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Apostila+Auriculoterapia+2 0

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Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
1
Aula 1. Yin Yang
Olá a todos, tudo bom? Nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre o 
Yin e o Yang e um conceito básico para a gente conseguir evoluir e levar isso para a 
Medicina Tradicional Chinesa. Então essa vai ser uma das visões mais antigas da 
Medicina Tradicional Chinesa, que é exatamente a explanação, a explicação do que 
é do Yin, do que é o Yang. 
Então, o conceito de Yin-Yang, a primeira vez que ele é visto de forma 
escrita acontece nos Livros da Mutação, que é um livro escrito 720 anos a.C. O 
primeiro conceito que se tem de Yin-Yang é exatamente um conceito quando um 
monge observa um monte e dentro desse monte, ele vê um lado que está exposto 
ao sol e um outro lado que não fica exposto ao sol. Então numa visão de uma 
determinada época do ano, esse vale, esse lado posterior da colina, nunca pega sol, 
enquanto o outro lado pega sol o tempo inteiro. E ele começou a observar 
divergências de um lado em relação ao outro, e daí nasce o primeiro conceito 
filosófico do Yin-Yang, que é a oposição do Yin e do Yang.
Então o conceito mais básico de Yin-Yang seria o lado claro da montanha 
e o lado escuro da montanha, e o que de características têm para cada um. Então a 
primeira coisa que a gente tem que pensar é o seguinte, o primeiro conceito é: o 
lado claro da montanha tende a ter mais claridade, tende a ter mais energia, tende a 
ter mais calor; enquanto o outro lado da montanha vai tender à escuridão, um pouco 
mais frio, um pouco mais de densidade. Então a gente vai observar algumas dessas 
características na montanha. 
E aí esse livro, o Livro das Mutações, começa a trazer, na verdade, essa 
visão, essa fisiologia, esse conceito para uma visão do corpo humano – o que, no 
corpo humano, isso pode estar acontecendo. Então quando a gente olha o Yin-
Yang, a gente começa a ver a interrelação entre eles. Então na Medicina Tradicional 
Chinesa, a gente pode classificar as patologias e/ou as pessoas como 
características de Yin-Yang e as suas interrelações. 
Então para a Medicina Tradicional Chinesa, o Yin e o Yang devem estar 
equilibrados para que se haja harmonia e dentro da harmonia o corpo funcione de 
uma forma ideal. 
Então a oscilação de área entre o Yin e o Yang é comum dentro da gente, 
assim como a noite e o dia. Então o dia é considerado o Yang, enquanto a noite é 
Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
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considerada o Yin. Então a gente tem essa diferença que acontece: metade do dia é 
Yin e metade do dia é Yang, então a noite Yin e o dia Yang, ok? 
E isso acontece também dentro do nosso corpo, então tem momentos em 
que a gente está mais eufórico, tem momentos em que a gente está mais animado, 
tem momentos em que a gente está mais enérgico, a gente está mais Yang; e tem 
momentos em que a gente está mais introspectivo, a gente está com menos energia, 
então nesses momentos a gente está um pouco mais Yin. 
Isso são conceitos básicos de Yin-Yang, que dá para a gente levar para o 
nosso cotidiano. Então, por exemplo, se visualmente, ao notar um paciente que está 
mais apático, mais debilitado, ele tende a ser classificado como Yin; se ele é um 
paciente mais agitado, mais explosivo, ele vai ser classificado como Yang, a 
princípio através desses Livros das Mutações, que vêm há 720 anos a.C., ok?
Mas o conceito de equilíbrio entre isso vai evoluir um pouco mais, uns 
anos um pouco mais à frente, cerca de 500 anos a.C., começa-se a classificar, na 
verdade, que esse Yin-Yang pode ter alterações diferentes dentro dele, ok?
Então o Yin, que é a parte mais material, mais densa, mais escura, ela 
pode ter dois quadros, principalmente. Na verdade, três, né? Primeiro, ela pode 
estar normal, o que a gente não classificaria como patológica; ela pode estar num 
quadro de excesso, que a gente classificaria como um excesso de Yin; ou ela pode 
também, sim, estar num estado de deficiência, ok? Então a gente tem um excesso 
de Yin e uma deficiência de Yin acontecendo. Vou explicar o que cada um desses 
casos pode levar dentro do corpo da pessoa. 
Já no Yang, eu posso também ter três classificações: eu posso ter o Yang 
equilibrado, não causando nenhuma alteração, se tornando fisiológico; eu posso ter 
um excesso de Yang, um excesso de energia dentro do corpo; ou posso também ter 
uma deficiência de energia, uma deficiência de Yang acontecendo dentro do corpo, 
ok? Então a gente pode ter essas prévias classificações entre as relações de Yin-
Yang. 
Então essas interrelações de Yin-Yang, a gente vai entender um pouco 
mais, até para conseguir classificar um pouco mais e na hora de tratar, a gente fazer 
essa ligação do Yin-Yang, do excesso e da deficiência junto com os órgãos, com as 
vísceras ou com as alterações patológicas que vão aparecer dentro do corpo do 
paciente. 
Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
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Então o primeiro conceito que a gente vai ter, que a gente vai dividir, é o 
seguinte: existe uma interrelação entre o Yin e o Yang. Então a gente vai começar 
falando do Yang, que é muito mais simples e muito mais usual dentro do nosso dia a 
dia. 
Então a gente vai pensar no primeiro caso de lesão, que é uma 
deficiência do Yang: então se eu tenho uma deficiência do Yang, o que há de 
previsto como patologia no paciente? Então deficiência energética, tá? Então 
deficiência de Yang você vai lembrar como deficiência energética. Então nessa 
deficiência energética, o que a gente vai observar? Primeiro, o paciente tem um 
cansaço que não passa, então um paciente que tem falta de energia, um paciente 
sedentário, um paciente inerte, um paciente que não consegue tocar sua vida à 
frente, um paciente que tem tudo para dar certo, mas o que falta é o combustível, 
então esse tipo de paciente a gente vai classificar como uma deficiência de Yang 
global do paciente. 
Mas dentro das deficiências globais, eu posso ter também deficiências 
energéticas localizadas. Por exemplo, eu posso ter uma deficiência no cérebro que 
vai me dificultar em mexer o braço. Então vamos falar de um Acidente Vascular 
Encefálico, por exemplo: um paciente que teve um derrame, que isso vai ser uma 
deficiência de Yin, eu vou explicar um pouco mais à frente, leva a uma perda de 
movimento no braço. Então a perda de movimento é classificada como uma 
deficiência energética. Se é uma deficiência energética, é uma deficiência de Yang. 
Então se está deficiente de Yang, o meu trabalho vai ser fazer o quê? Uma 
ascensão desse Yang, o trabalho que, na auriculoterapia, na acupuntura, no shiatsu, 
vai ser fazer com que essa energia que está muito baixa nesse membro superior se 
eleve, fazendo com que a pessoa ganhe novamente movimentos dentro desse 
braço. 
O segundo quadro de interrelação entre Yin-Yang é o excesso do Yang. 
Então o excesso do Yang o que seria? Quando o paciente apresenta alterações com 
muita energia. Então vamos pensar num quadro muito clássico, que é, por exemplo, 
um paciente hipertenso. Então o paciente hipertenso clássico, ele apresenta uma 
vermelhidão facial, uma dor de cabeça, ele está angustiado, ele começa a ter uma 
sudorese intensa, então os sinais são de calor intenso dentro do corpo, ele tem uma 
taquicardia, o coração acelerando, então isso tudo faz com que apresentem sinais 
de excesso de Yang. Por exemplo, o que é um excesso de Yang? Excesso de 
Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
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energia. O que eu posso classificar como excesso de energia também? Se eu 
pensar em uma lesão, um trauma direto, se eu tenho uma lesão, por exemplo, no 
meu ombro, vem alguém e bate no meu ombro, o que vai disparar no meu ombro? 
Vai disparar sinais flogísticos: dor, calor, rubor e edema. Então dentro dessa dor, 
calor, rubor e edema, isso tudo é Yang, tá? Então classifica-se sempre uma 
inflamação aguda como um excesso de Yang. 
Dessa forma, vai ficar muito mais fácil tratar essas patologias: se é um 
excesso de Yang, o trabalho dentroda Medicina Tradicional Chinesa vai ser gerar 
uma deficiência desse Yang, então eu vou ter que drenar esse excesso de Yang, eu 
vou ter que fazer uma dissipação. 
Então um dos termos que a gente vai começar a falar um pouco dentro do 
curso vai tonificação e sedação. Então se eu tenho um excesso de Yang, no 
excesso eu vou fazer o quê? Sedar esse excesso. Se eu tenho uma deficiência de 
Yang, o que eu vou fazer? Tonificar o Yang. Então em todo excesso eu sedo e em 
toda deficiência eu tonifico. 
Como que eu observo se é um excesso ou uma deficiência? A gente vai 
entender um pouco mais lá na frente, mas tudo vem da história da doença atual do 
paciente, classificada na hora da avaliação como HDA – História da Doença Atual – 
do paciente. E dentro dessa História da Doença Atual do paciente, a gente vai 
conseguir classificá-lo como um excesso ou como deficiência, principalmente porque 
a gente vai pegar muitos pacientes poliqueixosos, um paciente que tem muitas 
queixas ao mesmo tempo. E aí a gente vai priorizar as principais queixas e dentro 
dessas principais queixas, a gente vai observar os sintomas que estão acontecendo 
dentro dessa principal queixa, para observar se tem sinais de excesso ou se tem 
sinais de deficiência acontecendo dentro dessa lesão que o paciente vem relatando. 
Quando a gente vai para o Yin, a gente já vai visualizar o Yin como 
alterações de estrutura, ok? Então estrutura óssea, estrutura muscular, então coisas 
mais densas, tecidos, propriamente ditos, a gente vai ter alterações de Yin, ok? 
Então o que seria uma deficiência de Yin? Na nossa visão, principalmente a gente 
está tratando mais com dor, com lesões articulares e tudo mais, a visão é: as 
degenerações, as artroses, principalmente, a degeneração de um tendão, uma 
tendinose, uma artrose, tudo que tem “ose” no final quer dizer degeneração. Então 
tudo o que tiver o “ose” no final vai ser uma degeneração e vai ser classificada como 
Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
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uma deficiência de Yin. E, dessa forma, a gente vai ter que tonificar esse Yin, para 
fazer com que o paciente consiga, sim, voltar a melhorar o seu quadro clínico. 
Será que existem deficiências que são, de alguma forma, impossíveis de 
se retornar ao equilíbrio? Lógico, gente, tem patologias que são patologias crônicas 
e que a gente não vai conseguir melhorar 100% o paciente. Então o paciente que já 
está numa fila de cirurgia, que tem uma artrose já muito grave, muito degenerativa, e 
ela já tem indicativo de protetização, qual seria o trabalho lá na auriculoterapia, na 
acupuntura, no shiatsu, na Medicina Tradicional Chinesa como um todo? Não 
visualizar a patologia. 
Isso é o que eu falo muito para vocês: parem de pensar na lesão, vamos 
pensar com o pensamento chinês, com o pensamento oriental, que é o quê? O meu 
paciente precisa ter a melhor qualidade de vida para que ele tenha uma boa 
sobrevida. Então não importa muito se o joelho dele está com degeneração, o que 
me importa é: será que eu consigo fazer um trabalho na auriculoterapia para que 
esse paciente sinta menos dor no joelho e eu consiga prorrogar essa patologia, eu 
consiga prorrogar essa lesão, e, dessa forma, esse paciente, na verdade, ser levado 
à cirurgia muito mais tarde, daqui a uns 10 ou 15 anos, ou quem sabe nem mais 
precisar da cirurgia, ok?
Então, dessa forma, a gente pode trabalhar em cima da dor do paciente, 
em cima da melhora do movimento do paciente, visando uma tonificação do Yin, que 
vai fazer com que as sinóvias, as articulações sinoviais, melhorem sua liquefação e 
façam com que esse paciente tenha uma melhor qualidade de vida. 
E mesmo que depois ele faça um novo exame de imagem e ainda 
apresente artrose: “ah, a acupuntura, auriculoterapia, shiatsu, não regrediu a 
artrose”, mas a função do paciente melhorou? É isso que é muito importante. Por 
isso que eu falo: na hora que a gente está avaliando o paciente, mais importante do 
que a patologia são os sintomas que incomodam esse paciente. Se numa próxima 
avaliação esse paciente relata que: “nossa, como eu estou conseguindo agora 
sentar melhor e levantar da cadeira”, “como agora eu consigo limpar melhor minha 
casa e não sinto tanta dor”, “nossa, como agora eu consigo pegar meu netinho e 
antes eu tinha muita dor na coluna e não conseguia”. Sempre a melhora da função é 
muito mais funcional para o terapeuta do que realmente tratar ou curar uma 
patologia médica, tá? 
Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
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Então a gente vai trabalhar em cima disso e principalmente nesse curso a 
gente vai focar muito em conversar sobre padrões energéticos e como melhorar 
esses padrões energéticos do paciente, fazendo com que ele tenha uma melhora do 
quadro geral. 
Então deficiência de Yin o que é? Degeneração tecidual, degeneração 
articular, degeneração sanguínea. Então, por exemplo, uma anemia, uma perda de 
hemoglobina, a perda de hemácias, uma diminuição, por exemplo, do sistema 
imunológico do paciente... No sistema imunológico eu posso ter uma visão Yang e 
uma visão Yin. Sim, porque se o meu corpo não está reagindo a uma infecção ou 
uma inflamação, pode ser que ele não esteja tendo energia para combater a 
infecção, como também pode ser que o paciente esteja imunodeprimido, então num 
exame, por exemplo, laboratorial, eu vou ver que os leucócitos, eosinófilos, estão 
baixos ao invés de estarem altos, quando ele está fazendo uma inflamação ou uma 
infecção. Nesse caso, se o paciente está com uma imunidade baixa, o meu foco vai 
ser tanto tonificar o Yin, para quê? Para que esse organismo produza mais 
anticorpos, produza mais soldados. Como também, se eu observar uma inércia 
desse corpo, uma falta de energia desse corpo em tratar o corpo como um todo, 
faltando energia nesse ponto, eu também vou tonificar o Yang nesse corpo. 
 Calma que aos poucos a gente vai entendendo um pouco mais e a gente 
vai trabalhar muito em cima desse conceito e evoluir muito em cima disso, para que 
faça mais sentido na hora do tratamento do paciente. É só uma aula que a gente 
está começando no primeiro conceito, que é o conceito de Yin-Yang. 
O quarto conceito de Yin-Yang é quando a gente está falando num 
conceito de elevação do Yin. O que seria um excesso de Yin? Excesso de Yin a 
gente vai classificar como excesso de matéria, tá? Então a primeira coisa que vem 
na nossa cabeça é ou o aumento de crescimento ósseo, que são os chamados 
osteófitos – o bico de papagaio, esses esporões – isso tudo pode ser classificado 
como excesso de Yin, tá? 
Então o excesso de Yin é crescimento de matéria. E também os tumores 
como um todo. Então o paciente que faz um câncer, que faz um tumor, que tem um 
crescimento de uma matéria, que tem um crescimento de uma célula de gordura, se 
ele tem um crescimento de alguma estrutura dentro do corpo dele, isso pode ser 
interpretado como excesso de Yin. 
Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
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Um outro exemplo muito comum é um paciente que está ganhando peso, 
ou seja, ele está ganhando matéria. Se ele está ganhando matéria, ele está 
ganhando um excesso de Yin. Esse excesso de Yin, por exemplo, do engordar, 
pode ser por uma deficiência, vamos pensar, pode ser porque o paciente come 
muito? Sim, pode ser porque o paciente come muito. Então é a causa, a gente vai 
ter que focar, por exemplo, num tratamento para diminuir essa ansiedade, diminuir 
essa vontade de comer do paciente. 
Ou, por exemplo, ele pode ter uma deficiência de Yang, ele pode ter uma 
deficiência de hormônios no corpo, que não estão queimando as calorias. Então é o 
caso do paciente que não come muito, mas o que falta para ele realmente é a 
atividade física. 
Então por isso que as pessoas muitas vezes se prendem muito ao que... 
Como o protocolo para emagrecimento: a primeira coisa que a gente tem que pensar 
é o quê? O que engorda o seu paciente, o que causa a alteração dentro do corpo do 
seu paciente?Então se é um excesso de Yin, um excesso de matéria, pode ser 
excesso de matéria tumoral dentro do corpo, pode ser um excesso de matéria 
óssea, um crescimento de estrutura, como os bicos de papagaio, como também as 
alterações de esporão que acontecem pelo corpo. Os edemas crônicos também são 
excesso de Yin, então como é que eu classifico um edema crônico, um edema de 
Yin-Yang e um edema de Yin? O edema de Yang é um edema traumático, que tem 
sinais do quê? De calor, rubor, edema. Isso é um excesso de Yang. Quando eu 
pego um edema e esse edema é frio, é denso, ele não melhora com o frio, de forma 
nenhuma, ele prefere o calor, então isso é excesso de Yin, ok?
E, dessa forma, a gente vai entender o seguinte: se o paciente tem uma 
deficiência de Yang, cansaço excessivo, muita gente resolve isso muito facilmente 
pegando uma xícara de café e tomando. Então é um fitoterápico, tá? Eu posso fazer 
isso com a auriculoterapia, eu posso fazer isso com acupuntura, com shiatsu, como 
eu posso fazer também com que a pessoa tome algum medicamento ou algum 
fitoterápico, que não deixa de ser um medicamento, e esse medicamento causa um 
excesso de Yang. Por exemplo, num excesso de Yang, eu posso tomar um chá de 
camomila, por exemplo, que vai fazer com que a energia corporal caia, tá? 
Então a gente tem que entender isso, mas tomar um certo cuidado 
também, por quê? O que está causando esse cansaço no paciente? Será que ele 
está dormindo pouco, ele não está nutrindo o Yin? Se ele não está nutrindo o Yin, 
Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
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esse Yang está baixo. Sempre que eu aumento o Yang, eu acabo consumindo um o 
Yin. Essa interrelação entre o Yin e o Yang é muito importante, por quê? Quando a 
gente visualiza o símbolo do Yin-Yang, o símbolo do Yin-Yang é um símbolo... deixa 
eu pegar aqui um símbolo para vocês, clássico, do Yin-Yang, que é esse símbolo 
aqui. Esse símbolo do Yin-Yang, onde o escuro é o Yin e o claro é o Yang, 
pensando lá no início do vídeo, que a gente falou sobre Yin-Yang, é exatamente 
focando que o lado claro da montanha, ou seja, o lado claro da imagem que eu 
mostrei para vocês é o Yang e o lado escuro é o Yin. 
Mas a gente notou, dentro dessa imagem, que como se fossem duas 
gotas, uma percorrendo a outra, ainda assim, dentro da imagem, você nota que 
dentro do preto tem um branco e dentro do branco tem um preto. O que isso 
mostra? Que mesmo o Yin sendo o mais puro, ele contém Yang; e mesmo o Yang 
sendo o mais puro, ele contém o Yin. E por que essa imagem é colocada nesse 
sentido, como se fosse uma gota seguindo a outra? Isso mostra que, na verdade, o 
Yin serve de matéria para o Yang. Então é um consumindo o outro e essa energia 
contínua é que gera harmonia. Se eu aumento muito o Yang, acaba que eu 
consumo o Yin. 
Então o que a gente vai observar de alterações patológicas? Geralmente 
os excessos, tanto de Yang, quanto de Yin, tendem a gerar uma deficiência do seu 
antagonista. Como assim? Se eu tenho um excesso de Yang, isso significa que eu 
estou queimando muita energia. Se eu estou usando muita energia, eu estou muito 
agitado, estou fazendo muito exercício físico, estou trabalhando em excesso e tudo 
mais, o que acontece? Essa energia precisa vir de algum lugar e de onde ela vai vir? 
A gente vai ver isso mais para frente, que são os Qis, que são as 
energias. Essa energia tem que vir de algum lugar, então ou ela está vindo de uma 
alimentação ou está vindo da respiração ou está vindo de uma energia que a gente 
chama de energia ancestral, ou seja, eu estou consumindo meus próprios órgãos e 
vísceras, consumindo meus próprios músculos, eu estou consumindo a minha 
essência. 
Então, logicamente, se eu tenho um Yang exacerbado, eu preciso dar 
nutrição ideal para esse Yang, para ele se manter alto. Se eu não mantenho esse 
Yang alto com alimentação, com uma respiração ideal, uma alimentação bem-feita, 
o que acontece? Ele vai acabar consumindo a matéria. Então um excesso de Yang 
Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
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acaba levando a um consumo de matéria, até o momento em que a matéria é tão 
pouca que o Yang volta a se normalizar. 
Então o que a gente pode notar com isso? Que um excesso de Yang por 
um longo período tende a levar o paciente para uma deficiência de Yin. Ou seja, se 
eu faço muito exercício físico, se eu treino muito, faço muita musculação, uso muito 
meu joelho, no final de 40 anos de atividade física intensa, quando você vai olhar 
minha articulação do joelho, ela vai estar com uma lesão degenerativa. Ou seja, um 
excesso de Yang, um excesso de exercício físico, levou a uma deficiência, levou a 
uma alteração lá do meu joelho, que levou a uma degeneração. 
Assim como todo excesso de Yin, principalmente a gente vai focar na 
obesidade, nas tumorações, tá? Um tumor ou uma obesidade tendem a consumir o 
Yang, tá? Por quê? Se eu tenho mais matéria, se eu tenho mais metabolismo, 
imagina o seguinte: meu corpo foi feito para ter 80 quilos e eu peso 180 quilos, ou 
seja, eu peso 100 quilos a mais do que eu deveria. Se eu peso 100 quilos a mais do 
que deveria, quando eu caminho eu gasto muito mais energia do que eu deveria. 
Então muita gente não pensa nisso, mas uma pessoa que deveria pesar X, pesa 2X 
ou às vezes 3X, ou seja, carrega três pessoas em cima dela, ela consome três 
vezes mais energia do que deveria. Só que o que acontece é que essa energia 
acaba que não sai desse excesso de Yang, ela é consumida por outras partes do 
corpo – ou pela via alimentar ou pela via essencial. 
Então é uma bola de neve e isso precisa ser equilibrado. Porque, por 
exemplo, num obeso, que tem principalmente uma alteração metabólica – a 
obesidade levou a uma alteração metabólica – ou o próprio câncer, que já tende a 
uma alteração metabólica local, eles consomem energia sem gastar a eles mesmo. 
Ou seja, um obeso não vai consumir um tecido de gordura para se movimentar. Olha 
que incrível! Ele deixa de consumir a gordura, porque o corpo dele tem a gordura 
como uma estrutura essencial para a sobrevivência, e começa a consumir músculo, 
começa a consumir metabolismo, ou seja, começa a levar a uma deficiência de 
Yang. 
Ou seja, a gente tem quadros clássicos que são excesso de Yang, 
deficiência de Yang, excesso de Yin, deficiência de Yin, mas a gente pode ter 
correlações acontecendo. Ou seja, um excesso de Yang mantido por um longo 
período levará a uma deficiência de Yin em alguma parte do corpo. Como o oposto 
Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
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também acontece: um excesso de Yin em uma determinada parte do corpo pode 
levar a uma deficiência de Yang de forma crônica, ok?
Pode existir, aí é uma hipótese, será que pode existir um excesso de Yin 
com um excesso de Yang? Sim. Isso é muito comum, por exemplo, nos quadros 
mais críticos, mais graves, de doenças, doenças mais graves que têm sintomas 
flogísticos intensos e, ao mesmo tempo, existem alterações de tecido. Exemplo: os 
cânceres, tá? 
O câncer em si leva a um excesso de Yin e muitas vezes, na fase aguda, 
tem sinal flogístico, então o paciente tem dor, tem calor, tem rubor, tem edema no 
local, na região, então esse é um caso em que existe um quadro tanto de excesso 
de Yin, quanto excesso de Yang. 
Pode ser, aí uma outra hipótese, pode existir também um quadro de 
deficiência, um colabamento, um desabamento global, tanto do Yin, quanto do 
Yang? Sim, também pode existir. Então geralmente isso é a fase senil, onde eu 
tenho já as matérias já bem debilitadas. Estado senil, entre aspas, porque a gente 
tem pessoas que são acamadas, ou que são levadas ao leito por uma doença 
crônica, e que, na sua fase mais terminal, têm uma deficiência de matéria – 
perderam massa muscular, perderam estruturas, perderam líquido sinovial, 
perderam tendão, como também perderam a energia, não tem mais de onde tirar 
energia pelo tempo acamada. 
Então um paciente acamado de forma crônica, umpaciente no CTI, um 
paciente que tem uma doença degenerativa, um AVC muito grave, um AVE muito 
grave, um derrame muito grave, que leva esse paciente a uma deficiência de massa 
muscular, uma deficiência de massa cerebral, ao mesmo tempo ele vai deprimindo o 
seu sistema imunológico, deprimindo o seu sistema global, deprimindo o seu 
movimento, esse paciente tende a um desabamento completo do Yin e do Yang.
Então para fechar essa aula, o que a gente vai entender de interrelação 
entre o Yin e o Yang? Vai ser o seguinte: o Yin e o Yang, eles devem permanecer 
equilibrados, entre aspas, durante o dia. Ou seja, tem momentos em que eu estou 
mais alegre, que eu estou mais disposto – geralmente eu, Marcos, tenho muito mais 
disposição na fase da manhã; e na fase da noite, na verdade, o Yin vai tomando 
conta e o meu Yang vai aparecendo. Se eu entender o princípio da colina, é 
exatamente isso: uma hora o sol está na colina, chega uma hora que o sol deixa de 
estar na colina e aí entra a escuridão, então entra o Yin. 
Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
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Então é comum entender dentro do seu metabolismo, dentro do seu 
corpo. Não existe uma regra hoje em dia, porque a gente não vive mais só da luz 
natural, então a gente tem que entender que cada pessoa trabalha num 
metabolismo e vai ter seu tempo biológico respeitado. Logicamente que se ele 
encontra o seu metabolismo dentro da fisiologia normal da luz solar, tende, pela 
Medicina Tradicional Chinesa, a ter mais equilíbrio corpóreo. 
Então o que seria o mais funcional? O paciente durante o dia ter um 
acréscimo do seu Yang, como se fosse o sol: no meio-dia ele tem o ápice e depois 
do meio-dia esse Yang vai deprimindo e começa a dar a ascensão ao Yin, que vai 
ser o sono. O Yang vai cair para o Yin tomar conta, tá? Então a gente tem essas 
alterações de Yin-Yang e isso é considerado fisiológico dentro da Medicina 
Tradicional Chinesa. 
O que é não fisiológico? É quando esse padrão se mantém 
completamente por vários períodos e não existe a oscilação fisiológica, ok? Então o 
que você tem que observar? Quais são os sinais do seu paciente. Anota, pega um 
papel e na avaliação que tem no curso você vai anotar, lá na parte de Yin-Yang, 
quais são os principais sintomas Yin, quais são os principais sintomas Yang, ok?
Então eu vou fazer uma live falando um pouco mais de características Yin 
e um pouco mais de características Yang.
Dr. Marcos Minello - Auriculoterapia 2.0
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Aula 2. Yin Yang - parte 2 
Bom, nesse vídeo a gente vai falar um pouco de características de Yin-
Yang e isso pode ser correlacionado tanto com o meio externo, como com o nosso 
meio interno, tá? Então isso é indiferente. Mas o Yin e o Yang têm características 
um pouco diferentes, de um em relação ao outro, sempre um sendo oposto ao outro, 
ou, no meu ver, na verdade eles são sinergistas, porque sem um não existe o outro. 
Então eles são antagonistas, eles são divergentes, mas, ao mesmo tempo, um só 
existe por causa do outro, ok?
Então o Yang tem características que são mais clássicas, que são as 
seguintes: o Yang é imaterial, ele produz energia, ele gera, ele é o gerador das 
energias, ele é o que vai gerar vida, tá? Ele é não substancial, ou seja, ele é 
imaterial. Então o ar, o ATP que corre dentro da gente, isso tudo é Yang, ok? 
Então geralmente a visão de Yang aqui, o Yang não é visto, ele não é 
substancial, ele é energia, ele é expansão. Ou seja, tem pessoas que são mais 
Yang, ou seja, pessoas mais expansivas, ok? Então a gente pode levar isso até para 
quesitos mais psicológicos ou psiquiátricos, então se a pessoa tem mais surtos, se a 
pessoa tem mais fúria, tem mais ataques, ou seja, eu vou interpretar isso com uma 
visão mais Yang. E isso é também numa visão de espaço propriamente dito, então 
se a pessoa precisa de mais espaço, se ao dormir ela toma mais espaço, isso tudo 
são características mais do Yang, ok?
O Yang, por ser energia, ele tende à ascendência. O que isso quer dizer? 
Patologias que tendem a ascender, que tendem a crescer, tá? O aspecto bom do 
Yang, por exemplo: Yang é quem move a pessoa, é quem determina a ir para frente, 
ela crescer na vida, isso é energia e é Yang. Tudo o que sobe é Yang, ok? O fogo é 
Yang. 
O que seria contra isso que eu falei, a contra relação ao Yin? O Yin é tudo 
o que é mais denso, é mais material. Então sempre uma coisa em relação à outra, 
tá? Então, por exemplo, o ar é mais Yang em relação ao Marcos, que é mais Yin. 
Mas, por exemplo, se eu fosse comparar a parede com o Marcos, é parede é mais 
densa, então é parede é mais Yin e o Marcos mais Yang. Então a gente pode 
considerar sempre em relação ao que a gente está falando, ok?
O Yin produz formas, então a gente visualiza o Yin. O Yin é crescente, ele 
é material, é denso, então a gente consegue tocá-lo, o Yin está presente dentro da 
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gente. O Yin é a contração, lembrem, enquanto o Yang é a expansão, o Yin é a 
contração. 
Num aspecto psíquico, comportamental, ele é a introspecção, a timidez, 
tá? Enquanto, a gente falou, que o Yang é o surto. Tudo o que vai para baixo, tudo o 
que afunda, tudo que deprime é mais Yin. Isso no bom sentido, como no mau 
sentido também, então num momento de discussão em vez de você crescer, você 
vê que se você crescer vai piorar a situação, se você descer, se você se afundar, se 
você entrar mais dentro do seu Yin, você vai estar um pouco mais centrado. 
Então até dentro do seu dia a dia você pode utilizar isso, você perceber 
que você está um pouco mais Yang no seu dia, “nossa, eu estou levando o meu dia 
com muita energia ou com muita energia no mau sentido, discutindo com as 
pessoas...”. E você vê que a tendência do Yang é quanto mais fogo, mais pega fogo, 
ou seja, se você está bravo e num momento alguém te fecha no trânsito, a tendência 
é que o seu Yang exploda ainda mais. Então o estado de equilíbrio interno é 
exatamente quando notar que o Yang está exacerbando, tentar levar para o Yin. 
Assim como se eu estou muito introspectivo, com todo mundo pisando na 
minha cabeça e eu não estou nem aí, está na hora de dar um levante no Yang e 
esquecer um pouco o Yin. 
Então esses sinais são sinais que vão aparecer dentro do corpo do 
paciente, seja em patologias locais, como também em patologias psicossociais, 
psico-comportamentais. 
Então enquanto o Yang representa o fogo, o Yin vai representar a água, 
propriamente dita. Então esses são aspectos bem interessantes do Yin e do Yang. 
Na parte dentro do nosso corpo, tem um conceito da Medicina Chinesa 
que é: determinados locais de patologias tendem a ter mais a evidência de Yang e 
outros tendem a ter evidências mais de Yin. Então, por exemplo, a parte mais 
superficial, parte mais externa do meu corpo é mais Yang; a parte mais superior do 
meu corpo – cabeça, tórax – é a parte mais Yang do meu corpo; superfície posterior 
e lateral, então quanto mais para fora do meu corpo e mais para trás do meu corpo 
são superfícies mais Yang; então a parte mais anteromedial, Yin; então a parte mais 
da frente do meu corpo é uma região mais Yin. As costas são Yang, a frente é a 
parte Yin. 
Função, ou seja, movimentação, o pegar, o acordar, o movimentar, a 
ação é um aspecto Yang; enquanto a preservação da estrutura, a estruturação em si 
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é Yin, ok? Então se eu estou com perda de função, “nossa, não consigo movimentar 
o meu braço, não estou conseguindo escrever”, isso é uma lesão Yang. É diferente 
de “nossa, minha mão perdeu a forma por uma artrite reumatoide e eu não estou 
conseguindo escrever”, então essa perda de função está ligada à perda da estrutura. 
Então se houve perda de estrutura, eu vou focar no Yin, ok?
Então outros aspectos que tem de estruturas e órgãos que a gente tem 
dentro do Yang é o seguinte: o Yang é as costas, é a cabeça, é a parte externa, ou 
seja, pele e músculos,é acima da cintura, é a parte Yang. Parte superficial, 
posterolateral, os órgãos, que a gente ainda ver, o Zang Fu, os órgãos tendem a ser 
Yang, tá? E a função dos órgãos, o Qi, o Qi defensivo, ele é Yang. Lembrando que 
tudo o que eu estou citando aqui agora, a gente vai se aprofundar um pouco mais lá 
na frente, ok? 
Mas o Yin é a frente, é o abdômen, é o tórax, é o corpo como um todo, é 
o interior, a parte dos órgãos. Então se eu tenho problemas dentro dos órgãos, eu 
tenho problemas Yin, tá? A superfície anteromediana do meu corpo, então a parte 
de defesa do meu corpo é Yin, os órgãos Yin, que a gente ainda vai falar sobre 
órgãos e vísceras, as vísceras são Yang, os órgãos Yang e os órgãos Yin, a gente 
vai visualizar isso mais para frente. O sangue, o Xue, é de representação do Yin. Os 
fluídos corpóreos, então todas as secreções que acontecem no meu corpo, as linfas, 
a sudorese, a salivação, isso tudo é Yin, ok? E o Yin Qi nutritivo, que é o que nutre 
meus órgãos internos, também é de representação Yin, isso é bem interessante 
para essa visualização, tá?
A gente tem também essa disparidade entre Yin e Yang bem 
interessante, que é levando tanto para a parte do mundo, como a parte interna 
nossa, o Yang tem características que são as seguintes: ele é fogo, ele é quente, ele 
é agitação, ele é o seco, ele é duro, ele tem a parte da excitação, o Yang é rápido, e 
Yang é não substancial, o Yang é transformação, a mudança. 
Então isso é muito interessante quando a gente vai levar para o nosso dia 
a dia. Se o Yang é quente, ele é agitação, ele é seco, ele tem estruturação dura, isso 
tudo, ele tem uma visualização muito mais da energia, ele é a transformação. Então 
eu tenho um paciente que está precisando transformar sua vida, eu estou 
precisando que um paciente tenha mais agitação, eu estou precisando que um 
paciente tenha mais excitação, eu vou trabalhar com o Yang do corpo do paciente. 
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Ao contrário, o Yin é a água, é o frio, é a quietude, é a umidade, ele é o 
macio, ele é a inibição, ao contrário da excitação do Yang, ele é a lentidão, ele é o 
substancial, ele é conservação, ele é a estocagem. Ou seja, você vê que é uma 
coisa muito mais contida, o Yin, do que é o Yang, como é muito mais aberto. 
Dessa forma, a gente vê que essa oposição entre o Yin e o Yang, eles 
dão sinais muito claros do meu paciente, do que ele é, ele é Yin ou ele é Yang? Ele 
está presente mais na parte Yin ou na parte Yang? E isso vai ser muito importante 
na hora de tratar, principalmente se eu for tratar observando os cinco elementos, os 
órgãos e vísceras, por quê? Assim como eles vão ser tratados como Yin-Yang, eu 
também vou pensar o seguinte: tudo o que é Yin, eu vou ter que trabalhar com 
materiais Yang; tudo o que é Yang, eu vou ter que trabalhar com materiais Yin, para 
poder fazer a equilibração do corpo desse paciente. Isso vai me ajudar muito na 
hora do tratamento também, ok?
Outras visões do Yin e do Yang que a gente pode ter: o Yang são os 
membros, organismo quente, são sinais: rubor facial, a preferência por líquidos frios, 
então tem pessoa, por exemplo, que não toma um chá de jeito nenhum, mas toma o 
chá gelado, então a preferência por líquidos frios para esfriar esse Yang interno, são 
características muito ímpares, voz alta, fala muito, então tem muita energia, muita 
excitação, então o Yang precisa falar muito. 
Então tudo isso são sinais que a gente pode ir colocando dentro da nossa 
avaliação, para entender um pouco mais. Dá para fazer até um questionário para o 
paciente e ele mesmo ir notando o que é Yin e o que é Yang, como ele deve 
trabalhar em cima das suas alterações. 
Então é um paciente que muitas vezes sente dispneia, por esse excesso 
de agitação, então ele gasta muita energia, então falta ar dentro dele; ele tem sede 
intensa, então é um paciente que precisa muitas vezes beber mais água do que 
deveria ou ele sente necessidade de beber muita água, mas muitas vezes não pode, 
mas ele tem essa reclamação da sede ou da secura interna; a urina tende a ser 
mais escassa e escura, principalmente por esse fogo dentro dele, então a urina 
escura é sinal de excesso de Yang; ele tem constipação; língua vermelha com um 
saburra amarela, quando você pede para ver a língua do paciente, é uma vida que 
vai estar escarlate, ela vai estar muito vermelha, principalmente em algumas partes 
dela, mas se o paciente tiver um Yang como um todo, ele vai apresentar toda a 
língua com a coloração avermelhada, tá? E pode apresentar uma saburra – saburra 
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é a cobertura que tem, que comumente é mais esbranquiçada. Se ela começar a ter 
uma coloração um pouco mais amarelada, já é um sinal muito grave de ascensão do 
Yang, tá? E se a gente for fazer uma avaliação de pulso do paciente, seja na artéria 
radial ou também pode ser na carótida, a gente vai observar um pulso sempre muito 
cheio, tá? 
Em alteração, o que a gente vai ver num paciente Yin? São membros e 
organismos mais frios, face mais pálida, vai ter preferência por líquidos quentes, 
então comumente vai tomar chás, chocolate quente, a comida tem que ser muito 
quente, então, por exemplo, quando vai tomar um café – isso é muito comum dentre 
os meus alunos – às vezes o café acabou de ser passado, está na garrafa térmica 
com meia hora e ainda está bem quente, mas, não, tem paciente que tem 
necessidade de tomar aquele café que está fervendo, porque ele precisa nutrir esse 
Yin, o calor do Yang ajuda a tirar esse paciente do excesso de Yin que está presente 
dentro dele. A voz fraca, a fala é bem pouca, bem contida, ele tem ausência de 
sede, então é um paciente que às vezes passa o dia inteiro sem beber um líquido 
sequer, ou então ele bebe apenas um chá ou um cafezinho durante o dia inteiro. 
Lembra que ele vai dar preferência ao líquido quente, ok? A urina é protusa e pálida, 
então esse paciente vai ter muita urina e vai ser pálida. 
Olha que interessante! O paciente de Yang bebe muita água e mesmo 
assim a urina dele é escura; enquanto o paciente de Yin, ele bebe pouca água, tem 
pouca sede, e mesmo assim ele perde muito líquido, ele vai fazer uma urina muito 
clara e com jatos muito longos. 
Ele tem mais facilidade em perda de fezes, então ele tem, chega a ser 
uma incontinência, uma tendência a uma incontinência, tanto fecal, quanto urinária. 
Ele tem uma língua que tende a mais pálida, então a gente tende a fazer, na 
Medicina Tradicional Chinesa, eu tenho essa tendência, de falar para os meus 
alunos: “olham para a língua, a língua tem que ter um aspecto de carne viva, de uma 
carne que acabou de ser abatida. Se a língua já tem um aspecto mais para pálido... 
Eu diria que ela não chega a ser uma carne que acabou de sair do corte, mas ela 
tem que ter um rosa para o vermelho, se ela tende a um rosa pálido, isso já é um 
sinal de Yin acontecendo. 
E o pulso, sempre que você for ver o pulso de uma pessoa de Yin, ela 
tende a ter um pulso muito mais vazio, um pulso muito mais extinto, e isso são 
características bem interessantes do Yin e do Yang. 
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A patologia no Yang, voltando para o Yang: o Yang tem patologias 
agudas, que são de início rápido, então um dia está bem e no outro dia está muito 
intenso o quadro do paciente; são mudanças patológicas rápidas, há presença de 
calor, rubor, edema. Isso causa também, de um aspecto geral, patologias gerais de 
agitação e insônia – o paciente tem uma dificuldade de dormir muito intensa – é um 
paciente que ao dormir retira o lençol, ele retira a coberta por mais frio que esteja ou 
principalmente ele descobre os pés, ele descobre alguma parte importante do corpo 
para facilitar essa troca, porque o Yang sente muito calor interno. Ele gosta de se 
deitar mais esticado do que contido, encolhido, então ou ele se deita naquele 
aspecto em X ou ele se deitade barriga para baixo, mas ele gosta de estar esticado, 
ele não gosta muito de se conter, não. E, logicamente, um Yang tende a ter sonhos 
agitados e falar durante o sonho, então são pessoas que têm muito sonhos, se 
agitam muito e também são pessoas que têm movimentos involuntários durante a 
noite, que se mexem em decúbito constantemente. 
Ao contrário do Yin, que a gente vai apresentar patologias mais crônicas, 
de início gradual, então a pessoa foi adoecendo, são patologias lentas, são as 
patologias mais frias, então você toca no joelho do paciente, ele apresenta uma 
alteração de frio ali naquela região, ou seja, ele se dá muito bem com calor, 
enquanto o Yang prefere fazer um gelo. As lesões de patologias Yin, elas preferem 
fazer calor, porque sentem muito frio. O paciente tende a ter muita sonolência, o 
paciente Yin, e ao mesmo também uma apatia, uma ausência de humor. Ele gosta 
de dormir muito bem coberto, o Yin, então é um paciente que pode até estar calor lá 
fora, mas ele tem alguma forma de se cobrir, mesmo que parcial, ele tende a se 
cobrir. E gosta de se deitar encolhido, tende a se fechar, gerar um corpo em concha. 
Esses são aspectos muito interessantes do Yin e do Yang. Deixa eu ver 
se tem mais alguma coisa para falar para vocês de Yin-Yang. Eu acho que é só, tá? 
Então fechou essa segunda parte do Yin-Yang, e aí a gente vai evoluir para um 
outro quadro do paciente, ok? 
Aguarda aí, tendo sua dúvida, coloca aqui embaixo, é bem interessante, 
ok? E vamos fazer também o dever que está junto da apostila, ok?
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Aula 3. Yin Yang - parte 3
Bom, nesse vídeo eu vou dar uma ênfase maior ao que a gente estava 
falando, sobre o Yin e o Yang, mas mais para a gente se situar, vai ser um vídeo um 
pouco mais breve. 
Então lembrando que na hora de classificar o paciente, a gente pode 
classificá-lo como excesso de Yang ou deficiência de Yang, como a gente já viu 
previamente, no vídeo anterior; ou classificá-lo como excesso de Yin ou deficiência 
de Yin. Nos casos mais ímpares, a gente pode apresentar um excesso de Yin e 
Yang e uma deficiência de Yin e de Yang também. 
O que eu quero falar agora, a princípio, para vocês, é o seguinte, muito 
importante: que mesmo dentro de um paciente que é excesso de Yang ou que é 
deficiência de Yin, ele pode apresentar, em alguma parte do corpo, alguma alteração 
que não tem a ver com o contexto do corpo dele. 
Por exemplo, vamos supor que eu seja um excesso de Yang, estou 
sempre hiperativo, vermelho, tudo mais, porém, eu tenho uma fragilidade no meu 
joelho e meu joelho se degenerou e entrou numa deficiência de Yin. 
Então o que a gente tem que notar é o seguinte, primeiro passo: eu vou 
tratar o paciente como um todo ou vou focar primeiro no tratamento da doença? 
Então são duas formas de você tratar, não existe a forma correta. Geralmente, eu 
falo para os meus alunos: comece principalmente tratando a doença, para depois 
equilibrar o corpo como um todo. Por que isso faz sentido? Porque para a gente 
viver numa sociedade imediatista, que quer solução dos problemas de forma rápida 
e emergencial, dê resultados, ok? Então se você já começa dando resultados, 
tratando primeiro a patologia do paciente, então você trataria, nesse caso que eu 
citei, a deficiência de Yin no meu joelho, enquanto que, na verdade, eu sou um 
excesso de Yang, que posso estar consumindo esse Yin do joelho sim, tá?
Então, a gente tem, na verdade, três formas de tratamento, a gente vai 
falar um pouco mais à frente do curso, mas só para exemplificar e ficar claro. Então 
eu tenho o caso de que eu sou um excesso de Yang, com uma deficiência de Yin 
local: o que tratar primeiro? Primeiro tratar o problema, ou seja, ir direto na lesão. 
Segundo, tratar a raiz, ou seja, tratar a pessoa. E, terceiro, tratar a raiz junto com o 
problema – muitas das vezes pode ser que você entre com muitos pontos e acaba 
que não tem uma eficiência muito grande no tratamento. 
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Então de início eu gosto de seguir essa norma. Não é um protocolo 
fechado, é apenas uma ordenação sugerida, que é começar primeiro trabalhando 
sobre lesão, para quê? Para começar a dar resultado para o paciente e, com isso, 
você conquistar o paciente. 
Segundo, ou seja, o quadro principal já foi diminuído, o que fazer? 
Começar a tratar o problema junto com a raiz do problema, ou seja, a gente começa 
a tanto equilibrar a patologia, como equilibrar o ser, equilibrar a pessoa. E quando 
essa patologia desaparecer, eu foco principalmente na raiz e no problema. 
Então a gente tem como tratar a consequência, tratar a causa e tratar a 
causa e a consequência. O importante é sempre frisar: o que é mais importante para 
o paciente? Muitas vezes o paciente não se importa de ele ser um excesso de Yang, 
muitas vezes é até funcional, na verdade você só vai ter que talvez equilibrar um 
pouco mais esse Yang desse paciente, para que ele consiga trabalhar de uma forma 
melhor. Então, por exemplo, não adianta você sedar o Yang do paciente, deixá-lo 
super zen, e, na verdade, ele tem como profissão uma gerência, em que ele precisa 
ter um pouco mais de Yang. 
Ah, ele é um trabalhador braçal, ou seja, imagina um peão, um ajudante 
de obra, um mestre de obra, ou seja, que tem que carregar peso, tem que ter muito 
Yang, depois você começa a fazer um tratamento de auriculoterapia, ele começa a 
ficar zen, começa a ficar calmo, ele vai perder o emprego. 
Então a gente tem que, na verdade, equilibrar o paciente, para que ele 
funcione bem dentro do elemento dele. No próximo vídeo a gente vai falar 
exatamente sobre o elemento e isso é importante dentro das características: 
identificar o paciente, em que elemento ele se encontra, em que elemento ele é 
patológico e em que elemento ele tem um potencial maior. E aí o que eu posso 
fazer? Entendendo os elementos de forma geral, entender que se o paciente tem 
uma patologia naquele determinado elemento, eu vou tratar aquele determinado 
elemento, mas junto do questionário, da avaliação, eu consigo captar melhor quem é 
o meu paciente, com que patologias esse paciente se encontra, em qual elemento 
ele se encontra. 
Então agora a gente vai entrar nos cinco elementos na próxima aula, em 
que a gente vai falar um pouco mais sobre exatamente essa forma maravilhosa de 
se tratar, que são os cinco elementos. 
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Aula 4. 5 Elementos
Bom, nesse vídeo a gente vai falar um pouco sobre os 5 elementos, uma 
das formas que eu mais gosto de trabalhar na Medicina Tradicional Chinesa, 
inclusive na auriculoterapia. 
Em que consiste os 5 elementos? Da seguinte forma: todo o nosso corpo 
vai ser dividido dentro de 5 elementos básicos da natureza. Então a gente tem o 
elemento água, vou colocar uma imagenzinha aqui em cima, o elemento água, o 
elemento madeira, o elemento fogo, o elemento terra e o elemento metal. 
Existe um ciclo chamado Ciclo de Geração, então começa no elemento 
água, depois vai para o elemento madeira... Melhor não, vamos tentar criar uma 
narrativa: a água gera energia para a madeira, para as plantas; as plantas são quem 
geram energia para o fogo; o fogo, das suas cinzas gera a terra; e a terra, com sua 
sobreposição e pressão, gera o metal, os minerais; e os minerais são responsáveis 
por segurar essa água, conter essa água. Então isso é chamado de Ciclo de 
Geração. Então o Ciclo de Geração é: a água gera a madeira, que gera o fogo, que 
gera o elemento terra, que gera o elemento metal, que vai gerar o elemento água 
novamente, criando um ciclo infinito de geração de energia. 
O que isso mostra para a gente? Que assim como acontece na natureza, 
essa formação de energia, essa transformação de energia, ela também vai 
acontecer dentro do nosso corpo. Então dentro desses elementos, a gente tem 
órgãos que são Yin e vísceras que são Yang. 
Mas além doCiclo de Geração, também existe o Ciclo de Controle. O que 
é um Ciclo de Controle? Então o Ciclo de Controle vai ficar como se fosse uma 
estrela dentro desse ciclo dos 5 elementos. Vou mostrar aqui para vocês, eu vou 
botar uma imagenzinha ali também no canto, mas só para ficar ilustrado para você. 
Isso aqui são os 5 elementos, mostrando a água que gera o fogo, o fogo gera metal, 
que gera o fogo, que gera a terra, que gera o metal, que gera a água, ok? 
E aí existe o ciclo chamado de Ciclo de Controle, onde a água controla o 
fogo, o fogo contra os metais, os metais controlam a madeira, a madeira controla o 
elemento terra e o elemento terra contém a água, a controlando. E existe também o 
ciclo chamado de Ciclo de Contracontrole, que a gente vai explicar detalhadamente 
cada um desses ciclos. 
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Então o que acontece, o que eu vou usar? Então primeiramente existe o 
Ciclo de Geração, que é um movimento circular ali no elemento. Vai ser a água 
gerando madeira, madeira gerando metal, metal gerando fogo, fogo gerando terra, 
terra gerando metal e metal gerando água. Então isso aí é Ciclo de Geração. 
Por ser chamado de Ciclo de Geração, a função principal vai ser a 
geração de energia, ok? Então se o meu foco vai ser gerar mais energia, eu vou 
focar no elemento que vem abaixo do que eu estou querendo tratar, para fornecer 
mais energia. Ou seja, o Ciclo de Geração vai ser usado principalmente quando eu 
quiser tonificar um sistema orgânica. 
Vamos lá, o que significa tonificar e o que significa sedar? Vai ter um 
momento em que eu vou falar só sobre isso, mas já é necessário abrir um pouco a 
cabeça de vocês quanto ao Ciclo de Geração, o Ciclo de Controle e a tonificação e a 
sedação. A tonificação é sempre que eu preciso fazer com que o organismo se 
fortaleça para combater uma determinada patologia. 
Sempre que eu preciso diminuir o sistema do corpo do paciente, para ele 
acalmar o corpo, é a sedação. Então a gente pensa, por exemplo, numa inflamação 
aguda: eu preciso aumentar ou eu preciso diminuir os sinais do corpo do paciente? 
Eu preciso diminuir, então o que eu vou fazer? Eu vou sedar aquele organismo, vou 
sedar aquela região. 
O meu paciente está com uma deficiência respiratória e ele não está 
conseguindo puxar o ar, ele está com asma ou alguma coisa do tipo, ou seja, eu não 
vou sedar, a menos que seja uma crise, mas a princípio o corpo dele precisa 
fortalecer, precisa de mais energia para que esse ar entre, então eu vou forçar na 
tonificação. 
Não sei se ficou bem claro, vai ter uma aula só sobre tonificação e 
sedação, tá? Mas, a princípio, é o seguinte: lembra quando a gente falou do excesso 
de Yang e excesso de Yin? Sempre que eu tiver sinais de excesso de Yang, sempre 
que tiver excesso de Yin, qual vai ser o trabalho? Sedação, para fazer com que esse 
excesso caia, ok? E sempre que houver sinais de deficiência de Yang ou deficiência 
de Yin, eu vou fazer sinais de tonificação. 
Como é que a gente faz tonificação e sedação? Vão ser determinados 
através de estímulos. Fica calmo, porque vai ser explicado isso mais à frente, mas é 
necessário entender um pouco de tonificação e sedação, para entender o princípio 
dos 5 elementos. 
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Então, a princípio, os 5 elementos têm o Ciclo de Geração, que é um ciclo 
cíclico, que vai formando um círculo, que é a água que vai gerar a madeira, que vai 
gerar o metal, que vai gerar a terra, que vai gerar o metal, que vai gerar a água. 
Então água, madeira, fogo, terra, metal e água, isso continuamente formando um 
ciclo vicioso. Quando a gente fala em geração, a gente está falando em geração de 
energia. 
Ou seja, se eu encontro um paciente, vamos dar um exemplo, que está 
com excesso de elemento fogo, a gente vai entender os princípios de cada 
elemento, de cada órgão e de cada víscera nesse curso, se eu apresento um 
excesso de elemento fogo, sinais de excesso, o que eu vou fazer? Eu vou desligar a 
geração de energia. É simples, está chegando muita energia para o elemento fogo. 
Se eu simplesmente chegar no elemento madeira e cortar a energia, ou seja, sedar 
ali o elemento madeira, vai fazer com que a energia que chega até o elemento fogo 
desapareça. Ele não tem a energia para novamente criar um excesso. Então, dessa 
forma, fica muito simples a gente focar ou em tonificação ou em sedação. 
Caso contrário, vamos supor que eu tenha uma deficiência num elemento 
metal: quem vem antes do metal? Elemento terra. Então o elemento metal está lá 
em deficiência, não está conseguindo ter energia para funcionar bem, o que eu 
posso fazer? Eu posso ir lá no elemento, que a gente chama de elemento pai, é um 
elemento que chega antes dele – ou seja, terra é considerado pai do metal – e, 
dessa forma, eu vou tonificar o elemento terra e, ao tonificar o elemento terra, eu 
estou gerando mais energia para o próprio elemento que está em deficiência. 
Ótimo, beleza, acho que entendi, vamos lá então. Seguinte [forma]: 
sempre que eu tiver um paciente que apresenta uma deficiência em um determinado 
elemento, calma que a gente ainda vai entender o que cada elemento é, o que eu 
faço? Eu tonifico o próprio elemento e tonifico o elemento antes dele, que é o 
elemento que vai fazer a geração de energia. 
Então exemplo, olhando aqui no Ciclo dos 5 Elementos. Olhando no Ciclo 
dos 5 Elementos, se eu tenho uma deficiência de água, eu tenho três possibilidades 
terapêuticas para fazer. Uma é, primeiro, tonificar o próprio elemento: se eu estou 
com deficiência de água, eu simplesmente tonifico o elemento água. Mas será que 
se eu só tonificar o elemento água, ele já vai conseguir sozinho suprir essa energia 
que está faltando? Não sei, é uma opção terapêutica. 
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Qual é a minha segunda tentativa? É fazer com que o elemento que vem 
antes dele, ou seja, o elemento que gera energia para ele, que ele seja tonificado. 
Então ao tonificar o elemento antes dele, se eu tonifico o metal, eu vou gerar mais 
energia para a água e, assim, o elemento água vai conseguir uma tonificação e vai 
funcionar como uma forma melhor, ok? 
Então dessa forma fica melhor o tratamento do elemento. Se eu tenho 
uma deficiência, eu tonifico o elemento e também tonifico o elemento que gera 
energia para o elemento. Então, no caso, madeira gera energia para o fogo, o fogo 
gera energia para a terra, terra gera energia para o metal, metal gera energia para a 
água e a água gera energia para a madeira. Dessa forma, eu vou trabalhar a 
tonificação. 
Então quais são as três formas de se trabalhar? Primeiro, se você tem um 
paciente que tem uma deficiência em um elemento, o que você faz? Tonifica o 
próprio elemento. Funciona? Funciona. Não funcionou muito bem, qual é a segunda 
opção? Tonifica o elemento que gera energia para ele. Então não adianta eu chegar 
numa pessoa que está desanimada, que está triste, que está sem energia, sacudi-la 
e falar: “vamos embora, você precisa de energia”. Muitas vezes eu preciso de 
alguém de fora, um pai, entre aspas, para falar: “vamos embora, que está na hora, 
você está precisando trabalhar”, injetar um pouco mais de energia, injetar um pouco 
mais de Red Bull nesse elemento para que ele funcione melhor, ok? E a terceira 
possibilidade, qual é? É a mais funcional, é trabalhar a tonificação tanto do elemento 
pai, que é o elemento anterior ao elemento afetado, trabalhando junto com o 
elemento afetado. 
Então um exemplo em que eu tenha uma deficiência no elemento água, 
por exemplo: quem vem antes da água? Vem o metal. Então quais são as três 
possibilidades? Primeiro, tonificar somente o elemento água. Eu vou lá e tonifico o 
elemento água. Deu certo? Ótimo. Não deu certo? O paciente voltou na sessão 
seguinte falando que ainda está sentindo deficiência, não está se dando bem com o 
tratamento, o que eu posso fazer? Euvou mudar a estratégia terapêutica. O que eu 
vou fazer agora? Eu vou tonificar o elemento metal, para quê? Para que o elemento 
metal forneça mais energia para o elemento água. Mesmo assim não foi suficiente, 
porque é como se fosse o seguinte: você leva energia, leva energia, leva energia, 
mas aquele elemento não está pronto para aflorar aquela energia, então 
praticamente ele pega a energia e passa para o próximo, ele pega energia e passa 
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para o próximo. Então o que é interessante? Além de tonificar o elemento pai, que é 
o elemento que vem anterior a ele, tonifica também o elemento. Então imagina que 
existe o elemento que está aqui do meu lado, que é o elemento metal, e eu estou 
em deficiência, que sou a água. Eu não estou sendo tonificado, eu não estou sendo 
trabalhado, está sendo tonificado só o elemento metal. Então, imagine, a força do 
metal está subindo, está subindo, está vindo muita energia para o elemento água. O 
elemento água não está pronto para receber tanta energia, então o que acaba que 
ele faz? Ele pega essa energia e passa lá para a madeira, a madeira acaba 
passando para os demais. Se houver algum patológico em excesso, vai acabar 
criando um excesso consecutivo. 
Então a gente tem que pensar o seguinte: a forma mais precisa de se 
trabalhar com os 5 elementos, quando existe a deficiência, vai ser o seguinte: você 
vai tonificar o elemento pai, ou seja, o elemento que vem antes do elemento que 
você quer tratar, e vai fornecer energia para ele. Mas, ao mesmo tempo que você 
está fornecendo energia para ele, ou seja, você está tonificando esse elemento, 
você também vai ter que tonificar o elemento que está em deficiência. 
Então é como se: eu estou tonificando aqui o elemento metal, né? Ele 
está super enérgico e mandando muita energia para a água. Se a água está inerte, 
ela pega essa energia e deixa passar. Então o que a gente faz? A gente vai acordar 
esse elemento água e esse elemento água vai receber essa energia e vai 
potencializar essa energia. 
Então a melhor forma de se trabalhar quando eu tenho um quadro de 
deficiência, tanto de Yang, quanto de Yin, é tonificação do elemento pai mais o 
próprio elemento. Essa é a melhor estratégia terapêutica, pensando em 5 
elementos, certo? Isso, logicamente, a gente está falando dos quadros de 
deficiência, como a gente explicou o que são os quadros de deficiência 
anteriormente.
Pensando no excesso, tem um excesso de Yang ou um excesso de Yin, o 
que a gente vai ter que fazer? A gente vai ter que sedar. Aí existe outro controle, que 
é o controle, como eu mostrei para vocês, que é o que está aqui dentro, como se 
fosse fazendo o formato de um pentagrama, né? Em que a água controla o fogo, o 
fogo controla o metal, o metal controla a madeira, a madeira controla a terra e a terra 
controla a água. 
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Então, dessa forma, quando a gente fala em controle, não faz muito 
sentido, tipo: “ah, a pessoa está muito sem energia”, e aí chega alguém e fala: “bom, 
é melhor aumentar o controle sobre essa pessoa, já que ela está dormindo demais”. 
Não, a criança está quieta, para que ela precisa ser controlada? Então quando a 
gente fala em segmento de controle, a gente vai pensar o seguinte: controle vai ser 
principalmente trabalhado quando eu tenho um excesso tanto de Yin, quanto de 
Yang. Então se eu tenho um excesso de Yin ou de Yang, em vez de eu trabalhar 
com a geração, eu vou trabalhar com controle. Eu vou dar outras possibilidades, 
mas esse é o raciocínio mais funcional que a gente pode ter, ok? 
Então da seguinte forma: eu tenho lá um elemento em excesso. Vamos 
pegar um elemento muito comum em excesso, que a gente vai se aprofundar um 
pouco mais nesses 5 elementos, mas num elemento muito em excesso, que é o 
elemento fogo. O elemento fogo já tende ao excesso, tanto por estar no ápice dos 
elementos, como ele acende, né? Se pega fogo, ele tende a subir. Então a 
ascendência do fogo é muito comum, os padrões de excesso são muito comuns. Por 
exemplo, hipertensão é um quadro de excesso do elemento fogo. Mas não vamos 
ainda entrar no quadro das patologias e associações, vamos deixar isso um pouco 
mais para frente. 
Então vamos entender o seguinte: o fogo está exacerbado, está pegando 
fogo em tudo, o que eu vou pensar? Gere mais energia para o fogo? Não, lógico que 
não! Posso trabalhar desligando a energia para o fogo? Sim, é uma possibilidade, 
mas o que é mais importante é o seguinte: eu causar um controle nesse fogo, então 
pegar essa água e jogar toda a energia dessa água em cima do fogo. Dessa forma, 
na hora que eu tratar jogando a energia da água no fogo, o fogo vai diminuir o seu 
Yin ou o seu Yang, principalmente o Yang, o fogo tende mais a Yang, vai tender a 
descender. 
Então é o seguinte: como a gente tem o Ciclo de Geração, a gente 
também tem o Ciclo de Controle, que é como se fosse desenhar uma estrelinha. 
Então é interessante você em casa, agora, desenhar cinco bolinhas. Tenta desenhar 
essas cinco bolinhas, duas embaixo, duas no meio, um pouco mais afastadas, e 
uma em cima, ok? Faça uma junção entre essas bolinhas, fazendo um círculo, isso 
se chama Ciclo de Geração. Agora, pega lá do elemento água e liga elemento água 
ao elemento fogo; elemento fogo ao elemento metal; elemento metal ao elemento 
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madeira; elemento madeira ao elemento terra; elemento terra ao elemento água. 
Você fazendo essa junção, você entende Controle. 
E se você notar, é um apelido dado na Medicina Tradicional Chinesa, é o 
seguinte: quem gera a energia, voltando em geração, quem gera a energia para um 
elemento é o seu pai, ou seja, o que vem anterior a ele. Ou seja, a água gera 
energia para a madeira, madeira gera energia para o fogo, fogo gera energia para a 
terra, terra gera energia para o metal, metal gera energia para a água, e assim cria-
se o Ciclo de Geração. 
Porém, quem controla são os avós, tá? Então eu tenho a água 
controlando o fogo, o fogo controlando o metal, o metal controlando a madeira, a 
madeira controlando a terra, a terra controlando a água, e assim sucessivamente a 
gente tem o Ciclo de Controle, ok?
Indicação para vocês, indicação clínica, vivência clínica para vocês, 
pensando em formulação de 5 elementos: cara, se você está, tipo, viajando, não 
está entendendo nada, não tem problema, fica de mente aberta que mais para frente 
vai fazer mais sentido, a gente vai aprofundar um pouco mais no que é cada 
elemento e você vai até conseguir se identificar em qual elemento você faz parte. E 
depois você vai até, na hora lá de discussão lá no curso, colocar qual elemento você 
pertence, no chat, no WhatsApp, para a gente conversar um pouco mais sobre o 
elemento de cada um, ok?
Então, a princípio, o que faz mais sentido? Nos quadros de excesso, a 
gente vai trabalhar com os controles. No quadro de deficiência, a gente vai trabalhar 
com as gerações. Então os controles é a estrela dentro e a geração é o círculo de 
fora. 
Então se eu tenho um excesso de fogo, o que eu faço? Eu vou criar uma 
tonificação dentro do elemento água e vou criar uma sedação no elemento fogo. O 
que isso quer dizer? Olha que coisa doida! O que é interessante, é uma regra, tá? 
Existe uma regra que é bem interessante, que a gente pode trabalhar, a seguinte: se 
eu tenho um quadro de excesso, então eu estou botando o excesso todo lá no fogo, 
tá? Se eu tenho um quadro de excesso no fogo, ele está com muita energia, se ele 
está com muita energia, quais são as possibilidades que eu tenho de tratamento 
direto nesse paciente? 
Primeiro, diminuir a intensidade do fogo, atingindo diretamente esse 
elemento. É o que a maioria das pessoas vai fazer, vocês vão ver que 
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principalmente na auriculoterapia francesa, que a gente também vai abordar nesse 
curso,é uma forma mais direta – está com problema no elemento? Vai lá no 
elemento e o trata. Então se eu estou com um problema no coração, se eu estou 
com um problema lá no fogo, o que eu vou fazer é simplesmente sedar esse fogo, 
eu vou dar um estímulo de sedação nele. É uma possibilidade, ok?
Segunda possibilidade: eu tenho um excesso no elemento fogo. Quem 
gera energia para o elemento fogo? É o elemento metal que está gerando energia. 
O que eu posso fazer? Cortar o fornecimento de energia, ou seja, sedar o pai. Então 
quando eu sedo o pai, o que acontece? Não chega energia até o fogo e aí vai tendo 
uma tendência desse elemento fogo ir diminuindo e ir desaparecendo. Essa é uma 
das formas, então se eu quiser trabalhar com o elemento pai, ou seja, o elemento 
anterior, o elemento gerador, o que eu vou fazer? Eu vou sedar o elemento pai, que 
isso vai fazer com que o elemento fogo, nesse exemplo, também entre em sedação. 
Então uma forma de sedar os excessos qual é? Sedo o próprio elemento. 
Segunda possibilidade: sedo o pai, que aí eu vou acabar sedando o próprio 
elemento. Outra forma de pensar, terceira forma de pensar, qual é: eu estou com 
fogo em excesso, o que eu faço? A água lá está normal, ela não está nem em 
deficiência... 
Vamos fazer o seguinte: normal, deficiente, excesso, ok? Então eu tenho 
o fogo que está lá em excesso, eu tenho a água que está lá na sua normalidade. 
Então vamos pensar da seguinte forma: eu vou pegar a água que tem uma 
influência direta no fogo, ela tem a ligação do controle, e vou começar a tonificar a 
água, tonificar a água, tonificar a água. Quando eu começo a tonificar a água, o que 
acontece? O caminho do controle vai levar a uma deficiência do elemento fogo. 
Então a água vai acabar controlando o fogo, nesse exemplo que a gente está dando, 
desse elemento, que seria o fogo. Então essa foi a primeira possibilidade. 
Tem o elemento fogo, tem o elemento fogo em excesso e eu tenho um 
fígado normal, então um elemento madeira normal. O que eu vou fazer? Eu pego 
esse elemento madeira e eu acabo com a energia desse elemento madeira. O que 
vai acontecer? Como é ele que gera energia para o elemento fogo, o elemento fogo 
vai começar a também diminuir sua energia. 
Qual seria a terceira a possibilidade? Eu tenho um elemento água que 
está normal, na dele, o que eu faço? Eu começo a tonificar o elemento água para 
quê? Para o elemento água conter, controlar o elemento fogo. 
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Então qual é a via de regra? Anota isso, isso é importantíssimo! Pega seu 
caderninho. Como eu falei na primeira aula: é importante que você tenha um 
caderno em mãos. Por mais que a gente tenha apostila, eu gosto que o aluno, ao 
assistir a aula, tenha sim um caderno de anotações do lado e vá fazendo as suas 
anotações. 
Então eu vou dar uma primeira regra a ser executada quando eu estou 
trabalhando com os 5 elementos. O que é? Anota! Então, primeiro, se eu tenho um 
quadro de deficiência em um elemento, o que eu vou fazer? Então vamos supor que 
a água está em deficiência: eu vou fazer uma tonificação do elemento pai e vou 
diminuir o elemento que controla, ok? Então ao aumentar a energia, se eu tenho 
uma deficiência em água, eu aumento a energia do metal, para gerar mais energia 
para chegar até a água, e está dormindo a água, ela precisa de controle? Não. 
Então o que eu faço? Eu vou gerar uma deficiência no elemento que controla esse 
elemento. Então eu acabo com o controle e aumento a geração. 
Então via de regra, anota aí: se eu tenho um elemento em deficiência, eu 
tonifico o elemento pai e sedo o elemento controle, ou seja, o avô. Anotou? Se não 
anotou, dá pausa, volta, não tem problema nenhum. Há essa vantagem de assistir 
gravado, tá?
Segunda regra qual é? Eu tenho um elemento... a gente estava usando o 
fogo, né? Então eu tenho um elemento fogo que está em excesso, quais são as 
regras para tratar o elemento em excesso? Primeiro, causar uma deficiência, causar 
uma sedação no próprio elemento. Ou diminuir a geração, para que eu possa 
diminuir o elemento. Ou eu aumento o controle e, ao aumentar o controle, eu gero 
uma deficiência no elemento. 
Então num quadro de excesso, eu sedo o elemento em excesso, eu vou 
sedar o elemento pai, o elemento de geração, e vou tonificar o elemento direto, 
certo? 
Se eu tenho um quadro de deficiência, o que eu vou fazer? Eu vou 
tonificar o elemento que está em deficiência, vou tonificar o elemento gerador e vou 
sedar o elemento que está no controle. Simples, regrinha super resumida: se eu 
tenho deficiência, eu gero tonificação no elemento que está deficiente, gero 
tonificação no elemento que gera energia para ele e sedo o controle. 
Então o elemento pai vai ser sempre diretamente proporcional e o 
elemento avô vai ser sempre inversamente proporcional. 
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E isso se aplica também na tonificação: então se eu tenho um excesso de 
fogo, o que eu fiz? Deficiência, causei uma sedação no fogo; causei uma sedação 
no elemento metal; e tonifiquei o elemento água. Quando eu tonifico o elemento 
água, ele ajuda a agrupar. 
Dessa forma, você tem como fazer um tratamento auricular. Beleza. Mas 
na hora do tratamento da auriculoterapia, tem um grande lance que é o seguinte: a 
tonificação e a sedação acontecem por estímulos diferentes e vai ter um momento 
em que a gente vai explicar um pouco melhor sobre isso. Mas, a princípio, a 
tonificação vem por um estímulo intermitente – a gente tem que apertar e soltar pelo 
menos de 10 a 12 vezes cada pontinho. Enquanto a sedação, a gente tem que 
apertar e segurar por 9 segundos. 
Se eu coloco exemplos de tonificação e de sedação na auriculoterapia 
numa mesma orelha... eu sei que tem até literaturas que vão falar isso, mas qual é a 
minha grande dica clínica? Gente, já vi até auriculoterapeuta confundir qual era o 
esparadrapo que tinha que tonificar, qual que tinha que sedar. Isso é muito difícil. 
Agora, imagina para o paciente que não vai até o espelho botar lá e falar: “nossa, 
esse aqui eu tenho que tonificar e esse aqui eu tenho que sedar”, ele não vai fazer 
isso, ele não vai lembrar disso. 
Então qual é a minha dica maior? Trabalhe simplesmente com o elemento 
e trabalhe com o gerador, esquece do controle. A não ser que você queira trabalhar 
só com controle, tá? Por quê? Porque o elemento e o gerador são diretamente 
proporcionais, ou seja, se o fogo está em excesso, eu preciso sedar o fogo e 
também sedar a madeira. Ou seja, eu já sei que eu vou fazer estímulos de sedação 
tanto num elemento, quanto no outro. Fica mais fácil para o paciente entender na 
hora que ele está aplicando no corpo dele. 
Porém, imagina que eu explique ao paciente: “olha, esses três pontos 
aqui de cima você tem que apertar e soltar, e esses pontos aqui embaixo você tem 
que apertar e manter”. Então isso é meio complexo para o paciente. Porém, se eu 
entender que eu não estou conseguindo ir no ponto do elemento, porque pode ser, 
vocês vão ver na prática clínica quando vocês começarem a realizar que tem 
pontos, que são os pontos patológicos do paciente, que ficam tão álgicos, tão 
álgicos, que o paciente não aguenta e ele simplesmente tira o esparadrapo, porque 
está doendo excessivamente. Nesse caso em que o paciente está com um quadro 
muito exacerbado e eu não estou conseguindo levar o estímulo de sedação ou de 
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tonificação diretamente na região, aí sim eu opto em trabalhar pelo elemento 
controle. 
Dos 5 elementos, é o que eu mais prefiro trabalhar na Medicina 
Tradicional Chinesa, ok? Então isso é mais ou menos o como trabalhar com os 5 
elementos. É importante que você veja, reveja essa aula, principalmente use o seu 
caderno, como no início eu peço para você, acho que você ainda não viu o primeiro 
vídeo, em que eu explico para você ter um caderno. Pegue um caderno, pegue umafolha rascunho, pegue um livro mais antigo, uma apostila mais antiga, e escreva isso 
tudo que eu estou falando. Vai botando na narrativa mais devagar, no mais rápido, o 
que fizer mais sentido para você, ok?
No próximo vídeo de 5 elementos, a gente vai falar um pouco mais de 
quê? Quem compõe os 5 elementos e quais são as características desses 5 
elementos propriamente ditos, ok?
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Aula 5. 5 Elementos - parte 2
Bom, gente, vamos lá. A gente vai falar um pouco mais sobre os 5 
elementos e agora quais são os elementos que compõe os 5 elementos, quais são 
os órgãos, as vísceras e tecidos, e o que eles afetam. 
Então, a princípio, a gente tem o seguinte: lá no elemento água, lá 
embaixo... lembra de pegar a apostila também e fazer sua anotação, isso é muito 
importante, tá? O elemento água, que fica lá embaixo, é dividido em dois: metade 
dele faz parte o rim e a outra metade, a bexiga. Sempre que houver um órgão, o 
órgão vai ser a porção Yin. A porção Yang vai ser a víscera. Ou seja, dentro do 
elemento água, a gente vai ter o rim como Yin e a bexiga como Yang. O que isso 
quer dizer? Quando eu for trabalhar o Yang da água, eu vou trabalhar através da 
bexiga; se eu for trabalhar o Yin da água, eu vou trabalhar através do rim. 
Então logicamente a gente vai ver também que existem outras visões, 
uma outra visão interessante que é chamada Visão do Zang Fu, que são órgãos e 
vísceras, as suas funções separadas, fora dos 5 elementos. 
Mas dentro dos 5 elementos, sempre que eu quiser, “nossa, o paciente 
está apresentando um quadro de Yang na água”: eu já sei que eu vou ter que 
trabalhar em cima da bexiga, ok? 
Então sempre que eu olhar para um órgão, uma víscera, eu vou ter: o 
órgão do elemento é a parte Yin e a parte Yang vai ser a víscera, ok?
Então vamos lá: na água eu tenho rim e bexiga; no elemento madeira eu 
vou ter o fígado e a vesícula, ou seja, o fígado é Yin e a vesícula é Yang; no 
elemento fogo, o que eu vou ter? O coração sendo o Yin e o intestino delgado sendo 
o Yang. De novo: no elemento fogo, o coração é o Yin, que é o órgão, e o intestino 
delgado vai ser o Yang.
Quando a gente parte para a terra: a terra a gente vai dividir em três, tá? 
Para a Medicina Chinesa, ela se divide em dois, mas a gente separa os órgãos e 
vísceras. Então a gente tem o baço/pâncreas, que é uma coisa só na Medicina 
Chinesa, como a parte Yin; porém, quando a gente vai para a orelha, não existe 
ponto baço/pâncreas, a gente vai ter que trabalhar sempre em conjunto o ponto do 
baço e do pâncreas se eu quiser trabalhar a parte Yin do elemento, ok? E o 
estômago é a parte Yang do elemento terra. 
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Já no metal: no metal eu vou ter o pulmão como a parte Yin e o intestino 
grosso como a parte Yang. 
E aí o que a gente tem que entender um pouco mais disso? Vamos 
rapidinho fazer uma revisão. Água: rim e bexiga, ou seja, Yin, rim, bexiga, Yang. No 
elemento madeira eu vou ter fígado, Yin, e vesícula biliar, Yang. No elemento fogo 
eu vou ter o coração como Yin e o intestino delgado como Yang. Eu vou ter no 
elemento terra o baço e o pâncreas como um elemento Yin e o estômago como 
elemento Yang. E no metal, eu vou ter o pulmão como um órgão Yin e o intestino 
grosso como um elemento Yang. 
Por que isso é importante de a gente saber? Bom, se você viu o vídeo 
anterior, a gente falou muito sobre o Ciclo de Geração e Ciclo de Controle. Então o 
que é importante é o seguinte: dentro do Ciclo de Geração e Ciclo de Controle, 
quem controla Yin é elemento Yin; quem controla Yang é elemento Yang. 
O que eu quero dizer com isso? Lembra que eu dei o resumo para vocês 
que é o seguinte: se o coração está em excesso, eu preciso sedar o coração, sedar 
o fígado e tonificar o rim. Tá, por quê? Porque todos eles são Yin, ok? 
Então se eu tenho uma lesão, por exemplo, no intestino grosso, lá no 
metal, intestino grosso é Yang. Se eu tenho uma deficiência, uma constipação, é 
uma deficiência no intestino grosso, eu vou ter que pegar o quê? Tonificar o intestino 
grosso, tonificar o estômago e sedar o intestino delgado. 
Então dessa forma é que eu tenho que pensar: sempre que eu pensar 
numa patologia de um órgão, eu vou pensar da mesma que a gente anotou na aula 
anterior, mas trocando elemento agora por órgão e víscera. 
Então vamos botar no Ciclo de Geração só os Yins: então o rim gera 
energia para o fígado, o fígado gera energia para o coração, o coração gera energia 
para o baço/pâncreas, o baço/pâncreas gera energia para o pulmão, que gera 
energia para o rim. Isso é chamado de Ciclo de Geração Yin, ok?
O que mais que a gente pode ter? O Ciclo de Geração Yang. O que seria 
o Ciclo de Geração Yang? Seria a bexiga gerando energia para vesícula biliar, que 
gera energia para o intestino delgado, que gera energia para o estômago, que gera 
energia para o intestino grosso, que volta a gerar energia para a bexiga. Isso é um 
Ciclo de Geração Yang. 
Vamos pensar agora no Controle, Controle Yin. Eu vou ter o rim 
controlando o coração... Lembra de fazer o pentagrama, fazer a estrelinha, tá? 
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Então eu tenho o rim controlando o coração, o coração controlando o pulmão, o 
pulmão controlando o fígado, o fígado controlando o baço/pâncreas e o 
baço/pâncreas controlando o rim. Ok? Isso seria o Ciclo de Controle Yin.
O que seria o Ciclo de Controle Yang? Começando pela água de novo: a 
bexiga controla o intestino delgado, o intestino delgado controla o intestino grosso, o 
intestino grosso controla a vesícula biliar, a vesícula biliar controla o estômago e o 
estômago controla a bexiga. E, dessa forma, a gente tem um Ciclo de Controle 
Yang. 
Então isso é importante você anotar. Vamos falar de forma mais rápida 
para gravar? Vamos lá. Rim controla o coração, coração controla o pulmão, o 
pulmão controla o fígado, o fígado controla o baço/pâncreas e o baço/pâncreas 
controla o rim, certo? Bom, dessa forma, a gente tem o controle chamado de 
Controle Yin. 
O que seria o Controle Yang? Bexiga controla o intestino delgado, o 
intestino delgado controla o intestino grosso, o intestino grosso controla a vesícula 
biliar, a vesícula biliar controla o estômago e o estômago controla o rim, ok? 
Dessa forma, a gente tem o controle Yin e o controle Yang acontecendo 
dentro dos 5 elementos. 
Então vamos começar a trabalhar com suposições e com aquela 
(ininteligível – 00:09:11) de excesso e deficiência. Vamos lá. A gente já falou muito 
sobre excesso de Yang, muito sobre excesso de Yin, já falamos bastante sobre os 5 
elementos, e é legal ver e rever as aulas, isso dá mais fundamento para a gente, 
mas é importante a gente entender da seguinte forma, vamos lá. 
Imagine o seguinte, um quadro muito comum, vamos supor que meu 
estômago não lida bem com salgado de rua e de repente eu estou com muita fome, 
não encontro um restaurante e de repente eu como uma coxinha com um 
refrigerante, porque eu estou necessitado. E aquilo, naquele momento, não vai me 
matar. Eu faço aquela ingestão, mas eu já sabia que o meu estômago não ia aceitar 
bem. O que acontece? Começa a haver calor no meu estômago, queimação, eu 
começo a ter vontade de vomitar, eu começo a arrotar, então eu começo a ter sinais 
de deficiência ou de excesso? Sinais de excesso, né? Parece que tem um dragão 
dentro do meu estômago. 
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Ou seja, se eu tenho um elemento, que é o elemento terra, mas é o 
estômago, ainda não é o baço/pâncreas, ou seja, é um elemento Yang, eu vou 
pensar no Ciclo de Geração e no Ciclo de Controle, todo Yang, ok? 
Então nesse quadro, um paciente que apresenta uma gastrite, uma 
gastrite aguda, ou agudizada, uma crônica agudizada, que aparecem sinais 
flogísticos, o paciente tem muita dor à palpação, muitas vezes até tem sangue, ele 
tem muita sensibilidade a alguns alimentos,

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