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Seja bem Vindo! 
 
 
Curso Auxiliar de Creche 
CursosOnlineSP.com.br 
Carga horária: 50 hs 
 
 
 
 
Conteúdo programático: 
Introdução 
A História das Creches 
Cuidados Pessoais 
Cuidados com o ambiente 
Cuidados com a criança 
A Adaptação ao Berçário e à Creche 
Rotina na Creche 
Atividades para adicionar na rotina 
A Arte de Contar Histórias 
Primeiros Cuidados 
Músicas Infantis / Cantigas de Roda 
Choro das Crianças: o que fazer? 
Livros recomendados 
Bibliografia 
 
 
 
Introdução 
 
O auxiliar de creche é o profissional responsável por auxiliar o 
professor com o cuidado dos materiais pedagógicos, participar dos 
cuidados relacionados à higiene, alimentação e educação, auxiliar 
as crianças nas refeições, ajudar na limpeza de equipamentos e 
brinquedos, e participar de todas as atividades propostas pela 
creche/escola. 
 
 
Algumas características fundamentais para quem quer trabalhar com crianças: 
 
- ter ética 
- gostar de crianças 
- trabalhar seu tom de voz para falar adequadamente com as 
crianças 
- ter agilidade e bom preparo físico 
- ser amável e firme ao mesmo tempo 
- receber bem os pequenos e seus familiares 
- ter muita educação com todos 
- saber falar corretamente e utilizar um vocabulário adequado para 
as crianças 
- querer aprender e se atualizar constantemente. 
O curso é indicado para todos os profissionais que já trabalham na 
área, e para todas as pessoas que desejam aprender um pouco 
mais sobre a profissão de Auxiliar de Creche, inclusive pais e 
professores. 
Além desse curso, para quem tiver interesse em estudar ainda 
mais, recomendamos alguns relacionados: 
Curso de Brinquedoteca e Aprendizagem Infantil 
Curso de Contação de Histórias 
Curso de Educação Especial 
Curso de Gestão da Educação Infantil 
Curso de Introdução à Alfabetização Infantil 
 
 
 
A História das Creches 
 
 
 
Antes de entrarmos na história das creches, vamos entender qual 
o significado da palavra “creche”. 
Creche vem do francês crèche, que significa «presépio, 
manjedoura», e daqui também o sentido de infantário. 
 
http://www.cursosonlinesp.com.br/item/Curso-Brinquedoteca-e-Aprendizagem-Infantil-%7B47%7D-40-horas.html
http://www.cursosonlinesp.com.br/item/Curso-Contador-de-Hist%F3rias-%7B47%7D-40-Horas.html
http://www.cursosonlinesp.com.br/item/Curso-Educa%E7%E3o-Especial-%7B47%7D-50-horas.html
http://www.cursosonlinesp.com.br/item/Curso-Gest%E3o-da-Educa%E7%E3o-Infantil-%7B47%7D-40-horas.html
http://www.cursosonlinesp.com.br/item/Curso-Introdu%E7%E3o-%E0-Alfabetiza%E7%E3o-Infantil-%7B47%7D-60-horas.html
A palavra "creche" sempre esteve relacionada a um serviço 
disponibilizado à população de baixa renda. Na creche, o horário 
de atuação era integral, e na pré-escola meio período, assim como 
o horário de funcionamento das escolas. De acordo com a 
definição da Constituição Federal e a LDB da Educação Nacional, 
crianças de 0 a 3 anos de idade podem frequentar as creches, e 
crianças de 4 a 6 anos de idade podem frequentar as pré-escolas. 
Desde a década de 1970, a creche é uma instituição em expansão 
no Brasil, porém o histórico de sua fundação é marcado por 
filantropia, omissão Estatal, ausência de orientação pedagógica, 
entre muitos outros problemas que colaboraram para que as 
creches fossem vistas como locais de proteção, guarda e 
acolhimento de crianças carentes, onde as mães precisavam 
trabalhar e não teriam onde deixar as crianças. 
Uma intensa necessidade de construção e manutenção de locais 
onde as crianças, filhos de operários, pudessem ficar durante o 
período que os pais trabalhavam, apareceu com o 
desenvolvimento industrial e comercial vivido pelo Brasil, e 
também consequente pela introdução feminina no mercado de 
trabalho. Entretanto, o desinteresse do Estado em se 
responsabilizar pela construção e manutenção das creches fez 
com que essas instituições sofressem discriminação, e acima de 
tudo, fez com que a creche ficasse enrolada em um confuso 
conceito de assistencialismo durante anos, o que impediu a 
construção de uma identidade bem estabelecida e bem definida 
não apenas para a própria instituição, como também para seus 
funcionários. 
As primeiras creches no Brasil, de acordo com Merisse (1997), 
eram focadas na ideia de fornecer "amparo" e "assistência" aos 
mais necessitados. Tanto as instituições educacionais, como as 
médico-assistenciais, têm sua origem passada nos abrigos ou 
asilos, que recolhiam os necessitados, para que não ficassem na 
rua, sem teto e sem comida. 
Conheça um pouco mais sobre a história das creches no Brasil: 
ATENDIMENTO À INFÂNCIA ATÉ 1900 -> nessa época existiu 
institucionalmente a Casa dos Expostos, que também era 
conhecida como "Roda", “Roda dos Expostos” e “Roda dos 
Enjeitados”. Neste lugar, eram deixadas as crianças não-
desejadas. A criação desse instituto deve-se a Romão de Mattos 
Duarte. 
 
 
 
 
1900 A 1930 -> os operários começaram a fazer protestos contra as 
péssimas condições de vida e de trabalho. Com o objetivo de 
enfraquecer os movimentos, os empresários começaram a 
possibilitar algumas escolas maternais e creches para os filhos de 
operários. As grandes cidades não possuíam infraestrutura urbana 
o suficiente em relação à moradias, saneamento básico, etc., e 
acabavam sofrendo riscos de constantes epidemias. A creche 
começou a ser acolhida por sanitaristas preocupados com as 
condições de vida da população operária. 
Muitas creches também foram criadas por grupos de mulheres de 
classes sociais mais altas, constituídas em associações 
filantrópicas ou religiosas. Os grupos ensinavam as mulheres das 
camadas populares a serem boas donas-de-casa e a cuidarem de 
seus filhos. Acreditavam que o melhor para a criança era o cuidado 
materno, e que o "cuidado em grupo", ou seja, as famosas creches, 
eram uma substituição inadequada. 
O Estado organizou em 1922, o 1º Congresso Brasileiro de 
Proteção à Infância, e as conclusões sobre a finalidade das 
creches foram: 
- Combater a pobreza e a mortalidade infantil; 
- Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que 
fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos; 
- Estimular a ideologia da família. 
1930 A 1980 -> designado como diretor do Departamento de Cultura, 
Mário de Andrade começa a organizar o "Parque Infantil". O 
objetivo dele era fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos 
fora do horário escolar. Para as crianças o parque proporcionava 
direito à brincar, à infância, e ao não trabalho. O foco era no caráter 
lúdico e artístico. 
Foi criado, em 1940, o Departamento Nacional da Criança no 
Ministério da Educação e Saúde. Verificou-se em 1950, que as 
medidas morais foram as que tiveram maior ênfase, então 
pretendiam domesticar as classes populares, evitando o instinto, a 
desordem e a tradição, e adicionando valores das classes médias. 
Nas creches chegam discursos pedagógicos que tentavam 
demonstrar que a ausência da relação afetiva mãe-filho tornava-
se irreversível em determinados momentos da infância, podendo 
produzir "personalidades psicopatas e delinquentes". 
Em 1960, aparecem os discursos pedagógicos relacionados com 
a teoria de privação cultural e da sua solução, que seria a 
educação compensatória. A privação cultural era baseada no 
conceito de que só havia um tipo de criança: a da classe média. 
Dessa forma, todas as outras crianças desfavorecidas 
economicamente comparadas a este tipo de criança eram 
consideradas "inferiores” e "carentes". Para eles, era como se 
faltassem determinados conteúdos e atitudes. 
Os movimentos sociais aumentam na década de 70, e com eles, 
surge uma proposta de creche mais afirmativa para as crianças, a 
família e a sociedade. 
Em 1975, o Ministério de Educação e Cultura instituiu a 
Coordenação de Educação Pré-Escolar. 
Em 1977, o Projeto Casulo foi criado, e era associado à Legião 
Brasileira de Assistência (LBA) que atendia crianças de 0 a 6 anos 
de idade e tinha como objetivo proporcionar às mães tempo livrepara que pudessem “ingressar no mercado de trabalho e, assim, 
elevar a renda familiar”. 
DÉCADA DE 1980 -> houve um avanço considerável com relação à 
Educação Infantil nesta década, como: 
 
- Estudos e pesquisas foram feitos, discutindo e buscando a função 
da creche e da pré-escola. 
- A ideia de que a educação da criança pequena - independente 
da sua origem social - é importante e que é uma necessidade 
social básica generalizou-se. 
- A creche e a pré-escola foram definidas pela Constituição de 
1988 como direito de família e dever do Estado oferecer esse 
serviço. 
Veja outras instituições: 
 
Em relação ao atendimento fornecido especificamente às crianças, 
as primeiras instituições criadas com esse intuito na Europa foram 
as salas de tutela ou as salas de asilo. 
“Seu objetivo era amparar a infância pobre e tinham como 
única preocupação a guarda pura e simples dessas crianças, o 
que era feito em instalações bastante inadequadas e com 
procedimentos que não envolviam qualquer preocupação 
educativa”. (KISHIMOTO, 1988, p. 44). 
A partir do século XVIII os asilos infantis começaram a ser 
construídos no Brasil. 
Escola Infantil: criada em 1816, na Escócia, por Robert Owen. 
Também fundou o Instituto para Formação de Caráter que era 
separado em 3 níveis: o 1º era a escola infantil, selecionado para 
crianças de 3 a 6 anos; o 2º era para as crianças de 6 a 10 anos 
de idade; e o 3º atendia alunos dos 10 aos 20 anos, e era 
disponibilizado durante a noite. 
 
Jardim de Infância: criado em 1873, na Alemanha, por Froebel. 
 
Imagem: Friedrich Froebel 
Casa dei Bambini (casa das crianças): na Inglaterra, no início do sec. XX, 
Maria Montessori trabalhou com crianças pobres de um bairro 
operário. 
 
 
Imagem: Maria Montessori 
 
O Infantário: também na Inglaterra, e no início do sec. XX, Margaret 
McMillan junto com sua irmã Raquel criaram esta instituição. 
 
 
Imagem: Margaret MacMillan 
 
Exceto o jardim de infância criado por Froebel em 1873, todas as 
outras instituições foram criadas para melhorar a vida de crianças 
pobres. Por isso é possível entender que o objetivo inicial das 
creches era servir como instituições assistenciais, ocupando o 
lugar da família, quando ausentes. 
 A Creche nos dias atuais 
 
 
 
 
A creche, assim como a sociedade, passou por diversas mudanças 
e, consequentemente, vários conceitos e valores foram 
modificados. Hoje, além do objetivo do "cuidar de forma afetiva", 
existe também o "cuidar pedagógico", além da preocupação com 
o desenvolvimento humano desde os primeiros meses de vida das 
crianças. 
Atualmente, a creche deve oferecer atividades diversificadas às 
crianças, que propiciem o desenvolvimento da linguagem mais 
cedo e de uma maneira mais complexa, e também o contato entre 
criança e adultos. A posição educativa da creche envolve tudo o 
que acontece no dia a dia e, de uma forma organizada, deve incluir 
os interesses da criança, assim como as necessidades de 
aprendizagem pessoal e social, além da comunicação e 
expressão, e conhecimento do mundo. 
 
 
Cuidados Pessoais 
 
 
Ao cuidar de crianças, o profissional também precisa cuidar do seu 
traje e de outros cuidados pessoais. Cada pequeno detalhe, como 
um cinto com fivela ou um brinco pontudo, podem colocar em risco 
a integridade física tanto do adulto, quanto da criança. Por isso é 
importante que esses profissionais estejam atentos às seguintes 
orientações: 
TRAJE 
 
Roupas: a roupa usada para cuidar das crianças deve estar limpa, e 
ser vestida apenas no interior da creche. Isso é importante para 
prevenir infecções, então o ideal é deixar uma roupa para usar 
apenas dentro da creche. A roupa deve ser confortável, para 
permitir o movimento e deixar a pele respirar. Veja algumas 
opções: camiseta de meia manga de malha ou cotton + calça de 
cotton ou tactel. 
 
 
Sapatos: rasteiras ou então sapatos fechados, porém sempre 
confortáveis, antiderrapantes e de uso exclusivo no interior da 
creche. No caso dos berçários, devem ser retirados (ficando 
apenas com as meias comuns ou aquelas antiderrapantes) ou 
então cobertos com sapatilhas específicas. 
Acessórios: o ideal é retirar brincos, piercings, anéis, cintos, colares e 
relógios de pulso durante o trabalho, e guardá-los em um local fora 
do alcance das crianças. 
Quando necessário, óculos de grau devem ser usados com cordão 
de segurança! 
Dica: nenhum objeto pequeno que caiba em um copinho de café 
deve estar ao alcance das crianças. Então fique atento com 
miçangas, botões, lantejoulas e outros pequenos detalhes. 
 
HIGIENE 
 
Mãos 
 
Lavagem das mãos: é fundamental que faça parte da rotina, 
principalmente entre as atividades. Lave sempre do cotovelo até a 
ponta dos dedos, espalhando o sabão em movimentos circulares. 
Lave bem os espaços entre os dedos, as palmas, os polegares, os 
dorsos das mãos e antebraços. Limpe bem as unhas. Enxague em 
seguida e seque as mãos com papel toalha descartável. 
Para não esquecer, veja abaixo alguns momentos essenciais para 
a lavagem das mãos: 
-ao chegar na creche; 
-antes e depois de cada troca de fraldas; 
-antes e depois de cada refeição; 
-antes e depois da sua própria higiene; 
-antes e depois de qualquer situação onde haja manipulação de 
dejetos (fezes, vômito, urina, suor, secreções nasais etc.) de 
crianças ou adultos. 
É necessário utilizar toalha descartável para secar as mãos. 
Aplicar álcool gel depois da lavagem também é uma ótima maneira 
de proteção, tanto para o adulto, quanto para a criança. 
Cabelos 
Para os profissionais com cabelos longos, é importante usá-los 
presos (faça um coque, um rabo de cavalo ou uma trança) por 
elásticos seguros, sem objetos muito pequenos ou com pontas que 
possam se desprender. 
Unhas 
Manter as unhas sempre curtas, limpas e de preferência sem 
esmalte, pois facilitam a manutenção da limpeza. 
Higiene Bucal 
A boca sempre deve estar limpa e bem cuidada e os dentes bem 
escovados, utilizando pasta de dente e já dando um bom exemplo 
às crianças. Não se esqueça de usar o fio dental regularmente. A 
higiene bucal é fundamental para o bem-estar de todos. 
Cheiros 
Evite usar perfumes e cremes com cheiros fortes, pois pode 
desencadear ou até agravar quadros alérgicos. Cigarros são 
proibidos na área da creche! 
Barba 
A barba deve ser curta e aparada, e os que a usam, precisam 
apresentá-la limpa e bem cuidada. 
Luvas 
As luvas são excelentes aliadas da segurança e higiene, pois 
podem ajudar e evitar infecções e a proteger ferimentos, até 
aqueles superficiais. As luvas devem ser descartáveis e macias, 
para que não machuquem as crianças. O uso da luva é 
recomendado no caso de lesões eventuais, para proteger de pus, 
sangue, catarro, lesões de pele e outros. Lembrando que cada luva 
pode ser utilizada uma única vez e descartada após o uso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidados com o ambiente 
 
 
 
As crianças ainda não têm noção dos perigos que um ambiente 
pode oferecer, então é preciso estar sempre atento, especialmente 
para a prevenção de acidentes. Não é questão de superproteção, 
mas sim de cuidar e educar, permitindo que a criança exerça a sua 
autonomia com segurança. 
Veja abaixo algumas dicas de segurança em relação ao ambiente: 
Mobiliário: os móveis devem ser, sempre que possível, fixados na 
parede. 
 
Tomadas e Fiação: devem estar acima do alcance das crianças, e 
quando não for possível, que sejam tapadas por protetores 
apropriados e, de preferência, escondidas por mobiliário. Cuidado 
também com os aparelhos que forem conectados a elas. Eles 
oferecem - além do risco de choques elétricos - quedas do próprio 
objeto, e também tropeços, tanto para adultos, quanto para as 
crianças. Garanta que estejam em local firme e, tanto os fios 
quanto os aparelhos, fora do alcance das crianças. 
 
 
Fios e cordas: devem estar fora do alcance das crianças, pois há o 
risco de enforcamento. Se forem utilizados fios e cordas durante 
atividades, que sejam com a supervisãodurante toda a execução 
das mesmas. 
 
Sacos plásticos: deixe fora do alcance das crianças. 
 
Cortinas: se possível, devem ser evitadas. Isso porque além de 
acumularem sujeira, podem desprender-se. Se não tiver outra 
opção, devem ser frequentemente lavadas. O ideal é optar por 
persianas plásticas pois são de fácil limpeza. 
 
Murais: são excelentes tanto para anotar recados, atividades das 
crianças e outras informações, porém é preciso ficar atento aos 
itens como grampos, alfinetes, tachinhas e ímãs pequenos. Evite 
esses pequenos acessórios e opte pelo uso de fitas adesivas. 
 
Portas: as portas precisam de cuidado no manejo. As portas que 
fazem a divisão de espaços de acesso exclusivo de adultos devem 
permanecer sempre trancadas. Os trincos devem estar fora do 
alcance das crianças. 
Existem opções de protetores de borracha para as portas, que 
evitam batidas bruscas. Também devem ser colocados fora do 
alcance das crianças. 
O sistema de meia porta diminui a necessidade do abrir e fechar, 
pois facilita a ventilação, visibilidade e define limites. 
Cuidado também com as chaves; mantenha-as em um lugar longe 
do alcance das crianças, como por exemplo, um claviculário. 
Ventiladores e aparelhos de ar-condicionado: como retêm e expelem muita 
poeira, precisam constantemente de limpeza, principalmente o 
filtro do ar condicionado. O ideal é que o ambiente seja arejado e 
iluminado com luz natural, pois é muito mais saudável, tanto para 
as pessoas que ficam no local, quanto para o meio-ambiente. Ligue 
o ar condicionado se o calor for intenso, mas sempre que possível 
leve as crianças para tomar ar em área externa. 
 
Iluminação: a iluminação natural é a melhor opção. Faça um 
planejamento de atividades ao ar livre, além do banho de sol diário, 
que deve ocorrer antes das 10h e após as 16h. 
 
Produtos de limpeza: produtos com cheiros fortes devem ser usados 
apenas quando as crianças não estiverem presentes. 
 
Ambiente do Sono das Crianças: 
 
- Nos berços os lençóis precisam estar ajustados ao colchão, para 
evitar que o rosto do bebê fique encoberto. 
- Deixe o colchão do berço na graduação mais baixa possível, para 
evitar quedas. 
- Cada criança deverá ter seu próprio lençol, que deve ser utilizado 
sempre que necessário e depois guardado em um saco protetor. 
- Os berços podem ser usados por mais de uma criança, desde 
que sejam em horários diferenciados e com a troca dos lençóis. 
- As roupas de cama devem ser lavadas frequentemente. O ideal 
é que a lavação seja feita diariamente e as roupas trocadas sempre 
que houver necessidade. 
- Tanto os colchonetes quanto os berços precisam manter uma 
distância de aproximadamente 90cm entre eles, para permitir a 
passagem de um adulto quando necessário. 
- Deite as crianças no mesmo sentido nos casos de colchonetes, 
evitando que pés e rostos se encontrem. 
- Se possível, opte pelos colchonetes de 10cm de espessura, pelo 
menos, feitos com espuma resistente, diminuindo a proximidade 
da criança com o chão. 
- Os colchonetes devem ser higienizados todos os dias. Faça uma 
solução com um litro de água e um copinho de álcool a 70 % ou 
água sanitária. 
- Remova e guarde os lençóis em local apropriado após guardar 
os colchonetes. Você pode mantê-los empilhados, porém não se 
esqueça de que deverão ser higienizados antes do próximo uso. 
- Cuidado com objetos e brinquedos que possam ser utilizados 
como "escada" ou melhor, "degraus", inclusive dentro do berço. 
Mantenha-os fora do alcance das crianças e apenas permita o uso 
com a supervisão dos adultos. 
- Se possível, forre o chão com alguma superfície lavável antes de 
colocar os colchonetes. Isso facilita a higienização dos mesmos. 
- O acompanhamento de algum adulto é obrigatório em todos os 
momentos do dia, inclusive na hora do sono das crianças. 
 
Som 
- As músicas devem ser adequadas à faixa etária; 
- Em relação ao volume, não deve estar tão alto que impossibilite 
as crianças de falarem e ouvirem umas às outras; 
- Durante a soneca ou na hora dos lanches, evite o som alto e 
dispersivo; 
- Em relação ao tom e volume da voz, procure sempre conversar 
com as crianças com voz acolhedora, calma e tranquila, passando 
proteção e segurança! 
 
Outros detalhes 
- É necessário limpar os materiais pessoais, como mamadeiras e 
chupetas, todas as vezes que forem utilizadas; 
- A limpeza de brinquedos, tecidos e fantoches devem ser feitas no 
mínimo semanalmente; 
- Os carrinhos que levam os bebês até a creche devem 
permanecer fora do espaço do berçário; 
- Ralos devem estar sempre limpos e fechados; 
- As lixeiras devem ser pequenas, para que o lixo seja descartado 
rapidamente. E claro, lavadas constantemente e mantidas longe 
do alcance das crianças; 
- As redes de proteção nas janelas são excelentes para a 
segurança das crianças, porém deve ser constantemente limpas e 
revisadas (rede e ganchos); 
- Se tiver plantas no ambiente, é necessário ficar atento: algumas 
podem ter espinhos, fazer mal à saúde quando ingeridas ou até 
mesmo ao toque; 
- Analise cuidadosamente os brinquedos, materiais e livros 
disponibilizados para as crianças; 
- Selecione materiais e brinquedos adequados e seguros para 
cada grupo de crianças, de acordo com a idade. Verifique se 
alguma parte do brinquedo pode se soltar, e retire os que estão 
quebrados; 
- Objetos pessoais, como escova de dentes, toalha, pentes, etc, 
devem ser armazenados em compartimentos individuais e 
fechados. E claro, mantê-los sempre limpos e com identificação; 
- As quinas do ambiente devem ser arqueadas ou revestidas com 
material protetor específico; 
- Deixe ao alcance das crianças somente o que elas podem 
manusear sem riscos. Jamais deixe por perto tesouras, produtos 
de limpeza e vassouras. Itens assim devem ser guardados fora da 
sala das crianças e, mesmo assim, fora do alcance delas também; 
- O ideal é que o piso do ambiente seja antiderrapante, pois ajuda 
a diminuir quedas tanto para as crianças, quanto para os adultos; 
- Para o berçário, o piso ideal é o anti-impacto! 
 
 
 
 
 
 
Cuidados com a criança 
 
 
Para as crianças cada acontecimento pode ser interpretado como 
um novo mundo. Elas gostam de explorar, de tocar, de conhecer 
coisas novas. Cada novidade é como um desafio. Mas para isso, 
a criança precisa de proteção em todos os momentos do seu dia. 
Veja alguns cuidados importantes que o cuidador deve ter com as 
crianças: 
- As crianças devem estar sempre acompanhadas de um adulto, 
até quando estão na hora do soninho. E não basta estar presente; 
o educador precisa ser atento e observá-las constantemente para 
ajudar se precisarem de algo, como por exemplo, um engasgo 
inesperado ou uma febre repentina. 
- Entenda que é normal a criança pequena querer morder. Faz 
parte do seu desenvolvimento, porém é preciso estabelecer 
limites, impedindo de forma calma, que isso aconteça. O ideal é 
conversar com a criança e explicar com paciência e carinho. O 
diálogo é a melhor maneira de resolver conflitos. 
- Quando estiver com as crianças, esteja totalmente presente. Não 
fique conversando com outros adultos, olhando para a televisão ou 
mexendo no celular. 
- Junto com outro educador, analise as condições em que as 
crianças chegam, e registre sempre possíveis anormalidades, 
avisando os pais rapidamente. 
- Quaisquer situações que aconteçam com as crianças na creche, 
registre em uma agenda, para conhecimento dos pais. 
- Uma atitude que demonstra respeito pela criança é sempre pedir 
licença para tocar no seu corpo, informando o objetivo de cada 
gesto. Por exemplo: "posso pegar você no colo? ou "posso trocar 
a sua fralda?" 
- As crianças não lembram, mas é fundamental que bebam muita 
água. Como possuem maior percentual de água corporal, as 
crianças possuem uma necessidade maior de beber água do que 
os adultos. Além disso, é importante incentivar as crianças maiores 
que se sirvam com autonomia, pois no meio das atividades 
acabam se esquecendo e dificilmenteparam para beber água. 
- Para a higiene do nariz, o indicado é utilizar lenços descartáveis, 
pois a prática da higiene nasal ajuda a evitar o surgimento de 
doenças. Disponibilize lenços de papel quando as crianças 
pedirem e aproveite para ensiná-las a se cuidarem, porém 
supervisione, e não se esqueça de que após a higiene é preciso 
lavar as mãos. 
- Não utilize remédios, xampu ou sabonete de uma criança em 
outra. Chupetas e mamadeiras também são de uso individual. 
Todos os produtos e materiais devem estar marcados com o nome 
de cada criança. Para facilitar, utilize etiquetas. As escovas de 
dentes devem ser guardadas separadamente com protetores que 
impeçam o contato de uma com a outra. A troca da escova de 
dentes é recomendada sempre que as cerdas estiverem 
desalinhadas! 
- Na hora das refeições e dos lanches, as crianças devem se sentar 
à mesinha ou à cadeirinha. 
 
- Os alimentos devem ser servidos em temperatura adequada para 
as crianças. Os adultos não devem soprar os alimentos, devido à 
propagação de micro-organismos. Se o alimento ainda estiver 
muito quente, ensine a própria criança a soprar sua comida. O ideal 
é educar à criança a esperar até que a refeição esteja pronta e na 
temperatura ideal para ser ingerida. 
- A troca de fraldas nunca deve ser adiada. É preciso fazer a troca 
de acordo com a necessidade individual e nunca em horários 
predeterminados. 
 
 
- A higiene das partes íntimas da criança deve ser feita da frente 
para trás com algodão umedecido em água, e lavá-las com sabão 
quando houver necessidade. Os lenços umedecidos são uma 
opção, mas infelizmente contêm conservantes que podem causar 
assaduras. 
- O banho é o momento que o adulto interage individualmente com 
cada criança, então deve ser feito com calma. O banho deve incluir 
conversas e brincadeiras com a água. Dê preferência ao sabonete 
líquido e não utilize esponjas. Deixe todos os objetos à mão antes 
de começar o banho. Uma mão sempre deve estar disponível para 
segurar a criança. Verifique a temperatura da água do banho com 
a parte interna do antebraço, para evitar queimaduras. 
- Durante o banho, nunca deixe a criança sozinha, nem por um 
único segundo. A banheira é a principal causa de afogamentos em 
crianças pequenas! 
- Durante o banho, evite utilizar talco, pois pode causar 
sufocamento e alergias. 
- Para as crianças maiores, o banho no chuveiro deve ser protegido 
por material antiderrapante. Além disso, o local deve ser mantido 
sempre limpo para evitar o acúmulo de germes. 
- No momento de secar as crianças, é importante enxugar bem 
entre os dedos dos pés e das mãos, assim como as dobrinhas para 
evitar assaduras. 
- Para o desenvolvimento das crianças, a hora do soninho é muito 
importante. Porém entenda que as necessidades de sono podem 
mudar de criança para criança, e de acordo com cada idade. O 
sono da tarde, por exemplo, tem características próprias, e é 
diferente do sono noturno. O ideal é que a criança aprenda a se 
adaptar aos barulhos naturais do ambiente desse horário. O 
recomendado é apenas diminuir a luminosidade e também o ritmo 
de toda a creche, deixando apenas os barulhos que não podem 
ser evitados. Assim as crianças serão automaticamente 
"convidadas" a relaxar. 
- É muito importante que todos da creche tenham carinho com as 
crianças, até para contribuir com o desenvolvimento delas. Porém 
no caso dos bebês, o beijo deve ser substituído por outras formas 
de carinho. 
 
 
 
A Adaptação ao Berçário e à Creche 
 
Para os bebês que vão pela primeira vez à escola, é fundamental 
uma boa preparação e parceria com a família, para garantir uma 
adaptação tranquila. 
Na Educação Infantil, a fase de acolhimento é diferente para cada 
faixa etária e necessita de atenção redobrada para os bebês com 
menos de 2 anos. E tudo é novidade para os pequenos, desde a 
convivência com outros adultos e outras crianças, além das 
diferentes brincadeiras e a nova rotina. 
É comum observar que bebês de até 10 meses estranham a 
escola, a comida, e até o modo como são colocados para dormir. 
Por isso, é fundamental analisar os aspectos sensoriais: deixar 
junto ao berço os objetos pessoais, como chupeta, mantinha, 
brinquedos, e fronhas, pode ajudar na adaptação. 
 
 
Na maioria das vezes, a ausência dos pais não atrapalha, mas 
alguns detalhes podem incomodar, como a textura diferente do 
lençol do berço, a temperatura da água do banho, a forma como 
são colocados para dormir, etc. Sim, esses pequenos detalhes 
podem fazer com que o bebê estranhe, mas é normal. 
A adaptação muda um pouco após o bebê completar 1 ano. Agora, 
o foco principal é fazer com que o bebê se acostume com a 
ausência dos responsáveis. É necessário nesse caso, alternar os 
momentos em que os responsáveis estejam próximos e distantes 
do bebê. Isso porque o bebê já estabeleceu vínculos com alguns 
adultos, então começa a estranhar desconhecidos. Por isso, 
manter os rostos conhecidos ao alcance da visão do bebê faz parte 
do processo. 
A separação entre o bebê e os pais deve ser feita aos poucos, 
alternando momentos de ausência e aproximação, até que o 
bebê esteja totalmente acostumado com a rotina na creche. 
Outra técnica para garantir a tranquilidade é fazer um espaço 
para cada criança. Veja um exemplo: 
Sequência Didática: 
 
1 – Processo de acolhimento dos bebês 
 
 
 
IDADE: até 2 anos de idade 
 
OBJETIVO: criar um espaço de acolhimento e segurança tanto para 
os bebês, quanto para suas famílias; definir diálogos com eles e 
dar um sentido diferente à gestos, sentimentos e ações através da 
linguagem. 
 
CONTEÚDO: 
- Respeitar as características e singularidades de cada criança; 
- Incluir as famílias no processo de adaptação. 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
- uma foto de cada criança 
- livros de literatura infantil 
- objetos de apego dos bebês 
 
TEMPO ESTIMADO: duas semanas. 
 
FLEXIBILIZAÇÃO: os bebês com deficiência intelectual apresentam, 
na maioria das vezes, um desenvolvimento mais lento que os 
demais. Porém, no caso de deficiências menos rigorosas, essas 
diferenças podem ser pouco percebidas nos primeiros anos de 
vida. O bebê tem a capacidade de aprimorar sua comunicação e 
também sua mobilidade, mesmo que possua algumas limitações 
motoras e dificuldades de equilíbrio e de orientação espacial. 
O ideal é conhecer quais as limitações desta criança, respeitando 
seu ritmo, e sempre contando com a ajuda dos pais ou 
responsáveis para adaptar os procedimentos nas situações de 
aprendizagem e cuidados. 
Nesse processo de acolhimento, repetir atividades e fornecer 
objetos que façam parte do dia a dia do bebês são ações 
importantes. 
Dica -> Organize um caderno de registros, para anotar as 
dificuldades e evoluções de cada bebê em diferentes situações de 
aprendizagem. Isso irá ajudar a diagnosticar eventuais dificuldades 
da criança. 
DESENVOLVIMENTO: 
Converse com os pais ou responsáveis do bebê, sobre a 
possibilidade de uma pessoa próxima à criança estar presente 
durante o período de adaptação, além de participar de situações 
da rotina para compartilhar formas de cuidados com o educador. 
Se os pais não puderem, outros responsáveis podem participar 
nos primeiros dias, como avós, tios ou irmãos mais velhos. 
Acompanhe no primeiro dia, os responsáveis nas situações de 
cuidados, como alimentação, banho e sono, observando os 
procedimentos e formas de interação (como o responsável 
entregou objetivos de apego para o bebê, como foi interpretado o 
choro, etc. 
1º dia 
Uma dica muito legal é criar alguns cantos para se aproximar dos 
pequenos, como por exemplo, com jogos de encaixe. Depois, faça 
uma roda com eles e também com as pessoas de sua referência 
para despedida. Transforme as ações observadas e os gestos em 
palavras. 
Após analisar, conversar com as crianças sobre as características, 
os interesses, as brincadeiras, e tudo o que você observou sobre 
elas. Exp.: Lúcia gosta de boneca; Pedro anda com um paninho. 
Fale que no dia seguintevocês irão fazer novas brincadeiras! 
2º dia 
Organize novos cantos para esse segundo dia. Sugestões: canto 
dos livros, canto das bonecas, canto da música. 
Diga para os responsáveis (que estão acompanhando o processo) 
para ficarem no campo de visão do bebê, mas que tentem desta 
vez não interagir o tempo todo. 
Durante a troca de fraldas, enquanto o educador realiza o 
procedimento, a pessoa da família pode ficar ao seu lado. Nesse 
momento, o educador deve contar para a criança o que já 
aprendeu sobre ela, por exemplo: "eu sei que você adora segurar 
o seu paninho enquanto eu troco sua fralda." 
3º dia 
Brinque e abra espaço para a expressão de gestos e sentimentos 
no terceiro dia. Tente dar um significado às ações, com base nas 
experiências que os envolvam. Por exemplo: "Seu bebê está com 
fome, Antônio. Vamos preparar uma comidinha? 
 
 
Nessa etapa, os familiares que acompanham os bebês já podem 
se afastar do campo de visão deles. Mas, a saída deve ser 
informada às crianças. 
4º dia 
No próximo dia mostre novos cantos. Se já sentir segurança, faça 
aos poucos as despedidas dos familiares que os acompanham. 
Informe onde estarão (se irão embora, ou se vão sair por alguns 
minutos, ou se ficarão na creche ainda). Agora é a hora de brincar 
e acolher os possíveis choros, pegando no colo, lendo uma 
história, oferecendo brinquedos, etc. 
5º dia 
Analise quais os campos que mais chamaram a atenção dos bebês 
nos últimos dias. Crie novamente esses cantos no último dia da 
semana. 
Que tal criar um painel fofo? Selecione as fotos dos bebês para a 
composição! 
Nesse dia, faça a apresentação de cada um: diga o nome, do que 
gosta de brincar e suas características. 
Quando os familiares vierem buscar seus bebês, mostre o painel 
na presença deles e crie um contexto de conversa que transmita o 
pertencimento deles - dos bebês - à creche. Por exemplo: "agora 
está sala é da Maria também. Olha que linda a sua foto no painel!" 
Para a segunda semana, a dica é organizar os cantos de acordo 
com os interesses das crianças e no que acha apropriado para 
aumentar as experiências delas com o mundo. 
Avaliação do dia: analise o comportamento dos pequenos. Se 
possível, empreste um brinquedo aos mais resistentes e avise que 
devem cuidar bem e trazer de volta à creche. 
 
2 – Processo de acolhimento das crianças e das famílias 
 
 
 
IDADE: 2 a 3 anos (a sequência pode ser ajustada para acolher 
crianças de até 5 anos). 
 
OBJETIVO: O objetivo é acolher as características de cada criança e 
envolvê-las no desenvolvimento das situações planejadas; 
envolver com cuidado e acolher as famílias que chegam à creche 
pela primeira vez; incluir as crianças na rotina da escola; e criar 
experiências da criança com a cultura. 
 
CONTEÚDO: 
 
- Incuir as famílias no processo de adaptação; 
- Respeitar e valorizar as singularidades de cada criança; 
- Envolver as crianças na construção da rotina; 
- Mediar as experiências da criança com a cultura; 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
- papel para desenho 
- giz 
- fita crepe 
- uma foto de cada criança 
- fotos ou desenhos de situações da rotina 
- livros de literatura infantil 
- bonecas e carrinhos 
- massinha 
- fantasias 
- livros de literatura infantil 
 
TEMPO ESTIMADO: 2 semanas 
FLEXIBILIZAÇÃO: 
 
Para crianças com deficiência física: para inclusão de crianças com 
deficiência física nos membros inferiores, o ideal é certificar a 
acessibilidade dos espaços da creche. Faça um passeio com a 
criança pelas creche e apresente-a aos colegas. Deixe que as 
crianças interajam e conversem. Se alguma criança tiver dúvida e 
questionar "por que ele não anda?", responda de forma clara. Aproveite 
a pergunta para explicar às crianças que a limitação motora do 
colega não o impossibilita de fazer as atividades propostas, 
porém, para algumas ações, ele pode precisar de ajuda, e todos 
devem ajudar. Explique isso também para a criança com 
deficiência física, e fale que ele pode chamar você ou os colegas 
sempre que precisar. Se precisar, peça ajuda à família para 
compreender melhor os hábitos e as necessidades da criança 
Mantenha objetos ao alcance dessas crianças e respeite o tempo 
de aprendizagem de cada um. 
DESENVOLVIMENTO: 
Antes mesmo da entrada da criança na escola, a adaptação já 
começa. Solicite aos familiares que preencham previamente uma 
ficha com algumas informações da criança, ou então converse com 
eles e anote os seguintes dados: 
- nome 
- se possui irmãos na escola 
- comidas que gosta e que não gosta 
- suas brincadeiras preferidas 
- se possui algum objeto de apego 
- o que pode gerar conforto e desconforto emocional (por exemplo, 
estar num lugar diferente ou a dificuldade para se relacionar com 
pessoas desconhecidas) 
Inicie o planejamento após ler a ficha e ter um primeiro contato com 
a criança. 
1º dia 
Tente organizar o ambiente de acordo com as preferências 
observadas pela ficha ou pela conversa com a família. Que tal 
fazer um canto de casinha com bonecas, outro com uma pista de 
carrinhos, outro com livros e outro canto com massinha e materiais 
para desenho? Dica: faça a pista de carrinhos com giz ou fita crepe 
no chão! 
 
O tempo de permanência da criança na escola pode ser 
aumentado aos poucos, porém é importante informar ao 
responsável que nos primeiros dias permaneça o tempo que for 
necessário próximo da criança, mesmo que fora da sala de aula. 
Assim, caso precisar, o responsável estará próximo. 
Já no primeiro dia, demonstre interesse em conhecer a história de 
cada criança. Faça comentários como: 
"Clarisse, um passarinho me contou que você adora brincar de massinha. Vamos fazer 
um bolo e chamar seus colegas para uma festa? 
 
"Vinícius, seu pai me disse que você gosta muito de brincar de bola, você viu que aqui 
na sua escola você pode jogar futebol com seus amiguinhos? 
 
Isso demonstra afeto e interesse em cada criança! 
Nesse primeiro dia também é indicado fazer um passeio pela 
escola e apresentar os espaços e as pessoas que trabalham no 
lugar. 
Dica: que tal fazer uma brincadeira cantada para as crianças e os 
pais? 
No final do dia, junte todas as crianças e faça uma roda de 
conversa. Converse sobre o que você observou de mais 
importante do movimento do grupo; narre algumas cenas que 
revelaram envolvimento, interesse e comente sobre as atividades 
do dia seguinte. 
 
 
 
Peça aos pais uma foto da criança para organizar um canto do 
grupo na sala de aula! 
Avaliação do dia: analise e depois registre quais foram as crianças 
que mais brincaram e se envolveram com as propostas, e também 
as mais resistentes à aproximação dos adultos, para pensar em 
maneiras de construção de vínculos nas próximas situações. 
 
2º dia 
Faça um planejamento dos cantos de atividades para esse dia. 
Coloque opções como jogos, fantasias, desenhos e massinha, e 
compartilhe com as crianças os cantos disponíveis do dia. Tente 
circular por todos os cantos, participando das atividades junto com 
os pequenos. 
 
 
Assim que estiver com o canto já escolhido para as fotos, 
apresente para as crianças e envolva-as na criação. Aproveite 
para criar uma interação neste momento: ao colocar as fotos no 
painel, faça uma brincadeira relacionada com as fotos, ou com as 
ações observadas no dia, como por exemplo, adivinhações, ou 
então cante uma música envolvendo os nomes das crianças. Veja 
um exemplo: "este menino que vou mostrar agora brincou hoje com o carrinho, 
comeu muitas frutas e está ao lado da Ana. Quem será? Alguém consegue adivinhar?" 
Outra sugestão para esse segundo dia é apresentar onde será o 
canto de livros do grupo e lá mesmo fazer a leitura de uma história. 
No final do dia, apresente uma caixa onde ficarão os objetos 
trazidos pelas crianças de casa. 
Peça aos pais que façam um desenho com seus filhos, e tragam 
no dia seguinte. Esse desenho será colado na caixa de 
brinquedos. Se for possível, tire uma foto do grupo e cole na caixa 
também, como forma de identificação.Avaliação do dia: analise como foi a movimentação de cada criança 
nos cantos e a forma de envolvimento com as propostas. Anote as 
reações das crianças que mais brincaram, das mais caladas, das 
que resistem ao contato, e daquelas que demonstram euforia 
diante de tanta novidade. 
 
3º dia 
Que tal fazer novamente a brincadeira com as fotos das crianças? 
Utilize algumas músicas como "João roubou pão" e "a canoa virou". 
Monte os cantos com atividades diversificadas com casinha, pista 
de carrinhos, bichinhos e massinha para modelar. 
 
 
Faça com as crianças uma caixa onde ficarão seus objetos. 
Escolham um canto para deixar a caixa! 
Leia uma história para as crianças. Para finalizar o dia, converse 
com as crianças sobre como foi o dia e anuncie alguma atividade 
do dia seguinte. Faça isso com um clima de surpresa e expectativa 
para as novas atividades! 
Avaliação do dia: analise quais foram as crianças que demonstraram 
maior dificuldade e menos interação nas atividades. No dia 
seguinte, dê um pouco mais de atenção para essas crianças. 
Convide-as para pegar algum material com você para organizar os 
cantos, sente-se ao lado delas para fazer um desenho, faça uma 
escultura de massinha junto com elas, e vá observando as reações 
à esses convites. 
Lembre-se de que aquelas crianças que estão aparentemente 
achando que tudo é uma "festa" e demonstram-se felizes com as 
brincadeiras, também merecem um olhar especial. 
4º dia 
Use a criatividade e crie cantos diversificados nesse dia! 
 
Converse com as crianças sobre o que estão fazendo e brincando 
e organize com elas a sequência das atividades. Vocês podem 
criar um cronograma em forma de fotos ou desenhos. Diga para 
elas que isso irá ajudá-las a saber o que farão na escola. Mas não 
coloque todas as atividades no cronograma, deixe algumas coisas 
como surpresa. Adicione os horários dos lanchinhos e também o 
horário que os pais voltarão para buscá-las. 
Coloque o cronograma num lugar de fácil acesso para que todas 
as crianças consigam ver. 
Se perceber que alguma criança ainda chora ou demonstra 
tristeza, diga a elas como tudo vai acontecer, as atividades que 
farão e quando será o momento de reverem os familiares todos os 
dias. 
Avaliação do dia: observe como está o comportamento das crianças. 
Se alguma criança ainda chora, no dia seguinte mostre o 
cronograma, como explicamos anteriormente, e explique que 
todos os dias terão atividades divertidas. 
 
5º dia 
Receba as crianças em uma roda e explique que nesse dia você 
resolveu montar os cantos que eles mais gostaram na semana. 
Quando encerrar a conversa, leve as crianças para verem o 
cronograma e mostre o que farão a seguir. Faça mais uma leitura 
divertida e guarde mais um livro na biblioteca do grupo. 
 
Aos poucos, comente para as crianças que elas conhecerão 
muitas histórias. 
Depois, mude a atividade e faça junto com as crianças uma linda 
salada de frutas. Se possível peça no dia anterior que cada criança 
traga uma fruta. Converse com os pais! 
Se não funcionar, faça um piquenique no lanche, no espaço 
externo da escola. Finalize o dia com uma brincadeira diferente! 
Explique para as crianças que agora ficarão dois dias sem vir para 
a escola, mas que na próxima semana elas terão muitas 
novidades! Fale para elas que vocês brincarão muito juntos, e que 
você estará ao lado delas sempre que precisarem de algo. 
Avaliação do dia: continue ajudando as crianças mais resistentes à 
aproximação. O objetivo é ensiná-las a transformar sentimentos 
em palavras. 
Analise os desafios ainda existentes, mas reafirme que estará 
novamente na próxima semana na escola para recebê-las e 
identificar quais são as brincadeiras e outras situações que lhe 
farão se sentir confortáveis neste ambiente. 
Se for possível, empreste algum brinquedo ou um livro, e peça para 
que cuidem bem e tragam novamente para a escola na segunda-
feira. Isso pode ajudar a construir um vínculo tanto com o 
professor, quanto com a escola. 
É preciso ter alguns cuidados ao escolher os brinquedos para as 
crianças, e levar em consideração o interesse, o gosto, a 
habilidade e a limitação infantil. 
 
Rotina na Creche 
 
 
 
Existem duas diferentes maneiras a respeito da organização do 
tempo de uma criança em casa. Alguns pais acham que é melhor 
ter uma rotina específica, enquanto outros acreditam que é melhor 
criar seus filhos em casa sem rotina e livres de agendas. Bom, 
nenhuma opção pode ser considerada a melhor, pois há prós e 
contras em ambos os estilos. Porém, quando é preciso colocar a 
criança em uma creche isso acaba mudando. 
Nas creches, as rotinas diárias acabam se tornando algo 
importante para as crianças, pois dessa forma, é possível garantir 
que todas as suas necessidades sejam atendidas na hora certa. 
Hora de comer 
A maioria das crianças come a cada duas ou quatro horas, porém 
isso pode variar de acordo com o estilo de alimentação, como por 
exemplo, o leite materno. Independente do tipo de alimento, o 
melhor é adaptar o horário de alimentação dos bebês de acordo 
com a agenda que seguem em casa. Seguindo o mesmo horário 
de casa, vai ajudá-los a se acostumarem mais rápido com a 
creche. Apesar disso é importante saber que quando se trata de 
alimentação, é preciso ver a rotina apenas como um "guia", já que 
a criança deve comer sempre que sentir fome. 
A melhor maneira é tentar ver o sinais que a criança dá e nunca 
deixá-la com fome apenas para obedecer horários. 
Hora de trocar as fraldas 
Existem dois estilos de rotina para a troca de fraldas que funcionam 
muito bem nas creches. 
A primeira é a rotina com horários, onde a troca de fraldas é realizada 
de acordo com os horários determinados, como por exemplo, a 
cada duas horas. 
A segunda opção é a rotina com atividades, onde as trocas são 
realizadas em determinados intervalos que coincidem com as 
atividades da criança, como por exemplo, assim que acorda, após 
comer ou depois de brincar. 
Ao seguir qualquer uma das rotinas, você conseguirá garantir que 
todas as crianças do local sejam trocadas com frequência. Não 
importa a opção que escolher, os bebês que estiverem com fralda 
suja devem ser trocados imediatamente. 
Hora de dormir 
Em uma creche, os horários para a soneca são fundamentais. Os 
bebês podem passar de 10 a 16 horas dormindo por dia, 
dependendo das necessidades particulares de cada criança. Mas 
é importante lembrar que na creche é comum que os bebês fiquem 
mais incomodados com os barulhos, atividades, choros de outros 
bebês, além da mudança de ambiente. Para evitar que isso 
aconteça, estipule alguns horários de silêncio ao longo do dia, e 
estimule as crianças a dormirem. Nesses horários de silêncio, 
mesmo que os bebês não durmam, deixe as luzes apagadas e 
reduza os barulhos. 
Hora de brincar 
O horário de brincadeiras é tão importante quanto os outros, e deve 
fazer parte da rotina da criança. Porém, ele deve ser flexível e se 
adaptar à rotina de cada bebê. O horário deve ser definido de 
acordo com a personalidade e as necessidades específicas de 
cada criança. Um bebê um pouco mais irritado, que chega na 
creche logo de manhã, aproveitará melhor um tempo sozinho no 
berço com alguns brinquedos, por exemplo. Já os bebês mais 
ativos nesse horário, provavelmente vão gostar mais de brincar em 
grupo ou ouvindo uma história. 
 
Sugestão de Atividades – ROTINA 
 
A rotina vai depender muito de cada creche, de cada auxiliar e 
também das necessidades de cada criança. No entanto, vamos 
deixar aqui um modelo com sugestões de atividades para a rotina 
de um dia, que pode obter alterações: 
- Organização da sala e dos materiais que utilizarão no dia; 
- Chegada das crianças. Recepção com muito amor e carinho; 
- Atividades didático-pedagógicas; 
- Atividades ao ar livre; 
- Higiene e troca de roupa; 
- Hora do almoço das crianças; 
- Higiene bucal; 
- Hora da soneca; 
- Deixar algumas atividades preparadas para as crianças que vão 
acordando; 
- Hora do lanche;- Atividades didático-pedagógicas; 
- Atividades ao ar livre; 
- Higiene e troca de roupa; 
- Hora do lanche 2/jantar; 
- Higiene Bucal; 
- Reorganização da sala; 
- Saída e despedida das crianças. 
Lembrando que a construção da rotina deve ser feita pela creche, 
e é importante considerar: 
- o dia a dia na creche deve incluir atividades como comer, dormir, 
trocar fraldas, dar banhos etc. 
- o educador deve conseguir diversificar o tipo e o lugar das 
atividades, proporcionando quando possível passeios e 
excursões, que propiciam maior interação e diferentes 
conhecimentos do mundo. 
- é importante adicionar propostas inovadoras, significativas, 
desafiadoras e prazerosas, possibilitando assim novas 
descobertas para as crianças. 
- levar em consideração a disponibilidade de materiais e espaços. 
 
Atividades para adicionar na rotina 
 
1ª FASE - bebês de berço 
 
 
 
 
1. Estimulação dos sentidos: percepção visual, auditiva, gustativa, olfativa, tátil 
 
- Carregar a criança no colo de uma maneira que consiga explorar 
o ambiente, mostrando as coisas e nomeando os objetos. 
- Fazer ruídos com diferentes objetos, como chocalhos e guizo, e 
analisar se o bebê consegue procurar o som. É possível observar 
isso vendo a maneira que o bebê se movimenta de acordo com o 
barulho. 
- Oportunizar momentos calmantes, com a ajuda de música 
ambiente calma e relaxante; 
- Promover estímulos táteis, como por exemplo, fazer cócegas; 
- Fornecer objetos e brinquedos com diferentes texturas, para que 
possam pegar; 
- segurar as mãos do bebê e ensinar a bater palmas; 
- apertar bolas de espuma ou borracha; 
- mostrar ao bebê os brinquedos presos no berço; 
- brincar de esconde-esconde usando fraldas; 
- cantar músicas infantis; 
- utilizar fitas coloridas e bolas para estimular a percepção visual; 
- fornecer objetos para o bebê pegar e levantar; 
- expor o bebê a ambientes com intensidade luminosa diferentes, 
para que perceba o claro e o escuro; 
- enquanto alimenta o bebê, conversar e sorrir com ele, dizendo-
lhe o que vai comer; 
- deixar que o bebê morda ou apalpe objetos de consistência 
diferentes; 
- fazer massagens suaves no corpo do bebê, como por exemplo, 
durante o banho; 
- incentivar a percepção tátil passando texturas diferentes nas 
mãos e nos pés do bebê. 
 
 
2. Estimulação corporal 
 
- movimentar as pernas do bebê como se estivesse "pedalando 
como bicicleta"; 
- colocar o bebê em posições diferentes, de costas, de lado e de 
bruços; 
- movimentar os pés do bebê levemente, para frente e para trás, 
de um lado para o outro, em movimentos circulares; 
- com a ajuda de um cobertor ou de um colchonete, rolar a criança 
suavemente; 
- colocar um brinquedo na frente da criança, que está na posição 
de bruços, para que ela tente alcançá-lo; 
- manter a criança sentada com o apoio de almofadas, enquanto 
ela segura algum brinquedo; 
- provocar ruídos, para ver se o bebê movimenta o tronco em 
direção ao barulho; 
- firmar as pernas, mantendo o bebê em pé, sobre o chão ou colo 
da educadora; 
3. Estimulação oral 
- provocar ruídos variados (imitação de carros, animais) e 
incentivar o bebê a fazer o mesmo; 
- conversar com o bebê; 
- fazer "joguinhos verbais" de apelo, como por exemplo, falar para 
o bebê "dá uma risadinha", "faz um biquinho", "pega esse brinquedo". 
- conversar com o bebê na frente ao espelho, mostrando e 
nomeando partes do corpo, como boca, nariz, pés, mãos, etc; 
4. Estimulação à socialização 
 
- proporcionar contato com as crianças maiores do berçário. 
Incentive-os a brincarem todos juntos; 
- fazer passeios por ambientes diferentes; 
 
2ª FASE - bebês que engatinham 
 
 
 
1. Estimulação dos sentidos: percepção visual, auditiva, gustativa, olfativa, tátil 
 
- conversar e rir com o bebê em todos os momentos; 
- fazer massagens suaves no corpinho do bebê, quanto toma 
banho ou durante a troca de roupa; 
- conversar com a criança sobre as atividades que serão feitas, 
como a hora de comer, a hora de brincar, a hora de tomar sol, etc; 
- incentivar o bebê a bater palma, bater os pés, estalar a língua; 
- explorar diferentes sons, brincando com chocalho, caixas com 
objetos dentro, guizos, etc; 
- cantar músicas infantis para o bebê; 
- manusear brinquedos de diferentes texturas: macio, duro, mole, 
áspero, liso, etc; 
- conversar com o bebê em frente ao espelho, mostrando e 
nomeando partes do corpo, como boca, nariz, pés e mãos, e 
depois pedir que o bebê mostre sozinho; 
- enrolar um brinquedo qualquer em um pedaço de pano, e depois 
entregar para que o bebê desenrole sozinho e encontre o 
brinquedo; 
- pedir para o bebê procurar um brinquedo retirado de repente do 
campo visual; 
- deixar que o bebê aperte o interruptor da luz, para que perceba o 
que acontece. Diga para ele o que aconteceu: "olha, a luz acendeu. E 
agora você apagou!"; 
- pedir para que o bebê mostre partes do corpo, como por 
exemplo, "cade a mãozinha do bebê?" "onde está a orelhinha do bebê?"; 
 
- esconder brinquedos dentro de caixas, potes ou vasilhas, na 
frente do bebê para que ele encontre; 
2. Estimulação corporal 
 
- colocar um brinquedo em cima de um fralda para que o bebê tente 
puxá-lo e alcançá-lo; 
- deixar o bebê em pé, sobre o colo, cadeira ou mesa, com o apoio 
do educador, e depois dar pequenos saltos; 
- fazer com que o bebê fique mais livre, mas que não se prenda 
muito tempo apenas ao berço; 
- para que o corpo do bebê se movimente em diferentes direções, 
fazer com que ele tente alcançar objetos ao seu lado, à sua frente, 
etc; 
- ensinar o bebê a fazer movimentos de cabeça de "sim" e "não"; 
- o bebê deve receber o aplauso dos educadores quando 
conseguir se manter alguns momentos em pé; 
- segurar o bebê para que ele tente dar passinhos; 
- ensinar ao bebê a subir e descer degraus engatinhando; 
- ensinar ao bebê a empurrar bolas engatinhando; 
- pedir que o bebê resolva pequenos problemas, como pegar um 
objeto debaixo da mesa; 
- usar a criatividade com caixas de papelão: brincar de casinha, de 
entrar e sair, e de cabaninha; 
- ensinar o bebê a engatinhar entre obstáculos; 
- oferecer ao bebê condições para que tente se levantar, 
segurando em móveis; 
- jogar delicadamente a bola na direção do bebê e pedir que ele 
devolva de volta; 
 
3. Estimulação oral 
 
- ensinar o bebê a obedecer simples pedidos, como por 
exemplo, "vem cá", "manda beijo", "dá tchau", etc.; 
 
- repetir as sílabas pronunciadas pelos bebês; 
- cantar uma música infantil e incentivar o bebê a bater palmas ou 
ensinar uma coreografia, como por exemplo, mostrando partes do 
corpo; 
- mostrar imagens e imitar o som que a gravura sugere: animais, 
carro, trem, etc.; 
- realizar diferentes passeios, conversando sobre as coisas que vê 
com o bebê; 
- contar pequenas histórias mostrando imagens; 
4. Estimulação à socialização 
 
- ensinar o bebê à abraçar os amiguinhos; 
- incentivar brincadeiras entre os colegas; 
- passear com o bebê em outras turmas; 
 
3ª FASE - bebês que andam 
 
 
 
 
 
 
1. Estimulação dos sentidos: percepção visual, auditiva, gustativa, olfativa, tátil 
 
- Ensinar o bebê a sentir os cheiros, como por exemplo, de frutas 
e flores; 
- Se esconder e chamar o bebê pelo nome, para que ele tente 
encontrar a educadora escondida atrás de um móvel, por exemplo; 
- Fazer brincadeiras de imitação de bichos, dançar, cantar 
músicas, marchar, etc.; 
- Dançar e ensinar a criança a imitar os gestos da educadora; 
- Ensinar algumas simples ações para a criança, como: trazer e 
guardar objetos, buscar algum brinquedo, etc.; 
- Desenhar com giz; 
- Mostrar a criança no espelho e pedir que mostre as partes do 
corpo para a educadora, que deve ir ensinando as palavras e 
ajudando; 
- Ensinar a criança a usar a colher para tentar comer sozinho; 
- Ensinar alguns hábitos de organização, como por exemplo, 
mostrar onde deve guardar os brinquedos; 
- Ensinar a criança a identificar comidas quentes e geladasdurante 
as refeições; 
- Pedir que a criança pegue brinquedos ou objetos que estão 
debaixo de berços ou mesas; 
- Brincar de rodas e cantar músicas infantis ou pequenas cantigas; 
- Pedir para a criança mostrar brinquedos ou objetos de diferentes 
tamanhos, por exemplo, os objetos grandes e os pequenos; 
- Pedir para a criança mostrar brinquedos ou objetos de diferentes 
cores; 
- Pedir para a criança organizar brinquedos ou objetos por 
tamanhos e cores; 
- Ensinar a criança a executar algumas ordens simples, como lavar 
as mãos, sopras as velas, cheiras flores, pular cordas, escovar os 
dentes, pentear os cabelos, etc.; 
- Brincar com quebra-cabeça de poucas peças; 
- Brincar com jogos de encaixe; 
- Brincar com a criança de andar de diferentes formas: imitando 
animais e fazendo barulhos, de quatro, ou em fila imitando 
trenzinho; 
 
2. Estimulação corporal 
 
 - brincar com a criança de passar por dentro de algum lugar; 
arrastar/ficar de cócoras/engatinhar; brincar com caixa de papelão; 
- puxar carrinhos e outros objetos; 
- correr, marchar, agachar, levantar, pular, bater palmas com a 
orientação da educadora; 
- levar a criança para brincar no parquinho e explorar todos os 
brinquedos de acordo com a idade; 
- brincar de andar na ponta dos pés, para trás e para frente; 
- brincar de rolar no colchonete de um lado para o outro, e pedir 
que rolem sozinhos; 
- puxar caixas - vazias ou com brinquedos - com barbantes; 
- brincar com blocos de encaixe; 
- fazer cabaninhas com caixas; 
- brincar com corda, de pular ou passar embaixo e por cima; 
- pedir para os bebês engatinharem ou paras as criança andarem 
em grupos até um ponto da sala; 
- brincar de imitar animais, engatinhando e fazendo barulhos; 
 
3. Estimulação oral 
 
- Contar uma história e pedir que a criança participe, fazendo sons 
e gestos; 
- Utilizar imagens para contar as histórias; 
- Brincar de nomes: pedir que a criança diga nomes que pertençam 
ao mesmo grupo, por exemplo: animais, frutas, roupas; 
- Cantar com a criança cantigas infantis; 
- Ensinar a criança a identificar-se pelo nome, e também 
reconhecer o nome da orientadora e dos colegas; 
- Ensinar a criança a analisar e dizer o nome de objetos e sua 
função, dentro da sala e também durante passeios; 
- Fazer exercícios fonéticos como, encher as bochechas de ar, 
estalar a língua, mandar beijinhos, vibrar os lábios, etc.; 
- Pedir que a criança diga o nome da mãe, do pai, avós e irmãos; 
 
4. Estimulação à socialização 
 
- Ensinar a criança a brincar com os coleguinhas da turma; 
- Ensinar hábitos de ordem e gentiliza; 
- Ensinar a criança a brincar também com as crianças de outras 
turmas; 
- Levar a criança a pequenos passeios e durante isso, conversar 
com outros adultos e crianças; 
- Ensinar a criança a cumprimentar as pessoas que chegarem ou 
saírem da sala; 
- Evidenciar a data de aniversário de cada criança; ensinar a 
parabenizar. 
 
 
 
 
 
 
 
A Arte de Contar Histórias 
 
 
 
As histórias são capazes de encantar crianças. Entretanto, é 
preciso ter ânimo na hora de ler, para conseguir fascinar os 
ouvintes. Um bom narrador deve transformar a história em 
realidade, e se imaginar dentro dela, como se fosse um 
personagem. 
Quando ouvimos uma boa história, somos transportados para um 
outro mundo. E é isso que as crianças também devem sentir 
quando ouvirem uma história: que estão vivendo aquilo! 
A imaginação e a criatividade passadas através de uma história 
podem ser benéficas para qualquer criança e possuem um papel 
importante na sua formação. Até porque uma boa história pode 
ajudar qualquer indivíduo a se tornar mais crítico, criativo e capaz 
de resolver conflitos e tomar decisões com mais facilidade. 
Contar histórias para as crianças é fundamental, pois ajuda no 
desenvolvimento infantil e incentiva o hábito da leitura. Veja mais 
alguns benefícios de adotar a contação de histórias para a rotina 
da creche: 
- desperta nas crianças o interesse e o gosto pela leitura; 
- incentiva a escrita; 
- fortalece a imaginação; 
- proporciona momentos lúdicos; 
- a contação de histórias é um momento de interação, fazendo com 
que as crianças conversem depois sobre a história. 
Como ser um bom narrador de histórias para as crianças? 
 
 
 
Primeiramente selecione as histórias que encantem você e te 
despertem a vontade de passá-las aos alunos. Não escolha 
qualquer uma, opte por aquelas que você vai gostar de contar. 
Selecione bons temas e de preferência aqueles que irão agregar 
coisas boas para as crianças. O ideal é abrir o universo delas para 
narrativas diferentes. Escolha temas interessantes! 
Aproveite para fazer o uso de recursos como músicas, bonecos, 
desenhos e até movimentos de dança, para deixar a história ainda 
mais divertida. 
Ao contar a história, faça imitação de vozes, barulhos e 
movimentos com as mãos, como palmas ou estalos de dedos. Isso 
faz com que as crianças prendam a atenção na história que está 
sendo contada. 
Leia o livro antes de contar a história. Não é preciso decorar, 
apenas para já conhecer a história e saber falar e se expressar 
corretamente. 
Dê ênfase para as frases que trazem alguma lição importante. 
Utilize diferentes tons: amplie a voz quando necessário e diminua 
quando o enredo pedir um tom mais suave. É importante que as 
crianças estejam em silêncio para que consigam ouvir com 
atenção. 
Antes ou após finalizar a história, conte de onde ela vem (de livro, 
da internet ou de algum filme), quem criou e porque você a 
escolheu. 
Recomendamos que você faça também o nosso Curso Contador de 
História, onde ensinamos a relevância das histórias infantis para o 
desenvolvimento da criança do maternal, contos de Fadas e o 
universo Infantil, características de uma boa obra para crianças, 
contação de histórias e interação social, e muito mais! 
Veja algumas opções de livros para ler para as crianças: 
 
 
"Alice no País das Maravilhas", De Lewis Carroll, com tradução de 
Ana Maria Machado, Editora Ática 
"O Bichinho da Maçã", De Ziraldo, Editora Melhoramentos 
"O Mágico de Oz", De Lyman Frank Baum, Editora Ática 
"Reinações de Narizinho", De Monteiro Lobato, com ilustrações de 
Manoel Victor Filho, Editora Brasiliense 
http://www.cursosonlinesp.com.br/item/Curso-Contador-de-Hist%F3rias-%7B47%7D-40-Horas.html
http://www.cursosonlinesp.com.br/item/Curso-Contador-de-Hist%F3rias-%7B47%7D-40-Horas.html
"Fábulas", De Monteiro Lobato, com ilustrações de Manoel Victor 
Filho, Editora Brasiliense 
"A Fada que Tinha Idéias", De Fernanda Lopes de Almeida, com 
ilustrações de Edu, Editora Ática 
"Exercícios de Ser Criança", De Manoel de Barros, com bordados 
de Antônia Zulma Diniz, Ângela, Marilu, Martha e Sávia Dumont 
sobre desenhos de Demóstenes, Editora Salamandra 
"A Bruxinha Atrapalhada", De Eva Furnari, Editora Global 
"Doze Reis e a Menina no Labirinto do Vento", De Marina 
Colasanti, Editora Global 
"O Menino Maluquinho", De Ziraldo, Editora Melhoramentos 
 
Primeiros Cuidados 
 
É fundamental que os cuidadores atuem na prevenção de 
acidentes e também de situações que possam causar riscos às 
crianças. Mas é preciso entender que acidentes podem acontecer, 
e para isso, o educador deve estar preparado para agir. 
Acidentes mais frequentes de acordo com a idade: 
0 a 1 ano - quedas (cama, colo, trocador), asfixia, aspiração de 
corpo estranho, intoxicação, queimaduras. 
2 a 4 anos - quedas, asfixia, sufocação, afogamento, choque 
elétrico, intoxicações. 
Veja abaixo o que deve ser feito em situações de risco: 
Quedas 
 
Os acidentes mais frequentes em crianças de 0 a 9 anos de idade 
são as quedas. É comum que as crianças caiam enquanto estão 
brincando ou tentando andar, e isso faz parte do desenvolvimento 
delas. Porém, é importante adotar medidas de prevenção para 
evitar acidentes graves. A maioria das quedas acontece pela 
ausência de um adulto, e é por isso que as crianças nunca devem 
estar sozinhas. 
Analise a alturade onde a criança caiu, o local, qual área do corpo 
recebeu o impacto da queda, e como a criança está reagindo. 
Se a criança apresentar os seguintes sinais, entre em contato com 
o serviço médico imediatamente: 
- sonolência 
- estrabismo 
- desorientação 
- pupilas de tamanhos desiguais 
- vômitos 
- saída de sangue ou outro líquido pelo nariz ou ouvido 
 
Queimaduras 
 
As queimaduras podem ser dolorosas e deixar sequelas, por isso 
devem ser tratadas imediatamente. A principal causa de 
queimadura em crianças menores de cinco anos é a por líquido 
quente, então a prevenção é a medida mais eficaz. 
Veja algumas medidas de prevenção de queimadura por água 
quente: 
- Verifique a temperatura das mamadeiras e de todos os alimentos 
antes de oferecê-los às crianças. Não esquente mamadeiras no 
forno micro-ondas, pois existem riscos graves de queimaduras da 
boca e da garganta; 
- Não deixe as crianças frequentarem a cozinha, apenas se forem 
acompanhadas por um adulto; 
- Álcool e outros combustíveis devem ser armazenados em um 
local longe do alcance de crianças; 
- Na hora de preparar o banho da criança, verifique a temperatura. 
Para o banho do bebê, a temperatura deve ser testada com a face 
interna do antebraço do educador. A criança maior não pode 
regular a temperatura da água sozinha. Em nenhum caso a criança 
pode ficar sozinha na hora do banho; 
- Fios e tomadas desencapados possuem risco de choque elétrico. 
 
O que fazer em casos de queimaduras? 
 
Até que se tenha atendimento médico, veja algumas 
recomendações: 
- Remova as roupas que estão cobrindo a área queimada. Se 
alguma peça estiver grudada no corpo, lave a região com água 
limpa até que consiga retirar delicadamente sem causar dor ou 
aumentar a lesão; 
- Coloque água limpa e fria na área queimada, para aliviar a dor. 
Não use água gelada, apenas fria. Isso vai ajudar a limpar a ferida, 
reduzir a dor e diminuir a formação do edema posteriormente; 
- Coloque um pano limpo para cobrir a região afetada e procure 
atendimento médico imediatamente; 
- Não pegue receitas de queimadura na internet que podem piorar 
a situação; 
- Não coloque gelo nas queimaduras, nem qualquer outra 
substância sem orientação médica; 
- Não fure bolhas de queimadura; 
- No caso de queimadura elétrica, o indicado é desligar o 
interruptor, e depois retirar a criança do condutor. Analise os sinais 
vitais como pulso e respiração, resfrie com água fria as lesões e 
procure atendimento médico imediatamente; 
 
Engasgo e aspiração de corpo estranho 
A aspiração de corpo estranho é qualquer substância ou objeto 
que entra no corpo humano indevidamente, e pode ter sido 
colocado pela própria criança nas cavidades - ouvido ou nariz - ou 
através da ingestão. O risco é maior quando esse objeto ou 
substância é aspirado para o pulmão. O engasgo é o maior sinal 
de que o acidente aconteceu. Essas situações são mais frequentes 
com crianças de um a três anos de idade. Objetos pequenos ou 
que contêm pequenas peças são os mais comuns nesses casos, 
e essa é uma das razões pelas quais esses objetos devem ficar 
longe do alcance de crianças. Mas também pode acontecer com 
alguns alimentos, como amendoim, pipoca e milho. É preciso ter 
uma atenção especial com a escolha dos alimentos, pois a criança 
pequena não consegue controlar a mastigação e a deglutição, 
fazendo com que o engasgo seja algo mais frequente. 
Veja algumas recomendações importantes em relação à 
alimentação das crianças: 
- evite oferecer alimentos que possam possibilitar o engasgo, como 
sementes, balas duras, amendoim, etc.; 
- ofereça alimentos cortados em pequenos pedaços, de acordo 
com a faixa etária; 
- ensine as crianças a mastigarem bem os alimentos; 
- as crianças devem se alimentar sempre sentadas. Nunca dê 
alimentos enquanto elas estão brincando ou correndo. 
 
Como identificar um engasgo? 
Se a criança começa a tossir de forma persistente, tem falta de ar 
súbito, apresenta chiado no peito, rouquidão, lábios e unhas 
arroxeadas fique atento, pois podem ser sinais de aspiração de 
corpo estranho. 
 
O que fazer nesses casos? 
Até que se tenha atendimento médico, veja algumas 
recomendações: 
 
Técnicas de desobstrução das vias aéreas: 
Crianças menores de 1 ano: 
-> coloque a criança sobre a perna, apoiada em um dos braços e 
com a cabeça mais baixa. Mantenha as vias aéreas livres. Com a 
outra mão, dê cinco percussões nas costas (entre as escápulas), 
conforme a imagem. Depois, vire a criança de barriga para cima e 
dê cinco compressões no tórax. Repita esses passos até que a 
criança consiga expulsar todo o corpo estranho. 
 
Se conseguir ver o corpo estranho na boca da criança, retire-o com 
muito cuidado. Não coloque o dedo na boca da criança sem 
visualizar nada, pois poderá piorar a situação se empurrar o corpo 
estranho para regiões mais baixas das vias aéreas. 
Crianças maiores de 1 ano: 
 
Manobra de Heimlich 
Posicionado atrás da criança, aplique pressão abaixo das costelas, 
com sentido para cima, até que o corpo estranho seja conduzido 
das vias aéreas até a boca. Cuidado: não comprima as costelas! 
 
Convulsão Infantil 
As convulsões são alterações involuntárias e transitórias da 
consciência, comportamento, atividade motora e função 
autonômica causadas por uma atividade cerebral anormal. Para 
resumir, pode ser definida como um transtorno neurológico súbito 
e transitório que aparece relacionado com a febre. 
Entre crianças de 6 meses a 5 anos, a causa mais comum de 
convulsão é a febril, porém geralmente dura poucos minutos. 
Alguns sintomas da convulsão são: 
- tremores 
- lábios e extremidades arroxeadas 
- piscar de olhos 
- olhar alheio ao meio 
- virada de olhos 
- movimentação de mãos e pés 
A criança pode voltar ao normal rapidamente ou ficar sonolenta 
após a convulsão. No entanto, este costuma ser um momento 
estressante e preocupante para quem está olhando, então é 
fundamental manter a calma. 
O que fazer nesses casos? 
Até que se tenha atendimento médico, veja algumas medidas de 
proteção que devem ser realizadas durante o momento da crise: 
- deitar a criança para evitar quedas e traumas; 
- afrouxar as roupas da criança; 
- observar a respiração; 
- proteger a cabeça da criança com a mão, travesseiro ou roupa; 
- para evitar que aspire vômito ou saliva, o ideal é lateralizar a 
cabeça da criança; 
- limpar as secreções na boca para facilitar a respiração, porém 
não colocar o dedo dentro da boca da criança, pois pode machucá-
la; 
- Não fornecer nada para a criança no momento da crise, como 
líquidos ou remédios; 
Por fim, a recomendação para qualquer acidente: entre em contato 
com o serviço de emergência e mantenha a calma para passar 
tranquilidade para a criança. 
 
Músicas Infantis / Cantigas de Roda 
 
Veja abaixo uma sugestão de músicas infantis e cantigas de roda 
para cantar com as crianças. 
 
Bom dia aos amiguinhos - cantigas para cantar ao chegar na creche: 
 
BOA TARDE, COMO VAI? 
Boa tarde coleguinha como vai? 
Boa tarde coleguinha como vai? 
Faremos o possível 
Para sermos bons amigos. 
Boa tarde coleguinha como vai? 
 
 
BOA TARDE, MEUS COLEGUINHAS 
Boa tarde, meus coleguinhas. 
De volta à escola estou. 
Deixei a mamãe em casa. 
Sua amiga agora sou. 
Palma, palma, palma, 
Pe, pe, pe, 
Roda, roda, roda, 
Nossa escola alegre é! 
 
Ao chegar à nossa escola 
Cumprimento toda gente 
É bom começar o dia 
Animado e contente 
Digo alô aos amiguinhos 
E bom – dia à professora 
Não esqueço do sorriso 
Pra nossa diretora. 
 
BOA TARDE MEU AMIGO 
Boa tarde, meu amigo! 
Boa tarde, meu irmão! 
Com paz e com sorriso, 
Cantemos a canção! 
Dó, ré, mi, fá, fá, fá 
Dó, ré, dó, ré, ré, ré 
Dó, sol, fá, mi,mi,mi 
Dó, ré, mi, fá, fá, fá 
Há flores lá no campo, 
há nuvens lá no céu. 
No rio vai correndo 
Barquinho de papel! 
 
OLÁ, MARIA 
Olá (nome do colega)! 
Boa tarde (nome do colega)! 
Que bom que você veio gosto muito de você!Ao chegar na minha escola.. 
Quero já cumprimentar 
Meus amigos, Professoras 
Boa tarde, quero dar. 
Boa tarde! 
 
Músicas de calendário – datas 
 
Sete dias a semana tem 
Quando um acaba logo outro vem 
Domingo - Segunda - Terça – feira 
Quarta – feira, Quinta – feira 
Sexta – feira, sábado 
Que bom! 
 
QUE DIA É HOJE 
Muito alegres aqui estamos 
Para juntos ficar. 
Hoje é Segunda-feira 
Dia de alegria. 
Ora, palma, palma, palma, 
Ora é pé, pé, pé 
Hoje é Segunda-feira 
Dia de alegria. 
 
Boa tarde, minha gente, 
Trá, lá, lá ,lá, lá ,lá, lá. 
Acabamos de chegar, 
Trá, lá, lá ,lá, lá ,lá, lá. 
Hoje é segunda-feira. 
Trá, lá, lá ,lá, lá ,lá, lá. 
Amanhã será? 
 
Músicas para fazer filas 
MARCHA SOLDADO 
Marcha soldado 
Cabeça de papel 
Se não marchar direito 
Vai preso pro quartel 
O quartel pegou fogo, 
A polícia deu sinal 
Acode, acode, acode 
A bandeira nacional. 
 
PIUÍ, TRENZINHO 
Piuí, piuí, piuí 
Coloca a mão no meu ombro 
Piuí, piuí, piuí 
Não deixa o trem descarrilhar 
Eu sou a máquina e vocês são os vagões 
E os passageiros são os nossos corações. 
 
Música para cantar na hora da chamada 
 
EU SOU 
Boa tarde vou me apresentar 
Sou _________ vim para ensinar 
Obs.: Pode trocar por outros verbos com ar (amar, cantar). 
 
Música para cantar na hora de lanchar 
 
COME QUE A MAMÃE FICA CONTENTE 
Come, come 
Come que a mamãe fica contente 
Come, come 
Pra ficar mais forte e inteligente 
Toma a mamadeira 
Enche a barriguinha 
Que de sobremesa tem papinha 
Tome iogurte 
Queijo e marmelada 
Que tem mais pudim e goiabada 
Na volta da escola 
Senta à mesinha 
E come toda a torradinha 
Depois de brincar 
Eu vou preparar 
Uma vitamina gostosinha.. 
 
HIGIENE E MERENDA 
Vamos lavar as mãozinhas 
Que é hora de merendar 
Pois não se deve comer 
Sem as mãozinhas lavar 
Lá, lá, lá. 
 
MEU LANCHINHO 
Meu lanchinho, meu lanchinho 
Vou comer, vou comer 
Pra ficar fortinho 
Pra ficar fortinho 
E crescer, e crescer 
 
 MERENDA 
Chegou a hora da merenda 
Minha barriguinha 
já está que não aguenta 
Há há há há há 
já está que não aguenta. 
 
É hora de lanchar 
É hora de alegria 
É só acompanhar 
O que diz a melodia 
Vamos comer nhá, nhá 
nhá, nhá, nhá 
Vamos beber glu, glu, glu 
glu, glu, glu 
Vamos bater palmas plá, 
plá, plá, plá 
Vamos bater o pé, pé, pé 
pé, pé. 
Choro das Crianças: o que fazer? 
 
 
 
Chorar é totalmente normal, até porque não é fácil para a criança 
se adaptar ao ambiente e à equipe da creche, se despedir da 
família, brigar com o coleguinha, entre mil e outros motivos. Dizem 
que a vida de uma criança é fácil, porém até 3 anos de idade 
existem diversos desafios diários e uma boa dose de estresse. E 
o pior é que muitas vezes, dependendo da idade, os pequenos não 
conseguem se comunicar, então chorar se torna a única opção. 
Às vezes os choros são rápidos e baixinhos, já alguns se tornam 
choradeiras que podem assustar até a vizinhança, o que também 
é totalmente normal. Para o educador, principalmente os 
iniciantes, enfrentar momentos como esses não é uma tarefa tão 
fácil. É natural que a irritação, a frustração e a falta de paciência 
apareçam, mas é preciso manter a calma e aprender a lidar com 
os choros. 
É necessário conhecer o desenvolvimento infantil e aprender a 
construir vínculos afetivos com as crianças. Esse trabalho é 
fundamental e começa assim que a criança chega na creche. 
Nos primeiros dias da criança na creche, é normal que a educadora 
e toda a equipe ainda não consiga diferenciar os tipos de choro 
infantil. Porém, com o tempo a educadora irá conhecendo cada 
criança, suas características e manias. 
Antes de tudo, é preciso entender que o objetivo dos bebês que 
estão chorando é comunicar que algo não vai bem. Então é 
importante tentar saber o que o choro expressa. 
Se o motivo do choro for dor física, é preciso buscar orientações 
médicas o quanto antes. E o que também merece ação rápida e 
aconchego é a dor emocional. Dizem que se pegar no colo a 
criança pode ficar manhosa, mas colo e carinho são sempre bem-
vindos e não estragam ninguém. 
Quando acontecer uma crise de choro, o melhor é demonstrar que 
você entende o problema e dizer que logo vai passar. Peça que a 
criança respire fundo, lave o rosto e sente no seu colo. Transmita 
a mensagem de que você confia que ela vai relaxar e se acalmar. 
Aproveite e respire fundo também, passando uma sensação de 
calma e tranquilidade. 
 
Livros recomendados 
 
Abaixo estão algumas sugestões de leitura para todas as pessoas 
que desejam trabalhar como auxiliar de creche, e também para os 
interessados no assunto: 
 
Livro: Quem Ama, Educa 
Autor: Içami Tiba 
 
Livro muito bom e indicado tanto para os pais, quanto para os 
professores, que podem aprender muito. O autor aborda diversos 
tópicos da educação infantil. 
 
 
Livro: As Cem Linguagens da Criança: A Experiência de Reggio 
Emilia em Transformação 
 
Autores: Carolyn Edwards, Lella Gandini e George Forman 
Nesse livro, as recomendações de ensino são criadas por meio de 
projetos construídos com a ajuda das próprias crianças. 
 
Livro: Ação Educativa Na Creche 
Autor: Jussara Hoffmann 
 
O livro fala sobre a ação educativa com crianças de 0 a 4 anos. 
Um grupo de professoras comentam sobre as atividades 
envolvidas na creche e apresentam reflexões teóricas em relação 
ao desenvolvimento das crianças. 
 
Livro: Adaptação De Bebês à Creche - vol.16 - coleção cadernos 
educação infantil 
Autor: Andrea Rapoport 
 
Este livro fala sobre o ingresso do bebê na creche, e traz lições de 
como os pais e as educadoras devem lidar nesse momento tão 
especial. 
 
Livro: O Cuidado Com Bebês e Crianças Pequenas na Creche 
Autores: Dianne Widmeyer Eyer e Janet Gonzalez-Mena 
 
Este livro nos mostra a importância da educação e do cuidado nos 
três primeiros anos de vida. Janet Gonzalez-Mena e Dianne 
Widmeyer-Eyer trazem na obra uma rotina baseada no cuidado 
com os pequenos, que valoriza a brincadeira e a exploração de 
materiais e ambientes, e ensinam orientações importantes para 
uma pedagogia de bebês e crianças pequenas. 
 
Livro: O Trabalho do Professor na Educação Infantil 
Autores: Zilda Ramos de Oliveira, Ieda Abbud, Damsris Maranhão 
 
Este livro mostra o planejamento de aulas práticas pedagógicas, 
reflete sobre o papel do adulto mediador, e também fala sobre os 
cuidados e interações entre infância e cultura. 
 
 
 
Livro: Um jeito bom de brincar 
Autor: Elias José 
Esse livro possui várias opções de poesias divertidas. Você pode 
trabalhar essas poesias de diferentes maneiras, fazendo mímica, 
cantando, representando, entre outras formas. Com certeza as 
crianças vão amar! 
 
 
 
Livro: Baby-Art: os primeiros passos com arte 
Autor: Anna Marie Holm 
 
O contato com diferentes tipos de materiais e arte ajuda a estimular 
a criatividade dos bebês. Esse livro traz sugestões de instrumentos 
e lugares totalmente diferentes para desenhar e pintar, ajudando o 
bebê a explorar diversas sensações táteis e sensitivas, e 
despertando o processo de criação através de muita diversão. 
 
 
 
 
Livro: O Dia a Dia das Creches e Pré-escolas - Crônicas Brasileiras 
Autor: Ana Maria Mello 
 
Através de crônicas, este livro mostra o resultado da experiência 
de diversos educadores e técnicos das Creches da Universidade 
de São Paulo. 
 
Bibliografia 
 
KISHIMOTO, T. M. À pré-escola em São Paulo (1877 a 1940). São 
Paulo: Loyola, 1988. 
MERISSE, A. (et all). Lugares da infância: reflexões sobre a
 história da criança na fábrica, creche e orfanato. São Paulo: 
Arte & Ciência, 1997 
http://tiadacreche.blogspot.com/ 
https://novaescola.org.br/ 
 
 
 
	Introdução
	A História das Creches
	Cuidados Pessoais
	Cuidados com o ambiente
	Cuidados com a criança
	A Adaptação ao Berçário e à Creche
	1 – Processo de acolhimento dos bebês
	2 – Processo de acolhimento das crianças e das famílias

Outros materiais