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Resumo da Live e do livro Educação infantil e as cem linguagens

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Educação infantil e as cem linguagens
Paulo Fochi e Josiane Pareja
Josiane Pareja criadora da Ateliê Carambola Escola de Educação Infantil 
(Trecho de As Cem Linguagens da Criança, de Loris Malaguzzi)
A criança é feita de cem /A criança tem cem mãos/ cem pensamentos/ cem modos de pensar/ de jogar e de falar/ Cem sempre cem/ modos de escutar/as maravilhas de amar/Cem alegrias/ para cantar e compreender/ Cem mundos/ para descobrir/ Cem mundos/ para inventar/ Cem mundos/ para sonhar/ A criança tem/ cem linguagens/ (e depois cem cem cem)/ mas roubaram-lhe noventa e nove/ A escola e a cultura/ lhe separam a cabeça do corpo
“A criança na ausência da palavra não constrói inteligência”. Essa é umas das questões que fez com que Malaguzzi questionasse as linguagens das crianças. 
As Cem linguagens é uma metáfora não é algo para se listar, as cem linguagens que Malaguzzi quer dizer é que somos seres de linguagem, mas a linguagem não é só a palavra, a linguagem é uma forma nossa de constituição de ser e estar no mundo. 
Paulo Fochi compara o Brasil com países europeus onde a educação infantil, com crianças de 0 a 3 anos é amparada por uma Secretaria de assistência social diferentemente do Brasil onde a educação infantil é considerada a primeira etapa da educação básica , e as crianças de 0 a 3 anos no Brasil fazem parte dessa educação básica , ou seja crianças do nascimento ate 5 anos e 11 meses. Em algumas escolas essas crianças se encontram em prédios diferentes, mas ambas são da primeira etapa da educação infantil.
Para a conclusão do currículo na educação infantil os redatores tiveram que significar ou ressignificar elementos da gramatica reconhecendo a especificidade da educação infantil 
Para alguns lugares pode haver uma outra perspectiva de currículo, a nossa Diretriz curricular de 2009 onde a ideia de currículo é um conjunto de práticas que articula os saberes e as experiencias das crianças com patrimônio artístico, cientifico, ambiental, cultural, histórico de modo a desenvolver a criança integralmente. Nessa perspectiva existe 3 pontos para se pensar na educação infantil a primeira é a vida cotidiana das crianças de 0 a 5 anos a segunda é que ele não fala de sistematização de conhecimento , de formalização de conhecimento de conteúdos ao contrário o currículo nos fala que devemos garantir a criança o direito de aprender, articulando os saberes e as experiências das crianças com o patrimônio que a humanidade sistematizou . Em simples palavras ele quer dizer que numa visão legal temos que estar atentos as teorias das crianças, e trabalhar numa escola que seja suficientemente aberta para acolher as teorias das crianças e ao final desse documento como descrição de Currículo devemos pensar no desenvolvimento comportamental da criança. 
É sempre importante pensar que na LDB a ideia de educação infantil que ela vai falar é sobre o compromisso do desenvolvimento da criança e não com a formalização de conteúdo. A nossa noção de currículo na educação infantil é uma noção que é aberta ao mundo das crianças e ao conhecimento fatores estruturantes para uma boa escola.
O prazer em aprender – Malaguzzi
Malaguzzi era um grande estudioso que entendeu que nenhuma teoria daria conta da perplexidade da criança. Ele entendeu rapidamente que para aprender a nomear tudo aquilo que era relacionado as crianças nós necessitaríamos recorrer a metáforas e mesmo assim elas não seriam suficientes. Seu olhar era voltado a pré-escola 
O direito de aprender e o prazer em aprender estão muito conectados na perspectiva que nos comprometem como professores a criar as condições para as crianças aprenderem pois é um direito de todo menino e menina construir sentidos sobre si e sobre o mundo juntamente com outras crianças. 
O primeiro vídeo trata de uma criança brincando na areia sozinho. Investigando um objeto. Fazendo bolinhos de areia. Sem a necessidade de um adulto para nomear ou auxiliar , em determinado momento ele se deu conta de que daria para se fazer um bolinho , ele descobre o que ele precisa fazer para ter o bolinho de areia isso tudo sem uma “palavra” de um adulto para auxilia-lo . Isso causa prazer a criança é ela elaborando uma teoria de sua descoberta de como construir um bolo de areia. Essa descoberta ele fez com o corpo dele que conta com as sensações que dialoga com o objeto e com a areia que dialoga com aquele espaço sem palavras, sem que um adulto tivesse que criar a emoção do acontecimento. A criança se mostrou atenta, concentrada, engajada mostrou-se capaz de criar metas, pensar em estratégias e ter decisões. O adulto que o observava guardou a palavra para evitar a intervenção.
Indicação de livro: O papel do ateliê na educação infantil.
O segundo vídeo são duas crianças de três para quatro anos, conversando e escutando com qualidade sobre a lua. Com pontos de vista diferentes elas respeitam um ao outro sobre o ponto de vista dos aspectos de como é a lua. Um argumenta o outro contra argumenta, cada um defendendo sua posição de perspectivas diferentes. Nessa conversa observamos a importância da fantasia para criar possibilidade. O adulto que os acompanhava deu oportunidade de ouvi-las valorizando a fala e ponto de vista de cada um.
No terceiro vídeo duas crianças brincam com uma torre de latas que elas haviam construído. Eles buscam bobes mais finos que possam entrar nessa torre, dentro dessa torre há um tubo onde esse bobe vai deslizando. Nas tentativas uma das crianças é mais baixa e não consegue colocar o bobe porque a torre é muito alta para ele, mas o amiguinho que estava ao lado tira uma parte da torre fazendo com que essa fique mais baixa facilitando que o bobe entre. Observa-se que entre eles não existe a comunicação em palavras e sim gestos que constrói uma interação entre as duas crianças 
Reflexão: Quais as minhas múltiplas linguagens como educador? 
Os educadores precisam ter outra linguagem além da escrita, a escrita é muito importante, mas, quais outras o educador pode utilizar?

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