Apostila_-_Cosméticos_naturais_faça_você_mesmo_Atualizada

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faça você mesmoCosméticos naturais:
FERNANDA PASSOS
COSMÉTICOS NATURAIS: FAÇA VOCÊ MESMO
ESTE MATERIAL É PARTE INTEGRANTE DO CURSO ONLINE “COSMÉTICOS NATURAIS: FAÇA VOCÊ MESMO” DA EDUK (WWW.EDUK.COM.BR) 
CONFORME A LEI Nº 9.610/98, É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL E PARCIAL OU DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTE MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO AUTOR (ARTIGO 29)
- 2 -
O curso
Já imaginou fazer seus próprios 
cosméticos? Neste curso, você vai 
aprender a cuidar da pele e dos 
cabelos com produtos naturais e 
simples, livres de componentes 
sintéticos nocivos para nutrir o 
seu corpo com o que há de me-
lhor. Fernanda Passos volta à 
eduK para apresentar o conceito 
de “alimentos para a pele”, o cha-
mado “skin food”. Ela vai mos-
trar como fazer vários produtos: 
hidratante-base para pés, mãos e 
cutícula, máscara de argila, loção 
tônica, óleo de massagem capilar, 
condicionador e manteiga hidra-
tante. Conquiste a autonomia de 
saber exatamente o que alimenta 
sua pele e lucre produzindo cos-
méticos artesanais!
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NÍVEL DO CURSO iniciante
COSMÉTICOS NATURAIS: FAÇA VOCÊ MESMO
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A expert
Fernanda Passos iniciou sua car-
reira na área da Propaganda e 
Marketing, mas decidiu mudar 
seus rumos para a Medicina Ve-
terinária, no que é formada há 
mais de 15 anos. Desde a vida 
acadêmica, já nutria simpatia 
pelas terapias naturais e na pós-
-graduação se especializou em 
homeopatia. Porém, somente 
anos depois, após perdas signi-
ficativas e um período longo de 
reflexão, decidiu voltar aos es-
tudos, dessa vez dedicando-se a 
cosmética natural e aromatera-
pia. Possui a BATHS desde 2013 
e hoje também atua como Tera-
peuta Complementar, utilizando 
a Aromaterapia e a Cosmética 
natural para auxiliar no equilíbrio 
físico e emocional das pessoas. 
Busca mostrar que os cuidados 
e terapias naturais são compro-
vadamente efetivos e para todos, 
não apenas para vegetarianos ou 
veganos.
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INTRODUÇÃO..............................................................................5
CONHECENDO A PELE..............................................................6 
- A PELE...........................................................................................6 
- TIPOS DE PELE.............................................................................8
O QUE É SKIN FOOD?.................................................................9 
-CUIDADOS BÁSICOS COM A PELE..........................................10
PREPARANDO-SE PARA COMEÇAR....................................11
MATERIAL BÁSICO....................................................................12
FORNECEDORES.......................................................................12
FÓRMULAS E RECEITAS..........................................................13
HIDRATANTE-BASE..................................................................14
HIDRATANTE PARA PÉS, 
MÃOS E CUTÍCULAS.................................................................15
MÁSCARA DE ARGILA............................................................15
LOÇÃO TÔNICA FACIAL.........................................................16
CONHECENDO SEU CABELO.................................................17 
- COURO CABELUDO.................................................................17 
- O CABELO...................................................................................18 
- ESTRUTURA DO CABELO.........................................................19 
- TIPOS DE CABELO.....................................................................20 
- CUIDADOS COM OS CABELOS...............................................21
LOW POO, NO POO CO-WASH E BICARBONATO..............24
ÓLEO DE MASSAGEM CAPILAR............................................26
CONDICIONADOR NATURAL.................................................27
MANTEIGA HIDRATANTE PARA OS CABELOS..................28
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................30
Sumário
COSMÉTICOS NATURAIS: FAÇA VOCÊ MESMO
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CONFORME A LEI Nº 9.610/98, É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL E PARCIAL OU DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTE MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO AUTOR (ARTIGO 29)
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Introdução
Você sabia que a pele é o maior órgão do corpo humano? Pois é, e ela 
representa aproximadamente 16% do nosso peso corporal.
E você sabia que nossa pele absorve grande parte de tudo o que depo-
sitamos sobre ela? Tendo isso em mente, pare para pensar 5 minuti-
nhos em tudo o que está sobre ela. Cremes, óleos, sujidades, poluição. 
Pensou? 
Isso porque estamos falando só do que vai externamente. Nem fala-
mos sobre a influência da nossa alimentação! Por isso, é tão importan-
te conhecermos e nos atentarmos a tudo que usamos em nossa pele e 
couro cabeludo.
Qual é a composição dos produtos? Qual é a concentração de ativos? 
Como isso age nas diversas camadas da pele?
Neste curso, vamos falar um pouquinho sobre o conceito de “alimen-
tos para a pele”, o chamado “skin food”. Vamos também aprender 
alguns cuidados corporais, faciais e capilares, e vamos descobrir como 
fazer produtos para cuidar da pele e cabelos de maneira natural e sim-
ples, nutrindo-os com o que há de melhor.
Vamos agora aprender a cuidar da sua pele e cabelos de uma forma 
naturalmente simples e conquistar a autonomia de saber exatamente 
o que alimenta sua pele.
Espero que esse material seja um bom início para você alimentar me-
lhor seu corpo.
Obrigada pela confiança e ótimo curso!
COSMÉTICOS NATURAIS: FAÇA VOCÊ MESMO
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Conhecendo a pele
Epiderme: é a camada mais superficial da pele.
Ela é basicamente dividida em 4 camadas:
- camada córnea;
- camada granulosa;
- camada espinhosa;
- camada basal.
A PELE
Já falamos que ela é considerada o maior órgão do corpo e que 
corresponde a cerca de 16% do peso corporal. Tem funções de proteção, 
excreção, termorregulação, metabolismo, estimulação e recepção.
A pele é vital para nossa saúde e bem-estar. Além de atuar como 
a primeira linha de defesa do organismo contra bactérias e vírus, a 
pele saudável mantém o equilíbrio dos líquidos e ajuda a manter a 
temperatura corporal. 
Ela é altamente sensível, reagindo ao toque mais macio, assim como à 
dor. O estado da pele também pode ter um impacto significativo em 
nossa autoestima.
A pele é basicamente formada por três camadas: epiderme (a mais 
externa), derme e hipoderme (ou subcutânea).
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Na camada basal, “nascem as células’’. É aqui que as células vão se 
multiplicando e sendo empurradas para a superfície, até formarem a 
camada córnea (células mortas) e se desprenderem da pele. Esse é 
um processo natural do organismo e é chamado de renovação celular. 
Com o passar dos anos, esse processo torna-se menos eficiente e mais 
lento, por isso é importante alimentarmos nossa pele adequadamente 
e darmos um auxílio ao corpo promovendo a renovação celular por 
meio da esfoliação.
É na epiderme que fica também uma célula muito importante cha-
mada melanócito, que produz a melanina, que, por sua vez, gera a 
diferença nos fototipos de pele (muito clara, clara, morena até a pele 
negra). Quando nos expomos ao sol e ficamos bronzeados, é justa-
mente porque essa célula produziu e enviou à superfície o pigmento 
mais escuro. Isso, na verdade, foi uma tentativa de fazer a defesa ao 
organismo contra os raios UV.
Temos também outras células importantes na epiderme, que são nos-
sas células de defesa. Quando algo estranho penetra, essas células 
(chamadas Células de Langerhans) enviam informações para o SNC 
(sistema nervoso central). Um exemplo disso é quando temos alergia a 
determinados tipos de ativo de um cosmético. A reação imediata é de 
vermelhidão ou coceira. 
É também na epiderme que produzimos a queratina por meio da cé-
lula queratinócito.
Derme: é a segunda camada da pele.
Na derme, temos inúmeras estruturas e funções importantes, como os 
vasos linfáticos, as glândulas sebáceas (produzem sebo), as glândulas 
sudoríparas (produzem suor), e os importantíssimos e queridos fibro-
blastos.
Por que queridos? Porque são eles que produzem colágeno (sustenta-
ção da pele), elastina (elasticidade) e fibras reticulares (sustentação). 
E quem é que não adora uma pele firme, não é mesmo?
É na derme que acontecem as transformações da patologia conhecida 
como acne (conhecida popularmente como cravos e espinhas). Ela 
surge devido a uma série de fatores, como grande produção de sebo 
pela glândula sebácea, ataque de uma bactéria (exemplo: propinium 
bacterium acnes) ou fatores hormonais ou genéticos.
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TIPOS DE PELE
Conhecemos basicamente quatro tipos de pele: normais, secas, 
oleosas e mistas. Mas ainda é possível acrescentar as peles sensíveis, 
que são aquelas que ficam vermelhinhas com frequência, não toleram 
temperaturas muito altas ou muito baixas e tem propensão às alergias. 
Minha intenção aqui não é substituir uma dermatologista, por 
isso as informações serão bem práticas e superficiais, ok? Para 
informações e diagnóstico completo, é indicado sempre consultar 
um médico de sua confiança.
Você sabe qual é o seu tipo de pele? O autoconhecimento é muito 
importante para saber quais tipos de óleos, manteigas vegetais e ativos 
botânicos você vai escolher para utilizar nos seus cosméticos.
A seguir, você encontra um teste rápido para identificar seu tipo de 
pele. Mas, mais uma vez, para uma avaliação e análise mais completa, 
não deixe de consultar um dermatologista.
(imagem: https://lasenoritaelisa.com/2017/05/22/
como-determinar-seu-tipo-de-pele/)
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O que é “skin food”?
Skin food, ou alimento para a pele, é basicamente aquilo que 
aprendemos com nossas mães e avós. Quer ver? Você nunca fez aquela 
receitinha de máscara de abacate com mel para o rosto? Ou lavou o 
rosto com água de arroz para manter a pele linda? E esfoliou o corpo 
com borra de café? Sim, é exatamente isso. Alimento para a pele.
Tudo aquilo que podemos ingerir e que nos faz bem, faz bem também 
para nossa pele. Claro que a absorção de nutrientes pela pele e pela 
ingestão são completamente diferentes, mas lembra que lá no começo 
falamos sobre a pele absorver uma parte daquilo que depositamos 
nela? Então vale a pena prestarmos mais atenção aos tipos de produtos 
que estamos passando no corpo.
Vamos ver mais para frente, ao fazer os produtos, que usaremos alguns 
compostos como emulsificantes. Epa! Eu não como emulsificante! (Já 
sei, é o que você vai falar!). Mas calma. O importante é saber qual é 
a origem e como é sintetizado esse emulsificante (ou qualquer outro 
componente sintético).
Ingredientes sintéticos não são vilões pura e simplesmente. Por isso é 
necessário se informar para saber diferenciar ingredientes sintéticos 
NOCIVOS dos NÃO NOCIVOS.
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Mas como saber quais ingredientes sintéticos são nocivos ou não?
Na apostila do curso Cosméticos Veganos Artesanais, aqui na eduK, 
falei um pouquinho sobre isso. Vale a pena dar uma olhada.
O importante é saber que aqui, neste curso, não usaremos NENHUM 
componente que não seja liberado para cosméticos verdes, ok? Pode 
ficar tranquila(o).
CUIDADOS BÁSICOS COM A PELE
Agora que você já sabe qual é o seu tipo de pele poderá entender 
melhor como cuidar dela.
Basicamente os cuidados com a pele devem consistir em 4 passos: 
limpar, tonificar, hidratar e proteger.
Limpar: consiste em retirar as impurezas e sujidades da pele. Para 
isso, são usados demaquilantes, sabonetes, géis ou loções de limpeza. 
Vale descobrir o produto que melhor se adapta à sua rotina e ao seu 
tipo de pele.
Tonificar: passo importante e que geralmente não damos importância. 
A tonificação após a limpeza é essencial para ter uma pele saudável 
e bonita. É ela que vai ajudar a fechar os poros e reestabelecer o pH 
natural da pele, deixando a pele pronta para a hidratação.
Hidratar: é o passo que vai nutrir e restaurar sua pele. Importante para 
todos os tipos de pele. É essencial se atentar para utilizar o hidratante 
certo para seu tipo de pele.
Proteger: consiste em procurar não expor sua pele a situações 
agressivas extremas, como radiação solar forte, vento, frio etc.
A esfoliação da pele pode ser feita até 2 vezes por semana para peles 
normais e oleosas, e 1 vez por semana ou menos nas peles sensíveis 
e secas. Ela é um processo importante que ajuda na regeneração e 
renovação celular, e deve ser feita sempre com os produtos adequados 
para cada tipo de pele.
Ingredientes mais abrasivos (fubá, pó de café, açúcar etc): peles 
normais e oleosas
Ingredientes menos abrasivos (farinha de aveia, argilas, partículas 
mais finas): peles sensíveis e secas.
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“E O FILTRO SOLAR, USAR OU NÃO?”
Essa é uma questão bastante polêmica. Cada um deve formar 
sua própria opinião a respeito, buscando informações confiáveis, 
mas também levando em consideração fatores individuais. como 
região onde mora, estilo de vida, propensão genética e outros. 
É possível não usar filtro solar e se expor aosraios solares somente nos 
horários de menor radiação. 
Mas e quem trabalha na praia? Ou na neve, onde a radiação solar é 
muito intensa? Sabe-se que os filtros solares possuem componentes 
bastante nocivos à pele e à saúde de modo geral.
Mas, em alguns casos, não os usar pode ser ainda mais prejudicial. 
Então essa questão deve ser avaliada com muito cuidado e pesando 
bem os prós e contras. Uma coisa importante a se frisar é: NÃO EXISTE 
FILTRO SOLAR 100% NATURAL. Não dá para fazer em casa. Anotem 
isso e nunca se esqueçam.
Preparando-se para começar
Mas acho que você quer mesmo é colocar a mão na massa, certo? 
Então vamos lá! 
Antes algumas recomendações:
• Preste muita atenção quando estiver fazendo seus produtos. Foque 
totalmente no que está fazendo. Desligue o celular, concentre-se e 
se entregue ao processo. Isso é importante, acredite.
• Nossa intenção nunca é a de substituir um profissional da saúde. 
Nunca receite tratamentos e nunca substitua qualquer remédio 
por um produto caseiro sem a orientação de um profissional.
• Seja humilde e estude SEMPRE. Nunca sabemos o suficiente.
MATERIAIS BÁSICOS E LISTA DE FORNECEDORES
Para começar a fazer seus cosméticos naturais veganos você vai 
precisar de alguns materiais básicos. A partir disso, você vai sentindo 
suas necessidades e adquirindo novos instrumentos, desenvolvendo 
sua própria metodologia de produção.
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Material básico
Fornecedores
• Fogão elétrico portátil
• Termômetro digital infravermelho
• Béquer de vidro
• Bastão de vidro
• Balança de precisão
• Espátula de silicone
• Tigelas de cerâmica, vidro ou plástico
• Batedeira
• Mixer
Mercado Livre
www.mercadolivre.com.br
Fogão, balança e termômetro
Comercial Poly – SP
R. Silveira Martins, 48 – Sé, São Paulo - SP
Béquer, bastões de vidro, materiais de 
laboratório, álcool de cereais
Lojas na região da Rua Silveira Martins, 
em SP
Embalagens de vidro e plástico
Engenharia das essências
Oleoresina de alecrim, vitamina E, 
Polawax, Armocare e Nipaguard (apenas)
Zona Cerealista – Centro de SP
Ervas, plantas e flores desidratadas
GM Ceras
www.gmceras.com.br
Cera de carnaúba
Destilaria Bauru
www.destilariabauru.com.br
Óleos graxos, manteigas, óleos essenciais 
e glicerina vegetal
Laszlo
www.emporiolaszlo.com.br
Óleos essenciais e óleos graxos 
By Samia
www.bysamia.com.br
Óleos essenciais
Pria Aromaterapia
www.pria.com.br/shop
Óleos essenciais
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Fórmulas e receitas
As receitas dos produtos estão com as quantidades em % entre 
parênteses para que possam ser ajustadas de acordo com a quantidade 
que você quiser fazer.
Não “dobre” a receita simplesmente. Faça os cálculos em porcentagem 
para saber exatamente as quantidades corretas.
EXTRATO NATURAL
Benefícios: você sabe exatamente o que tem dentro do seu extrato natural.
Aqui vão 3 tipos de extratos que você pode fazer e utilizar em seus 
cosméticos naturais.
OLÉO MACERADO
Pode ser usado para substituir o óleo vegetal nas formulações.
Ingredientes
• 5 colheres de sopa de óleo vegetal de boa qualidade
• 1 colher da erva/planta seca e triturada que quiser
Preparo
Coloque em um frasco de vidro escuro, tampe e agite. Mantenha por 
30 dias, agitando todos os dias. Após 30 dias, coe em pano limpo e 
guarde em local abrigado da luz e do calor.
INFUSÃO
Pode ser usada no lugar da água em preparações.
Ingredientes
• 1 litro de água destilada ou deionizada
• 2 colheres de sopa da erva/planta 
Preparo
Deixe ferver por 2 minutos. Abafe e deixe repousar por 15 minutos. 
Coe e use instantaneamente.
GLICERINA VEGETAL
Pode ser usada para substituir a glicerina vegetal bidestilada nas 
formulações.
Ingredientes
• 25 g de erva/planta seca e triturada
• 110 g de glicerina vegetal bidestilada
• 15 g de álcool de cereais
Preparo
Coloque tudo em um frasco de vidro escuro e agite bem. Deixe 
descansar por, no mínimo, 30 dias, agitando todos os dias. Coe em 
pano limpo e armazene em vidro abrigado do calor e da luz.
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- 14 -
PREPARO
• Antes de começar o preparo, esterilize o recipiente 
onde vai colocar seu creme.
• Pese os ingredientes da fase óleo, coloque em um bé-
quer e reserve.
• Pese os ingredientes da fase água, coloque em um bé-
quer e reserve.
• Pese os ingredientes da fase fria, coloque em um bé-
quer e reserve.
• Aqueça a fase óleo e a fase água em banho maria ou 
fogão elétrico controlando a temperatura até 70°/75°C.
• Retire da fonte de calor. No béquer da fase água, crie 
um redemoinho utilizando o mixer. Acrescente a fase 
óleo delicadamente enquanto bate com o mixer. 
• Bata com o mixer, desligando e ligando, até que a mis-
tura atinja a temperatura entre 30°/35°C. Nesse ponto, 
acrescente a fase fria.
• Misture bem e envase.
Benefícios: hidrata e nutre a pele com segurança e 
suavidade. Pode ser usado em todas as partes do cor-
po, basta alterar os óleos e manteigas sugeridos nesta 
fórmula.
Formas de uso: como hidratante neutro para diversas 
partes do corpo, como base para hidratantes especí-
ficos e para máscaras de argila.
Hidratante-base (200g)
INGREDIENTES
Fase óleo
• 20 g de manteiga de cupuaçu (10%)
• 10 g de óleo de macadâmia (5%)
• 14 g de Polawax - emulsificante 
não iônico permitido para 
cosméticos verdes (7%)
Fase água
• 144 g de água deionizada (72%)
• 4 g de glicerina vegetal 
bidestilada (2%)
Observação: a glicerina aqui pode 
ser substituída por um extrato 
botânico glicerinado ensinado 
no curso Cosméticos veganos 
artesanais.
Fase fria
• 2 g de vitamina E (1%)
• 0,4 g de oleoresina de alecrim (0,2%)
• 2 g de Nipaguard - conservante 
livre de parabenos e 
formaldeídos liberado para uso 
em cosméticos verdes (1%)
VALIDADE - 8 meses.
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- 15 -
PREPARO
PREPARO
• Separe uma quantidade do hidratante-base.
• Acrescente 1% de óleo essencial de Ylang-Ylang (efeito 
calmante, relaxante e facilitador do sono).
• Incorpore o óleo essencial no hidratante.
• Acrescente a argila.
• Aplique no rosto.
Dica 1: estude sobre os diferentes tipos de argilas e expe-
rimente associar com outros óleos essenciais que combi-
nem com o tipo de resultado que você espera. Por exem-
plo, óleos essenciais com propriedades calmantes asso-
ciados a argilas suavizantes. 
Dica 2: não utilize argilas em grávidas sem orientação 
profissional.
Benefícios: hidratar pés, mãos e cutículas, principal-
mente após esfoliação.
Modo de uso: aplicar nas regiões citadas.
Benefícios: a máscara de argila tem a função de hi-
dratar a pele, faz uma leve esfoliação, aumenta a pe-
netração dos nutrientes e dosoligoelementos e retira 
as impurezas profundas.
Recomendações: não utilizar utensílios de metal ao 
manipular a argila e não aplicar em feridas abertas.
Modo de usar: aplique a máscara de argila no rosto 
higienizado e massageie. Deixe agir por, no mínimo, 
20 minutos e, no máximo, 2 horas. Retire o excesso 
com papel e lave o rosto com água morna.
Hidratante para pés, 
mãos e cutículas
Máscara de argila
VALIDADE - 8 meses.
VALIDADE - 3 meses.
INGREDIENTES
• 15 g de hidratante-base
• 15 g de argila rosa (indicada para 
todos os tipos de pele, inclusive 
as sensíveis, por ser a mais suave)
• 3 gotas de óleo essencial de 
lavanda
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- 16 -
PREPARO
• Prepare uma infusão de calêndula, conforme descrito 
na receita do Extrato natural.
• Deixe esfriar e acrescente o extrato glicerinado de hi-
bisco e o Nipaguard.
• Envase em frasco esterilizado e guarde abrigado do sol.
Benefícios: ideal para equilibrar o pH da pele.
Modo de usar: aplicar pela manhã e à noite, sempre 
depois da limpeza facial ou da máscara de argila.
Loção tônica facial
VALIDADE - 3 meses.
INGREDIENTES
• 200 g de água deionizada
• 1 colher de sopa de calêndula 
desidratada
• 2 g de extrato glicerinado de 
hibisco (1%)
• 1 g de Nipaguard (0,5%)
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Conhecendo seu cabelo
Existe um vasto material na internet dedicado aos cabelos, desde sites 
até blogs especializados. Então, aqui, temos um resumo só para não 
nos estendermos.
COURO CABELUDO
A pele que reveste nosso crânio é chamada de couro cabeludo. Ela 
possui as mesmas estruturas da pele do corpo, mas com espessuras 
diferentes, assim como nas diferentes partes do corpo. Está dividida 
em várias camadas; a mais superficial inclui os bulbos pilosos, que 
contêm pelos e cabelos. 
A renovação celular do couro cabeludo ocorre em 14 dias, mas pode 
ser acelerada em caso de inflamação. Comparativamente, a renovação 
das células da pele é mais lenta: 21 dias. As células mortas do couro 
cabeludo são eliminadas sob a forma de escamas minúsculas e 
invisíveis. No entanto, em caso de inflamação e hiperdescamação, as 
células mortas acumulam-se e tornam-se visíveis: a caspa.
Com uma superfície de cerca de 600 cm², o couro cabeludo constitui 
uma barreira física protetora onde estão implantados os cabelos. Muito 
resistentes, estes são formados por queratina.
COSMÉTICOS NATURAIS: FAÇA VOCÊ MESMO
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CONFORME A LEI Nº 9.610/98, É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL E PARCIAL OU DIVULGAÇÃO COMERCIAL DESTE MATERIAL SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO AUTOR (ARTIGO 29)
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O CABELO
Nosso cabelo, assim como todos os pelos do corpo, exerce a função de 
proteção.
Mas nós bem sabemos que ele vai além disso. É instrumento de diversão, 
de autoestima, sendo um adorno muito querido pela maioria de nós.
É composto por uma parte livre, o estame, e uma raiz. O estame emerge 
da superfície do couro cabeludo, enquanto a raiz está implantada no 
folículo piloso. 
O folículo piloso é a unidade de produção do cabelo. Todos os dias, 
nossos folículos pilosos produzem um milhão de novos queratinócitos. 
Essas células sintetizam a queratina, uma proteína fibrosa que compõe 
o cabelo e o torna extremamente sólido. 
O folículo comporta, na sua extremidade inferior, um bulbo com a 
papila dérmica na sua base. Aí, afluem pequenos vasos sanguíneos 
encarregados de transportar os nutrientes e oxigênio necessários ao 
crescimento do cabelo. Por isso, a alimentação é muito importante 
para a saúde também dos cabelos.
Acima do bulbo, encontra-se a glândula sebácea, responsável pela 
produção de sebo. Esse sebo é responsável por lubrificar o cabelo 
permanentemente. 
Para que possamos ter um desenvolvimento celular perfeito e um 
crescimento dos cabelos normal, é necessário que toda essa estrutura 
– o folículo piloso, esteja funcionando perfeitamente e que todos os 
nutrientes estejam chegando às células matrizes. Qualquer alteração 
na alimentação, uso de medicamentos, alteração hormonal ou fator 
psíquico pode causar uma alteração na reprodução celular e, com 
isso, prejudicar a produção do fio de cabelo.
O estame (a parte visível do fio) é formado por três partes diferentes: 
a medula, o córtex e a cutícula. A cor encontra-se no córtex e varia de 
indivíduo para indivíduo.
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Já a cutícula é a parte externa do fio. É composta basicamente por 
camadas de queratina e ceramidas que agem em conjunto para manter 
as estruturas bem fechadas em seu devido lugar, assim como as escamas 
de um peixe. Sua função é proteger o córtex e criar uma barreira para 
produtos químicos, assim, protegendo os fios de agressões externas e 
ajudando a manter a água e outras substâncias dentro do fio de forma 
natural e duradoura.
Os processos químicos, como a tintura, o permanente e os diferentes 
tipos de alisamento ou progressiva retiram a camada protetora de 
gordura da cutícula, causando os conhecidos “danos químicos”. Outros 
agressores famosos contra a saúde da cutícula são o secador, a chapinha 
e o babyliss, assim como o excesso de penteados e escovas. O calor 
excessivo e a fricção constante rompem a proteção da cutícula e causam 
danos sérios às células dos fios.
O mecanismo que controla a abertura ou o fechamento da cutícula 
reage principalmente a dois fatores: temperatura e pH. Produtos com pH 
levemente ácido (entre 4,5 e 5) ajudam a fechar as cutículas, deixando o 
cabelo mais macio e bonito.
O córtex é o coração do cabelo e a região mais importante do fio, sendo o 
grande responsável por definir a forma, a cor, a resistência, a elasticidade, 
a quantidade natural de umidade dos fios e sua força. É nessa região do 
fio que as proteínas originadas pela queratina se agrupam paralelamente 
dando resistência ao fio.
Como essa camada do fio é mais interna, seus danos são mais severos. 
Quando ocorrem, geralmente rompem a capacidade do córtex de manter 
a umidade (hidratação) dos fios e deixam o cabelo ressecado e frágil.
A medula, por sua vez, é a parte central do fio, que fica sob o córtex e a 
cutícula. No entanto, não há informações precisas sobre a sua função e sua 
presença ao longo do cabelo é, muitas vezes, ausente. Inclusive, muitos 
especialistas acreditam que ela apareça apenas em cabelos brancos.
ESTRUTURA DO CABELO
A estrutura do cabelo depende de três fatores: as propriedades da 
superfície, o grau de curvatura do fio e o diâmetro da fibra capilar.
São esses fatores que determinam se o cabelo é liso, grosso, fino, 
ondulado, cacheado etc.
Superfície
Diz respeito basicamente ao fato do cabelo ser quimicamente modificado 
ou virgem. Quando tingido, alisado por progressiva, queratina ou 
relaxamento, ou cacheado por permanente, o escudo hidratante natural 
do cabelo, composto por uma pequena camada de ácidos graxos 
protetores, também conhecida como camada F,é eliminado, afetando a 
estrutura celular do cabelo. 
A camada F age como um impermeabilizante para o fio capilar, o que 
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explica, por exemplo, os cabelos tingidos ou quimicamente tratados 
absorverem água como uma esponja. Quando úmido, o cabelo tingido 
pode aumentar seu peso em até 200%, enquanto um cabelo virgem 
aumenta no máximo entre 12 e 18%. 
Essa camada também é responsável por manter a cutícula suave e leve, 
o que permite ao cabelo refletir luz e brilho. Ao retirá-la, os tratamentos 
químicos geralmente fazem com que o cabelo fique com uma aparência 
opaca e apagada caso não tenha uma rotina de cuidados intensa.
Curvatura
A curvatura do cabelo é o termo técnico utilizado para se referir ao 
grau de cacho de uma fibra capilar. À medida em que o grau do cacho 
aumenta, outras propriedades da fibra, como o diâmetro, passam a ser 
menos decisivas para o visual final que o cabelo vai ter e como ele vai se 
comportar com o clima e a rotina. 
Cada fibra capilar cacheada tem um padrão de crescimento natural 
único e pode retorcer-se e girar em múltiplas direções. O cacheado 
pode variar desde cachos bem definidos naturalmente a outros em que 
a fibra tem um padrão próprio e diferente de cacho, criando um visual 
mais ¨bagunçado¨. 
Diâmetro
Para que um fio ou fibra capilar seja considerado grosso ou fino, mede-
se seu diâmetro, independentemente da quantidade de fios que uma 
pessoa tenha no total.
O diâmetro do cabelo humano varia entre 15 micrometros (muito fino) 
e 170 micrometros (extremadamente grosso), sendo entre 60 e 110 
micrometros o diâmetro da raiz no couro cabeludo. 
Quanto mais grosso for o cabelo, por exemplo, maior a probabilidade 
de que adquira frizz e se sinta áspero, por isso é essencial usar produtos 
altamente hidratantes. Em contrapartida, a estrutura de cabelo muito 
fina, por ser bem lisa e flexível, dificilmente mantém um penteado por 
muito tempo, tendendo a regressar ao seu estado liso natural.
TIPOS DE CABELO
Os cabelos podem ser secos, oleosos, normais ou mistos. Mas como 
sabemos exatamente como é nosso cabelo? Veremos a seguir.
Cabelos secos
São os cabelos não sedosos, devido à pouca produção de gordura pelas 
glândulas sebáceas do couro cabeludo. Essa produção não é suficiente 
para lubrificar o cabelo até as pontas, causando pouca hidratação. 
Consequentemente, o cabelo tem pouco brilho e é quebradiço.
O cabelo tanto pode ser seco por uma característica natural, como pode 
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ser uma condição adquirida (devido à poluição, uso inadequado de 
produtos capilares, dentre outras causas). 
O cabelo seco tem pouca irrigação nas pontas, porém recebe irrigação 
concentrada na raiz, o que reduz a perda de cabelo.
Cabelos oleosos
Cabelos com alto teor de oleosidade, devido à produção excessiva de 
gordura pelas glândulas sebáceas do couro cabeludo.
Ficam com aspecto sujo muito rapidamente. Passar a mão nos cabelos 
e utilizar água muito quente durante a lavagem potencializam a 
oleosidade.
O cabelo oleoso tende a ter a irrigação distribuída ao longo dos fios, 
diminuindo a irrigação na raiz, o que aumenta a perda de cabelo.
Cabelos normais
Cabelos que não apresentam características marcantes de oleosidade 
em excesso, nem de ressecamento excessivo. Têm produção de gordura 
pelas glândulas sebáceas do couro cabeludo equilibrada e regular, 
de modo a lubrificar o cabelo da raiz às pontas. Dispensam grandes 
cuidados para exibir um aspecto brilhante e saudável.
Mas nada impede que cabelos predominantemente normais não 
possam apresentar oleosidade excessiva ou ressecamento em algumas 
situações, como mudança de água, clima etc.
Cabelos mistos
São os cabelos que apresentam raiz mais oleosa e fios mais ressecados. 
Talvez sejam o tipo mais comum de cabelo.
CUIDADOS COM OS CABELOS
Cabelo é tecido morto? Sim, é, uma vez que ele não se regenera. Mas isso 
não significa que você possa tratá-lo de qualquer maneira e tudo bem.
Em uma matéria de 2007 da revista de pesquisa da FAPESP, a 
pesquisadora Inés Joekes, da Universidade Estadual de Campinas 
(Unicamp), fala sobre os testes feitos por sua equipe que apontam os 
danos causados pelo uso de shampoos e condicionadores comuns, 
esses que encontramos nas farmácias e supermercados.
Os testes apontam que o uso constante de shampoos e condicionadores 
industrializados afeta diretamente a saúde dos cabelos, causando danos 
nas cutículas e no córtex capilar.
Os principais vilões apontados pelos testes foram os detergentes usados 
nos shampoos, como o lauril sulfato de sódio, e o silicone presente nos 
condicionadores.
Veja alguns trechos da matéria:
“Em experimentos no laboratório de físico-química aplicada da Unicamp, Carla 
decidiu verificar o que cuidados simples diários, como a lavagem com xampu, a 
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escovação e o uso de secador, faziam com o cabelo. Em uma primeira bateria 
de testes, ela colocou mechas de cabelos castanhos que nunca haviam passado 
por tratamento químico de molho por 8, 16, 24 e 32 horas em um recipiente 
com água a 40 graus Celsius e uma pequena dose do principal componente 
ativo dos xampus, o detergente lauril sulfato de sódio. Analisando os fios ao 
microscópio eletrônico, Carla constatou que a partir de 16 horas de lavagem – 
ou dois meses de banhos diários de 15 minutos – surgiram buracos e trincas na 
cutícula, a parte mais externa dos fios, composta por 6 a 18 camadas de placas 
sobrepostas como escamas. Os danos aos fios aumentaram quando, numa 
segunda etapa, Carla tentou reproduzir uma situação mais próxima à que as 
mulheres enfrentam no cotidiano. Em vez de deixar as amostras de cabelo de 
molho, ela passou a esfregá-las suavemente com xampu por dois minutos, antes 
de enxaguá-las com água quente. Em seguida escovou as mechas molhadas, 
secou-as com um secador de cabelos e tornou a penteá-las. Desta vez os 
prejuízos apareceram mais cedo. “A partir de 20 repetições começa a haver 
danos nas cutículas”, conta Carla.”
“Nos estudos sobre os efeitos da limpeza do cabelo, publicados na Colloids 
and Surfaces B, Carla e Inés apresentam a explicação completa de como o 
detergente do xampu afeta a integridade e a cor dos fios. A água penetra por 
espaços entre as cutículas, levanta-as e dissolve o material depositado entre 
elas – em geral, restos de células mortas -, originando pequenas cavidades. O 
detergente do xampu acelera a formação de buracos nas camadas internas das 
cutículas e extrai as gorduras naturais do fio.”
“O silicone, no entanto, não é completamente inócuo: ele adere ao fio e não sai 
facilmente no enxágue. Desse modo, facilita o acúmulo de sujeira e exige o uso 
de mais detergente na próxima lavagem. ‘Muitas pessoas que acreditam ter 
cabelo oleoso, na verdade, não têm’, diz Inés. ‘Essa oleosidade se deve ao uso de 
xampu inadequado, contendo silicone’. “
“O cosmético que mais ameniza a ação nociva dos xampus são os condicionadores. 
Formulados à base de gorduras e de umdetergente diferente dos usados nos 
xampus, os condicionadores preenchem as cavidades abertas na superfície e 
no córtex do cabelo e fecha as cutículas, aumentando a capacidade dos fios 
de refletirem a luz – razão por que parecem mais brilhantes. Inés comprovou 
também que o condicionador altera as propriedades mecânicas do cabelo. ‘Esse 
cosmético deixa os fios mais homogêneos no que diz respeito à capacidade de 
resistir ao estiramento’, explica. Como resultado, menos fios frágeis se rompem 
no pentear.”
Vale muito a pena ler a matéria completa. O link está no fim da apostila.
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Já vimos então que agentes detergentes e silicones são prejudiciais aos 
fios. E o que mais podemos fazer para cuidar da nossa saúde capilar?
• Um dos mais importantes passos para uma raiz saudável é nunca 
deixar os cabelos sujos por muito tempo. Conhecer seu cabelo é 
um fator muito importante para determinar a frequência das suas 
lavagens. Não há necessidade de lavar os cabelos todos os dias, salvo 
situações onde se faça necessário, como couro cabeludo oleoso em 
lugares muito quentes. Fora isso, tente equilibrar a quantidade de 
lavagens.
• Na hora de lavar, deve-se tomar muito cuidado com a temperatura 
da água. A água muito quente estimula as glândulas sebáceas, 
resseca os cabelos agredindo a queratina e provoca a abertura das 
cutículas dos cabelos. E como resultado disso, o cabelo quebra com 
mais facilidade. Procure lavar sempre com água morna. Se conseguir 
com água fria, melhor ainda.
• Enxágue bem os cabelos. O acúmulo de produtos na raiz dos cabelos 
pode entupir os poros do couro cabeludo, que é por onde os fios 
saem, prejudicando a nutrição dos fios. 
• A hidratação é também um poderoso aliado para quem sofre com 
o ressecamento no couro cabeludo e descamação, que pode ser 
causada principalmente pela queda de temperatura. 
• Cabelos cacheados são naturalmente mais secos, por isso demandam 
ainda mais atenção à hidratação. Procure usar óleos vegetais e 
manteigas com alto poder hidratante e que auxiliam na estruturação 
dos cachos, como ó óleo de rícino e a manteiga de murumuru.
• Não existem produtos que possam atenuar o dano do calor excessivo 
por secadores e chapinhas no couro cabeludo. Por isso, ao usar o 
secador, o ideal é manter a distância de, em média, 15 centímetros 
da raiz e, no caso da chapinha, não usar todos os dias.
• A alimentação também é um forte aliado para a nutrição do couro 
cabeludo. Os fios são compostos por substâncias que adquirimos 
através da alimentação. Por isso, uma dieta equilibrada é importante 
para que os nutrientes cheguem ao couro cabeludo e, como 
consequência disso, cabelos fortes e saudáveis.
• Beba água. Sempre!
Com esses cuidados simples, não há cabeleira que não fique linda!
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Low poo, no poo, co-wash e bicarbonato
Com a infinidade de informação que temos hoje na Internet, termos 
como esses acima se tornaram mais frequentes no dia a dia de quem 
procura informações sobre como cuidar dos cabelos de maneira mais 
natural.
Existem blogs e grupos em redes sociais que podem te instruir de 
maneira muito eficaz com relação a todos esses termos.
Aqui vão algumas informações sobre eles:
Low poo: técnica em que o shampoo é usado moderadamente e com 
restrições. Os shampoos usados para o low poo não podem conter 
sulfatos (ou conter sulfatos mais leves), assim, a barreira lipídica não é 
totalmente retirada, diminuindo o ressecamento dos fios.
No poo: técnica em que não há uso de shampoos e nenhum sulfato. 
Para aderir a essas técnicas é importante observar os rótulos dos 
produtos e fugir de nomes como Sodium Lauryl Sulfate (lauril sulfato 
de sódio), Ammonium Laureth Sulfate (lauril éter sulfato de amônio) 
e Sodium Laureth Sulfate (lauril éter sulfato de sódio).
Substâncias a se fugir aderindo ou não às técnicas:
Sodium trideceth sulfate;
Sodium sulfate coconut;
Laurylsulfate and ammonium laureth;
TEA lauryl sulfate;
TEA dodecylbenzenesulfonate;
Alkylbenzene sulphonate;
Ammonium or sodium xylenesulfonate.
Co-wash: usa-se o condicionador para lavar os cabelos. É utilizado 
por quem tem cabelos mais ressecados. Acredita-se que lavando os 
cabelos apenas com condicionador (que deve ser próprio para co-
wash e não ter as substâncias proibidas, como petrolatos, silicone e 
parafina), o cabelo não perde sua barreira lipídica e, devido ao pH 
mais ácido, mantém as cutículas fechadas, não danificando os fios e 
preservando a hidratação. 
Lavagem com bicarbonato de sódio: técnica em que se utiliza apenas 
o bicarbonato como shampoo. Algumas pessoas têm dificuldade em 
lidar com a falta de espuma, mas se você realmente estiver em busca 
de uma vida mais natural, é interessante tentar. Basta dissolver 1 
colher de bicarbonato de sódio em 1 copo de água e aplicar no couro 
cabeludo, da raiz para as pontas. Massagear bem o couro cabeludo, 
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deixar agir de 1 a 3 minutos e enxaguar bem. Se o cabelo for mais 
longo, é possível aumentar a proporção, sempre 1 colher para 1 copo. 
É importante observar como seu couro cabeludo e seu cabelo reagem. 
Se continuar oleoso, aumente a dose. Se ressecar demais, diminua. 
Enxágue com vinagre de maçã: o vinagre de maçã é uma ótima 
alternativa natural para fechar as cutículas do cabelo e deixá-lo 
brilhante. Ele possui inúmeras propriedades benéficas para nossa pele 
e cabelos. É um anti-inflamatório e antioxidante natural, possui mais 
de 90 componentes nutricionais, entre eles, vitaminas, sais minerais, 
enzimas, aminoácidos, pectina e betacaroteno. É o menos ácido dos 
vinagres. Além disso, como já falamos anteriormente, o pH levemente 
ácido ajuda a fechar as cutículas do cabelo, selando e mantendo a 
textura lisa dos fios. 
Para usar o vinagre de maçã nos cabelos, você precisa diluí-lo 
em água e aplicar nos cabelos após a lavagem. Você vai encontrar 
diversas diluições para aplicar nos cabelos. Cada um faz de um jeito, o 
importante é diluir e analisar como seu cabelo se comporta. A diluição 
que eu, Fernanda, costumo usar é de 1 colher de sopa em 2 copos de 
água, mais ou menos. Aplico essa solução desde o couro cabeludo 
até as pontas, massageio bem o couro e deixo agir por uns minutos 
enquanto termino o banho. Faço um último enxague bem rápido, 
apenas para tirar o excesso de vinagre e seco.
Você pode “turbinar” o seu vinagre de maçã com ervas (alecrim, 
lavanda, tomilho etc), óleos essenciais (alecrim, lavanda, cipreste, 
hortelã etc) ou mel. Todos esses aditivos podem trazer ainda mais 
benefícios para seus cabelos.
Importante: o vinagre de maçã precisa ser de boa qualidade e orgânico.
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PREPARO
• Misture todos os ingredientes em um béquer de vidro 
e envase em frasco escuro com conta gotas para faci-
litar a aplicação.
Dica: experimente trocar o óleo essencial de alecrim ou 
cipreste por hortelã-pimenta. 
Benefícios: estimula a circulação, hidrata o couro ca-
beludo, auxilia no tratamento da caspa.
Formas de uso: aplicar algumas gotas diretamente 
no couro cabeludo e massagear bem. Deixar agir por, 
no mínimo, 10 minutos, e lavar como de costume. O 
uso pode ser feito até 2 vezes por semana.
Óleo de massagem capilar (60g)
INGREDIENTES
• 30 g de óleo de rícino (mamona) 
(50%)
• 30 g de óleo de oliva macerado com 
alecrim (50%)
• Aproximadamente 12 gotas de óleo 
essencial de alecrim (0,5%)
• Aproximadamente 12 gotas de óleo 
essencial de cipreste (0,5%)
• 0,6 g de oleoresina de alecrim 
(0,5%)
VALIDADE - 6 meses.
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PREPARO
• Fase água: em um recipiente, pesar a água deioni-
zada com o ácido lático e o Armocare. Misture bem e 
leve ao fogo até dissolver todo o Armocare (aproxima-
damente 60°C).
• Após dissolver, bater com um mixer. A solução deve 
estar transparente. Se ficar leitosa, pingue ácido láti-
co, uma gota por vez, e misture. Faça isso até observar 
que ficou transparente. Reserve.
• Fase óleo: em outro recipiente, pese a manteiga, o 
óleo e o álcool cetílico. Leve ao fogão elétrico até der-
reter. Reserve. CUIDADO: álcool cetílico é inflamável. 
Atenção ao manusear!
• Quando os dois recipientes (o de água e o dos óleos) 
estiverem a 70°C, colocar o mixer no recipiente da fase 
água e bater enquanto acrescenta delicadamente a 
fase óleo. Bata até incorporar.
• Quando chegar a 50°C, acrescente o ácido cítrico dis-
solvido em um pouquinho de água deionizada.
• Meça o pH. Ele deve estar entre 4 e 4,5. Caso não este-
ja, fazer mais um pouco da solução de ácido cítrico + 
água e pingue gota a gota até chegar ao pH ideal.
• Coloque pouco a pouco o Nipaguard, mexendo com 
uma espátula. Não coloque mais o mixer.
• Deixe esfriar bem e acrescente o óleo essencial, sem-
pre misturando com uma espátula.
Dica: colocar o Nipaguard é a parte mais complicada. O 
conservante tende a “desandar” um pouco o condiciona-
dor, mas não se preocupe, faça tudo bem devagar, acres-
centando bem aos pouquinhos, que dará certo. Quando 
o condicionador esfriar, a textura estará mais encorpada.
Benefícios: hidrata e amacia os fios sem pesar. Pode ser usado para fazer co-wash.
Formas de uso: utilize uma pequena quantidade e aplique nos cabelos, do comprimen-
to para as pontas. Deixe agir por 1 ou 2 minutos e enxágue.
Condicionador natural (500g)
INGREDIENTES
• 458,5 de g água deionizada (91,7%)
• 1 g de ácido lático (0,2%)
• 10 g de Armocare - emulsificante 
derivado de fonte vegetal liberado 
para cosméticos verdes (2%) 
• 2,5 g de manteiga de cupuaçu 
(0,5%)
• 7,5 g de óleo vegetal de macadâmia 
(1,5%)
• 15 g de álcool cetílico (3%)
• 2,5 g de Nipaguard (0,5%)
• 0,5 g de ácido cítrico (0,1%)
• 2,5 g de óleo essencial à sua escolha 
(0,5%)
VALIDADE - 5 meses.
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PREPARO
• Em um recipiente, derreta as manteigas e a cera de 
carnaúba.
• Em outro recipiente maior, pese os óleos vegetais, a 
oleoresina e a vitamina E.
• Quando as manteigas e a cera derreterem, acrescente 
no recipiente com os óleos frios. Leve para a geladeira 
até endurecer.
• Quando a mistura estiver sólida, bata com uma bate-
deira até ficar na consistência de manteiga.
• Envase e guarde abrigada do sol e do calor excessivo.
Dica: experimente usar essa manteiga para hidratar tam-
bém o corpo no frio. É maravilhosa!
Benefícios: hidrata profundamente, nutre, ajuda na 
reposição da camada lipídica, mantém os cabelos 
fortes e bonitos.
Formas de uso: coloque uma pequena quantidade 
nas palmas das mãos, esfregue para derreter e apli-
que mecha a mecha. Deixe agir por, no mínimo, 1 
hora e lave normalmente. Você também pode aplicar 
antes de dormir e lavar só no dia seguinte.
Manteiga hidratante para 
os cabelos (100g)
INGREDIENTES
• 40 g de manteiga de carité (40%)
• 20 g de manteiga de cupuaçu (20%)
• 4 g de cera de carnaúba (4%)
• 20 g de óleo de castanha do Brasil 
(20%)
• 18 g de óleo de oliva (18%)
• 0,2 g de oleoresina de alecrim 
(0,2%)
• 1 g de vitamina E (1%)
VALIDADE - 6 meses.
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Considerações finais
• Lembre-se: você pode e deve alterar os ingredientes dos seus 
cosméticos para conseguir outros resultados. Estude bastante 
sobre as plantas, faça seus extratos, aprenda sobre as propriedades 
dos óleos vegetais e enriqueça seus cosméticos.
• Todas as receitas apresentadas neste material foram testadas 
e formuladas com base na minha produção, no meu dia a dia. 
Não me responsabilizo pelas alterações feitas nas porcentagens 
apresentadas nesta apostila.
• Use óleos essenciais sempre com muita responsabilidade. Eles são a 
alma das plantas e para extrair 1 gota são necessárias muitas plantas. 
Portanto, use com consciência e somente a quantidade que realmente 
precisar. Caso queira apenas perfumar seus cosméticos, existem 
ótimas essências sintéticas permitidas para cosméticos verdes.
• Mantenha todo seu material sempre muito limpo e esterilizado, 
diminuindo o risco de contaminações.
• Os produtos apresentados aqui NÃO substituem os medicamentos. 
Consulte sempre um médico.
• Todos os produtos são para uso externo, não devem entrar em 
contato com mucosas.
• Tenha sempre bons pensamentos ao manipular cosméticos 
naturais. Assim como a comida, nossos produtos vão alimentar 
a pele das pessoas. E toda sua energia vai para os seus produtos. 
Acredite, esse será o seu grande o segredo para bons resultados: 
BOAS ENERGIAS.
COSMÉTICOS NATURAIS: FAÇA VOCÊ MESMO
ESTE MATERIAL É PARTE INTEGRANTE DO CURSO ONLINE “COSMÉTICOS NATURAIS: FAÇA VOCÊ MESMO” DA EDUK (WWW.EDUK.COM.BR) 
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Referências bibliográficas
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WOLFFENBÜTTEL, Adriana Nunes. Base da química dos Óleos 
Essencias e da Aromaterapia: Abordagem Técnica e Científica. 2. ed. 
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A to Z Guide to Natural and Synthetic Chemicals in Cosmetics. [S.l.]: 
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conhecimentos-basicos-sobre-a-pele/estruture-e-funcoes-da-pele>