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Fundamentos do Processo Educativo no Contexto Histórico-Filosófico 7 e 8

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Fundamentos do Processo Educativo no Contexto Histórico-Filosófico
Celio Luiz Cardoso
Tutor de Sala
Pedagogia VIII
2020
Educação para Emancipação: Teoria Crítica e kant
AULA 07
Teoria Crítica
A Teoria Crítica está ligada ao Instituto de Pesquisa Social, que surge em 1924 vinculado à Universidade de Frankfurt (Adorno, Horkheimer, Walter Benjamin, Habermas, Marcuse, ...).
Para a Teoria Crítica, a função da educação é auxiliar na formação das pessoas para inserir-se no mundo do trabalho e para atuar na prática social.
As características que envolvem a Educação evoluem seguindo as exigências sociais: linguagem, figura, som, escrita, relações com a natureza, com outras pessoas e com instituições (família, Estado, escola), ...
Toda ação humana é carregada de intenções, já realizadas ou por realizar (potencialidade).
Teoria Crítica
O trabalho transforma a natureza e ao mesmo tempo a maneira de pensar, agir e sentir. Pelo trabalho o homem produz sua própria Cultura.
Educação seria o processo de apropriação de conhecimentos, valores, adaptação de comportamentos necessários ao ser social.
O Trabalho faz a mediação entre homem e natureza. Envolve produção material e espiritual: Realização.
Aprendizado da Língua 
Apropriação da Produção Cultural 
Processo de constituição do Ser Social
Trabalho
Teoria Crítica
Mas no Modo de Produção Capitalista, a educação não cumpre sua função (nem poderá cumprir).
Isso porque ele envolve a desigualdade de classes sociais: a sociedade é desigual por natureza e baseada na exploração do homem sobre o homem.
Por isso, é importante uma leitura de que a realidade se apresenta de uma determinada maneira, tendo sido constituída ao longo do tempo por inúmeros “projetos de sociedade” (muitos deles desapareceram, sendo substituídos).
Existem traços e elementos que permanecem e vão se entrelaçando a novos: a Teoria Crítica busca enxergar tais elementos. 
Teoria Crítica
Olhar para a sociedade e pensar sobre suas potencialidades – na busca da realização humana – significa perceber, também, razões que impossibilitam a atualização de tais potencialidades, ou seja, se a sociedade pode alcançar novos graus de realização, por que não o faz?
O conceito que guia esta reflexão é o de emancipação, buscando encontrar meios de fazer o homem se libertar de forças sociais que o fazem menos do que poderia ser. 
Teoria Crítica
O que são condições emancipatórias? As possibilidades que a sociedade tem de fazer com que o homem se liberte de uma força opressora criada por ele mesmo, pelo seu modo de viver em sociedade. 
A opressão refere-se a uma força concreta que, por ser coletiva e assumida socialmente antes do próprio indivíduo, parece ser dotada de verdade.
Civilização: civilizado não é aquele que propaga determinados valores, de determinada sociedade, mas aquele que compreende a vivência comum como parte de si e que, assim, deve ser preservada na defesa de valores individuais.
Teoria Crítica
A educação deve criar novas possibilidades ao homem. 
O aprendizado (educação) deve ser pensado para que o individuo seja preparado para sua realização na vida coletiva – uma vivência que, ao invés da preservação da própria vida, objetivasse a conservação da vida comum.
O homem emancipado é aquele que faz uso de suas capacidades e qualidades, sendo legislador de si próprio.
Immanuel Kant
Kant (Alemanha, 1724 - 1804) rompeu com a dualidade Racionalismo X Empirismo e originou o Iluminismo (pensamento filosófico base da ciência e da educação contemporânea).
Apontava o conhecimento como posterior à experiência e discordava daqueles pensadores que acreditavam em ideias inatas. 
Defendia a existência de uma estrutura essencial para o conhecimento, o chamado “conhecimento a priori”.
Kant propunha que o conhecimento era fruto da interação (prática), entre sujeito e objeto: “o conhecimento provém tanto do raciocínio quanto da experiência e da consciência moral”. 
Immanuel Kant
Kant afirma que a observação, a experiência, são importantes para aquisição do conhecimento, porém, existe a necessidade de valorizar a inteligência, o raciocínio para construção de hipóteses, interpretação dos dados, resultados...
Kant destaca a importância do pensamento autônomo, aquele capaz de criticar e se posicionar sem a tutela de outros.
Com isso, houve uma transformação nas ideias filosóficas, refletindo em sua concepção de educação. Ele questionou o pensamento e o uso público da razão, apontando a liberdade como prioridade para chegar a um pensamento autônomo. 
Immanuel Kant
Para Kant, a escola deveria objetivar a emancipação das pessoas, por meio do Esclarecimento.
“Esclarecimento significa a saída do homem de sua menoridade, pela qual ele próprio é responsável. A menoridade é a incapacidade de se servir de seu próprio entendimento sem a tutela de um outro”.
Pode-se perceber a falta de esclarecimento quando não se tem um pensamento independente e isso é algo que está relacionado à falta de coragem do indivíduo ou, ainda, à preguiça intelectual.
Muitas pessoas permanecem na condição de “menores”, simplesmente porque é mais cômodo, uma vez que não carece de esforço. 
Immanuel Kant
Para Kant, uma boa escola pressupõe uma educação para o exercício pleno da liberdade, mas aponta como fim último a moralidade. 
O homem precisa tornar-se digno de sua humanidade e, ao conviver com outros homens em sociedade, deve moralizar-se por meio do uso da razão.
ESCLARECIMENTO
(Razão)
AUTONOMIA (Liberdade)
MORALIDADE (Ética)
Immanuel Kant
A educação está associada a um processo de moralização, pois o homem possui uma tendência animal a viver passivamente em seu conforto, em uma falsa sensação de felicidade.
A moralidade, então, não consiste naquilo que se faz, mas em como se faz. 
Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício.
Consciência (maior que a razão pura) e coletividade são condições indispensáveis da vida ética. 
Immanuel Kant
A própria busca por escolas que possam dar mais oportunidades de mercado ao estudante acaba por ser um filtro para a educação que, atualmente, também se transformou em mercadoria. 
Ao se posicionar por meio de modelos ideais, as instituições escolares acabam por se esquivar da meta maior da educação: a emancipação, a autonomia dos sujeitos.
Mas é difícil pensar a formação ética em meio a um contexto onde os seres humanos se relacionam melhor com as máquinas do que com seus semelhantes e numa atualidade caracterizada pela sua extrema necessidade de correr contra o tempo.
Educação Contemporânea: Bourdieu e Morin
AULA 08
Pierre Bourdieu
Pierre Bourdieu (França, 1930 – 2002) buscava compreender por que determinados grupos sociais conseguiam manter o seu domínio e, consequentemente, as desigualdades e injustiças tão vivas e visíveis na sociedade.
Para ele, a luta se dá no campo, que representa um espaço simbólico, no qual as lutas dos agentes determinam, validam, legitimam representações.
Assim, constroem o habitus, que são os valores e relações introjetadas pelos indivíduos, geralmente, de maneira inconsciente.
Pierre Bourdieu
A família e a escola são grandes agentes socializadores, responsáveis pelo gosto cultural e principais instituições produtoras e reprodutoras de habitus.
O habitus dos diferentes segmentos sociais geram um capital cultural específico capaz de arbitrar a vida dos sujeitos.
O indivíduo já traz em si a estrutura que foi assimilada das vivências realizadas no cotidiano, porém a escola não respeita isso. 
Esse modelo exclui do processo educacional os sujeitos que não se reconhecem na cultura dominante, pois tem capital cultural diferente do dominante.
Pierre Bourdieu
A escola, como instituição socializadora da sociedade capitalista, determinará qual o capital cultural deve ser valorizadoe desenvolvido nas novas gerações.
A escola se torna fonte de violência simbólica, pois desconsidera o capital cultural do aluno.
Os alunos são obrigados a deixar as suas culturas para uma incorporação dos saberes ditos como legítimos; padrões de comportamentos e condutas também estabelecidos, o que acarreta nessa violência simbólica
A consequência é a reprodução da cultura e do poder da classe dominante e a exclusão dos alunos “diferentes”: a escola acaba favorecendo só os sujeitos oriundos das classes sociais superiores. 
Edgard Morin
Edgard Morin (França, 1921 -) entende que a realidade é complexa. 
A proposta de Morin é a de que o conhecimento seja redefinido a partir de uma rearticulação de ideias que, ao longo do tempo, o homem vem separando. 
Vem se separando desses saberes pois essa é a condição da sociedade capitalista, que é extremamente racional e individualista; por isso, os saberes são compartimentados.
Todo este modo de entender e conceber a realidade, como conhecimento, acaba por desembocar nos processos educativos, pois a escola não apenas ensina um conteúdo, mas ensina o modo como o mundo deve ser visto.
Edgard Morin
Importância do conhecimento 
Ensinar conhecimento pertinente 
Ensinar a condição humana 
Ensinar a identidade terrena
Enfrentar as incertezas
Ensinar a compreensão
A ética do gênero humano

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