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a escola de chicago e a explicaçao ecologica do crime

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3ª edição 
2015
EDUARDO VIANA
Doutorando e Mestre em Direito Penal pela Universidade 
do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Professor de Direito Penal e Criminologia da Universidade 
Estadual de Santa Cruz (UESC)
Professor da Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR)
Vice-presidente da OAB (subseção Vitória da Conquista-BA)
www.eduardoviana.com.br
Criminologia 
A EscolA dE chicAgo E A ExplicAção EcológicA do crimE
167
C A P Í T U L O I V
A Escola de Chicago 
e a explicação 
ecológica do crime
Sumário • 1. Introdução; 2. Objeto e método; 3. Principais repre-
sentantes; 4. Consequências político-criminais; 5. Críticas; 6. Con-
clusões; Quadro sinótico; Questões.
1. INTRODUÇÃO
Respeitável setor da doutrina considera a Escola de Chicago um 
dos focos de expansão mais poderosos e influentes da Sociologia cri-
minal1. A razão para a denominação Escola de Chicago, e não ecologia 
criminal, é dupla: por um lado deriva da explosão urbana na cidade de 
Chicago; por outro, da criação do primeiro departamento de sociologia 
do mundo na Universidade de Chicago.
No tocante ao primeiro aspecto, Park, um dos principais teóricos 
da escola, jornalista de formação, com vinte e cinco anos de observação 
e coleta de dados, constatou que a população de Chicago, entre os anos 
de 1860 e 1910, dobrava a cada dez anos, com as ondas de imigração2. 
Evidente que um salto demográfico dessa natureza, potencializado 
pela diversidade cultural, proporciona uma série de problemas sociais, 
especialmente os de índole criminal. Por outro lado, esta multifaceta-
da realidade social que emergia na cidade desperta o departamento de 
Sociologia da Universidade de Chicago para a investigação sociológica.
Dentro da perspectiva da Escola de Chicago, a compreensão do 
crime sistematiza-se a partir da observação de que a gênese delitiva 
1. Garcia-Pablos de Molina, Antonio. Tratado...Op. cit., p. 679. Para aprofundar Tangeri-
no, Davi de Paiva Costa. Crime e Cidade: violência urbana e a Escola de Chicago. Rio de 
Janeiro: Editora Lúmen Júris, 2007.
2. Cf. Vold, George B; Bernard, Thomas J; Snipes, Jeffrey B. Theoretical criminology. New 
York: Oxford University Press, 1998, p. 141.
168
Eduardo Viana
relacionava-se diretamente com o conglomerado urbano que, 
muitas vezes, estruturava-se de modo desordenado e radial, o que fa-
vorecia a decomposição da solidariedade das estruturas sociais. Não 
por outra razão, seus teóricos desenvolviam uma “sociologia da 
grande cidade”.
Fazendo uma espécie de paralelo entre a distribuição das plantas 
na natureza e organização humana nas sociedades, a principal tese da 
Escola de Chicago fazer referência diz respeito às zonas de delinqu-
ência, ou seja, espaços geográficos com determinadas características 
que, em tese, não só explicariam o crime como também a sua própria 
distribuição nestas áreas. E isto parece bastante óbvio, eis que, natural-
mente, aquele quadro social de heterogeneidade cultural coloca a cida-
de no centro das investigações sociológicas.
2. OBJETO E MÉTODO
O poderoso processo de industrialização do século XX promoveu 
o quadro de explosão demográfica retratado acima, transformando a 
cidade de Chicago, já naquela época, em uma cidade cosmopolita, um 
caldeirão de etnias, culturas e religiões aglomeradas em guetos, regi-
ões, pois, marcadas pela desordem e conflito. Não bastasse a desordem 
típica desta nova grande cidade, também houve o êxodo rural, cidades 
com economias de estrutura agrícola perdiam população para os gran-
des centros industriais.
Este é o cenário onde se desenvolve a ideologia do mellting pot, 
no qual os elementos mais heterogêneos e conflitivos devem fun-
dir-se para criar uma nova sociedade, um novo mundo para viver3.
Daí o porquê da Escola de Chicago constituir uma sociologia da 
cidade ou ecologia social da cidade, concentrando-se no estudo 
da distribuição das zonas de trabalho e residência, distribuição de 
serviços, estrutura dos lugares públicos e privados e na profusão de 
doenças.
3. Pavarini, Massimo. Control y dominación: teorías criminológicas burguesas y proyeto 
hegemónico; trad. Ignacio Muñagorri. Buenos Aires: Siglo XXI, 2002, p. 67.
A EscolA dE chicAgo E A ExplicAção EcológicA do crimE 
169
Naturalmente que esse interesse etiológico de marco social condi-
ciona, por um lado, o objeto de investigação às condições sociais; por 
outro, para levar adiante as pesquisas, os métodos utilizados foram 
empíricos, com recurso às técnicas estatísticas.
3. PRINCIPAIS REPRESENTANTES
Inicialmente, as investigações desenvolvidas pelo Departamento 
de Sociologia da Universidade de Chicago eram pouco rigorosas cien-
tificamente, de modo que, apenas em 1910, com William I. Thomas, 
tem-se início pesquisas mais comprometidas, consolidando-se, já nos 
anos de 1920, com os trabalhos desenvolvidos por Robert Park e Er-
nest Burgess, além de Clifford R. Shaw e Henry D. Mckay.
De Thomas, para além da utilização da metodologia estatística, a 
Escola de Chicago retira o conceito fundamental de desorganização 
social, compreendido, segundo ele, como impossibilidade de definir 
modelos e padrões de condutas coletivas, decorrendo daí a ausência de 
limites para o indivíduo expressar suas inclinações4.
Park apropria-se dos conceitos fundamentais da ecologia. Com 
efeito, para ele, a cidade representava um organismo vivo, que, à 
semelhança, cresce, invade determinadas áreas, as domina e expulsa 
outras formas de vida existentes. Isto ficou claro, por exemplo, nos 
estados do sul estadunidense, primeiro ocupados apenas por árvo-
res, vegetação perene, pinheiros, estabilizando, finalmente, com car-
valhos-nogueira. Este processo, que os ecologistas descrevem como 
“invasão, dominação e sucessão”, foi transplantado por ele para ex-
plicar similarmente a história das Américas e a invasão, dominação e 
sucessão no território dos nativos americanos5.
O processo de crescimento descrito por Park foi apropriado e sis-
tematizado com Burgess, na famosa teoria das zonas concêntricas. 
Explicava ele que a cidade expande-se radialmente, de dentro para 
fora, em círculos concêntricos, descritos como zonas.
4. Dias, Jorge de Figueiredo; Andrade, Manoel da Costa. Criminologia...Op. cit., p. 274.
5. Vold, George B; Bernard, Thomas J; Snipes, Jeffrey B. Theoretical...Op. cit., p. 142.
170
Eduardo Viana
ZONA 
i
ZONA 
ii
ZONA 
iii
ZONA 
iv
ZONA 
v
Gráfico de crescimento das cidades
A Zona I, também chamada de Loop, é o centro da cidade, o seu 
coração comercial, onde se situam os principais bancos e lojas. A Zona 
II, geralmente a parte mais antiga e degradada da cidade, forma a cha-
mada zona de transição, essencialmente habitada pela população 
mais pobre, que não pode adquirir moradias melhores. A Zona III é 
formada pela população de trabalhadores que possui melhores con-
dições financeiras e, por isto mesmo, afasta-se do deteriorado centro 
para moradias e apartamentos mais modestos. A Zona IV corresponde 
à chamada zona de residências, habitada pela classe média, e é integra-
da por melhores moradias. Finalmente, áreas mais afastadas e até fora 
das cidades (cidades satélite), ocupadas pelas classes altas constituem 
a Zona V.
A análise da delinquência juvenil é contribuição de Shaw e 
Makay. Nas primeiras investigações estatísticas, que também tiveram 
como base as zonas concêntricas, contatou-se a correlação entre a loca-
lização da residência em cada uma daquelas áreas e o respectivo índi-
ce de criminalidade. Recolhendo dados entre os anos de 1900 e 1940, 
A EscolA dE chicAgo E A ExplicAção EcológicA do crimE 
171
verificaram que era na Zona II o maior índice de criminalidade; mais 
ainda, quanto mais afastada dos centros, menor o índice de criminali-
dade. Essas áreas, na caracterização de Dias e Andrade, são fisicamen-
te degradadas, segregadas economicamente, ética e racialmente, bem 
como sujeitas às doenças6. Correlacionando as características traçadas 
por Shaw e Mackey com o índice de desenvolvimento humano(IDH), 
pode-se dizer que o índice de criminalidade, neste âmbito sociológico, 
é inversamente proporcional ao ótimo IDH, ou seja, regiões com o IDH 
baixo têm maiores taxas de criminalidade; regiões com IDH ótimo, 
menores índices de criminalidade7.
Os estudos foram publicados em obras diversas, destacando-se 
“Delinquency Areas” e, posteriormente, a biografia “The Jackrol-
ler”. Nelas, basicamente, fica consignado que: 1. Nas áreas criminais, 
a opinião pública (o controle social informal) possui débil eficiência 
na formação do comportamento dos jovens. Familiares e vizinhos 
geralmente aprovam o comportamento do jovem; 2. Alguns bairros 
oferecem oportunidades à delinquência, como, por exemplo, pessoas 
dispostas a adquirir bens roubados; 3. As atividades delinquenciais co-
meçam muito cedo, como uma parte de um jogo das ruas; 4. As taxas de 
delinquência são mais elevadas na zona de transição8.
Se é assim, possível perguntar: A exemplo do determinismo 
biológico, seria a Escola de Chicago um retorno ao princípio de-
terminista? Haveria um determinismo geográfico? Seria um erro 
responder positivamente a tal indagação. Com efeito, o propósito do 
estudo foi demonstrar que existe uma tendência que um tipo de cri-
minalidade ocorra naquelas áreas, mas a delinquência não é causada 
pelo simples fato da localização geográfica. As taxas de criminalidade 
estão diretamente relacionadas com a proximidade do centro, quanto 
mais próximo do centro, mais elevadas, contribuindo para o fenômeno 
a ruptura dos instrumentos de controle que da desorganização social 
derivam9.
6. Op. cit., p. 276.
7. Conferir importante recolhida de dados em Shecaira, Sérgio Salomão. Criminologia...
Op. cit., p. 148 e ss.
8. Cf. Vold, George B; Bernard, Thomas J; Snipes, Jeffrey B. Theoretical...Op. cit., p. 146
9. Cfr. Mannheim, Hermann. Criminologia Comparada; trad. J.F. Faria da Costa e M. 
Costa Andrade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1985, vol.II, p. 840.
172
Eduardo Viana
4. CONSEQUÊNCIAS POLÍTICO-CRIMINAIS
A compressão da dupla criminalidade versus cidade, dentro 
da moldura fenomenológica do crime, proporciona profundas alte-
rações do ponto de vista político criminal, especialmente no que se 
refere ao controle social informal. Com efeito, a Escola de Chicago 
atribui sobrepeso à desorganização social, elevando-a à categoria de 
fator criminógeno. Parece claro, então, que o sucesso no enfrenta-
mento da criminalidade, para além da intervenção urbana, passa 
pelo controle social informal, como instrumento eficaz para refor-
çar e inibir a ruptura dos valores culturais. Essa é a razão pela qual 
os criminólogos de Chicago atribuem à vizinhança, igreja, família 
e escola importante papel para obstar a desorganização social, re-
construir a coesão sobre os valores e, consequentemente, controlar a 
criminalidade.
Considerando que a Escola de Chicago também eleva a cidade à 
condição de fator criminógeno, não há dúvida em perspectivar que o 
sucesso da política criminal no enfrentamento da criminalidade de-
correrá, também, da adoção de medidas de intervenções urbanas 
como, por exemplo, planejamento das cidades, estética das constru-
ções, revitalização de áreas degradas e proteção do patrimônio pú-
blico.
5. CRÍTICAS
A primeira reflexão crítica que se tem em relação aos estudos 
apresentados, como também em relação às conclusões a que chega-
ram alguns membros da Escola de Chicago, é a limitação da pró-
pria investigação. Em particular, em relação a algumas conclusões 
de Shaw, por exemplo, fica evidente que ele se preocupou em estudar 
as áreas da residência dos delinquentes e não as áreas onde os crimes 
ocorriam. E isto, inequivocamente, compromete a “pureza” dos dados 
estatísticos.
Para além disto, parte da doutrina põe objeções no que se refere 
ao desenvolvimento radial das cidades. Com efeito, a teoria das zo-
nas concêntricas não representava a maioria das cidades americanas; 
A EscolA dE chicAgo E A ExplicAção EcológicA do crimE 
173
pelo contrário, o desenvolvimento das cidades polarizava-se em tor-
no das principais ruas e não a partir do centro10.
Finalmente, a última objeção é metodológica. De fato, efeti-
vamente, ao considerar apenas as cifras oficiais, as conclusões tor-
nam-se altamente questionáveis, eis que a atuação das agências de 
controle social formal é discriminatória e com alvos bem definidos; a 
vigilância é muito mais ostensiva em determinados bairros11.
6. CONCLUSÕES
Evidente que a Escola de Chicago não foi um rotundo fracasso, 
muito pelo contrário. Apesar das críticas, as repercussões da Socio-
logia urbana foram extremamente positivas, especialmente pelo seu 
empirismo e espírito reformista.
Não pode ser negado o avanço que a escola implementa ao com-
preender a cidade como campo de interações, ou seja, compreendê-
-la como algo muito além da simples estrutura material. Daí 
porque, também deve-se à escola o mérito de incentivar programas 
de intervenção urbana, a exemplo dos já mencionados programas de 
revitalização de áreas degradadas.
Contudo, talvez, a contribuição mais significativa da explicação 
ecológica foi a utilização do método qualitativo de investigação e 
de outros métodos de investigação como a análise de documentos, 
mapa social, análise documental, os quais permanecem largamente 
aceitos.
10. Cf. Mannheim, Hermann. Criminologia...Op. cit., p. 842.
11. Crítica em Garcia-Pablos de Molina, Antonio. Tratado...Op. cit., p. 699.
174
Eduardo Viana
QUADRO SINÓTICO
CAPÍTULO IV – ESCOLA DE CHICAGO
INSTITUTO CONTEÚDO ITEM
Conceito
A principal tese para explicação do crime reside na ideia de 
zonas de delinquência, espaços geográficos que explicam 
o crime e também sua distribuição pela área. Em termos 
gerais, explica o crime através da ecologia da cidade.
1
Objeto 
e Método
O objeto de investigações são as condições sociais, e o mé-
todo utilizado foi o empírico, com recurso a dados esta-
tísticos. O cerne das investigações da Escola foi constituir 
uma ecologia social da cidade, atentando-se para fatores 
como: as zonas de trabalho e residência, distribuição de 
serviços, profusão de doenças, entre outras.
2
Representantes Robert Park, Ernst Burgess, Clifford R. Shaw, Henry D. Mckay. 3
Críticas
As principais críticas feitas dizem respeito à investigação. 
Shaw, por exemplo, preocupou-se muito mais em inves-
tigar os locais de residência dos criminosos do que onde 
efetivamente ocorriam os crimes. Outra crítica diz respei-
to à teoria das zonas concêntricas, que não representava a 
realidade das cidades americanas. Finalmente, a utilização 
de dados oficiais é altamente questionável, pois os siste-
mas de controle e vigilância são discriminatórios.
5
Conclusões
Apesar das críticas, a escola teve o mérito principal de uti-
lizar o método qualitativo de investigação com a análise 
de mapas, dados estatísticos, análise de documentos, que 
continuam aceitos até os dias atuais.
6
QUESTÕES
01. (MPE-SC - 2012 - MPE-SC - Promotor de Justiça)
I. Entre os princípios fundamentais da Escola de Chicago, liderada por Marc Ancel, 
encontra-se a afirmação de que o crime é um ente jurídico, o fundamento da pu-
nibilidade é o livre-arbítrio, a pena é uma retribuição ao mal injusto causado pelo 
crime e nenhuma conduta pode ser punida sem prévia cominação legal. 
II. São princípios informadores do direito penal mínimo: insignificância, intervenção 
mínima, proporcionalidade, individualização da pena e humanidade. 
III. A Criminologia Crítica, além da consideração de um determinismo econômico, 
introduz o contexto sociológico, político e cultural para explicar a delinqüência e 
também o próprio direito penal. 
A EscolA dE chicAgo E A ExplicAção EcológicA do crimE 
175
IV. A Teoria da Retribuição, também chamada absoluta, concebe a pena como o mal 
injusto com que a ordem jurídica responde à injustiça do mal praticado pelo crimi-
noso, seja como retribuição de caráter divino (Stahl, Bekker), ou de caráter moral 
(Kant), ou de caráterjurídico (Hegel, Pessina). 
V. A Escola de Política Criminal ou Escola Sociológica Alemã reúne entre os seus pos-
tulados a distinção entre imputáveis e inimputáveis - prevendo pena para os "nor-
mais" e medida de segurança para os "perigosos" - e a eliminação ou substituição 
das penas privativas de liberdade de curta duração. 
a) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
b) Apenas as assertivas III e V estão corretas.
c) Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas.
d) Apenas as assertivas III, IV e V estão corretas.
e) Todas as assertivas estão corretas.
02. (FCC - 2013 - AL-PB – Procurador) A avaliação do espaço urbano é especial-
mente importante para compreensão das ondas de distribuição geográfica 
e da correspondente produção das condutas desviantes. Este postulado é 
fundamental para compreensão da corrente de pensamento, conhecida na 
literatura criminológica, como 
a) teoria da anomia.
b) escola de Chicago.
c) teoria da associação diferencial.
d) criminologia crítica.
e) labelling approach.
03. (PC-SP - 2011 - Delegado de Polícia). O efeito criminógeno da grande cidade, 
valendo-se dos conceitos de desorganização e contágio inerentes aos mo-
dernos núcleos urbanos, é explicado pela: 
a) Teoria do Criminoso Nato.
b) Teoria da Associação Diferencial.
c) Teoria da Anomia.
d) Teoria do Labelling Aproach.
e) Teoria Ecológica.
GABARITO
01 D 02 B 03 E
ÍndicE AnAlÍtico
333
Índice analítico
Abolicionismo
• anômico » 184, 288, 289.
• estigmatizante » 138, 236, 242, 243, 288.
• eventos criminalizáveis » 129, 287, 288.
• seletivo » 236, 260, 288, 289, 292.
Anomia
• estrutura social defeituosa » 185, 186, 187, 195.
• função da pena » 182, 262, 263, 278.
• solidariedade mecânica » 179.
• solidariedade orgânica » 179.
• utilidade do crime » 180, 181, 182.
Associação diferencial
• aprendizagem » 207, 208, 215, 217, 221, 222, 223, 224, 225, 268.
• crime de colarinho branco » 213, 218, 219.
• danosidade social » 143, 144, 219, 222.
• leis da imitação » 209, 210.
• organização social diferencial » 216.
Cifras
• cifra negra » 141, 289.
• cifras douradas » 141, 221.
• cifras ocultas » 268.
• criminalidade legal » 140.
Criminologia
• acadêmica » 149.
• analítica » 150.
• aplicada » 149
• científica » 149
• clínica » 150.
• conflito » 87, 88, 91.
• consenso » 130, 143, 147.
• controle social formal » 99, 146, 147, 173, 294.
• controle social informal » 146, 147, 171, 172.
• interdisciplinaridade » 126.
• método » 121, 122, 123, 124, 125, 127, 148, 150
• microcriminologia » 150.
• multidisciplinaridade » 126.
• objeto » 121, 122, 123, 124, 125, 127, 128, 129, 130, 132, 138, 139, 147, 148.
• sistema » 126, 131, 132, 133, 134, 139, 144, 146, 148, 149.

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