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APOSENTADORIA POR IDADE HIBRIDA Referido benefício, mantêm todos os requisitos da aposentadoria por idade urbana (já estudamos anteriormente), sendo possível a inclusão do tempo laborado na condição de trabalhador rural para sua concessão. Não é de agora, haja vista que a Lei 11.718 de 2008, deu nova redação ao art. 48 da Lei 8.2013/91, trazendo a possibilidade dos trabalhadores rurais somar tempo rural e tempo urbano para cumprimento da carência do benefício de aposentadoria por idade. Mas, como não poderia ser diferente, a idade mínima para a concessão do benefício foi equiparada a do trabalhador urbano, ou seja, 65 anos de idade, se homem e 60 anos de idade, se mulher. Em decisão proferida no dia 15 de agosto de 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu, pela sistemática dos recursos especiais repetitivos, o Tema nº 1007, definindo ser possível a concessão de aposentadoria híbrida, com o cômputo de período de trabalho rural remoto, exercido antes de 1991, sem a necessidade de recolhimentos previdenciários, ainda que não haja comprovação de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento no INSS. Todavia, o INSS recorreu. Alega que haveria repercussão geral e que a tese afrontaria os artigos 2º, 97, 195, §5º e 201 da Constituição. Sustenta, ainda, que o entendimento resultaria na extensão de benefícios fora das hipóteses legais, sem prévia fonte de custeio. Assim, em casos como esse, estaria configurada a atípica atuação do Judiciário como legislador positivo. Na decisão, a Ministra Maria Thereza da Assis Moura afirmou que a relevância da matéria e a interposição de Recurso Extraordinário contra precedente qualificado do STJ justificavam a remessa do apelo ao Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, recentemente, foi determinada a suspensão de todos os processos que versem sobre a mesma controvérsia somente em grau recursal. Então, a única alternativa é aguardar a decisão do STF acerca do tema em comento. Mas, você como advogado militante na seara previdenciária, deve protocolar administrativa e judicialmente todos os processos de aposentadoria por idade hibrida, mesmo havendo a suspensão dos mesmos. Justifica-se, pois em caso de uma decisão favorável aos segurados pelo STF, você e seu cliente estarão à frente neste quesito. Lembrando, que sempre é necessário levar em conta as despesas processuais e verificar se vale a pena em cada caso específico ingressar judicialmente, pois em caso de improcedência, provavelmente seu cliente será condenado e arcar com os ônus da sucumbência, caso não for beneficiário da assistência judiciária gratuita.
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