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APOSTILA COMPLETA Enfermagem

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1 
 
EDITORA MONTCURSOS 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
LÍNGUA E LINGUAGEM. 
 
A comunicação se dá das mais variadas formas, 
seja por sinais, códigos linguísticos, escrita e 
oralidade. Utilizamos da nossa língua, 
linguagem ou fala para passarmos informação, 
contudo, às vezes nos confundimos ao tentar 
entender a diferença e os conceitos, por isso, é 
importante estudá-los para que possamos 
compreender o funcionamento de cada um e 
sua contribuição para a nossa comunicação 
diária. 
Linguagem 
Podemos conceituar como linguagem uma 
capacidade restrita aos seres humanos de 
expressar sentimentos, sensações, transmitir 
informações, opiniões ou mesmo expressar 
desejos, proporcionando a troca de dados entre 
pessoas de diferentes tradições e localidades. 
A linguagem em si define-se em dois tipos: a 
linguagem verbal, que se caracteriza de forma 
oral ou escrita, com a utilização de códigos que 
servem para facilitar a comunicação entre os 
homens; e a linguagem não verbal, que se 
define por símbolos ou sinais em forma de 
desenhos e figuras que servem como ponte 
para a comunicação sem o uso de palavras. 
Neste caso, temos os usos da linguagem escrita 
e linguagem de símbolos, ambas comuns ao 
nosso convívio e cotidiano, por isso é possível 
que reconheçamos informações através de 
placas de trânsito, por exemplo. 
Língua 
A língua, por sua vez, consiste num conjunto 
específico de códigos e palavras diversas, 
usados sob regras e leis de combinação que, na 
verdade, é o que permite que a mensagem seja 
passada de maneira compreensível. É muito 
provável que a mensagem não seja 
compreendida totalmente caso seja passada de 
forma incomum às regras previamente 
estabelecidas. É como escrever uma frase onde 
as palavras estão fora de ordem e esperar que a 
outra pessoa entenda exatamente o que se quis 
dizer. Podemos citar como exemplo básico de 
língua os diversos tipos de línguas faladas ao 
redor do mundo, como a língua portuguesa, 
língua inglesa, russa, chinesa e assim por 
diante. 
Fala 
Já a fala é individual, sendo a forma como um 
indivíduo se comunica de maneira oral, fazendo 
uso da linguagem verbal. É bastante comum 
que ela seja afetada por costumes locais, vícios 
de linguagem relacionados ao ambiente que a 
pessoa frequenta e as pessoas ao seu redor, ao 
tipo de linguagem que estas usam para se 
comunicar. Nossa fala passa por um processo 
de construção ao longo da nossa vida e nela 
colocamos aspectos do nosso pessoal e de 
nossas experiências, por isso, a fala pode 
distinguir-se bruscamente de um indivíduo a 
outro. 
NORMA CULTA E VARIEDADES 
LINGUÍSTICAS. 
 
A língua portuguesa encontra-se em constante 
alteração, evolução e atualização, não sendo um 
sistema estático e fechado. O uso faz a regra e 
os falantes usam a língua de modo a suprir suas 
necessidades comunicativas, adaptando-a 
conforme suas intenções e necessidades. 
 
Sendo uma sociedade complexa, formada por 
diferentes grupos sociais, com diferentes 
hábitos linguísticos e diferentes graus de 
escolarização, ocorrem variações na língua, 
principalmente de caráter local, temporal e 
social. 
Nem todas as variações linguísticas usufruem 
do mesmo prestígio, sendo algumas 
consideradas menos cultas. Contudo, todas as 
variações devem ser encaradas como fator de 
2 
 
EDITORA MONTCURSOS 
enriquecimento e cultura e não como erros ou 
desvios. 
Tipos de variação 
As variações linguísticas ocorrem principalmente 
nos âmbitos geográficos, temporais e sociais. 
Variações regionais (diatópicas ou 
geográficas) 
São variações que ocorrem de acordo com o 
local onde vivem os falantes, sofrendo sua 
influência. Este tipo de variação ocorre porque 
diferentes regiões têm diferentes culturas, com 
diferentes hábitos, modos e tradições, 
estabelecendo assim diferentes estruturas 
linguísticas. 
Exemplos de variações regionais: 
Diferentes palavras para os mesmos conceitos; 
Diferentes sotaques, dialetos e falares; 
Reduções de palavras ou perdas de fonemas. 
Variações históricas (diacrônicas) 
São variações que ocorrem de acordo com as 
diferentes épocas vividas pelos falantes, sendo 
possível distinguir o português arcaico do 
português moderno, bem como diversas 
palavras que ficam em desuso. 
Exemplos de variações históricas: 
Expressões que caíram em desuso; 
Grafemas que caíram em desuso; 
Vocabulário típico de uma determinada faixa 
etária. 
Variações sociais (diastráticas) 
São variações que ocorrem de acordo com os 
hábitos e cultura de diferentes grupos sociais. 
Este tipo de variação ocorre porque diferentes 
grupos sociais possuem diferentes 
conhecimentos, modos de atuação e sistemas 
de comunicação. 
Exemplos de variações sociais: 
Gírias próprias de um grupo com interesse 
comum, como os skatistas. 
Jargões próprios de um grupo profissional, 
como os policiais. 
Variações situacionais (diafásicas) 
São variações que ocorrem de acordo com o 
contexto ou situação em que decorre o processo 
comunicativo. Há momentos em que é utilizado 
um registro formal e outros em que é utilizado 
um registro informal. 
Exemplos de variações situacionais: 
Linguagem formal, considerada mais prestigiada 
e culta, usada quando não há familiaridade 
entre os interlocutores da comunicação ou em 
situações que requerem uma maior seriedade. 
Linguagem informal, considerada menos 
prestigiada e culta, usada quando há 
familiaridade entre os interlocutores da 
comunicação ou em situações descontraídas. 
SEMÂNTICA E INTERAÇÃO 
A semântica, palavra derivada do grego, é o 
estudo do significado, do sentido e da 
interpretação do significado de uma palavra, 
signo, frase ou de uma expressão. Neste campo 
de estudo da Linguística, também são 
analisadas as mudanças de sentido que podem 
ocorrer nas formas linguísticas devido a alguns 
fatores, como, por exemplo, o tempo e o espaço 
geográfico. 
As atribuições da Semântica 
Na Língua Portuguesa, o significado das 
palavras leva em consideração os conceitos 
descritos a seguir: 
Sinonímia 
Relação estabelecida entre duas ou mais 
palavras que apresentam significados iguais ou 
semelhantes, ou seja, os sinônimos. Exemplos: 
https://www.normaculta.com.br/linguagem-formal-e-informal/
https://www.normaculta.com.br/linguagem-formal-e-informal/
3 
 
EDITORA MONTCURSOS 
bondoso – caridoso; distante – afastado; cômico 
– engraçado. 
Antonímia 
Relação estabelecida entre duas ou mais 
palavras que apresentam significados 
diferentes, contrários, ou seja, os antônimos. 
Exemplos: bondoso – maldoso; bom – ruim; 
economizar – gastar. 
Homonímia 
Relação estabelecida entre duas ou mais 
palavras que, embora possuam significados 
diferentes, apresentam a mesma estrutura 
fonológica, ou seja, os homônimos. Os 
homônimos subdividem-se em palavras 
homógrafas, homófonas e perfeitas: 
Homógrafas: São as palavras iguais na escrita, 
porém diferentes na pronúncia. Exemplos: 
gosto (substantivo) – gosto (1ª pessoa do 
singular do presente indicativo) / conserto 
(substantivo) – conserto (1ª pessoa do singular 
do presente indicativo); 
Homófonas – São as palavras iguais na 
pronúncia, porém diferentes na escrita. 
Exemplos: cela (substantivo) – sela (verbo) / 
cessão (substantivo) – sessão (substantivo); 
Perfeitas: São as palavras iguais tanto na 
pronúncia como na escrita. 
Exemplos: cura (verbo) – cura (substantivo); 
cedo (verbo) – cedo (advérbio). 
Paronímia 
Relação estabelecida entre duas ou mais 
palavras que possuem significados diferentes, 
porém são muito semelhantes na pronúncia e 
na escrita, ou seja, os parônimos. Exemplos: 
emigrar – imigrar; cavaleiro – cavalheiro; 
comprimento – cumprimento. 
Polissemia 
A polissemia caracteriza-se pela propriedade 
que uma mesma palavra possui de apresentar 
vários significados. Exemplos: Hidrate as suas 
mãos (parte do corpo humano) – Ele abriu mão 
dos seus direitos(desistir). 
Hiperônimo 
É uma palavra pertencente ao mesmo campo 
semântico de outra, mas com o sentido mais 
abrangente. Exemplo: A palavra “flor”, que está 
associada aos diversos tipos de flores, como 
rosa, violeta etc. 
Hipônimo 
O hipônimo é um vocábulo mais específico, 
possui o sentido mais restrito que os 
hiperônimos. Exemplo: “Observar”, “olhar”, 
“enxergar” são hipônimos de “ver”. 
Conotação e denotação 
Na conotação, a palavra é empregada com um 
significado diferente do original, criado pelo 
contexto, diferente do que está no dicionário da 
língua, utilizado no sentido figurado. Exemplo: 
Ela tem um coração de pedra! Já na denotação, 
a palavra é empregada em seu sentido original, 
com o significado que encontramos quando 
consultamos o dicionário, o sentido literal. 
Exemplo: O voo dos pássaros é admirável. 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
O significado das palavras é estudado pela 
semântica, a parte da gramática que estuda não 
só o sentido das palavras como as relações de 
sentido que as palavras estabelecem entre si: 
relações de sinonímia, antonímia, paronímia, 
homonímia,... 
Compreender essas relações nos proporciona o 
alargamento do nosso universo semântico, 
contribuindo para uma maior diversidade 
vocabular e maior adequação aos diversos 
contextos e intenções comunicativas. 
Sinonímia e antonímia 
A sinonímia indica a capacidade das palavras 
apresentarem significados semelhantes. 
A antonímia indica a capacidade das palavras 
4 
 
EDITORA MONTCURSOS 
apresentarem significados opostos. Assim, 
através da sinonímia e da antonímia as palavras 
estabelecem relações de proximidade e 
contrariedade. 
Exemplos de palavras sinônimas: 
importante: significativo, considerável, 
prestigiado, indispensável, fundamental,... 
necessário: essencial, fundamental, forçoso, 
obrigatório, imprescindível,... 
Exemplos de palavras antônimas: 
dedicado: desinteressado, desapegado, faltoso, 
desaplicado, relapso,... 
pontual: atrasado, retardado, durável, genérico, 
irresponsável,... 
Homonímia e paronímia 
A homonímia se refere à capacidade das 
palavras serem homônimas (som igual, escrita 
igual, significado diferente), homófonas (som 
igual, escrita diferente, significado diferente) ou 
homógrafas (som diferente, escrita igual, 
significado diferente). 
Exemplos de palavras homônimas: 
rio (curso de água) e rio (verbo rir); 
caminho (itinerário) e caminho (verbo 
caminhar). 
Exemplos de palavras homófonas: 
cem (100) e sem (indica falta) 
senso (sentido) e censo (levantamento 
estatístico) 
Exemplos de palavras homógrafas: 
colher (talher) e colher (apanhar); 
acerto (correção) e acerto (verbo acertar); 
A paronímia se refere a palavras que são 
escritas e pronunciadas de forma parecida, mas 
que apresentam significados diferentes. 
Exemplos de palavras parônimas: 
Comprimento (tamanho) e cumprimento 
(saudação); 
Imigrar (entrar num novo país) e emigrar (sair 
do seu país). 
Polissemia e monossemia 
A polissemia indica a capacidade de uma 
palavra apresentar uma multiplicidade de 
significados, conforme o contexto frásico em 
que ocorre. A monossemia indica que 
determinadas palavras apresentam apenas um 
significado. 
Exemplos de palavras polissêmicas: 
Cabeça (parte do corpo humano e líder do 
grupo, com origem comum na palavra em 
latim capitia); 
Letra (símbolo de escrita e documento 
substituto de dinheiro, com origem comum na 
palavra em latim littera). 
Exemplos de palavras monossêmicas: 
Estetoscópio (instrumento médico); 
Eneágono (polígono com nove ângulos). 
Denotação e conotação 
A denotação indica a capacidade das palavras 
apresentarem um sentido literal e objetivo. 
A conotação indica a capacidade das palavras 
apresentarem um sentido figurado e simbólico. 
Exemplos de palavras com sentido 
denotativo: 
O navio atracou no porto. 
A anta é um mamífero. 
Exemplos de palavras com sentido 
conotativo: 
Você é o meu porto. 
Pense pela sua própria cabeça, sua anta! 
5 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Hiperonímia e hiponímia 
A hiperonímia e a hiponímia indicam a 
capacidade das palavras estabelecerem relações 
hierárquicas de significado. Um hiperônimo, 
palavra superior com um sentido mais 
abrangente, engloba um hipônimo, palavra 
inferior com sentido mais restrito. 
Fruta é hiperônimo de morango. 
Morango é hipônimo de fruta. 
Exemplos de hiperônimos: 
ferramenta 
ave 
Exemplo de hipônimos: 
martelo, serrote, alicate, enxada, chave de 
fenda,... 
papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, coruja,... 
Formas variantes 
As formas variantes se referem a palavras que 
possuem mais do que uma grafia correta, sem 
que haja alteração do seu significado. 
Exemplos de formas variantes: 
abdome e abdômen; 
bêbado e bêbedo; 
embaralhar e baralhar; 
enfarte e infarto; 
louro e loiro. 
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO. 
 
A língua portuguesa é rica, interessante, criativa 
e versátil, encontrando-se em constante 
evolução. As palavras não apresentam apenas 
um significado objetivo e literal, mas sim uma 
variedade de significados, mediante o contexto 
em que ocorrem e as vivências e conhecimentos 
das pessoas que as utilizam. 
 
As variações nos significados das palavras 
ocasionam o sentido denotativo (denotação) e o 
sentido conotativo (conotação) das palavras. 
Exemplos de variação no significado das 
palavras: 
Os domadores conseguiram enjaular a fera. 
(sentido denotativo) 
Ele ficou uma fera quando soube da notícia. 
(sentido conotativo) 
Aquela aluna é fera na matemática. (sentido 
conotativo) 
O sentido conotativo é também conhecido 
como sentido figurado. 
O sentido denotativo é também conhecido 
como sentido próprio ou literal. 
Denotação 
Uma palavra é usada no sentido denotativo 
(próprio ou literal) quando apresenta seu 
significado original, independentemente do 
contexto frásico em que aparece. Quando se 
refere ao seu significado mais objetivo e 
comum, aquele imediatamente reconhecido e 
muitas vezes associado ao primeiro significado 
que aparece nos dicionários, sendo o significado 
mais literal da palavra. 
A denotação tem como finalidade informar o 
receptor da mensagem de forma clara e 
objetiva, assumindo assim um caráter prático e 
utilitário. É utilizada em textos informativos, 
como jornais, regulamentos, manuais de 
instrução, bulas de medicamentos, textos 
científicos, entre outros. 
Exemplos com sentido denotativo 
O elefante é um mamífero. 
Já li esta página do livro. 
A empregada limpou a casa. 
Conotação 
6 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Uma palavra é usada no sentido conotativo 
(figurado) quando apresenta diferentes 
significados, sujeitos a diferentes 
interpretações, dependendo do contexto frásico 
em que aparece. Quando se refere a sentidos, 
associações e ideias que vão além do sentido 
original da palavra, ampliando sua significação 
mediante a circunstância em que a mesma é 
utilizada, assumindo um sentido figurado e 
simbólico. 
A conotação tem como finalidade provocar 
sentimentos no receptor da mensagem, através 
da expressividade e afetividade que transmite. 
É utilizada principalmente numa linguagem 
poética e na literatura, mas também ocorre em 
conversas cotidianas, em letras de música, em 
anúncios publicitários, entre outros. 
Exemplos com sentido conotativo 
Você é o meu sol! 
Minha vida é um mar de tristezas. 
Você tem um coração de pedra! 
FUNÇÕES DA LINGUAGEM. 
 
As funções da linguagem são diferentes 
recursos de comunicação que, conforme o 
objetivo do emissor, dão ênfase à mensagem 
transmitida, em função do contexto em que o 
ato comunicativo ocorre. 
Existem seis funções da linguagem. Estas 
encontram-se diretamente relacionadas com os 
elementos da comunicação. 
Funções da 
linguagem 
Elementos da 
comunicação 
Função referencial ou 
denotativa 
contexto 
Função emotiva ou 
expressiva 
emissor 
Função apelativa ou receptor 
Funçõesda 
linguagem 
Elementos da 
comunicação 
conativa 
Função poética mensagem 
Função fática canal 
Função metalinguística código 
 
Função referencial ou denotativa 
A função referencial, também chamada de 
função denotativa, tem como principal objetivo 
informar sobre um determinado assunto. Assim, 
a ênfase é dada ao contexto comunicativo. 
Características da função referencial ou 
denotativa: 
Transmite uma informação de forma clara, 
objetiva e direta; 
Informa sobre a realidade, tendo como base 
fatos e dados concretos; 
É impessoal, não apresentando a opinião do 
emissor; 
Utiliza uma linguagem denotativa; 
Utiliza a 3.ª pessoa do discurso. 
Onde se usa a função referencial ou 
denotativa: 
notícias de jornal; 
textos técnicos; 
artigos científicos; 
livros didáticos; 
documentos oficiais; 
correspondências comerciais. 
7 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Exemplos da função referencial ou 
denotativa: 
As tarifas dos transportes públicos aumentarão 
de preço no próximo mês. 
Os artigos podem ser classificados em artigos 
definidos e artigos indefinidos. 
Os médicos recomendam uma alimentação 
saudável e a realização de exercício físico diário. 
Função emotiva ou expressiva 
A função emotiva, também chamada de função 
expressiva, tem como principal objetivo 
transmitir as emoções e sentimentos do 
emissor. Assim, a ênfase é dada ao emissor da 
mensagem. 
Características da função emotiva ou 
expressiva: 
A mensagem transmitida é subjetiva, conforme 
a visão do emissor. 
É pessoal, sendo utilizada a 1.ª pessoa do 
discurso. 
Há a presença de interjeições que enfatizam o 
discurso. 
Utiliza pontuação que acentua a sua entonação 
emotiva, como os pontos de exclamação e as 
reticências. 
Onde se usa a função emotiva ou 
expressiva: 
poemas; 
cartas pessoais; 
memórias; 
autobiografias; 
depoimentos; 
entrevistas; 
músicas. 
Exemplos da função emotiva ou 
expressiva: 
Ah, fiquei tão feliz com essa notícia! 
Minho nossa, sinto-me tão triste e cansado. . 
Estou sentindo um ódio extremo dele. 
Função apelativa ou conativa 
A função apelativa, também chamada de função 
conativa, tem como principal objetivo influenciar 
e persuadir o receptor, sendo um apelo para 
que este faça algo. Assim, a ênfase é dada ao 
receptor da mensagem. 
Características da função apelativa ou 
conativa: 
Predomina o uso de verbos no imperativo. 
Utiliza a 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso (tu e 
você). 
Há a presença de vocativos que direcionam a 
mensagem. 
Recorre a pontos de exclamação para enfatizar 
o discurso. 
Onde se usa a função apelativa ou 
conativa: 
publicidades; 
propagandas; 
discursos políticos; 
sermões religiosos; 
livros de autoajuda; 
horóscopo. 
Exemplos da função apelativa ou conativa: 
Aproveite as melhores ofertas! 
Não perca esta chance! Ligue ainda hoje! 
Cidadão consciente, vote em mim! 
8 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Função poética 
A função poética tem como principal objetivo 
transmitir uma mensagem elaborada, 
formalmente estruturada, com as palavras 
cuidadosamente selecionadas para produzir um 
resultado estético. A ênfase dada à própria 
mensagem. 
Características da função poética: 
Utiliza uma linguagem elaborada e cuidada. 
Dá importância ao ritmo, melodia e sonoridade 
das palavras. 
Procura o que é belo e inovador. 
Onde se usa a função poética: 
poemas; 
obras literárias; 
letras de músicas; 
publicidade; 
propaganda. 
Exemplos da função poética: 
"O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente." 
Fernando Pessoa 
"Basta-me um pequeno gesto, 
feito de longe e de leve, 
para que venhas comigo 
e eu para sempre te leve..." 
Cecília Meireles 
Função fática 
A função fática tem como principal objetivo 
estabelecer um canal de comunicação entre o 
emissor e o receptor, quer para iniciar a 
transmissão da mensagem, quer para assegurar 
a sua continuação. A ênfase dada ao canal 
comunicativo. 
Características da função fática: 
Recorre a frases interrogativas para obter 
resposta do receptor. 
Utiliza interjeições e onomatopeias para manter 
o discurso. 
Onde se usa a função fática: 
cumprimentos; 
saudações; 
conversas telefônicas. 
Exemplos da função fática: 
Alô! Alô? 
Bom dia! 
Não é mesmo? 
Sei... 
Hum... hum... 
Função metalinguística 
A função metalinguística tem como principal 
objetivo usar um determinado código para 
explicar esse próprio código. Assim, a ênfase 
dada ao código comunicativo. 
Características da função metalinguística: 
Utiliza o código como tema da mensagem. 
Tem uma função explicativa. 
Onde se usa a função metalinguística: 
dicionários; 
gramáticas. 
Exemplos da função metalinguística: 
O código linguístico é um sistema de signos 
usados na construção de mensagens. 
Uma mensagem é uma comunicação oral ou 
escrita que visa transmitir uma informação. 
9 
 
EDITORA MONTCURSOS 
TEXTUALIDADE (COESÃO, 
COERÊNCIA E CONTEXTO 
DISCURSIVO). 
 
A Coesão e a Coerência são mecanismos 
fundamentais na construção textual. 
Para que um texto seja eficaz na transmissão da 
sua mensagem é essencial que faça sentido 
para o leitor. 
Além disso, deve ser harmonioso, de forma a 
que a mensagem flua de forma segura, natural 
e agradável aos ouvidos. 
Coesão Textual 
A coesão é resultado da disposição e da correta 
utilização das palavras que propiciam a ligação 
entre frases, períodos e parágrafos de um texto. 
Ela colabora com sua organização e ocorre por 
meio de palavras chamadas de conectivos. 
Mecanismos de Coesão 
A coesão pode ser obtida através de alguns 
mecanismos: anáfora e catáfora. 
A anáfora e a catáfora se referem à informação 
expressa no texto e, por esse motivo, são 
qualificadas como endofóricas. 
Enquanto a anáfora retoma um componente, a 
catáfora o antecipa, contribuindo com a ligação 
e a harmonia textual. 
Algumas Regras 
Confira abaixo algumas regras que garantem a 
coesão textual: 
Referência 
Pessoal: utilização de pronomes pessoais e 
possessivos. Exemplo: João e Maria 
casaram. Eles são pais de Ana e Beto. 
(Referência pessoal anafórica) 
Demonstrativa: utilização de pronomes 
demonstrativos e advérbios. Exemplo: Fiz 
todas as tarefas, com exceção desta: arquivar 
a correspondência. (Referência demonstrativa 
catafórica) 
Comparativa: utilização de comparações 
através de semelhanças. Exemplo: Mais um 
dia igual aos outros… (Referência comparativa 
endofórica) 
Substituição 
Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) 
por outro é uma forma de evitar as repetições. 
Exemplo: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão 
na próxima semana. 
Observe que a diferença entre a referência e a 
substituição está expressa especialmente no 
fato de que a substituição acrescenta uma 
informação nova ao texto. 
No caso de “João e Maria casaram. Eles são 
pais de Ana e Beto”, o pronome pessoal 
referencia as pessoas João e Maria, não 
acrescentando informação adicional ao texto. 
Elipse 
Um componente textual, quer seja um nome, 
um verbo ou uma frase, pode ser omitido 
através da elipse. 
Exemplo: Temos ingressos a mais para o 
concerto. Você os quer? 
(A segunda oração é perceptível mediante o 
contexto. Assim, sabemos que o que está sendo 
oferecido são ingressos para o concerto.) 
Conjunção 
A conjunção liga orações estabelecendo relação 
entre elas. 
Exemplo: Nós não sabemos quem é o 
culpado, mas ele sabe. (adversativa) 
Coesão Lexical 
A coesão lexical consiste na utilização de 
palavras que possuem sentido aproximado ou 
que pertencem a um mesmo campo lexical. São 
https://www.todamateria.com.br/conectivos/
https://www.todamateria.com.br/anafora/
10 
 
EDITORA MONTCURSOS 
elas: sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos, 
entre outros. 
Exemplo: Aquela escola não oferece as 
condições mínimas de trabalho. A 
instituiçãoestá literalmente caindo aos 
pedaços. 
CoerênciaTextual 
A Coerência é a relação lógica das ideias de um 
texto que decorre da sua argumentação - 
resultado especialmente dos conhecimentos do 
transmissor da mensagem. 
Um texto contraditório e redundante ou cujas 
ideias iniciadas não são concluídas, é um texto 
incoerente. A incoerência compromete a clareza 
do discurso, a sua fluência e a eficácia da 
leitura. 
Assim a incoerência não é só uma questão de 
conhecimento, decorre também do uso de 
tempos verbais e da emissão de ideias 
contrárias. 
Exemplos: 
O relatório está pronto, porém o estou 
finalizando até agora. (processo verbal acabado 
e inacabado) 
Ele é vegetariano e gosta de um bife muito mal 
passado. (os vegetarianos são assim 
classificados pelo fato de se alimentar apenas 
de vegetais) 
Fatores de Coerência 
São inúmeros os fatores que contribuem para a 
coerência de um texto, tendo em vista a sua 
abrangência. Vejamos alguns: 
Conhecimento de Mundo 
É o conjunto de conhecimento que adquirimos 
ao longo da vida e que são arquivados na nossa 
memória. 
São o chamados frames (rótulos), esquemas 
(planos de funcionamento, como a rotina 
alimentar: café da amanhã, almoço e jantar), 
planos (planejar algo com um objetivo, tal como 
jogar um jogo), scripts (roteiros, tal como 
normas de etiqueta). 
Exemplo: Peru, Panetone, frutas e nozes. Tudo 
a postos para o Carnaval! 
Uma questão cultural nos leva a concluir que a 
oração acima é incoerente. Isso porque “peru, 
panetone, frutas e nozes” (frames) são 
elementos que pertencem à celebração do Natal 
e não à festa de carnaval. 
Inferências 
Através das inferências, as informações podem 
ser simplificadas se partimos do pressuposto 
que os interlocutores partilham do mesmo 
conhecimento. 
Exemplo: Quando os chamar para jantar não 
esqueça que eles são indianos. (ou seja, em 
princípio, esses convidados não comem carne 
de vaca) 
Fatores de contextualização 
Há fatores que inserem o interlocutor na 
mensagem providenciando a sua clareza, como 
os títulos de uma notícia ou a data de uma 
mensagem. 
Exemplo: 
— Está marcado para às 10h. 
— O que está marcado para às 10h? Não sei 
sobre o que está falando. 
Informatividade 
Quanto maior informação não previsível um 
texto tiver, mais rico e interessante ele será. 
Assim, dizer o que é óbvio ou insistir numa 
informação e não desenvolvê-la, com certeza 
desvaloriza o texto. 
Exemplo: O Brasil foi colonizado por Portugal. 
Princípios Básicos 
Após termos visto os fatores acima, é essencial 
ter em atenção os seguintes princípios para se 
obter um texto coerente: 
11 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Princípio da Não Contradição - ideias 
contraditórias 
Princípio da Não Tautologia - ideias 
redundantes 
Princípio da Relevância - ideias que se 
relacionam 
Diferença entre Coesão e Coerência 
Coesão e coerência são coisas diferentes, de 
modo que um texto coeso pode ser incoerente. 
Ambas têm em comum o fato de estarem 
relacionadas com as regras essenciais para uma 
boa produção textual. 
A coesão textual tem como foco a articulação 
interna, ou seja, as questões gramaticais. Já a 
coerência textual trata da articulação externa e 
mais profunda da mensagem. 
MORFOSSINTAXE-ESTUDO DOS 
VERBOS E SUA RELAÇÃO COM AS 
FORMAS PRONOMINAIS. 
 
São chamados de verbos pronominais os 
verbos que são conjugados juntamente com um 
pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, 
se). Esse pronome oblíquo se referirá, 
obrigatoriamente, à mesma pessoa do sujeito. 
Assim, a conjugação pronominal ocorre quando 
o pronome oblíquo está relacionado com o 
pronome reto ou sujeito equivalente. Pode ser 
reflexiva ou recíproca. 
Conjugação pronominal reflexiva 
Na conjugação pronominal reflexiva, a ação 
recai sobre o próprio sujeito. 
Conjugação reflexiva do verbo pentear no 
presente do indicativo: 
Eu penteio-me ou eu me penteio 
Tu penteias-te ou tu te penteias 
Ele penteia-se ou ele se penteia 
Nós penteamo-nos ou nós nos penteamos 
Vós penteai-vos ou vós vos penteais 
Eles penteiam-se ou eles se penteiam 
Conjugação pronominal recíproca 
Na conjugação pronominal recíproca, a ação 
recai sobre cada um dos sujeitos. Só ocorre com 
sujeitos plurais (nós, vós, eles). 
Conjugação recíproca do verbo abraçar no 
presente do indicativo: 
Nós abraçamo-nos ou nós nos abraçamos 
Vós abraçastes-vos ou vós vos abraçastes 
Eles abraçaram-se ou eles se abraçaram 
Verbos pronominais essenciais e acidentais 
Os verbos pronominais podem ser classificados 
em: essenciais e acidentais. 
Verbos pronominais essenciais são verbos 
usados apenas na sua forma pronominal, cujo 
radical transmite uma ideia de reflexibilidade, 
como: 
arrepender-se; 
queixar-se; 
zangar-se; 
suicidar-se; 
abster-se; 
dignar-se; 
apiedar-se; 
condoer-se; 
... 
Verbos pronominais acidentais são verbos 
usados tanto na forma pronominal como na 
forma simples. O radical não apresenta uma 
ideia de reflexibilidade, sendo essa transmitida 
com o uso do pronome oblíquo, como: 
enganar / enganar-se; 
debater / debater-se; 
lembrar / lembrar-se; 
esquecer / esquecer-se; 
https://www.conjugacao.com.br/verbo-arrepender/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-queixar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-zangar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-suicidar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-abster/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-dignar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-apiedar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-condoer/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-enganar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-debater/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-lembrar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-esquecer/
12 
 
EDITORA MONTCURSOS 
envolver / envolver-se; 
lavar / lavar-se; 
pentear / pentear-se; 
... 
Colocação pronominal 
A colocação pronominal pode ocorrer antes do 
verbo (próclise), depois do verbo (ênclise) ou no 
meio do verbo (mesóclise). 
Próclise: Não me sentei porque não quis. 
Ênclise: Sentei-me porque quis. 
Mesóclise: Sentar-me-ei quando quiser. 
A forma enclítica é a forma base de colocação 
pronominal, não sendo, contudo, a mais usada, 
visto que o uso da próclise se encontra 
generalizado na linguagem falada. 
O uso da próclise ou da ênclise é facultativo 
desde que o verbo não se encontre no início da 
frase, nem haja situações que justifiquem o uso 
específico de uma forma de colocação 
pronominal. 
SINTAXE DO PERÍODO E DA 
ORAÇÃO E SEUS DOIS-EIXOS: 
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO. 
 
A análise sintática "serve" para examinar o 
texto, as suas estruturas e os elementos que o 
compõem. O texto é composto por orações e 
períodos. A oração é uma frase que possui 
verbo, enquanto o período é o conjunto de 
orações. Exemplo: 
- A menina caiu da bicicleta quando fez a 
curva. 
Nesse exemplo há duas orações porque há dois 
verbos (“cair” e “fazer”). Entenda que, cada 
termo da oração tem uma função específica e é 
isso que a análise sintática tem como objetivo, 
determinar essa função. E esses termos podem 
ser classificados como essenciais, integrantes e 
acessórios. 
Essenciais: sujeito e predicado. 
Integrantes: objeto direto e objeto indireto, 
complemento nominal e agente da passiva. 
Acessórios: adjunto adnominal, adjunto 
adverbial e aposto. 
Essenciais e integrantes 
Observe a frase: 
A menina pegou a bola. 
“A menina” é o sujeito e “pegou a bola” é o 
predicado. O verbo é o “pegar” que é 
classificado como transitivo direto e “a bola” é o 
complemento do verbo, o objeto direto. Uma 
forma de determinar a classificação dos objetos 
é perguntando ao verbo. Veja: quem pega, 
pega alguma coisa. Quando a pergunta não 
necessita de uma preposição, o verbo é 
transitivo direto. Observe a diferença nessa 
frase: 
Eu preciso de você. 
O verbo precisar é transitivo indireto. Faça a 
pergunta: quem precisa, precisa “de” alguém. O 
termo “de” é uma preposição, logo, a expressão 
“de você” é um objeto indireto.O complemento nominal serve para 
complementar um termo que não seja verbo 
dentro da oração. Diferentemente do objeto 
indireto, o complemento nominal completa um 
substantivo, adjetivo e advérbio e não um 
verbo. Por exemplo: A menina teve orgulho do 
pai. A expressão “do pai” complementa o 
sentido de “orgulho”. 
O agente da passiva sempre está acompanhado 
de duas preposições, “por” e “de”. Se o verbo 
estiver na voz passiva, o agente será aquele 
que praticará a ação do verbo. Veja: O pássaro 
foi capturado pelos agentes. A expressão “pelos 
agentes” é o agente da passiva. 
Acessórios 
https://www.conjugacao.com.br/verbo-envolver/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-lavar/
https://www.conjugacao.com.br/verbo-pentear/
13 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Já os termos que são acessórios na oração 
caracterizam algo. O adjunto adnominal, por 
exemplo, especifica o substantivo. Não há uma 
regra específica, pode ser artigos, locuções, 
pronomes, adjetivos e mais. Exemplo: Seu olhar 
singelo é lindo. O termo “singelo” é o adjunto 
adnominal. Veja outro exemplo: O passeio de 
barco me cansou. A expressão “de barco” é um 
adjunto adnominal. 
Por outro lado, o adjunto adverbial funciona 
como advérbio dentro da oração. Logo, vamos 
rever os tipos de advérbios: afirmação, 
negação, intensidade, dúvida, tempo, 
companhia, causa, finalidade, lugar, meio e 
assunto. Exemplo: Isso está muito difícil! O 
termo “muito” é um adjunto adverbial. 
E o aposto explica um termo na oração. 
Exemplo: A Carol, menina sapeca, entrou na 
escola. A expressão “menina sapeca” está 
explicando quem é a Carol. A expressão é o 
aposto da oração. 
Coordenação e Subordinação 
Dentro da análise sintática, os períodos podem 
ser classificados em: composto por 
coordenação, subordinação ou coordenação e 
subordinação. O período de coordenação é 
composto por orações que são autônomas, 
independentes entre si, mas que juntas 
complementam o sentido da frase. Exemplo: Eu 
dormi e sonhei com você. Observe que ambas 
as orações são independentes, isto é, fazem 
sentido se fossem separadas. 
Já o período composto por subordinação 
apresenta orações que são dependentes entre 
si, são subordinadas. Veja: O bolo que ela fez 
ainda deixava lembranças. As duas orações não 
podem ser separadas. 
E ainda há o período composto por coordenação 
e subordinação que, nada mais é, a junção dos 
dois. Exemplo: O juiz entrou na quadra e 
permitiu que o jogo começasse. Há três 
orações. As duas primeiras são coordenadas e a 
terceira é subordinada. 
Existem 5 tipos de classificações para orações 
coordenadas: 
Oração coordenada aditiva: acresce uma 
informação. Ex: Eu dormi e sonhei. 
Oração coordenada adversativa: apresenta um 
contraste. Ex: Eu passei no vestibular, mas não 
sei se é isso que quero. 
Oração coordenada alternativa: apresenta 
alternância. Ex: Ora você gosta de 
mim, ora você some. 
Oração coordenada conclusiva: conclui a ideia. 
Ex: Não gosto daqui. Portanto, pedirei a minha 
demissão. 
Oração coordenada explicativa: tem como 
objetivo explicar. Ex: Você está 
errado porque tenho provas. 
Já no período de subordinação há duas 
categorias: orações subordinadas adjetivas 
(função de adjetivo) e orações subordinadas 
adverbiais (função de advérbio). 
Orações subordinadas adjetivas 
Orações subordinadas adjetivas podem ser 
duas: restritivas e explicativas. As restritivas 
limitam o que a frase quer dizer. Exemplo: Se 
não fosse pela mulher que me ajudou, não teria 
conseguido. O sentido da “mulher” é único, não 
é generalizado, é específico, é uma mulher X. Já 
nas orações explicativas, o sentido é mais 
abrangente: O homem, um ser racional, busca 
ser melhor em todos os campos da vida. A 
expressão “um ser racional” está entre vírgulas 
e, portanto, está generalizando todos os 
homens não apenas um. 
Orações subordinadas adverbiais 
Podem ter 9 classificações: 
Oração subordinada adverbial causal: expressa 
causa. Ex: Não posso opinar, uma vez que não 
tenho direito. 
14 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Oração subordinada adverbial concessiva: indica 
permissão. Ex: Você pode fazer isso, mesmo 
que não tenha experiência. 
Oração subordinada adverbial condicional: 
expressa condição. Ex: Se você conseguir, 
ganhará uma recompensa. 
Oração subordinada adverbial comparativa: 
indica uma comparação. Ex: Os olhos azuis são 
bonitos como o do pai. 
Oração subordinada adverbial consecutiva: 
relação de causa e consequência. Ex: Acordei 
tão atrasado que não consegui entrar na 
faculdade. 
Oração subordinada adverbial final: indica uma 
finalidade. Ex: Eu fiz isso para subir na vida. 
Oração subordinada adverbial temporal: 
expressa tempo. Ex: Chorei por 
você quando foi embora. 
Oração subordinada adverbial proporcional: 
indica proporção. Ex: Fui amolecendo à medida 
que percebi que te amava. 
Oração subordinada adverbial conformativa: 
expressa conformidade. Ex: Fiz o que você 
pediu conforme as regras. 
Para ajudar na classificação, convém retomar os 
advérbios e separá-los em tabelas. Assim, a 
oração subordinativa adverbial ficará mais fácil! 
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA. 
 
A concordância verbal ocorre quando o verbo 
de flexiona para concordar com o sujeito 
gramatical. Essa flexão verbal é feita em 
número (singular ou plural) e em pessoa (1.ª, 
2.ª ou 3.ª pessoa). 
A concordância nominal ocorre quando há 
flexão de um termo (artigo, adjetivo, 
pronome,…) para concordar com um 
substantivo. Essa flexão é feita em gênero 
(masculino ou feminino) e em número (plural ou 
singular). 
Exemplos de concordância verbal 
Eu aprendi; 
Ele aprendeu; 
Nós aprendemos; 
Eles aprenderam. 
Exemplos de concordância nominal 
O amigo verdadeiro; 
A amiga verdadeira; 
Os amigos verdadeiros; 
As amigas verdadeiras. 
Apesar dessas regras básicas, existem casos 
específicos de concordância verbal e de 
concordância nominal. 
Casos específicos de concordância verbal 
Existem diversos casos específicos de 
concordância verbal. Os principais são: 
Concordância verbal com verbos impessoais 
Os verbos impessoais, como não apresentem 
sujeito, são conjugados sempre na 3.ª pessoa 
do singular: 
Havia várias pessoas esperando. (verbo haver 
com sentido de existir) 
Faz cinco anos que eu te conheci. (verbo fazer 
indicando tempo decorrido) 
Aqui onde moro, chove todos os dias. (verbos 
que indicam fenômenos atmosféricos) 
Concordância verbal com a partícula 
apassivadora se 
Com a partícula apassivadora se, o objeto direto 
assume a função de sujeito paciente. Assim, o 
verbo estabelece concordância em número com 
o objeto direto: 
Vende-se casa. 
15 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Vendem-se casas. 
Concordância verbal com a partícula de 
indeterminação do sujeito se 
Quando a partícula se atua como 
indeterminadora do sujeito, o verbo fica sempre 
conjugado na 3.ª pessoa do singular: 
Precisa-se de empregado. 
Precisa-se de empregados. 
Concordância verbal com a maioria, a maior 
parte, a metade,... 
Com essas expressões, o verbo fica conjugado, 
preferencialmente, na 3.ª pessoa do singular. 
Contudo, já se considera aceitável o uso da 3.ª 
pessoa do plural: 
A maioria dos alunos vai… 
A maior parte dos alunos vai… 
A maioria dos alunos vão… 
A maior parte dos alunos vão… 
Concordância verbal com pronome relativo que 
O verbo concorda com o termo antecedente ao 
pronome relativo que: 
Fui eu que pedi… 
Foi ele que pediu… 
Fomos nós que pedimos… 
Concordância verbal com pronome relativo 
quem 
O verbo concorda com o termo antecedente ao 
pronome relativo quem ou fica conjugado na 3.ª 
pessoa do singular: 
Fui eu quem pedi… 
Fomos nós quem pedimos… 
Fui eu quem pediu… 
Fomos nós quem pediu… 
Concordância verbal com o infinitivo pessoal 
O infinitivo é flexionado, principalmente, quando 
se pretende definir o sujeito e quando o sujeito 
da segunda oração é diferente do da primeira: 
Istoé para nós fazermos. 
Eu pedir para eles fazerem tudo. 
Concordância verbal com o infinitivo impessoal 
O infinitivo não é flexionado, principalmente, em 
locuções verbais e em verbos preposicionados: 
As pessoas conseguiram entender a verdade. 
Foram incentivados a entender a verdade. 
Foram impedidos de entender a verdade. 
Concordância verbal com o verbo ser 
Com o verbo ser, a concordância em número é 
estabelecida com o predicativo do sujeito: 
Isto é brincadeira! 
Isto são brincadeiras! 
Concordância verbal com um dos que 
Com a expressão um dos que, o verbo fica 
sempre na 3.ª pessoa do plural: 
Um dos que foram… 
Um dos que querem… 
Um dos que podem… 
Casos específicos de concordância nominal 
Existem diversos casos específicos de 
concordância nominal. Os principais são: 
Concordância nominal com pronomes pessoais 
O pronome pessoal e o adjetivo estabelecem 
concordância em gênero e número: 
Ele é falador. 
Ela é faladora. 
16 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Eles são faladores. 
Elas são faladoras. 
Concordância nominal com vários substantivos 
O adjetivo concorda em gênero e número com o 
substantivo mais próximo ou assume a forma 
no masculino plural: 
mochila e livro emprestado; 
livro e mochila emprestada; 
mochila e livro emprestados; 
livro e mochila emprestados. 
Concordância nominal com vários adjetivos 
O substantivo fica no singular quando há vários 
adjetivos no singular que se encontram 
determinados por artigos. Sem a presença de 
artigos, o substantivo fica no plural: 
a professora simpática e a antipática; 
o professor simpático e o antipático; 
as professoras simpática e antipática; 
os professores simpático e antipático. 
Concordância nominal com bastante, muito, 
pouco, meio, caro, barato, longe 
As palavras bastante, muito, pouco, meio, caro, 
barato e longe, enquanto adjetivos, concordam 
em gênero e número com o substantivo: 
muitas joias; 
bastantes joias; 
poucas joias; 
joias caras; 
joias baratas. 
Nota: Essas palavras permanecem invariáveis 
apenas quando assumem a função de 
advérbios, modificando um verbo. 
Concordância nominal com é permitido e é 
proibido 
Com estas expressões, o adjetivo varia em 
gênero e número quando houver a presença de 
um artigo determinando o substantivo. Quando 
não houver artigo, o adjetivo permanece 
invariável no masculino singular: 
É permitida a entrada de animais. 
É proibida a entrada de animais. 
É permitido entrada de animais. 
É proibido entrada de animais. 
Nota: Essa mesma regra de concordância é 
também aplicada às expressões: é necessário, é 
preciso, é bom. 
Concordância nominal com mesmo e próprio 
As palavras mesmo e próprio estabelecem 
concordância em gênero e número com o 
substantivo quando atuam como adjetivo: 
na mesma função; 
no mesmo trabalho; 
nas mesmas funções; 
nos mesmos trabalhos; 
na própria casa; 
no próprio escritório; 
nas próprias casas; 
nos próprios escritórios. 
Nota: Esta regra de concordância estende-se 
também às palavras obrigado, quite, anexo e 
incluso. 
Concordância nominal com menos 
A palavra menos permanece sempre invariável: 
menos alegria; 
menos alegrias; 
17 
 
EDITORA MONTCURSOS 
menos problema; 
menos problemas. 
SINTAXE DE COLOCAÇÃO. 
 
A colocação dos pronomes pessoais 
oblíquos átonos na oração pode ser feita de 
três formas distintas, existindo regras definidas 
para cada uma dessas formas. 
Em próclise: pronome colocado antes do 
verbo; 
Em ênclise: pronome colocado depois do 
verbo; 
Em mesóclise: pronome colocado no meio do 
verbo. 
Exemplos de colocação pronominal 
Não me deram uma caixa de bombons ontem. 
(próclise) 
Deram-me uma caixa de bombons ontem. 
(ênclise) 
Dar-me-ão uma caixa de bombons amanhã. 
(mesóclise) 
Os pronomes pessoais oblíquos átonos são: 
1.ª pessoa do singular - me 
2.ª pessoa do singular - te 
3.ª pessoa do singular – se, o, a, lhe 
1.ª pessoa do plural - nos 
2.ª pessoa do plural - vos 
3.ª pessoa do plural – se, os, as, lhes 
Próclise ou ênclise? 
A colocação pronominal depois do verbo é a 
forma básica de colocação pronominal, seguindo 
a estrutura sintática básica de uma oração: 
verbo + complemento. Contudo, o uso da 
próclise encontra-se generalizado na linguagem 
falada e escrita. 
É facultativo o uso da próclise ou da ênclise, 
caso o verbo não se encontre no início da frase, 
nem haja situações que justifiquem o uso 
específico de uma forma de colocação 
pronominal. 
Exemplo de uso facultativo da próclise ou 
da ênclise 
Minha mãe ajudou-me nos trabalhos. 
Minha mãe me ajudou nos trabalhos. 
A próclise nunca deverá ser utilizada quando o 
verbo se encontrar no início das frases. Nesta 
situação, a forma correta de colocação 
pronominal é depois do verbo. 
Exemplos de ênclise com verbos no início 
da frase 
Ouviram-me chamar? 
Deram-lhe os parabéns! 
Uso específico de ênclise, próclise ou mesóclise 
Existem diversas situações que justificam o uso 
específico de uma forma de colocação 
pronominal. 
Ênclise 
A colocação pronominal depois do verbo deverá 
ser usada: 
Em orações iniciadas com verbos (com 
exceção do futuro do presente do indicativo e 
do futuro do pretérito do indicativo), uma vez 
que não se iniciam frases com pronomes 
oblíquos. 
Refere-se a um tipo de árvore. 
Viram-me na rua e não disseram nada. 
 
Em orações imperativas afirmativas. 
Sente-se imediatamente! 
Lembre-me para fazer isso no fim do 
expediente. 
 
Em orações reduzidas do gerúndio (sem a 
preposição em). 
18 
 
EDITORA MONTCURSOS 
O jovem reclamou muito, comportando-se como 
uma criança. 
Fiquei sem reação, lembrando-me de 
acontecimentos passados. 
 
Em orações reduzidas do infinitivo. 
Espero dizer-te a verdade rapidamente. 
Convém dar-lhe autorização ainda hoje. 
Próclise 
A colocação pronominal deverá ser feita antes 
do verbo apenas quando houver palavras 
atrativas que justifiquem o adiantamento do 
pronome, como: 
Palavras negativas (não, nunca, ninguém, 
jamais,…). 
Não te quero ver nunca mais! 
Nunca a esquecerei. 
 
Conjunções subordinativas (embora, se, 
conforme, logo,...). 
Embora o faça, sei que é errado. 
Cumpriremos o acordo se nos agradar. 
 
Pronomes relativos (que, qual, onde,…). 
Há professores que nos marcam para sempre. 
Esta é a faculdade onde me formei. 
 
Pronomes indefinidos (alguém, todos, 
poucos,…). 
Alguém me fará mudar de opinião? 
Poucos nos emocionaram com seus relatos. 
 
Pronomes demonstrativos (isto, isso, 
aquilo,…). 
Isso me deixou muito abalada. 
Aquilo nos mostrou a verdade. 
 
Frases interrogativas (quem, qual, que, 
quando,…). 
Quem me chamou? 
Quando nos perguntaram isso? 
 
Frases exclamativas ou optativas. 
Como nos enganaram! 
Deus te guarde! 
 
Preposição em mais verbo no gerúndio. 
Em se tratando de uma novidade, este produto 
é o indicado. 
Em se falando sobre o assunto, darei minha 
opinião. 
 
Advérbios, sem que haja uma pausa marcada. 
Havendo uma pausa marcada por uma vírgula, 
deverá ser usada a ênclise. 
Aqui se come muito bem! 
Talvez te espere no fim das aulas. 
Mesóclise 
A colocação pronominal deverá ser feita no meio 
do verbo quando o verbo estiver conjugado no 
futuro do presente do indicativo ou no futuro do 
pretérito do indicativo. 
Ajudar-te-ei no que for preciso. 
Comprometer-se-iam mais facilmente se 
confiassem mais em você. 
A mesóclise é maioritariamente utilizada numa 
linguagem formal, culta e literária. Caso haja 
situação que justifique a próclise, a mesóclise 
não ocorre. 
19 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Colocação pronominal nas locuções verbais 
A colocação pronominal nas locuções verbais 
difere caso o verbo principal esteja no particípio 
ou no gerúndio e infinitivo. 
Verbo principal no gerúndio ou no infinitivo 
Caso não haja palavra atrativa que exija a 
próclise, o pronome oblíquo poderá ficar após o 
verbo principal ou após o verbo auxiliar.Quero ver-te hoje. 
Quero-te ver hoje. 
Caso haja alguma palavra atrativa que exija a 
próclise, o pronome oblíquo poderá ficar antes 
da locução verbal ou depois da locução verbal. 
Não te quero ver hoje. 
Não quero ver-te hoje. 
Verbo principal no particípio 
Caso não haja palavra atrativa que exija a 
próclise, o pronome oblíquo deverá ficar depois 
do verbo auxiliar, nunca depois do verbo 
principal no particípio. 
Tinham-me dito que você não era de confiança. 
Eu tinha-lhe falado sobre esse assunto. 
Caso haja alguma palavra atrativa que exija a 
próclise, o pronome oblíquo deverá ficar antes 
da locução verbal. 
Já me tinham dito que você não era de 
confiança. 
Eu não lhe tinha falado sobre esse assunto. 
SINTAXE DE REGÊNCIA. 
 
Chama-se regência à relação estabelecida, na 
oração, entre um termo regente e um termo 
regido. O termo regente depende do termo 
regido, uma vez que o seu sentido permanece 
incompleto sem a presença do termo regido. 
De acordo com a natureza do termo regente, a 
regência pode ser classificada de regência 
verbal ou regência nominal. Conforme o nome 
indica, na regência verbal o termo regente é um 
verbo e na regência nominal o termo regente é 
um nome. 
Regência verbal: 
Termo regente: verbo 
Termos regidos: objeto direto e objeto indireto 
Regência nominal: 
Termo regente: nome 
Termo regido: complemento nominal 
Regência verbal 
Na regência verbal, se o verbo regente for 
transitivo direto, terá como termo regido um 
objeto direto (não preposicionado). Se o verbo 
regente for transitivo indireto, terá como termo 
regido um objeto indireto (preposicionado). 
Exemplos de regência verbal não 
preposicionada 
Leu o livro. 
Comeu a sobremesa. 
Bebeu o refrigerante. 
Ouviu a notícia. 
Estudou a lição. 
Fez o recheio. 
Exemplos de regência verbal 
preposicionada 
Procedeu à construção de um novo prédio. 
Pagou ao funcionário. 
Desobedeceu aos pais. 
Apoiou-se na parede. 
Apaixonou-se por seu primo. 
Meditou sobre o assunto. 
20 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Quando a regência verbal é estabelecida através 
de uma preposição, as mais utilizadas são: a, 
de, com, em, para, por, sobre. 
agradar a; 
obedecer a; 
assistir a; 
visar a; 
lembrar-se de; 
simpatizar com; 
comparecer em; 
convocar para; 
trocar por; 
alertar sobre; 
... 
Regência nominal 
Na regência nominal, o nome que atua como 
termo regente pode ser um substantivo, um 
adjetivo ou um advérbio. Já o complemento 
nominal, que atua como termo regido, pode ser 
um substantivo, um pronome ou um numeral. 
Exemplos de regência nominal 
acessível a todos; 
diferente de mim; 
amoroso com ambos; 
perito em criminologia; 
mau para a saúde; 
ansioso por férias. 
A regência nominal é estabelecida através de 
uma preposição, sendo a, de, com, em, para, 
por as preposições mais utilizadas: 
inerente a; 
idêntico a; 
livre de; 
seguro de; 
descontente com; 
interesse em; 
pronto para; 
respeito por; 
... 
ANÁLISE SINTÁTICA ESTUDO DAS 
CLASSES GRAMATICAIS 
(INCLUINDO CLASSIFICAÇÃO E 
FLEXÃO): ARTIGO, ADJETIVO, 
NUMERAL, PRONOME, VERBO, 
ADVÉRBIO, CONJUNÇÃO, 
PREPOSIÇÃO, INTERJEIÇÃO, 
CONECTIVOS. 
Segundo um estudo morfológico da língua 
portuguesa, as palavras podem ser analisadas e 
catalogadas em dez classes de 
palavras ou classes gramaticais distintas, 
sendo elas: substantivo, artigo, adjetivo, 
pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, 
conjunção e interjeição. 
Substantivo 
Substantivos são palavras que nomeiam seres, 
lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre 
outros. Podem ser flexionados em gênero 
(masculino e feminino), número (singular e 
plural) e grau (diminutivo, normal, 
aumentativo). Exercem sempre a função de 
núcleo das funções sintáticas onde estão 
inseridos (sujeito, objeto direto, objeto indireto 
e agente da passiva). 
Substantivos simples 
casa; 
amor; 
21 
 
EDITORA MONTCURSOS 
roupa; 
livro; 
felicidade. 
Substantivos compostos 
passatempo; 
arco-íris; 
beija-flor; 
segunda-feira; 
malmequer. 
Substantivos primitivos 
folha; 
chuva; 
algodão; 
pedra; 
quilo. 
Substantivos derivados 
território; 
chuvada; 
jardinagem; 
açucareiro; 
livraria. 
Substantivos próprios 
Flávia; 
Brasil; 
Carnaval; 
Nilo; 
Serra da Mantiqueira. 
Substantivos comuns 
mãe; 
computador; 
papagaio; 
uva; 
planeta. 
Substantivos coletivos 
rebanho; 
cardume; 
pomar; 
arquipélago; 
constelação. 
Substantivos concretos 
mesa; 
cachorro; 
samambaia; 
chuva; 
Felipe. 
Substantivos abstratos 
beleza; 
pobreza; 
crescimento; 
amor; 
calor. 
Substantivos comuns de dois gêneros 
o estudante / a estudante; 
o jovem / a jovem; 
o artista / a artista. 
Substantivos sobrecomuns 
22 
 
EDITORA MONTCURSOS 
a vítima; 
a pessoa; 
a criança; 
o gênio; 
o indivíduo. 
Substantivos epicenos 
a formiga; 
o crocodilo; 
a mosca; 
a baleia; 
o besouro. 
Substantivos de dois números 
o lápis / os lápis; 
o tórax / os tórax; 
a práxis / as práxis. 
Artigo 
Artigos são palavras que antecedem os 
substantivos, determinando a definição ou a 
indefinição dos mesmos. Sendo flexionados em 
gênero (masculino e feminino) e número 
(singular e plural), indicam também o gênero e 
o número dos substantivos que determinam. 
Artigos definidos 
o; 
a; 
os; 
as. 
Artigos indefinidos 
um; 
uma; 
uns; 
umas. 
Adjetivo 
Adjetivos são palavras que caracterizam um 
substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, 
característica, aspecto ou estado. Podem ser 
flexionados em gênero (masculino e feminino), 
número (singular e plural) e grau (normal, 
comparativo, superlativo). 
Adjetivos simples 
vermelha; 
lindo; 
zangada; 
branco. 
Adjetivos compostos 
verde-escuro; 
amarelo-canário; 
franco-brasileiro; 
mal-educado. 
Adjetivo primitivo 
feliz; 
bom; 
azul; 
triste; 
grande. 
Adjetivo derivado 
magrelo; 
avermelhado; 
apaixonado. 
Adjetivos biformes 
23 
 
EDITORA MONTCURSOS 
bonito; 
alta; 
rápido; 
amarelas; 
simpática. 
Adjetivos uniformes 
competente; 
fácil; 
verdes; 
veloz; 
comum. 
Adjetivos pátrios 
paulista; 
cearense; 
brasileiro; 
italiano; 
romeno. 
Pronome 
Pronomes são palavras que substituem o 
substantivo numa frase (pronomes 
substantivos) ou que acompanham, determinam 
e modificam os substantivos, atribuindo 
particularidades e características aos mesmos 
(pronomes adjetivos). Podem ser flexionados 
em gênero (masculino e feminino), número 
(singular e plural) e pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª 
pessoa do discurso). 
Pronomes pessoais retos 
eu; 
tu; 
ele; 
nós; 
vós; 
eles. 
Pronomes pessoais oblíquos 
me; 
mim; 
comigo; 
o; 
a; 
se; 
conosco; 
vos. 
Pronomes pessoais de tratamento 
você; 
senhor; 
Vossa Excelência; 
Vossa Eminência. 
Pronomes possessivos 
meu; 
tua; 
seus; 
nossas; 
vosso; 
sua. 
Pronomes demonstrativos 
este; 
essa; 
aquilo; 
24 
 
EDITORA MONTCURSOS 
o; 
a; 
tal. 
Pronomes interrogativos 
que; 
quem; 
qual; 
quanto. 
Pronomes relativos 
que; 
quem; 
onde; 
a qual; 
cujo; 
quantas. 
Pronomes indefinidos 
algum; 
nenhuma; 
todos; 
muitas; 
nada; 
algo. 
Numeral 
Numerais são palavras que indicam quantidades 
de pessoas ou coisas, bem como a ordenação 
de elementos numa série. Alguns numerais 
podem ser flexionados em gênero (masculino e 
feminino) e número (singular e plural), outros 
são invariáveis. 
Numerais cardinais 
um; 
sete; 
vinte e oito; 
cento e noventa; 
mil. 
Numerais ordinais 
primeiro; 
vigésimo segundo; 
nonagésimo; 
milésimo. 
Numerais multiplicativo 
duplo; 
triplo; 
quádruplo; 
quíntuplo. 
Numerais fracionários 
um meio; 
um terço; 
três décimos. 
Numerais coletivos 
dúzia; 
cento; 
dezena; 
quinzena. 
Verbo 
Verbos são palavras que indicam, 
principalmente, uma ação. Podem indicar 
também uma ocorrência, um estado ou um 
fenômeno. Podemser flexionados em número 
(singular e plural), pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª 
25 
 
EDITORA MONTCURSOS 
pessoa do discurso), modo (indicativo, 
subjuntivo e imperativo), tempo (passado, 
presente e futuro), aspecto (incoativo, cursivo e 
conclusivo) e voz (ativa, passiva e reflexiva). 
Verbos regulares 
cantar; 
amar; 
vender; 
prender; 
partir; 
abrir. 
Verbos irregulares 
medir; 
fazer; 
ouvir; 
haver; 
poder; 
crer. 
Verbos anômalos 
ser; 
ir. 
Verbos principais 
comer; 
dançar; 
saltar; 
escorregar; 
sorrir; 
rir. 
Verbos auxiliares 
ser; 
estar; 
ter; 
haver; 
ir. 
Verbos de ligação 
ser; 
estar; 
parecer; 
ficar; 
tornar-se; 
continuar; 
andar; 
permanecer. 
Verbos defectivos 
falir; 
banir; 
reaver; 
colorir; 
demolir; 
adequar. 
Verbos impessoais 
haver; 
fazer; 
chover; 
nevar; 
ventar; 
anoitecer; 
26 
 
EDITORA MONTCURSOS 
escurecer. 
Verbos unipessoais 
latir; 
miar; 
cacarejar; 
mugir; 
convir; 
custar; 
acontecer. 
Verbos abundantes 
aceitado / aceito; 
ganhado / ganho; 
pagado / pago. 
Verbos pronominais essenciais 
arrepender-se; 
suicidar-se; 
zangar-se; 
queixar-se; 
abster-se; 
dignar-se. 
Verbos pronominais acidentais 
pentear / pentear-se; 
sentar / sentar-se; 
enganar / enganar-se 
debater / debater-se. 
Advérbio 
Advérbios são palavras que modificam um 
verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando 
uma circunstância (tempo, lugar, modo, 
intensidade,…). São invariáveis, não sendo 
flexionadas em gênero e número. Contudo, 
alguns advérbios podem ser flexionados em 
grau. 
Advérbio de lugar 
aqui; 
ali; 
atrás; 
longe; 
perto; 
embaixo. 
Advérbio de tempo 
hoje; 
amanhã; 
nunca; 
cedo; 
tarde; 
antes. 
Advérbio de modo 
bem; 
mal; 
rapidamente; 
devagar; 
calmamente; 
pior. 
Advérbio de afirmação 
sim; 
certamente; 
certo; 
27 
 
EDITORA MONTCURSOS 
decididamente. 
Advérbio de negação 
não; 
nunca; 
jamais; 
nem; 
tampouco. 
Advérbio de dúvida 
talvez; 
quiçá; 
possivelmente; 
provavelmente; 
porventura. 
Advérbio de intensidade 
muito; 
pouco; 
tão; 
bastante; 
menos; 
quanto. 
Advérbio de exclusão 
salvo; 
senão; 
somente; 
só; 
unicamente; 
apenas. 
Advérbio de inclusão 
inclusivamente; 
também; 
mesmo; 
ainda. 
Advérbio de ordem 
primeiramente; 
ultimamente; 
depois. 
Preposição 
Preposições são palavras que estabelecem 
conexões com vários sentidos entre dois termos 
da oração. Através de preposições, o segundo 
termo (termo consequente) explica o sentido do 
primeiro termo (termo antecedente). São 
invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e 
número. 
Preposições simples essenciais 
a; 
após; 
até; 
com; 
de; 
em; 
entre; 
para; 
sobre. 
Preposições simples acidentais 
como; 
conforme; 
consoante; 
durante; 
28 
 
EDITORA MONTCURSOS 
exceto; 
fora; 
mediante; 
salvo; 
segundo; 
senão. 
Preposições compostas ou locuções 
prepositivas 
acima de; 
a fim de; 
apesar de; 
através de; 
de acordo com; 
depois de; 
em vez de; 
graças a; 
perto de; 
por causa de. 
Conjunção 
Conjunções são palavras utilizadas como 
elementos de ligação entre duas orações ou 
entre termos de uma mesma oração, 
estabelecendo relações de coordenação ou de 
subordinação. São invariáveis, não sendo 
flexionadas em gênero e número. 
Conjunções coordenativas aditivas 
e; 
nem; 
também; 
bem como; 
não só...mas também. 
Conjunções coordenativas adversativas 
mas; 
porém; 
contudo; 
todavia; 
entretanto; 
no entanto; 
não obstante. 
Conjunções coordenativas alternativas 
ou; 
ou...ou; 
já…já; 
ora...ora; 
quer...quer; 
seja...seja. 
Conjunções coordenativas conclusivas 
logo; 
pois; 
portanto; 
assim; 
por isso; 
por consequência; 
por conseguinte. 
Conjunções coordenativas explicativas 
que; 
porque; 
porquanto; 
pois; 
29 
 
EDITORA MONTCURSOS 
isto é. 
Conjunções subordinativas integrantes 
que; 
se. 
Conjunções subordinativas adverbiais 
causais 
porque; 
que; 
porquanto; 
 visto que; 
uma vez que; 
já que; 
pois que; 
como. 
Conjunções subordinativas adverbiais 
concessivas 
embora; 
conquanto; 
ainda que; 
mesmo que; 
se bem que; 
posto que. 
Conjunções subordinativas adverbiais 
condicionais 
se; 
caso; 
desde; 
salvo se; 
desde que; 
exceto se; 
contando que. 
Conjunções subordinativas adverbiais 
conformativas 
conforme; 
como; 
consoante; 
segundo. 
Conjunções subordinativas adverbiais 
finais 
a fim de que; 
para que; 
que. 
Conjunções subordinativas adverbiais 
proporcionais 
à proporção que; 
à medida que; 
ao passo que; 
quanto mais… mais,… 
Conjunções subordinativas adverbiais 
temporais 
quando; 
enquanto; 
agora que; 
logo que; 
desde que; 
assim que; 
tanto que; 
apenas. 
30 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Conjunções subordinativas adverbiais 
comparativas 
como; 
assim como; 
tal; 
qual; 
tanto como. 
Conjunções subordinativas adverbiais 
consecutivas 
que; 
tanto que; 
tão que; 
tal que; 
tamanho que; 
de forma que; 
de modo que; 
de sorte que; 
de tal forma que. 
Interjeição 
Interjeições são palavras que exprimem 
emoções, sensações, estados de espírito. São 
invariáveis e seu significado fica dependente da 
forma como as mesmas são pronunciadas pelos 
interlocutores. 
Interjeições de alegria 
Oh!; 
Ah!; 
Oba!; 
Viva!; 
Opa!. 
Interjeições de estímulo 
Vamos!; 
Força!; 
Coragem!; 
Ânimo!; 
Adiante!. 
Interjeições de aprovação 
Apoiado!; 
Boa!; 
Bravo!. 
Interjeições de desejo 
Oh!; 
Tomara!; 
Oxalá!. 
Interjeições de dor 
Ai!; 
Ui!; 
Ah!; 
Oh!. 
Interjeições de surpresa 
Nossa!; 
Cruz!; 
Caramba!; 
Opa!; 
Virgem!; 
Vixe!. 
Interjeições de impaciência 
Diabo!; 
Puxa!; 
31 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Pô!; 
Raios!; 
Ora!. 
Interjeições de silêncio 
Psiu!; 
Silêncio!. 
Interjeições de alívio 
Uf!; 
Ufa!; 
Ah!. 
Interjeições de medo 
Credo!; 
Cruzes!; 
Uh!; 
Ui!. 
Interjeições de advertência 
Cuidado!; 
Atenção!; 
Olha!; 
Alerta!; 
Sentido!. 
Interjeições de concordância 
Claro!; 
Tá!; 
Hã-hã!. 
Interjeições de desaprovação 
Credo!; 
Francamente!; 
Xi!; 
Chega!; 
Basta!; 
Ora!. 
Interjeições de incredulidade 
Hum!; 
Epa!; 
Ora!; 
Qual!. 
Interjeições de socorro 
Socorro!; 
Aqui!; 
Piedade!; 
Ajuda!. 
Interjeições de cumprimentos 
Olá!; 
Alô!; 
Ei!; 
Tchau!; 
Adeus!. 
Interjeições de afastamento 
Rua!; 
Xô!; 
Fora!; 
Passa!. 
Conectivos são conjunções que ligam as 
orações, estabelecem a conexão entre as 
orações nos períodos compostos e também 
as preposições, que ligam um vocábulo a outro. 
https://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
32 
 
EDITORA MONTCURSOS 
O período composto é formado de duas ou mais 
orações. Quando essas orações são 
independentes umas das outras, chamamos de 
período composto por coordenação. Essas 
orações podem estar justapostas (sem 
conectivos) ou ligadas por conjunções (= 
conectivos). 
CONECTIVOS coordenativos são as 
seguintes conjunções coordenadas: ADITIVAS 
(adicionam, acrescentam): e, nem (e 
não),também, que; e as locuções: mas 
também, senão também, como também... 
Ela estuda e trabalha. 
ADVERSATIVAS (oposição, contraste): mas, 
porém, todavia, contudo, entretanto, senão, 
que. Também as locuções: no entanto, não 
obstante, ainda assim, apesar disso. 
Ela estuda, no entanto não trabalha. 
ALTERNATIVAS (alternância): ou. Também as 
locuções ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer... 
Ou ela estuda ou trabalha. 
CONCLUSIVAS (sentido de conclusão em 
relação à oração anterior): logo, portanto, pois 
(posposto ao verbo).Também as locuções: por 
isso, por conseguinte, pelo que... 
Ela estudou com dedicação, logo deverá ser 
aprovada. 
EXPLICATIVAS (justificam a proposição da 
oração anterior): que, porque, porquanto... 
Vamos estudar, que as provas começam 
amanhã. 
Quando as orações dependem sintaticamenteumas das outras, chamamos período composto 
por subordinação. Esses períodos compõem-se 
de uma ou mais orações principais e uma ou 
mais orações subordinadas. 
CONECTIVOS subordinativos são as seguintes 
conjunções e locuções subordinadas: 
CAUSAIS (iniciam a oração subordinada 
denotando causa.): que, como, pois, porque, 
porquanto. Também as locuções: por isso que, 
pois que, já que, visto que... 
Ela deverá ser aprovada, pois estudou com 
dedicação. 
COMPARATIVAS (estabelecem comparação): 
que, do que (depois de mais, maior, melhor ou 
menos, menor, pior), como...Também as 
locuções: tão...como, tanto...como, mais...do 
que, menos...do que, assim como, bem como, 
que nem... 
Ela é mais estudiosa do que a maioria dos 
alunos. 
CONCESSIVAS (iniciam oração que contraria a 
oração principal, sem impedir a ação 
declarada): que, embora, conquanto. Também 
as locuções: ainda que, mesmo que, bem que, 
se bem que, nem que, apesar de que, por mais 
que, por menos que... 
Ela não foi aprovada, embora tenha estudado 
com dedicação. 
CONDICIONAIS (indicam condição): se, caso. 
Também as locuções: contanto que, desde que, 
dado que, a menos que, a não ser que, exceto 
se... 
Ela pode ser aprovada, se estudar com 
dedicação. 
Finais (indicam finalidade): As locuções para 
que, a fim de que, por que... 
É necessário estudar com dedicação,para que se 
obtenha aprovação. 
TEMPORAIS (indicam circunstância de tempo): 
quando, apenas, enquanto...Também as 
locuções: antes que, depois que, logo que, 
assim que, desde que, sempre que... 
Ela deixou de estudar com dedicação,quando foi 
aprovada. 
CONSECUTIVAS (indicam conseqüência): que 
(precedido de tão, tanto, tal) e também as 
locuções: de modo que, de forma que, de sorte 
que, de maneira que... 
Ela estudava tanto, que pouco tempo tinha para 
dedicar-se à família. 
INTEGRANTES (introduzem uma oração):se, 
que. 
https://www.infoescola.com/portugues/conjuncao-coordenativa/
33 
 
EDITORA MONTCURSOS 
Ela sabe que é importante estudar com 
dedicação 
FORMAS VARIANTES EMPREGO DAS 
PALAVRAS. 
São chamadas de formas 
variantes ou formas gráficas variantes as 
palavras que apresentam mais do que uma 
grafia correta, sem que haja alteração no 
sentido. 
Apesar de haver sempre uma forma 
preferencial, mais socialmente aceita e mais 
usada pelos falantes, todas as formas são 
corretas e podem ser usadas sem hesitação. 
Exemplos de formas variantes 
abdome e abdômen; 
afeminado e efeminado; 
aluguel e aluguer; 
amídala e amígdala; 
aquarela e aguarela; 
arrebentar e rebentar; 
assobiar e assoviar; 
assoprar e soprar; 
azálea e azaleia; 
bêbado e bêbedo; 
bilhão e bilião; 
cãibra e câimbra; 
câmera e câmara; 
caminhão e camião; 
carroçaria e carroceria; 
catorze e quatorze; 
catucar e cutucar; 
chipanzé e chimpanzé; 
cobarde e covarde; 
cociente e quociente; 
contato e contacto; 
cota e quota; 
cotidiano e quotidiano; 
debulhar e desbulhar; 
degelar e desgelar; 
delapidar e dilapidar; 
demonstrar e demostrar; 
descarrilhar ou descarrilar; 
dezenove e dezanove; 
dezesseis e dezasseis; 
dezessete e dezassete; 
diabete e diabetes; 
dourado e doirado; 
embaralhar e baralhar; 
enfarte e infarto; 
entonação e entoação; 
entretenimento e entretimento; 
espargos e aspargos; 
estalar e estralar; 
este e leste; 
geringonça e gerigonça; 
germe e gérmen; 
hidrelétrico e hidroelétrico; 
homilia e homília; 
imundícia, imundície e imundice; 
intrincado e intricado; 
34 
 
EDITORA MONTCURSOS 
louça e loiça; 
louro e loiro; 
maquiagem e maquilagem; 
marimbondo e maribondo; 
mobiliar, mobilhar e mobilar; 
neblina e nebrina; 
nenê e neném; 
percentagem e porcentagem; 
projétil e projetil; 
rastro e rasto; 
registro e registo; 
relampear e relampejar; 
remoinho e redemoinho; 
selvageria e selvajaria; 
sobressalente e sobresselente; 
súdito e súbdito; 
surrupiar e surripiar; 
taberna e taverna; 
terremoto e terramoto; 
tesouro e tesoiro; 
tríade e tríada; 
xérox e xerox. 
ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO. 
 
ORTOGRAFIA 
Ao escrever uma palavra com som de s, de z, 
de x ou de j, deve-se procurar a origem dela, 
pois, na Língua Portuguesa, a palavra primitiva, 
em muitos casos, indica como deveremos 
escrever a palavra derivada. 
Ç 
01) Escreveremos com -ção as palavras 
derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, 
-tivo e os substantivos formados pela 
posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema 
é o que sobra, quando se retira a desinência de 
infinitivo - r - do verbo). 
Portanto deve-se procurar a origem da palavra 
terminada em -ção. Por exemplo: Donde 
provém a palavra conjunção? Resposta: provém 
de conjunto. Por isso, escrevemo-la com ç. 
Exemplos: 
• erudito = erudição 
• exceto = exceção 
• setor = seção 
• intuitivo = intuição 
• redator = redação 
• ereto = ereção 
• educar - r + ção = educação 
• exportar - r + ção = exportação 
• repartir - r + ção = repartição 
 
02) Escreveremos com -tenção os substantivos 
correspondentes aos verbos derivados do verbo 
ter. 
Exemplos: 
• manter = manutenção 
• reter = retenção 
• deter = detenção 
• conter = contenção 
03) Escreveremos com -çar os verbos derivados 
de substantivos terminados em -ce. 
Exemplos: 
• alcance = alcançar 
• lance = lançar 
35 
 
EDITORA MONTCURSOS 
S 
01) Escreveremos com -s- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -nder e -
ndir 
Exemplos: 
• pretender = pretensão 
• defender = defesa, defensivo 
• despender = despesa 
• compreender = compreensão 
• fundir = fusão 
• expandir = expansão 
02) Escreveremos com -s- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -erter, -
ertir e -ergir. 
Exemplos: 
• perverter = perversão 
• converter = conversão 
• reverter = reversão 
• divertir = diversão 
• aspergir = aspersão 
• imergir = imersão 
03) Escreveremos -puls- nas palavras derivadas 
de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas 
palavras derivadas de verbos terminados em -
correr. 
Exemplos: 
• expelir = expulsão 
• impelir = impulso 
• compelir = compulsório 
• concorrer = concurso 
• discorrer = discurso 
• percorrer = percurso 
04) Escreveremos com -s- todas as palavras 
terminadas em -oso e -osa, com exceção de 
gozo. 
Exemplos: 
• gostosa 
• glamorosa 
• saboroso 
• horroroso 
05) Escreveremos com -s- todas as palavras 
terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com 
exceção de gaze e deslize. 
Exemplos: 
• fase 
• crase 
• tese 
• osmose 
06) Escreveremos com -s- as palavras 
femininas terminadas em -isa. 
Exemplos: 
• poetisa 
• profetisa 
• Heloísa 
• Marisa 
07) Escreveremos com -s- toda a conjugação 
dos verbos pôr, querer e usar. 
Exemplos: 
• Eu pus 
• Ele quis 
• Nós usamos 
• Eles quiseram 
• Quando nós quisermos 
• Se eles usassem 
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Ç ou S? 
Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando 
houver som de s, e escreveremos com -s-, 
quando houver som de z. 
Exemplos: 
• eleição 
• traição 
• Neusa 
• coisa 
S ou Z? 
01 a) Escreveremos com -s- as palavras 
terminadas em -ês e -esa que indicarem 
nacionalidades, títulos ou nomes próprios. 
Exemplos: 
• português 
• norueguesa 
• marquês 
• duquesa 
• Inês 
• Teresa 
b) Escreveremos com -z- as palavras 
terminadas em -ez e -eza, substantivos 
abstratos que provêm de adjetivos, ou seja, 
palavras que indicam a existência de uma 
qualidade. 
Exemplos: 
• embriaguez 
• limpeza 
• lucidez 
• nobreza 
• acidez 
• pobreza 
02 a) Escreveremos com -s- os verbos 
terminados em -isar, quando a palavra primitiva 
já possuir o -s-. 
Exemplos: 
• análise = analisar 
• pesquisa = pesquisar 
• paralisia = paralisar 
b) Escreveremos com -z- os verbos terminados 
em -izar, quando a palavra primitiva não 
possuir -s-. 
Exemplos: 
• economia = economizar 
• terror = aterrorizar 
• frágil = fragilizar 
Cuidado: 
• catequese= catequizar 
• síntese = sintetizar 
• hipnose = hipnotizar 
• batismo = batizar 
03 a) Escreveremos com -s- os diminutivos 
terminados em -sinho e -sito, quando a palavra 
primitiva já possuir o -s- no final do radical. 
Exemplos: 
• casinha 
• asinha 
• portuguesinho 
• camponesinha 
• Teresinha 
• Inesita 
b) Escreveremos com -z- os diminutivos 
terminados em -zinho e -zito, quando a palavra 
primitiva não possuir -s- no final do radical. 
Exemplos: 
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• mulherzinha 
• arvorezinha 
• alemãozinho 
• aviãozinho 
• pincelzinho 
• corzinha 
SS 
01) Escreveremos com -cess- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -ceder. 
Exemplos: 
• anteceder = antecessor 
• exceder = excesso 
• conceder = concessão 
02) Escreveremos com -press- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -primir. 
Exemplos: 
• imprimir = impressão 
• comprimir = compressa 
• deprimir = depressivo 
03) Escreveremos com -gress- as palavras 
derivadas de verbos terminados em -gredir. 
Exemplos: 
• agredir = agressão 
• progredir = progresso 
• transgredir = transgressor 
04) Escreveremos com -miss- ou -mess- as 
palavras derivadas de verbos terminados em -
meter. 
Exemplos: 
• comprometer = compromisso 
• intrometer = intromissão 
• prometer = promessa 
• remeter = remessa 
 
ÇS ou SS 
Em relação ao verbos terminados em -tir, 
teremos: 
01) Escreveremos com -ção, se apenas 
retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos 
verbos terminados em -tir. 
Exemplo: 
• curtir - r + ção = curtição 
02) Escreveremos com -são, quando, ao 
retirarmos toda a terminação -tir, a última letra 
for consoante. 
Exemplo: 
• divertir - tir + são = diversão 
03) Escreveremos com -ssão, quando, ao 
retirarmos toda a terminação -tir, a última letra 
for vogal. 
Exemplo: 
• discutir - tir + ssão = discussão 
J 
01) Escreveremos com -j- as palavras derivadas 
dos verbos terminados em -jar. 
Exemplos: 
• trajar = traje, eu trajei. 
• encorajar = que eles encorajem 
• viajar = que eles viajem 
02) Escreveremos com -j- as palavras derivadas 
de vocábulos terminados em -ja. 
Exemplos: 
• loja = lojista 
• gorja = gorjeta 
• canja = canjica 
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03) Escreveremos com -j- as palavras de 
origem tupi, africana ou popular. 
Exemplos: 
• jeca 
• jibóia 
• jiló 
• pajé 
G 
01) Escreveremos com -g- todas as palavras 
terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. 
Exemplos: 
• pedágio 
• colégio 
• sacrilégio 
• prestígio 
• relógio 
• refúgio 
02) Escreveremos com -g- todas as palavras 
terminadas em -gem, com exceção de pajem, 
lambujem e a conjugação dos verbos 
terminados em -jar. 
Exemplos: 
• a viagem 
• a coragem 
• a personagem 
• a vernissagem 
• a ferrugem 
• a penugem 
X 
01) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas 
por mex-, com exceção de mecha. 
Exemplos: 
• mexilhão 
• mexer 
• mexerica 
• México 
• mexerico 
• mexido 
02) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas 
por enx-, com exceção das derivadas de 
vocábulos iniciados por ch- e da palavra 
enchova. 
Exemplos: 
• enxada 
• enxerto 
• enxerido 
• enxurrada 
mas: 
• cheio = encher, enchente 
• charco = encharcar 
• chiqueiro = enchiqueirar 
03) Escreveremos -x- após ditongo, com 
exceção de recauchutar e guache. 
Exemplos: 
• ameixa 
• deixar 
• queixa 
• feixe 
• peixe 
• gueixa 
UIR e OER 
Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª 
e 3ª pessoas do singular do Presente do 
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Indicativo escritas com -i-. 
Exemplos: 
• tu possuis 
• ele possui 
• tu constróis 
• ele constrói 
• tu móis 
• ele mói 
• tu róis 
• ele rói 
UAR e OAR 
Os verbos terminados em -uar e -oar terão 
todas as pessoas do Presente do Subjuntivo 
escritasom -e-. 
Exemplos: 
• Que eu efetue 
• Que tu efetues 
• Que ele atenue 
• Que nós atenuemos 
• Que vós entoeis 
• Que eles entoem 
ACENTUAÇÃO 
A acentuação gráfica é feita através de sinais 
diacríticos que, sobrepostos às vogais, indicam 
a pronúncia correta das palavras no que 
respeita à sílaba tônica e no que respeita à 
modulação aberta ou fechada das vogais. 
Os sinais diacríticos, que englobam os acentos 
gráficos e os sinais gráficos auxiliares, permitem 
a correta representação da linguagem falada na 
linguagem escrita, possibilitando também uma 
mais fácil leitura e compreensão do conteúdo 
escrito. 
Regras de acentuação das palavras oxítonas 
As palavras são oxítonas quando a última sílaba 
da palavra é a sílaba tônica, como: jacaré, cipó, 
cantar, anzol,… 
São naturalmente oxítonas as palavras 
terminadas em -r, -l, -z, -x, -i, -u, -im, -um e -
om, não necessitando de acentuação gráfica. 
Palavras oxítonas acentuadas graficamente 
Oxítonas terminadas em vogais tônicas: 
sofá; 
dominó; 
purê; 
crochê; 
… 
Oxítonas terminadas no ditongo nasal -em 
ou -ens: 
mantém; 
porém; 
também; 
harém; 
… 
Oxítonas terminadas nos ditongos abertos 
-ói, -éu, -éi: 
chapéu; 
papéis; 
heróis; 
corrói; 
… 
Regras de acentuação das palavras paroxítonas 
As palavras são paroxítonas quando a penúltima 
sílaba da palavra é a sílaba tônica, como: 
adorável, órgão, perfume, mesa,… 
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EDITORA MONTCURSOS 
As palavras paroxítonas não são geralmente 
acentuadas e representam a maioria das 
palavras da língua portuguesa. 
Palavras paroxítonas acentuadas 
graficamente 
Paroxítonas terminadas em -r: 
ímpar; 
cadáver; 
caráter; 
… 
Paroxítonas terminadas em -l: 
fóssil; 
réptil; 
têxtil; 
… 
Paroxítonas terminadas em -n: 
hífen; 
éden; 
dólmen; 
… 
Paroxítonas terminadas em -x: 
córtex; 
tórax; 
fênix; 
… 
Paroxítonas terminadas em -ps: 
bíceps; 
fórceps; 
… 
Paroxítonas terminadas em -ã, -ãs, -ão, -
ãos: 
órfã; 
órgão; 
sótão; 
… 
Paroxítonas terminadas em -um, -uns, -
om, -ons: 
álbum; 
fórum; 
prótons; 
… 
Paroxítonas terminadas em -us: 
vírus; 
húmus; 
bônus; 
… 
Paroxítonas terminadas em -i, -is: 
júri; 
íris; 
tênis; 
… 
Paroxítonas terminadas em -ei, -eis: 
jóquei; 
hóquei; 
fizésseis; 
… 
Acentuação das paroxítonas e o Novo Acordo 
Ortográfico 
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EDITORA MONTCURSOS 
Com a entrada em vigor do atual acordo 
ortográfico, alguns acentos foram abolidos nas 
palavras paroxítonas: 
acento agudo nos ditongos abertos oi e ei; 
acento agudo na vogal i e na vogal u quando 
precedidas de ditongos; 
acento circunflexo nos ditongos oo e ee. 
Escrita depois do acordo ortográfico 
Palavras com oi: 
jiboia (antes: jibóia); 
boia (antes: bóia); 
paranoia (antes: paranóia); 
heroico (antes: heróico); 
joia (antes: jóia); 
… 
Palavras com ei: 
ideia (antes: idéia); 
europeia (antes: européia); 
alcateia (antes: alcatéia); 
geleia (antes: geléia); 
plateia (antes: platéia); 
… 
Palavras com i ou u: 
baiuca (antes: baiúca); 
feiura (antes: feiúra); 
… 
Palavras com oo: 
abençoo (antes: abençôo); 
perdoo (antes: perdoo); 
voo (antes: vôo); 
magoo (antes: magôo); 
enjoo (antes: enjôo); 
... 
Palavras com ee: 
eles deem (antes: eles dêem); 
eles creem (antes: eles crêem); 
eles leem (antes: eles lêem); 
eles veem (antes: eles vêem); 
… 
Regra de acentuação das palavras 
proparoxítonas 
As palavras são proparoxítonas quando a 
antepenúltima sílaba da palavra é a sílaba 
tônica, como: pássaro, 
cantássemos, gráfico, pêssego,… 
Todas as palavras proparoxítonas são 
acentuadas graficamente. 
Acento diferencial 
Com a entrada do Novo Acordo Ortográfico, 
alguns acentos diferenciais foram abolidos, 
outros se mantiveram inalterados. 
O acento foi abolido nas palavras pára, pólo, 
pêlo e pêra, ficando para, polo, pelo e pera. 
Exemplos: 
Para onde ele foi? 
Para de fazer isso, por favor! 
O acento mantém-se nas palavras pôr, pôde, 
têm e vêm, diferenciando as mesmas de por, 
pode, tem e vem. 
Exemplos: 
Você vai pôr a caixa aqui? 
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Por onde ele foi? 
Acentos

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