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Aula 01 – Institucionalização do Estado e Configuração da Sociedade Capitalista Parte 01 Carla Regina Mota Alonso Diéguez Estado, Questão Social e Políticas Públicas Objetivos Objetivo geral da aula: compreender a institucionalização do Estado e a sua relação com a configuração da sociedade capitalista. Objetivo do bloco: discorrer sobre a instituição do Estado a partir do jusnaturalismo. Constituição do Estado Moderno Período: Idade Moderna – início no final do século XV e fim ao final do século XVIII, com a Revolução Francesa. Separação entre ordem espiritual e ordem material. Fim do poder senhorial. Nascimento dos mercados e da burguesia. Jusnaturalismo Jusnaturalismo: teoria política que admite a construção do Estado como forma de salvaguardar os direitos naturais. Thomas Hobbes (1588-1679) e John Locke (1632-1704) são os principais representantes do jusnaturalismo. “O direito de natureza, a que os autores geralmente chamam jus naturale, é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida [...]”. (HOBBES, 1988, p. 78). Jusnaturalismo – Hobbes Direito de natureza baseado na honra. O homem é mau por natureza. Vive em constante estado de guerra. “O estado de natureza é uma condição de guerra, porque cada um se imagina (com razão ou sem) poderoso, perseguido, traído”. (RIBEIRO, 2006, p. 59). O Estado é um contrato de submissão, na qual os homens delegam ao soberano (o monarca) o poder de protegê-los. Jusnaturalismo - Locke Os direitos naturais são a liberdade, a vida e os bens. O estado de natureza é de “paz, concórdia e harmonia”. (MELLO, 2006, p. 85). A constituição do Estado, resultado do contrato entre os homens, tem por objetivo regulamentar as formas de usufruto dos bens e das propriedades derivados da vida. Jusnaturalismo Fundamentos da formação do Estado na garantia dos direitos naturais, afastam o Estado do poder espiritual e concentram o poder na mão de um (soberano) ou de poucos (assembleia de homens), sem a interferência divina. A formação do Estado moderno em uma sociedade capitalista nascente auxilia no desenvolvimento desse novo modo de produção. O desenvolvimento resultará em uma crise do Estado Moderno, corporificada na Revolução Francesa, e assim, a necessidade de repensar a forma do Estado. Aula 01 – Institucionalização do Estado e Configuração da Sociedade Capitalista Parte 02 Estado, Questão Social e Políticas Públicas Objetivos Objetivo geral da aula: compreender a institucionalização do Estado e a sua relação com a configuração da sociedade capitalista. Objetivo do bloco: apresentar o conceito de Estado Moderno, sua crise e a passagem para o Estado Contemporâneo a partir da configuração da sociedade capitalista. Antecedentes históricos Revolução Francesa, cujo marco é a tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789. Principal fundamento: a tomada do Estado para a inclusão da nova estrutura social em desenvolvimento, a estrutura de classes da sociedade capitalista. O Estado deveria representar essa nova estrutura. Estado de Direito Configuração conforme as demandas da sociedade capitalista. Garantia dos direitos fundamentais (propriedade, bens e vida) e da liberdade de comércio. Estabelece padrões mínimos para a integração da classe trabalhadora na sociedade capitalista. Crise do Estado de Direito Estabelecimento de padrões mínimos para o desenvolvimento do modo de produção capitalista funda as bases para a constituição do Estado Social. Estado Social: relação estreita entre Estado, economia e sociedade. Estado Contemporâneo: esforço de coexistência entre o Estado Direito e o conteúdo do Estado Social. Estado Contemporâneo Estado Contemporâneo = Estado Social ≠ Estado de Bem-Estar Social. Diferença: está que no Estado Contemporâneo o soberano e a assembleia legislativa que são responsáveis pelos avanços sociais. No Estado de Bem-Estar Social há maior participação dos demais estratos sociais (capital e trabalho) nas decisões. Estado Contemporâneo Fundamental para estruturar as bases do capitalismo: Estado liberal. Decisão sobre as formas de produção e comércio e de exploração da força de trabalho ficam a cargo do Estado. Estado garante a burguesia a dominação em todas as suas formas – política, econômica e social – desenvolvendo uma sociedade desigual.
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