Requisitos e características da execução de título extrajudicial

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EXERCÍCIOS:
1)Negan ajuizou ação de execução lastreada em título extrajudicial contra Ricky, objetivando o pagamento de cheque que fora devolvido por insuficiência de fundos, no valor de R$ 15.000,00. Após a regular citação de Ricky, sabendo da difícil situação financeira enfrentada pelo devedor, Negan apresenta requerimento de desistência da execução. Constatando que Ricky optou por não opor embargos à execução, na qualidade de magistrado (a) do caso, descreva qual a providência a ser adotada e fundamente-a no CPC/15.
Resposta: 
 
 
2) A sociedade empresária Madeira Pau-Brasil Ltda. firmou com Tudo Móveis Ltda. um contrato de fornecimento de material, visando ao abastecimento de suas indústrias moveleiras. Depois de dois anos de relação contratual, Tudo Móveis deixou de pagar as notas fiscais emitidas por Madeira Pau-Brasil, alegando dificuldades financeiras, o que levou à resolução do contrato, restando em aberto os pagamentos do fornecimento de material dos meses de outubro, novembro e dezembro de 2018. Madeira Pau-Brasil, de posse do contrato, firmado por duas testemunhas, das notas fiscais e de declaração subscrita pela sociedade reconhecendo a existência da dívida, ajuizou execução de título extrajudicial em 01/04/2019. Citada, a sociedade empresária Tudo Móveis não efetuou o pagamento, e a tentativa de penhora on-line de dinheiro e de bens imóveis foi infrutífera, não tendo sido localizado patrimônio para satisfação do crédito. Madeira Pau-Brasil constatou, contudo, que um dos sócios administradores da Tudo Móveis havia tido um acréscimo substancial de patrimônio nos últimos dois anos, passando a ser proprietário de imóvel e carros, utilizados, inclusive, pela devedora. Diante de tal situação, responda aos itens a seguir.
 
a) O que a sociedade empresária Madeira Pau-Brasil deve alegar para fundamentar a extensão da responsabilidade patrimonial e possibilitar a satisfação do crédito? Fundamente sua reposta na legislação.
 
b) Com base em tal alegação, qual seria a medida processual incidental adequada para estender a responsabilidade patrimonial e possibilitar a satisfação do crédito? Os sócios responderão com seu patrimônio pessoal? Justifique e fundamente sua reposta no CPC/15.
Requisitos para tutela executiva execução
Assim como temos as condições da ação para o processo de conhecimento (art. 17, CPC), temos na execução a obrigatoriedade de 2 requisitos, indicando a sua ausência carência da execução, tendo em vista que faltará ao credor interesse de agir.
1) Inadimplemento do devedor
· Haverá inadimplemento quando o devedor não cumpre a obrigação no tempo, local e forma convencionados. 
2) existência de um título executivo
· princípio “Nulla executio sine titulo”
· “bilhete de ingresso” da execução
Assim como temos as condições da ação para o processo de conhecimento (art. 17, CPC), temos na execução a obrigatoriedade de 2 requisitos, indicando a sua ausência carência da execução, tendo em vista que faltará ao credor interesse de agir.
1) Inadimplemento do devedor
· Haverá inadimplemento quando o devedor não cumpre a obrigação no tempo, local e forma convencionados. 
2) existência de um título executivo
· princípio “Nulla executio sine titulo”
· “bilhete de ingresso” da execução
Título executivo (art. 786, CPC)
1) Introdução
Para se ter um processo mais invasivo, com a expropriação de bens ou atos tendentes a coagir o executado é necessário um instrumento que fundamentará essa “ação”, o 
TÍTULO EXECUTIVO.
Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.
Qual a obrigação contraída?
- Pagamento de quantia certa;
- Entrega de coisa certa (veículo automotor, um cavalo da raça manga larga);
- Entrega de coisa incerta (dez sacas de soja, 50kg de feijão, etc.);
- Obrigação de fazer (construir uma piscina, pintar um quadro, etc.);
- Obrigação de não fazer algo (abster-se de revelar informações confidenciais, abster-se de concorrer, etc.)
Alexandre Freitas Câmara - mecanismo de proteção do demandado
· reforça o tradicional princípio do devido processo legal (art. 	5º, LIV, CF)
O título executivo afasta a necessidade de qualquer investigação acerca da existência do direito (elimina controvérsia).
O direito é presumido porque:
a) Houve uma prévia fase de conhecimento: título executivo judicial;
b) Mesmo sem uma prévia fase de conhecimento, determinadas situações elencadas pelo Código indicam uma grande chance/probabilidade da existência do direito: título executivo extrajudicial.
O processo executivo (judicial e extrajudicial) NÃO possui vocação ao conhecimento do direito.
Condição necessária e suficiente para permitir a tutela executiva
2) Características
a) título executivo como condição da ação
b) tipicidade 
· no direito brasileiro, é necessário previsão legal para ser título 
· rol taxativo - gravidade das medidas executivas 
Exemplo: Cheque - é título executivo extrajudicial porque o art. 784, I do CPC assim o define, mas é a Lei nº 7.357/85 quais são os elementos necessários ao documento, in verbis:
Art . 1º O cheque contêm:
I - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido;
II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada;
III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado);
IV - a indicação do lugar de pagamento;
V - a indicação da data e do lugar de emissão;
VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.
Art . 2º O título, a que falte qualquer dos requisitos enumerados no artigo precedente não vale como cheque, salvo nos casos determinados a seguir:
c) Vinculação
d) Declinabilidade
· possibilidade de declinar da execução - art. 785, CPC
	Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não 	impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a 	fim de obter título executivo judicial.
3) Natureza Jurídica do título executivo
Temos 3 correntes:
a) documento: criada por Carnelutti, defende que o título prova o débito (prova legal). Para essa teoria, o documento serve de prova à existência do crédito. Apesar do documento ser necessário para dar suporte ao ato (conferindo maior segurança e idoneidade), os efeitos jurídicos que dele emanam decorrem do ato (obrigação entabulada) e não do documento.
· há título? Então há crédito.
b) Ato: difundida por Enrico Liebman, defende o título como ato jurídico (obrigação). Para essa teoria o título é o ato constitutivo da concreta vontade do Estado. 
· documento: materialização do ato jurídico
c) Mista: criada por Chiovenda, defende o título como ato + documento.
· Privilegia o ato jurídico, mas também considera o documento
· Conteúdo do título: o ato jurídico
 Instrumentalização do título: o documento
· É a mais aceita no Brasil
4) Requisitos do título
4.1) Certeza
Não se refere a existência do direito. 
· Sujeito ativo (credor) e passivo (devedor);
· Objeto (obrigação constituída – pagar, fazer/não fazer, etc.);
· Vínculo jurídico (mínimo de segurança)
	* obrigações alternativas (art. 800, CPC)
4.2) Exigibilidade
As obrigações sujeitas a termo (prazo) ou condição só são exigíveis depois de estes ocorrerem.
Se opera de 4 formas:
· vencimento
· trânsito em julgado 
· recepção de recurso sem efeito suspensivo (cumprimento provisório)
· condição (evento futuro e incerto) – art. 121, CC
“Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.”
Na hipótese de condição - art. 397, § único, CC
“Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial.”
Título Estrangeiro - exigível em território nacional?
O CPC/15 aponta 2 requisitos:
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
§ 2º Os títulosexecutivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação para serem executados.
§ 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação.
4.3) Liquidez
Diz respeito ao quanto (valor) ou individuação do objeto que se deve. 
Títulos extrajudiciais – sempre líquidos
Títulos judiciais – depende, podendo depender de liquidação
Imprecisão quanto ao valor da dívida ou individuação do objeto
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
§ 1º Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
Exemplos: colisão (sinistro) e indenização (ato ilícito)
Títulos executivos judiciais (art. 515, CPC)
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
Redação do CPC/73 – após a reforma da Lei 11.232/2005:
“I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia”
“[...] sentença condenatória proferida no processo civil” (redação originária do CPC/73)
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
· Acordo (extensão – art. 515, §2º, CPC)
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
· acordo celebrado extrajudicialmente sem 2 testemunhas 
· Procedimento especial de jurisdição voluntária
Art. 725. Processar-se-á na forma estabelecida nesta Seção o pedido de:
VIII - homologação de autocomposição extrajudicial, de qualquer natureza ou valor.
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
· o que é?
· diferenças
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
	
· honorários provisórios e finais
· era título executivo extrajudicial no CPC/73
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
· hipótese de repercussão na esfera cível (furto, AI, etc.)
VII - a sentença arbitral;
· única hipótese de título judicial não criado/formado por um juiz
· previsão no art. 31 da Lei de Arbitragem (lei 9.307/96) e art. 69, §1º e 237, IV, CPC
· redação originária do CPC/73 
· equiparação a juiz 
· o cumprimento de sentença seguirá em segredo de justiça (art. 189, IV do CPC)
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
· execução perante a Justiça Federal (art. 109, X, CF)
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
6) Títulos executivos extrajudiciais (art. 784, CPC)
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque
· títulos de crédito – protestado?
· duplicata - aceite
Enunciado 461 do CJF: “As duplicatas eletrônicas podem ser protestadas por indicação e constituirão título executivo extrajudicial mediante a exibição pelo credor do instrumento de protesto, acompanhado do comprovante de entrega das mercadorias ou de prestação dos serviços.”
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor
· confissão de dívida – fé pública
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas
· confissão de dívida
· Estatuto da Advocacia (lei 8.906/94)
Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato 	escrito que os estipular são títulos executivos e constituem crédito 	privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, 	insolvência civil e liquidação extrajudicial.
Súmula 233 do STJ: “O contrato de abertura de crédito, ainda que 	acompanhado de extrato da conta-corrente, não é título executivo.”
Súmula 300 do STJ: “O instrumento de confissão de dívida, ainda que 	originário de contrato de abertura de crédito, constitui título executivo 	extrajudicial.”
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal
· ideais do art. 3º do CPC/15
· Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) - exemplo
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução
· institutos do direito civil - exemplo
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte
· título (apólice)
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
· terrenos da marinha (Ex: praia) - domínio útil do imóvel
Foro: pagamento anual a União em casos de área da União-Marinha (+ ou – 33 metros da linha litorânea) – aproximadamente 0,6% do valor de mercado do imóvel.
Laudêmio: espécie de taxa de transferência em virtude dos direitos do imóvel – aproximadamente 5% sobre o valor de domínio.
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio
· contrato de locação (testemunhas?)
· ação de despejo cumulada com cobrança
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei
· rito próprio – Lei nº 6.830/80 (LEF)
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas
	novidade do CPC/15
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
· rol exemplificativo
§ 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.
1) Bartolomeu possui uma pequena lavanderia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Bartolomeu não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário.
Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
a) Bartolomeu pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas.
b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções.
c) Bartolomeu pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que diversos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo.
d) Bartolomeu pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, desde que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo.
2) Emanoel Makron, cidadão francês, foi parte em procedimento arbitral que teve como sede uma câmara localizada em Paris, na França, tendo este também sido o local onde a sentença foi proferida. Ele obteve êxito em sua pretensão, que foi julgada conforme a legislação francesa, e, agora, deseja receber da parte sucumbente os valores a que faz jus. A parte devedora é brasileira e possui patrimônio no Brasil, sendo a condenação de natureza cível. Ele procura você para, como advogado(a), orientá-lo.
Assinale a opção que indica o procedimento que Makron deve adotar.a) Iniciar procedimento de cumprimento de sentença perante uma das varas cíveis da comarca onde está localizada a devedora, uma vez que a sentença arbitral, conforme legislação processual brasileira, é título executivo judicial.
b) Ajuizar ação de execução perante uma das varas cíveis da comarca onde está localizada a devedora, uma vez que a sentença arbitral, conforme legislação processual brasileira, é título executivo extrajudicial.
c) Dar início aos trâmites para recebimento dos valores perante os tribunais de Paris, na França, uma vez que esse foi o local onde foi conduzido o procedimento de arbitragem.
d) Obter, preliminarmente, a homologação da sentença arbitral perante o Superior Tribunal de Justiça, uma vez que, pelas características narradas na questão, trata-se de sentença arbitral estrangeira.
3) Manoel realizou quatro compras, em dias distintos, no "Supermercado LM", pagando as três primeiras com cheques e prometendo, em documento assinado somente por ele, pagar a última em data certa e determinada. Os cheques foram devolvidos sem provisão de fundos e o compromisso escrito não foi honrado. Considerando não ter havido prescrição, e levando em conta que, se possível, a empresa pretende valer-se dos meios executivos de cobrança, os três cheques:
a) poderão ser executados em uma única ação de execução e o compromisso escrito poderá ser objeto de ação monitória.
b) poderão ser executados, porém necessariamente em ações distintas, e o compromisso escrito poderá ser objeto de ação monitória.
c) e o compromisso escrito poderão ser executados em uma única ação de execução.
d) e o compromisso escrito poderão ser executados, porém necessariamente em ações distintas.
e) poderão ser executados, porém necessariamente em ações de execução distintas, e o compromisso escrito poderá ser objeto de ação de indenização.
Noções gerais do procedimento de execução dos títulos executivos judiciais e extrajudiciais
1) Títulos executivos judiciais
1.1) Cumprimento de sentença
· reformas empreendidas pelo Legislador em 2005 (lei 11.232/05) – processo sincrético. 
Toda execução com base em título executivo judicial passa a ser operacionalizada, em regra, dentro do processo em que se formou o título judicial.
· fase de execução
· Início: requerimento
· Regra: intimação para cumprimento da obrigação
1.2) Espécies de cumprimento de sentença
a) Cumprimento de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa contra devedor solvente (art. 523 e seguintes, CPC/15);
b) Cumprimento de sentença que reconhece a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa pela Fazenda Pública, compreendido entre União, Estados ou Municípios (art. 534 e 535, CPC/15);
c) Cumprimento de sentença que reconhece a exigibilidade de obrigação de prestar alimentos (art. 528 a 533, CPC/15);
d) Cumprimento de sentença condenatória de obrigação de fazer ou não fazer (tutela específica – art. 536, CPC/15);
e) Cumprimento de sentença condenatória de entregar coisa certa ou incerta (tutela específica – art. 538, CPC/15).
1.3) Meio de defesa
· Impugnação ao cumprimento de sentença;
· Exceção de pré-executividade (objeção de pré-executividade)
2) Títulos executivos extrajudiciais
2.1) Execução extrajudicial
· petição inicial fundamentada em título que a lei considera extrajudicial
· gerais do art. 319 e os requisitos específicos do art. 798
· Procedimento: varia conforme a obrigação
2.2) Espécies de execução de título executivo extrajudicial
a) Execução por quantia certa contra devedor solvente (art. 824, CPC/15);
b) Execução para entrega de coisa certa e incerta (art. 806 e seguintes, CPC/15);
c) Execução de obrigação de fazer e não fazer (art. 814 e seguintes, CPC/15);
d) Execução de título extrajudicial que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa a cargo do poder público (art. 910, CPC/15);
e) Execução por quantia certa de título extrajudicial em matéria de alimentos (art. 911 a 913, CPC/15.
2.3) Meio de defesa
· embargos à execução;
· exceção de pré-executividade (objeção de pré-executividade)
3) Execução por quantia certa contra devedor insolvente
3.1) Noções gerais
· não possuir bens suficientes 
“Art. 797. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso universal, realiza-se a execução no interesse do exequente que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados.”
· procedimento da insolvência civil: CPC/73
“Art. 1.052. Até a edição de lei específica, as execuções contra devedor insolvente, em curso ou que venham a ser propostas, permanecem reguladas pelo Livro II, Título IV, da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 .” – art. 748 e seguintes do CPC/73
· processo autônomo: objetivo?
· primeira fase: cognição - sentença que declara, ou não, o estado de insolvência do devedor
· segunda fase: processo de execução coletiva do insolvente
3.2) Procedimento da insolvência requerida pelo credor
· citação do devedor: opor embargos em 10 dias 
“Art. 755. O devedor será citado para, no prazo de 10 (dez) dias, opor embargos; se os não oferecer, o juiz proferirá, em 10 (dez) dias, a sentença.”
· 5 situações diferentes:
· devedor paga a dívida;
· devedor silencia-se;
· o devedor opõe embargos (I);
· devedor opõe embargos (II).
· perda da administração e disponibilidade dos bens: força atrativa do concurso universal
Cumprimento de sentença I
1) Fluxograma (Definitivo)
2) Cumprimento definitivo da sentença (Pagamento de quantia certa)
· processo sincrético: “FASE DE CONHECIMENTO” e “FASE DE EXECUÇÃO” 
· o devedor precisa aguardar a nova fase?
· implicações práticas?
“Art. 526. É lícito ao réu, antes de ser intimado para o cumprimento da sentença, comparecer em juízo e oferecer em pagamento o valor que entender devido, apresentando memória discriminada do cálculo.”
2.1) Procedimento
2.1.1) Noções gerais
· requerimento expresso para que efetue o pagamento
“Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 1º O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do exequente.”
“Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.”
· petição simples (itens obrigatórios)
· Art. 524. O requerimento previsto no art. 523 será instruído com demonstrativo discriminado e atualizado do crédito, devendo a petição conter:
· I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do exequente e do executado, observado o disposto no art. 319, §§ 1º a 3º ;
· II - o índice de correção monetária adotado;
· III - os juros aplicados e as respectivas taxas;
· IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados;
· V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
· VI - especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados;
· VII - indicação dos bens passíveis de penhora, sempre que possível.
· dúvida quanto ao valor – art. 524, §2º
“§ 2º Para a verificação dos cálculos, o juiz poderá valer-se de contabilista do juízo, que terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para efetuá-la, exceto se outro lhe for determinado.” 
· prazo prescricional – exemplos
2.1.2) Peculiaridades do cumprimento
a) Requerimento tardio (art. 513, §4º)
“Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 1º O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do exequente.
§ 4º Se o requerimento a que alude o § 1º for formulado após 1 (um) anodo trânsito em julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no § 3º deste artigo.”
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais, aos advogados e aos demais sujeitos do processo pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria.
Parágrafo único. Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no primitivo endereço.”
“Art. 513. § 3º Na hipótese do § 2º, incisos II e III, considera-se realizada a intimação quando o devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no parágrafo único do art. 274.”
· reforço aos deveres das partes e seus procuradores
“Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores [...]:
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;”
b) Legitimidade de terceiros
“Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 5º O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento.” 
· Exemplo
c) Reações do executado 
1) Fluxograma (Definitivo)
2) Cumprimento definitivo da sentença (Pagamento de quantia certa)
2.1) Procedimento
2.1.1) Noções gerais
· requerimento expresso e petição simples (art. 524, CPC)
2.1.2) Peculiaridades do cumprimento
a) Requerimento tardio (art. 513, §4º)
· após 1 ano do trânsito em julgado da decisão: consequências?
b) Legitimidade de terceiros
· terceiros que não integraram a fase de conhecimento
c) Reações do executado 
i) Pagamento (integral)
· dentro do prazo legal 
“Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.”
· o exequente (credor) poderá: concordar ou discordar
· extinção da execução
· impugnação com informação do quantum devido
ii) pagamento parcial 
· qual a consequência?
“Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
§ 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
§ 2º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput , a multa e os honorários previstos no § 1º incidirão sobre o restante.”
· observação: parcelamento?
“Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês.”
§ 7º O disposto neste artigo não se aplica ao cumprimento da sentença.
iii) dação em pagamento
· oferta de bem móvel ou imóvel em pagamento: motivo
“Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.”
· consentimento do credor
“Art. 788. O credor não poderá iniciar a execução ou nela prosseguir se o devedor cumprir a obrigação, mas poderá recusar o recebimento da prestação se ela não corresponder ao direito ou à obrigação estabelecidos no título executivo, caso em que poderá requerer a execução forçada, ressalvado ao devedor o direito de embargá-la.”
iv) impugnação
· prazo legal de 15 dias após o transcurso do prazo p/ pagamento
“Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.”
v) não pagamento
· acarretará 3 consequências práticas
“Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
§ 1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
§ 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação.”
· Juizado Especial Cível: discussão
d) termo inicial para aplicação da multa (art. 513, §1º e 2º)
· interpretações controversas do antigo art. 475-J (CPC/73): início do prazo legal de 15 dias
· prazo legal de 15 dias: corridos ou úteis?
2.2) Protesto da sentença 
“Art. 517. A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523.
§ 2º A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida no prazo de 3 (três) dias e indicará o nome e a qualificação do exequente e do executado, o número do processo, o valor da dívida e a data de decurso do prazo para pagamento voluntário.”
· hipótese de aplicação: apenas pagamento de quantia certa?
“1. Reputo necessário que a ré, no prazo de 10 dias, preste esclarecimentos sobre os fatos relatados na petição inicial. O silêncio acarretará protesto desta decisão em tabelionato. 2. Com a vinda da resposta, tornem conclusos para a fila de urgentes. 3. Em homenagem ao princípio da celeridade processual, CÓPIA DESTA SERVIRÁ DE MANDADO JUDICIAL para CITAÇÃO e INTIMAÇÃO do réu para cumprir esta decisão e comparecer à audiência de conciliação designada para o dia.”
3) Cumprimento definitivo da sentença (Obrigação de fazer e não fazer - art. 497 e 536) – tutela específica
3.1) Considerações gerais
· obrigação diversa de dinheiro: ação ou abstenção (exemplos)
· inexecução da obrigação de fazer: personalíssima ou não personalíssima?
“Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.”
3.2) Medidas de coerção
· Poder Geral de Efetivação (poder criativo da atividade jurisdicional) 
“Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.
§ 1º Para atender ao disposto no caput , o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.”
· prisão civil como medida de efetivação da tutela específica?
“Art. 536. § 3º O executado incidirá nas penas de litigância de má-fé quando injustificadamente descumprir a ordemjudicial, sem prejuízo de sua responsabilização por crime de desobediência.”
3.3) Multa
“Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito.”
· caráter coercitivo: de ofício ou a requerimento do executado
· objetivo da multa: cumprimento da obrigação
· cumulação de multa (sancionatória e processual)
· art. 536 + art. 77?
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
§ 2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
§ 4º A multa estabelecida no § 2º poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1º , e 536, § 1º .
· contrato que estabelece multa pecuniária
“Art. 537, § 1º O juiz poderá, de ofício ou a requerimento, modificar o valor ou a periodicidade da multa vincenda ou excluí-la, caso verifique que:”
· limite da multa
· limite no âmbito dos Juizados
“ENUNCIADO 144 – A multa cominatória não fica limitada ao valor de 40 salários mínimos, embora deva ser razoavelmente fixada pelo Juiz, obedecendo ao valor da obrigação principal, mais perdas e danos, atendidas as condições econômicas do devedor”
· reclamação nº 7.861 do STJ – Rel. Min. Luis Felipe Salomão – princípios da razoabilidade e proporcionalidade
· execução da multa fixada: local e credor
“Art. 537. 
§ 2º O valor da multa será devido ao exequente.
§ 3º A decisão que fixa a multa é passível de cumprimento provisório, devendo ser depositada em juízo, permitido o levantamento do valor após o trânsito em julgado da sentença favorável à parte. “
· intimação pessoal: STJ x TJSP
· Súmula 410 do STJ
Súmula 410 do STJ – “A prévia intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para a cobrança de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.”
“Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
§ 2º O devedor será intimado para cumprir a sentença:
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;”
· princípio da duração razoável do processo (art. 4º, CPC): prejuízo suportado pelo credor 
· Art. 501 – declaração de vontade (exemplo)
· aplicação de multa (astreintes) contra a Fazenda Pública
3.4) Conversão da obrigação de fazer em perdas e danos 
“Art. 499. A obrigação somente será convertida em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.”
· preferência do legislador (multa e medidas atípicas)
a) o autor requerer
b) impossível a obtenção da tutela específica ou o resultado prático equivalente
· Impossibilidade material
· caráter personalíssimo
· mera resistência, morte, enfermidade, perda da habilidade, etc.
· impossibilidade jurídica
· quando existe alguma norma que tenha o condão de impedir a prática do ato ou mesmo impuser alguma forma de restrição
4) Cumprimento definitivo da sentença (Entrega de coisa certa ou incerta – art. 498 e 538) – Tutela específica
4.1) Considerações gerais
· reforma da Lei nº 10.444/02 
4.1.1) Coisa certa e coisa incerta: diferenças
a) Coisa incerta: objeto indeterminado
· Gênero + quantidade
“Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.”
· exemplos
· entregar sacas de café – o que falta?
· entregar 10 sacas – o que falta?
· entregar 10 sacas de café
b) Coisa certa: objeto determinado/ individualizado
· Gênero + quantidade + qualidade
· Obrigação: entregar exatamente a coisa buscada pelo credor
“Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.”
4.1.2) Obrigação de entregar e de restituir
· entregar
· restituir
4.2) Procedimento
· tutela específica: sentença ou decisão interlocutória
Art. 498. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.
Art. 538. Não cumprida a obrigação de entregar coisa no prazo estabelecido na sentença, será expedido mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse em favor do credor, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel.
· eficácia
I) com o trânsito em julgado no caso da sentença;
II) na recepção de qualquer recurso sem efeito suspensivo (permite o cumprimento provisório);
III) do trânsito em julgado ou do recebimento do agravo sem efeito suspensivo, no caso de decisão interlocutória.
4.3) Questões processuais importantes
a) Subsidiariedade
· vasos comunicantes – art. 538, §3º, CPC
“§ 3º Aplicam-se ao procedimento previsto neste artigo, no que couber, as disposições sobre o cumprimento de obrigação de fazer ou de não fazer.”
b) Cabimento
· Entrega ou restituição
· Bem móvel ou imóvel
c) Concentração
· aplicável na entrega de coisa incerta
· Escolha pelo credor
“Art. 498. Parágrafo único. Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e pela quantidade, o autor individualizá-la-á na petição inicial, se lhe couber a escolha, [...]”
· Se não escolher?
· Escolha pelo devedor
“Art. 498. Parágrafo único. Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e pela quantidade, o autor individualizá-la-á na petição inicial, se lhe couber a escolha, ou, se a escolha couber ao réu, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.”
· Se não escolher?
“Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.” (CC/02)
d) Alienação do bem na pendência da demanda 
· coisa litigiosa com a citação válida (art. 240, CPC)
· fraude à execução
“Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver;”
4.4) Perdas e danos 
· regra
· exceção: coisa deteriorada ou perdida
“Art. 499. A obrigação somente será convertida em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.”
· Coisa certa
i) Em caso de perecimento (perda total) – resolve-se em perdas e danos;
ii) Em caso de deterioração (perda parcial) da coisa – é possível entregar ou restituir o objeto, mas também podemos falar em perdas e danos.
· Coisa incerta: não é cabível.