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Redação ENEM PPL: uso indiscriminado de tecnologias digitais

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Tema: O uso indiscriminado das tecnologias digitais por crianças 
Victoria Zambon Brondani – Turma Smart Riachuelo
Aristóteles, filósofo grego, defende a importância da moderação. Para tanto, ele trabalha com o ideal de virtudes, que são qualidades situadas entre o excesso e a falta, sendo que todo o extremo é danoso. Nesse sentido, o uso indiscriminado das tecnologias digitais de informação por crianças, caracteriza um descomedimento que, indiscutivelmente, deve ser combatido. Isso posto, convém analisar os prejuízos oferecidos pelas ferramentas tecnológicas e como superá-los.
De fato, a tecnologia, quando usada de maneira errônea, influencia negativamente na formulação intelectual das crianças. O filósofo John Locke afirma que a mente humana é uma tábula rasa, na qual, ao passar dos anos, consolidam-se seus conhecimentos acerca do mundo. Nessa perspectiva, o acesso ao aprendizado ocasionado pelo advento das tecnologias contribuí para a moldagem do pensamento das crianças que, guiadas pelo uso indevido, são limitadas a opiniões homogeneizadas, impedindo a capacidade de argumentação própria e, certamente, o desenvolvimento de ideias alternadas da conjuntura em que se encontra. Assim, é necessário que organizações sociais - como a escola e a família - fiscalizem o uso indisciplinado das tecnologias pelas crianças e conduzam a utilização benéfica.
Além dos impactos comportamentais negativos, a saúde física também é posta em risco pelo uso indiscriminado da tecnologia. Segundo o Ministério da Saúde, até 2025, o Brasil contará com 11,3 milhões de crianças com obesidade. Com efeito, esses números revelam os hábitos físicos que são impactados pelo excesso de tempo destinado ao uso das tecnologias de informação que, sem dúvida, impedem as crianças de possuírem uma vida ativa e um pleno funcionamento das atividades metabólicas, essenciais para o crescimento saudável. Desse modo, é imprescindível estimular práticas de lazer e atividade física em substituição ao uso de tecnologias.
O combate ao uso indiscriminado de tecnologias digitais de informação pelas crianças representam um desafio hodiernamente, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Educação, por intermédio dos eixos transversais ensino, com o auxílio de pedagogos e psicólogos, ministrar palestras e rodas de conversa nas salas de aula e comunidades em geral, destacando os cuidados necessários acerca do uso das tecnologias da informação e os possíveis impactos de seu excesso, com o fito de impulsionar a vigilância parental. Ademais, cabe a mídia, importante influenciadora na formação de opiniões, por meio de campanhas, suscitar o debate sobre o tema, a fim de que tal situação seja devidamente notada. Com essas medidas, a moderação defendida por Aristóteles será, gradativamente, concretizada.

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