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www.editoraiLtda.com.br Compromisso com a manipulação magistral A primeira edição do livro “Guia de Boas Práticas de Manipulação em Farmácias” é o mais novo trabalho editorial da Anfarmag com os propósitos de: 1. Apoiar as farmácias no atendimento da exigência de possuir um manual próprio de procedimentos; 2. Atualizar o conhecimento do setor diante das publicações da RDC 67/2007 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária O Guia ou Manual de Boas Práticas é mundialmente conhecido. No Brasil é exigido através da norma acima citada. Para apoiar as farmácias nessa tarefa, a equipe técnica da entidade não mediu esforços para produzir um rico conjunto de orientações que visam o atendimento da legislação. Isto foi realizado por meio de pesquisas, literaturas e diversos outros meios ao alcance, indicando a seqüência que se deve seguir para elaborar ou alterar, no que couber, o manual da farmácia. Esta obra mostra em seu início quais itens são necessários para compor o Manual de Boas Práticas. Posteriormente descreve itens de forma sintética, prática e de alto nível técnico, bem como envolvem o Controle e Garantia da Qualidade. De toda forma, o conteúdo procura abordar vários aspectos para transmitir aos leitores noções consistentes, contemplando uma linguagem simples e de fácil entendimento. E o desafi o é o de abranger as diversas atividades desenvolvidas pelas farmácias de forma a garantir qualidade, segurança e efi cácia dos produtos e serviços. Não se deve pensar que com esta edição se esgota a matéria. A pretensão do atual Guia é o de se tornar uma ferramenta indispensável e da qual – na medida em que seja usada – possa estimular que cada usuário nos retorne com informações sobre seus pontos essenciais. O compartilhamento de tais dados será fundamental para que possamos aprimorá- lo permanentemente e ter subsídios concretos para discutir com a vigilância sanitária a compreensão e a interpretação de tais dispositivos. Por fi m, deve-se destacar que o Guia inspira-se e segue a linha do livreto “Manual de Recomendações para Aviamento de Formulações Magistrais”, que encantou todos os profi ssionais anos atrás e que serviu como apoio aos estudantes do curso de farmácia e aos farmacêuticos do setor magistral no dia-a-dia. Que o sucesso se renove. ANFARMAG Criada em 1986, a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), entidade sem fi ns lucrativos representa farmácias e profi ssionais farmacêuticos magistrais do país. Tem entre seus objetivos promover e defender os interesses do setor magistral e, sobretudo, da saúde pública do Brasil. A evolução do setor passa necessariamente pela aquisição e aperfeiçoamento de conhecimentos dos profi ssionais farmacêuticos, possibilitando o surgimento de novas tecnologias, disseminação de informações sobre insumos farmacêuticos, fórmulas e procedimentos que propiciam a qualidade e a cientifi cidade dos produtos magistrais. Este Guia se insere no contexto do conhecimento como ferramenta de apoio a Gestão da Qualidade. www.anfarmag.org.br anfarmag@anfarmag.org.br Rua Vergueiro, 1855 - 12º andar - Vila Mariana CEP 04101-000 São Paulo, Brasil Tel 55 11 2199-3499 - Fax 55 11 5572-0132 A N FA RM A G G U IA D E BO A S PR Á TI C A S D E M A N IP U LA Ç Ã O E M F A RM Á C IA 2ª E D IÇ Ã O capa_boas praticas-2ED.indd 1 17.02.12 11:21:09 GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE MAnIPULAÇÃO EM FARMÁCIAS 2ª edição / ano 2012 boas praticas-2ED.indd 3 20.02.12 14:35:05 Diretoria Nacional 2011-2013 Presidente: Ademir Valério da Silva 1º Vice-presidente: Hugo Guedes de Souza 2º Vice-presidente: Ivan da Gama Teixeira 3º Vice-presidente: Carlos Alberto Pinto Oliveira 1º Tesoureiro: Adolfo Moacir Cabral Filho 2º Tesoureiro: Marcos Antonio C. Oliveira 1ª Secretaria: Simone de Souza Aguiar 2º Secretario: Álvaro Favaro Junior Conselho Fiscal: Antonio Geraldo L. S. Junior Luiz Carlos Gomes Rejane Alves G. Ho�mann Agradecimentos à Diretoria Nacional 2007-2009 pela elaboração do Guia de Boas Práticas de Manipulação em Farmárcia Equipe Técnica na Elaboração: Gerente Assuntos Regulatórios - Maria Aparecida Ferreira Soares Gerência Controle de Qualidade: Hélio Martins Coordenadora Sinamm: Lucia Helena S. Gonzaga Coordenadora Serviço de Atendimento ao Associado - SAA: Daniela Caroline C. Veríssimo Farmacêutica SAA: Mercia de Freitas Eduardo Revisão e Apoio: Diretor Executivo Técnico: Vagner Miguel Diretoria Técnica: Lenir R. Yago Gomes; Alba Lívia Andrade Pereira Aprovado: Diretoria Nacional ANFARMAG Agradecimentos: Diretoria Executiva Administrativa, Diretoria de Comunicação e Márcia Lichtenstein de Moraes Diretor: Rogerio Rogick Capa: Suzana S Rossi - thanx’s image © ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Brasil. São Paulo. Guia de Boas Práticas de Manipulação em Farmácias - 72 págs. 1ª ed. 2008 – 2ª ed. 2012 FBN nº 476.330 1. Boas Práticas de Manipulação 2. Controle de Qualidade 3. Dispensação e Transporte 4. Garantia da Qualidade 5. Procedimentos Operacionais 6. Referências Fundação Biblioteca Nacional Registro do Guia de Boas Práticas de Manipulação em Farmácia na Biblioteca Nacional: Nº 476.330/2009 A Anfarmag possui direitos reservados de acordo com a Lei no 9.610, de 19/02/1998. Nenhuma parte pode ser reproduzida ou copiada por qualquer meio (eletrônico ou outro), sem expressa autorização por escrito da entidade. boas praticas-2ED.indd 4 20.02.12 14:35:05 PREFÁCIO Caros colegas, Expresso em nome de toda a diretoria a satisfação do dever cumprido ao fazer chegar às mãos de vocês este guia que orienta sobre a elaboração do Manual de Boas Práticas de Manipulação em Farmácias que o estabelecimento deve preparar para atendimento da RDC 67/2007. Trata-se de indispensável ferramenta de trabalho, que auxilia a farmácia a monitorar seus processos de forma segura e constante e está alinhada ao momento especial vivido pela atividade profissional que abraçamos. O conteúdo proposto nestas páginas é fruto da dedicação de nossa equipe técnica, que tem se desdobrado para trazer a cada um de nós, todos os dias, a orientação mais precisa sobre as normas do setor. E o desafio não foi cuidar apenas disso, mas fazer esta relevante obra se tornar realidade em meio a tantos projetos igualmente importantes, como o SINAMM, e com a responsabilidade de manter o alto grau de atendimento demandado pelo Serviço de Atendimento ao Associado e pelo alto padrão de trabalho e consciência da diretoria desta entidade em prover ferramentas que facilitem a gestão da qualidade pelas farmácias magistrais, tornando-as cada vez mais fortes e sólidas, possibilitando sua sustentabilidade técnica, econômica, social e política. Constrói-se assim uma cultura Anfarmag na qual cada colaborador da entidade substitui o cumprimento das obrigações pela disposição em trabalhar para atender o associado em novo patamar de excelência. Entre os integrantes do nosso time, fazemos menção especial à Dra. Maria Aparecida F. Soares, principal criadora desta obra e a quem devemos um de nossos maiores patrimônios atuais, que é entender a nossa atividade pela ótica da inspeção sanitária. Muitos dos avanços que tivemos devem- se à abnegação diária com a qual ela se dedica em nos conscientizar sobre o papel do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e como podemos crescer e nos desenvolver num ambiente fortemente regulado. Ademir Valério da Silva Presidente da Anfarmag “Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito. Hábito é a interseção entre conhecimento, a capacidade e a vontade”. (Aristóteles) boas praticas-2ED.indd 5 20.02.12 14:35:05 boas praticas-2ED.indd 6 20.02.12 14:35:05 ÍNDICE Introdução 1. Legislação para farmácias ................................................................................................................2. Definições ................................................................................................................................................... 3. O Que deve conter o Manual de Boas Práticas .................................................................. 4. Boas Práticas de Manipulação em Farmácia ....................................................................... 4.1. Estrutura Física 4.2. Recursos Humanos 4.3. Materiais, Equipamentos e Utensílios 4.4. Limpeza e Sanitização / Lavagem dos Uniformes 4.5. Controle Ambiental (temperatura e umidade) 4.6. Água na Farmácia de Manipulação 4.7. Recebimento e armazenamento de matéria-prima 4.8. Recebimento e armazenamento de material de embalagem 4.9. Quarentena 4.10. Amostragem de matéria-prima 4.11. Amostragem de água 4.12. Controle De Qualidade 4.12.1 Considerações Gerais 4.12.2 Farmacias que trabalham com o Anexo I (RDC Nº 67/07) 4.12.3 Farmacias que manipulam Substâncias de Baixo Índice Terapêutico (SBIT) Anexo II 4.12.4 Farmacias que manipulam horrmônios, citostáticos e antibióticos - Anexo III 4.12.5 Controle de qualidade de material de embalagem 4.12.6 Monitoramento do Processo Magistral 4.13 Armazenamento 4.14 Avaliação da prescrição 4.15 Registro da formulação e emissão da Ordem de Manipulação 4.16 Manipulação de sólidos 4.17 Manipulação de sólidos - Substâncias de Baixo Índice Terapêutico (Anexo II da RDC 67/07) 4.18 Manipulação de sólidos - hormônios, antibióticos e citostáticos 4.19 Manipulação de substâncias sujeitas a controle especial 4.19.1 Documentação 4.20 Manipulação de líquidos / semisólidos 4.21 Manipulação de estoque mínimo 4.22 Envase e rotulagem 4.23 Dispensação 4.24 Transporte de produtos manipulados 4.25 Auto- Inspeção 4.26 Qualificação de fornecedor 4.27 Sistema de Garantia de Qualidade 4.28 Programa de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde boas praticas-2ED.indd 7 20.02.12 14:35:05 4.29 PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 4.30 Controle Integrado de Pragas 4.31 Programa de Manutenção Periódica dos Equipamentos 4.32 Procedimentos Operacionais Padrão - POP 4.33 Registro das Atividades 5. Anexos ................................................................................................................................................................................... 5.1. Anexo I - Literatura nacional e internacional oficialmente reconhecida pela Anvisa 5.2. Anexo II - Fluxo de insumos, material de embalagem e prescrições para a manipulação de medicamentos 5.3. Anexo III - Fluxo de funcionários (colaboradores) 5.4. Anexo IV - Fluxo de insumos 5.5 Listas de substâncias utilizadas na manipulação 6. Referências Bibliográficas ......................................................................................................................................... boas praticas-2ED.indd 8 20.02.12 14:35:05 INTRODUÇÃO As Boas Práticas de Manipulação em Farmácias são um conjunto de proce di mentos e condutas que levam à “manipular de forma correta”, ou seja, manipular um produto com segurança e qualidade. As Boas Prá ticas de Manipulação são imprescindíveis, não somente para atender à legislação vigente, mas principalmente, para atender plenamente à necessidade do cliente-paciente, desde o atendimento no balcão até a constatação da eficácia, segurança e qualidade como um todo do produto por ele adquirido. Não basta à farmácia dizer que cumpre com as Boas Práticas de Ma ni pu- lação - há que documentar. A documentação inicia pela ela boração do Guia de Boas Práticas de Manipulação em Farmácias, onde a farmácia irá descrever todas as suas atividades e anexar outros documentos que venham a comprovar o cumprimento das Boas Prá ticas de Manipulação. Sendo assim, a Anfarmag elaborou este Guia como modelo de Manual de Boas Práticas de Manipulação, com o objetivo de recomendar às farmácias as condutas e procedimentos a serem realizados, para que venham cumprir com as mesmas, servindo também como base para a elaboração do seu próprio Manual de Boas Práticas, documento exigido pela atual Resolução RDC 67, 08 de outubro de 2007 ou outra norma que venha substituí-la. Como o Manual de Boas Práticas de Manipulação da farmácia de ve representar as atividades realizadas, é importante que cada esta be leci- mento elabore o seu Manual. O Guia de Boas Práticas de Manipulação da Anfarmag é um material orientativo e não substitui nenhuma norma vigente. boas praticas-2ED.indd 9 20.02.12 14:35:05 boas praticas-2ED.indd 10 20.02.12 14:35:05 1 LEGISLAÇÃO APLICADAPARA FARMÁCIAS A legislação a seguir e outras que as substituírem devem ser observadas pelos responsáveis das farmá cias no âmbito da aplicação das Boas Práticas. boas praticas-2ED.indd 11 20.02.12 14:35:05 boas praticas-2ED.indd 12 20.02.12 14:35:05 13GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM FARMÁCIAS LEGISLAÇÃO APLICADA PARA FARMÁCIAS Legislação Federal • Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. • Decreto nº 20.377, de 08/09/1931 - Aprova a regulamentação do exercício da profissão farmacêutica no Brasil. • Decreto nº 20.931, de 01/01/1932 - Regula e fiscaliza o exercício da medicina, da odontologia, da medicina veterinária e das profissões de farmacêutico, parteira e enfermeira, no Brasil, e estabelece penas. • Decreto nº 57.477, de 20 de dezembro de 1965 - Dispõe sobre manipulação, receituário, industrialização e venda de produtos utilizados em homeopatia e dá outras providências. • Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973 - Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. • Decreto nº 74.170, de 10 de junho de 1974 - Regulamenta a Lei N. 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos far ma- cêuticos e correlatos. • Lei nº 6360, 23 de Setembro de 1976 - DOU de 24/09/76 - Dispõe sobre a vigilância a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências. • Decreto nº 79.094, de 5 de Janeiro de 1977 - DOU de 05/01/77- Regulamenta a Lei no 6.360,de 23 de setembro de 1976, que submete a sistema de vigilância sanitária os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros. • Lei nº 6437, de 20 de Agosto de 1977 - DOU de 24/08/77 - Configura as infrações à legislação sanitária federal e estabelece as sanções respectivas. • Decreto nº 85.878, de 07 de abril de 1981 - Estabelece normas para execução de Lei nº 3.820, de 11 de novembro de 1960, sobre o exercício da profissão de farmacêutico, e dá outras providências. Lei da propriedade industrial • Lei nº 9.279, de 14 de Maio de 1996 - Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) • Portaria nº 40, de 13 de janeiro de 1998 - Regulamento que estabelece normas para níveis de dosagens diárias de vitaminas e minerais em medicamentos. • Portaria SVS/MS n.º 344, de 12 de maio de 1998 - DOU de 31/05/1999 (republicação) - Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. • Portaria nº 802 de 8 de outubro de 1998. Instituir o Sistema de Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos. • Portaria SVS/MS n.º 6, de 29 de janeiro de 1999 - DOU de 1/02/1999 - Aprova a Instrução Normativa da Portaria SVS/MS n.º 344, de 12 de maio de 1998 que instituiu o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. • Resolução nº 328, de 22 de julho de 1999 - Dispõe sobre requisitos exigidos para a dispensação de produtos de interesse à saúde em farmáciase drogarias. • Resolução RDC nº 96, de 17 de dezembro de 2008 -DOU nº 246, de 18 de dezembro de 2008, Seção 1, páginas 102 a 105 - Dispõe sobre a propaganda, publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo seja a divulgação ou promoção comercial de medicamentos. • Resolução RDC nº 186, de 27 de julho de 2004 - DOU de 28/07/2004 - Dispõe sobre a notificação de drogas ou insumos farmacêuticos com desvios de qualidade comprovados pelas empresas fabricantes de medicamentos, importadoras, fracionadoras, distribuidoras e farmácias. • Resolução RDC nº 306, 7 de dezembro de 2004 - DOU de 10/12/2004 - Aprova o Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, Anexo a esta resolução, a ser observado em boas praticas-2ED.indd 13 20.02.12 14:35:05 14 todo território nacional, na área pública ou privada. • Resolução RDC nº 111, de 29 de abril de 2005 - DOU 29/05/2005 - Aprova, na conformidade do ane xo 1, as instruções para utilização da lista das Denominações Comuns Brasileiras (DCB 2003) para substâncias farmacêuticas. • Resolução RDC nº 36, de 3 de agosto de 2011-DOU nº 150, de 5 de agosto de 2011, Seção 1, páginas de 113 a117 - Dispõe sobre a atualização do Anexo I, Listas de Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle Especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998 e dá outras providências. • Resolução RDC nº 17, de 24 de fevereiro de 2000 - Dispõe sobre o registro de medicamentos fito te- rápicos. • Resolução RDC nº 222, de 28 de de dezembro de 2006 - DOU de 29/12/2006, Seção 1- Dispõe sobre os procedimentos de petição e arrecadação eletrônica no âmbito da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e de suas Coordenações Estaduais e Municipais de Vigilância Sanitária e dá outras providências. • Resolução RDC nº 8, de 14 de fevereiro de 2007 - Dispõe, em caráter excepcional, do parcelamento de débitos originários da taxa de fiscalização de vigilância sanitária, referentes à Renovação da Autorização de Funcionamento Comum e Especial, até 31 de dezembro de 2006, e altera o artigo 4º da RDC 240/2003. • Resolução RDC nº 67, de 8 de outubro de 2007 - Dispõe sobre as Boas Praticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. • Resolução RDC nº 13, de 19/03/2009 – DOU nº 54, Seção 1, página 36 - Altera a Portaria SVS/MS nº 344/98* no envio do BSPO. • Resolução RDC nº 20, de 6 de maio de 2011- DOU nº 87, de 09 de maio de 2011, p. 39 a 41.- que dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição médica, isoladas ou em associação. • Resolução RDC nº 25, de 16 de junho de 2011 - DOU nº 117, de 20/06/2011, Seção 1, p. 104 e 105 - Dispõe sobre os procedimentos gerais para utilização dos serviços de protocolo de documentos no âmbito da Anvisa. • Resolução RDC nº 49, de 23 de novembro de 2010 – DOU - Nº 224, 24/11/2010 - Aprova a Farmacopéia Brasileira, 5ª edição e dá outras providências. • Resolução RDC nº 39, de 02 de setembro de 2011 – DOU de 06 /09/2011 – Aprova da Farmacopéia Brasileira Homeopática, 3ª edição e dá outras providências. • Resolução RDC nº 67, de 13 de novembro de 2011 – DOU nº 239, de 14 de dezembro de 2011, Seção 1, p.52 – Aprova o Formulário Nacional da Farmacopéia Brasileira, segunda edição e dá outras providências. Proibições pela ANVISA • Resolução RE nº 529, de 17 de abril de 2001 - Determina advertência nos rótulos de medicamentos à base de Ácido Acetil Salicílico de uso pediátrico. • Resolução RE nº 528, de 17 de abril de 2001 - DOU de 18/04/2001 - Determina a proibição do uso e comercialização de produtos derivados de mercúrio. • Resolução RE nº 526, de 17 de abril de 2001 - Proíbe, como medida de interesse sanitário, a fabricação, a distribuição, a comercialização/venda e a dispensação dos produtos que contenham em sua fórmula, isolada ou associada, a substância ASTEMIZOL e seus sais. • Resolução nº RE 530, de 17 de abril de 2001- DOU de 08/06/2001 - Cancela os registros dos medi ca- mentos à base de CISAPRIDA, na conformidade da relação anexa e dá outras providências. • Resolução nº 543 de 19 de abril de 2001 - DOU de 20/04/2001- Determina a imediata proibição do ETANOL na composição dos referidos medicamentos, fabricados a partir desta data. • Resolução RE nº 552, de 20 de abril de 2001- DOU de 30/4/2001 - Determina a proibição da presença do acido bórico e o borax na composição de produtos anti-sépticos tópicos, na forma de pomadas, talcos e cremes, indicados para uso infantil, fabricados a partir desta data. • Resolução RDC nº 277, de 22 de outubro de 2002 - DOU de 23/10/2002 - Amplia a proibição contida boas praticas-2ED.indd 14 20.02.12 14:35:05 15GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM FARMÁCIAS no art. 1º da RE nº 552, de 20 de abril de 2001, a todas as formas farmacêuticas de medicamentos anti-sépticos de uso tópico indicados para uso infantil. • Resolução RDC nº 111, de 29 de abril de 2005 - DOU de 16/5/2005 - Aprova na forma do Anexo I, as instruções para utilização da lista das DCBs e, na forma do Anexo II, a lista das DCBs 2004 para substâncias farmacêuticas. Conselho Federal de Farmácia • Resolução nº 417, de 29 de setembro de 2004 - Aprova o Código de Ética da Profissão Farma- cêu tica. • Resolução nº 357, de 20 de abril 2001 - Aprova o Regulamento Técnico das Boas Práticas de Far má cia. • Resolução nº 461, de 02 de maio de 2007 - Dispõe sobre as infrações e sanções éticas e disciplinares apli cáveis aos farmacêuticos. • Resolução nº 467 de 28 de novembro de 2007 - Define, regulamenta e estabelece as atribuições e competências do farmacêutico na manipulação de medicamentos e de outros produtos farma- cêuticos. • Resolução CFF nº 542, de 19 de janeiro de 2011 – DOU de 28/01/ 2011, Seção 1, p. 237.- Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico na dispensação e controle de antimicrobianos. • Resolução nº 556, de 1º de dezembro de 2011-DOU nº 240, de 15 de dezembro de 2011, Seção 1, p. 236 – Dispõe sobre a direção técnica ou responsabilidade técnica de empresas e / ou estabelecimentos que dispensem, comercializem, fornecem e distribuem produtos farmacêuticos, cosméticos e produtos para a saúde. Polícia Federal Produtos químicos • Portaria nº 1274 do Ministério da Justiça - revoga a de nº 169 de 21 de fevereiro de 2003, redefinindo os produtos químicos a serem controlados, bem como estabelecendo outras providências, conforme previsto no art. 2º da Lei 10.357, de 27 de dezembro de 2001. Ministério de Exército • Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000 - DOU 21/11/2000 - Dá nova redação ao Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R - 105). Ministério da Agricultura • Instrução Normativa nº11, de 2 de junho de 2005 - DOU nº 110, Seção 1, p. 27 a 33 - Aprova o “Re gulamento Técnico para Estabelecimentos que Manipulam Produtos de Uso Veterinário; o Re gu - lamento Boas Praticas Manipulação de Produtos Veterinários; Regulamento de Boas Práticas de Ma- nipulação Produtos Veterinários Estéreis e Roteiro de Inspeção. • Instrução Normativa nº 36, de 2003 – DOU nº 110, Seção 1, p. 27 a 33 - Institui a Lista de substâncias sujeitas ao Controle Especial. ANFARMAG - Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais • Código de Ética da Anfarmag. Links Importantes www.anvisa.gov.br ; www.anfarmag.org.br ; http://www.anvisa.gov.br/farmacopeiabrasileira/index.htm http://www.anvisa.gov.br/farmacopeiabrasileira/formulario_nacional.htm http://www.anvisa.gov.br/farmacopeiabrasileira/conteudo/3a_edicao.pdf boas praticas-2ED.indd 15 20.02.12 14:35:06 boas praticas-2ED.indd 16 20.02.12 14:35:06 2 DEFInIÇõES A Anfarmag orienta as farmácias para informar em seu Manual as definições que se apliquem em suas atividades. Neste Guia foram escolhidas as principais para elucidação e são as que constam do ANEXO da Resolução RDC nº 67, de 08 de outubro de 2007. boaspraticas-2ED.indd 17 20.02.12 14:35:06 boas praticas-2ED.indd 18 20.02.12 14:35:06 19GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM FARMÁCIAS DEFINIÇõES • Água purificada: é aquela que atende às especificações farmacopéicas para este tipo de água. • Ambiente: espaço fisicamente determinado e especializado para o desenvolvimento de deter mi- na da(s) atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas. Um ambiente pode se constituir de uma sala ou de uma área. • Antecâmara: espaço fechado com duas ou mais portas, interposto entre duas ou mais áreas, com o objetivo de controlar o fluxo de ar entre ambas, quando precisarem ser adentradas. • Área: ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de uma das faces. • Área de dispensação: área de atendimento ao usuário destinada especificamente para a entrega dos produtos e orientação farmacêutica. • Assistência farmacêutica: conjunto de ações e serviços relacionadas com o medicamento, des- ti na das a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a ava liação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos. • Atenção farmacêutica: é um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da As- sistência Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, com- pro missos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde. • Base galênica: preparação composta de uma ou mais matérias-primas, com fórmula definida, destinada a ser utilizada como veículo/excipiente de preparações farmacêuticas. • Boas Práticas de Manipulação em Farmácias (BPMF): conjunto de medidas que visam assegurar que os produtos manipulados sejam consistentemente manipulados e controlados, com padrões de qualidade apropriados para o uso pretendido e requerido na prescrição. • Calibração: conjunto de operações que estabelecem, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de medição, sistema ou valores apresentados por um material de medida, comparados àqueles obtidos com um padrão de referência correspondente. • Contaminação cruzada: contaminação de determinada matéria-prima, produto intermediário ou pro duto acabado com outra matéria-prima ou produto, durante o processo de manipulação. • Controle de qualidade: conjunto de operações (programação, coordenação e execução) com o ob jetivo de verificar a conformidade das matérias primas, materiais de embalagem e do produto acabado, com as especificações estabelecidas. • Controle em processo: verificações realizadas durante a manipulação de forma a assegurar que o pro duto esteja em conformidade com as suas especificações. • Data de validade: data impressa no recipiente ou no rótulo do produto, informando o tempo du ran- te o qual se espera que o mesmo mantenha as especificações estabelecidas, desde que estocado nas condições recomendadas. • Desvio de qualidade: não atendimento dos parâmetros de qualidade estabelecidos para um pro duto ou processo. • Dispensação: ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos, insumos farma cêu ticos e correlatos, a título remunerado ou não. • Droga: substância ou matéria-prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária. boas praticas-2ED.indd 19 20.02.12 14:35:06 20 • Embalagem primária: Acondicionamento que está em contato direto com o produto e que pode se constituir em recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de proteção, removível ou não, destinado a envasar ou manter, cobrir ou empacotar matérias primas, produtos semi-elaborados ou produtos acabados. • Embalagem secundária: a que protege a embalagem primária para o transporte, armazenamento, distribuição e dispensação. • Equipamentos de proteção individual (EPI’s): equipamentos ou vestimentas apropriadas para pro- te ção das mãos (luvas), dos olhos (óculos), da cabeça (toucas), do corpo (aventais com mangas longas), dos pés (sapatos próprios para a atividade ou protetores de calçados) e respiratória (máscaras). • Farmácia: estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de dro- gas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica. • Garantia da Qualidade: esforço organizado e documentado dentro de uma empresa no sentido de assegurar as características do produto, de modo que cada unidade do mesmo esteja de acordo com suas especificações. • Insumo: Matéria-prima e materiais de embalagem empregados na manipulação e acondicionamento de preparações magistrais e oficinais. • Insumo inerte: substância complementar, de natureza definida, desprovida de propriedades far ma- cológicas ou terapêuticas, nas concentrações utilizadas, e empregada como veículo ou excipiente, na composição do produto final. • Local: espaço fisicamente definido dentro de uma área ou sala para o desenvolvimento de de ter- minada atividade. • Lote ou partida: quantidade definida de matéria prima, material de embalagem ou produto, obti dos em um único processo, cuja característica essencial é a homogeneidade. • Manipulação: conjunto de operações farmacotécnicas, com a finalidade de elaborar preparações magistrais e oficinais e fracionar especialidades farmacêuticas para uso humano. • Material de embalagem: recipientes, rótulos e caixas para acondicionamento das preparações ma - nipuladas. • Matéria-prima: substância ativa ou inativa com especificação definida, que se emprega na pre paração dos medicamentos e demais produtos. • Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade pro filática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. • Ordem de Manipulação (OM): documento destinado a acompanhar todas as etapas de mani pu- lação. • Perfil de dissolução: representação gráfica ou numérica de vários pontos resultantes da quan ti ficação do fármaco, ou componente de interesse, em períodos determinados, associado à desintegração dos elementos constituintes de um medicamento ou produto, em um meio definido e em condições específicas. • Prazo de validade: período de tempo durante o qual o produto se mantém dentro dos limites es- pecificados de pureza, qualidade e identidade, na embalagem adotada e estocado nas condições recomendadas no rótulo. • Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia, a partir de uma prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar. • Preparação oficinal: é aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja inscrita no Formulário Na- cional ou em Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA. • Procedimento Operacional Padrão (POP): descrição pormenorizada de técnicas e operações a serem utilizadas na farmácia, visando proteger e garantir a preservação da qualidade das preparações manipuladas e a segurança dos manipuladores. • Produto de higiene: produto para uso externo, anti-séptico ou não, destinado ao asseio ou à de sin- fecção corporal, compreendendo os sabonetes, xampus, dentifrícios, enxaguatóriosbucais, an ti pers- pirantes, desodorantes, produtos para barbear e após o barbear e outros. boas praticas-2ED.indd 20 20.02.12 14:35:06 21GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM FARMÁCIAS • Quarentena: retenção temporária de insumos, preparações básicas ou preparações manipuladas, isolados fisicamente ou por outros meios que impeçam a sua utilização, enquanto esperam decisão quanto à sua liberação ou rejeição. • Rastreamento: é o conjunto de informações que permite o acompanhamento e revisão de todo o processo da preparação manipulada. • Reanálise: análise realizada em matéria-prima previamente analisada e aprovada, para confirmar a manutenção das especificações estabelecidas pelo fabricante, dentro do seu prazo de validade. • Rótulo: identificação impressa ou litografada, bem como os dizeres pintados ou gravados a fogo, pres são ou decalco, aplicado diretamente sobre a embalagem primária e secundária do produto. • Sala: ambiente envolto por paredes em todo seu perímetro e com porta(s). • Sala de manipulação: sala destinada à manipulação de fórmulas. • Sala de paramentação: sala de colocação de EPI’s que serve de barreira física para o acesso às salas de manipulação. • Saneante domissanitário: substância ou preparação destinada à higienização, desinfecção ou de sin- festação de ambientes e superfícies. • Substância de baixo índice terapêutico: é aquela que apresenta estreita margem de segurança, cu ja dose terapêutica é próxima da tóxica. • Utensílio: objeto que serve de meio ou instrumento para as operações da manipulação far ma cêu tica. • Validação: ato documentado que ateste que qualquer procedimento, processo, material, atividade ou sistema esteja realmente conduzindo aos resultados esperados. • Verificação: operação documentada para avaliar o desempenho de um instrumento, comparando um parâmetro com determinado padrão. • Vestiário: área para guarda de pertences pessoais, troca e colocação de uniformes. boas praticas-2ED.indd 21 20.02.12 14:35:06 boas praticas-2ED.indd 22 20.02.12 14:35:06 3 OQUEDEVE COnTEROMAnUAL DEBOASPRÁTICAS O Manual das Boas Práticas de Manipulação deve ser elaborado contemplando as atividades que a farmácia executa, porém, os detalhamentos devem estar descritos nos Procedimentos Ope ra cionais. boas praticas-2ED.indd 23 20.02.12 14:35:06 boas praticas-2ED.indd 24 20.02.12 14:35:06 25GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM FARMÁCIAS O QUE DEVE CONTER O MANUAL DE BOAS PRÁTICAS 3.1. Dados da Empresa Este item deverá conter os dados da empresa, tais como: razão social, nome de fantasia, endereço com pleto, etc. bem como os dados do responsável técnico. Sugerimos que as farmácias identifiquem seu Manual com no mínimo os seguintes itens: • Razão Social • Endereço • Responsável Técnico (Nome/ formação) e Número do Registro no Conselho Profissional ou Número do Documento de Identificação (RG ou CPF) • Licença de Funcionamento ou Alvará sanitário (órgão emissor, nº e prazo de validade) • Horário de funcionamento da empresa • Lista de produtos manipulados 3.2 Instalações 3.2.1. Descrição da área física Este item deverá descrever detalhadamente todas as dependências do estabelecimento, espe cifi can- do tipo de revestimentos de pisos, paredes e forro, condições de iluminação e ventilação, fontes de abastecimento de água, sistema de esgotamento sanitário, etc. Deverá possuir cópia do layout e planta física da empresa, com metragem e especificação das áreas. Dados sobre a localização deverão estar contidos no Manual de Boas Práticas da farmácia, tais como: • Condições das áreas circunvizinhas da empresa e vias de acesso externos • Condições de salubridade • Condições urbanas • Outros 3.3. Recursos Humanos Este item deverá citar o procedimento adotado na admissão dos funcionários, o número total de fun- cio nários, os cargos e atribuições, a capacitação mínima (qualificação), número de funcionários de cada área de manipulação. Possuir Organograma e Fluxos de funcionários e de insumos. Um modelo de fluxo de insumos e fun- cio nários está no Anexo deste Guia. Aspectos sobre conduta adequada, higiene, saúde, uso de EPI’s deverão ser abordados. 3.4. Descrição das atividades desenvolvidas Deverá ser discriminada detalhadamente as atividades desenvolvidas pela empresa. 3.5. Descrição dos equipamentos, materiais e utensílios utilizados nos processos. Deverá constar a relação dos equipamentos, materiais e utensílios utilizados nas atividades da empresa. 3.6. Limpeza e sanitização /Lavagem dos uniformes Este item deverá apresentar os produtos e a técnica utilizados nos procedimentos de limpeza e de sin- fecção da área física, bancadas, equipamentos, instrumentais e utensílios, bem como sua pe riodicidade, além de descrever o procedimento para lavagem dos uniformes. 3.7. Controle ambiental de temperatura e umidade Deve existir um controle ambiental para os parâmetros temperatura e umidade e deve estar escla re cido boas praticas-2ED.indd 25 20.02.12 14:35:06 26 como o mesmo é realizado (presença de termo-higrômetros em todos os laboratórios, veri fi cação duas vezes ao dia, entre outros). 3.8. Água na farmácia de manipulação • Informar o tipo de abastecimento da água potável, onde é armazenada • Número de reservatórios, estado de conservação de reservatórios existentes, capacidade de cada um • A periodicidade da lavagem dos reservatórios e a descrição do método de higienizaçao da caixa de água, contendo inclusive tabelas de diluição de produto desinfetante e registros de verificação de ocorrências • Controle da potabilidade de água e indicação de onde estão arquivados os documentos com pro batórios de controles de higienizaçao das caixas de água e análises laboratoriais da água • Se for usada água não potável, indicar a finalidade e uso e a identificação das tubulações • Informar o equipamento utilizado para a purificação da água (descrever marca, modelo, número de série, se houver) • Realização da higienização do sistema (como é feita, periodicidade, substância utilizada, etc). De ve rá possuir Procedimento Operacional Padrão para a higienização do sistema de purificação de água. • Como essa água é armazenada (por quanto tempo, qual o recipiente, periodicidade da higienização deste recipiente, como é higienizado, etc) • Citar como é feito o Controle de Qualidade desta água (empresa terceirizada, periodicidade, etc) • Outros itens que a farmácia achar pertinente 3.9. Recebimento de matéria-prima e material de embalagem Descrever a atividade do recebimento de matéria-prima e material de embalagem. 3.10. Quarentena Descrever sobre a permanência da matéria-prima e material de embalagem em quarentena, exis tên cia de um local para isto, identificação dos mesmos com etiqueta de “Quarentena” (incluir modelo de etiqueta). 3.11. Amostragem de insumos para Controle de Qualidade e Monitoramento do Processo Informar no Procedimento Operacional onde deve citar a realização de amostragem de insumos para análises. 3.12. Amostragem de água para Controle de Qualidade Possuir Procedimento Operacional onde deve citar a realização de amostragem de água para análises. 3.13. Controle de Qualidade Descrever sobre a realização de Controle de Qualidade de matéria-prima, água, produto acabado e bases galênicas pela farmácia e/ou laboratório terceirizado, emissão de Certificados de Análise pela farmácia, arquivamento de Certificados (do fornecedor, da farmácia e do laboratório terceirizado), acom- panhamento e avaliação dos resultados das análises terceirizadas, elaboração de fichas de especificação de matéria-prima. 3.14. Monitoramento do processo Descrever sobre a realização do Monitoramento do Processo. 3.15. Armazenamento Quais as regras de armazenamento são adotados para as matérias-primas recebidas. Onde são ar ma- zenados os produtos químicos e tóxicos, material de limpeza e outros materiais. boas praticas-2ED.indd 26 20.02.12 14:35:06 27GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃOEM FARMÁCIAS 3.16. Avaliação da prescrição Relatar os critérios adotados pelo farmacêutico para a avaliação da prescrição antes de seu avia mento, com destaque para as Notificações de Receitas e Receitas que contenham substâncias sujei tas ao con- tro le especial. 3.17. Registro da formulação e emissão da Ordem de Manipulação Citar como é feito o registro das formulações (software utilizado), como é emitida a Ordem de Mani pu- lação, dados apresentados na mesma, entre outros. 3.18. Manipulação de sólidos Abordar todos os aspectos relacionados à pesagem (verificação da balança antes da pesagem, do sis- te ma de exaustão, do método utilizado na pesagem, dos utensílios utilizados, da realização de dupla checagem na pesagem), trituração (utensílios utilizados), tamisação (utensílios utilizados), utilização de excipientes padronizados pela farmácia, homogeneização (como é feita), encapsulação, escolha do tamanho da cápsula, procedimento para evitar contaminação cruzada entre uma formulação e outra e o que mais a farmácia achar pertinente. 3.19. Manipulação de sólidos - Substâncias de Baixo Índice Terapêutico (SBIT) Abordar aspectos de manipulação de sólidos em geral e aspectos específicos exigidos para a mani pu- lação de SBIT. 3.20. Manipulação de sólidos - Hormônios, citostáticos e antibióticos Abordar aspectos de manipulação de sólidos em geral e aspectos específicos exigidos para a mani pu- lação dessas substâncias. 3.21. Manipulação de sólidos - Substâncias sujeitas a controle especial Abordar aspectos de manipulação e o acesso ao SNGPC, realização do BSPO, envio das relações Men- sais, etc. 3.22. Manipulação de líquidos/semi-sólidos Abordar todos os aspectos relacionados à manipulação desses produtos (utensílios separados para uso interno e externo, pesagem, trituração e levigação dos pós, entre outros). 3.23. Manipulação de estoque mínimo Abordar aspectos sobre rotulagem, controle de qualidade, entre outros, para a manipulação de estoque mínimo. 3.24. Envase e rotulagem Relatar procedimentos adotados para o envase e rotulagem, se há local específico para a reali za ção destes procedimentos, citar dados presentes nos rótulos das preparações, cuidados com ar mazenamento e utilização dos rótulos. 3.25. Dispensação Relatar procedimentos adotados na dispensação dos produtos. 3.26. Transporte de produtos manipulados Abordar como é feito o transporte (moto-boy ou empresa contratada), procedimento de higienização boas praticas-2ED.indd 27 20.02.12 14:35:06 28 do baú da moto ou do caminhão, condições de temperatura e umidade durante a entrega, entre ou tros. 3.27. Auto-inspeção Estabelecer programação para a realização da auto-inspeção periódica, seguindo roteiro pré-defi nido. 3.28. Qualificação do fornecedor Descrever sobre a realização do processo de qualificação do fornecedor. 3.29. Sistema da Garantia da Qualidade A farmácia deve possuir um Sistema de Garantia da Qualidade (SGQ) que incorpore as Boas Práticas de Manipulação em Farmácias (BPMF), totalmente documentado e monitorado. Abordar sobre a existência de um Sistema de Garantia da Qualidade na farmácia, documentações e procedimentos relacionados. 3.30. Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS Este item deverá descrever o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde nas etapas de gera ção, separação, acondicionamento, armazenamento (interno e externo, se houver), transporte e destino fi nal de acordo com as Resoluções nº 358/05 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e 306/06 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Caso o destino final se dê através de empresa contratada, anexar cópia do contrato e Licença Ambiental de Operação (LAO) emitida pelo órgão competente. 3.31. Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional Descrever dados da empresa que realiza o PCMSO, exames realizados, periodicidade, entre outros. 3.32. Controle Integrado de Vetores e Pragas Descrever quais as medidas preventivas para não permitir a entrada de pragas no ambiente da empresa; onde estão instaladas barreiras físicas; Se usa processo químico e qual o procedimento adotado Informar a existência de monitoramento, preenchimento e arquivo de relatórios sobre as atividades de controle de praga. Qual a freqüência e onde estão arquivados os registros 3.33. Programa de Manutenção preventiva, calibração e verificação dos equipamentos Como são feitas as manutenções preventivas, calibrações e verificações de equipamentos e onde estão ar qui vados os controles de registros dessas manutenções. 3.34. Procedimentos Operacionais Padrão - POP Informar a existência de procedimento para todas as operações de manipulação, controle de quali- da de e demais operações relacionadas ao cumprimento das BPMF. Definir e descrever a localização e disponibilidade dos POP´s. 3.35. Registro das atividades O farmacêutico deve definir os registros que serão próprios para o estabelecimento e informar a existência de formulários que serão utilizados e sua localização quando arquivados. boas praticas-2ED.indd 28 20.02.12 14:35:06 4 BOASPRÁTICAS DEMAnIPULAÇÃO EMFARMÁCIA boas praticas-2ED.indd 29 20.02.12 14:35:06 boas praticas-2ED.indd 30 20.02.12 14:35:06 31GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM FARMÁCIAS BOAS PRÁTICAS DEMANIPULAÇÃO EM FARMÁCIA 4.1. Estrutura Física Adequada com as exigências contidas na RDC 67/07, porém podem perfeitamente ser aplicadas as de mais normas vigentes ou outras que venham a substituí-las. Sanitários Feminino e Masculino Vestiário Onde será efetuada a troca da roupa “suja” por uniforme e calçados exclusivos. Possui armário para guarda de pertences dos funcionários. Sala de paramentação Deve ter barreira “área suja” e “área limpa”. Colocação de EPI’s e lavagem das mãos e antebraços com sabonete antisséptico. Secagem asséptica das mãos e antebraços. Área ou local segregado para Quarentena Para armazenar temporariamente a matéria-prima ou material de embalagem, antes que estes passem pelo Controle de Qualidade. Nesta etapa, não podem ser utilizados e devem ser identificados. Área ou local segregado para a guarda de produtos vencidos, reprovados ou para devolução Todos os produtos nestas condições devem estar devidamente identificados e separados dos demais, de forma a impossibilitar a sua utilização. Área ou sala de armazenamento (almoxarifado) Armazenar matéria-prima e material de embalagem. Manter limpa, seca e em temperatura e umidade compatíveis com os produtos armazenados. Estas condições de temperatura e umidade devem ser definidas, monitoradas e registradas. Área ou sala de Controle de Qualidade Realização das atividades de Controle de Qualidade. Salas ou locais para pesagem Pesagem de matérias-primas (atenção para diferentes classes de medicamentos). Deve possuir sistema de exaustão. Salas de manipulação Encapsulação, manipulação propriamente dita (atenção para diferentes classes de medicamentos). Área ou local para lavagem de utensílios e materiais de embalagem Área específica para lavagem de materiais. Poderá ser dentro do laboratório de manipulação (exceto na área de sólidos), desde que seja estabelecido um horário para lavagem que não coincida com a manipulação. Área de dispensação Área destinada à dispensação de medicamentos, prestação de assistência farmacêutica, guarda de produtos acabados à espera da dispensação. Depósito de material de limpeza Local destinado à guarda segregada dos materiais de limpeza Área ou local segregado para a guarda de resíduos Local destinado à guarda segregada e temporária dos resíduos produzidos na farmácia, com dispositivo que permita a separação por classe de resíduo Verificar condições de armazenamento específicas para cada classe de substância no item “Armazenamento” boas praticas-2ED.indd 31 20.02.12 14:35:06 32 CONSIDERAÇõES IMPORTANTES Verifique sempre: • Os ambientes devem possuir superfícies internas (pisos, paredes e teto)lisas e impermeáveis, sem rachaduras, resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente laváveis. • Os ambientes de armazenamento, manipulação e do controle de qualidade devem ser protegidos contra a entrada de aves, insetos, roedores ou outros animais e poeira. • A farmácia deve dispor de “Programa de Controle Integrado de Pragas e Vetores”, com os respectivos registros, devendo a aplicação dos produtos ser realizada por empresa licenciada para este fim perante os órgãos competentes. • As áreas e instalações devem ser adequadas e suficientes ao desenvolvimento das operações, dispondo de todos os equipamentos e materiais de forma organizada e racional, evitando os riscos de contaminação, misturas de componentes e garantindo a seqüência das operações. • Os ralos devem ser sifonados e com tampas escamoteáveis. • A iluminação e ventilação devem ser compatíveis com as operações e com os materiais manuseados. • As salas de descanso e refeitório, quando existentes, devem estar separadas dos demais ambientes. • Devem existir sistemas/equipamentos para combate a incêndio, conforme legislação específica. 4.2. Recursos Humanos Deve possuir: • Organograma que demonstre possuir estrutura organizacional e de pessoal suficiente para a demanda de formulações. • Descrição das atribuições e responsabilidades individuais devem estar formalmente descritas. • Instrumento para manter motivação do pessoal, inclusive de limpeza e manutenção, e treinamento inicial e continuado, incluindo instruções de higiene, saúde, conduta e elementos básicos em mi cro- biologia, relevantes para a manutenção dos padrões de limpeza ambiental e qualidade dos pro dutos. • Informação de como os visitantes e pessoas não treinadas somente possam ter acesso às salas de mani- pulação quando estritamente necessário e se previamente informadas sobre a conduta, higiene pessoal e uso de vestimentas protetoras, além de acompanhadas obrigatoriamente por pessoal autorizado. • Forma de assegurar a todos os seus trabalhadores a promoção da saúde e prevenção de acidentes, agravos e doenças ocupacionais, priorizando as medidas promocionais e preventivas, em nível co le- tivo, de acordo com as características do estabelecimento e seus fatores de risco, cumprindo Nor mas Regulamentares (NR) sobre Segurança e Medicina do Trabalho. • Procedimento que se adote em caso de lesão exposta, suspeita ou confirmação de enfermidade que possa comprometer a qualidade da preparação magistral: o funcionário deve ser afastado tem po rária ou definitivamente de suas atividades, obedecendo à legislação específica. • Regras para entrada na área de pesagem e salas de manipulação, inclusive a não permissão do uso de cos méticos, jóias ou quaisquer objetos de adorno de uso pessoal. • Regras para entrada nas salas de pesagem e manipulação como a não permissão de conversar, fu- mar, comer, beber, mascar, manter plantas, alimentos, bebidas, produtos fumígenos, medicamentos e objetos pessoais. • Instruções aos empregados de forma a manterem incentivados a reportar aos seus superiores ime- diatos qualquer condição de risco relativa ao produto, ambiente, equipamento ou pessoal. • Registro da distribuição dos Equipamentos de Proteção Individual (de forma gratuita), e em quan tidade suficiente e como deve ser a reposição periódica, além da orientação quanto ao uso, manutenção, conservação e descarte. Manter registro do recebimento por parte do funcionário. • Orientação aos funcionários envolvidos na manipulação para uso adequado da paramentação, uti li- zação de equipamentos de proteção (EPI’s), para assegurar a sua proteção individual e coletiva e a do produto para evitar a contaminação, • Mecanismo para efetuar a lavagem de paramentos sob responsabilidade da farmácia. boas praticas-2ED.indd 32 20.02.12 14:35:06 33GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM FARMÁCIAS • Instruções sobre a paramentação, bem como a higiene das mãos e antebraços, devem ser rea li zadas antes do início da manipulação. • Instruções sobre os procedimentos de higiene pessoal e paramentação que devem ser exigidos a todas as pessoas, sejam elas funcionários, visitantes, administradores ou autoridades para aden tra rem nas salas de manipulação. • Instruções sobre a guarda dos pertences dos funcionários e colocação de uniformes, no ves tiário. 4.3. Materiais, Equipamentos e Utensílios A farmácia deve ser dotada dos seguintes materiais, equipamentos e utensílios básicos: Descrever aqueles que utilizarem na farmácia: a) balança (s) de precisão, devidamente calibrada, com registros e instalada em local que ofereça segurança e estabilidade; b) pesos padrão rastreáveis; c) vidraria verificada contra um padrão calibrado ou adquirida de fornecedores credenciados pelos Laboratórios da Rede Brasileira de Calibração, quando for o caso; d) sistema de purificação de água; e) refrigerador para a conservação de produtos termolábeis; f) termômetros e higrômetros; g) bancadas revestidas de material liso, resistente e de fácil limpeza; h) lixeiras com tampa, pedal e saco plástico, devidamente identificadas; i) armário fechado, de material liso, resistente e de fácil limpeza, ou outro dispositivo equivalente para guarda de matérias-primas e produtos fotolábeis e/ou sensíveis à umidade. IMPORTANTE - Informar se executa as atividades de: Separar e identificar os utensílios para uso interno e externo Manter os equipamentos e instrumentos de medição calibrados por empresa certificada, utilizando padrões rastreáveis à Rede Brasileira de Calibração, no mínimo uma vez ao ano Manter registro das calibrações Manter os equipamentos verificados por funcionário treinado, antes do início das atividades diárias. Manter registro das verificações 4.4. Limpeza e Sanitização/Lavagem dos uniformes Informar sobre: • Todo processo de limpeza e sanitização (laboratórios, utensílios, lavagem dos uniformes) devem seguir um Procedimento Operacional Padrão, que deve estar acessível ao colaborador da limpeza; • A lavagem dos uniformes é de responsabilidade da farmácia; • Os produtos usados na limpeza e sanitização não devem contaminar, com substâncias tóxicas, químicas, voláteis e corrosivas as instalações e os equipamentos de preparação. • É permitido à farmácia a manipulação de saneantes domissanitários para consumo próprio, em sala apropriada, levando em consideração o risco de cada matéria-prima utilizada e desde que atenda todas as exigências da RDC 67/07. boas praticas-2ED.indd 33 20.02.12 14:35:07 34 4.5. Controle Ambiental (Temperatura e Umidade) A qualidade e a estabilidade das matérias-primas e formulações preparadas em farmácias magistrais de pendem, entre outros fatores, das condições de umidade e da temperatura do meio ambiente da far mácia e dos recipientes nas quais elas se encontram armazenadas. Temperatura ou umidade inadequada pode causar um aumento significativo na velocidade de hi dró lise e decomposição de uma substância. As salas de manipulação e almoxarifado devem ser mantidas com temperatura e umidade compatíveis com as substâncias/matérias-primas armazenadas e manipuladas. Os medicamentos termossensíveis devem ser mantidos em condições de temperatura compatíveis com a sua conservação. As condições de temperatura e umidade devem ser definidas, monitoradas e registradas. Os regis tros devem ser mantidos por um período de 1 (um) ano. De vem ser estabelecidos parâmetros para definir as condições ideais de temperatura e umidade: De acordo com a Farmacopéia Brasileira, 5ª Edição, ano 2010, indica que na monografia podem estar definidas as condições de temperatura em que a substância deve ser conservada, utilizando-se termos descritos a seguir. • Em congelador – Em temperatura entre -20 ºC e 0 ºC. • Em refrigerador – Em temperatura entre 2 ºC e 8 ºC. • Local fresco – Ambiente cuja temperatura permanece entre 8 ºC e 15 ºC. • Local frio – Ambiente cuja temperatura não excede 8 ºC. • Temperaturaambiente – Temperatura, normalmente, encontrada em um ambiente de trabalho, entre 15 ºC e 30 ºC. • Local quente – Ambiente cuja temperatura permanece entre 30 ºC e 40 ºC. • Calor excessivo – Indica temperaturas acima de 40 ºC. Obs: A menos que a monografia especifique de outra forma, quando um fármaco necessita ser conservado em local fresco, o mesmo pode ser conservado em refrigerador. As condições de conservação de um determinado fármaco devem ser especificadas em sua mo no grafia e quando esta não especificar, a farmácia deve mantê-lo protegido contra a umidade, congelamento e calor excessivo. Em relação à umidade relativa que devemos ter em um ambiente de manipulação de fórmulas, a USP Pharmacist Pharmacopeia, ano 2005, determina que esta deve estar em torno de 40% de pen dendo da época do ano. CONSIDERAÇõES IMPORTANTES Informar se executa: • Devem ser verificadas diariamente a temperatura e a umidade da área de manipulação, almoxarifado e geladeiras, utilizando-se um termômetro e higrômetro devidamente calibrados. • Deve-se registrar a temperatura e a umidade máxima e mínima encontrada, em planilhas específicas para o Controle da Temperatura e Umidade. As faixas de tolerância devem estar presentes nestas planilhas de registro. • Estas planilhas devem estar em local visível e à disposição da Autoridade Sanitária quando solicitadas. Os registros devem ser arquivados por 01 (um) ano. • A farmácia deve estabelecer procedimento operacional padrão para medição e leitura da temperatura e da umidade, e estes devem estar à disposição da autoridade sanitária quando solicitados. • A leitura do termômetro e higrômetro deve ser realizada por funcionário devidamente treinado para esta função. Em caso dos resultados encontrados serem diferentes dos definidos, o funcionário deve comunicar ao farmacêutico para que este defina as ações corretivas necessárias. 4.6. Água na Farmácia de Manipulação A água utilizada na manipulação de produtos é considerada matéria-prima produzida pela própria farmácia por purificação da água potável, devendo as instalações e reservatórios ser devidamente protegidos para evitar contaminação. boas praticas-2ED.indd 34 20.02.12 14:35:07 35GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM FARMÁCIAS Tanto a água de abastecimento (potável), que é matéria-prima para a água purificada, como a pró pria água purificada, que é, por sua vez, matéria-prima de medicamentos, bases galênicas, utili da de no Controle de Qualidade, etc., devem obrigatoriamente passar por algumas análises, para comprovar a sua qualidade. Essas análises poderão ser feitas por laboratório terceirizado ou pela própria farmácia. A farmácia deve informar como realiza as análises em seu próprio laboratório, deverá emitir certificados de análise, com aprovação/reprovação finais, assinados pelo farmacêutico. Deverá também possuir Pro- cedimento Operacional Padrão para Controle de Qualidade da Água. Informar os serviço terceirizados contratados e informar a localização do arquivo dos contratos, cer ti- ficados ou laudos emitidos pelo laboratório contratado. Em todos os casos, a farmácia deverá possuir Ficha de Registro da realização do Controle de Qualidade da Água, mostrando a periodicidade, laboratório e assinatura do farmacêutico responsável pela far- mácia ou pelo setor de Controle de Qualidade. No Manual das Boas Práticas de Manipulação da farmácia, deverá haver um capítulo sobre a pro dução da água purificada, descrevendo alguns aspectos relacionados à produção, tais como, por exemplo: • Proveniência da água de abastecimento (rede pública ou poço artesiano). • Equipamento utilizado para a purificação da água (descrever marca, modelo, número de série, se houver) • Realização da higienização do sistema (como é feita, periodicidade, substância utilizada, etc). Deverá possuir Procedimento Operacional Padrão para a higienização do sistema de purificação de água. • Armazenamento (por quanto tempo, qual o recipiente, periodicidade da higienização deste recipiente, como é higienizado, etc). Deverá possuir Procedimento Operacional Padrão para higienização do recipiente coletor da água purificada. • Citar como é feito o Controle de Qualidade desta água (empresa terceirizada, periodicidade, etc). Cópia do Contrato de Prestação de Serviços com o Laboratório que realiza as análises deve sempre estar à disposição dos órgãos fiscalizadores. • O Manual de funcionamento do equipamento utilizado para purificação da água deverá ser arquivado e estar disponível aos órgãos fiscalizadores. • Outros itens que a farmácia achar pertinente. 4.7. Recebimento de matéria-prima O recebimento de matéria-prima e de material de embalagem é uma etapa importante para a far mácia devendo ser realizado por pessoa treinada, observando as determinações contidas em Pro cedimento Operacional Padrão e considerações abaixo descritas são pertinentes: 1 - As matérias-primas devem ser adquiridas de fornecedores qualificados; 2 - Todos os materiais devem ser submetidos à inspeção de recebimento, para verificar: • se estão adequadamente identificados; • a integridade e condições da embalagem; ... boas praticas-2ED.indd 35 20.02.12 14:35:07 36 • correspondência entre o pedido, a nota fiscal de entrega e os rótulos do material recebido que deverão conter, no mínimo, as informações listadas a seguir, efetuando-se o registro dos dados: DIZERES DE ROTULAGEM DAS MATÉRIAS-PRIMAS a) nome do fornecedor; b) endereço; c) telefone; d) C.N.P.J.; e) nome do Insumo Farmacêutico (DCB, DCI e CAS), nesta ordem, quando possível; f) no caso de matéria-prima vegetal - nome popular, nome científico, parte da planta utilizada; g) quantidade e sua respectiva unidade de medida; h) número do lote; i) data de fabricação; j) prazo de validade; k) condições especiais de armazenamento e observações pertinentes, quando aplicável; l) data de fracionamento do insumo, quando couber; m) nome do Responsável Técnico e seu registro no Conselho Profissional correspondente; n) origem, com indicação do fabricante. 3 - Informar se uma única remessa de material contiver lotes distintos, cada lote deve ser levado em con- sideração, separadamente, para inspeção, análise e liberação. Cada lote deverá ter seu Cer tifi cado de Análise expedido pelo fornecedor. 4 - A pesagem a matéria-prima deve ser realizada em balança calibrada, verificando se o peso de clarado no rótulo confere com o que consta na nota fiscal. 5 - As matérias primas devem estar acompanhadas da nota fiscal e dos certificados de análise emi tidos pelo fornecedor/fabricante. 6 - Informar no Manual o procedimento caso encontre irregularidades no recebimento. Deve estar informado que o procedimento seja através de anotação no verso da própria Nota Fiscal de compra, datadas e assinada e assim proceder ao retorno do material ao fornecedor. 7 - Realiza-se o registro do “Recebimento de Mercadorias”: matéria-prima e material de embalagem, que pode ser em Ficha manuscrita ou outro mecanismo informatizado. 8 - São observadas as embalagens, sua conservação e adequação ao produto, se está ou não la crado e produtos que exijam refrigeração, se estão em recipiente adequado e em temperatura adequada. 9 - É identificado com etiqueta de Quarentena, indicando que o produto sofreu amos tragem pa ra efeito de análises de controle de qualidade. A Figura 1 mostra os modelos de etiquetas de “Qua rentena”, “Aprovado”, “Reprovado” e “Em Análise”. 10 - O produto é enviado para a área de quarentena, onde permanecerá aguardando análise do con trole de qualidade. Sua liberação se dará mediante o Laudo de Análise da Farmácia, passando para o status de Aprovado ou Reprovado. 11 - Ocorrendo qualquer irregularidade, deve-se separar o produto, registrar o problema ocorrido, in- for mar o setor de compras para a devolução ou regularização junto ao fornecedor. Nesta fase, de ve ser identificado como Reprovado e permanecer aguardandoa destinação correta e ade quada. 12 - Todas as irregularidades encontradas deverão ser anotadas no verso do pedido de compra, en ca- minhada informação por correio eletrônico ao fornecedor e o contador da farmácia deve providenciar emissão da nota fiscal de devolução, e o material, devolvido ao fornecedor. Figura 1: Modelo de etiquetas de “Quarentena”, “Aprovado”, “Reprovado” e “Em Análise” APROVADO REPROVADOQUARENTENA EM ANÁLISE Obs: Os modelos de etiquetas devem estar anexados ao Manual de Boas Práticas. boas praticas-2ED.indd 36 20.02.12 14:35:07 37GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM FARMÁCIAS 4.8. Recebimento de Material de Embalagem Informar: • Os materiais de embalagem, adquiridos de fornecedores qualificados, deverão ser recebidos por pes- soa treinada. • Todos os materiais devem ser submetidos à inspeção de recebimento, para verificar sua integridade e condições de limpeza, a correspondência entre o pedido e a nota fiscal de entrega. • As mesmas devem estar acompanhadas da nota fiscal e dos certificados de análise emitidos pelo fornecedor/fabricante. • Caso encontre irregularidades no recebimento, estas deverão ser anotadas no verso da própria Nota Fis cal de compra e segunda via da nota fiscal, sendo datadas e assinadas e o material deve retornar ao fornecedor. • Realiza-se o registro do recebimento de material de embalagem em Ficha de Registro de “Recebimento de Mercadorias”. • É colocado rótulo de “quarentena”, indicando que o material deverá sofrer controle de qualidade, antes de seguir para o processo de higienização. • Ocorrendo qualquer irregularidade, deve-se separar o material, registrar o problema ocorrido, informar o setor de compras para a devolução ou regularização junto ao fornecedor. 4.9. Quarentena Entende-se por quarentena a retenção temporária dos insumos e também do material de em ba lagem, isolados fisicamente ou por outros meios que impeçam a sua utilização, enquanto esperam decisão quan to à sua liberação ou rejeição. Informar: • Todas as matérias-primas e materiais de embalagem recém-chegados devem ser conservados em área ou local isolado identificada como “quarentena”, até que o laboratório de controle de qua lidade te- nha determinado a sua aceitabilidade ou não. • A área de quarentena deve ter acesso restrito de maneira a evitar a utilização inadvertida da ma téria- prima ou material de embalagem não analisados ou “em análise”. • O local que as matérias-primas controladas estejam armazenadas em local separado das demais, em local seguro, também na quarentena. • Todas as demais matérias-primas e material de embalagem, em quarentena, deverão ser iden tifi cados com um rótulo de “quarentena”. O padrão de cor para rótulos de quarentena é amarelo. • As matérias-primas que exijam condições especiais de conservação. A farmácia deverá dispor de meios adequados para que as mesmas sejam conservadas adequadamente, também no período em que estejam em quarentena. 4.10. Amostragem de matéria-prima Amostragem é um procedimento definido, pelo qual uma parte de uma substância, material ou pro- duto é retirada para produzir uma amostra representativa do todo, para ensaio. Informar: • O local para efetuar a retirada da amostra e procedimentos para registrar os dados e as operações re levantes relacionados à amostragem que faz parte do ensaio que realiza. Estes registros devem incluir o procedimento de amostragem usado, a identificação do amostrador, as condições am bien tais (se pertinente) e diagramas ou outros meios equivalentes para identificar o local da amostragem A amostragem deve ser estatisticamente representativa do tamanho do lote. 4.11. Amostragem de água A farmácia deve possuir procedimento escrito para a coleta e amostragem da água. Um dos pontos de escolha para amostragem deve ser o local usado para armazenamento e o outro, o ponto de co leta propriamente dito. Sugerimos que a farmácia tenha um mapa que demonstre os pontos de coleta da água (exemplo: ca valete de entrada da água, bebedouros, saída do purificador de água; local de armazenamento de boas praticas-2ED.indd 37 20.02.12 14:35:07 38 água; torneira do refeitório; torneira do lavatório da área de paramentação). Figura - Demonstra como deve ser realizada, de acordo com o POP e treinamento do funcionário para proceder a coleta da amostra da água potável para análise. A Limpar a torneira B Deixar escorrer por dois a três minutos C Flambar ou desinfectar a torneira, se necessário D Deixar escorrer por dois a três minutos E Coletar a amostra F Deixar pequeno espaço vazio G Colocar a tampa, homogeneizar e identificar Fonte: OPAS, 1987 4.12. Controle de Qualidade O objetivo principal do controle da qualidade é garantir que todos os produtos da farmácia tenham sempre a mesma boa qualidade a toda população. Deve ser informada a atividade do controle da qualidade incluindo a supervisão e monitoramento para confirmar que as atividades realizadas como planejado e que esteja seguindo os procedimentos. Também inclui a avaliação periódica que mede o progresso obtido para cumprir os objetivos das BPMF. 4.12.1. Considerações gerais Informar: • A área ou sala destinada ao Controle da Qualidade e seus equipamentos para realizar as análises le- gal mente estabelecidas. • O pessoal treinado para executar a atividade no Controle de Qualidade. • Deve haver instalações, instrumentos e equipamentos adequados, procedimentos operacionais padrão aprovados que descreva a realização de amostragem, inspeção e ensaios dos insumos farmacêuticos e dos materiais de embalagem, além do monitoramento das condições ambientais das áreas envolvidas no processo. • As especificações e as respectivas referências farmacopéicas, Codex ou outras fontes de consultas, ofi cialmente reconhecidas, devem estar disponíveis no estabelecimento. A Farmácia deverá possuir exemplar da Farmacopéia Brasileira, podendo esta ser virtual. • A farmácia deve contar com profissional capacitado e habilitado para as atividades de controle de qualidade e dispor de recursos adequados que assegurem confiabilidade e efetividade de todas as providências relativas à qualidade dos produtos. • A farmácia deverá emitir Certificados de Análise e estes devem ser avaliados para verificar o atendimento às especificações e conter informações claras e conclusivas, com todas as especificações, definição dos resultados; datados, assinados e com identificação do responsável técnico e respectivo número de inscrição no seu Conselho Profissional. Em caso de terceirização de análise, o laboratório deverá emitir o Certificado de Análise e a Farmácia deverá avalia-lo para verificar o atendimento às especificações e arquivá-lo. 4.12.2. Farmácias que trabalham com o Anexo I (RDC nº 67/2007) Matérias-primas Informar: • A Farmácia deverá seguir as mesmas descrições dos itens Recebimento de Insumo, exigir do for necedor os certificados de análise de todas as matérias-primas adquiridas. • Os certificados de análise devem conter informações claras e conclusivas com todas as es pe cificações es tabelecidas entre o farmacêutico e o fornecedor/fabricante. Devem ser datados, assi nados com a iden tificação do Responsável Técnico e o respectivo número de inscrição no seu Con selho Profissional. • Os certificados de análise devem ser avaliados para verificar o atendimento às especificações. boas praticas-2ED.indd 38 20.02.12 14:35:07 38 água; torneira do refeitório; torneira do lavatório da área de paramentação). Figura - Demonstra como deve ser realizada, de acordo com o POP e treinamento do funcionário para proceder a coleta da amostra da água potável para análise. A Limpar a torneira B Deixar escorrer por dois a três minutos C Flambar ou desinfectar a torneira, se necessário D Deixar escorrer por dois a três minutos E Coletar a amostra F Deixar pequeno espaço vazio G Colocar a tampa, homogeneizar e identificar Fonte: OPAS, 1987 4.12. Controlede Qualidade O objetivo principal do controle da qualidade é garantir que todos os produtos da farmácia tenham sempre a mesma boa qualidade a toda população. Deve ser informada a atividade do controle da qualidade incluindo a supervisão e monitoramento para confirmar que as atividades realizadas como planejado e que esteja seguindo os procedimentos. Também inclui a avaliação periódica que mede o progresso obtido para cumprir os objetivos das BPMF. 4.12.1. Considerações gerais Informar: • A área ou sala destinada ao Controle da Qualidade e seus equipamentos para realizar as análises le- gal mente estabelecidas. • O pessoal treinado para executar a atividade no Controle de Qualidade. • Deve haver instalações, instrumentos e equipamentos adequados, procedimentos operacionais padrão aprovados que descreva a realização de amostragem, inspeção e ensaios dos insumos farmacêuticos e dos materiais de embalagem, além do monitoramento das condições ambientais das áreas envolvidas no processo. • As e as respectivas referências farmacopéicas, Codex ou outras fontes de consultas, ofi cialmente reconhecidas, devem estar disponíveis no estabelecimento. A Farmácia deverá possuir exemplar da Farmacopéia Brasileira, podendo esta ser virtual. • A farmácia deve contar com capacitado e habilitado para as atividades de controle de qualidade e dispor de recursos adequados que assegurem confiabilidade e efetividade de todas as providências relativas à qualidade dos produtos. • A farmácia deverá emitir de Análise e estes devem ser avaliados para o atendimento às especificações e conter informações claras e conclusivas, com todas as especificações, definição dos resultados; datados, assinados e com identificação do responsável técnico e respectivo número de inscrição no seu Conselho Profissional. Em caso de terceirização de análise, o laboratório deverá emitir o Certificado de Análise e a Farmácia deverá avalia-lo para verificar o atendimento às especificações e arquivá-lo. 4.12.2. Farmácias que trabalham com o Anexo I (RDC 67/2007 e atualizações) Matérias-primas Informar: • A Farmácia deverá seguir as mesmas descrições dos itens Recebimento de Insumo, exigir do for necedor os certificados de análise de todas as matérias-primas adquiridas. • Os de análise devem conter informações claras e conclusivas com todas as es pe es tabelecidas entre o farmacêutico e o fornecedor/fabricante. Devem ser datados, assi nados com a iden tificação do Responsável Técnico e o respectivo número de inscrição no seu Con selho Profissional. • Os de análise devem ser avaliados para o atendimento às boas praticas-2ED.indd 38 20.02.12 14:35:07 39GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM FARMÁCIAS Análises que devem ser realizadas: item 7.3.10 “As matérias-primas devem ser analisadas, no seu recebimento, efetuando-se no mínimo os testes abaixo, respeitando-se as suas características físicas e mantendo os resultados por escrito: a) Caracteres organolépticos b) Solubilidade (link para o informe sobre solubilidade) c) pH d) peso e) volume f) ponto de fusão (link para o informe sobre ponto de fusão) g) densidade h) avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor Periodicidade Em todas as matérias-primas recebidas pela farmácia Local de análise Farmácia Observação Todos esses ensaios devem ser realizados pela farmácia para confirmar que o insumo recebido está de acordo com o solicitado. Água (para todas as farmácias) • Água Potável Item 7.5.1.3 Devem ser feitos testes físico-químicos e microbiológicos, no mínimo a cada seis meses, para monitorar a qualidade da água de abastecimento, mantendo-se os respectivos registros. As especificações para água potável devem ser estabelecidas com base na legislação vigente. Periodicidade Semestral (mínimo) Local de análise Na farmácia ou terceirizado (de preferência em laboratório de controle de qualidade da região da farmácia) Observação Os ensaios para água potável devem cumprir a Portaria MS 2914/11 que é a legislação que rege a qualidade da água potável. • Água Item 7.5.2 Item 7.5.2.2 Água purificada: A água utilizada na manipulação deve ser obtida a partir da água potável, tratada em um sistema que assegure a obtenção da água com especificações farmacopéias para água purificada, ou de outros compêndios internacionais reconhecidos pela ANVISA, conforme legislação vigente. Devem ser feitos testes físico-químicos e microbiológicos da água purificada, no mínimo mensalmente, com o objetivo de monitorar o processo de obtenção de água, podendo a farmácia terceirizá-la. Periodicidade Mensal (mínimo) Local de análise Na farmácia ou terceirizado (de preferência em laboratório de controle de qualidade da região da farmácia) Observação Os ensaios para água purificada devem cumprir a monografia de Compêndio reconhecido pela ANVISA. Deve ser realizado o ensaio físico-químico e microbiológico. boas praticas-2ED.indd 39 20.02.12 14:35:07 40 Preparações Magistrais e Oficinais Análises que devem ser realizadas: Item 9.1.1 Devem ser realizados, no mínimo, os seguintes ensaios (*) vide abaixo de acordo com a Farmacopéia Brasileira ou outro Compêndio Oficial reconhecido pela ANVISA, em todas as preparações magistrais e Periodicidade Todas as fórmulas Local de análise Na farmácia Observação Para todas as fórmulas manipuladas a farmácia deve realizar o controle de qualidade dos ensaios descritos no item 9.1.1. Preparações (*) Ensaios Sólidas Descrição, aspecto, caracteres organolépticos e peso médio. Semi-sólidas Descrição, aspecto, caracteres organolépticos, pH (quando aplicável), peso. Líquido não estéril Descrição, aspecto, caracteres organolépticos, pH (quando aplicável), peso ou volume antes do envase. Monitoramento de Processo Magistral Item 9.2.3 Devem ser realizadas análises de teor e uniformidade de conteúdo do princípio ativo, de fórmulas cuja unidade farmacotécnica contenha fármaco(s) em quantidade igual ou inferior a vinte cinco miligramas, dando prioridade àquelas que contenham fármacos em quantidade igual ou inferior a cinco miligramas. Periodicidade Bimestral Local de análise Na farmácia ou terceirizado Observação O ensaio de uniformidade de conteúdo consiste em avaliar o teor de ativo em cada cápsula. A farmácia deve informar os ensaios do item 9.1.1 do Anexo I, realizados nas formulações enviadas para análise, consolidando os resultados. • O farmacêutico deve informar e treinar funcionários para realizar o registro dos cálculos e re- sultados dos ensaios na ordem de manipulação, junto com as demais informações da preparação ma- nipulada. O farmacêutico deve avaliar os resultados, aprovando ou não a preparação para dispen sação. • A farmácia poderá possuir de Análise de produto acabado, com os itens de controle de qualidade seguintes: Preparações Líquido Sólidos Semi-sólido Descrição (Forma farmacêutica) Solução, Xarope, Suspensão, Emulsão, Loções Cápsulas, Supositórios, Óvulos, Pós Pomadas, Cremes, Géis e Pastas Aspecto Claro, transparente, xaroposo, oleoso, viscoso, límpido, incolor Cápsula: Tamanho da cápsula, integridade Supositório: Adulto/Infantil Pós: granular, homogêneo, cristalino, amorfo, leve, cristais cúbicos Óvulos: ovóide, duro, liso Opaco, translúcido transparente, áspero, brilhante, oleoso Caracteres organolépticos Cor • Odor: inodoro, odor característico • Tato: áspero, liso boas praticas-2ED.indd 40 20.02.12 14:35:07 41GUIA DE BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM FARMÁCIAS Estoque Mínimo de Preparações Oficinais constantes do Formulário Nacional Análises que devem ser realizadas: Item 11.2 A farmácia deve possuir procedimentos operacionais escritos e estar devidamente equipada para realizar análise lote a lote dos produtos de estoque mínimo, conforme os itens abaixorelacionados, quando aplicáveis, mantendo os registros dos resultados: a) caracteres organolépticos b) pH c) peso médio d) viscosidade e) grau ou teor alcoólico f) densidade
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