Buscar

Redação Modelo: violência nos estádios de futebol

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Tema: caminhos para combater as manifestações de violência nos estádios de futebol no Brasil
Aluna Victoria Zambon Brondani
Os Hooligans foram um grupo de jovens que, na Europa, na década de 60, reuniam-se ao redor de estádios de futebol para, unicamente, causarem brigas e desordem. Tal fato chamou a atenção de sociólogos que adotaram o termo “Hooliganismo” como sendo um comportamento destrutivo e desregrado. Enquanto na Europa, hoje, a violência no meio esportivo tem sido combatida de maneira eficaz, no Brasil, as manifestações de violência nos estádios de futebol são frequentes, seja pelo fanatismo exacerbado, seja pela falta de impunidade dessas ações. Nessa perspectiva, é necessário compreender suas verdadeiras causas para solucionar o problema.
A princípio, é possível perceber que a mídia exerce influência na problemática da violência nos estádios. Uma pesquisa realizada no Centro de Antropologia e Mente de Oxford relacionou a violência no futebol à traços da psicologia humana, concluindo que esse comportamento está vinculado à desajustes sociais. Nesse sentido, a veiculação de imagens de agressões nos estádios de futebol, certamente, incita jovens, com pré-disposição a violência, a buscarem esses ambientes para serem protagonistas de cenas que irão ser exibidas em noticiários. Nesse cenário, valendo-se da qualificação do campo como uma área de guerra, os torcedores enfrentam seus adversários como inimigos, iniciando os atos extremos de rivalidade. Desse modo, é imprescindível uma mudança de abordagem da violência nos estádios pela mídia, preconizando atos de prevenção.
Outrossim, vale destacar a ineficiência dos dispositivos legais como impulsionador do problema. O Estatuto do torcedor, criado em 2003, é a legislação desportiva que cuida das normas de proteção ao torcedor. No entanto, segundo o professor Maurício Murad, autor do livro “para entender a violência no futebol”, o Brasil é o país onde mais morrem torcedores entre brigas de torcida. Tal fato elucida, satisfatoriamente, a omissão da responsabilidade constitucional, que não apenas falha em evitar homicídios, como também, infelizmente, não pune os culpados, impedindo que haja, efetivamente, a prática de lazer e inclusão – objetivos principais do esporte. É fundamental, portanto, a elaboração de medidas preventivas e de punições mais rigorosas aos infratores.
Os caminhos para combater as manifestações de violência nos estádios de futebol representam um desafio para o Brasil e, por conseguinte, devem ser pensadas e debatidas. Assim, convém a mídia, por meio de campanhas com a participação de personalidades do futebol, abordar o viés de combate a violência nos estádios, a fim de influenciar o grande público dos torcedores e incitar um pensamento crítico sobre o assunto. Ademais, cabe ao Ministério da Segurança Pública, juntamente com os clubes desportivos, por meio investimentos na segurança dos estádios, reforçar a fiscalização na entrada dos jogos, assim como o monitoramento das arquibancadas, com o objetivo de identificar agressores pelas câmeras, como também evitar sua entrada com objetos que possam causar danos. Com essas medidas será possível, assim como na Europa, minimizar os danos causados pelos “hooligans” e promover o bem-estar geral.

Outros materiais