Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 EDITORA MONTCURSOS LÍNGUA PORTUGUESA LÍNGUA E LINGUAGEM. A comunicação se dá das mais variadas formas, seja por sinais, códigos linguísticos, escrita e oralidade. Utilizamos da nossa língua, linguagem ou fala para passarmos informação, contudo, às vezes nos confundimos ao tentar entender a diferença e os conceitos, por isso, é importante estudá-los para que possamos compreender o funcionamento de cada um e sua contribuição para a nossa comunicação diária. Linguagem Podemos conceituar como linguagem uma capacidade restrita aos seres humanos de expressar sentimentos, sensações, transmitir informações, opiniões ou mesmo expressar desejos, proporcionando a troca de dados entre pessoas de diferentes tradições e localidades. A linguagem em si define-se em dois tipos: a linguagem verbal, que se caracteriza de forma oral ou escrita, com a utilização de códigos que servem para facilitar a comunicação entre os homens; e a linguagem não verbal, que se define por símbolos ou sinais em forma de desenhos e figuras que servem como ponte para a comunicação sem o uso de palavras. Neste caso, temos os usos da linguagem escrita e linguagem de símbolos, ambas comuns ao nosso convívio e cotidiano, por isso é possível que reconheçamos informações através de placas de trânsito, por exemplo. Língua A língua, por sua vez, consiste num conjunto específico de códigos e palavras diversas, usados sob regras e leis de combinação que, na verdade, é o que permite que a mensagem seja passada de maneira compreensível. É muito provável que a mensagem não seja compreendida totalmente caso seja passada de forma incomum às regras previamente estabelecidas. É como escrever uma frase onde as palavras estão fora de ordem e esperar que a outra pessoa entenda exatamente o que se quis dizer. Podemos citar como exemplo básico de língua os diversos tipos de línguas faladas ao redor do mundo, como a língua portuguesa, língua inglesa, russa, chinesa e assim por diante. Fala Já a fala é individual, sendo a forma como um indivíduo se comunica de maneira oral, fazendo uso da linguagem verbal. É bastante comum que ela seja afetada por costumes locais, vícios de linguagem relacionados ao ambiente que a pessoa frequenta e as pessoas ao seu redor, ao tipo de linguagem que estas usam para se comunicar. Nossa fala passa por um processo de construção ao longo da nossa vida e nela colocamos aspectos do nosso pessoal e de nossas experiências, por isso, a fala pode distinguir-se bruscamente de um indivíduo a outro. NORMA CULTA E VARIEDADES LINGUÍSTICAS. A língua portuguesa encontra-se em constante alteração, evolução e atualização, não sendo um sistema estático e fechado. O uso faz a regra e os falantes usam a língua de modo a suprir suas necessidades comunicativas, adaptando-a conforme suas intenções e necessidades. Sendo uma sociedade complexa, formada por diferentes grupos sociais, com diferentes hábitos linguísticos e diferentes graus de escolarização, ocorrem variações na língua, principalmente de caráter local, temporal e social. Nem todas as variações linguísticas usufruem do mesmo prestígio, sendo algumas consideradas menos cultas. Contudo, todas as variações devem ser encaradas como fator de 2 EDITORA MONTCURSOS enriquecimento e cultura e não como erros ou desvios. Tipos de variação As variações linguísticas ocorrem principalmente nos âmbitos geográficos, temporais e sociais. Variações regionais (diatópicas ou geográficas) São variações que ocorrem de acordo com o local onde vivem os falantes, sofrendo sua influência. Este tipo de variação ocorre porque diferentes regiões têm diferentes culturas, com diferentes hábitos, modos e tradições, estabelecendo assim diferentes estruturas linguísticas. Exemplos de variações regionais: Diferentes palavras para os mesmos conceitos; Diferentes sotaques, dialetos e falares; Reduções de palavras ou perdas de fonemas. Variações históricas (diacrônicas) São variações que ocorrem de acordo com as diferentes épocas vividas pelos falantes, sendo possível distinguir o português arcaico do português moderno, bem como diversas palavras que ficam em desuso. Exemplos de variações históricas: Expressões que caíram em desuso; Grafemas que caíram em desuso; Vocabulário típico de uma determinada faixa etária. Variações sociais (diastráticas) São variações que ocorrem de acordo com os hábitos e cultura de diferentes grupos sociais. Este tipo de variação ocorre porque diferentes grupos sociais possuem diferentes conhecimentos, modos de atuação e sistemas de comunicação. Exemplos de variações sociais: Gírias próprias de um grupo com interesse comum, como os skatistas. Jargões próprios de um grupo profissional, como os policiais. Variações situacionais (diafásicas) São variações que ocorrem de acordo com o contexto ou situação em que decorre o processo comunicativo. Há momentos em que é utilizado um registro formal e outros em que é utilizado um registro informal. Exemplos de variações situacionais: Linguagem formal, considerada mais prestigiada e culta, usada quando não há familiaridade entre os interlocutores da comunicação ou em situações que requerem uma maior seriedade. Linguagem informal, considerada menos prestigiada e culta, usada quando há familiaridade entre os interlocutores da comunicação ou em situações descontraídas. SEMÂNTICA E INTERAÇÃO A semântica, palavra derivada do grego, é o estudo do significado, do sentido e da interpretação do significado de uma palavra, signo, frase ou de uma expressão. Neste campo de estudo da Linguística, também são analisadas as mudanças de sentido que podem ocorrer nas formas linguísticas devido a alguns fatores, como, por exemplo, o tempo e o espaço geográfico. As atribuições da Semântica Na Língua Portuguesa, o significado das palavras leva em consideração os conceitos descritos a seguir: Sinonímia Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos. Exemplos: https://www.normaculta.com.br/linguagem-formal-e-informal/ https://www.normaculta.com.br/linguagem-formal-e-informal/ 3 EDITORA MONTCURSOS bondoso – caridoso; distante – afastado; cômico – engraçado. Antonímia Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados diferentes, contrários, ou seja, os antônimos. Exemplos: bondoso – maldoso; bom – ruim; economizar – gastar. Homonímia Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que, embora possuam significados diferentes, apresentam a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos. Os homônimos subdividem-se em palavras homógrafas, homófonas e perfeitas: Homógrafas: São as palavras iguais na escrita, porém diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) – gosto (1ª pessoa do singular do presente indicativo) / conserto (substantivo) – conserto (1ª pessoa do singular do presente indicativo); Homófonas – São as palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) – sela (verbo) / cessão (substantivo) – sessão (substantivo); Perfeitas: São as palavras iguais tanto na pronúncia como na escrita. Exemplos: cura (verbo) – cura (substantivo); cedo (verbo) – cedo (advérbio). Paronímia Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, porém são muito semelhantes na pronúncia e na escrita, ou seja, os parônimos. Exemplos: emigrar – imigrar; cavaleiro – cavalheiro; comprimento – cumprimento. Polissemia A polissemia caracteriza-se pela propriedade que uma mesma palavra possui de apresentar vários significados. Exemplos: Hidrate as suas mãos (parte do corpo humano) – Ele abriu mão dos seus direitos(desistir). Hiperônimo É uma palavra pertencente ao mesmo campo semântico de outra, mas com o sentido mais abrangente. Exemplo: A palavra “flor”, que está associada aos diversos tipos de flores, como rosa, violeta etc. Hipônimo O hipônimo é um vocábulo mais específico, possui o sentido mais restrito que os hiperônimos. Exemplo: “Observar”, “olhar”, “enxergar” são hipônimos de “ver”. Conotação e denotação Na conotação, a palavra é empregada com um significado diferente do original, criado pelo contexto, diferente do que está no dicionário da língua, utilizado no sentido figurado. Exemplo: Ela tem um coração de pedra! Já na denotação, a palavra é empregada em seu sentido original, com o significado que encontramos quando consultamos o dicionário, o sentido literal. Exemplo: O voo dos pássaros é admirável. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS O significado das palavras é estudado pela semântica, a parte da gramática que estuda não só o sentido das palavras como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre si: relações de sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia,... Compreender essas relações nos proporciona o alargamento do nosso universo semântico, contribuindo para uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos diversos contextos e intenções comunicativas. Sinonímia e antonímia A sinonímia indica a capacidade das palavras apresentarem significados semelhantes. A antonímia indica a capacidade das palavras 4 EDITORA MONTCURSOS apresentarem significados opostos. Assim, através da sinonímia e da antonímia as palavras estabelecem relações de proximidade e contrariedade. Exemplos de palavras sinônimas: importante: significativo, considerável, prestigiado, indispensável, fundamental,... necessário: essencial, fundamental, forçoso, obrigatório, imprescindível,... Exemplos de palavras antônimas: dedicado: desinteressado, desapegado, faltoso, desaplicado, relapso,... pontual: atrasado, retardado, durável, genérico, irresponsável,... Homonímia e paronímia A homonímia se refere à capacidade das palavras serem homônimas (som igual, escrita igual, significado diferente), homófonas (som igual, escrita diferente, significado diferente) ou homógrafas (som diferente, escrita igual, significado diferente). Exemplos de palavras homônimas: rio (curso de água) e rio (verbo rir); caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar). Exemplos de palavras homófonas: cem (100) e sem (indica falta) senso (sentido) e censo (levantamento estatístico) Exemplos de palavras homógrafas: colher (talher) e colher (apanhar); acerto (correção) e acerto (verbo acertar); A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. Exemplos de palavras parônimas: Comprimento (tamanho) e cumprimento (saudação); Imigrar (entrar num novo país) e emigrar (sair do seu país). Polissemia e monossemia A polissemia indica a capacidade de uma palavra apresentar uma multiplicidade de significados, conforme o contexto frásico em que ocorre. A monossemia indica que determinadas palavras apresentam apenas um significado. Exemplos de palavras polissêmicas: Cabeça (parte do corpo humano e líder do grupo, com origem comum na palavra em latim capitia); Letra (símbolo de escrita e documento substituto de dinheiro, com origem comum na palavra em latim littera). Exemplos de palavras monossêmicas: Estetoscópio (instrumento médico); Eneágono (polígono com nove ângulos). Denotação e conotação A denotação indica a capacidade das palavras apresentarem um sentido literal e objetivo. A conotação indica a capacidade das palavras apresentarem um sentido figurado e simbólico. Exemplos de palavras com sentido denotativo: O navio atracou no porto. A anta é um mamífero. Exemplos de palavras com sentido conotativo: Você é o meu porto. Pense pela sua própria cabeça, sua anta! 5 EDITORA MONTCURSOS Hiperonímia e hiponímia A hiperonímia e a hiponímia indicam a capacidade das palavras estabelecerem relações hierárquicas de significado. Um hiperônimo, palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito. Fruta é hiperônimo de morango. Morango é hipônimo de fruta. Exemplos de hiperônimos: ferramenta ave Exemplo de hipônimos: martelo, serrote, alicate, enxada, chave de fenda,... papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, coruja,... Formas variantes As formas variantes se referem a palavras que possuem mais do que uma grafia correta, sem que haja alteração do seu significado. Exemplos de formas variantes: abdome e abdômen; bêbado e bêbedo; embaralhar e baralhar; enfarte e infarto; louro e loiro. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO. A língua portuguesa é rica, interessante, criativa e versátil, encontrando-se em constante evolução. As palavras não apresentam apenas um significado objetivo e literal, mas sim uma variedade de significados, mediante o contexto em que ocorrem e as vivências e conhecimentos das pessoas que as utilizam. As variações nos significados das palavras ocasionam o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo (conotação) das palavras. Exemplos de variação no significado das palavras: Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido denotativo) Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido conotativo) Aquela aluna é fera na matemática. (sentido conotativo) O sentido conotativo é também conhecido como sentido figurado. O sentido denotativo é também conhecido como sentido próprio ou literal. Denotação Uma palavra é usada no sentido denotativo (próprio ou literal) quando apresenta seu significado original, independentemente do contexto frásico em que aparece. Quando se refere ao seu significado mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconhecido e muitas vezes associado ao primeiro significado que aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da palavra. A denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo assim um caráter prático e utilitário. É utilizada em textos informativos, como jornais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de medicamentos, textos científicos, entre outros. Exemplos com sentido denotativo O elefante é um mamífero. Já li esta página do livro. A empregada limpou a casa. Conotação 6 EDITORA MONTCURSOS Uma palavra é usada no sentido conotativo (figurado) quando apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes interpretações, dependendo do contexto frásico em que aparece. Quando se refere a sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua significação mediante a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico. A conotação tem como finalidade provocar sentimentos no receptor da mensagem, através da expressividade e afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios publicitários, entre outros. Exemplos com sentido conotativo Você é o meu sol! Minha vida é um mar de tristezas. Você tem um coração de pedra! FUNÇÕES DA LINGUAGEM. As funções da linguagem são diferentes recursos de comunicação que, conforme o objetivo do emissor, dão ênfase à mensagem transmitida, em função do contexto em que o ato comunicativo ocorre. Existem seis funções da linguagem. Estas encontram-se diretamente relacionadas com os elementos da comunicação. Funções da linguagem Elementos da comunicação Função referencial ou denotativa contexto Função emotiva ou expressiva emissor Função apelativa ou receptor Funçõesda linguagem Elementos da comunicação conativa Função poética mensagem Função fática canal Função metalinguística código Função referencial ou denotativa A função referencial, também chamada de função denotativa, tem como principal objetivo informar sobre um determinado assunto. Assim, a ênfase é dada ao contexto comunicativo. Características da função referencial ou denotativa: Transmite uma informação de forma clara, objetiva e direta; Informa sobre a realidade, tendo como base fatos e dados concretos; É impessoal, não apresentando a opinião do emissor; Utiliza uma linguagem denotativa; Utiliza a 3.ª pessoa do discurso. Onde se usa a função referencial ou denotativa: notícias de jornal; textos técnicos; artigos científicos; livros didáticos; documentos oficiais; correspondências comerciais. 7 EDITORA MONTCURSOS Exemplos da função referencial ou denotativa: As tarifas dos transportes públicos aumentarão de preço no próximo mês. Os artigos podem ser classificados em artigos definidos e artigos indefinidos. Os médicos recomendam uma alimentação saudável e a realização de exercício físico diário. Função emotiva ou expressiva A função emotiva, também chamada de função expressiva, tem como principal objetivo transmitir as emoções e sentimentos do emissor. Assim, a ênfase é dada ao emissor da mensagem. Características da função emotiva ou expressiva: A mensagem transmitida é subjetiva, conforme a visão do emissor. É pessoal, sendo utilizada a 1.ª pessoa do discurso. Há a presença de interjeições que enfatizam o discurso. Utiliza pontuação que acentua a sua entonação emotiva, como os pontos de exclamação e as reticências. Onde se usa a função emotiva ou expressiva: poemas; cartas pessoais; memórias; autobiografias; depoimentos; entrevistas; músicas. Exemplos da função emotiva ou expressiva: Ah, fiquei tão feliz com essa notícia! Minho nossa, sinto-me tão triste e cansado. . Estou sentindo um ódio extremo dele. Função apelativa ou conativa A função apelativa, também chamada de função conativa, tem como principal objetivo influenciar e persuadir o receptor, sendo um apelo para que este faça algo. Assim, a ênfase é dada ao receptor da mensagem. Características da função apelativa ou conativa: Predomina o uso de verbos no imperativo. Utiliza a 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso (tu e você). Há a presença de vocativos que direcionam a mensagem. Recorre a pontos de exclamação para enfatizar o discurso. Onde se usa a função apelativa ou conativa: publicidades; propagandas; discursos políticos; sermões religiosos; livros de autoajuda; horóscopo. Exemplos da função apelativa ou conativa: Aproveite as melhores ofertas! Não perca esta chance! Ligue ainda hoje! Cidadão consciente, vote em mim! 8 EDITORA MONTCURSOS Função poética A função poética tem como principal objetivo transmitir uma mensagem elaborada, formalmente estruturada, com as palavras cuidadosamente selecionadas para produzir um resultado estético. A ênfase dada à própria mensagem. Características da função poética: Utiliza uma linguagem elaborada e cuidada. Dá importância ao ritmo, melodia e sonoridade das palavras. Procura o que é belo e inovador. Onde se usa a função poética: poemas; obras literárias; letras de músicas; publicidade; propaganda. Exemplos da função poética: "O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente." Fernando Pessoa "Basta-me um pequeno gesto, feito de longe e de leve, para que venhas comigo e eu para sempre te leve..." Cecília Meireles Função fática A função fática tem como principal objetivo estabelecer um canal de comunicação entre o emissor e o receptor, quer para iniciar a transmissão da mensagem, quer para assegurar a sua continuação. A ênfase dada ao canal comunicativo. Características da função fática: Recorre a frases interrogativas para obter resposta do receptor. Utiliza interjeições e onomatopeias para manter o discurso. Onde se usa a função fática: cumprimentos; saudações; conversas telefônicas. Exemplos da função fática: Alô! Alô? Bom dia! Não é mesmo? Sei... Hum... hum... Função metalinguística A função metalinguística tem como principal objetivo usar um determinado código para explicar esse próprio código. Assim, a ênfase dada ao código comunicativo. Características da função metalinguística: Utiliza o código como tema da mensagem. Tem uma função explicativa. Onde se usa a função metalinguística: dicionários; gramáticas. Exemplos da função metalinguística: O código linguístico é um sistema de signos usados na construção de mensagens. Uma mensagem é uma comunicação oral ou escrita que visa transmitir uma informação. 9 EDITORA MONTCURSOS TEXTUALIDADE (COESÃO, COERÊNCIA E CONTEXTO DISCURSIVO). A Coesão e a Coerência são mecanismos fundamentais na construção textual. Para que um texto seja eficaz na transmissão da sua mensagem é essencial que faça sentido para o leitor. Além disso, deve ser harmonioso, de forma a que a mensagem flua de forma segura, natural e agradável aos ouvidos. Coesão Textual A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que propiciam a ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora com sua organização e ocorre por meio de palavras chamadas de conectivos. Mecanismos de Coesão A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: anáfora e catáfora. A anáfora e a catáfora se referem à informação expressa no texto e, por esse motivo, são qualificadas como endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual. Algumas Regras Confira abaixo algumas regras que garantem a coesão textual: Referência Pessoal: utilização de pronomes pessoais e possessivos. Exemplo: João e Maria casaram. Eles são pais de Ana e Beto. (Referência pessoal anafórica) Demonstrativa: utilização de pronomes demonstrativos e advérbios. Exemplo: Fiz todas as tarefas, com exceção desta: arquivar a correspondência. (Referência demonstrativa catafórica) Comparativa: utilização de comparações através de semelhanças. Exemplo: Mais um dia igual aos outros… (Referência comparativa endofórica) Substituição Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é uma forma de evitar as repetições. Exemplo: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão na próxima semana. Observe que a diferença entre a referência e a substituição está expressa especialmente no fato de que a substituição acrescenta uma informação nova ao texto. No caso de “João e Maria casaram. Eles são pais de Ana e Beto”, o pronome pessoal referencia as pessoas João e Maria, não acrescentando informação adicional ao texto. Elipse Um componente textual, quer seja um nome, um verbo ou uma frase, pode ser omitido através da elipse. Exemplo: Temos ingressos a mais para o concerto. Você os quer? (A segunda oração é perceptível mediante o contexto. Assim, sabemos que o que está sendo oferecido são ingressos para o concerto.) Conjunção A conjunção liga orações estabelecendo relação entre elas. Exemplo: Nós não sabemos quem é o culpado, mas ele sabe. (adversativa) Coesão Lexical A coesão lexical consiste na utilização de palavras que possuem sentido aproximado ou que pertencem a um mesmo campo lexical. São https://www.todamateria.com.br/conectivos/ https://www.todamateria.com.br/anafora/ 10 EDITORA MONTCURSOS elas: sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos, entre outros. Exemplo: Aquela escola não oferece as condições mínimas de trabalho. A instituiçãoestá literalmente caindo aos pedaços. CoerênciaTextual A Coerência é a relação lógica das ideias de um texto que decorre da sua argumentação - resultado especialmente dos conhecimentos do transmissor da mensagem. Um texto contraditório e redundante ou cujas ideias iniciadas não são concluídas, é um texto incoerente. A incoerência compromete a clareza do discurso, a sua fluência e a eficácia da leitura. Assim a incoerência não é só uma questão de conhecimento, decorre também do uso de tempos verbais e da emissão de ideias contrárias. Exemplos: O relatório está pronto, porém o estou finalizando até agora. (processo verbal acabado e inacabado) Ele é vegetariano e gosta de um bife muito mal passado. (os vegetarianos são assim classificados pelo fato de se alimentar apenas de vegetais) Fatores de Coerência São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência de um texto, tendo em vista a sua abrangência. Vejamos alguns: Conhecimento de Mundo É o conjunto de conhecimento que adquirimos ao longo da vida e que são arquivados na nossa memória. São o chamados frames (rótulos), esquemas (planos de funcionamento, como a rotina alimentar: café da amanhã, almoço e jantar), planos (planejar algo com um objetivo, tal como jogar um jogo), scripts (roteiros, tal como normas de etiqueta). Exemplo: Peru, Panetone, frutas e nozes. Tudo a postos para o Carnaval! Uma questão cultural nos leva a concluir que a oração acima é incoerente. Isso porque “peru, panetone, frutas e nozes” (frames) são elementos que pertencem à celebração do Natal e não à festa de carnaval. Inferências Através das inferências, as informações podem ser simplificadas se partimos do pressuposto que os interlocutores partilham do mesmo conhecimento. Exemplo: Quando os chamar para jantar não esqueça que eles são indianos. (ou seja, em princípio, esses convidados não comem carne de vaca) Fatores de contextualização Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem providenciando a sua clareza, como os títulos de uma notícia ou a data de uma mensagem. Exemplo: — Está marcado para às 10h. — O que está marcado para às 10h? Não sei sobre o que está falando. Informatividade Quanto maior informação não previsível um texto tiver, mais rico e interessante ele será. Assim, dizer o que é óbvio ou insistir numa informação e não desenvolvê-la, com certeza desvaloriza o texto. Exemplo: O Brasil foi colonizado por Portugal. Princípios Básicos Após termos visto os fatores acima, é essencial ter em atenção os seguintes princípios para se obter um texto coerente: 11 EDITORA MONTCURSOS Princípio da Não Contradição - ideias contraditórias Princípio da Não Tautologia - ideias redundantes Princípio da Relevância - ideias que se relacionam Diferença entre Coesão e Coerência Coesão e coerência são coisas diferentes, de modo que um texto coeso pode ser incoerente. Ambas têm em comum o fato de estarem relacionadas com as regras essenciais para uma boa produção textual. A coesão textual tem como foco a articulação interna, ou seja, as questões gramaticais. Já a coerência textual trata da articulação externa e mais profunda da mensagem. MORFOSSINTAXE-ESTUDO DOS VERBOS E SUA RELAÇÃO COM AS FORMAS PRONOMINAIS. São chamados de verbos pronominais os verbos que são conjugados juntamente com um pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, se). Esse pronome oblíquo se referirá, obrigatoriamente, à mesma pessoa do sujeito. Assim, a conjugação pronominal ocorre quando o pronome oblíquo está relacionado com o pronome reto ou sujeito equivalente. Pode ser reflexiva ou recíproca. Conjugação pronominal reflexiva Na conjugação pronominal reflexiva, a ação recai sobre o próprio sujeito. Conjugação reflexiva do verbo pentear no presente do indicativo: Eu penteio-me ou eu me penteio Tu penteias-te ou tu te penteias Ele penteia-se ou ele se penteia Nós penteamo-nos ou nós nos penteamos Vós penteai-vos ou vós vos penteais Eles penteiam-se ou eles se penteiam Conjugação pronominal recíproca Na conjugação pronominal recíproca, a ação recai sobre cada um dos sujeitos. Só ocorre com sujeitos plurais (nós, vós, eles). Conjugação recíproca do verbo abraçar no presente do indicativo: Nós abraçamo-nos ou nós nos abraçamos Vós abraçastes-vos ou vós vos abraçastes Eles abraçaram-se ou eles se abraçaram Verbos pronominais essenciais e acidentais Os verbos pronominais podem ser classificados em: essenciais e acidentais. Verbos pronominais essenciais são verbos usados apenas na sua forma pronominal, cujo radical transmite uma ideia de reflexibilidade, como: arrepender-se; queixar-se; zangar-se; suicidar-se; abster-se; dignar-se; apiedar-se; condoer-se; ... Verbos pronominais acidentais são verbos usados tanto na forma pronominal como na forma simples. O radical não apresenta uma ideia de reflexibilidade, sendo essa transmitida com o uso do pronome oblíquo, como: enganar / enganar-se; debater / debater-se; lembrar / lembrar-se; esquecer / esquecer-se; https://www.conjugacao.com.br/verbo-arrepender/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-queixar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-zangar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-suicidar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-abster/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-dignar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-apiedar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-condoer/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-enganar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-debater/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-lembrar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-esquecer/ 12 EDITORA MONTCURSOS envolver / envolver-se; lavar / lavar-se; pentear / pentear-se; ... Colocação pronominal A colocação pronominal pode ocorrer antes do verbo (próclise), depois do verbo (ênclise) ou no meio do verbo (mesóclise). Próclise: Não me sentei porque não quis. Ênclise: Sentei-me porque quis. Mesóclise: Sentar-me-ei quando quiser. A forma enclítica é a forma base de colocação pronominal, não sendo, contudo, a mais usada, visto que o uso da próclise se encontra generalizado na linguagem falada. O uso da próclise ou da ênclise é facultativo desde que o verbo não se encontre no início da frase, nem haja situações que justifiquem o uso específico de uma forma de colocação pronominal. SINTAXE DO PERÍODO E DA ORAÇÃO E SEUS DOIS-EIXOS: COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO. A análise sintática "serve" para examinar o texto, as suas estruturas e os elementos que o compõem. O texto é composto por orações e períodos. A oração é uma frase que possui verbo, enquanto o período é o conjunto de orações. Exemplo: - A menina caiu da bicicleta quando fez a curva. Nesse exemplo há duas orações porque há dois verbos (“cair” e “fazer”). Entenda que, cada termo da oração tem uma função específica e é isso que a análise sintática tem como objetivo, determinar essa função. E esses termos podem ser classificados como essenciais, integrantes e acessórios. Essenciais: sujeito e predicado. Integrantes: objeto direto e objeto indireto, complemento nominal e agente da passiva. Acessórios: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto. Essenciais e integrantes Observe a frase: A menina pegou a bola. “A menina” é o sujeito e “pegou a bola” é o predicado. O verbo é o “pegar” que é classificado como transitivo direto e “a bola” é o complemento do verbo, o objeto direto. Uma forma de determinar a classificação dos objetos é perguntando ao verbo. Veja: quem pega, pega alguma coisa. Quando a pergunta não necessita de uma preposição, o verbo é transitivo direto. Observe a diferença nessa frase: Eu preciso de você. O verbo precisar é transitivo indireto. Faça a pergunta: quem precisa, precisa “de” alguém. O termo “de” é uma preposição, logo, a expressão “de você” é um objeto indireto.O complemento nominal serve para complementar um termo que não seja verbo dentro da oração. Diferentemente do objeto indireto, o complemento nominal completa um substantivo, adjetivo e advérbio e não um verbo. Por exemplo: A menina teve orgulho do pai. A expressão “do pai” complementa o sentido de “orgulho”. O agente da passiva sempre está acompanhado de duas preposições, “por” e “de”. Se o verbo estiver na voz passiva, o agente será aquele que praticará a ação do verbo. Veja: O pássaro foi capturado pelos agentes. A expressão “pelos agentes” é o agente da passiva. Acessórios https://www.conjugacao.com.br/verbo-envolver/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-lavar/ https://www.conjugacao.com.br/verbo-pentear/ 13 EDITORA MONTCURSOS Já os termos que são acessórios na oração caracterizam algo. O adjunto adnominal, por exemplo, especifica o substantivo. Não há uma regra específica, pode ser artigos, locuções, pronomes, adjetivos e mais. Exemplo: Seu olhar singelo é lindo. O termo “singelo” é o adjunto adnominal. Veja outro exemplo: O passeio de barco me cansou. A expressão “de barco” é um adjunto adnominal. Por outro lado, o adjunto adverbial funciona como advérbio dentro da oração. Logo, vamos rever os tipos de advérbios: afirmação, negação, intensidade, dúvida, tempo, companhia, causa, finalidade, lugar, meio e assunto. Exemplo: Isso está muito difícil! O termo “muito” é um adjunto adverbial. E o aposto explica um termo na oração. Exemplo: A Carol, menina sapeca, entrou na escola. A expressão “menina sapeca” está explicando quem é a Carol. A expressão é o aposto da oração. Coordenação e Subordinação Dentro da análise sintática, os períodos podem ser classificados em: composto por coordenação, subordinação ou coordenação e subordinação. O período de coordenação é composto por orações que são autônomas, independentes entre si, mas que juntas complementam o sentido da frase. Exemplo: Eu dormi e sonhei com você. Observe que ambas as orações são independentes, isto é, fazem sentido se fossem separadas. Já o período composto por subordinação apresenta orações que são dependentes entre si, são subordinadas. Veja: O bolo que ela fez ainda deixava lembranças. As duas orações não podem ser separadas. E ainda há o período composto por coordenação e subordinação que, nada mais é, a junção dos dois. Exemplo: O juiz entrou na quadra e permitiu que o jogo começasse. Há três orações. As duas primeiras são coordenadas e a terceira é subordinada. Existem 5 tipos de classificações para orações coordenadas: Oração coordenada aditiva: acresce uma informação. Ex: Eu dormi e sonhei. Oração coordenada adversativa: apresenta um contraste. Ex: Eu passei no vestibular, mas não sei se é isso que quero. Oração coordenada alternativa: apresenta alternância. Ex: Ora você gosta de mim, ora você some. Oração coordenada conclusiva: conclui a ideia. Ex: Não gosto daqui. Portanto, pedirei a minha demissão. Oração coordenada explicativa: tem como objetivo explicar. Ex: Você está errado porque tenho provas. Já no período de subordinação há duas categorias: orações subordinadas adjetivas (função de adjetivo) e orações subordinadas adverbiais (função de advérbio). Orações subordinadas adjetivas Orações subordinadas adjetivas podem ser duas: restritivas e explicativas. As restritivas limitam o que a frase quer dizer. Exemplo: Se não fosse pela mulher que me ajudou, não teria conseguido. O sentido da “mulher” é único, não é generalizado, é específico, é uma mulher X. Já nas orações explicativas, o sentido é mais abrangente: O homem, um ser racional, busca ser melhor em todos os campos da vida. A expressão “um ser racional” está entre vírgulas e, portanto, está generalizando todos os homens não apenas um. Orações subordinadas adverbiais Podem ter 9 classificações: Oração subordinada adverbial causal: expressa causa. Ex: Não posso opinar, uma vez que não tenho direito. 14 EDITORA MONTCURSOS Oração subordinada adverbial concessiva: indica permissão. Ex: Você pode fazer isso, mesmo que não tenha experiência. Oração subordinada adverbial condicional: expressa condição. Ex: Se você conseguir, ganhará uma recompensa. Oração subordinada adverbial comparativa: indica uma comparação. Ex: Os olhos azuis são bonitos como o do pai. Oração subordinada adverbial consecutiva: relação de causa e consequência. Ex: Acordei tão atrasado que não consegui entrar na faculdade. Oração subordinada adverbial final: indica uma finalidade. Ex: Eu fiz isso para subir na vida. Oração subordinada adverbial temporal: expressa tempo. Ex: Chorei por você quando foi embora. Oração subordinada adverbial proporcional: indica proporção. Ex: Fui amolecendo à medida que percebi que te amava. Oração subordinada adverbial conformativa: expressa conformidade. Ex: Fiz o que você pediu conforme as regras. Para ajudar na classificação, convém retomar os advérbios e separá-los em tabelas. Assim, a oração subordinativa adverbial ficará mais fácil! SINTAXE DE CONCORDÂNCIA. A concordância verbal ocorre quando o verbo de flexiona para concordar com o sujeito gramatical. Essa flexão verbal é feita em número (singular ou plural) e em pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa). A concordância nominal ocorre quando há flexão de um termo (artigo, adjetivo, pronome,…) para concordar com um substantivo. Essa flexão é feita em gênero (masculino ou feminino) e em número (plural ou singular). Exemplos de concordância verbal Eu aprendi; Ele aprendeu; Nós aprendemos; Eles aprenderam. Exemplos de concordância nominal O amigo verdadeiro; A amiga verdadeira; Os amigos verdadeiros; As amigas verdadeiras. Apesar dessas regras básicas, existem casos específicos de concordância verbal e de concordância nominal. Casos específicos de concordância verbal Existem diversos casos específicos de concordância verbal. Os principais são: Concordância verbal com verbos impessoais Os verbos impessoais, como não apresentem sujeito, são conjugados sempre na 3.ª pessoa do singular: Havia várias pessoas esperando. (verbo haver com sentido de existir) Faz cinco anos que eu te conheci. (verbo fazer indicando tempo decorrido) Aqui onde moro, chove todos os dias. (verbos que indicam fenômenos atmosféricos) Concordância verbal com a partícula apassivadora se Com a partícula apassivadora se, o objeto direto assume a função de sujeito paciente. Assim, o verbo estabelece concordância em número com o objeto direto: Vende-se casa. 15 EDITORA MONTCURSOS Vendem-se casas. Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se Quando a partícula se atua como indeterminadora do sujeito, o verbo fica sempre conjugado na 3.ª pessoa do singular: Precisa-se de empregado. Precisa-se de empregados. Concordância verbal com a maioria, a maior parte, a metade,... Com essas expressões, o verbo fica conjugado, preferencialmente, na 3.ª pessoa do singular. Contudo, já se considera aceitável o uso da 3.ª pessoa do plural: A maioria dos alunos vai… A maior parte dos alunos vai… A maioria dos alunos vão… A maior parte dos alunos vão… Concordância verbal com pronome relativo que O verbo concorda com o termo antecedente ao pronome relativo que: Fui eu que pedi… Foi ele que pediu… Fomos nós que pedimos… Concordância verbal com pronome relativo quem O verbo concorda com o termo antecedente ao pronome relativo quem ou fica conjugado na 3.ª pessoa do singular: Fui eu quem pedi… Fomos nós quem pedimos… Fui eu quem pediu… Fomos nós quem pediu… Concordância verbal com o infinitivo pessoal O infinitivo é flexionado, principalmente, quando se pretende definir o sujeito e quando o sujeito da segunda oração é diferente do da primeira: Istoé para nós fazermos. Eu pedir para eles fazerem tudo. Concordância verbal com o infinitivo impessoal O infinitivo não é flexionado, principalmente, em locuções verbais e em verbos preposicionados: As pessoas conseguiram entender a verdade. Foram incentivados a entender a verdade. Foram impedidos de entender a verdade. Concordância verbal com o verbo ser Com o verbo ser, a concordância em número é estabelecida com o predicativo do sujeito: Isto é brincadeira! Isto são brincadeiras! Concordância verbal com um dos que Com a expressão um dos que, o verbo fica sempre na 3.ª pessoa do plural: Um dos que foram… Um dos que querem… Um dos que podem… Casos específicos de concordância nominal Existem diversos casos específicos de concordância nominal. Os principais são: Concordância nominal com pronomes pessoais O pronome pessoal e o adjetivo estabelecem concordância em gênero e número: Ele é falador. Ela é faladora. 16 EDITORA MONTCURSOS Eles são faladores. Elas são faladoras. Concordância nominal com vários substantivos O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo ou assume a forma no masculino plural: mochila e livro emprestado; livro e mochila emprestada; mochila e livro emprestados; livro e mochila emprestados. Concordância nominal com vários adjetivos O substantivo fica no singular quando há vários adjetivos no singular que se encontram determinados por artigos. Sem a presença de artigos, o substantivo fica no plural: a professora simpática e a antipática; o professor simpático e o antipático; as professoras simpática e antipática; os professores simpático e antipático. Concordância nominal com bastante, muito, pouco, meio, caro, barato, longe As palavras bastante, muito, pouco, meio, caro, barato e longe, enquanto adjetivos, concordam em gênero e número com o substantivo: muitas joias; bastantes joias; poucas joias; joias caras; joias baratas. Nota: Essas palavras permanecem invariáveis apenas quando assumem a função de advérbios, modificando um verbo. Concordância nominal com é permitido e é proibido Com estas expressões, o adjetivo varia em gênero e número quando houver a presença de um artigo determinando o substantivo. Quando não houver artigo, o adjetivo permanece invariável no masculino singular: É permitida a entrada de animais. É proibida a entrada de animais. É permitido entrada de animais. É proibido entrada de animais. Nota: Essa mesma regra de concordância é também aplicada às expressões: é necessário, é preciso, é bom. Concordância nominal com mesmo e próprio As palavras mesmo e próprio estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando atuam como adjetivo: na mesma função; no mesmo trabalho; nas mesmas funções; nos mesmos trabalhos; na própria casa; no próprio escritório; nas próprias casas; nos próprios escritórios. Nota: Esta regra de concordância estende-se também às palavras obrigado, quite, anexo e incluso. Concordância nominal com menos A palavra menos permanece sempre invariável: menos alegria; menos alegrias; 17 EDITORA MONTCURSOS menos problema; menos problemas. SINTAXE DE COLOCAÇÃO. A colocação dos pronomes pessoais oblíquos átonos na oração pode ser feita de três formas distintas, existindo regras definidas para cada uma dessas formas. Em próclise: pronome colocado antes do verbo; Em ênclise: pronome colocado depois do verbo; Em mesóclise: pronome colocado no meio do verbo. Exemplos de colocação pronominal Não me deram uma caixa de bombons ontem. (próclise) Deram-me uma caixa de bombons ontem. (ênclise) Dar-me-ão uma caixa de bombons amanhã. (mesóclise) Os pronomes pessoais oblíquos átonos são: 1.ª pessoa do singular - me 2.ª pessoa do singular - te 3.ª pessoa do singular – se, o, a, lhe 1.ª pessoa do plural - nos 2.ª pessoa do plural - vos 3.ª pessoa do plural – se, os, as, lhes Próclise ou ênclise? A colocação pronominal depois do verbo é a forma básica de colocação pronominal, seguindo a estrutura sintática básica de uma oração: verbo + complemento. Contudo, o uso da próclise encontra-se generalizado na linguagem falada e escrita. É facultativo o uso da próclise ou da ênclise, caso o verbo não se encontre no início da frase, nem haja situações que justifiquem o uso específico de uma forma de colocação pronominal. Exemplo de uso facultativo da próclise ou da ênclise Minha mãe ajudou-me nos trabalhos. Minha mãe me ajudou nos trabalhos. A próclise nunca deverá ser utilizada quando o verbo se encontrar no início das frases. Nesta situação, a forma correta de colocação pronominal é depois do verbo. Exemplos de ênclise com verbos no início da frase Ouviram-me chamar? Deram-lhe os parabéns! Uso específico de ênclise, próclise ou mesóclise Existem diversas situações que justificam o uso específico de uma forma de colocação pronominal. Ênclise A colocação pronominal depois do verbo deverá ser usada: Em orações iniciadas com verbos (com exceção do futuro do presente do indicativo e do futuro do pretérito do indicativo), uma vez que não se iniciam frases com pronomes oblíquos. Refere-se a um tipo de árvore. Viram-me na rua e não disseram nada. Em orações imperativas afirmativas. Sente-se imediatamente! Lembre-me para fazer isso no fim do expediente. Em orações reduzidas do gerúndio (sem a preposição em). 18 EDITORA MONTCURSOS O jovem reclamou muito, comportando-se como uma criança. Fiquei sem reação, lembrando-me de acontecimentos passados. Em orações reduzidas do infinitivo. Espero dizer-te a verdade rapidamente. Convém dar-lhe autorização ainda hoje. Próclise A colocação pronominal deverá ser feita antes do verbo apenas quando houver palavras atrativas que justifiquem o adiantamento do pronome, como: Palavras negativas (não, nunca, ninguém, jamais,…). Não te quero ver nunca mais! Nunca a esquecerei. Conjunções subordinativas (embora, se, conforme, logo,...). Embora o faça, sei que é errado. Cumpriremos o acordo se nos agradar. Pronomes relativos (que, qual, onde,…). Há professores que nos marcam para sempre. Esta é a faculdade onde me formei. Pronomes indefinidos (alguém, todos, poucos,…). Alguém me fará mudar de opinião? Poucos nos emocionaram com seus relatos. Pronomes demonstrativos (isto, isso, aquilo,…). Isso me deixou muito abalada. Aquilo nos mostrou a verdade. Frases interrogativas (quem, qual, que, quando,…). Quem me chamou? Quando nos perguntaram isso? Frases exclamativas ou optativas. Como nos enganaram! Deus te guarde! Preposição em mais verbo no gerúndio. Em se tratando de uma novidade, este produto é o indicado. Em se falando sobre o assunto, darei minha opinião. Advérbios, sem que haja uma pausa marcada. Havendo uma pausa marcada por uma vírgula, deverá ser usada a ênclise. Aqui se come muito bem! Talvez te espere no fim das aulas. Mesóclise A colocação pronominal deverá ser feita no meio do verbo quando o verbo estiver conjugado no futuro do presente do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo. Ajudar-te-ei no que for preciso. Comprometer-se-iam mais facilmente se confiassem mais em você. A mesóclise é maioritariamente utilizada numa linguagem formal, culta e literária. Caso haja situação que justifique a próclise, a mesóclise não ocorre. 19 EDITORA MONTCURSOS Colocação pronominal nas locuções verbais A colocação pronominal nas locuções verbais difere caso o verbo principal esteja no particípio ou no gerúndio e infinitivo. Verbo principal no gerúndio ou no infinitivo Caso não haja palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo poderá ficar após o verbo principal ou após o verbo auxiliar.Quero ver-te hoje. Quero-te ver hoje. Caso haja alguma palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo poderá ficar antes da locução verbal ou depois da locução verbal. Não te quero ver hoje. Não quero ver-te hoje. Verbo principal no particípio Caso não haja palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo deverá ficar depois do verbo auxiliar, nunca depois do verbo principal no particípio. Tinham-me dito que você não era de confiança. Eu tinha-lhe falado sobre esse assunto. Caso haja alguma palavra atrativa que exija a próclise, o pronome oblíquo deverá ficar antes da locução verbal. Já me tinham dito que você não era de confiança. Eu não lhe tinha falado sobre esse assunto. SINTAXE DE REGÊNCIA. Chama-se regência à relação estabelecida, na oração, entre um termo regente e um termo regido. O termo regente depende do termo regido, uma vez que o seu sentido permanece incompleto sem a presença do termo regido. De acordo com a natureza do termo regente, a regência pode ser classificada de regência verbal ou regência nominal. Conforme o nome indica, na regência verbal o termo regente é um verbo e na regência nominal o termo regente é um nome. Regência verbal: Termo regente: verbo Termos regidos: objeto direto e objeto indireto Regência nominal: Termo regente: nome Termo regido: complemento nominal Regência verbal Na regência verbal, se o verbo regente for transitivo direto, terá como termo regido um objeto direto (não preposicionado). Se o verbo regente for transitivo indireto, terá como termo regido um objeto indireto (preposicionado). Exemplos de regência verbal não preposicionada Leu o livro. Comeu a sobremesa. Bebeu o refrigerante. Ouviu a notícia. Estudou a lição. Fez o recheio. Exemplos de regência verbal preposicionada Procedeu à construção de um novo prédio. Pagou ao funcionário. Desobedeceu aos pais. Apoiou-se na parede. Apaixonou-se por seu primo. Meditou sobre o assunto. 20 EDITORA MONTCURSOS Quando a regência verbal é estabelecida através de uma preposição, as mais utilizadas são: a, de, com, em, para, por, sobre. agradar a; obedecer a; assistir a; visar a; lembrar-se de; simpatizar com; comparecer em; convocar para; trocar por; alertar sobre; ... Regência nominal Na regência nominal, o nome que atua como termo regente pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio. Já o complemento nominal, que atua como termo regido, pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral. Exemplos de regência nominal acessível a todos; diferente de mim; amoroso com ambos; perito em criminologia; mau para a saúde; ansioso por férias. A regência nominal é estabelecida através de uma preposição, sendo a, de, com, em, para, por as preposições mais utilizadas: inerente a; idêntico a; livre de; seguro de; descontente com; interesse em; pronto para; respeito por; ... ANÁLISE SINTÁTICA ESTUDO DAS CLASSES GRAMATICAIS (INCLUINDO CLASSIFICAÇÃO E FLEXÃO): ARTIGO, ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, CONJUNÇÃO, PREPOSIÇÃO, INTERJEIÇÃO, CONECTIVOS. Segundo um estudo morfológico da língua portuguesa, as palavras podem ser analisadas e catalogadas em dez classes de palavras ou classes gramaticais distintas, sendo elas: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Substantivo Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo, normal, aumentativo). Exercem sempre a função de núcleo das funções sintáticas onde estão inseridos (sujeito, objeto direto, objeto indireto e agente da passiva). Substantivos simples casa; amor; 21 EDITORA MONTCURSOS roupa; livro; felicidade. Substantivos compostos passatempo; arco-íris; beija-flor; segunda-feira; malmequer. Substantivos primitivos folha; chuva; algodão; pedra; quilo. Substantivos derivados território; chuvada; jardinagem; açucareiro; livraria. Substantivos próprios Flávia; Brasil; Carnaval; Nilo; Serra da Mantiqueira. Substantivos comuns mãe; computador; papagaio; uva; planeta. Substantivos coletivos rebanho; cardume; pomar; arquipélago; constelação. Substantivos concretos mesa; cachorro; samambaia; chuva; Felipe. Substantivos abstratos beleza; pobreza; crescimento; amor; calor. Substantivos comuns de dois gêneros o estudante / a estudante; o jovem / a jovem; o artista / a artista. Substantivos sobrecomuns 22 EDITORA MONTCURSOS a vítima; a pessoa; a criança; o gênio; o indivíduo. Substantivos epicenos a formiga; o crocodilo; a mosca; a baleia; o besouro. Substantivos de dois números o lápis / os lápis; o tórax / os tórax; a práxis / as práxis. Artigo Artigos são palavras que antecedem os substantivos, determinando a definição ou a indefinição dos mesmos. Sendo flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), indicam também o gênero e o número dos substantivos que determinam. Artigos definidos o; a; os; as. Artigos indefinidos um; uma; uns; umas. Adjetivo Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, característica, aspecto ou estado. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (normal, comparativo, superlativo). Adjetivos simples vermelha; lindo; zangada; branco. Adjetivos compostos verde-escuro; amarelo-canário; franco-brasileiro; mal-educado. Adjetivo primitivo feliz; bom; azul; triste; grande. Adjetivo derivado magrelo; avermelhado; apaixonado. Adjetivos biformes 23 EDITORA MONTCURSOS bonito; alta; rápido; amarelas; simpática. Adjetivos uniformes competente; fácil; verdes; veloz; comum. Adjetivos pátrios paulista; cearense; brasileiro; italiano; romeno. Pronome Pronomes são palavras que substituem o substantivo numa frase (pronomes substantivos) ou que acompanham, determinam e modificam os substantivos, atribuindo particularidades e características aos mesmos (pronomes adjetivos). Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso). Pronomes pessoais retos eu; tu; ele; nós; vós; eles. Pronomes pessoais oblíquos me; mim; comigo; o; a; se; conosco; vos. Pronomes pessoais de tratamento você; senhor; Vossa Excelência; Vossa Eminência. Pronomes possessivos meu; tua; seus; nossas; vosso; sua. Pronomes demonstrativos este; essa; aquilo; 24 EDITORA MONTCURSOS o; a; tal. Pronomes interrogativos que; quem; qual; quanto. Pronomes relativos que; quem; onde; a qual; cujo; quantas. Pronomes indefinidos algum; nenhuma; todos; muitas; nada; algo. Numeral Numerais são palavras que indicam quantidades de pessoas ou coisas, bem como a ordenação de elementos numa série. Alguns numerais podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), outros são invariáveis. Numerais cardinais um; sete; vinte e oito; cento e noventa; mil. Numerais ordinais primeiro; vigésimo segundo; nonagésimo; milésimo. Numerais multiplicativo duplo; triplo; quádruplo; quíntuplo. Numerais fracionários um meio; um terço; três décimos. Numerais coletivos dúzia; cento; dezena; quinzena. Verbo Verbos são palavras que indicam, principalmente, uma ação. Podem indicar também uma ocorrência, um estado ou um fenômeno. Podemser flexionados em número (singular e plural), pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª 25 EDITORA MONTCURSOS pessoa do discurso), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (passado, presente e futuro), aspecto (incoativo, cursivo e conclusivo) e voz (ativa, passiva e reflexiva). Verbos regulares cantar; amar; vender; prender; partir; abrir. Verbos irregulares medir; fazer; ouvir; haver; poder; crer. Verbos anômalos ser; ir. Verbos principais comer; dançar; saltar; escorregar; sorrir; rir. Verbos auxiliares ser; estar; ter; haver; ir. Verbos de ligação ser; estar; parecer; ficar; tornar-se; continuar; andar; permanecer. Verbos defectivos falir; banir; reaver; colorir; demolir; adequar. Verbos impessoais haver; fazer; chover; nevar; ventar; anoitecer; 26 EDITORA MONTCURSOS escurecer. Verbos unipessoais latir; miar; cacarejar; mugir; convir; custar; acontecer. Verbos abundantes aceitado / aceito; ganhado / ganho; pagado / pago. Verbos pronominais essenciais arrepender-se; suicidar-se; zangar-se; queixar-se; abster-se; dignar-se. Verbos pronominais acidentais pentear / pentear-se; sentar / sentar-se; enganar / enganar-se debater / debater-se. Advérbio Advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade,…). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. Contudo, alguns advérbios podem ser flexionados em grau. Advérbio de lugar aqui; ali; atrás; longe; perto; embaixo. Advérbio de tempo hoje; amanhã; nunca; cedo; tarde; antes. Advérbio de modo bem; mal; rapidamente; devagar; calmamente; pior. Advérbio de afirmação sim; certamente; certo; 27 EDITORA MONTCURSOS decididamente. Advérbio de negação não; nunca; jamais; nem; tampouco. Advérbio de dúvida talvez; quiçá; possivelmente; provavelmente; porventura. Advérbio de intensidade muito; pouco; tão; bastante; menos; quanto. Advérbio de exclusão salvo; senão; somente; só; unicamente; apenas. Advérbio de inclusão inclusivamente; também; mesmo; ainda. Advérbio de ordem primeiramente; ultimamente; depois. Preposição Preposições são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos da oração. Através de preposições, o segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro termo (termo antecedente). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. Preposições simples essenciais a; após; até; com; de; em; entre; para; sobre. Preposições simples acidentais como; conforme; consoante; durante; 28 EDITORA MONTCURSOS exceto; fora; mediante; salvo; segundo; senão. Preposições compostas ou locuções prepositivas acima de; a fim de; apesar de; através de; de acordo com; depois de; em vez de; graças a; perto de; por causa de. Conjunção Conjunções são palavras utilizadas como elementos de ligação entre duas orações ou entre termos de uma mesma oração, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. Conjunções coordenativas aditivas e; nem; também; bem como; não só...mas também. Conjunções coordenativas adversativas mas; porém; contudo; todavia; entretanto; no entanto; não obstante. Conjunções coordenativas alternativas ou; ou...ou; já…já; ora...ora; quer...quer; seja...seja. Conjunções coordenativas conclusivas logo; pois; portanto; assim; por isso; por consequência; por conseguinte. Conjunções coordenativas explicativas que; porque; porquanto; pois; 29 EDITORA MONTCURSOS isto é. Conjunções subordinativas integrantes que; se. Conjunções subordinativas adverbiais causais porque; que; porquanto; visto que; uma vez que; já que; pois que; como. Conjunções subordinativas adverbiais concessivas embora; conquanto; ainda que; mesmo que; se bem que; posto que. Conjunções subordinativas adverbiais condicionais se; caso; desde; salvo se; desde que; exceto se; contando que. Conjunções subordinativas adverbiais conformativas conforme; como; consoante; segundo. Conjunções subordinativas adverbiais finais a fim de que; para que; que. Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais à proporção que; à medida que; ao passo que; quanto mais… mais,… Conjunções subordinativas adverbiais temporais quando; enquanto; agora que; logo que; desde que; assim que; tanto que; apenas. 30 EDITORA MONTCURSOS Conjunções subordinativas adverbiais comparativas como; assim como; tal; qual; tanto como. Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas que; tanto que; tão que; tal que; tamanho que; de forma que; de modo que; de sorte que; de tal forma que. Interjeição Interjeições são palavras que exprimem emoções, sensações, estados de espírito. São invariáveis e seu significado fica dependente da forma como as mesmas são pronunciadas pelos interlocutores. Interjeições de alegria Oh!; Ah!; Oba!; Viva!; Opa!. Interjeições de estímulo Vamos!; Força!; Coragem!; Ânimo!; Adiante!. Interjeições de aprovação Apoiado!; Boa!; Bravo!. Interjeições de desejo Oh!; Tomara!; Oxalá!. Interjeições de dor Ai!; Ui!; Ah!; Oh!. Interjeições de surpresa Nossa!; Cruz!; Caramba!; Opa!; Virgem!; Vixe!. Interjeições de impaciência Diabo!; Puxa!; 31 EDITORA MONTCURSOS Pô!; Raios!; Ora!. Interjeições de silêncio Psiu!; Silêncio!. Interjeições de alívio Uf!; Ufa!; Ah!. Interjeições de medo Credo!; Cruzes!; Uh!; Ui!. Interjeições de advertência Cuidado!; Atenção!; Olha!; Alerta!; Sentido!. Interjeições de concordância Claro!; Tá!; Hã-hã!. Interjeições de desaprovação Credo!; Francamente!; Xi!; Chega!; Basta!; Ora!. Interjeições de incredulidade Hum!; Epa!; Ora!; Qual!. Interjeições de socorro Socorro!; Aqui!; Piedade!; Ajuda!. Interjeições de cumprimentos Olá!; Alô!; Ei!; Tchau!; Adeus!. Interjeições de afastamento Rua!; Xô!; Fora!; Passa!. Conectivos são conjunções que ligam as orações, estabelecem a conexão entre as orações nos períodos compostos e também as preposições, que ligam um vocábulo a outro. https://www.infoescola.com/portugues/preposicao/ 32 EDITORA MONTCURSOS O período composto é formado de duas ou mais orações. Quando essas orações são independentes umas das outras, chamamos de período composto por coordenação. Essas orações podem estar justapostas (sem conectivos) ou ligadas por conjunções (= conectivos). CONECTIVOS coordenativos são as seguintes conjunções coordenadas: ADITIVAS (adicionam, acrescentam): e, nem (e não),também, que; e as locuções: mas também, senão também, como também... Ela estuda e trabalha. ADVERSATIVAS (oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, que. Também as locuções: no entanto, não obstante, ainda assim, apesar disso. Ela estuda, no entanto não trabalha. ALTERNATIVAS (alternância): ou. Também as locuções ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer... Ou ela estuda ou trabalha. CONCLUSIVAS (sentido de conclusão em relação à oração anterior): logo, portanto, pois (posposto ao verbo).Também as locuções: por isso, por conseguinte, pelo que... Ela estudou com dedicação, logo deverá ser aprovada. EXPLICATIVAS (justificam a proposição da oração anterior): que, porque, porquanto... Vamos estudar, que as provas começam amanhã. Quando as orações dependem sintaticamenteumas das outras, chamamos período composto por subordinação. Esses períodos compõem-se de uma ou mais orações principais e uma ou mais orações subordinadas. CONECTIVOS subordinativos são as seguintes conjunções e locuções subordinadas: CAUSAIS (iniciam a oração subordinada denotando causa.): que, como, pois, porque, porquanto. Também as locuções: por isso que, pois que, já que, visto que... Ela deverá ser aprovada, pois estudou com dedicação. COMPARATIVAS (estabelecem comparação): que, do que (depois de mais, maior, melhor ou menos, menor, pior), como...Também as locuções: tão...como, tanto...como, mais...do que, menos...do que, assim como, bem como, que nem... Ela é mais estudiosa do que a maioria dos alunos. CONCESSIVAS (iniciam oração que contraria a oração principal, sem impedir a ação declarada): que, embora, conquanto. Também as locuções: ainda que, mesmo que, bem que, se bem que, nem que, apesar de que, por mais que, por menos que... Ela não foi aprovada, embora tenha estudado com dedicação. CONDICIONAIS (indicam condição): se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que, dado que, a menos que, a não ser que, exceto se... Ela pode ser aprovada, se estudar com dedicação. Finais (indicam finalidade): As locuções para que, a fim de que, por que... É necessário estudar com dedicação,para que se obtenha aprovação. TEMPORAIS (indicam circunstância de tempo): quando, apenas, enquanto...Também as locuções: antes que, depois que, logo que, assim que, desde que, sempre que... Ela deixou de estudar com dedicação,quando foi aprovada. CONSECUTIVAS (indicam conseqüência): que (precedido de tão, tanto, tal) e também as locuções: de modo que, de forma que, de sorte que, de maneira que... Ela estudava tanto, que pouco tempo tinha para dedicar-se à família. INTEGRANTES (introduzem uma oração):se, que. https://www.infoescola.com/portugues/conjuncao-coordenativa/ 33 EDITORA MONTCURSOS Ela sabe que é importante estudar com dedicação FORMAS VARIANTES EMPREGO DAS PALAVRAS. São chamadas de formas variantes ou formas gráficas variantes as palavras que apresentam mais do que uma grafia correta, sem que haja alteração no sentido. Apesar de haver sempre uma forma preferencial, mais socialmente aceita e mais usada pelos falantes, todas as formas são corretas e podem ser usadas sem hesitação. Exemplos de formas variantes abdome e abdômen; afeminado e efeminado; aluguel e aluguer; amídala e amígdala; aquarela e aguarela; arrebentar e rebentar; assobiar e assoviar; assoprar e soprar; azálea e azaleia; bêbado e bêbedo; bilhão e bilião; cãibra e câimbra; câmera e câmara; caminhão e camião; carroçaria e carroceria; catorze e quatorze; catucar e cutucar; chipanzé e chimpanzé; cobarde e covarde; cociente e quociente; contato e contacto; cota e quota; cotidiano e quotidiano; debulhar e desbulhar; degelar e desgelar; delapidar e dilapidar; demonstrar e demostrar; descarrilhar ou descarrilar; dezenove e dezanove; dezesseis e dezasseis; dezessete e dezassete; diabete e diabetes; dourado e doirado; embaralhar e baralhar; enfarte e infarto; entonação e entoação; entretenimento e entretimento; espargos e aspargos; estalar e estralar; este e leste; geringonça e gerigonça; germe e gérmen; hidrelétrico e hidroelétrico; homilia e homília; imundícia, imundície e imundice; intrincado e intricado; 34 EDITORA MONTCURSOS louça e loiça; louro e loiro; maquiagem e maquilagem; marimbondo e maribondo; mobiliar, mobilhar e mobilar; neblina e nebrina; nenê e neném; percentagem e porcentagem; projétil e projetil; rastro e rasto; registro e registo; relampear e relampejar; remoinho e redemoinho; selvageria e selvajaria; sobressalente e sobresselente; súdito e súbdito; surrupiar e surripiar; taberna e taverna; terremoto e terramoto; tesouro e tesoiro; tríade e tríada; xérox e xerox. ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO. ORTOGRAFIA Ao escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou de j, deve-se procurar a origem dela, pois, na Língua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deveremos escrever a palavra derivada. Ç 01) Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de infinitivo - r - do verbo). Portanto deve-se procurar a origem da palavra terminada em -ção. Por exemplo: Donde provém a palavra conjunção? Resposta: provém de conjunto. Por isso, escrevemo-la com ç. Exemplos: • erudito = erudição • exceto = exceção • setor = seção • intuitivo = intuição • redator = redação • ereto = ereção • educar - r + ção = educação • exportar - r + ção = exportação • repartir - r + ção = repartição 02) Escreveremos com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter. Exemplos: • manter = manutenção • reter = retenção • deter = detenção • conter = contenção 03) Escreveremos com -çar os verbos derivados de substantivos terminados em -ce. Exemplos: • alcance = alcançar • lance = lançar 35 EDITORA MONTCURSOS S 01) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e - ndir Exemplos: • pretender = pretensão • defender = defesa, defensivo • despender = despesa • compreender = compreensão • fundir = fusão • expandir = expansão 02) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, - ertir e -ergir. Exemplos: • perverter = perversão • converter = conversão • reverter = reversão • divertir = diversão • aspergir = aspersão • imergir = imersão 03) Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas de verbos terminados em - correr. Exemplos: • expelir = expulsão • impelir = impulso • compelir = compulsório • concorrer = concurso • discorrer = discurso • percorrer = percurso 04) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção de gozo. Exemplos: • gostosa • glamorosa • saboroso • horroroso 05) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize. Exemplos: • fase • crase • tese • osmose 06) Escreveremos com -s- as palavras femininas terminadas em -isa. Exemplos: • poetisa • profetisa • Heloísa • Marisa 07) Escreveremos com -s- toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar. Exemplos: • Eu pus • Ele quis • Nós usamos • Eles quiseram • Quando nós quisermos • Se eles usassem 36 EDITORA MONTCURSOS Ç ou S? Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando houver som de s, e escreveremos com -s-, quando houver som de z. Exemplos: • eleição • traição • Neusa • coisa S ou Z? 01 a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -ês e -esa que indicarem nacionalidades, títulos ou nomes próprios. Exemplos: • português • norueguesa • marquês • duquesa • Inês • Teresa b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos, ou seja, palavras que indicam a existência de uma qualidade. Exemplos: • embriaguez • limpeza • lucidez • nobreza • acidez • pobreza 02 a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o -s-. Exemplos: • análise = analisar • pesquisa = pesquisar • paralisia = paralisar b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva não possuir -s-. Exemplos: • economia = economizar • terror = aterrorizar • frágil = fragilizar Cuidado: • catequese= catequizar • síntese = sintetizar • hipnose = hipnotizar • batismo = batizar 03 a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em -sinho e -sito, quando a palavra primitiva já possuir o -s- no final do radical. Exemplos: • casinha • asinha • portuguesinho • camponesinha • Teresinha • Inesita b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- no final do radical. Exemplos: 37 EDITORA MONTCURSOS • mulherzinha • arvorezinha • alemãozinho • aviãozinho • pincelzinho • corzinha SS 01) Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder. Exemplos: • anteceder = antecessor • exceder = excesso • conceder = concessão 02) Escreveremos com -press- as palavras derivadas de verbos terminados em -primir. Exemplos: • imprimir = impressão • comprimir = compressa • deprimir = depressivo 03) Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em -gredir. Exemplos: • agredir = agressão • progredir = progresso • transgredir = transgressor 04) Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados em - meter. Exemplos: • comprometer = compromisso • intrometer = intromissão • prometer = promessa • remeter = remessa ÇS ou SS Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos: 01) Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir. Exemplo: • curtir - r + ção = curtição 02) Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for consoante. Exemplo: • divertir - tir + são = diversão 03) Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal. Exemplo: • discutir - tir + ssão = discussão J 01) Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos verbos terminados em -jar. Exemplos: • trajar = traje, eu trajei. • encorajar = que eles encorajem • viajar = que eles viajem 02) Escreveremos com -j- as palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja. Exemplos: • loja = lojista • gorja = gorjeta • canja = canjica 38 EDITORA MONTCURSOS 03) Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi, africana ou popular. Exemplos: • jeca • jibóia • jiló • pajé G 01) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. Exemplos: • pedágio • colégio • sacrilégio • prestígio • relógio • refúgio 02) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -gem, com exceção de pajem, lambujem e a conjugação dos verbos terminados em -jar. Exemplos: • a viagem • a coragem • a personagem • a vernissagem • a ferrugem • a penugem X 01) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-, com exceção de mecha. Exemplos: • mexilhão • mexer • mexerica • México • mexerico • mexido 02) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra enchova. Exemplos: • enxada • enxerto • enxerido • enxurrada mas: • cheio = encher, enchente • charco = encharcar • chiqueiro = enchiqueirar 03) Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de recauchutar e guache. Exemplos: • ameixa • deixar • queixa • feixe • peixe • gueixa UIR e OER Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do 39 EDITORA MONTCURSOS Indicativo escritas com -i-. Exemplos: • tu possuis • ele possui • tu constróis • ele constrói • tu móis • ele mói • tu róis • ele rói UAR e OAR Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritasom -e-. Exemplos: • Que eu efetue • Que tu efetues • Que ele atenue • Que nós atenuemos • Que vós entoeis • Que eles entoem ACENTUAÇÃO A acentuação gráfica é feita através de sinais diacríticos que, sobrepostos às vogais, indicam a pronúncia correta das palavras no que respeita à sílaba tônica e no que respeita à modulação aberta ou fechada das vogais. Os sinais diacríticos, que englobam os acentos gráficos e os sinais gráficos auxiliares, permitem a correta representação da linguagem falada na linguagem escrita, possibilitando também uma mais fácil leitura e compreensão do conteúdo escrito. Regras de acentuação das palavras oxítonas As palavras são oxítonas quando a última sílaba da palavra é a sílaba tônica, como: jacaré, cipó, cantar, anzol,… São naturalmente oxítonas as palavras terminadas em -r, -l, -z, -x, -i, -u, -im, -um e - om, não necessitando de acentuação gráfica. Palavras oxítonas acentuadas graficamente Oxítonas terminadas em vogais tônicas: sofá; dominó; purê; crochê; … Oxítonas terminadas no ditongo nasal -em ou -ens: mantém; porém; também; harém; … Oxítonas terminadas nos ditongos abertos -ói, -éu, -éi: chapéu; papéis; heróis; corrói; … Regras de acentuação das palavras paroxítonas As palavras são paroxítonas quando a penúltima sílaba da palavra é a sílaba tônica, como: adorável, órgão, perfume, mesa,… 40 EDITORA MONTCURSOS As palavras paroxítonas não são geralmente acentuadas e representam a maioria das palavras da língua portuguesa. Palavras paroxítonas acentuadas graficamente Paroxítonas terminadas em -r: ímpar; cadáver; caráter; … Paroxítonas terminadas em -l: fóssil; réptil; têxtil; … Paroxítonas terminadas em -n: hífen; éden; dólmen; … Paroxítonas terminadas em -x: córtex; tórax; fênix; … Paroxítonas terminadas em -ps: bíceps; fórceps; … Paroxítonas terminadas em -ã, -ãs, -ão, - ãos: órfã; órgão; sótão; … Paroxítonas terminadas em -um, -uns, - om, -ons: álbum; fórum; prótons; … Paroxítonas terminadas em -us: vírus; húmus; bônus; … Paroxítonas terminadas em -i, -is: júri; íris; tênis; … Paroxítonas terminadas em -ei, -eis: jóquei; hóquei; fizésseis; … Acentuação das paroxítonas e o Novo Acordo Ortográfico 41 EDITORA MONTCURSOS Com a entrada em vigor do atual acordo ortográfico, alguns acentos foram abolidos nas palavras paroxítonas: acento agudo nos ditongos abertos oi e ei; acento agudo na vogal i e na vogal u quando precedidas de ditongos; acento circunflexo nos ditongos oo e ee. Escrita depois do acordo ortográfico Palavras com oi: jiboia (antes: jibóia); boia (antes: bóia); paranoia (antes: paranóia); heroico (antes: heróico); joia (antes: jóia); … Palavras com ei: ideia (antes: idéia); europeia (antes: européia); alcateia (antes: alcatéia); geleia (antes: geléia); plateia (antes: platéia); … Palavras com i ou u: baiuca (antes: baiúca); feiura (antes: feiúra); … Palavras com oo: abençoo (antes: abençôo); perdoo (antes: perdoo); voo (antes: vôo); magoo (antes: magôo); enjoo (antes: enjôo); ... Palavras com ee: eles deem (antes: eles dêem); eles creem (antes: eles crêem); eles leem (antes: eles lêem); eles veem (antes: eles vêem); … Regra de acentuação das palavras proparoxítonas As palavras são proparoxítonas quando a antepenúltima sílaba da palavra é a sílaba tônica, como: pássaro, cantássemos, gráfico, pêssego,… Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas graficamente. Acento diferencial Com a entrada do Novo Acordo Ortográfico, alguns acentos diferenciais foram abolidos, outros se mantiveram inalterados. O acento foi abolido nas palavras pára, pólo, pêlo e pêra, ficando para, polo, pelo e pera. Exemplos: Para onde ele foi? Para de fazer isso, por favor! O acento mantém-se nas palavras pôr, pôde, têm e vêm, diferenciando as mesmas de por, pode, tem e vem. Exemplos: Você vai pôr a caixa aqui? 42 EDITORA MONTCURSOS Por onde ele foi? Acentos
Compartilhar