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Apostila de Ecopedagogia

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E N S I N O A D I S T Â N C I A
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
01SUMÁRIO
GESTÃO E
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
PÓS-GRADUAÇÃO
E N S I N O A D I S T Â N C I AE N S I N O A D I S T Â N C I A
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
02 03SUMÁRIOSUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a 
sul do Estado do Espírito Santo, com unidades 
em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, 
Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e 
Vitória. Desde 1999 atua no mercado 
capixaba, destacando-se pela oferta 
de cursos de graduação, técnico, 
pós-graduação e extensão, com quali-
dade nas quatro áreas do conheci-
mento: Agrárias, Exatas, Humanas e 
Saúde, sempre primando pela quali-
dade de seu ensino e pela formação 
de profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o 
seleto grupo de Instituições de Ensino Superi-
or que possuem conceito de excelência junto 
ao Ministério da Educação (MEC). Das 2109 
instituições avaliadas no Brasil, 
apenas 15% conquistaram notas 4 e 
5, que são consideradas conceitos de 
excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo 
e entre as 50 melhores do país.
 
MISSÃO
Formar profissionais com consciência cidadã 
para o mercado de trabalho, com elevado 
padrão de qualidade, sempre mantendo a credi-
bilidade, segurança e modernidade, visando à 
satisfação dos clientes e colaboradores.
 
VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconhe-
cida nacionalmente como referência em quali-
dade educacional.
-
R E I T O R
GRUPO
MULTIVIX
EDITORIAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA • MULTIVIX
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2017 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Diretor Executivo 
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Conselho Editorial 
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente do 
Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima 
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Juliana Lima Barboza 
Tatiana de Santana Vieira
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Felix Soares
NEAD – Núcleo de Educação à Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Coordenação Geral de EAD
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
P716g Plestch, Talita.
Gestão e educação ambiental / Talita Plestch. – Serra: Multivix, 2017.
141 f.: il.; 30 cm
Inclui referências.
1. Educação ambiental. 2. Meio ambiente 3. Ecologia I. Faculdade Multivix – NeaD. II. Título.
 CDD: 372.357
E N S I N O A D I S T Â N C I AE N S I N O A D I S T Â N C I A
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
04 05SUMÁRIOSUMÁRIO
INTRODUÇÃO 10
CONCEITOS E DEFINIÇÕES: ECOLOGIA BÁSICA E MEIO AMBIENTE 11
2.1 ECOLOGIA 11
2.2 MEIO AMBIENTE 12
2.3 BIOLOGIA AMBIENTAL 12
2.4 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 13
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 15
3.1 BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 15
3.1.1 MARCOS IMPORTANTES NO BRASIL 16
3.2 PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 19
3.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL E NÃO FORMAL 22
3.4 MEIO AMBIENTE 26
3.5 RECURSOS NATURAIS 29
3.6 DA AÇÃO CONSCIENTE À TRANSFORMAÇÃO SOCIAL: 
CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 36
ÉTICA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 39
4.1 CONCEITO DE ÉTICA: 39
4.2 PROGRAMAS DE CONSCIENTIZAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 41
4.3 SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 46
PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO 53
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA 57
6.1 OBJETIVOS 58
6.2 PROJETOS SUJEITOS A ELABORAÇÃO DE EIA-RIMA 65
SUMÁRIO
2
3
4
5
6
1
-
R E I T O R
APRESENTAÇÃO
DA DIREÇÃO
EXECUTIVA
Aluno(a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte do 
maior grupo educacional de Ensino Superior do Espírito 
Santo e principalmente por você ter escolhido a Multi-
vix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoeiro 
de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, São 
Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, no 
mercado capixaba, destaca-se pela oferta de cursos 
de graduação, pós-graduação e extensão de quali-
dade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na 
modalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprovada 
pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo 
entre as 100 melhores do País, a Multivix 
preocupa-se bastante com o contexto da 
realidade local e com o desenvolvimento do 
país. E para isso, procura fazer a sua parte, 
investindo em projetos sociais, ambientais e na 
promoção de oportunidades para os que 
sonham em fazer uma faculdade de qualidade 
mas que precisam superar alguns obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir com nossa missão que 
é: “Formar profissionais com consciência cidadã para 
o mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança e 
modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre foi 
a melhor resposta para um país crescer. Para a Multi-
vix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretor Executivo do Grupo Multivix
E N S I N O A D I S T Â N C I AE N S I N O A D I S T Â N C I A
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
06 07SUMÁRIOSUMÁRIO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL 67
7.1 MONITORAMENTO AMBIENTAL 72
7.2 INSPEÇÃO 82
ÓRGÃO PÚBLICO AMBIENTAL 83
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE RECURSOS E DANOS AMBIENTAIS 84
10 RISCOS AMBIENTAIS 87
10.1 AVALIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS 89
MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 91
11.1 AGENDA 21 93
MUDANÇAS NOS PADRÕES DE CONSUMO 99
GESTÃO DE RESÍDUOS URBANOS 101
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL 115
14.1 POLUIÇÃO 115
14.1.1 TIPOS DE POLUIÇÃO 117
14.2 DESMATAMENTO 120
AGROECOLOGIA NA CONSTRUÇÃO DE ESTILOS DE AGRICULTURA 
SUSTENTÁVEL 123
15.1 SEGURANÇA QUÍMICA 126
15.2 NOÇÕES DE TOXICOLOGIA 128
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS 132
16.1 CERTIFICAÇÃO (ISO 14000...) 138
REFERÊNCIAS 140
9
10
11
12
13
14
15
16
17
8
APRESENTAÇÃO
Em defesa de uma pedagogia da Terra
1. Nossa Mãe Terra é um organismo vivo e em evolução. O que for feito a ela re-
percutirá em todos os seus filhos. Ela requer de nós uma consciência e uma cida-
dania planetárias, isto é, oreconhecimento de que somos parte da Terra e de que 
podemos perecer com a sua destruição ou podemos viver com ela em harmonia, 
participando do seu devir.
2. A mudança do paradigma economicista é condição necessária para estabelecer 
um desenvolvimento com justiça e equidade. Para ser sustentável, o desenvol-
vimento precisa ser economicamente factível, ecologicamente apropriado, social-
mente justo, includente, culturalmente equitativo, respeitoso e sem discriminação. 
O bem-estar não pode ser só social; deve ser também sociocósmico .
3. A sustentabilidade econômica e a preservação do meio ambiente dependem 
também de uma consciência ecológica e esta da educação. A sustentatibilidade 
deve ser um princípio interdisciplinar reorientador da educação, do planejamento 
escolar, dos sistemas de ensino e dos projetos político-pedagógicos da escola. Os 
objetivos e conteúdos curriculares devem ser significativos para o(a) educando(a) e 
também para a saúde do planeta.
4. A ecopedagogia, fundada na consciência de que pertencemos a uma única comu-
nidade da vida, desenvolve a solidariedade e a cidadania planetárias. A cidadania 
planetária supõe o reconhecimento e a prática da planetaridade, isto é, tratar o pla-
neta como um ser vivo e inteligente. A planetaridade deve levar-nos a sentir e viver 
nossa cotidianidade em conexão com o universo e em relação harmônica consigo, 
com os outros seres do planeta e com a natureza, considerando seus elementos e 
dinâmica. Trata-se de uma opção de vida por uma relação saudável e equilibrada 
com o contexto, consigo mesmo, com os outros, com o ambiente mais próximo e 
com os demais ambientes.
5. A partir da problemática ambiental vivida cotidianamente pelas pessoas nos gru-
pos e espaços de convivência e na busca humana da felicidade, processa-se a cons-
ciência ecológica e opera-se a mudança de mentalidade. A vida cotidiana é o lugar 
do sentido da pedagogia pois a condição humana passa inexoravelmente por ela. A 
7
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
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GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
08 09SUMÁRIOSUMÁRIO
ecopedagogia implica numa mudança radical de mentalidade em relação à qualida-
de de vida e ao meio ambiente, que está diretamente ligada ao tipo de convivência 
que mantemos com nós mesmos, com os outros e com a natureza.
6. A ecopedagogia não se dirige apenas aos educadores, mas a todos os cida-
dãos do planeta. Ela está ligada ao projeto utópico de mudança nas relações 
humanas, sociais e ambientais, promovendo a educação sustentável (ecoedu-
cação) e ambiental com base no pensamento crítico e inovador, em seus modos 
formal, não formal e informal, tendo como propósito a formação de cidadãos 
com consciência local e planetária que valorizem a autodeterminação dos povos 
e a soberania das nações.
7. As exigências da sociedade planetária devem ser trabalhadas pedagogicamente 
a partir da vida cotidiana, da subjetividade, isto é, a partir das necessidades e inte-
resses das pessoas. Educar para a cidadania planetária supõe o desenvolvimento 
de novas capacidades, tais como: sentir, intuir, vibrar emocionalmente; imaginar, in-
ventar, criar e recriar; relacionar e interconectar-se, auto-organizar-se; informar-se, 
comunicar-se, expressar-se; localizar, processar e utilizar a imensa informação da 
aldeia global; buscar causas e prever consequências; criticar, avaliar, sistematizar e 
tomar decisões. Essas capacidades devem levar as pessoas a pensar e agir proces-
sualmente, em totalidade e transdisciplinarmente.
8. A ecopedagogia tem por finalidade reeducar o olhar das pessoas, isto é, desen-
volver a atitude de observar e evitar a presença de agressões ao meio ambiente e 
aos viventes e o desperdício, a poluição sonora, visual, a poluição da água e do ar 
etc. para intervir no mundo no sentido de reeducar o habitante do planeta e rever-
ter a cultura do descartável. Experiências cotidianas aparentemente insignificantes, 
como uma corrente de ar, um sopro de respiração, a água da manhã na face, fun-
damentam as relações consigo mesmo e com o mundo. A tomada de consciência 
dessa realidade é profundamente formadora. O meio ambiente forma tanto quanto 
ele é formado ou deformado. Precisamos de uma ecoformação para recuperarmos 
a consciência dessas experiências cotidianas. Na ânsia de dominar o mundo, elas 
correm o risco de desaparecer do nosso campo de consciência, se a relação que nos 
liga a ele for apenas uma relação de uso.
 9 - Uma educação para a cidadania planetária tem por finalidade a construção de 
uma cultura da sustentabilidade, isto é, uma biocultura, uma cultura da vida, da con-
vivência harmônica entre os seres humanos e entre estes e a natureza. A cultura da 
sustentabilidade deve nos levar a saber selecionar o que é realmente sustentável 
em nossas vidas, em contato com a vida dos outros. Só assim seremos cúmplices 
nos processos de promoção da vida e caminharemos com sentido. Caminhar com 
sentido significa dar sentido ao que fazemos, compartilhar sentidos, impregnar de 
sentido as práticas da vida cotidiana e compreender o sem sentido de muitas outras 
práticas que aberta ou solapadamente tratam de impor-se e sobrepor-se a nossas 
vidas cotidianamente.
10. A ecopedagogia propõe uma nova forma de governabilidade diante da ingover-
nabilidade do gigantismo dos sistemas de ensino, propondo a descentralização e 
uma racionalidade baseadas na ação comunicativa, na gestão democrática, na au-
tonomia, na participação, na ética e na diversidade cultural. Entendida dessa forma, 
a ecopedagogia se apresenta como uma nova pedagogia dos direitos que associa 
direitos humanos - econômicos, culturais, políticos e ambientais - e direitos plane-
tários, impulsionando o resgate da cultura e da sabedoria popular. Ela desenvolve a 
capacidade de deslumbramento e de reverência diante da complexidade do mundo 
e a vinculação amorosa com a Terra.
Organização: Instituto Paulo Freire - Apoio: Conselho da Terra e UNESCO-BrasiL.
E N S I N O A D I S T Â N C I AE N S I N O A D I S T Â N C I A
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
10 11SUMÁRIOSUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
A sociedade atual tem vivenciado um avanço nas políticas públicas voltadas para a 
implementação da Educação Ambiental, que favoreça o desenvolvimento da cultura 
de sustentabilidade, com vistas à manutenção da vida, dos recursos naturais e da 
qualidade de vida.
A importância da inserção da Ecopedagogia no ensino é de contribuir para o de-
senvolvimento de práticas educativas críticas e transformadoras, que favoreça a 
dialogicidade, o coletivo, a cultura da preservação do planeta e da formação de um 
cidadão planetário.
“A ecopedagogia pretende desenvolver um novo olhar sobre a educação, um olhar 
global, uma nova maneira de ser e de estar no mundo, um jeito de pensar a partir 
da vida cotidiana, que busca sentido a cada momento, em cada ato, que “pensa a 
prática” (Paulo Freire), em cada instante de nossas vidas, evitando a burocratização 
do olhar e do comportamento.” (Gadotti)
Assim, esta apostila é um resumo das ações e conteúdos da Ecopedagogia que fa-
voreça o a preservação dos recursos naturais, o desenvolvimento sustentável e a 
qualidade de vida.
2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES: 
ECOLOGIA BÁSICA E MEIO 
AMBIENTE
2.1 ECOLOGIA
A ecologia é um ramo da biologia que estuda as relações entre os organismos vivos 
e entre os organismos e seus ambientes. A palavra “ecologia” foi proposta pela pri-
meira vez pelo biólogo e zoólogo alemão Ernest Haeckel,em 1869. Deriva do grego 
“oikos”, que significa “casa”, e “logos”, que significa “estudo”. Assim, literalmente, 
a ecologia significa o estudo do “lugar onde se vive”. O estudo do “ambiente da 
casa” inclui todos os organismos contidos nela e todos os processos funcionais que 
a tornam habitável, tratando do estudo das interações entre os organismos que 
vivem em um ambiente em constante mudança, conectadas no tempo (evolução) e 
espaço (padrões de distribuição).
Ou ainda, podemos definir Ecologia sendo, a ciência que se preocupa com as rela-
ções dos seres vivos entre si e com o ambiente que os cerca. Busca compreender o 
funcionamento da natureza e analisar as consequências do desequilíbrio dos ecos-
sistemas. Para Ferretti (2002): “Ecologia é a ciência que estuda as características, o 
significado e a magnitude das relações entre os seres vivos com o meio ambiente”. 
(Ferretti, 2002).
Segundo Margarita de Barreto e Elizabete Tamanini (2002), a ecologia amplia seu 
campo de estudo para outras áreas do conhecimento, tornando-se uma ciência 
transdisciplinar “a ecologia se estende por todos os ramos do conhecimento, desde 
a Biologia, a Geografia, até a Economia e a Política. Ela é interdisciplinar, é mais que 
isso: é transdisciplinar, ultrapassa as disciplinas acadêmicas...” (Barreto e Tamanini, 
2002). 
E N S I N O A D I S T Â N C I AE N S I N O A D I S T Â N C I A
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
12 13SUMÁRIOSUMÁRIO
2.2 MEIO AMBIENTE
Define-se "meio ambiente" como um conjunto de condições que permitem que as 
pessoas ou coisas vivas se desenvolvam, sob influências que condicionam o de-
senvolvimento da vida ou caráter através de elementos naturais e culturais, dito o 
ambiente social. 
No Brasil o documento que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente de-
fine o termo meio ambiente como:
“O conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e 
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
Esta definição é ampla, visto que abrange tudo o que tem vida e a permite. 
Nas organizações empresariais, de acordo com a ISO 14001 (normas internacionais 
para regerenciamento ambiental) define-se meio ambiente, explicando claramente 
o homem na sua conceituação, como se segue: meio ambiente significa “os arredo-
res no qual uma organização opera, incluindo ar, água, terra, recursos naturais, flora, 
fauna, seres humanos e suas inter-relações“ (Reis 1996).
2.3 BIOLOGIA AMBIENTAL
A Biologia Ambiental tem como principal domínio de atuação a ecologia e conser-
vação dos ambientes terrestres e dulciaquícolas. 
Envolve aspectos básicos da Biologia em relação com a Engenharia Ambiental e Sa-
nitária (origem da vida: base molecular; diversidade e classificação dos seres vivos; 
a biosfera e os ciclos de matéria e de energia; espécie, população, comunidade e 
sucessão ecológica). A Cultura e Qualidade de Vida, com o Ciclo de Matéria, estudo 
dos Ecossistemas, ecologia (humana e do cerrado), comportamento social, coevolu-
ção de animais e plantas, nicho ecológico, comunidade e evolução dos mecanismos 
adaptativos nos animais. A mecânica de processos fisiológicos essenciais (desde a 
célula até o ecossistema). Evolução e biogeografia. Caracterização de ecossistemas 
(marinhos, terrestres, águas continentais) através de seus componentes e fatores 
condicionantes. A natureza como fonte de recurso. 
Mudanças ambientais e seus impactos nos seres vivos, enfocando diferentes tipos 
de poluição, o conceito de indicadores ambientais e ecotoxicologia em estudos de 
análise de risco. Reflexão sobre o conceito de qualidade de vida.
2.4 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
As unidades de conservação (UCs) são legalmente instituídas pelo poder público, 
nas suas três esferas (municipal, estadual e federal). 
O sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), instituído por 
Lei Federal nº. 9.985, em 19 de julho de 2000, estabelece critérios e normas para a 
criação, implantação e gestão de unidades de conservação (LEI FEDERAL..., 2003a; 
2003b). O artigo 2º dessa Lei, no incisivo I, define “unidade de conservação” como:
Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com 
características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com 
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, 
ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção (...).
O artigo 7º, por sua vez, determina que as unidades de conservação integrantes do 
SNUC se dividem em dois grupos, com características específicas: 
• “I – Unidades de Proteção Integral”, com a categoria de “Parque Nacional”;
• “II – Unidades de Uso Sustentável”, com a categoria de, “I – Área de Proteção 
Ambiental”.
I - UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL II - UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL
Estação Ecológica
Reserva Biológica
Parque Nacional
Parque Estadual
Monumento Natural
Refúgio de Vida Silvestre
Área de Proteção Ambiental 
Área de Proteção Ambiental Estadual 
Área de Relevante Interesse Ecológico
Floresta Nacional
Floresta Estadual
Reserva Extrativista
Reserva de Fauna
Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Reserva Particular do Patrimônio Natural
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GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
14 15SUMÁRIOSUMÁRIO
Vejamos estes dois grupos mais detalhadamente abaixo:
• Unidades de Conservação de Proteção Integral
São aquelas que têm como objetivo básico preservar a natureza, livrando-a, o quan-
to possível, da interferência humana; nelas, como regra, só se admite o uso indireto 
dos recursos naturais, isto é, aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou des-
truição, com exceção dos casos previstos na Lei do Sistema Nacional de Unidades 
de Conservação (SNUC). Compreendem as seguintes categorias: Estação Ecológica 
(ESEC), Reserva Biológica (REBIO), Parque Nacional (PARNA), Monumento Natural 
(MN) e Refúgio de Vida Silvestre (REVIS). O Instituto Chico Mendes gerencia 126 
Unidades de Conservação de Proteção Integral. Confira a relação de todas. 
• Unidades de Conservação de Uso Sustentável
São aquelas cujo objetivo básico é compatibilizar a conservação da natureza com o 
uso sustentável de parcela de seus recursos naturais. Elas visam a conciliar a explo-
ração do ambiente com a garantia de perenidade dos recursos naturais renováveis 
considerando os processos ecológicos, de forma socialmente justa e economica-
mente viável. Constituem este grupo as seguintes categorias: Área de Proteção 
Ambiental (APA), Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), Floresta Nacio-
nal (FLONA), Reserva Extrativista (RESEX), Reserva de Fauna (REFAU), Reserva de 
Desenvolvimento Sustentável (RDS) e Reserva Particular do Patrimônio Natural 
(RPPN). Ao todo o Instituto Chico Mendes faz gestão de 166 Unidades de Conserva-
ção de Uso Sustentável. 
3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
3.1 BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL
1947 - Funda-se na Suíça a UICN- União Internacional para a Conservação da Natureza.
1965 - É utilizada a expressão “Educação Ambiental” (Enviromental Education) na 
“Conferência de Educação” da Universidade de Keele, Grã- Bretanha.
1972 - Estocolmo (Suíça): Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Hu-
mano. A Educação Ambiental passa a ser considerada como campo de ação peda-
gógica, adquirindo relevância e vigência internacional.
1974 - Jammi (Finlândia): A Educação Ambiental não é um ramo da ciência ou uma 
matéria de estudos separada,senão o marco de uma educação integral permanente.
1975 - Organização para a Educação, a Ciência e a Cultura das Nações Unidas (UNES-
CO) e o programa das Nações Unidas pra o Meio Ambiente (PNUMA): Seminário 
Internacional de Educação Ambiental, resultando na Carta de Belgrado.
1977 - Tbilisi (URSS): Primeira Conferência Intergovernamental sobre Educação Am-
biental (UNESCO/PNUMA) – Meio Ambiente composto pelo meio físico-biótico + 
meio social e cultural. Relaciona os problemas ambientais com os modelos de de-
senvolvimento adotados pelo homem.
1987 - Moscou (URSS): Congresso Internacional sobre a Educação e Formação rela-
tivas ao Meio Ambiente - Gerou o documento Estratégia Internacional em Matéria 
de Educação e Formação Ambiental para a Década de 90.
1988 - Declaração de Caracas. ORPAL - PNUMA, Sobre Gestão Ambiental em Amé-
rica Denuncia a necessidade de mudar o modelo de desenvolvimento.
1989 - Declaração de HAIA, preparatório da RIO 92, aponta a importância da coope-
ração internacional nas questões ambientais.
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
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16 17SUMÁRIOSUMÁRIO
1990 - Conferência Mundial sobre Ensino para Todos, Satisfação das necessidades 
básicas de aprendizagem, Jomtien, Tailândia. Destaca o conceito de Analfabetismo 
Ambiental
1990 - ONU Declara o ano 1990, o Ano Internacional do Meio Ambiente.
1992 - Rio (Brasil): Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, Desen-
volvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida e a criação da Carta Brasi-
leira de Educação Ambiental.
1993 - Congresso Sul-americano continuidade Eco/92 - Argentina.
1994 - Congresso Ibero Americano de Educação Ambiental. Guadalajara, México.
1995 - Conferência para o Desenvolvimento Social. Copenhague Criação de um am-
biente econômico-político-social-cultural e jurídico que permita o desenvolvimento 
social.
1997 - Conferência sobre EA em Nova Delhi.
1997 - Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e 
Conscientização Pública para a Sustentabilidade, Thessaloniki, Grécia.
3.1.1 MARCOS IMPORTANTES NO BRASIL
1850 - Lei 601 de Dom Pedro II proibindo a exploração florestal nas terras descober-
tas, a lei foi ignorada, continuando o desmatamento para implantação da monocul-
tura de café.
1920 - O pau brasil é considerado extinto.
1932 - Realiza-se no Museu Nacional a primeira Conferência Brasileira de Proteção 
à Natureza.
1972 - A Delegação Brasileira na Conferência de Estocolmo declara que o país está 
“aberto a poluição, porque o que se precisa é dólares, desenvolvimento e empre-
gos”. Apesar disto, contraditoriamente o Brasil lidera os países do Terceiro Mundo 
para não aceitar a Teoria do Crescimento Zero proposta pelo Clube de Roma.
1973 - Cria-se a Secretaria Especial do Meio Ambiente, SEMA, no âmbito do Minis-
tério do Interior, que entre outras atividades, começa a fazer Educação Ambiental.
1979 - O MEC e a CETESB/ SP, publicam o documento “Ecologia uma Proposta para 
o Ensino de 1° e 2o Graus.
1981 - Lei Nr. 6938 do 31 de Agosto, dispõe sobre a Política Nacional do Meio Am-
biente (Presidente Figueiredo).
1984 - Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), apresenta uma resolução 
estabelecendo diretrizes para a Educação Ambiental, que não é tratada.
1986 - Seminário Internacional de Desenvolvimento Sustentado e Conservação de 
Regiões Estuarino – Lacunares (Manguezais) São Paulo.
1987 - O MEC aprova o Parecer 226/87 do conselheiro Arnaldo Niskier, em rela-
ção a necessidade de inclusão da Educação Ambiental nos currículos escolares 
de 1o e 2o Graus.
1988 - A Constituição Brasileira, de 1988, em Art. 225, no Capítulo VI - Do Meio Am-
biente, Inciso VI, destaca a necessidade de ‘’promover a Educação Ambiental em 
todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio 
ambiente’’. Para cumprimento dos preceitos constitucionais, leis federais, decretos, 
constituições estaduais, e leis municipais determinam a obrigatoriedade da Educa-
ção Ambiental.
1988 - A Secretaria de Estado do Meio Ambiente de SP e a CETESB , publicam a 
edição piloto do livro “Educação Ambiental” Guia para professores de 1o e 2o Graus.
1989 - Criação do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), pela fusão da 
SEMA, SUDEPE, SUDEHVEA e IBDF. Nele funciona a Divisão de Educação Ambiental.
1989 - Primeiro Encontro Nacional sobre Educação Ambiental no Ensino Formal. 
IBAMA/ UFRPE. Recife.
1989 - Cria-se o Fundo Nacional de Meio Ambiente FNMA no Ministério do Meio 
Ambiente MMA.
1991 - MEC resolve que todos os currículos nos diversos níveis de ensino deverão 
contemplar conteúdos de Educação Ambiental (Portaria 678 (14/05/91).
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18 19SUMÁRIOSUMÁRIO
1992 - Criação dos Núcleos Estaduais de Educação Ambiental do IBAMA, NEA’s.
1992 - Participação das ONG’s do Brasil no Fórum de ONG’s e na redação do Tratado 
de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis. Destaca-se o papel da Edu-
cação Ambiental na construção da Cidadania Ambiental.
1993 - Criação dos Centros de Educação Ambiental do MEC, com a finalidade de criar 
e difundir metodologias em Educação Ambiental.
1994 - Aprovação do Programa Nacional de Educação Ambiental , PRONEA, com a 
participação do MMA/IBAMA/MEC/MCT/MINC.
1994 - Publicação da Agenda 21 feita por crianças e jovens em português. UNICEF.
1996 - Criação da Câmara Técnica de Educação Ambiental do CONAMA.
1996 - Novos Parâmetros Curriculares do MEC, nos quais incluem a Educação Am-
biental como tema transversal do currículo.
1996 - Criação da Comissão Interministerial de EA. MMA.
1997 - Criação da Comissão de Educação Ambiental do MMA.
1999 - Criação da Diretoria de Educação Ambiental do MMA Gabinete do Ministro. 
1999 - Aprovação da LEI 9.597/99 que estabelece a Política Nacional de EA.
1999 - Programa Nacional de Educação Ambiental. 
1999 - A Coordenação de EA do MEC passa a formar parte da Secretária de Ensino 
Fundamental - COEA.
3.2 PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL
Educação Ambiental é o nome atribuído às práticas educativas relacionadas à ques-
tão ambiental, e que se desenvolve na prática cotidiana dos que realizam o proces-
so educativo.
Na prática, porém, o objeto idealizado da educação ambiental deve ser traduzido 
em termos de cada realidade espaço-temporal, em função de suas características 
socioeconômicas , culturais e políticas, o que, evidentemente, inclui as interações 
ambientais dos empreendimentos humanos.
As práticas de educação ambiental para ser efetivas devem promover, simultane-
amente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades neces-
sárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. Utiliza-se como labora-
tório o metabolismo urbano e seus recursos 
naturais e físicos, iniciando pela escola, ex-
pandindo-se pela circunvizinhança e suces-
sivamente até a cidade, a região, o país, o 
continente e o planeta.
A aprendizagem será mais efetiva se as prá-
ticas estiverem adaptadas às situações da 
vida real da cidade ou do meio em que vi-
vem alunos e professores. 
Abaixo segue as ações diretas para a Práti-
ca da Educação Ambiental:
• Visitas a Museus: criadouro científico de 
animais silvestres. Instituições públicas 
e privadas, que desenvolvam ativida-
des de preservação e conservação jun-
tamente com atividades que promovam 
a Educação Ambiental, podem ser utili-
zadas comoapoio a atividades comple-
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20 21SUMÁRIOSUMÁRIO
mentares por ampliar a participação de cada indivíduo na gestão dos recursos 
naturais. É um exercício de cidadania com enfoque na conservação ambiental. 
• Passeios em trilhas ecológicas/desenhos: normalmente as trilhas são interpre-
tativas; apresentam percursos nos quais existem pontos determinados para in-
terpretação com auxílio de placas, setas e outros indicadores, ou então pode-se 
utilizar a interpretação espontânea, na qual monitores estimulam as crianças à 
curiosidade a medida que eventos, locais e fatos se sucedem. Feitos através da 
observação direta em relação ao ambiente, os desenhos tornam-se instrumen-
tos eficazes para indicar os temas que mais estimulam a percepção ambiental 
do observador.
• Parcerias com Secretarias de Educação de Municípios: formando Clubes de Ci-
ências do Ambiente, com o objetivo de executar projetos interdisciplinares que 
visem solucionar problemas ambientais locais (agir localmente, pensar global-
mente). Os temas mais trabalhados são reciclagem do lixo, agricultura orgânica, 
arborização urbana e preservação do ambiente.
• Ecoturismo: quando da existência de parques ecológicos ou mesmo nos locais 
onde estão localizadas as trilhas, há a extensão para a comunidade em geral. Os 
visitantes são orientados na chegada por um funcionário e a visitação é livre, 
com acesso ao Museu, ao Criadouro de Animais e as trilhas. 
• Estudo do meio: é a aplicação dos recursos citados. O Estudo do Meio é um 
importante instrumento no processo ensinoaprendizagem e na conscientização 
da importância de uma relação saudável com o ambiente. Através de roteiros 
cuidadosamente preparados, os envolvidos nas atividades poderão verificar, na 
prática, os conceitos previamente adquiridos. 
• Publicações periódicas: abordagem de assuntos relativos aos recursos naturais 
da região e às atividades da área de ambiência da empresa.
• Educação ambiental para funcionários: treinamento aplicado aos funcionários da 
área florestal da empresa, orientado-os quanto aos procedimentos ambiental-
mente corretos no exercício de suas funções, fazendo com que eles se tornem 
responsáveis pelas práticas conservacionistas em seu ambiente de trabalho, 
chegando ao seu lar e à sua família. 
• Atividades com a comunidade e campanhas de conscientização ambiental: com 
o intuito de incrementar a participação da comunidade nos aspectos relativos 
ao conhecimento e melhoria de seu próprio ambiente, são organizadas e in-
centivadas diversas atividades que envolvem a comunidade da região, como 
caminhadas rústicas pela região.
• Programas de orientação ambiental: a empresa desenvolve ainda outros pro-
gramas para orientação ambiental como, por exemplo, fichas de visualização 
dos animais silvestres, orientação à comunidade para atendimento aos aspectos 
legais de caça e pesca, produção e distribuição de cadernos, calendários e car-
tões com motivos ambientalistas. 
• Para Comunidades Agrícolas em Geral: Tem como finalidade principal a orienta-
ção aos pequenos produtores (silvicultores ou agricultores), quanto ao uso cor-
reto de agrotóxicos, suas aplicações, noções sobre atividades modificadoras do 
meio ambiente, técnicas agroflorestais, permacultura e a legislação pertinente. 
Interage como uma contribuição para a formação da consciência social e agro-
ecológica da população destas comunidades. Acontece através de visitas às fa-
mílias, dias de campo e palestras realizadas em escolas ou centros comunitários 
da região, onde são demonstradas práticas e técnicas agrícolas de conservação 
do solo, de pesquisa e novas alternativas que se conciliem com as práticas tradi-
cionais de agricultura da comunidade. Além destas ações, promover atividades 
educativas para as crianças nas escolas e oficinas de trabalhos para as mulheres, 
sempre com o objetivo de demonstrar que se bem aproveitados e preservados, 
os recursos do meio ambiente só trazem benefícios para a comunidade.
• Na educação escolar as práticas (passeios, campanhas de separação de lixo etc.) 
variam desde a educação ambiental como atividade extraescolar até um currí-
culo voltado para a integração das diferentes disciplinas dentro de uma proposta 
ecológica ou transdisciplinar comum.
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22 23SUMÁRIOSUMÁRIO
3.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL E 
NÃO FORMAL
A Educação Ambiental é uma forma abrangente de educação que se propõe a atin-
gir todos os cidadãos, inserindo a variável meio ambiente em suas dimensões física, 
química, biológica, econômica, política e cultural em todas as disciplinas e em todos 
os veículos de transmissão de conhecimentos. As diversas definições de EA variam 
de acordo com o enfoque dado pela área de conhecimento (biologia, geografia, 
ciências sociais...).
Conceito:
Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo 
e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e 
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum 
do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. 
Art. 4° São princípios básicos da educação ambiental:
I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdepen-
dência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sus-
tentabilidade;
III - o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi 
e transdisciplinaridade;
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e 
globais;
VIII – o reconhecimento e o respeito à pluralidade e a à diversidade individual e cultural. 
Lei No 9.795, de 27 de Abril de 1999, institui a política nacional da Educação Am-
biental. Entre os principais parágrafos, destacamos:
Art. 2° A educação ambiental é um componente essencial e permanente da edu-
cação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e 
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.
Art. 3° Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação 
ambiental, incumbindo:
I - ao Poder Público, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, 
promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da 
sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;
II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integra-
da aos programas educacionais que desenvolvem; 
III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama, pro-
mover ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, 
recuperação e melhoria do meio ambiente;
IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e permanente 
na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e in-
corporar a dimensão ambiental em sua programação;
V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover 
programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao 
controleefetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do 
processo produtivo no meio ambiente;
VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores, 
atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a 
prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais.
• Educação Ambiental Formal
O princípio básico que deverá nortear as atividades de educação formal é o de 
estimular a abordagem interdisciplinar dos conteúdos ambientais, trabalhando os 
mesmos de forma transversal ao currículo básico dentro das diferentes disciplinas 
já existentes.
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24 25SUMÁRIOSUMÁRIO
A Educação Ambiental formal tem como principal instrumento a escola, mas para 
que o tema Meio Ambiente seja incorporado ao cotidiano escolar, por intermédio 
das áreas do conhecimento, e não apenas se mantenha como um tema excepcional 
em semanas ou atividades comemorativas é necessária uma proposta de ação con-
tínua. Para contribuir efetivamente na ampliação e no enriquecimento da questão 
ambiental na escola, propondo ações não específicas por disciplina, mas abran-
gendo as diferentes áreas do conhecimento e servindo como meio estimulador de 
algumas ações de Educação Ambiental, é fundamental que a escola desenvolva um 
programa ou projeto de Educação Ambiental.
As ações devem ocorrer dentro do sistema formal de ensino, junto a rede escolar 
pública (estadual e municipal) e privada, com produção de materiais técnicos espe-
cíficos, treinamento de professores e estímulo aos diferentes atores envolvidos na 
execução do Programa, a partir de uma abordagem interdisciplinar.
Seção II
Da Educação Ambiental no Ensino Formal
Art. 9º Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no 
âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando:
I - educação básica: 
II - educação superior;
III - educação especial;
IV - educação profissional;
V - educação de jovens e adultos.
Art. 10. A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa inte-
grada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal.
§ 1º A educação ambiental não deve ser implantada como disciplina específica no 
currículo de ensino.
§ 2º Nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao aspecto me-
todológico da educação ambiental, quando se fizer necessário, é facultada a criação 
de disciplina específica.
§ 3º Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, em todos os 
níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética ambiental das atividades 
profissionais a serem desenvolvidas.
• Educação Ambiental Não formal
A Educação Ambiental não formal é direcionada à comunidade, onde cabe uma 
grande diversidade de propostas, como por exemplo, a ação num bairro ou um 
conjunto de atividades junto aos trabalhadores, ou ainda uma proposta educativa 
para os moradores ou visitantes de uma área de proteção ambiental. Os objetivos 
maiores são melhorar a qualidade de vida da comunidade e fortalecer a cidadania.
A implantação de ações de Educação Ambiental junto à comunidade é fundamental, 
pois promove a disseminação do conhecimento sobre o ambiente, e é essencial 
para a inserção política, social e econômica da população. Deve ser incorporada 
como parte do aprendizado, contribuindo decisivamente para ampliar a consciência 
ambiental e ética consoantes com o desenvolvimento em bases sustentáveis, favo-
recendo inclusive, a participação popular nas tomadas de decisões.
Seção III
Da Educação Ambiental Não formal
Art. 13. Entende-se por educação ambiental não formal as ações e práticas educati-
vas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua 
organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.
Parágrafo único. O Poder Público, em níveis federal, estadual e municipal, incenti-
vará:
I - a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços 
nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de temas 
relacionados ao meio ambiente;
II - a ampla participação da escola, da universidade e de organizações não gover-
namentais na formulação e execução de programas e atividades vinculadas à edu-
cação ambiental não formal;
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26 27SUMÁRIOSUMÁRIO
III - a participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de progra-
mas de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e as organi-
zações não governamentais;
IV - a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de conservação;
V - a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades de 
conservação;
VI - a sensibilização ambiental dos agricultores;
VII - o ecoturismo.
• Quando falamos em educação ambiental não formal nas escolas privadas, estas 
necessitam integrar seu sistema educacional com práticas pedagógicas voltadas 
para o incentivo de atividades extraclasse, como a criação de Ong’s, grupos de es-
tudos ambientais, programas de iniciação científica e visitas aos mais diversos luga-
res onde a ambientalidade seja o foco do trabalho. Vale lembrar que, embora haja 
incentivos governamentais, nem sempre estes são conseguidos, sendo a entidade 
a responsável direta pela elaboração destes programas. 
• Educação Ambiental Informal
Constitui os processos destinados a ampliar a conscientização pública sobre as 
questões ambientais através dos meios de comunicação de massa ( jornais, revis-
tas, rádios e televisão) e sistemas de informatização (Internet), bancos de dados 
ambientais, além de bibliotecas, videotecas e filmotecas especializadas.
Incluem-se ainda peças gráficas utilizadas com finalidade didática ou informativa, 
como livretos, cartazes, folders, boletins e informativos destinados a informação e 
sensibilização da sociedade sobre as questões ambientais.
3.4 MEIO AMBIENTE
Conforme o Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equili-
brado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-
-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo eco-
lógico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscali-
zar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus compo-
nentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permi-
tidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integri-
dade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto 
ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e subs-
tâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientiza-
ção pública para a preservaçãodo meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem 
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os 
animais a crueldade.
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio am-
biente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público com-
petente, na forma da lei.
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão 
os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, inde-
pendentemente da obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal 
Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-
-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio 
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28 29SUMÁRIOSUMÁRIO
ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações 
discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida 
em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.
Em síntese, meio ambiente é o conjunto de forças e condições que cercam e influen-
ciam os seres vivos e as coisas em geral. Ele é constituído pelo clima, iluminação, 
pressão, teor de oxigênio, condições de alimentação, modo de vida em sociedade e 
para o homem, educação, companhia etc.
De acordo com Capra (1982), vale ressaltar aqui duas características que são pe-
culiares dos subsistemas (subsistema físico-químicos e biológicos da natureza que 
articulam entre si e com o subsistema social-humano, e vice-versa) que compõem 
o meio ambiente:
• Sua natureza intrinsecamente dinâmica; as relações não são estáticas, rígi-
das, mas flexíveis e em permanente transformação. 
• Relações simbióticas, ou seja, mutuamente vantajosas para os parceiros 
associados, em que animais e plantas desenvolvem-se numa relação de 
competição e mútua dependência. Se o sistema sofre perturbações, podem 
começar a aparecer sinais de descontrole.
Os fatores ambientais sem vida, tais como temperatura e luz do sol, formam o meio 
ambiente abiótico (solo, água, atmosfera e radiações). E os seres vivos ou os que 
recentemente deixaram de viver, tais como as algas e os alimentos, constituem o 
meio ambiente biótico (alimentos, plantas e animais, e suas relações recíprocas e 
com o meio abiótico). Os fatores sociais e culturais que cercam o homem são uma 
parte importante do meio ambiente biótico. Tanto o meio ambiente abiótico quanto 
o biótico atuam um sobre o outro para formar o meio ambiente total de seres vivos 
e sem vida. Assim, uma espécie pode organizar (ou modificar) seu meio por inicia-
tiva própria.
3.5 RECURSOS NATURAIS
Os recursos naturais são matérias-primas 
que a espécie humana extrai da Terra. São 
conceituados como os elementos naturais 
bióticos e abióticos de que dispõe o homem 
para satisfazer suas necessidades econô-
micas, sociais e culturais. São elementos da 
natureza com utilidade para o Homem, com 
o objetivo do desenvolvimento da civiliza-
ção, sobrevivência e conforto da sociedade 
em geral. 
Na atualidade, a humanidade depende de 
uma grande variedade de recursos naturais. 
Nem todos os recursos que a natureza ofe-
rece ao ser humano podem ser aproveitados 
em seu estado natural.
Quase sempre o ser humano precisa traba-
lhar para transformar os recursos naturais em bens capazes de satisfazer alguma 
necessidade humana.
É cada vez mais importante pensar numa gestão racional dos recursos naturais, no 
sentido de conseguir um desenvolvimento que vá ao encontro das necessidades 
das pessoas no presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras para 
satisfazerem as suas necessidades. Os recursos podem ser:
1) RENOVÁVEIS (sem ação humana)
Recurso natural renovável são os recursos que não se esgotam facilmente, recursos 
naturais capazes de se regenerarem num curto espaço de tempo.
Exemplo de fontes de energia renovável: O sol – Energia solar. O vento – Energia 
eólica. Os rios e correntes de água doce – Energia hidráulica. Os mares e oceanos. 
–Energia mareomotriz e energia das ondas. A matéria orgânica – Biomassa. O calor 
da terra – Energia geotérmica.
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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
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30 31SUMÁRIOSUMÁRIO
VANTAGENS
Menos poluentes;
Não se esgotam;
Elevados custos de instalação 
e manutenção;
DESVANTAGENS
Mais baratas
Mais poluentes;
Mais perigosas no caso de acidentes;
Esgotam-se.
VANTAGENS DESVANTAGENS
2) NÃO RENOVÁVEIS 
Um recurso não renovável é um recurso natural que não pode ser produzido, re-
generado ou reutilizado a uma escala que possa sustentar a sua taxa de consumo.
Esses recursos existem muitas vezes em quantidades fixas, ou são consumidos mais 
rapidamente do que natureza pode produzi-los. Os combustíveis fósseis são um 
exemplo, enquanto que recursos como madeira (quando colhida de forma susten-
tável) ou metais (que podem ser reciclados) são considerados recursos renováveis.
- Petróleo, minérios, como ferro e ouro, pedras preciosas, conforme vão sendo 
retirados pelo ser humano, não podem ser repostos, pois a natureza leva milhões 
de anos para formá-los. Por isso são chamados de recursos não renováveis. Além 
disso, sua extração indiscriminada pode causar graves danos ao meio ambiente. 
Consequências da exploração
• Desde sempre, o Homem, tem vindo a precisar de retirar, da Natureza, recursos 
indispensáveis à sua sobrevivência. 
• O avanço da ciência e da tecnologia permitiu ao Homem ter uma qualidade de 
vida melhor.
• Mas, com a intervenção Humana, temos vindo a assistir a profundas alterações 
do equilíbrio natural dos ecossistemas.
• Com tudo isto, é necessário fazer uma gestão sustentável dos recursos que a 
Natureza nos dá. Para conseguir essa gestão, temos de defender aquilo que 
ainda existe para garantirmos o direito a uma vida saudável e produtiva em har-
monia com o meio ambiente.
Ou ainda, podemos classificar os recursos naturais em:
Alteram-se com o uso 
esgotam-se, mantêm-se ou 
aumentam (colheita anual, 
rebanhos, animais selvagens, 
cardumes, lenha, madeira, solo, 
ar, água).
Recursos que não 
se acabam, como 
o Sol e o vento.
São também 
esgotáveis, 
mas podem ser 
reutilizados ou 
reciclados 
(areia, argila, 
granito, metais, 
dentre outras).
A - RENOVÁVEIS (C/ AÇÃO HUMANA) B - INESGOTÁVEIS: C – REUTILIZÁVEIS:
Alguns autores e bibliografias trazem os recursos naturais classificados da seguinte 
forma:
Recursos Energéticos:
Carvão: Foi a principal fonte de energia no arranque da Revolução Industrial. Contu-
do, tem vindo a perder importância devido:
• Esgotamento de muitas minas;
• Elevados custos;
• Graves problemas ambientais (Ex. Efeito de Estufa).
Petróleo e Gás Natural: São as fontes de energia mais utilizadas na actualidade. Ã 
sua elevada produção deve-se:
• São fontes de energia limpas e mais baratas que o carvão;
• Fácil transporte;
• Eficazes para o aquecimento.
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32 33SUMÁRIOSUMÁRIO
Contudo, têm os seguintes inconvenientes:
• Podem esgotar-se (50 a 70 anos);
• Levam ao aumento do efeito de estufa, chuvas ácidas e marés negras.
Madeira: É o tipo de energia mais utilizada pelas populações que habitam nas áreas 
rurais dos países em vias de desenvolvimento.
Principais vantagens:
• É mais barata e de acesso fácil;
• Fácil utilização e armazenamento.
Recursos Minerais: 
É uma concentração de rochas e minerais na crosta terrestre que pode ser explora-
do. Incluem números materiais utilizados pelo Homem e que foram concentrados, 
muito lentamente, por uma variedade de processos geológicos. Estes podem ser 
classificados em: 
• Recursos minerais metálicos: Ferro, cobre e o alumínio.
• Recursos minerais não metálicos: Granito, Calcário e areia.
Outros exemplos: Ouro e granito.
Recursos Biológicos:
Os recursos biológicos são a matéria e energia que o ser humano pode obter dos 
seres vivos, tais como matérias-primas para o vestuário, calçado, mobiliário e ali-
mentos. Os recursos biológicos distinguem-se em três grupos:
Agropecuários: Os recursos Agropecuários são os animais e plantas que fornecem 
alimentos, como a carne, o leite, os ovos, os frutos, as hortaliças e matérias–primas 
para indústrias... Várias indústrias dependem destes recursos, como as de laticínios, 
de panificação e de processamentos de carnes. A indústria têxtil também utiliza 
matérias-primas, como algodão e a lã. Exemplos: caça, agricultura e pecuária.
Florestais: são os produtos que a floresta nos fornece. A paisagem é utilizada para 
recreio e lazer. A madeira é usada nas indústrias de mobiliário e papel. As resinas 
servem para a indústria das tintas e vernizes. Os frutos e sementes como casta-
nhas, nozes e pinhões e os cogumelos comestíveis têm como destino a indústria 
alimentar.
• Algodão: Provém de uma planta típica das regiões tropicais, sendo essen-
cial para a indústria têxtil;
• Borracha natural: Provém de uma árvore típica das regiões tropicais, sen-
do essencial para a indústria automóvel (ex. pneus);
• Girassol: Importante para a produção de óleos e azeite, o óleo de girassol 
funciona ainda como combustível para tractores e autocarros;
• Cana–de–açúcar: Serve para a produção de açúcar e também para a produ-
ção de etanol (combustível automóvel utilizado no Brasil).
A floresta é fundamental para o equilíbrio do clima, fornecem o oxigénio essencial 
à vida, estabilizam os solos e protegem-nos da erosão e servem de habitat para 
muitos seres vivos.
Marinhos: Os recursos marinhos incluam os animais marinhos e as algas que 
fornecem alimentos e matérias – primas. Diversas espécies de peixes, crustá-
ceos e moluscos são capturadas para alimentação humana e as algas são co-
lhidas, sendo matéria-prima para diversas indústrias, como a farmacêutica. As 
zonas costeiras constituem efetivamente recursos marinhos notáveis, sendo 
o principal recurso marinho explorado pelo Homem (pescas, portos, sal etc.).
As principais consequências da exploração excessiva deste recurso são a perda da 
biodiversidade, a poluição da atmosfera e da água e a destruição das florestas.
Como se utilizam e exploram os recursos biológicos
• Recursos florestais 
• A exploração dos recursos florestais permite obter muitos benefícios: 
• Os frutos secos e os cogumelos comestíveis fornecem alimento; 
• As cadeias turísticas aproveitam a paisagem para recreio e lazer; 
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34 35SUMÁRIOSUMÁRIO
• A madeira é utilizada nas indústrias de mobiliário e papel; 
• As resinas servem para o fabrico de tintas e vernizes.
Mas a floresta não nos fornece só bens matérias, também protege o solo contra a 
erosão, faz a manutenção do ar e da água e é o habitat de muitos ecossistemas. 
• Pesca 
• A pesca também fornece muito recursos: 
• Captura de peixes para alimentação humana; 
• A pesca desportiva funciona como meio de divertimento;
• Os corais, são utilizados na decoração das casas;
• Fins industriais, como o fabrico de rações para animais; 
• A captura de algas para tratamentos de pele.
• Pecuária 
• Este sector representa recursos biológicos muito diversificados, já que o Ho-
mem utiliza os animais para diversos fins:;
• O leite, a carne e os ovos têm como destino a alimentação humana;
• As peles dos animais são utilizadas no vestuário e no calçado; 
• Mobiliário.
• Caça 
• A caça foi um dos primeiros recursos biológicos utilizados pelo Homem, tanto 
para a sua alimentação como para vestuário. Atualmente a caça é utilizada 
como:;
• A caça desportiva serve como meio de divertimento;
• Alimento;
• O marfim dos elefantes é utilizado na decoração das casas;
• As peles dos animais são utilizadas no fabrico de roupa e calçado.
• Agricultura 
• A agricultura utiliza o solo para cultivar plantas com o objetivo de obter;
• Alimento;
• Os chás são utilizados para fins medicinais;
• As flores são utilizadas na decoração das casas;
• Funciona como matéria-prima nas construções;
• O algodão e o linho são utilizados no fabrico de roupa.
Consequências para os ecossistemas da exploração excessiva dos recursos 
biológicos
Os recursos biológicos são considerados inesgotáveis pois é possível a sua reno-
vação. No entanto consta-se, que devido ao aumentodemográfico e à sobre ex-
ploração dos recursos é cada vez mais difícil manter o equilíbrio dos ecossistemas 
naturais.
A perda da biodiversidade é a principal consequência da exploração excessiva dos 
recursos biológicos.
Recursos Hídricos:
Os recursos hídricos são as águas super-
ficiais ou subterrâneas disponíveis para 
qualquer tipo de uso de região ou bacia. 
Como são utilizados os recursos 
hídricos?
• Para uso domestico; 
Mais de 90% da água utilizada 
para uso doméstico.
• Para fonte de alimento e matérias-primas; 
Na agricultura e na maneira de fazer os alimentos.
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36 37SUMÁRIOSUMÁRIO
• Para produção de energia; 
Nas barragens.
• Para agricultura, pecuária e industria;
• Para vias de comunicação; 
Os barcos.
• Para fins recreativos (divertimento); 
Aquaparques.
• Para fins medicinais.
Os recursos hídricos, por exemplo, têm de ser armazenados e canalizados, quer 
para consumo humano direto ou para irrigação.
3.6 DA AÇÃO CONSCIENTE À 
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL: 
CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL
A Educação Ambiental veio desenvolver propostas de práticas e atividades que 
oportunizassem a prática de gerenciar as atividades humanas em relação ao meio 
ambiente, considerando as empresas, as ações humanas cotidianas coletivas e in-
dividuais. É imprescindível a participação e o envolvimento dos mesmos. Nesse 
processo, a educação ambiental assume importância significativa na formação do 
indivíduo, tornando-se uma ferramenta imprescindível para discutir informações e 
dados sobre como atuar de forma responsável perante o ambiente e como essas 
ações podem refletir na sociedade.
Jickling (1991) relatou que o surgimento da educação ambiental coincidiu com a 
ascensão da consciência pública sobre problemas como poluição, o uso e efeitos de 
pesticidas e crescimento populacional. Devido à tomada de consciência, por parte 
da sociedade, em relação às consequências negativas da revoluçãoindustrial e do 
avanço tecnológico, tornou-se necessário sensibilizar os indivíduos quanto à impor-
tância do meio ambiente e sua responsabilidade na busca de soluções para os pro-
blemas ambientais, através da prática educativa. A educação ambiental tornou-se, 
assim, um caminho que incluía novas perspectivas, por meio de um aprendizado 
abrangente e que integrava conhecimentos e valores. 
Relacionada às empresas a Educação Ambiental contribui para a realização de treina-
mento que as empresas utilizam com vistas à otimização de seus processos. Porém, ao 
invés de uma instrução superficial das práticas produtivas com a preocupação de suprir 
as exigências ambientais do mercado e do setor público, a educação ambiental deve 
ocorrer através da inserção das dimensões ambiental, social, cultural e política, desper-
tando o empregado para a busca de soluções concretas para os problemas ambientais 
que ocorrem no seu local de trabalho, na execução das suas tarefas (VIEIRA, 2004).
Na busca dessa garantia de vida, organizações governamentais e não governa-
mentais vêm desenvolvendo trabalhos técnico-pedagógicos utilizando a Educação 
Ambiental para a população, com o propósito de transmitir a visão correta sobre a 
situação do ambiente no mundo. Espera-se que, à luz dos princípios da Educação 
Ambiental, a aquisição de novos valores, técnicas e atitudes leve o homem a uma 
mudança de comportamento em relação à utilização dos recursos naturais e a um 
manejo adequado das técnicas de produção agrícola, visando à preservação do 
meio ambiente e, consequentemente, à melhoria de suas condições de vida.
Portanto, a contribuição da Educação Ambiental pode ser vista se relacionada ao 
processo de formação individual, onde os valores e atitudes apontados são im-
portantes, sendo estes universais (respeito, sobrevivência, satisfação, prazer) e 
o processo pedagógico contribuindo para a interiorização destes. A valorização 
de conhecimentos técnicos e de suas formas de transmissão. A aquisição do co-
nhecimento sobre o ambiente, com ênfase no conhecimento da legislação am-
biental, que conduz à conscientização. Proporciona ênfase nos aspectos sociais, 
históricos e culturais, defendendo a ideia de educação como conscientização, 
valorizando as ideias de integração, trabalho coletivo, interdisciplinaridade, com 
predominância de uma perspectiva sociopolítica. A expressão da intencionalida-
de humana no ambiente, a percepção da dimensão reflexiva, os sinais de valori-
zação do pensar e do agir autônomo como objetivos do processo educativo são 
indicadores dessa abordagem.
A educação ambiental é fundamentalmente uma pedagogia de ação. Não basta 
se tornar mais consciente dos problemas ambientais sem se tornar também 
mais ativo, critico e participativo. O ensino sobre o meio ambiente contribui para 
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38 39SUMÁRIOSUMÁRIO
o exercício da cidadania, estimulando a ação transformadora e promovendo mu-
dança de comportamentos.
A educação ambiental deve ser um caminho que deixe de ver o mundo em partes 
e passe a percebê-lo como um todo, seja interdisciplinar promovendo o diálogo dos 
saberes especializados com os saberes não científicos (CARVALHO, 2006), buscan-
do meios que favoreça o coletivo. Só assim poderá buscar caminhos para solucionar 
problemas, propiciando a transformação para além do individual, atingindo toda a 
sociedade (GUIMARÃES, 2003).
4 ÉTICA E EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL
4.1 CONCEITO DE ÉTICA:
Ética é a forma de proceder ou de se comportar do ser humano no seu meio social, 
sendo, portanto, uma relação intersocial do homem. Os parâmetros são as condutas 
aceitas no meio social, e tem raízes no fato da moral como sistema de regulamen-
tação das relações intersociais humanas, e se assenta em um modo de comporta-
mento. Portanto, a ética é uma ciência da moral e pode ser definida como: a teoria 
ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. 
Enquanto isso, a Educação assegura-se como um instrumento ou arte dos mais 
concentrados que procura incutir nos necessitados (o publico ou sociedade em si) 
ideias conhecimento para a sua real civilização.
Neste sentido, a Ética Ambiental é o estudo da conduta comportamental do ser 
humano em relação à natureza, decorrente da conscientização ambiental e conse-
quente compromisso personalíssimo preservacionista, tendo como objetivo a con-
servação da vida global.
Já Educação Ambiental com base nas ideias de Leff (2001), é definida como um pro-
cesso no qual incorporamos critérios sócio ambientais, ecológicos, éticos e estéticos 
nos objetivos didáticos da educação, com o objetivo de construir novas formas de 
pensar incluindo a compreensão da complexidade das emergências e das inter-re-
lações entre os diversos subsistemas que compõem a realidade.
A complexidade da questão ambiental colocou para o mundo contemporâneo o 
debate que hoje presenciamos, ou seja, os investimentos das nações no sentido de 
valorizar o paradigma ambiental que tira a natureza de uma posição de passividade 
e inércia, concebendo o meio ambiente como expressão de criatividade, diversida-
de e depositário da inter-relação de todos os seres, visando à boa sobrevivência e 
qualidade de vida, visando a construção de uma ética ambiental, entendida como 
a conscientização ambiental que exige a intervenção das ciências com apelo pre-
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40 41SUMÁRIOSUMÁRIO
ponderante para valores de preservação, assim como a interseção de preocupações 
que devem abranger a saúde, a educação, a qualidade de vida, o direito, a política e 
cultura nos desafios presentes de uma da perspectiva sustentável, que por sua vez 
requer uma articulação precisa com valores de justiça social, como a democracia, os 
direitos humanos, a satisfação de necessidades humanas básicas. 
Antes da prática é necessário a teoria, para podermos refletir acerca da ação a ser 
feita, pois assim, a reflexão será consciente, e a responsabilidade será de cunho 
essencial para uma ética do nosso tempo, uma ética da Responsabilidade.
A única possibilidade de mudança visando uma forma de vida coerente e centrada 
com os princípios ambientais, será por meio da autonomia da razão, a única capaz 
de incorporar princípios éticos em cada um de nós, até alcançarmos uma consciên-
cia ética coletiva. Desta forma, a Ética Ambiental poderá tornar-se natural e espon-
tânea, sem a necessidade da aplicação de normas legais, porque se transformará 
na convicção e manifestação conjunta de todos os habitantes do planeta Terra. O 
fato em si de mais esta trágica transgressão de ética nos adverte de como urge que 
assumamos o dever de lutar pelos princípios éticos mais fundamentais como do 
respeito à vida dos seres humanos, à vida dos outros animais, à vida dos pássaros, 
à vida dos rios e das florestas. Não creio na amorosidade entre mulheres e homens, 
entre os seres humanos se não nos tornamos capazes de amar o mundo. 
A ecologia ganha uma importância fundamental neste fim de século. Ela tem 
de estar presente em qualquer pratica educativa de caráter radical, critico ou 
libertador. (Freire, 2000)
A ética ambiental aqui exposta passa a ser o início de uma nova ordem mundial, é 
uma nova filosofia de vida do ser humano alicerçado em novos valores extrasso-
ciais humanos. Sua base científica é o estudo da relação homem-natureza, englo-bando neste binómio todas as raças humanas e todos os seres existentes, abran-
gendo também os inanimados como o solo, o ar e a água. Tudo que existe tem sua 
importância e passa a fazer parte desta nova relação ética. 
Esta nova ética ajudará a formar uma humanidade consciente de sua posição pe-
rante a vida no planeta Terra e dará origem a uma nova postura, um novo compor-
tamento calcado na preservação global da natureza, sendo uma nova esperança de 
vida. 
A colocação em prática dessa nova forma de comportamento ético propiciará uma 
enorme satisfação subjetiva e íntima em cada individuo, e consequentemente da 
sociedade humana como um todo, de que estará contribuindo com responsabilida-
de para a preservação do maior bem que existe que é a natureza como um todo. 
Isto nos dará a esperança de poderemos prolongar a existência de nossa espécie 
nesse planeta com condições mais dignas, permitindo que possamos usufruir junta-
mente com os demais seres plenamente deste bem que é a vida, só existente por 
comprovação científica na nave Mãe-Terra.
4.2 PROGRAMAS DE CONSCIENTIZAÇÃO 
E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Os programas que visam à conscientização e a motivação dos indivíduos, não po-
dem ser apenas informativos e estarem dissociados de um Programa de Educação 
Ambiental. Eles devem fazer parte de um processo de mudança, que começa com 
o despertar da compreensão das questões ambientais, da necessidade da gestão 
ambiental e dos elementos do processo de gestão ambiental em cada pessoa. Não 
devemos esquecer que qualquer processo de mudança começa com a conscienti-
zação individual. 
Todo indivíduo tem que estar consciente do por que, o que, quando, onde, quem 
e como, em relação as suas tarefas. Portanto um eficaz programa de conscien-
tização não pode ser apenas informativo e nem ficar eternamente na "sensi-
bilização" das questões ambientais globais e sim ter uma postura construtiva 
onde há o envolvimento de todos na discussão das questões ambientais que o 
envolve, seja na escola, na empresa ou nas cidades, seu desempenho ambiental 
e o próprio desempenho operacional.
A criação e desenvolvimento de um programa de EA pode ser elaborado utili-
zando-se várias formas, métodos e organogramas, mas a utilização de uma sis-
temática bem elaborada é primordial para o seu sucesso. Um dos sistemas mais 
completos que conhecemos é o apresentado por David S.Wood e Diane Walton 
Wood no trabalho “Como Planificar um Programa de Educacion Ambietal” (II 
ED-Instituto Internacional para el Medio Ambiente y Desarrollo. El Servicio de 
Pesca y Vida Silvestre de los Estados Unidos), no qual nos baseamos para apre-
sentar este modesto organograma.
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42 43SUMÁRIOSUMÁRIO
Para criar e desenvolver um programa de EA deve-se planejá-lo e executá-lo de 
forma mais criteriosa e concreta possível, observando as seguintes etapas:
1. escolher o local a ser efetivado o programa; 
2. desenvolver pesquisas para identificação dos problemas ambientais espe-
cíficos da área; 
3. estudar e conhecer as necessidades e potenciais da comunidade; 
4. planejar o programa direcionando-o à comunidade; 
5. aplicar efetivamente o programa educacional; 
6. avaliar os resultados para eventuais mudanças ou adaptações.
Desenvolvendo-se cada etapa, sugere-se:
• 1ª etapa - escolher o local a ser efetivado o programa. 
Antes de se iniciar um efetivo trabalho é necessário primeiro escolher uma região 
com problemas ambientais para direcioná-lo, de forma que os resultados sejam 
mais efetivos e venham a atender as necessidades locais. Mesmo em se delimitan-
do o estudo a um certo local podemos observar que os problemas ambientais que o 
atingem podem ser locais, regionais ou nacionais que afetam outros lugares do pais 
e mesmo fora, internacional. 
Escolhido o local passa-se a delimitação do campo de ação, examinando-se toda 
área de estudo com o maior levantamento possível topográfico, faunístico, botâni-
co, climático, social etc. Feito isso, passa-se para à segunda etapa. 
• 2ª etapa - desenvolvimento de pesquisas para a identificação dos proble-
mas ambientais específicos da área. 
Devido a degradação generalizada, normalmente encontramos muitos problemas 
ambientais em praticamente todos os locais, de modo que nesta fase devemos de-
senvolver pesquisas para a identificação concreta de seus problemas para especi-
ficar os que atingem a área. Estas pesquisas devem ser mais amplas possíveis, não 
se podendo deixar de considerar nenhum dos aspectos do ambiente para que se 
possa identificar os problemas com maior segurança, assim podemos definir quais 
são os mais importantes, e assim passamos a terceira fase. 
• 3ª etapa - estudar e conhecer as necessidades e potenciais da comunidade. 
Escolhido o local e identificados os problemas ambientais passamos aos estudos da 
necessidade e potencialidade da comunidade, uma vez que um programa de Edu-
cação Ambiental é dirigido às pessoas, daí porque devemos conhecer as necessi-
dades e potencialidades da comunidade para a implantação e desenvolvimento do 
programa, sem o que será um trabalho sem acolhida pelas pessoas do local. 
Cada comunidade tem suas necessidades que refletem no ambiente, de maneira 
que é importantíssimo conhecermos as necessidades básicas da comunidade para 
que possamos aplicar adequadamente o programa, bem como temos que conhecer 
também os anseios da sociedade estudada, para que possamos também saber o 
que se pretende em um futuro próximo e a longo prazo, para prepararmos um pro-
grama mais consistente.
Devemos fazer um levantamento sóciocultural abrangente com as cooperativas, 
escolas, igrejas e órgãos públicos municipais e estaduais, coletando de informações 
das pessoas. Assim podemos também saber qual o público dentro daquela socieda-
de a que se destinará melhor o programa, bem como quem poderá colaborar. Além 
do conhecimento dos problemas ambientais da região, o educador ambiental deve 
conhecer plenamente o meio social em que vai trabalhar. Deve ele estar inserido o 
máximo possível neste meio social, sem o que não terá ideia exata da dimensão da 
problemática a ser trabalhada e consequentemente, prejudicar a adequada educa-
ção ambiental ao público-alvo. 
O educador ambiental deverá procurar apoio dos líderes da comunidade no de-
senvolvimento de seu trabalho, solicitando a colaboração de políticos, autoridades 
públicas, professores e líderes de bairro, por exemplo. Com a ajuda da liderança 
local o trabalho terá uma maior penetração e consequentemente maior resultado, 
não se esquecendo que o potencial da comunidade deve ser estudado, abrangendo 
este estudo a parte social educadora e econômica. Conhecendo-se o potencial o 
educador saber até que ponto poderá ser desenvolvido o seu programa. 
• 4ª etapa - planejamento do programa direcionado à comunidade. 
Conhecendo-se a necessidade e o potencial da comunidade alvo, passa-se ao pla-
nejamento do programa. Este para ter êxito tem que ser organizado com muito 
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44 45SUMÁRIOSUMÁRIO
cuidado e também direcionado aos objetivos, sem se desviar de sua finalidade. 
O educador ambiental deve: 
a) fazer um projeto do programa com os motivos, métodos e objetivos; 
b) identificar os problemas ambientais a ser trabalhado e como serão resolvidos; 
c) como será colocado em prática o programa

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