documentos importantes na evolução histórica dos direitos humanos: 
1) Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia (1776) – 
reconheceu a existência de direitos inerentes à pessoa humana, com expressa 
menção à vida, igualdade, liberdade, propriedade e segurança. 
 
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2) Declaração de Independência dos Estados Unidos da América 
(1776) – reconheceu a existência de direitos inalienáveis, entre os quais, a vida, 
a liberdade e a busca da felicidade. 
3) Constituição dos Estados Unidos da América (1787) – em 1791 
foram aprovadas as 10 primeiras emendas à Constituição dos EUA, com a 
previsão de direitos fundamentais. 
Por sua vez, na França, assim como na Inglaterra, o cenário para a 
elaboração das declarações de direitos humanos foi o fim da monarquia 
absolutista e o surgimento de um governo com poderes limitados e que 
respeitava as liberdades fundamentais das pessoas. 
O documento com maior relevância histórica foi a Declaração dos 
Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. 
Seu surgimento ocorreu no cenário da Revolução Francesa, logo após a 
Queda da Bastilha. É um documento extremamente relevante para toda a 
sociedade ocidental. 
Os valores fundamentais do documento são liberdade, igualdade e 
fraternidade, invocados na Revolução Francesa. 
Os direitos previstos na Declaração foram tratados como universais, 
destinados a todos os seres humanos em todas as sociedades e em todos os 
períodos históricos. 
Na Declaração, foram previstos direitos que hoje são reconhecidos por 
muitos Estados, inclusive o Brasil. 
 
b) Declaração social de direitos 
 
Esse segundo momento da Idade Moderna decorreu da necessidade de 
condutas ativas do Estado para garantir direitos. Não bastava a limitação do 
poder estatal, sendo necessária uma postura ativa para assegurar direitos 
econômicos, sociais e culturais. 
A abstenção do Estado gerou situação de precarização para parcelas da 
sociedade, que não possuíam condições mínimas para sua sobrevivência, 
servindo apenas como mera força produtiva para o capital. 
 
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Nesse cenário, surge a filosofia de Friedrich Engels e Karl Marx. O 
Manifesto do Partido Comunista de 1848 se ambienta no conflito entre 
capital e trabalho, com críticas ao regime liberal. 
O Manifesto Comunista e outros documentos de inspiração comunista e 
socialista tornaram necessária uma restruturação do Estado Liberal. 
Os direitos sociais, econômicos e culturais (direitos de 2ª geração) 
foram influenciados por esse cenário. 
No plano jurídico, podemos mencionar como decorrência dessa ênfase no 
caráter social a Constituição Mexicana de 1917 e a Constituição alemã de 
Weimar de 1919, que, além de direitos civis e políticos, também previram 
direitos sociais, econômicos e culturais. 
 
c) Internacionalização dos direitos humanos 
 
A internacionalização dos direitos humanos é uma decorrência da 2ª 
Guerra Mundial, diante das graves violações à vida humana ocorridas no 
período. 
Houve a necessidade de formação de organismos internacionais com o 
objetivo de garantir a paz mundial e os direitos humanos. 
Nesse contexto, surge o Direito Internacional dos Direitos Humanos. 
Foram documentos jurídicos relevantes para esse momento histórico:Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e os Pactos 
Internacionais sobre Direitos Civis e Políticos e sobre Direitos Econômicos, 
Sociais e Culturais de 1966. 
 
 
 
 
 
 Afirmação histórica dos direitos humanos – 
parte I 
 
 
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2.2. Gerações de Direitos Humanos 
As gerações de direitos humanos agrupam espécies de direitos humanos 
que possuem características comuns. É a classificação mais famosa dos 
direitos humanos. 
É importante destacar que a evolução dos direitos humanos, com o 
surgimento de novas gerações de direitos, não implica a extinção dos direitos 
de gerações anteriores. 
As gerações coexistem de modo simultâneo. 
Com o argumento de que a palavra “geração” denota a ideia de 
substituição de direitos ao longo do tempo (as gerações posteriores excluiriam 
as gerações anteriores), alguns autores defendem a utilização da palavra 
“dimensão”, ao invés de “geração” (as dimensões posteriores complementariam 
as dimensões posteriores). 
1ª geração – direitos da liberdade, que abrangem os direitos civis e 
políticos. 
A referência jurídica da 1ª geração são a Constituição dos EUA (1787) e a 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da França (1789). 
Os direitos de 1ª geração são resultado da corrente teórica do 
liberalismo, que defende o reconhecimento de direitos e liberdades básicas às 
pessoas como proteção contra os abusos cometidos pelo Estado. 
De um modo geral, trata-se de direitos de natureza negativa, das 
liberdades negativas clássicas, na medida em que impedem a intervenção 
abusiva do Estado na vida da pessoa (determinam um “não fazer”, uma 
abstenção ao Estado). 
Exemplos: liberdade de expressão, proteção à vida, direito à propriedade, 
etc. 
2ª geração – direitos da igualdade (material), que abrangem os 
direitos sociais, econômicos e culturais, a serem garantidos pelo modelo do 
Estado Social. 
QUESTÃO DE PROVA 
 
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2013 – PRF – Policial Rodoviário Federal – A expressão direitos humanos de 
primeira geração refere-se aos direitos sociais, culturais e econômicos. 
Gabarito Falso 
 
A não intervenção do Estado defendida pelo liberalismo gerou 
desigualdades e concentração de rendas, razão pela qual foi necessária a 
atuação do Estado para garantir direitos. 
De um modo geral, trata-se de direitos de natureza positiva, na medida 
em que sua concretização demanda a intervenção do Estado, inclusive com a 
prestação de serviços (natureza prestacional). 
São correntes teóricas que fundamentam os direitos de 2ª geração: (i) 
Encíclica Rerum Novarum da Igreja Católica (elaborada pelo Papa Leão XIII em 
1891) e o Manifesto do Partido Comunista (Karl Marx e Friedrich Engels – 1848). 
Os marcos históricos para a 2ª geração de direitos foram a Revolução 
Mexicana (1910) e a Revolução Russa (1917). 
Já os referenciais jurídicos são a Constituição Mexicana (1917), que 
reconheceu diversos direitos sociais, e a Constituição alemã de Weimar 
(1919). 
Essa geração de direitos marca a transição do constitucionalismo liberal 
(séc. XVIII) para o constitucionalismo social (séc. XIX). 
Exemplos: direito à saúde, à moradia, à educação, à previdência, etc. 
3ª geração – direitos da fraternidade ou solidariedade, que 
abrangem direitos difusos, titularizados pela humanidade como um todo. 
São direitos que se fundamentam na proteção do gênero humano, partindo 
do pressuposto do humanismo e da universalidade. 
Aqui falamos na preocupação com as gerações humanas atuais e 
futuras. 
O referencial jurídico dos direitos de 3ª geração é a Declaração Universal 
dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas 
(ONU) em 1948. 
Exemplos: direitos do consumidor, progresso, meio ambiente, 
desenvolvimento, autodeterminação dos povos, etc. 
 
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QUESTÃO DE PROVA 
2019 – TJ/PR – Juiz Substituto – Considerando-se o surgimento e a evolução dos 
direitos fundamentais em gerações, é correto afirmar que o direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado é considerado, pela doutrina, direito de 
a) primeira geração. 
b) segunda geração. 
c) terceira geração. 
d) quarta geração. 
Gabarito C 
 
4ª geração – há duas correntes doutrinárias sobre a natureza dos direitos 
de 4ª geração. 
Para Norberto Bobbio, filósofo italiano, os direitos de 4ª geração são 
aqueles relativos à engenharia genética. 
Para Paulo Bonavides, jurista brasileiro, os direitos de 4ª geração são 
aqueles relacionados à democracia, informação e pluralismo. 
5ª geração – ainda de acordo com Paulo Bonavides, a 5ª geração abrange 
o direito à paz. 
QUESTÃO DE PROVA 
2018 – PC/SP – Investigador de Polícia – Considerando a evolução histórica dos 
direitos humanos, assinale a alternativa que indica corretamente as três gerações de 
direitos, na ordem histórica em que elas são classificadas pela doutrina. 
a) Direitos da coletividade; direitos de solidariedade ou de fraternidade; e direitos e 
garantias individuais. 
b) Direitos de liberdade positiva; direitos de liberdade negativa; e direitos de 
solidariedade ou de fraternidade. 
c) Direitos civis e sociais; direitos de liberdades e garantias individuais; e direitos 
coletivos e transindividuais. 
 
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d) Direitos de liberdade negativa, civis e políticos; direitos econômicos, sociais e 
culturais; e direitos de fraternidade ou de solidariedade. 
e) Direitos trabalhistas; direitos sociais; e direitos da democracia. 
Gabarito D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gerações de 
direitos 
humanos
1ª 
geração
liberdade
direitos civis 
e políticos
2ª 
geração
igualdade
direitos sociais, 
econômicos e 
culturais
3ª 
geração
solidariedade
consumidor, progresso, 
meio ambiente, 
desenvolvimento
4ª 
geração
Paulo 
Bonavides
democracia, informação 
e pluralismo
5ª 
geração
Paulo 
Bonavides
paz
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ESQUEMAS E RESUMOS DA AULA 
 
 
Os direitos humanos tratam da proteção da pessoa contra violações, 
abusos e arbitrariedades do Estado, bem como de direitos básicos essenciaispara a concretização da dignidade humana. 
 
 
 
 
A expressão “direitos fundamentais” é utilizada para indicar os direitos 
positivados (previstos expressamente) no sistema jurídico interno (leis 
internas) do Estado (país). 
A expressão “direitos humanos” costuma ser utilizada para indicar os 
direitos previstos no sistema jurídico internacional. 
 
Conceito de 
direitos 
humanos
conjunto de 
direitos
que 
concretizam a 
dignidade 
humana
Principais terminologias
Direitos do 
homem
• direitos naturais 
sem previsão 
expressa em um 
documento
• jusnaturalismo
• revoluções do 
séc. XVIII
Liberdades 
públicas
• direitos 
individuais
• conduta 
negativa do 
Estado
• ex.: vida e 
propriedade
Direitos 
fundamentais
• direitos 
humanos 
positivados 
expressamente 
na ordem 
jurídica interna 
de um Estado
Direitos 
humanos
• direitos 
previstos em 
documentos 
internacionais
• sistema global e 
sistema regional
 
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A 2ª Guerra Mundial foi um evento muito importante para o 
reconhecimento dos direitos humanos no plano internacional. 
O processo de universalização, sistematização e internacionalização 
da tutela dos direitos humanos se reforçou depois da 2ª Guerra Mundial, de 
modo que esse evento foi essencial para a concepção contemporânea dos 
direitos humanos. 
 
 
 
Em resumo, há pelo menos 3 correntes que buscam 
explicar o fundamento dos direitos humanos. 
 
 
Direitos 
fundamentais
Plano interno
Direitos 
humanos
Plano 
internacional
Sistemas jurídicos de 
proteção de direitos 
humanos
âmbito 
global
ONU
âmbito 
regional
europeu, americano 
e africano
Fundamentação positivista
• direito positivado pelo Estado
Fundamentação jusnaturalista
• direitos naturais preexistentes de todos
Fundamentação ética
• direitos morais
 
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Essas são as principais características dos direitos humanos: 
 
 
 
Dividimos a evolução histórica dos direitos humanos em 3 períodos: (i) 
Idade Antiga, (ii) Idade Média e (iii) Idade Moderna. 
 
 
 
• natureza histórica
1) historicidade
• direitos inerentes a todos os 
sereshumanos2) universalidade
• podem ser objeto de limitação
3) relatividade
• não podem ser abdicados
4) irrenunciabilidade
• não podem ser transferidos
5) inalienabilidade
• não se perdem pelo passar do tempo
6) imprescritibilidade
• grupo único, indivisível e interdependente 
de direitos7) unidade
• possibilidade de surgimento de novos 
direitos8) inexauribilidade
Idade Antiga
• Primeiras manifestações sobre reconhecimento de direitos
• Grécia
• Colocação da pessoa no centro
• Direitos naturais
• Cristianismo
 
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O documento mais importante na Idade Média para os direitos humanos 
foi a Magna Carta de 1215, que foi primeiro documento a positivar (reconhecer 
formalmente) por escrito determinados direitos ao povo inglês. 
A relevância da Magna Carta é que ela impôs, de forma inédita até então, 
a limitação dos poderes do Rei. Foi previsto um conjunto de restrições ao poder 
político que é concebido até hoje. 
 
 
 
 
 
 
Petition of Rights de 1628
• 1) soberania do Parlamento inglês quanto aos
tributos
• 2) vedação à prisão arbitrária
• 3) devido processo legal
Habeas 
Corpus Act 
1679
Proteção à 
liberdade
Bill of Rights de 1689
• separação dos poderes do Rei e do Parlamento
• proibição da cobrança de imposto sem aprovação do
Parlamento
• direito de petição
• eleições livres para o Parlamento
• inviolabilidade dos discursos realizados no Parlamento
• vedação a impostos excessivos e penas inusitadas ou cruéis
 
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Idade 
Moderna
1º momento
declarações de direito 
com concepção 
jusnaturalista
2º momento
declarações 
sociais de direitos
3º momento
internacionalização 
dos direitos humanos
Gerações de 
direitos 
humanos
1ª 
geração
liberdade
direitos civis 
e políticos
2ª 
geração
igualdade
direitos sociais, 
econômicos e 
culturais
3ª 
geração
solidariedade
consumidor, progresso, 
meio ambiente, 
desenvolvimento
4ª 
geração
Paulo 
Bonavides
democracia, informação 
e pluralismo
5ª 
geração
Paulo 
Bonavides
paz
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
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1. (CESPE – SEJUS/ES – Agente Penitenciário – 2009) Os direitos humanos 
são irrenunciáveis, de modo que podem até deixar de ser exercidos por 
seus titulares, os quais, no entanto, jamais podem renunciar a tais 
direitos. 
Pela irrenunciabilidade, os direitos humanos não podem ser objeto de 
disposição pelas pessoas. Não cabem a transação ou renúncia à 
proteção decorrente da dignidade humana. 
Gabarito Verdadeiro 
 
2. (CESPE – DPE-PI – Defensor Público – 2009) A respeito do 
desenvolvimento histórico dos direitos humanos e seus marcos 
fundamentais, assinale a opção correta. 
a) Os direitos fundamentais surgem todos de uma vez, não se originam 
de processo histórico paulatino. 
b) Não há uma correlação entre o surgimento do cristianismo e o 
respeito à dignidade da pessoa humana. 
c) As gerações de direitos humanos mais recentes substituem as 
gerações de direitos fundamentais mais antigas. 
 
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d) A proteção dos direitos fundamentais é objeto também do direito 
internacional. 
e) A ONU é o órgão responsável pela UDHR e pela Declaração Americana 
de Direitos. 
Letra “a” – errada – os direitos humanos (fundamentais) possuem 
natureza histórica, de modo que eles são resultados de um processo 
lento e gradativo. Não surgem de uma só vez. 
Letra“b” – errada – o Cristianismo foi importante para o 
reconhecimento dos direitos humanos, com ideais universais de 
igualdade e fraternidade e mandamentos éticos e morais de conduta. 
Letra “c” – errada – não há exclusão de uma geração de direitos por 
outra. As gerações se complementam. 
Letra “d” – certa – o direito internacional prevê sistemas universais 
e regionais de proteção de direitos humanos. 
Letra “e” – errada – a ONU está situada no sistema universal de 
proteção dos direitos humanos, assim como a Declaração Universal dos 
Direitos Humanos (em inglês Universal Declaration of Human Rights – 
UDHR). Entretanto, a Declaração Americana de Direitos se situa no 
sistema regional de proteção dos direitos humanos. 
Gabarito D 
 
3. (FUMARC – PC/MG – Delegado de Polícia – 2011) A verdadeira 
consolidação do Direito Internacional dos Direitos Humanos surge em 
meados do século XX, em decorrência da Segunda Guerra Mundial, por 
isso o moderno Direito Internacional dos Direitos Humanos é um 
fenômeno do pós-guerra. Dentre as proposições abaixo, assinale a que 
NÃO corrobora com o enunciado acima: 
a) O desenvolvimento do Direito Internacional dos Direitos Humanos 
pode ser atribuído às monstruosas violações de direitos humanos da era 
Hitler e, após, à crença de que somente uma guerra poderia por fim a 
 
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essas violações no âmbito internacional para garantir internamente em 
cada Estado nacional a dignidade da pessoa humana. 
b) A internacionalização dos direitos humanos constitui um movimento 
extremamente recente da história, surgido a partir do pós-guerra, como 
proposta às atrocidades e aos horrores cometidos durante o nazismo. 
Se a Segunda Guerra signifcou a ruptura com os direitos humanos, o 
pós-guerra deveria signifcar sua reconstrução. 
c) No momento em que os seres humanos se tornam supérfuos e 
descartáveis, no momento em que vigea lógica de destruição, em que 
cruelmente se abole o valor da pessoa humana, torna-se necessária a 
reconstrução dos direitos humanos como paradigma ético capaz de 
restaurar a lógica do razoável. 
d) A barbárie do totalitarismo signifcou a ruptura do paradigma dos 
direitos humanos, por meio da negação do valor da pessoa humana, 
como valor fonte do direito. Essa ruptura fez emergir a necessidade da 
reconstrução dos direitos humanos como referencial e paradigma ético 
que aproxime o direito da moral. 
O processo de universalização, sistematização e internacionalização da 
tutela dos direitos humanos se reforçou depois da 2ª Guerra 
Mundial, de modo que esse evento foi essencial para a concepção 
contemporânea dos direitos humanos. A 2ª Guerra Mundial resultou 
em um conjunto de violações a direitos humanos, com atos 
incompatíveis com o reconhecimento da dignidade humana (mortes, 
campos de concentração, experiências médicas degradantes com 
pessoas vivas, etc). Esse cenário de flagrante desrespeito à 
dignidade humana gerou uma espécie de conscientização 
internacional, no sentido de evitar a ocorrência de situação 
semelhante de violação de direitos. Com base nisso, os direitos 
humanos passaram a ser objeto de discussões internacionais. O 
período pós-guerra significou a reconstrução do reconhecimento dos 
direitos humanos, considerando o ambiente devastador para a 
humanidade da 2ª Guerra Mundial. 
 
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O erro da letra “a” é afirmar que apenas a guerra poderia colocar fim 
ao cenário de violações a direitos humanos. Pelo contrário, o cenário 
de violações a direitos humanos decorrente da 2ª Guerra Mundial é que 
impulsionou a internacionalização dos direitos humanos. 
Gabarito A 
 
4. (CESPE – DPE/MA – Defensor Público – 2011 – versão adaptada) O 
princípio da proibição do retrocesso social é uma cláusula de defesa do 
cidadão em face de possíveis arbítrios impostos pelo legislador no 
sentido de desconstituir as normas de direitos fundamentais. 
Em resumo, o princípio da proibição ao retrocesso social impede a 
extinção de direitos reconhecidos pelo sistema jurídico (ex.: não seria 
possível autorizar a tortura, sob pena de promover verdadeiro 
retrocesso social). 
Gabarito Verdadeiro 
 
5. (CESPE – DPE/MA – Defensor Público – 2011 – versão adaptada) A 
característica da indivisibilidade dos direitos humanos decorre da 
constatação de que a condição de pessoa é o único requisito para a sua 
titularidade de direitos e das necessidades humanas universais. 
A indivisibilidade indica que os direitos humanos são um grupo unitário 
com a mesma proteção, que não se divide. A questão traz uma 
afirmativa referente à universalidade, ou seja, ao reconhecimento dos 
direitos humanos para todas as pessoas. 
Gabarito Falso 
 
6. (CESPE - DPE-ES - Defensor Público – 2012) As três gerações de 
direitos humanos demonstram que visões de mundo diferentes 
refletem-se nas normas jurídicas voltadas à proteção da pessoa. 
 
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As diferentes visões de mundo influenciam diretamente a criação das 
normas de proteção da pessoa. Vimos que a referência jurídica da 1ª 
geração, com inspiração do liberalismo, são a Constituição dos EUA 
(1787) e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da França 
(1789). Por outro lado, essas são as correntes teóricas que 
fundamentam os direitos de 2ª geração: (i) Encíclica Rerum Novarum 
da Igreja Católica (elaborada pelo Papa Leão XIII em 1891) e o 
Manifesto do Partido Comunista (Karls Marx e Friedrich Engels (1848). 
Os marcos históricos para a 2ª geração de direitos foram a Revolução 
Mexicana (1910) e a Revolução Russa (1917); seus referenciais 
jurídicos são a Constituição Mexicana (1917), que reconheceu diversos 
direitos sociais, e a Constituição alemã de Weimar (1919). Por fim, o 
referencial jurídico dos direitos de 3ª geração é a Declaração Universal 
dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das Nações 
Unidas (ONU) em 1948. 
Gabarito Verdadeiro 
 
7. (CESPE – DPE/ES – Defensor Público – 2012) A concepção 
contemporânea dos direitos humanos surgiu com o término da Primeira 
Grande Guerra Mundial. 
O processo de universalização, sistematização e internacionalização da 
tutela dos direitos humanos se reforçou depois da 2ª Guerra Mundial, 
de modo que esse evento foi essencial para a concepção 
contemporânea dos direitos humanos. A 2ª Guerra Mundial resultou 
em um conjunto de violações a direitos humanos, com atos 
incompatíveis com o reconhecimento da dignidade humana (mortes, 
campos de concentração, experiências médicas degradantes com 
pessoas vivas, etc). Esse cenário de flagrante desrespeito à dignidade 
humana gerou uma espécie de conscientização internacional, no 
sentido de evitar a ocorrência de situação semelhante de violação de 
direitos. Com base nisso, os direitos humanos passaram a ser objeto 
 
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