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  
Redes Sociais
2 SIMULADO PGE-TO
Simulado
- Reta Final -
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO 
TOCANTINS
Idealizado por Luís Vale e Leonardo Aquino
  
Redes Sociais
3 SIMULADO PGE-TO
2. As seguintes matérias foram objetos de 
proposições perante à Assembleia Legislativa 
de determinado Estado da Federação para 
fins de emenda da respectiva Constituição 
Estadual:
I. O prazo de validade dos concursos públicos será 
de no máximo dois anos, prorrogável por até duas 
vezes em igual período.
II. Os vencimentos dos cargos do Poder Judiciário e 
do Poder Executivo não poderão ser superiores aos 
pagos pelo Poder Legislativo.
III. Possibilidade de acumulação não remunerada 
de cargos públicos, desde que haja compatibilida-
de de horários.
IV. Viabilidade de contratação por tempo indeter-
minado para satisfazer necessidade temporária 
de excepcional interesse público, livremente da 
elaboração de lei.
Constata-se compatibilidade com a Constituição 
Federal nas seguintes proposições:
a) I e II
b) I e IV
c) II e III
d) II, somente.
e) III, somente.
DIREITO CONSTITUCIONAL
1. Conforme dispõe a Constituição Federal, 
a Unidade da Federação que não efetivar o 
pagamento de sua dívida fundada por mais 
de dois anos consecutivos, estará sujeito à 
intervenção federal, a qual:
a) Será decretada pelo Presidente da 
República e dependerá de provimento, pelo 
Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República, independente-
mente de apreciação do Congresso Nacional; 
salvo por motivo de força maior
b) Será decretada pelo Presidente da 
República, independentemente de provimento, 
pelo Supremo Tribunal Federal, de representação 
do Procurador-Geral da República, devendo ser 
submetida à apreciação do Congresso Nacional 
no prazo de quarenta e oito horas; ainda que por 
motivo de força maior.
c) Será decretada pelo Presidente da 
República, independentemente de prévio julga-
mento pelo Supremo Tribunal Federal de repre-
sentação interventiva, devendo submeter-se à 
apreciação do Congresso Nacional no prazo de 
vinte e quatro horas; salvo por motivo de força 
maior.
d) Será decretada pelo Presidente da 
República, após julgamento, pelo Supremo 
Tribunal Federal, de representação interventiva 
proposta pelo Procurador-Geral da República, 
submetendo-se, posteriormente, à apreciação do 
Congresso Nacional no prazo de quarenta e oito 
horas; salvo por motivo de força maior.
e) Será decretada pelo Presidente da 
República, independentemente de prévio julga-
mento pelo Supremo Tribunal Federal de repre-
sentação interventiva, devendo submeter-se à 
apreciação do Congresso Nacional no prazo de 
vinte e quatro horas; ainda que por motivo de 
força maior.
  
Redes Sociais
4 SIMULADO PGE-TO
4. Em relação ao entendimento do Supremo 
Tribunal Federal sobre a matéria orçamentária 
e financeira, tem-se que:
a) ainda que em situações graves e excepcio-
nais, não cabe ao poder Judiciário, sob pena de 
violação ao principio da separação dos Poderes, 
interferir na função do Poder Legislativo de definir 
receitas e despesas da Administração Pública, 
emendando projetos de leis orçamentárias, 
quando atendidas as condições previstas no 
texto constitucional. 
b) As disponibilidades de caixa dos entes 
federativos, dos órgãos ou entidades que os 
integram e das empresas por eles controladas 
deverão ser depositadas em instituições financei-
ras oficiais, cabendo, concorrentemente, à União 
Federal, Distrito Federal, Estados e Municípios, 
mediante lei especifica, definirem as exceções 
autorizadas pelo texto constitucional.
c) É viável que o Tribunal de Contas de Esta-
do-membro trate por meio de ato infralegal sobre 
a elaboração de plano plurianual.
d) O relatório da comissão mista permanen-
te de Senadores e Deputados responsável por 
examinar e emitir parecer sobre os projetos de 
leis orçamentárias, apesar de ostentar confessa-
damente motivação ideologicamente enviesada, 
não vincula, per si, a apreciação pelas casas 
legislativas do Parlamento Federal. 
e) Há inegável vicio no negócio jurídico 
relativo ao contrato de confissão, promessa de 
assunção, consolidação e refinanciamento de 
dívidas celebrado pela União e Estado-membro 
que preveja como cláusula contratual a vincu-
lação de receitas para garantia à União, tendo 
em vista a inconstitucionalidade do direito de 
retenção e de compensação da União para 
garantia de créditos devidos pelos Estados.
3. Em relação aos aspectos envolvendo os con-
gressistas, o Supremo Tribunal Federal firmou 
cognição no sentido de que a coleta de dados 
telemáticos nas dependências da Câmara dos 
Deputados, independente de autorização da 
Mesa Diretora, em inquérito destinado a apurar 
ilícitos envolvendo deputado federal é:
a) inconstitucional, uma vez que represen-
ta ofensa aos princípios da separação e da 
harmonia entre os Poderes do Estado.
b) inconstitucional, exceto na hipótese em 
que haja autorização da Mesa Diretora da Câmara 
dos Deputados. 
c) constitucional, haja vista que não represen-
ta ofensa à separação dos poderes, bem como 
não há determinação constitucional relativa à 
autorização da Mesa Diretora. 
d) constitucional, exceto na hipótese de o 
investigado ser o Presidente da Câmara dos 
Deputados.
e) inconstitucional, uma vez que represen-
ta ofensa ao princípio constitucional do devido 
processo legal. 
  
Redes Sociais
5 SIMULADO PGE-TO
6. Norma local prevê a participação do 
Poder Legislativo Estadual na nomeação 
de dirigentes de autarquias ou fundação 
pública do respectivo ente. Referida norma 
foi objetada pelo presidente da assembleia 
legislativa quanto a sua constitucionalidade 
perante o Supremo Tribunal Federal por meio 
de ação direta. Analisando tal situação
a) Verifica-se que o presidente da assembleia 
legislativa carece de legitimidade para proposi-
tura da ação direta, mas, ainda que legitimado, a 
referida norma seria considerada inconstitucio-
nal, visto que caracteriza interferência indevida 
do Poder Legislativo em função típica do Poder 
Executivo.
b) Aduz-se vício de legitimidade. Ademais, 
entretanto, em relação ao aspecto material da 
norma, o Supremo Tribunal Federal sedimentou 
a compatibilidade desta com o texto constitucio-
nal, visto que representa simetria ao parâmetro 
previsto no âmbito federal, o qual submete ao 
crivo do Senado Federal a aprovação prévia dos 
indicados para ocupar determinados cargos 
definidos em lei.
c) Verifica-se que o presidente da assembleia 
é legitimado para a respectiva propositura, mas 
a norma apresenta flagrante inconstitucionalida-
de, visto que implica em violação ao princípio da 
separação dos Poderes.
d) Aduz-se que há vício de legitimidade. 
Ademais, entretanto, em relação ao aspecto 
material da norma, o Supremo Tribunal Federal 
sedimentou a compatibilidade desta com o texto 
constitucional, visto que representa simetria ao 
parâmetro previsto no âmbito federal, o qual 
submete ao crivo da Câmara dos Deputados a 
aprovação prévia dos indicados para ocupar de-
terminados cargos definidos em lei.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
5. Ao disciplinar as atribuições do Congresso 
Nacional, a Constituição Federal assevera que
a) Cabe ao Congresso Nacional, com a 
sanção do Presidente de República, resolver 
definitivamente sobre tratados, acordos ou atos 
internacionais que acarretem encargos ou com-
promissos gravosos ao patrimônio nacional.
b) Cabe ao Congresso Nacional autorizar, por 
dois terços de seus membros, a instauração de 
processo contra o Presidente e o Vice-Presidente 
da República e os Ministros de Estado.
c) Cabe ao Congresso Nacional processar 
e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da 
República nos crimes de responsabilidade, bem 
como os ministros de Estado.
d) Cabe ao Congresso Nacional, independen-
temente de sanção do presidente da República, 
dispor sobre sistema tributário, arrecadação e 
distribuição de rendas. 
e) Cabe ao Congresso Nacional dispor sobre 
a transferência temporária dasede do Governo 
Federal, a qual será submetida a sanção do Presi-
dente da República.
  
Redes Sociais
6 SIMULADO PGE-TO
8. Em relação os princípios de interpretação 
das normas constitucionais, observando o en-
tendimento doutrinário sobre o tema, tem-se 
por incorreto que
a) As normas onomásticas são normas que 
servem de interpretação para outras normas constitu-
cionais. Um princípio constitucional, por exemplo, que 
tem a função interpretativa, seria, via de regra, uma 
regra onomástica, em virtude de ser um instrumento 
de orientação para a interpretação de todo o ordena-
mento jurídico.
b) Os princípios constitucionais sensíveis são 
aqueles que, desrespeitados, excepcionam a 
autonomia dos entes federativos, base do sistema 
federativo, possibilitando a intervenção federal nos 
estados, e a estadual nos municípios.
c) A doutrina entende que as normas constitu-
cionais federais que devem necessariamente estar 
presentes nas constituições estaduais, são chamadas 
de normas de repetição obrigatória, mas aquelas 
que não precisam ser repetidas, porque são apenas 
modelos que servem como inspiração, ou sugestão, 
são chamadas de normas de imitação, e por isso são 
chamadas de normas de reprodução facultativa.
d) O princípio da interpretação intrínseca defende 
que, na interpretação da constituição, o interprete não 
deve buscar outros sentidos e valores que estejam 
fora da Constituição. Se ela é uma unidade, suas 
normas devem se complementar, e o sentido de uma 
norma constitucional deve ser buscado na análise 
de todos os outros princípios e regras que estão na 
mesma constituição. Pode ser dito que este principio 
forcaria a existência de “constituições autopoiéticas”, 
porque a Constituição seria um sistema autônomo, 
autossuficiente e independente, que se fecharia em 
si mesma sem necessidade de buscar complemento 
em outros sistemas.
e) Canotilho chama de “reenvio constitucional” a 
relação entre a norma infra e a norma constitucional. 
Este reenvio se dá pelo fato de a Constituição reenviar 
para a legislação infraconstitucional a missão de 
complementar ou densificar seus comandos. O autor 
diverge, portanto, da teoria sobre a existência de uma 
“osmose” entre o conteúdo das normas constitucio-
nais e das leis, visto que para tal teoria estas últimas 
exerceriam influência de igual valor sobre as normas 
constitucionais, sem qualquer hierarquia. 
7. Em relação às funções essências à Justiça, o 
texto constitucional, bem como a jurisprudên-
cia do Supremo Tribunal Federal dispõem
a) Ser possível o afastamento de membro do 
Parquet para exercer outra função pública, ainda 
que em cargo alheio á administração superior do 
próprio Ministério Público. O STF entende que o 
exercício de cargos como ministro, secretário de 
Estado ou secretário de município, bem como 
chefe diplomático, não caracteriza vínculo de 
subordinação do membro do Ministério Publico 
com o executivo.
b) Que os Ministérios Públicos dos Estados e 
do Distrito Federal têm legitimidade para propor 
e atuar em recursos e meios de impugnação de 
decisões judiciais em trâmite no STF e no STJ, 
oriundos de processos de sua atribuição, sem 
prejuízo da atuação do Ministério Público Federal.
c) Que são princípios institucionais do Minis-
tério Público a unidade, autonomia e a indepen-
dência funcional.
d) Que ao titular do cargo de Procurador de 
autarquia se exige a apresentação de instrumen-
to de mandato para representá-lo em juízo.
e) Que a atividade de assessoramento jurídico 
do Poder Executivo dos Estados é de ser exercida 
por procuradores organizados em carreira, cujo 
ingresso de concurso público de provas e títulos, 
com a participação da OAB em todas as suas 
fases, nos termos do art. 132 da CF. Preceito esse 
que se destina à configuração da necessária qua-
lificação técnica e dependência funcional desses 
especiais agentes públicos.
  
Redes Sociais
7 SIMULADO PGE-TO
precatórios ainda pendentes de pagamento, 
incluídos os precatórios a pagar de suas 
entidades da administração indireta, sejam supe-
riores a 70% (setenta por cento) das respectivas 
receitas correntes líquidas, excetuadas as de-
sapropriações para fins de necessidade pública 
nas áreas de saúde, educação, segurança 
pública, transporte público, saneamento básico e 
habitação de interesse social.
d) É assegurada aos partidos políticos 
autonomia para definir sua estrutura interna e 
estabelecer regras sobre escolha, formação e 
duração de seus órgãos permanentes e provisó-
rios e sobre sua organização e funcionamento e 
para adotar os critérios de escolha e o regime de 
suas coligações nas eleições majoritárias, vedada 
a sua celebração nas eleições proporcionais, com 
obrigatoriedade de vinculação entre as candida-
turas em âmbito nacional, estadual, distrital ou 
municipal, devendo seus estatutos estabelecer 
normas de disciplina e fidelidade partidária.
e) No desígnio de assegurar a proteção ao 
meio ambiente, são consideradas cruéis as 
práticas desportivas que utilizem animais, sem 
que possam ser tidas como espécie de manifes-
tação cultural.
9. A teor das recentes alterações no texto cons-
titucional, é correto afirmar que
a) Os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
pios que, em 25 de março de 2015, se encontra-
vam em mora no pagamento de seus precató-
rios quitarão, até 31 de dezembro de 2024, seus 
débitos vencidos e os que vencerão dentro desse 
período, atualizados pelo Índice Nacional de 
Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), 
ou por outro índice que venha a substituí-lo, 
depositando mensalmente em conta especial do 
Tribunal de Justiça local, sob única e exclusiva 
administração deste, 1/12 (um doze avos) do valor 
calculado percentualmente sobre suas receitas 
tributárias apuradas no segundo mês anterior 
ao mês de pagamento, em percentual suficien-
te para a quitação de seus débitos e, ainda que 
variável, nunca inferior, em cada exercício, ao 
percentual praticado na data da entrada em vigor 
do regime especial a que se refere este artigo, 
em conformidade com plano de pagamento a ser 
anualmente apresentado ao Tribunal de Justiça 
local.
b) Os Estados, Distrito Federal e Municípios 
poderão utilizar como recurso para o adim-
plemento dos débitos de precatórios até 65% 
(setenta e cinco por cento) dos depósitos judiciais 
e dos depósitos administrativos em dinheiro 
referentes a processos judiciais ou administra-
tivos, tributários ou não tributários, dos quais 
sejam parte, mediante a instituição de fundo 
garantidor em montante equivalente a 1/3 (um 
terço) dos recursos levantados, constituído pela 
parcela restante dos depósitos judiciais e remu-
nerado pela taxa referencial do Sistema Especial 
de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos 
federais, nunca inferior aos índices e critérios 
aplicados aos depósitos levantados.
c) Na vigência do regime especial de 
pagamento de precatórios previsto nas Disposi-
ções Constitucionais Transitórias, ficam vedadas 
desapropriações pelos Estados, pelo Distrito 
Federal e pelos Municípios, cujos estoques de 
  
Redes Sociais
8 SIMULADO PGE-TO
11. A respeito da teoria sobre o controle de 
constitucionalidade dos atos normativos, é 
incorreto afirmar que
a) Como requisitos fundamentais e essenciais 
para o controle, deve haver uma constituição 
rígida e a atribuição de competência a um órgão 
para solucionar os problemas de constituciona-
lidade, órgão esse que variará de acordo com o 
sistema de controle adotado.
b) No sistema austríaco de controle, a decisão 
tem eficácia declaratória da situação preexisten-
te, sendo que, por regra, o vício de inconstitucio-
nalidade é aferido no plano de validade.
c) A técnica da modulação dos efeitos da 
decisão de inconstitucionalidade de determinado 
ato normativo permite uma melhor adequação 
da declaração de inconstitucionalidade, assegu-
rando, por consequência, outros valores também 
constitucionalizados, como os da segurança 
jurídica, do interesse social e da boa-fé.
d) Sobre o históricodo controle de constitu-
cionalidade, a Constituição de 1934 estabelecia o 
controle difuso, criou a ação direta de inconstitu-
cionalidade interventiva, a clausula de reserva de 
plenário, bem como atribuiu ao Senado Federal 
a competência para suspender a execução, no 
todo ou em parte, de lei ou ato declarado incons-
titucional por decisão definitiva.
e) Segundo Canotilho, os vícios formais 
incidem sobre o ato normativo enquanto tal, in-
dependente do seu conteúdo e tendo em conta 
apenas a forma da sua exteriorização; na hipótese 
de inconstitucionalidade formal, viciado é o ato, 
nos seus pressupostos, no seu procedimento de 
formação, na sua forma final.
10. É correto afirmar que
a) A falta de estabelecimento penal adequado 
autoriza a manutenção do condenado em regime 
prisional mais gravoso por tempo determinado, 
ante as razões de interesse público, desde que 
sejam respeitados o direito do preso.
b) O direito ao auxílio-alimentação se estende 
aos servidores inativos.
c) Norma legal que altera o prazo de reco-
lhimento de obrigação tributária se sujeita ao 
princípio da anterioridade.
d) Poderá o Poder Judiciário, a despeito de 
não deter função legislativa, aumentar vencimen-
tos de servidores públicos sob o fundamento de 
isonomia.
e) A Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar as ações de indenização por 
danos morais e patrimoniais decorrentes de 
acidente de trabalho propostas por empregado 
contra empregador, inclusive aquelas que ainda 
não possuíam sentença de mérito em primeiro 
grau quando da promulgação da Emenda Consti-
tucional nº 45/04.
  
Redes Sociais
9 SIMULADO PGE-TO
13. A respeito dos direitos e garantias funda-
mentais, é correto afirmar
a) Os direitos humanos de primeira dimensão 
representam a passagem de um Estado autoritá-
rio para um Estado de Direito e, nesse contexto, o 
respeito às liberdades coletivas, em uma verda-
deira perspectiva de absenteísmo estatal.
b) A Constituição do México, de 1917; a 
Constituição de Weimar de 1919; o Tratado de 
Versalhes, bem como a Constituição brasilei-
ra de 1934; são importantes representantes da 
evidenciação dos direitos humanos de terceira 
dimensão, uma vez que primam pelos direitos 
sociais, culturais e econômicos. 
c) No tocante à diferenciação entre direitos 
e garantias fundamentais, estas são bens e 
vantagens prescritos na norma constitucional, 
enquanto aqueles são instrumentos através 
dos quais se assegura o exercício das aludidas 
garantias ou prontamente as repara, caso 
violadas.
d) Em relação à abrangência dos direitos e 
garantias fundamentais, o art. 5 faz referência 
somente a brasileiros (natos ou naturalizados) e 
estrangeiros residentes no país. Nesse sentido, 
a doutrina e o STF não admitem interpretação 
sistemática para fins de alcançar também os 
estrangeiros não residentes e os apátridas, mas, 
por outro lado, permite o alcance das pessoas 
jurídicas.
e) Os remédios constitucionais são espécie 
do gênero garantias fundamentais. 
12. Sobre a Defesa do Estado e das Instituições 
Democráticas, é correto afirmar que
a) A titularidade para decretação do Estado 
de Defesaé do Presidente do Congresso 
Nacional, mediante decreto legislativo, ouvidos o 
Conselho da República e o Conselho de Defesa 
Nacional.
b) O Conselho da República e Defesa 
Nacional, no âmbito do Estado de Defesa, são 
órgãos de consulta, previamente ouvidos, tendo 
suas opiniões caráter vinculativo, ou seja, o res-
ponsável pela decretação, em caso de parecer 
favorável, deverá decretar o Estado de Defesa.
c) Em relação ao tempo de duração do 
Estado de Defesa, deverá ser de no máximo 30 
dias, prorrogáveis por mais 30 dias, quantas vezes 
forem necessárias.
d) Haverá controle político concomitante 
sobre a decretação do Estado de Defesa, o qual 
consiste em comissão composta por 5 membros 
do Congresso Nacional designados pela Mesa, 
ouvidos os líderes partidários, a qual será respon-
sável por acompanhar e fiscalizar a execução das 
medidas adotadas. 
e) Em relação ao Estado de Sítio, poderá ser 
decretado em caso de comoção grave de reper-
cussão restrita em local determinado; ocorrência 
de fatos que comprovem a ineficácia de medida 
tomada durante o estado de defesa; e em caso 
de declaração de estado de guerra ou resposta a 
agressão armada estrangeira. 
  
Redes Sociais
10 SIMULADO PGE-TO
15. A teor do disposto pela Constituição do 
Estado de Tocantins, é correto afirmar que
a) Consiste em princípio fundamental do 
Estado de Tocantins promover o desenvolvimen-
to mediante a adoção de politicas que estimulem 
a livre iniciativa e a justiça social. 
b) Constituiu ato atentatório à dignidade do 
parlamento estadual frustrar e deixar de impulsio-
nar os processos administrativos cuja execução 
ocorra com recursos destinados às emendas 
parlamentares de natureza impositiva ou não.
c) É da competência privativa da Assembleia 
Legislativa, sustar, por resolução, os atos norma-
tivos do Poder Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar ou dos limites de delegação legis-
lativa.
d) É da competência privativa do Tribunal 
de Contas do Estado de Tocantins elaborar seu 
regimento interno, dispor sobre sua organização, 
funcionamento, eleger seus órgãos diretivos para 
mandato de dois anos, permitida a recondução, 
organizar sua Secretaria e serviços auxiliares, 
propondo a criação dos respectivos cargos na 
forma da Constituição Estadual. 
e) O Deputado Estadual é inviolável por 
suas opiniões, palavras e votos, sendo que sua 
imunidade subsistirá durante o estado de sitio, 
só́ podendo ser suspensa, mediante o voto da 
maioria absoluta dos membros da Assembleia 
Legislativa, nos casos de atos praticados fora do 
recinto da Assembleia que sejam incompatíveis 
com a execução da medida.
14. Em relação à organização do estado e a 
competência legislativa constitucionalmente 
prevista, afirma-se corretamente que
a) A competência para legislar sobre loterias 
e jogos de bingo, suas respectivas regras de 
exploração, bem como sistemas de consórcios 
e sorteios é concorrente entre União, Estados e 
DF, uma vez que trata de matéria relativa a direito 
econômico e proteção do consumidor.
b) É constitucional lei de Estado-membro 
que estabeleça prioridade na tramitação proces-
sual, em qualquer instância, para as causas que 
tenham, como parte, mulher vítima de violência 
domestica, uma vez que trata de procedimen-
to em matéria processual, passível de atividade 
legislativa concorrente.
c) Lei de Estado-membro que disponha sobre 
proibição de revista íntima em empregados de 
estabelecimento situados em seu território é 
inconstitucional, uma vez que versa sobre direito 
do trabalho e sobre inspeção do trabalho, matéria 
de competência privativa da União.
d) A definição das condutas típicas configura-
doras de crimes de responsabilidade e o estabe-
lecimento de regras que disciplinem o processo 
e o julgamento dos respectivos agentes políticos 
é de competência legislativa comum entre a 
União, Estados, DF e Municípios, em virtude 
da jurisdição dos entes federativos sobre seus 
próprios agentes.
e) Lei de Estado-membro que disponha sobre 
a obrigatoriedade de as empresas concessio-
nárias, prestadoras de serviços de telefonia fixa, 
individualizarem, nas faturas, as informações que 
especificam é constitucional, uma vez que trata 
sobre matéria atinente à proteção do consumidor.
  
Redes Sociais
11 SIMULADO PGE-TO
17. A respeito das licitações e entendimento do 
TCU sobre a matéria, é incorreto afirmar que
a) As decisões do Tribunal de Contas da 
União, relativa à aplicação de normas gerais de 
licitação, sobre as quais cabe privativamente à 
União legislar, devem ser acatadas pelos admi-
nistradores dos Poderes da União, dos Estados, 
do DF e dos Municípios.
b) A contratação de instituição sem fins lu-
crativos dedicada à recuperação social de preso, 
com dispensa de licitação, somente é admitida 
nas hipóteses em que houver nexo efetivo entre a 
previsão legal, a naturezada instituição e o objeto 
contratado, além de comprovada a compatibili-
dade com os preços de mercado.
c) Em licitações referentes a compras, 
inclusive de softwares, é possível a indicação de 
marca, desde que seja estritamente necessária 
para atender exigências de padronização e que 
haja prévia justificação.
d) No edital de licitação, é possível a inclusão 
de exigências de habilitação e de quesitos de 
pontuação técnica, ainda que para atender tais 
requisitos os licitantes tenham de incorrer em 
custos desnecessários em momento anterior à 
celebração do contrato. 
e) É inadmissível, em princípio, a inclusão, 
nos contratos administrativos, de cláusula que 
preveja, para o Poder Público, multa ou indeniza-
ção, em caso de rescisão. 
DIREITO ADMINISTRATIVO
16. No tocante aos agentes públicos, seu 
regime constitucional e entendimento do STF 
sobre a matéria
I. Os cargos, empregos e funções públicas são 
acessíveis aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em ato do executivo, 
assim como aos estrangeiros. Estes últimos, na 
forma da lei.
II. Lei de iniciativa da União, com caráter nacional, 
poderá estabelecer a relação entre a maior e a 
menor remuneração dos servidores públicos de 
quaisquer unidades federativas. 
III. Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico 
a habilitação de candidato a cargo público.
IV. A administração pública deve fazer o corte do 
ponto do servidor em greve, mas poderá promover 
a compensação dos dias parados mediante 
acordo. Ademais, o desconto não poderá ser feito 
caso o movimento grevista tenha sido motivado 
por conduta ilícita do próprio Poder Público.
V. A fixação de vencimentos dos servidores públicos 
pode ser objeto de convenção coletiva.
Estão corretos APENAS:
a) I, II e V
b) III e IV
c) II, IV e V
d) I e III, somente.
e) II, III e IV.
  
Redes Sociais
12 SIMULADO PGE-TO
19. Em relação aos atos da administração 
pública é incorreto afirmar que 
a) O efeito prodômico ocorre enquanto haja 
situação de pendência do ato administrativo, ou 
seja, o período existente entre a produção do ato 
e a produção de seus efeitos típicos.
b) Efeitos reflexos do ato administrativo são 
aqueles que atingem outra relação jurídica, ou 
seja, atingem terceiros não participantes do ato, 
a exemplo do que ocorre com o locatário de um 
imóvel que fora desapropriado.
c) O vicio de competência de um ato admi-
nistrativo não admite convalidação, ainda que se 
trate de competência em razão da matéria ou de 
competência exclusiva.
d) O silencio da administração publica que 
produza efeitos jurídicos é tipo por fato adminis-
trativo.
e) Ato administrativo complexo é o que 
necessita, para sua formação, da manifestação 
de dois ou mais órgãos ou autoridades. Não será 
o ato considerado perfeito com a manifestação 
de um só órgão ou autoridade.
18. Nos termos da lei 8987/95, relativa aos 
serviços públicos:
I. Não se considera descontinuidade do serviço 
público prestado a sua interrupção em situação 
de emergência ou após prévio aviso, quando 
motivada por razões de ordem técnica ou de 
segurança das instalações e por inadimplemento 
do usuário, considerado o interessa da coletivida-
de. 
II. As concessionárias de serviços públicos, de 
direito público e privado, nos Estados, Distrito 
Federal e Municípios, são obrigadas a oferecer 
aos consumidores e usuários, dentro do mês de 
vencimento, o mínimo de seis datas opcionais 
para escolherem os dias de vencimentos de seus 
débitos.
III. No atendimento às peculiaridades de cada 
serviço público, poderá a concedente prever, em 
favor da concessionária, no edital de licitação, 
a possibilidade de outras fontes provenientes de 
receitas alternativas, complementares, acessórias 
ou de projetos associados, com ou sem exclusi-
vidade, com vistas a favorecer a modicidade de 
tarifas, ainda que represente tratamento tributário 
diferenciado.
IV. É admitida a subconcessão, nos termos 
previstos no contrato de concessão, desde que 
expressamente autorizada pelo poder concedente. 
A outorga de concessão será sempre precedida de 
concorrência. Entretanto, não haverá subrogação 
do subconcessionário sobre os direitos do subcon-
cedente. 
Estão corretos APENAS
a) I, somente.
b) I e II, somente.
c) I, III e IV.
d) II, III e IV.
e) III e IV, somente.
  
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13 SIMULADO PGE-TO
21. Quanto ao regime de responsabilidade civil 
do Estado
I. Considerando que é dever do Estado, imposto pelo 
sistema normativo, manter em seus presídios os padrões 
mínimos de humanidade previstos no ordenamento 
jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 
37, § 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os 
danos, inclusive morais, comprovadamente causados 
aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência 
das condições legais de encarceramento.
II. A responsabilidade civil estatal, segundo a Constitui-
ção Federal de 1988, em seu art. 37, § 6º, subsume-se 
à teoria do risco administrativo, tanto para as condutas 
estatais comissivas quanto para as omissivas, posto 
rejeitada a teoria do risco integral. A omissão do Estado 
reclama nexo de causalidade em relação ao dano 
sofrido pela vítima nos casos em que o Poder Público 
ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir 
para impedir o resultado danoso.
III. A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça 
a correr, por dois anos e meio, a partir do ato inter-
ruptivo, mas não fica reduzida aquém de cinco anos, 
embora o titular do direito a interrompa durante a 
primeira metade do prazo.
IV. A inequívoca presença do nexo de causalidade 
entre o ato administrativo e o dano causado ao terceiro 
não-usuário do serviço público, é condição suficiente 
para estabelecer a responsabilidade objetiva da pessoa 
jurídica de direito privado.
V. Em caso de inobservância do seu dever específico de 
proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da Constituição 
Federal, o Estado é responsável pela morte de detento.
Estão corretos APENAS
a) I, II, III e IV.
b) II, III e V.
c) III, IV e V.
d) I e IV, somente.
e) Todas estão corretas.
20. No tocante aos consórcios públicos: 
a) No caso de o consorcio público se revestir 
de personalidade jurídica de direito privado, não 
deverá observar as normas de direito público 
no que concerne à realização de licitação, ce-
lebração de contratos, prestação de contas e 
admissão de pessoal.
b) Os agentes públicos incumbidos da gestão 
do consórcio responderão pessoalmente pelas 
obrigações contraídas pelo consorcio público, 
ainda que não represente desatendimento à lei 
ou aos respectivos estatutos.
c) Nas hipóteses de criação, fusão, incor-
poração ou desmembramento que atinjam os 
entes consorciados ou subscritores de protocolo 
de intenções, os novos entes da federação não 
serão automaticamente tidos como consorcia-
dos ou subscritores, ainda que haja previsão no 
protocolo de intenções nesse sentido.
d) Os entes da federação consorciados 
respondem solidariamente pelas obrigações do 
consorcio público.
e) Os servidores cedidos aos consórcios 
públicos permanecerão no seu regime originário, 
somente lhes sendo concedidos adicionais ou 
gratificações nos termos e valores previstos no 
contrato de consórcio público.
  
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14 SIMULADO PGE-TO
23. Acerca do instituto da improbidade admi-
nistrativa, assinale o item incorreto.
a) Os atos de improbidade administrativa descritos 
como ofensa aos princípios da administração pública 
dependem além da presença do dolo genérico, dade-
monstração da ocorrência de dano para a administra-
ção pública ou enriquecimento ilícito do agente. 
b) Em que pese o silêncio do art. 7º da Lei n. 
8.429/92, o qual se refere somente aos atos de im-
probidade que causem lesão ao erário ou ensejem 
enriquecimento ilícito, uma interpretação sistemática 
que leva em consideração o poder geral de cautela 
do magistrado induz a concluir que a medida cautelar 
de indisponibilidade dos bens também pode ser 
aplicada aos atos de improbidadeadministrativa que 
impliquem violação dos princípios da administração 
pública, mormente para assegurar o integral ressar-
cimento de eventual prejuízo ao erário, se houver, e 
ainda a multa civil.
c) A jurisprudência do STJ é no sentido de que 
a decretação de indisponibilidade e do sequestro 
de bens em ação de improbidade administrativa é 
possível antes do recebimento da ação civil pública.
d) As sanções a serem aplicadas pela prática do 
ato de improbidade devem atender ao principio da 
proporcionalidade e aos fins sociais a que a Lei de 
Improbidade Administrativa se propõe, tendo em vista 
a conduta praticada.
e) A jurisprudência do STJ é pacifica no sentido 
de que a contratação de servidor sem concurso 
público caracteriza-se como ato de improbidade, 
com enquadramento da conduta nas prescrições do 
art. 11 da lei 8429/1992, ainda que não cause dano ao 
erário. O STJ entende que, nesses casos, em razão 
da efetiva contraprestação em serviços pelos venci-
mentos recebidos, mesmo configurada a improbidade 
administrativa, é indevida a devolução dos valores 
recebidos pelos beneficiários, a fim de evitar o enri-
quecimento sem causa do Poder Público. 
22. Quanto à matéria dos concursos públicos:
a) A nomeação tardia do candidato por forca 
de decisão judicial não gera direito à indenização.
b) O servidor não tem direito à indeniza-
ção por danos morais em face da anulação de 
concurso público eivado de vícios.
c) O provimento originário de cargos públicos 
deve se dar na classe e padrão iniciais da carreira, 
conforme a legislação vigente na data de 
nomeação do servidor. 
d) A administração publica pode promover a 
remoção de servidores públicos concursados, 
sem que isso caracterize, por si só, preterição aos 
candidatos aprovados em novo concurso público.
e) Todas os itens anteriores estão corretos.
  
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15 SIMULADO PGE-TO
25. A doutrina moderna conceitua o processo 
administrativo como sendo a relação jurídica 
que envolve uma sucessão dinâmica e 
encadeada de atos instrumentais para a 
obtenção da decisão administrativa. Sobre o 
processo administrativo e matérias relaciona-
das, identifique o item incorreto.
a) O devido processo legal, consagrado no 
art. 5, LIV, CRFB, possui dois sentidos, quais 
sejam, o sentido procedimental em que a Admi-
nistração deve respeitar os procedimentos e as 
formalidades previstas na lei, e o sentido subs-
tantivo em que a atuação administrativa deve ser 
pautada pela razoabilidade, sem excessos.
b) Nos processos perante o Tribunal de 
Contas da União asseguram-se o contraditório e 
a ampla defesa quando da decisão puder resultar 
anulação ou revogação de ato administrativo que 
beneficie o interessado, excetuada a apreciação 
da legalidade do ato de concessão inicial de apo-
sentadoria, reforma e pensão.
c) No âmbito dos processos administrativos, 
conforme disposição da lei 9784/1999, os prazos 
começam a correr a partir da data da cientifica-
ção oficial, excluindo-se da contagem o dia do 
começo e incluindo-se o do vencimento.
d) Considera-se prorrogado o prazo até o 
primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair 
em dia que não houver expediente ou este for 
encerrado antes da hora normal.
e) No âmbito federal, o direito da Adminis-
tração de anular os atos administrativos de que 
decorram efeitos favoráveis para os destinatários 
decai em cinco anos, contados da data em que 
foram praticados, ainda que reste comprovada a 
má-fé. 
24. Os poderes administrativos são prerroga-
tivas instrumentais conferidas aos agentes 
públicos para que, no desempenho de suas 
atividades, alcancem o interesse público. 
Trata-se, em verdade, de poder-dever ou 
dever-poder, uma vez que que o seu exercício 
é irrenunciável e se preordena ao atendimento 
da finalidade pública. Portanto, sobre as 
espécies de poderes administrativos é correto 
afirmar que
a) O poder normativo ou regulamentar é a 
prerrogativa reconhecida à Administração Pública 
para editar atos administrativos específicos a de-
terminados indivíduos para fiel execução das leis 
em relação a estes.
b) O poder regulamentar encerra uma 
atividade administrativa de cunho normativo 
primário.
c) Poder de polícia e policia administrativa são 
conceitos distintos. Enquanto o poder de policia 
relaciona-se com o exercício a atividade legis-
lativa (sentido amplo), a policia administrativa se 
traduz na edição de atos administrativos, com 
fundamento na lei (sentido restrito).
d) Os atos de policia possuem o atributo da 
executoriedade. Um exemplo é a multa, que 
pode ser adimplida pela vontade unilateral da 
administração.
e) Pode o poder público condicionar a 
renovação da licença de veículo ao pagamento 
de multa, ainda que o infrator não tenha sido noti-
ficado previamente. 
  
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16 SIMULADO PGE-TO
27. O Estado possuir a prerrogativa de impor 
restrições e condicionamentos razoáveis a 
propriedade alheia para atender ao interesse 
público. O direito de propriedade, assim 
como os demais direitos fundamentais, 
não possui caráter absoluto. Ainda que a 
propriedade atenda a função social, é possível 
a intervenção estatal para restringi-la ou 
condicioná-la de modo a satisfazer o interesse 
público. Sobre a intervenção do Estado na 
propriedade é incorreto afirmar que
a) A servidão administrativa é o direito real 
público que permite a utilização da propriedade 
alheia pelo Estado ou por seus delegatários com 
o objetivo de atender o interesse público. 
b) Servidão de trânsito não titulada, mas 
tornada permanente, sobretudo pela natureza 
das obras realizadas, considera-se aparente, con-
ferindo direito à proteção possessória.
c) O STF ao analisar a requisição federal de 
hospitais públicos municipais, entendeu que 
a requisição administrativa tem por objeto, em 
regra, os bens e serviços privados e que a requi-
sição de bens e serviços públicos possui caráter 
excepcional e somente pode ser efetivada após 
a observância do procedimento constitucional 
para declaração formal do Estado de Defesa e o 
Estado de Sítio.
d) As limitações administrativas não geram, 
em regra, o dever de indenizar, pois as restrições 
à propriedade são fixadas de maneira genérica 
e abstrata. Os destinatários sofrem ônus e bônus 
proporcionais.
e) O tombamento não pode incidir sobre os 
bens públicos.
26. O denominado Regime Diferenciado de 
Contratações Públicas (RDC) foi instituído pela 
MP 527/2011, convertida na lei 12.462/2011, 
sendo passível de regulamentação por meio de 
decreto pelos entes federativos que apliquem 
referida lei em sua atuação administrativa. 
Sobre o RDC, é correto afirmar que
a) A lei restringe o âmbito de aplicação do 
RDC a determinadas hipóteses de licitações e 
contratos, sendo que uma delas é relativa às 
obras de infraestrutura e contratação de serviços 
para os aeroportos das capitais dos Estados da 
Federação distantes até 300 km das cidades que 
foram sede dos eventos esportivos referidos na 
própria lei.
b) O instituto do RDC não faz qualquer 
menção á preservação do meio ambiente, 
primando tão somente pela efetividade e incre-
mento tecnológico nas contratações públicas.
c) No âmbito do RDC há a possibilidade de 
remuneração variável em sede de contratação 
de obras e serviços, a qual será vinculada ao 
desempenho da contratada com base em metas, 
padrões de qualidade, critérios de sustentabili-
dade ambiental e prazo de entrega definidos no 
instrumento convocatório e no contrato.
d) Assim como o previsto na lei 8.666/1993, 
o RDC alberga a possibilidade de orçamento 
sigiloso, independente de apresentação prévia, 
no anexo do edital de licitação, do orçamento 
estimado em planilhas de quantitativos e preços 
unitários. Ademais, no RDC o orçamento sigiloso 
é de uso compulsório do gestor responsável.
e) A legislação do RDC permite os contratos 
builttosuit ou “locação sob medida”, os quais 
consistem na possibilidade de locação de bens 
móveis e imóveis, nos quais o locador realiza 
prévia aquisição, construção ou reformasubs-
tancial, com ou sem aparelhamento de bens, por 
si mesmo ou por terceiros, do bem especificado 
pela administração. Caso seja assim adotado pela 
administração, o valor da locação não poderá 
exceder, ao mês, 2% do valor do bem locado.
  
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17 SIMULADO PGE-TO
29. A respeito do regime dos bens públicos, é 
correto afirmar que
a) Os bens das empresas estatais somente 
poderão ser alienados se atendidos os requisitos 
da lei 8.666/93, e os bens afetados aos serviços 
públicos são considerados impenhoráveis, com 
fundamento no princípio da continuidade do 
serviço público, mas a jurisprudência do STJ tem 
admitido a prescrição aquisitiva (usucapião) de 
tais bens, o que permite concluir que os bens não 
são propriamente públicos.
b) Domínio patrimonial é a prerrogativa decor-
rente da soberania ou da autonomia federativa 
que autoriza o Estado a intervir, de forma branda 
(ex: limitações) ou drástica (desapropriação), em 
todos os bens que estão localizados em seu ter-
ritório, com o objetivo de implementar a função 
social da propriedade e os direitos fundamen-
tais. Domínio eminente, por sua vez, refere-se ao 
direito de propriedade do Estado, englobando 
todos os bens das pessoas estatais, submetidos 
ao regime jurídico especial de Direito Administra-
tivo.
c) Os créditos tributários não são considera-
dos bens públicos.
d) A afetação e a desafetação de bens 
públicos não devem respeitar o principio da 
simetria e hierarquia dos atos jurídicos. Assim, na 
hipótese em que a lei confere destinação a deter-
minado bem público, a desafetação pode ocorrer 
por instrumento normativo diferente, tal como um 
ato administrativo.
e) Sendo a penhora definida como ato de 
apreensão judicial de bens do devedor para sa-
tisfação do credor, não há qualquer impedimento 
para que os bens públicos sejam penhorados, 
desde que caracterizado o débito da Administra-
ção Pública perante um credor particular.
28. Desapropriação é a intervenção do Estado 
na propriedade alheia, transferindo-a, com-
pulsoriamente e de maneira originária, para o 
seu patrimônio, com fundamento no interesse 
público e após o devido processo legal, em 
regra, mediante indenização. Sobre o instituto 
da desapropriação analise
I. O bem desapropriado não pode ser reivindicado 
posteriormente pelo antigo proprietário e libera-se de 
eventuais ônus reais, devendo os credores se sub-rogar 
no preço pago pelo Poder Público.
II. Há diferença em relação à competência administra-
tiva para desapropriar e a competência para legislar 
sobre desapropriação. Todos os entes podem desa-
propriar, mas somente a União, Estados e DF podem 
legislar sobre o tema, uma vez se tratar de competência 
concorrente, nos termos da Constituição. 
III. Na desapropriação rural, a indenização é efetivada 
por meio de títulos da dívida agrária, com cláusula de 
preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até 
dez anos, a partir do segundo ano de sua emissão.
IV. Na expropriação confiscatória, esta deve englobar 
toda a propriedade, ainda que o cultivo ocorra em parte 
do terreno. O STF entende que o proprietário tem o 
dever de zelar por sua propriedade, sendo responsável 
por sua utilização indevida.
V. Será exigida autorização legislativa para a desa-
propriação dos bens de domínio dos Estados, dos 
Municípios e do Distrito Federal pela União e dos bens 
de domínio dos Municípios pelos Estados.
Estão corretos: 
a) I, II e V
b) II, III e IV
c) I, IV e V
d) I, II e III
e) I, III e V
  
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18 SIMULADO PGE-TO
DIREITO CIVIL
31. A respeito da Lei de introdução às normas 
do Direito Brasileiro, é correto afirmar:
a) Salvo disposição contrária, a lei começa a 
vigorar em todo o país noventa dias depois de oficial-
mente publicada.
b) Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade 
da lei brasileira, quando admitida, se inicia seis meses 
depois de oficialmente publicada.
c) Salvo disposição em contrário, a lei revogada 
não se restaura por ter a lei revogadora perdido a 
vigência.
d) Chama-se coisa julgada ou caso julgado a 
decisão judicial de que já não caiba ação rescisória.
e) As organizações destinadas a fins de interesse 
coletivo, como as sociedades e as fundações, 
obedecem à lei do Estado em que exercerem suas 
atividades.
32. Sobre o regime jurídico das pessoas 
naturais é correto que
a) Os direitos da personalidade são intransmis-
síveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício 
sofrer limitação voluntária, sem exceção.
b) São incapazes, relativamente a certos atos ou à 
maneira de os exercer os menores de 16 anos.
c) É válida, com objetivo científico, ou altruístico, 
a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em 
parte, para depois da morte.
d) O pseudônimo adotado para atividades lícitas 
não goza da proteção que se dá ao nome.
e) Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, 
a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, 
sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Em 
se tratando de morto, terá legitimação para requerer a 
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, 
ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o 
terceiro grau.
30. Ao lado da concessão tradicional de 
serviços públicos prevista na lei 8987/1995, a 
legislação consagra atualmente a concessão 
especial de serviços públicos, denominada 
Parceria Público-Privada (PPP), submetida 
ao regime jurídico diferenciado previsto na 
Lei 11.079/2004. Com base na respectiva 
legislação, analise os seguintes itens
I. Parceria público-privada é o contrato administrativo 
de concessão, na modalidade patrocinada ou adminis-
trativa.
II. É vedada a celebração de contrato de parceria pú-
blico-privada cujo valor do contrato seja inferior a R$ 
20.000.000,00 (vinte milhões de reais).
III. As cláusulas dos contratos de parceria público-
-privada atenderão ao disposto na legislação sobre 
concessões comuns no que couber, devendo também 
prever o prazo de vigência do contrato, compatível 
com a amortização dos investimentos realizados, não 
inferior a 5 (cinco), nem superior a 25 (vinte e cinco) anos, 
incluindo eventual prorrogação.
IV. A contraprestação da Administração Pública nos 
contratos de parceria público-privada poderá ser feita 
por ordem bancária, cessão de crédito tributários, 
outorgas de direitos em face da administração pública, 
outorga de direitos sobre bens públicos dominicais e 
outros meios admitidos em lei.
V. Concessão patrocinada é o contrato de prestação de 
serviços de que a Administração Pública seja a usuária 
direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra 
ou fornecimento e instalação de bens, e Concessão 
administrativa é a concessão de serviços públicos ou 
de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de 
fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à 
tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária 
do parceiro público ao parceiro privado.
Estão incorretos
a) I e II, somente.
b) II, III e V, somente.
c) I, II, III e IV.
d) II, III, IV, V.
e) I, IV e V.
  
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19 SIMULADO PGE-TO
34. Os contratos regem-se por princípios 
oriundos da teoria geral do Direito Civil e das 
obrigações, alguns com fontes constitucional e 
outros de origem infraconstitucional. Com base 
em referidos princípios é incorreto é afirmar 
que
a) Em relação ao principio da liberdade de 
contratar ou da autonomia da vontade, é possível 
diferenciar a autonomia da vontade da autonomia 
privada. A autonomia da vontade é a liberdade 
de contratar, de sorte a se destinar à vontade 
do cidadão a decisão de vincular-se ou não por 
um negócio jurídico. A autonomia privada é a 
liberdade privada é a liberdade dada às partes 
contratantes para determinarem, livremente, o 
conteúdo da relação contratual.
b) O principio da função social do contrato 
consiste na imposição jurídica de dever contra-
tual através do qual as partes devem contrair 
obrigações justas e equilibradas e que não 
violem o interesse coletivo. Com efeito, é possível 
identificarduas espécies de eficácia do referido 
principio: a eficácia interna relativa ao dever de as 
partes ajustarem obrigações justas e equilibra-
das e a eficácia externa atinente ao dever de não 
ofender o interesse coletivo ou de terceiro.
c) No âmbito do principio da boa-fé, distin-
gue-se a boa-fé objetiva, consistente na situação 
em que o agente não tem ciência de que sua 
conduta contraria algum preceito jurídico, da 
boa-fé subjetiva, quando a ação é imbuída da 
consciência de que a conduta é correta e proba.
d) Em análise especifica das aplicações do 
principio da boa-fé, identifica-se o tu quoque, 
consistente na proibição de que o agente 
invoque direitos, na relação bilateral, antes de 
cumprir a sua prestação ou sem atender as suas 
obrigações.
e) O princípio da boa-fé objetiva deve levar o 
credor a evitar o agravamento do próprio prejuízo.
33. Sobre a personalidade jurídica das 
empresas e sua respectiva desconsideração, 
considere as proposições abaixo:
I. O ordenamento jurídico confere personalidade 
jurídica às empresas, permitindo que formem uma 
esfera jurídica e patrimonial autônoma e indepen-
dente, apartada do patrimônio individual de cada 
um de seus sócios.
II. Não é possível a aplicação da teoria da des-
consideração da personalidade jurídica em ação 
de execução originada de sentença que, de 
forma expressa, havia excluído os sócios de uma 
empresa do processo de indenização.
III. A teoria menor da desconsideração, regra 
geral no sistema jurídico brasileiro, não pode ser 
aplicada com a mera demonstração de estar a 
pessoa jurídica insolvente para o cumprimento 
de suas obrigações. Exige-se, aqui, para além da 
prova de insolvência, ou a demonstração de desvio 
de finalidade (teoria subjetiva da desconsidera-
ção), ou a demonstração de confusão patrimonial 
(teoria objetiva da desconsideração).
IV. A teoria maior da desconsideração, acolhida 
em nosso ordenamento jurídico excepcionalmente 
no Direito do Consumidor e no Direito Ambiental, 
incide com a mera prova de insolvência da pessoa 
jurídica para o pagamento de suas obrigações, 
independentemente da existência de desvio de 
finalidade ou de confusão patrimonial. 
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III
b) III e IV
c) I e II
d) II e II
e) I
  
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20 SIMULADO PGE-TO
36. Parte da doutrina entende que a lei não 
trata a posse como direito, mas sim como 
estado de fato que revela poder sobre a coisa. 
Direito, na acepção da palavra, é a propriedade, 
sendo a posse, na verdade, uma aparência do 
direito, ou seja, aparência de propriedade. Com 
efeito, sobre o tema, analise os seguintes itens
I. juspossidendi é a posse decorrente de 
propriedade ou outro direito real, ao passo que jus 
possessionis relaciona-se à posse pura, indepen-
dente de propriedade ou direito real.
II. Na teoria objetiva de Ihering, a posse é um 
estado de fato sobre a coisa, segundo o qual o 
possuidor, além de deter a coisa em seu poder, 
tem o ânimo de detê-la como dono.
III. Na teoria subjetiva de Savigny, para que haja 
posse, não é necessário que o possuidor tenha 
o ânimo de dono sobre a coisa, mas apenas 
que detenha a coisa de forma a exercer poderes 
próprios de proprietário.
IV. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em 
seu poder, temporariamente, em virtude de direito 
pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem 
aquela foi havida, podendo o possuidor direto 
defender a sua posse contra o indireto. 
Estão corretas APENAS:
a) I, II e III
b) I e III
c) III e IV
d) I e IV
e) II e III
35. Em relação ao contrato de compra e venda, 
assinale o item correto.
a) é nula a venda de ascendente a descen-
dente, salvo se os outros descendentes e o 
cônjuge do alienante expressamente houverem 
consentido.
b) Poderá o magistrado reconhecer a proce-
dência do pedido no âmbito de ação anulatória 
da venda de ascendente a descendente com 
base apenas em presunção de prejuízo decor-
rente do fato de o autor da ação anulatória ser 
absolutamente incapaz quando da celebração do 
negócio por seus pais e irmão, uma vez que não 
há necessidade da demonstração de prejuízo 
para o desígnio da respectiva ação
c) A compra e venda poderá ter por objeto 
coisa atual ou futura. Neste caso, ficará sem 
efeito o contrato se esta não vier a existir, ainda 
que a intenção das partes seja de concluir 
contrato aleatório. 
d) Nas coisas vendidas conjuntamente, o 
defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de 
todas.
e) À luz do principio da boa-fé objetiva, o 
pacto de retrovenda poderá ser exercido ainda 
que não se tenha realizado o registro da cláusula, 
independente da ciência direta ao pretenso inte-
ressado na aquisição da coisa.
  
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21 SIMULADO PGE-TO
38. Sobre os direitos reais de gozo ou fruição, 
analise os seguintes itens
I. As partes não possuem liberdade para deliberar, 
no contrato respectivo, sobre o rateio dos encargos 
e tributos que incidirão sobre a área objeto da 
concessão do direito de superfície.
II. Assiste ao superficiário o direito de transferir a 
propriedade superficiária a terceiros, mas tal direito 
não se transmite aos seus herdeiros.
III. A servidão possui como características a 
existência de donos diversos, dar-se por prazo 
indeterminado, ser indivisível, exclusivamente sobre 
bens imóveis e sua impresumibilidade.
IV. O usufruto é o direito de usar e usufruir as 
utilidades de determinada coisa, limitando-se às 
necessidades do usuário e de sua família.
V. A habitação é direito real de uso que consiste em 
direito de habitar casa alheia.
Estão corretos APENAS
a) III, IV e V
b) III e V
c) I, II e III
d) I e V
e) I, III e V
39. Não constitui característica dos direitos 
reais de garantia
a) Direito de sequela
b) Transitoriedade
c) Acessoriedade
d) Vinculação do bem dado em garantia
e) Divisibilidade
37. Acerca do direito de propriedade, é correto 
afirmar
a) A propriedade encontra conceito legal no 
art. 1228 do Código Civil, que a estabelece como 
o direito de usar, gozar e dispor de uma coisa, 
bem como de reavê-la de quem quer injusta-
mente a possua ou detenha.
b) A desapropriação é forma originária de 
aquisição da propriedade, pois a transferência 
da propriedade opera-se pelo fato jurídico em si, 
independentemente da vontade do expropriado, 
que se submete aos imperativos da supremacia 
do interesse público sobre o privado. Entretanto, 
não constitui efeito da sentença proferida em 
sede de desapropriação a sua utilização como 
titulo hábil à transcrição do bem expropriado no 
competente registro de imóveis.
c) Em relação às limitações familiares do 
direito de propriedade, é anulável a doação de 
todos os bens sem reserva de parte, ou renda 
suficiente para a subsistência do doador.
d) A função social da propriedade é o 
conjunto de requisitos mínimos estabeleci-
dos pelo legislador para que se considere que 
o exercício do domínio atende ao interesse 
coletivo, sob pena de adoção das medidas san-
cionatórias previstas no ordenamento. Trata-se 
de conceito abstrato que não possui qualquer 
densificação objetiva no ordenamento jurídico.
e) Nenhum dos itens anteriores. 
  
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22 SIMULADO PGE-TO
DIREITO PROCESSUAL 
CIVIL
41. Acerca dos princípios aplicáveis ao 
processo civil, é incorreto afirmar que
a) de acordo com o principio da inercia da juris-
dição, o juiz não deve transformar um conflito jurídico 
em um conflito social, ou seja, ainda que exista uma 
lide jurídica, as partes envolvidas, em especial a titular 
do direito material, podem não pretender, ao menos 
por hora, jurisdicionalizar tal conflito, mantendo uma 
convivência social pacifica com o outro sujeito.
b) o principio da inafastabilidade da jurisdição 
possui dois aspectos: a relação entre a jurisdição e a 
solução administrativa de conflitos e o acesso à ordem 
jurídica justa, que dá novos contornos ao princípio, 
firme no entendimento de que a inafastabilidade 
somente existirá concretamente por meio do ofere-
cimento de um processoque efetivamente tutele o 
interesse da parte titular do direito material.
c) recentemente, a Corte Europeia de Direitos 
Humanos passou a adotar novo critério quanto a 
definição de tempo razoável no âmbito processual. 
Trata-se da relevância do direito posto em juízo para 
a vida da parte prejudicada pela excessiva demora 
do processo. Sendo assim, uma demora no processo 
afeta de maneira mais séria e profunda uma parte 
presa injustamente do que uma parte que espera a 
satisfação de um crédito, devendo tal aspecto ser 
considerado na definição do que seja o caso concreto 
uma duração razoável do processo.
d) deriva do principio da primazia no julgamento 
do mérito a previsão do Novo código de Processo 
Civil a atribuição a todo recurso de apelação contra 
sentença terminativa o efeito regressivo.
e) No âmbito da boa-fé objetiva processual, a 
máxima venire contra factumproprium consiste como 
estratégia de defesa da parte contra ações dolosas 
da parte contraria. No processo vem sendo entendida 
como a exceção que a parte tem para paralisar o com-
portamento de quem age dolosamente contra si.
40. No antigo direito romano, as pretensões 
eram perpétuas. A concessão da prerrogativa 
eterna de o credor poder cobrar, em juízo, o 
cumprimento de obrigação, fazia com que o 
patrimônio do devedor estivesse perpetua-
mente vinculado à dívida. Por isso, o direito 
de demandar, em alguns casos, deveria sofrer 
limitação temporal. Essas circunstancias 
levaram o operador do direito a identificar 
pretensões que deveriam continuar perpetuas, 
quais deveriam se sujeitar a prazos não 
passíveis de interrupção (decadência) e quais 
se subordinam a prazos sujeitos a interrupção 
(prescrição). Com efeito, sobre o tema, é 
incorreto afirmar
a) A prescrição não extingue o direito de ação, 
já que este direito, garantido pela Constituição, é 
público, subjetivo, autônomo e abstrato, ou seja, 
não depende de o juiz reconhecer ou não a sua 
procedência. O que se extingue, então, pela pres-
crição, é a tutelabilidade judicial e não o direito 
de ação. 
b) O pagamento da indenização do DPVAT 
importa em renuncia ao prazo prescricional, se 
feito após prescrita a pretensão do segurado, 
iniciando-se novo prazo trienal para este reclamar 
em juízo eventual diferença de valores.
c) No que tange à prescrição das ações em 
que a Fazenda Pública seja autora, é bem ver 
que, não havendo norma específica, estará a Ad-
ministração sujeita aos prazos prescricionais em 
geral estabelecidos na lei civil.
d) Conforme entendimento jurisprudencial do 
STJ, nas hipóteses em que a Administração omis-
samente não paga benefícios aos servidores, a 
prescrição não atinge o próprio fundo de direito, 
mas tão somente as parcelas vencidas há mais 
de cinco anos da propositura da ação.
e) As partes podem convencionar prazo 
superior ao estabelecido em lei para a decadên-
cia, bem como modificar os prazos prescricionais.
  
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23 SIMULADO PGE-TO
43. A respeito da sucessão das partes e dos 
procuradores, analise os seguintes itens
I. Não se deve confundir sucessão processual, 
sinônimo de legitimação extraordinária, com subs-
tituição processual, fenômeno consubstanciado na 
substituição dos sujeitos que compõem os polos 
da demanda. Sempre que um sujeito que compõe 
o polo passivo ou ativo é retirado da relação 
processual jurídica para que um terceiro tome o 
seu lugar ocorrerá a substituição processual.
II. No curso do processo, somente é lícita a 
sucessão voluntária das partes nos casos 
expressos em lei ou em contrato.
III. A alienação da coisa ou do direito litigioso por 
ato entre vivos, a título particular, não altera a le-
gitimidade das partes. O adquirente ou cessionário 
não poderá ingressar em juízo, sucedendo o 
alienante ou cedente, sem que consinta a parte 
contrária.
IV. No caso da alienação da coisa ou do direito 
litigioso por ato entre vivos, caso o autor não 
concorde com a sucessão processual no polo 
passivo da demanda, o terceiro não pode intervir, 
de forma voluntária, como litisconsorte passivo 
daquele que lhe alienou ou cedeu a coisa litigiosa.
Estão corretos APENAS
a) II e III
b) I, II e IV
c) III e IV
d) II
e) I
42. Sobre as hipóteses de competência 
nacional exclusiva de jurisdição é correto 
afirmar que:
a) compete à autoridade judiciária brasileira, 
com exclusão de qualquer outra, conhecer de 
ações relativas a bens imóveis e móveis situados 
no Brasil.
b) em matéria de sucessão hereditária, 
compete exclusivamente à autoridade nacional 
proceder à confirmação de testamento particu-
lar e ao inventário e à partilha de bens situados 
no Brasil, desde que o autor da herança seja de 
nacionalidade brasileira.
c) desde o CPC/73, há a previsão de que 
compete exclusivamente à autoridade nacional 
proceder, em divórcio, separação judicial ou 
dissolução de união estável, à partilha de bens 
situados no brasil, desde que o titular seja de 
nacionalidade brasileira. 
d) desde o CPC/73, há a previsão de que 
compete exclusivamente à autoridade nacional 
proceder, em divórcio, separação judicial ou 
dissolução de união estável, à partilha de bens 
situados no brasil, ainda que o titular seja de 
nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora 
do território nacional. 
e) nenhuma das alternativas anteriores.
  
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24 SIMULADO PGE-TO
45. O art. 138 do Novo Código de Processo 
Civil traz expressamente a possibilidade da 
intervenção do amicuscuriae no processo. 
Sobre o tema, é incorreto afirmar que
a) No âmbito da atuação do amicuscuriae 
demonstra-se a existência de um interesse 
institucional. Apesar da proximidade desse 
interesse com o interesse público, com esse não 
se confunde. O interesse institucional é voltado 
à melhor solução possível do processo por meio 
do maior conhecimento da matéria e dos reflexos 
no plano prático da decisão.
b) Apesar de o STF ter consolidado o enten-
dimento de que o amicuscuriae não é terceiro 
interveniente atípico, sendo considerado apenas 
como auxiliar eventual do juízo, o Novo Código 
de Processo Civil o prevê no capítulo das inter-
venções de terceiro.
c) O novo CPC prevê a possibilidade de inter-
venção como amicuscuriae de pessoa natural, 
jurídica, órgão ou entidade especializada. 
d) Conforme dispõe o novo CPC, a inter-
venção do amicuscuriae implica alteração de 
competência, mas não autoriza a interposição de 
recurso por parte daquele.
e) O STJ entende que o ingresso do amicus-
curiae pode se dar até o início do julgamento, 
porque depois de iniciado já não caberá mais 
manifestação escrita e sustentação oral, e não 
tendo o amicuscuriae legitimidade recursal seu 
ingresso após o inicio do julgamento seria inútil 
porque não poderia praticar qualquer ato proces-
sual.
44. Sobre a intervenção de terceiros, assinale o 
item correto.
a) O pressuposto da assistência é a existência 
de um interesse jurídico do terceiro na solução 
do processo, não se admitindo que um interesse 
econômico, moral ou de qualquer outra natureza 
legitime a intervenção por assistência. Somente 
será admitido como o assistente o terceiro que 
demonstrar estar sujeito a ser afetado juridica-
mente pela decisão a ser proferida em processo 
do qual não participa, sendo irrelevante a justifi-
cativa no sentido de que sofrerá eventual prejuízo 
de ordem econômica ou de qualquer natureza. 
Com efeito, a assistência é instituto típico da fase 
de conhecimento, não cabendo, portanto, em 
processos de execução. 
b) Na assistência litisconsorcial o terceiro 
é titular da relação jurídica de direito material 
discutida no processo, sendo, portanto, dire-
tamente atingido em sua esfera jurídica pela 
decisão a ser proferida. Entretanto, não há relação 
jurídica do assistente litisconsorcial com a parte 
contrária, mas tão somente com o assistido.
c) Segundo a melhor doutrina, a denunciação 
da lide é uma demanda incidente, regressiva, 
eventual e antecipada. 
d) Feito a denunciação pelo autor, o denun-
ciado poderá assumir a posiçãode litisconsorte 
do denunciante, mas não poderá acrescentar 
novos argumentos à petição inicial.
e) Feita a denunciação pelo réu, se o denun-
ciado for revel, o denunciante deverá seguir com 
a sua defesa, caso já oferecida.
  
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25 SIMULADO PGE-TO
47. Sobre citação, intimação e contagem de 
prazos, observe o que dispõem os seguintes 
itens
I. salvo disposição em sentido diverso, considera-
-se dia do começo do prazo o dia útil seguinte à 
consulta ao teor da citação ou da intimação ou 
ao término do prazo para que a consulta se dê, 
quando a citação ou a intimação for eletrônica.
II. O termo inicial do prazo para apresentar 
impugnação ao cumprimento de sentença é 
contado a partir da ciência inequívoca do devedor 
quanto à penhora “on-line” realizada, não havendo 
necessidade de sua intimação formal.
III. a citação será realizada em qualquer lugar em 
que seja encontrado o demandado, sendo possível 
que ela ocorra no local de trabalho, de lazer ou de 
qualquer outro, desde que seja localizado o réu.
IV. Havendo divergência entre o prazo de 
contestação previsto em lei e aquele previsto no 
mandado, deve prevalecer este, não podendo ser o 
réu prejudicado por erro do Poder Judiciário.
V. O novo CPC prevê a possibilidade de a intimação 
ocorrer na pessoa da sociedade de advogados 
a qual pertença o patrono que atua no processo, 
desde que tal sociedade esteja devidamente 
registrada na Ordem dos Advogados do Brasil, o 
que pode ser demonstrado no caso concreto com 
a indicação de seu numero de inscrição.
Estão corretas APENAS
a) I, III e IV.
b) I, II, III e V
c) II, IV e V
d) I, III e V
e) Todos os itens.
46. Acerca dos recursos, é incorreto afirmar:
a) Cabe agravo de instrumento contra o 
provimento jurisdicional que, após a entrada em 
vigor do CPC/2015, acolhe ou rejeita incidente de 
impugnação à gratuidade de justiça instaurado, 
em autos apartados, na vigência do regramento 
anterior.
b) O conceito de “dúvida objetiva”, para a 
aplicação do princípio da fungibilidade recursal, 
pode ser relativizado, excepcionalmente, quando 
o equívoco na interposição do recurso cabível 
decorrer da prática de ato do próprio órgão 
julgador.
c) A disposição constante do art. 1.017, § 5º, 
do CPC/2015, que dispensa a juntada das peças 
obrigatórias à formação do agravo de instrumen-
to em se tratando de processo eletrônico, exige, 
para sua aplicação, que os autos tramitem por 
meio digital tanto no primeiro quanto no segundo 
grau de jurisdição.
d) É vedado ao relator limitar-se a reproduzir 
a decisão agravada para julgar improcedente o 
agravo interno.
e) Cabem embargos de declaração contra 
decisão que se pronuncie tão somente sobre 
argumento incapaz de infirmar a conclusão 
adotada.
  
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26 SIMULADO PGE-TO
49. No cumprimento de sentença que impuser 
à Fazenda Pública o dever de pagar quantia 
certa, o exequente apresentará demonstrativo 
discriminado e atualizado do crédito contendo
a) O nome completo e o numero do CPF ou 
CNPJ do exequente;
b) O índice de correção monetária adotado
c) Os juros aplicados e as respectivas taxas
d) A requisição da multa de dez por cento 
caso a Fazenda Pública não faça o pagamento 
em 15 dias do valor exequendo.
e) O termo inicial e o termo final dos juros e da 
correção monetária.
50. Sobre o processo de execução, é correto 
afirmar:
a) Ressalvado o caso de insolvência do 
devedor, em que tem lugar o concurso universal, 
realiza-se a execução no interesse do exequente 
que adquire, pela penhora, o direito de preferen-
cia sobre os bens penhorados. Recaindo mais 
de uma penhora sobre o mesmo bem, restará 
preservada a que se der primeiro.
b) Ao propor a execução, incumbe ao 
exequente indicar a espécie de execução de sua 
preferencia, quando por mais de um modo puder 
ser realizada.
c) Não constitui ônus do exequente requerer 
a intimação do promitente comprador quando a 
penhora recair sobre direito aquisitivo derivado 
de promessa de compra e venda.
d) Nas obrigações alternativas, quando a 
escolhe couber ao devedor, esse será citado para 
exercer a opção e realizar a prestação dentro de 
5 (cinco) dias, se outro prazo não lhe foi determi-
nado em lei ou contrato.
e) Não é possível a conversão do procedi-
mento de execução para entrega de coisa incerta 
para execução por quantia certa na hipótese 
em que o produto perseguido for entregue com 
atraso, gerando danos ao credor da obrigação.
48. O Novo Código de Processo Civil destina 
um capitulo ao tratamento da tutela provisória, 
dividida em tutela provisória de urgência 
(cautelar e antecipada) e de evidência. Sobre o 
tema pode-se afirmar corretamente que
a) A tutela provisória é proferida mediante 
cognição sumária, ou seja, o juiz ao concedê-la 
ainda não tem acesso a todos os elementos de 
convicção a respeito da controvérsia jurídica. Não 
se admite, portanto, que o juiz a conceda em 
sede de sentença, uma vez que já terá analisado 
os elementos constitutivos da ação de forma 
exauriente. 
b) É possível a concessão da tutela de 
evidência de forma antecedente. 
c) A tutela provisória requerida em caráter 
incidental gera o pagamento de custas proces-
suais.
d) Na hipótese de concessão da tutela pro-
visória no tribunal, a tutela provisória deverá ser 
revogada ou confirmada no acórdão que decidirá 
o processo de competência originária do tribunal 
ou o recurso.
e) Em relação ao deferimento ou indeferi-
mento do pedido de tutela provisória por meio de 
decisão interlocutória agravada e superveniência 
de sentença, o STJ entende pela prevalência do 
grau hierárquico sobre o grau de cognição, não 
podendo o juiz de primeiro grau, ao sentenciar 
o processo, com base em novos fundamentos, 
restabelecer tutela antecipada anteriormente 
cassada em julgamento de agravo de instrumen-
to pelo tribunal. 
  
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27 SIMULADO PGE-TO
52. Nos termos do art. 976, caput, do Novo 
CPC, é cabível o incidente de resolução de 
demandas repetitivas, conhecido por IRDR, 
quando houver, simultaneamente, a efetiva 
repetição de processos que contenham con-
trovérsia sobre a mesma questão unicamente 
de direito e o risco de ofensa à isonomia e à 
segurança jurídica. Sobre o IRDR, portanto, é 
incorreto afirmar
a) O incidente aplica-se a recurso, remessa 
necessária ou a qualquer processo de compe-
tência originária de tribunal.
b) Não será admitida a instauração do IRDR 
quando um dos tribunais superiores, no âmbito 
de sua respectiva competência, já tiver afetado 
recurso para definição de tese sobre questão de 
direito material ou processual repetitiva. 
c) Se não for o requerente, o Ministério 
Público intervirá obrigatoriamente no incidente 
como fiscal da ordem jurídica e deverá assumir 
sua titularidade em caso de desistência ou 
abandono.
d) O incidente será julgado no prazo de um 
ano e terá preferencia sobre os demais feitos, 
ressalvados os que envolvam réu preso e os 
pedidos de habeas corpus.
e) Do julgamento do mérito do incidente 
caberá recurso extraordinário ou especial, 
conforme o caso. O recurso cabível, entretan-
to, não terá efeito suspensivo, mas presume-se 
a repercussão geral da questão constitucional 
eventualmente discutida. 
51. É indubitável que as regras de impe-
nhorabilidade de determinados bens têm 
estreita ligação com a atual preocupação do 
legislador em criar freios à busca sem limites 
da satisfação do exequente na execução, 
mantendo-se a dignidade humana do 
executado. Sobre o tema, analise as seguintes 
assertivas
I. A vaga de garagem que possui matricula própria 
no registro de imóveis não constitui bem família 
para efeito de penhora.
II. O conceito de impenhorabilidade de bem de 
família abrange também o imóvel pertencente a 
pessoas solteiras, separadas e viúvas.
III. No tocante ao bem de família, o STJ entende 
que, independente do valor do imóvel, a impenho-
rabilidade será mantida.
IV. O imóvel desocupado pode ser penhorado, 
ainda que seja o único do devedor.
V. A impenhorabilidade sobredeterminado bem é 
renunciável, contanto que contemple patrimônio 
disponível e tenha sido indicado à penhora por livre 
decisão do executado, ressalvados os bens inalie-
náveis e os bens de família.
VI. São absolutamente impenhoráveis os créditos 
vinculados ao programa Fundo de Financia-
mento Estudantil - FIES constituídos em favor de 
instituição privada de ensino.
Estão corretos APENAS
a) I, III e V
b) II, IV e V
c) II, III e VI
d) I, II, III e V
e) Todos os itens estão corretos. 
  
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28 SIMULADO PGE-TO
54. Sobre o mandado de segurança é incorreto 
afirmar
a) As autarquias possuem autonomia adminis-
trativa, financeira e personalidade jurídica própria, 
distinta da entidade política à qual estão vincu-
ladas, razão pela qual seus dirigentes têm legi-
timidade passiva para figurar como autoridades 
coatoras em Mandados de Segurança.
b) Admite-se a impetração de mandado de 
segurança perante os Tribunais de Justiça e os 
Tribunais Regionais Federais para o exercício do 
controle de competência dos Juizados Especiais 
Estaduais ou Federais, respectivamente, excep-
cionando a competência da turma recursal para 
processar e julgar o mandado de segurança 
contra ato do juizado especial não relativo a sua 
competência. 
c) Há nulidade no julgamento de mandado 
de segurança na hipótese em que o julgamento 
inicialmente marcado foi adiado para a sessão 
seguinte e não houve republicação da pauta. 
Isso porque, de acordo com a jurisprudência 
do STJ, há necessidade de nova publicação da 
pauta de julgamento, ainda que este ocorra em 
exíguo intervalo de tempo.
d) Não cabe mandado de segurança contra 
os atos de gestão comercial praticados pelos 
administradores de empresas públicas, de 
sociedade de economia mista e de concessioná-
rias de serviço público.
e) Não será concedida medida liminar que 
tenha por objeto a compensação de créditos 
tributários, a entrega de mercadorias e bens pro-
venientes do exterior, a reclassificação ou equi-
paração de servidores públicos e a concessão 
de aumento ou a extensão de vantagens ou 
pagamento de qualquer natureza.
53. Assinale o item correto conforme entendi-
mento do Superior Tribunal de Justiça
a) O curador especial tem legitimidade para 
propor reconvenção em favor de réu revel citado 
por edital.
b) O alienante possui legitimidade passiva 
para figurar em ação de execução fiscal de 
débitos constituídos em momento anterior à 
alienação voluntária de imóvel.
c) O valor da multa cominatória (astreintes) 
integra a base de cálculo da verba honorária dis-
ciplinada pelo CPC/1973.
d) O cessionário de honorários advocatícios 
tem legitimidade para se habilitar no crédito con-
signado em precatório desde que comprovada a 
validade do ato de cessão por escritura pública e 
seja discriminado o valor devido a título de verba 
honorária no próprio requisitório, não preenchen-
do esse último requisito a simples apresenta-
ção de planilha de cálculo final elaborada pelo 
Tribunal de Justiça.
e) É nula a arrematação de bens do devedor 
promovida em ação de execução por credor 
individual, após a declaração de insolvência civil 
do devedor, em foro diverso do Juízo universal da 
insolvência.
  
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29 SIMULADO PGE-TO
DIREITO PENAL E 
PROCESSUAL PENAL
56. No que toca aos princípios constitucionais 
penais, incorreto afirmar que
a) O Direito penal não deve ser utilizado para 
garantir bens jurídicos de menor relevância, e que 
normalmente já estão sob a proteção de outras 
partes do Direito. A esse princípio, acoplado ao 
da fragmentariedade dá-se a denominação de 
princípio da subsidiariedade ou da ultimaratio.
b) Uma ação que não cause lesão ou não 
tenha capacidade de lesionar concretamente o 
bem jurídico, não tem também o poder de dar 
vida jurídica penal a ele, e, portanto, é irrelevante 
criminalmente, sendo decorrência do princípio da 
ofensividade.
c) Assim como ocorre, p. ex., com a respon-
sabilidade tributária que pode ser transferida 
para sócios e sucessores, a responsabilidade 
penal poderá recair sobre quem não participou 
do evento causal delituoso, não havendo que se 
falar, portanto, na existência do princípio da res-
ponsabilidade pessoal.
d) O princípio da culpabilidade corresponde 
à necessidade de que o delito seja próprio do 
seu autor, tanto do ponto de vista pessoal, como 
material, realçando o princípio da igualdade valo-
rativa entre as pessoas
e) A Constituição Federal reserva ainda para 
o Direito penal, o princípio da legalidade estrita, 
que é a garantia para os cidadãos de uma esfera 
intangível de liberdade, assegurada pelo fato de 
que, ao ser punível somente o que está proibido 
na Lei, nada do que a lei não proíbe é punível, 
senão que é livre ou está permitido.
55. Sobre as prerrogativas da Fazenda Pública 
em sua atuação processual é incorreto afirmar
a) Ao mesmo tempo em que as prerroga-
tivas colocam a Administração em posição de 
supremacia perante o particular, sempre com o 
objetivo de atingir o benefício da coletividade, 
as restrições a que está sujeita limitam a sua 
atividade a determinados fins e princípios que, 
se não observados, implicam desvio de poder e 
consequente nulidade dos atos da Administração.
b) Denomina-se Fazenda Pública a presença 
de pessoa jurídica de direito público interno em 
juízo, independente de a demanda versar sobre 
matéria financeira ou fiscal.
c) A remessa necessária ou obrigatória 
consiste no reexame da sentença por grau de ju-
risdição hierarquicamente superior. É condição de 
validade da sentença proferida contra a Fazenda 
Pública.
d) A intimação pessoal far-se-á por carga, 
remessa ou meio eletrônico.
e) A União, os Estados, o Distrito Federal, 
os Municípios e suas respectivas autarquias e 
fundações de direito público gozarão de prazo 
em dobro para todas as suas manifestações 
processuais, cuja contagem terá início a partir da 
intimação pessoal.
  
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30 SIMULADO PGE-TO
58. Nos crimes contra a ordem tributária, é 
correto afirmar que
a) A existência do crédito tributário é pres-
suposto para a caracterização do crime contra 
a ordem tributária, não se podendo admitir 
denúncia penal enquanto pendente o efeito 
preclusivo da decisão definitiva em processos 
administrativos.
b) Será suspensa a pretensão punitiva do 
Estado, referente aos crimes contra a ordem 
tributária praticados por particulares, durante 
o período em que a pessoa jurídica relaciona-
da com o agente dos aludidos crimes estiver 
incluída no regime de parcelamento.
c) Será extinta a punibilidade dos crimes 
contra a ordem tributária praticados por particu-
lares quando a pessoa jurídica relacionada com o 
agente efetuar o pagamento integral dos débitos 
oriundos de tributos e contribuições sociais, 
inclusive acessórios.
d) O STJ decidiu que não basta denúncia 
anônima para autorizar investigação, sendo ne-
cessário fato concreto, onde é verificada a veraci-
dade da conduta narrada na informação.
e) Todos os itens estão corretos.
57. Em relação aos crimes contra a Administra-
ção pública, é incorreto assegurar que
a) Considera-se funcionário público, para os 
efeitos penais, quem, embora transitoriamente 
ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou 
função pública.
b) Equipara-se a funcionário público quem 
exerce cargo, emprego ou função em entidade 
paraestatal, e quem trabalha para empresa pres-
tadora de serviço contratada ou conveniada para 
a execução de atividade típica da Administração 
Pública
c) O peculato-furto consubstancia crime.
d) Dar às verbas ou rendas públicas aplicação 
diversa da estabelecida em lei constitui moda-
lidade delituosa e se consumano momento em 
que há a aplicação indevida da verba pública, 
não admitindo, entretanto, a modalidade tentada.
e) Retardar ou deixar de praticar, indevida-
mente, ato de ofício, ou praticá-lo contra dispo-
sição expressa de lei, para satisfazer interesse ou 
sentimento pessoal constitui prevaricação.
  
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31 SIMULADO PGE-TO
60.

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