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Clínica médica de ruminantes - Respiratório [resumo]

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CLÍNICA MÉDICA DE RUMINANTES 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
 
Na anamnese, pode obter-se indícios sobre a existência de uma doença 
respiratória através da presença de corrimento nasal, sangramento nasal, tosse ou outros 
ruídos respiratórios, bem como gemidos expiratórios longos, falta de ar ou respiração 
curta, cansaço rápido, aumento da frequência e movimentos respiratórios durante a 
condução da tropa, aumento febril da temperatura corpórea ou contato com animais que 
tenham apresentado algum sinal clínico específicos. 
Ao avaliar os órgãos respiratórios, primeiramente observa-se a atividade 
respiratória junto do animal ou do grupo de animais acometidos, prestando atenção para 
ruídos sincrônicos com os movimentos respiratórios. Após isso, cada parte do sistema 
respiratório é examinada no próprio paciente, em ordem de entrada do ar: 
 
Ar respirado → Focinho → Nariz e seios paranasais → Laringe → Faringe → 
Traqueia → Brônquios, pulmões, pleura e cavidade torácica. 
 
 
Mecanismos de defesa respiratória 
O papel dos mecanismos de proteção e defesa do sistema respiratório é o de 
aquecimento e umedecimento do ar inspirado, manter a natureza e a funcionalidade das 
vias respiratórias e impedir a entrada de agentes etiológicos possivelmente patogênicos 
no pulmão ou eliminá-los imediatamente; os agentes etiológicos que se tornam 
virulentos no sistema respiratório também devem ser captados e inativados por esses 
mecanismos, após penetrarem ou ultrapassarem a mucosa respiratória. Para efetuar este 
papel, o organismo utiliza as estruturas: 
 Transporte mucociliar: a mucosa traqueobrônquica é coberta por um 
epitélio ciliar até a subdivisão dos bronquíolos cujos cílios tem um 
movimento contínuo, ondular e sincrônico. O muco é produzido por 
células caliciformes do epitélio respiratório, assim como por glândulas 
seromucosas da mucosa e, de acordo com a necessidade, é 
"acrescentado" muco por mecanismos de transudação e exsudação. A 
densidade de células caliciformes diminui na traqueia em direção aos 
bronquíolos. Os bronquíolos terminais, assim como os bronquíolos 
respiratórios que desembocam nos sacos alveolares são cobertos por um 
epitélio quase totalmente sem cílios. Nestes locais e nos alvéolos, o 
transporte de material estranho penetrado é feito por macrófagos 
alveolares. O transporte mucociliar de eliminação em bovinos 
saudáveis consegue, assim, eliminar quase totalmente as impurezas 
conduzidas por aerossóis (poeira, bactéria, vírus, tc.). 
 Surfactante: alvéolos, bronquíolos respiratórios e terminais estão 
cobertos na superfície interna por uma película líquida tensoativa 
produzida por células epiteliais alveolares ou pneumócitos do tipo 2, 
que possivelmente também a reabsorvem, se necessário. Por outro lado, 
essa camada interna tensiogênica dos alvéolos e as fibras elásticas do 
pulmão são responsáveis por uma distribuição regular da tensão 
superficial dentro da árvore alveolar, para que haja uma aeração 
igualitária dos pulmões durante a inspiração. A falta ou o 
desaparecimento de surfactante determinam perdas da respectiva 
funcionalidade. Durante a expiração, o excesso de surfactante é 
empurrado (efeito bombeador) dos alvéolos que, agora diminuem 
regularmente de tamanho, em direção à árvore brônquica, onde se une 
ao muco broncotraqueal. 
 Defesa celular e mediada por anticorpos: nos testes de lavagem 
brontroalveolar encontram-se como elementos celulares principalmente 
macrófagos alveolares (em torno de 75%), linfócitos (20%) e 
granulócitos neutrofílicos (5%). Além de sua capacidade de fagocitose, 
da qual também participam histiócitos e granulócitos, os macrófagos 
alveolares tem ainda propriedade bacterianas e antivirais, 
principalmente nos casos de doenças respiratórias. 
 
Bezerros recém-nascidos são dependentes dos anticorpos adquiridos pelo 
colostro materno (de classe IgG1 e IgM) até o desenvolvimento de um sistema linfático 
associado aos brônquios próprio. Quando desaparecem essas imunoglobulinas maternas, 
a suscetibilidade de infecções respiratórias aumenta temporariamente até o 
desenvolvimento local ativo de anticorpos próprios. 
 
 
Fatores nocivos ao sistema respiratório 
Assim como há uma grande gama de sistemas de proteção e defesa disponíveis 
aos órgãos respiratórios, há também um largo espectro de influências prejudiciais, as 
quais (de acordo com o grau), individualmente ou em correlação com mais fatores, são 
capazes de inativar total ou parcialmente as estruturas respiratórias de proteção. Esses 
fatores nocivos se compõem de variados fatores ambientais estressantes, assim como 
uma série de agentes etiológicos, principalmente patogênicos do sistema respiratório. 
Dessa forma, os agentes etiológicos facultativamente patogênicos (descritos na 
tabela 1), estão presentes com mais ou menos frequência na mucosa de vias aéreas 
anteriores de bovinos clinicamente saudáveis, onde são mantidos "sob controle" pelas 
estruturas de proteção respiratória. Apenas quando estas estruturas se alteram de 
maneira séria é permitido que estes germes se multipliquem e penetrem em direção aos 
pulmões, ou seja, desenvolver uma ação patogênica propriamente dita. 
Na prática, ou seja, no rebanho ou em um grupo de animal já acometido, nem 
sempre é possível verificar o desenvolvimento de acontecimentos etiopatogênicos de 
importância para determinar sua participação no processo patológico. 
 
Tabela 1: Agentes etiológicos patogênicos facultativos ou obrigatórios para bovinos e sua via de infecção. 
Agente etiológico Patogenicidade Via de infecção 
 Obrigatóri
o 
Facultativo Aerógena Hematógena 
VÍRUS 
Myxovírus parainfluenzae (PI-3V) 
V. Respiratório sincicial bovino (VSRSB) 
V. Rinotraqueíte infecciosa bovina (RIB; 
BRV-1) 
Adenovírus bovino 
Rinovírus bovino 
 
 
● 
● 
 
 
● 
 
 
 
● 
● 
 
● 
● 
● 
 
● 
● 
 
MICOPLASMAS 
M. bovis, M. dispar, Ureaplasma 
M. bovis-pneumoniae (pleuropneumoniae) 
Outros 
 
● 
● 
● 
 
● 
● 
● 
 
BACTÉRIAS 
Mycob. tuberculosis var. bovis 
Pasteurella (P. mutlocida, P. haemolytica) 
Chlamydia (Miyagawanella, bedsonia) 
Klebsiella, pneumoniae 
Neisseria, Pneumococcus 
Actinomyces pyogenes, Fusob. 
necrophorum, Bacteroides 
Haemophilus sommus 
 
● 
 
 
● 
● 
● 
● 
● 
 
● 
 
● 
● 
● 
● 
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● 
 
● 
 
● 
 
 
 
 
● 
 
 
FUNGOS 
Aspergillus, Mucor, Candida 
Mycropolysporon faeni 
 
● 
● 
 
● 
● 
 
 
Principais fatores ambientais de estresse do sistema respiratório: 
 Fatores estressantes ao sistema respiratório determinados pelo 
ambiente: os ruminantes regulam sua temperatura corporal 
homeotérmica principalmente por liberação de vapor pelo ar respirado. 
De acordo com o grau e a duração desse estresse térmico úmido, o 
consequente aumento na atividade respiratória pode prejudicar 
sensivelmente os mecanismos de defesa respiratória (aumento de 
densidade de muco broncotraqueal, impedimento do transporte 
mucociliar de eliminação, dano à defesa celular e humoral, etc). Esses 
tipos de condições ambientais nocivas ao sistema principalmente de 
aclimatização inadequada do estábulo (mudança de tempo, 
superpopulação no estábulo, ventilação insuficiente ou inexistente); 
situações semelhantes ocorrem no transporte prolongado de animais 
aglomerados, na reunião de animais de procedência diferentes 
(inquietação constante devido a "medida de forças" para a nova 
determinação da hierarquia do rebanho), assim como na falta de água 
no abastecimento dos bebedouros durante a época quente. Queda 
repentina e brusca da temperatura ambiente, principalmente quando a 
umidade relativa do ar é baixa, leva a danos nos cílios do epitélio das 
vias respiratórias (resfriado), com consequência negativa para a 
depuração broncotraqueal; o mesmo é válido para teores para teores 
altos de gases prejudiciais no estábulo (amoníaco, sulfeto de 
hidrogênio,ácido sulfídrico). A grande e repetida formação de poeira 
no estábulo (principalmente durante a alimentação, a limpeza do 
estábulo, a colocação de cama no estábulo e a escovação do animal) 
pode afetar os mecanismos de depuração das vias respiratórias dos 
animais expostos. Bovinos de engorda pesados e alimentados 
intensivamente para cobrir duas necessidades metabólicas têm maior 
necessidade de oxigênio do que bovinos leiteiros de reprodução mais 
leves e de mesma idade, assim como menor capacidade de regulação 
térmica, fato que aumenta sua suscetibilidade a fatores estressantes para 
a inspiração. 
 Agentes etiológicos respiropatogênicos: os fatores estressantes 
ambientais, mencionados como já foi enfatizado, por si só não causam 
patologias graves do sistema respiratório; eles abrem caminho para 
certos agentes como vírus, micoplasmas, bactérias e fungos, 
enfraquecendo os mecanismos de defesa e proteção das vias 
respiratórias e, com isso, dando condições aos agentes para se tornarem 
patogênicos (aderência → multiplicação→ aumento da virulência); 
esses agentes são encontrados em bovinos saudáveis, com maior ou 
menor frequência. 
 Agentes piogênicos e negrogênicos: podem penetrar nas vias 
respiratórias não apenas por uma via aerógena, como oportuninstas 
após danos das mesmas decorrentes de processo estressante e/ou viral, 
mas também a partir de um foco primário localizado em um outro local 
do organismo, através de metástase piêmica por via hematogênica. 
Deve-se pensar em tal possibilidade quando uma doença respiratória 
grave ou recidivante acomete um animal individualmente em um 
ambiente saudável do ponto de vista climático. 
Também arriscado é o acometimento de um rebanho pelo vírus da diarréia 
bovina (DVB), que ocorre no agrupamento de bovinos jovens de diferentes origens: 
geralmente causa imunização assintomática dos respectivos animais (imunidade 
silenciosa) em duas a três semanas sem aparecimento de diarreia; mas durante esse 
período, os animais se encontram em um estado imunossuprimido, causado pelo vírus 
da DVB, fato que reduz a capacidade de defesa contra outros agentes, principalmente 
respiropatogênicos facultativos. 
 
Atividade respiratória 
A inspeção dos movimentos respiratórios, determinados pela inspiração e pela 
expiração (ventilação), controlados por centros da medula oblonga, oferece ao 
examinador importantes indícios sobre a existência ou ausência de certas afecções 
localizadas dentro ou fora do sistema respiratório. Para tanto, deve-se observar a 
atividade respiratória, sem que o animal fique nervoso, de preferência o arqueamento e 
o relaxamento do gradil coxal e do flanco e o movimento caudolateral para dentro e 
para fora, devendo-se ainda acompanhar e compará-lo com o de animais vizinhos 
saudáveis. Neste procedimento, é preciso observar a frequência, a intensidade e o tipo 
de movimento respiratório, assim como a duração relativa da inspiração e da expiração. 
 
Movimento respiratório 
Durante a inspiração, há uma dilatação ativa da cavidade torácica por contração 
dos músculos intercostais externos, assim como, principalmente, do diafragma: o último 
está inserido cranialmente aos arcos costais, por empurrar caudalmente os órgãos 
abdominais, há dilatação da parte posterior do tórax, bem como da parte abdominal. As 
duas fases do movimento inspiratório (dilatação da cavidade torácica, de forma 
simultânea e abdominal), ocorrem normalmente de forma simultânea e contínua. 
Durante expiração, o tórax se relaxa em consequência do relaxamento dos 
músculos inspiratórios antes mencionados, assim como da retração das fibras elásticas 
dos pulmões, ou seja, passivamente, o que ainda pode ser favorecido pela contração dos 
músculos intercostais internos e da musculatura da parede abdominal. 
Normalmente, o movimento da inspiração e expiração ocorre sem que haja 
pausa entre eles. 
 
 
Frequência respiratória 
O número de movimentos respiratórios, que compreendem a inspiração e a 
expiração, por minuto, em geral é menor em bovinos mais velhos (maiores/mais 
pesados) e em ambiente seco e frio do que em bovinos mais jovens (menores/mais 
leves) ou em ambiente quente e úmido. Para bovinos adultos de 500-600kg de peso 
corpóreo, a frequência respiratória normal é de 24-36 movimentos respiratórios por 
minuto; valores acima de 40 correspondem a uma aceleração (taquipneia) e valores 
abaixo de 20 a uma diminuição da atividade respiratória (bradipneia). Frequências 
respiratórias elevadas patologicamente são observadas entre outras situações na redução 
da superfície alveolar respiratória dos pulmões, na insuficiência circulatória, na anemia, 
ma alteração que ocupe volume na região abdominal, assim como (quando ocorre 
redução na profundidade respiratória ao mesmo tempo) para trocas de calor em 
ambiente quente e úmido (ofegação). 
 
 
Intensidade respiratória 
A extensão do movimento respiratório também chamada de profundidade 
respiratória, permite tirar conclusões, no bovino adulto saudável de 500kg de peso 
corporal, sobre o volume de respiração, neste caso pode ser contata 4,5 1. Também após 
exercício físico ou após prova de inibição respiratória, a frequência e intensidade da 
respiração estão aumentadas temporariamente em bovinos saudáveis. A polipnéia 
consiste na atividade respiratória mais intensa ou até "bombeante", sendo os músculos 
inspiratórios e expiratórios têm que trabalhar mais ("puxar e empurrar") de maneira que 
mais ar seja inspirado e expirado em cada movimento respiratório. Quando os 
movimentos respiratórios são fracos e tão superficiais que mesmo um observador 
treinado só possa contar a frequência respiratória com a ajuda de um fonoendoscópio, 
então fala-se de oligopnéia. 
 
 
 
Tipo de inspiração 
De acordo com a participação do tórax e/ou da parede abdominal nos 
movimentos respiratórios, a respiração pode ser do tipo costoabdominal, 
predominantemente costal ou predominantemente abdominal. Na respiração 
costoabdominal, o tórax e o abdome participam ao mesmo tempo e com a mesma 
intensidade na inspiração e na expiração, fato que corresponde (dependendo da 
intensidade) à atividade respiratória normal (eupnéia) ou a uma dispnéia mista. A 
respiração predominantemente costal é observada em pacientes com processos 
dolorosos ou compressivos dentro da cavidade abdominal ou no diafragma, ou seja, 
quando há aumento no trabalho da musculatura intercostal, bem como na dispnéia 
inspiratória. Ao contrário, em animais onde há alterações volumosas ou dolorosas 
dentro da cavidade torácica, ou na parede torácica, ou seja, quando há aumento de 
atividade na musculatura diafragmática e também dispnéia expiratória, a respiração é 
predominantemente abdominal. 
 Inspiração em dois tempos (dupla inspiração): a expansão do tórax 
provocada com a ajuda dos músculos intercostais é improdutiva e, em 
seguida, após curta interrupção da inspiração, há uma contração forte do 
diafragma, com uma clara e repentina expansão da parede abdominal 
(p.ex. miodistrofia, no botulismo ou na hérnia diafragmática); 
 Expiração em dois tempos: a fase passiva da expiração é improdutiva, 
devido à perda de elasticidade dos pulmões; com isso, após pequena 
interrupção da expiração há uma contração violenta e brusca da parede 
abdominal (batimentos dos flancos), e assim os órgãos abdominais (p.ex. 
enfisema pulmonar intersticial) são comprimidos cranialmente contra o 
diafragma, que se distende de forma exagerada e dolorosa. 
 
 
Interpretação dos achados 
As observações feitas durante o exame da atividade respiratória referente a 
frequência, intensidade e tipo de movimento respiratório, podem ser classificadas como: 
 Eupnéia ou atividade respiratória normal: todos os achados antes 
mencionados são normais, não há ruídos respiratórios audíveis de fora; 
 Dispnéia ou falta de ar: alguns ou todos os achados mencionadosacima são patológicos, em parte acompanhados de ruídos respiratórios; 
 Dispnéia inspiratória: a frequência respiratória acaba por aumentar, a 
intensidade respiratória sempre está aumentada, o tipo respiratório é 
principalmente costal, as narinas estão dilatadas, o pescoço e a cabeça 
estão esticados, a boca às vezes fica aberta, as espáduas abertas, há 
afundamento dos espaços intercostais durante a inspiração, muitas 
vezes ao som claro de estenose (estridor); origem: estreitamento das 
vias respiratórias superiores (do nariz aos brônquios principais); 
 Dispnéia inspiratória unilateral: indica pneumotórax ao lado oposto; 
 Dispnéia expiratória: a frequência respiratória em geral não está 
aumentada, mas há aumento da intensidade respiratória, o tipo 
respiratório é principalmente abdominal e a expiração é em dois 
tempos, expansão dos espaços intercostais durante a expiração e 
proeminência do ânus; às vezes o animal estende a língua e apresenta 
gemido expiratório cuja origem é enfisema pulmonar; 
 Dispnéia mista (impedimento da inspiração e da expiração): a 
frequência e a intensidade respiratórias muitaz vezes estão aumentadas, 
o tipo de respiração é costoabdominal, origem: redução da superfície 
alveolar respiratória e do lúmen dos brônquios menores. 
 
 
Ruídos de origem respiratória ouvidos externamente 
Ao redor do bovino examinado, normalmente não se ouve sua respiração. Em 
algumas doenças respiratórias, porém, ocorrem certos sons que podem ser ouvidos com 
auxílio de instrumentos, cujas origem e causa devem ser esclarecidas. 
Uma esternutação (espirro), ou seja, uma expiração forte e curta pelo nariz 
pode estar presente em casos de irritação da mucosa nasal por acúmulo de secreção e 
exsudato (rinite catarral e fibrinosa) ou por corpos estranhos no nariz (joio ou outras 
partes de plantas); em animais jovens, pode ser observado como expressões de 
desagrado ou incômodo. 
 
 
Ruídos estranhos 
Estreitamentos nas vias respiratórias superiores podem ocasionar ruídos 
sincrônicos com a respiração (estritores), que aumentam de intensidade após trabalho 
corporal ou inibição temporária de respiração e, de acordo com o grau e localização da 
obstrução da corrente de ar, tem um caráter sonoro diferente; o tom de cada estridor 
também é influenciado pela presença ou ausência de camadas de exsudato flutuantes 
(muco viscoso, fibrina ou pus), que podem fazer com que o som se modifique (sons 
como de flauta, assovio ou de serra); o ruído de estenose nasal ou fungar é proveniente 
da alteração de volume dentro das vias nasais (edema de mucosa, acúmulo de secreção 
ou exsudato, principalmente na rinotraqueíte infecciosa bovina [RIB] e na febre catarral 
maligna [FCM] ou na estenose por corpos estranhos ou tumores). Estenoses na região 
faríngea ou vibrações do palato mole se caracterizam por roncos (ruído de estenose 
faríngea), como no aumento dos linfonodos retrofaríngeos, no fleimão parafarpingeo, 
nos abscessos na parede faríngea, na paralisia da faringe ou em pacientes comatosos. 
 
Tabela 2: Caráter sonoro dos sons respiratórios patológicos de estenose (estridores) e possíveis 
localizações. 
Som de estenose 
Estridor 
Caráter sonoro Via de regra mais forte durante 
Nasal (uni e 
bilateral) 
Fungar Inspiração 
Faríngeo Roncar Expiração 
Laríngeo Ronqueira Inspiração 
Traqueal Zumbido a sibilo Inspiração 
 
A ronqueira produzida pela estenose laríngea e, às vezes, somente perceptível 
após esforço físico, ocorre com bastante frequência no bovino; entre as causas, podem 
estar processos necroticopurulentos (difteria de bezerros) e inchação edematosa 
inflamatória da mucosa da laringe (rinotraquíte infecciosa bovina), às vezes tuberculose 
ou actinobacilose laríngea. 
A tosse dos bovinos, ao contrário das outras espécies de animais domésticos, é 
mais bufante, porque a rima glotídica fica menos comprimida à expiração forte e 
repentina associada à tosse (exceção: bezerros e novilhas cujo estímulo para tossir está 
localizado na laringe). Ataques de tosse mais prolongados e tosse espontânea frequente, 
que não são ocasionais (durante arraçoamento com concentrado ou alimento fibroso 
poeirentos ou abastecimento da cama) devem ser considerados um sintoma patológico. 
A origem da tosse geralmente é uma irritação das vias respiratórias superiores 
(inflamação das mucosas por via aerógena [fumaça, poeira, neblina], hematogênica 
[carreamento de agentes da parte venosa da grande circulação] ou parasitária [por 
vermes pulmonares], principalmente em animais jovens no regime de pasto), mais 
raramente inflamação de pleura e, excepcionalmente, irritação do diafragma (corpo 
estranho no retículo, supuração intra ou peri-hepática ou esplênica). A natureza da tosse 
permite certas conclusões sobre a localização das alterações determinantes. 
A tosse seca e forte quando a afecção está localizada nas vias respiratórias 
superiores (faringe, laringe, traqueia, brônquios); na broncopneumonia mais profunda, 
no enfisema pulmonar, ou na pleurite, a tosse é mais úmida e débil. A tosse associada à 
eliminação de exsudato (mudo, fibrina, pus) é chamada de produtiva e o mecanismo 
denomina-se expectoração. 
Bovinos com enfisema pulmonar agudo notável ou outros processos dolorosos 
localizados na região do peito (pneumonia por aspiração, lesão do esôfago, fleimão do 
mediastino, pleurite grave) soltam gemidos sonoros "sofridos" prolongados a cada 
expiração. 
 
 
Ar espirado 
Colocando-se, simultânea e comparativamente (isto é, a ,mão esquerda e a 
direita também podem ser trocadas), o dorso de ambas as mãos na frente das narinas do 
bovino a ser examinado, pode-se avaliar se a corrente de ar expirado nos lados direito e 
esquerdo tem a mesma intensidade. Quando há distribuição desigual da corrente de ar 
expirada das duas narinas deve-se pensar em distúrbios na passagem de ar dentro do 
nariz, fato que pode ser comprovado tapando-se alternadamente cada narina, assim 
como por sondagem ou endoscopia do ducto nasal ventral do lado que parece estar 
estreitado. 
A análise do odor do ar expirado é feita lentamente ao animal, de maneira que 
se desvia do ar expirado com a mão em forma de concha. Alterações no odor cuja 
origem está situada no nariz, na boca ou na faringe são resumidas em "foetor ex ore", 
enquanto aquelas cuja origem está situada nas partes caudais do sistema respiratório ou 
digestivo, ou são de origem metabólica, denominam-se halitoses; odores inespecíficos, 
purulento, repugnante ou até pútrido, de decomposição do ar expirado são patológicos. 
Se esse odor for proveniente de uma narina, só então sua origem deve ser procurada no 
lado nasal equivalente, incluindo a correspondência frontal e maxilar, ou senão também 
na boca (supuração de alvéolo dentário, acompanhada de estomatite com decomposição 
dos tecidos), na faringe e na laringe (lesões purulentas da mucosa, necrobacilose), nos 
pulmões (pneumonia gangrenosa por aspiração) ou nos pré-ventrículos (gases ruminais 
eructados). 
 
 
Tabela 3: Descrição dos sinais a serem considerados no exame macroscópico da secreção 
nasal. 
Cor Consistência Odor Avaliação 
Clara como água Líquida Ausente Normal/serosa 
Turva/branco-
cinzenta 
Floculenta a 
viscosa 
Ausente Mucosa 
Amarelo 
acinzentado-
esverdeado 
Viscoso, com 
grumos até 
esfarelados 
Adocicado a 
desagradável 
Purulenta 
Cor ferrugem Líquida Pútrido, fétido Icorosa/pútrida 
Escura/vermelho-
amarronzada 
Líquida e 
coagulada 
Ausente Hemorragia 
(epistaxe/rinorragia 
ou hemoptise) 
Rosa Espumosa Ausente Edema pulmonar 
Verde-oliva a 
marrom 
Não homogêneo 
com partículas de 
planta 
Alimento/conteúdo 
ruminal 
Alteração da 
deglutição/ruminação 
(regurgitação, 
pneumonia por 
aspiração) 
 
 
Focinho 
O plano nasolabial e as narinas são examinados por inspeção e palpação; 
normalmente, essas áreas são úmidas e brilhantes,cobertas por um líquido claro e 
seroso (produto das glândulas da mucosa nasal e do focinho). Por isso, o focinho é um 
tanto frio à palpação. Um focinho seco e quente, como na febre, é patológico, assim 
como um focinho muito frio (queda de temperatura superficial corporal no colapso 
circulatório). As áreas não pigmentadas do focinho e a mucosa das narinas são rosa-
pálido no animal saudável; áreas avermelhadas e perda de epitélio dessas áreas indicam 
uma reação de fotossensibilização; erosão e necrose na região do focinho e das narinas 
indicam traumatismo por contenção exagerada, febre catarral maligna, rinotrqueíte 
infecciosa bovina ou doença das mucosas. bolhas (aftas) indicam febre aftosa. Uma 
coloração cinza-arroxeada das áreas não pigmentadas do focinho e das mucosas visíveis 
à inspeção é considerada cianose. 
A secreção nasal ressecada em torno das narinas é encontrada em todas as 
doenças anteriormente citadas e quando há catarro nasal isoladamente. O mesmo 
também ocorre na alteração grave do estado geral (sonolência) e em todos os casos o 
parasita da língua, já que esses bovinos não limpam mais o focinho com a língua. A 
secreção nasal anormal, que também pode ser proveniente de partes mais profundas do 
sistema respiratório, por outro lado, muitas vezes é observável com a ajuda de um 
exame mais detalhado (observação das narinas com a ajuda de uma lanterna), já que a 
secreção em geral é retirada e deglutida regularmente com a língua; em bovinos que têm 
a língua saudável, o gotejamento de secreção no cocho, porém, é uma prova de sua 
eliminação excessiva. Secreção aumentada a hemorragia do nariz pode ser indícios de 
ferimentos (formiga mal utilizada, sonda nasoesofágica colocada de maneira 
inadequada), inflamação, corpo estranho na cavidade ou nos seios paranasais, ou 
neoplasia. Nesse casos, deve-se observar se a secreção é uni ou bilateral. A secreção ou 
o exsudato que ocorre a partir das narinas ou do focinho deve ser examinada, de 
preferência sobre uma lâmina de vidro de microscopia. A presença de fragmentos de 
alimentos cinza-esverdeados, na entrada das narinas ou o repentino corrimento de 
maiores quantidades de alimentos do nariz indica impedimento na deglutição dos 
alimentos ou rejeição do alimento ruminado e denomina-se regurgitação; neste caso, a 
boca, a faringe e o esôfago devem ser examinados em detalhes; em bezerros, com 
alteração congênita ou adquirida na deglutição, o leite ingerido sai pelo nariz e/ou boca. 
Da mesma forma como na secreção nasal, o material eliminado por tosse, 
espirros e assoadas do nariz ou boca é sempre considerado uma descarga patológica e 
deve ser examinado. 
 
 
Fossas nasais e seios paranasais 
O exame de cavidade nasal inclui a visualização da região nasal, do seio frontal 
ou região do maxilar superior, assim como a sua palpação externa. O interior da 
cavidade nasal pode ser examinado através da sonda ou por endoscopia; às vezes, 
também é útil a coleta de secreção nasal para exames mais precisos. Os seios frontal e 
maxilar são percutidos e, se necessário, são abertos para fins diagnósticos. 
A inspeção externa, deve-se observar se há alterações de forma (nariz convexo 
ou torto = probatorina ou campilorinia), derimentos (que devem ser sondados), 
aberturas granulomatosas de fístulas e tumefações (actinomicoma, osteofibroma ou 
osteossarcoma, cistos de Coenurus, etc.) na região da fronte, do nariz ou do maxilar 
superior. Dependendo do caso, deve-se efetuar a palpação da tumefação para evidenciar 
consistência, mobilidade e sensibilidade. A passagem livre das vias nasais é testada por 
sondagem, com auxílio de uma sonda nasoesofágica macia para bovinos. Antes do uso 
do endoscópio fixo, deve-se sedar o animal e contê-lo em decúbito lateral, assim como 
anestesiar localmente o meato nasal ventral com o auxílio de um cotonete; para a 
colocação do endoscópio flexível via de regra é suficiente a contenção do animal 
através de formiga e sedá-lo ou anestesiá-lo localmente. Nesse exame, deve-se observar 
a presença de eritemas, edemas, nódulos pústulas, erosões, abscessos, granulomas, 
outras tumefações (tumores), feridas ou cicatrizes da mucosa eventual acúmulo de 
secreção, exsudato ou sangue, assim como corpos estranhos. 
A percussão das cavidades nasais é realizada com a extremidade romba de um 
martelo de percussão; durante esse procedimento, o paciente deve permanecer com a 
cabeça na posição normal (com a fronte inclinada em direção ao focinho) e o 
examinador deve bater o martelo comparando o lado direito com o esquerdo, na região 
nasal para a região frontal; normalmente, as cavidades percutidas, cobertas por ossos 
finos, emitem uma ressonância clara (com ar, oco). Quando um seio nasal está ocupado 
com pus (empiema), observa-se abafamento do som de batimento e grande sensibilidade 
à percussão na área afetada. Em casos de suspeita, pode ser necessário abrir 
cirurgicamente, em local adequado, o seio frontal ou maxilar. Para a abertura de seio 
frontal, deve-se efetuar a descorna do lado afetado e, para a abertura de ambos os seios, 
a trepanação. 
 
 
Faringe e laringe 
O exame de faringe e laringe se baseia em visualização externa e interna, 
palpação e exploração; além disso, a voz do animal é avaliada. 
À observação externa, só é possível identificar graves alterações 
anatomopatológicas de laringe e faringe, pois alterações pequenas ou assimétricas não 
são facilmente visualizadas. A visualização relativamente trabalhosa da laringe e da 
faringe com a ajuda de um endoscópio fixo ou flexível pode ser evitada na prática 
recorrendo-se a um espéculo tubular largo, que é introduzido na cavidade oral sobre o 
dorso da língua e permite uma boa inspeção da faringe, bem como da entrada da laringe, 
não de seu interior. Deve-se prestar atenção na mucosa (vermelhidão, edema, erosão, 
ulceração, ferimentos, corpos estranhos entravados [cápsulas, imã sem jaula plástica], 
supuração, depósitos fibrinóides) e, principalmente, assimetria ou tumefações no teto da 
faringe (edema flegmonoso, processo abscendante, linfonodo faríngeo) ou na entrada da 
laringe (edemas inflamatórios ou alérgicos, granulomas tuberculosos ou actinobacilosos 
ou alterações difteróides). 
À palpação externa, devem-se observar possíveis aumentos de tumefações, 
assimetrias, indurações, falta de elasticidade normal dos tecidos, assim como 
sensibilidade à pressão na região da faringe e da laringe; durante esse procedimento, 
deve-se observar se, além disso, por causa da palpação, sons de estenose são originados 
ou se um estridor já existente é aumentado. Os linfonodos da região devem ser sempre 
palpados. 
 
 
Traqueia 
A traqueia só é acessível ao exame externo em sua parte cervical, que é 
verificada por inspeção e palpação. A palpação é feita da mesma forma como descrita 
para o esôfago; nesta, a traqueia é facilmente identificada em animais não muito 
musculosos, pelos seus anéis cartilaginosos, enfileirados como um tubo. Deve-se prestar 
atenção, em particular, a presença de tumoração, mobilidade com relação aos órgãos 
adjacentes (pele, músculos cervicais, esôfago), estreitamentos "em forma de espada" 
(colapso traqueal, principalmente em pacientes mais jovens com estenose de laringe) e 
sensibilidade à pressão, assim como observar se, à palpação de força média, ao longo da 
traqueia, aparece algum estridor ou se um ruído de estenose previamente já estudado se 
intensificou. 
 
 
Brônquios, pulmões e pleura 
Ao exame de ramos da traqueia, pulmões e pleura, pertencem o exame por 
inspeção da atividade respiratória, principalmente a percussão sonora e de sensibilidade 
dolorosa, assim como a auscultação da área pulmonar; a última determina achados mais 
claros após inibição de respiração. Para continuar a diferenciação de uma possível 
afecção pulmonar, são necessários exames complementares, dependendo do caso; por 
exemplo,exame de fezes quanto a larvas de vermes pulmonares, prova intracutânea de 
tuberculina, traqueobroncoscopia, coleta e exame de muco broncotraqueal ou uma 
amostra de lavagem broncoalveolar, uma punção da cavidade torácica ou controle 
sorológico. 
 
 
Área de percussão pulmonar 
À percussão sonora do bovino, pode-se averiguar, além de um campo 
pulmonar torácico, também um campo pulmonar pré-escapular, localizado cranialmente 
à musculatura do ombro, estendendo-se da articulação do ombro até aproximadamente a 
metade da escápula e, dependendo do estado nutricional ou desenvolvimento muscular 
do animal, tem a largura de dois a cinco dedos; para o exame clínico, ele é de pouca 
importância. O campo pulmonar torácico é relativamente pequeno, devido ao reduzido 
número de costelas no bovino e ao consequente posicionamento mais vertical de seu 
diafragma. Este campo é limitado dorsalmente pela fácil palpação do bordo lateral da 
musculatura do tronco. O limite cranial superior é formado pela borda posterior da 
escápula e o inferior, pela borda posterior do processo ancôneo. O limite caudal do 
campo pulmonar estende-se do ponto de inserção sobre o limite dorsal e o penúltimo 
(=11) espaço intercostal, passando sobre o meio da nona costela e atingindo o limite 
cranial mais ou menos dois dedos acima do olécrano, quando o animal estiver com o 
membro anterior adiantado. Do lado direito, o limite caudal dorsal pulmonar localiza-se 
um a dois dedos mais caudalmente (aproximadamente sobre a 12ª costela) do que do 
lado esquerdo, onde o campo é empurrado levemente na direção cranial 
(aproximadamente sobre a 11ª costela) pela massa dos pré-ventrículos. Na parte ventral 
do campo pulmonar torácico, encontra-se, no bovino adulto, uma região do tamanho da 
palma da mão humana, referente à macicez cardíaca relativa. 
 
 
 
 
 
Percussão sonora 
A averiguação da ressonância da percussão do campo pulmonar é feita com o 
auxílio de um pequeno martelo de percussão e plessímetro ou percussão digito-digital. 
Durante esse procedimento, devem se observar as diferentes ressonâncias de percussão. 
 
Tabela 4: Tipos de som ouvidos durante a percussão. 
Qualidade do som Características 
 
Som timpânico 
Retumbar muito alto (sobre as partes do 
sistema digestivo, anormalmente cheias de 
gás: rúmen com timpanismo, abomaso e 
ceco deslocados). 
 
Som subtimpânico 
Retumbar leve a alto (na parte dorsal do 
rúmen normalmente cheio; sobre as alças 
superiores do intestino com gás; sobre as 
porções enfisematosas do pulmão). 
 
Som Pulmonar "claro" 
Ressonância boa, sem retumbar (na parede 
torácica: tecido pulmonar com conteúdo 
normal de ar). 
 
Macicez relativa 
Som mais fraco que o som pulmonar, pois 
estrutura percutida tem menos ar que o 
pulmão sadio. 
 
Macicez ampla e incompleta 
Similar ao som "vazio" do músculo, mas 
com ressonância fraca (na parte ventral do 
abdome, estômago e intestino, onde o bolo 
alimentar é permeado de bolhas de gás. 
 
Som muscular "vazio" ou macicez 
absoluta 
Macicez completa sem ressonância 
(região de grandes grupos musculares e no 
campo de percussão do fígado, órgãos 
parenquimatosos). 
 
 
Primeiramente, deve ser averiguado o limite pulmonar caudal por percussão 
horizontal. Esta só pode ser determinada claramente no lado direito do corpo, devido à 
macicez adjacente do fígado e do omaso; do lado esquerdo e na parte dorsal do rúmen 
normalmente pode-se percutir um som parecido com ressonância pulmonar, apesar de 
um leve retumbar (= timpânico), fato que torna impossível uma delimitação caudal 
nítida do campo pulmonar neste lado, através de percussão. O aumento do campo 
pulmonar torácico em direção caudal é encontrado no enfisema pulmonar e no 
pneumotórax. Uma diminuição caudal do campo pode ser ocasionada por gestação 
adiantada, sobrecarga dos pré-ventrículos, hipertrofia do fígado, deslocamento do 
abomaso para a direita, dilatação e deslocamento grave do ceco, ascite ou hidrâmnio. 
A percussão vertical realizada de cima para baixo começa do limite cranial do 
campo pulmonar torácico e segue depois individualmente em cada espaço intercostal, na 
direção caudal. Ela serve para a identificação de eventuais alterações da ressonância 
pulmonar normal ("claro"). Deve-se prestar atenção especial à extremidade ventral do 
campo pulmonar torácico (= "ângulo contendo ar"), situado logo após o triângulo de 
submacicez cardíaca que normalmente também emite um som claro à percussão como a 
hipertrofia inflamatória do pericárdio se caracterizam, à percussão pelo 
"desaparecimento" do ângulo contendo ar, sendo que sua percussão antes ressonante é 
substituída por macicez mais ou menos completa e extensa. Um som bem ressonante, 
subtimpânico, é ouvido à percussão de áreas pulmonares enfisematosas que, conforme o 
caso, são mais ou menos circunscritas. Este tipo de som também é ouvido sobre 
cavernas preenchidas de ar (localizadas) e no pneumotórax (campo pulmonar total de 
um lado do tórax). Áreas circunscritas de macicez indicam que não há ar nesse local 
(processos pneumônicos, abscessos, tumores ou prolapsos de partes de vísceras da 
cavidade abdominal para a cavidade torácica). Acúmulo de líquido seroso (hidrotórax) 
ou de exsudato inflamatório (pleurite icorosa, "úmida") ocasiona macicez à percussão 
na região ventral do campo pulmonar, cujo limite dorsal permanece sempre horizontal, 
mesmo quando a parte anterior ou posterior do corpo do paciente está em plano elevado. 
Para efetuar a percussão dolorosa, utiliza-se um forte martelo de borracha ou 
material sintético ou o próprio punho e observam-se as regras desse tipo de exame. 
Sensibilidade localizada dentro do campo pulmonar, possivelmente já detectada à 
percussão sonora (gemidos, mugidos altos, afastamento, defesa), é encontrada em 
pacientes com pleurite grave ou fratura de costela, mas também com enfisema 
pulmonar; nestes casos, uma percussão forte da parede torácica às vezes determina 
tosse. No caso de broncopneumonia simples, o tórax, em geral, tem pouca sensibilidade 
à percussão. 
Auscultação 
Para se efetuar a auscultação direta da respiração pulmonar, usa-se um 
fonoendoscópio adequado para grandes animais. Desse modo, examina-se, iniciando na 
traqueia e prosseguindo dentro da área pulmonar em forma de linha da parte ventral à 
parte dorsal, cada local, auscultando-se no mínimo durante um a dois movimentos 
respiratórios; a segunda mão do examinador deve ficar sobre o dorso do animal. 
Atenção especial deve ser dada à parte do pulmão encoberta pelo membro anterior 
direito, porque esta área é arejada pelo brônquio traqueal e, com isso, é a primeira e a 
mais forte a ser atingida no caso de uma afecção broncopneumônica aerógena 
(introduzir cápsula do fonoendoscópio entre o ombro e a parede torácica). 
Durante a auscultação, deve-se observar os seguintes sintomas: 
 Número de eventuais tossidas e características das mesmas; 
 Intensificação dos ruídos respiratórios normais; 
 Ocorrência de ruídos respiratórios anormais; 
 Tempo gato até a atividade respiratória voltar ao normal. 
 
 
Denominação e significado dos ruídos respiratórios 
Como consequência do aperfeiçoamento nos métodos de prova de função 
pulmonar, assim como da possibilidade de registro dos fenômenos sonoros, algumas 
teorias até então sobre a origem e o significado tanto de ruídos respiratórios normais 
como patológicos em medicina e veterinária exigiram correção. 
 Sons respiratórios normais: esses ruídos se formam por 
turbilhonamento do ar respirado dentro das ramificações das vias com 
mais de 2mm de diâmetro, porque suas paredes sustentadas por 
cartilagens entram em vibração. 
- Ruído cardiorrespiratório: é semelhante ao broncobronquiolar, 
geralmente fraco, como um sopro" curto, que se forma por 
deslocamento de ar causado pela sístole nas vias respiratórias 
saudáveis próximas ao coração;ao contrário dos verdadeiros ruídos 
respiratórios, este é sincrônico com o batimento cardíaco, mas 
costuma ser um pouco mais forte durante a inspiração. 
 Ruídos respiratórios patológicos: A intensificação patológica 
permanente do ruído respiratório traqueobrônquico, anteriormente 
descrita como "sopro tubário", pode ser decorrente de uma 
intensificação da respiração (aumento de volume de ar por respiração, 
aceleração da corrente respiratória) e/ou aumento de densidade (áreas 
sem ar) e do tecido pulmonar que, então, conduz melhor a ressonância 
e, dependendo do caso, pode ser esclarecido por exame da atividade 
respiratória e pela percussão sonora do campo pulmonar. 
- Ausência total do ruído respiratório normal ("silêncio pulmonar"): 
é detectada é áreas pulmonares grandes, consolidadas e, por isso, 
não mais arejadas, em outras alterações volumosas (em geral 
localizadas ventralmente e aí comprimindo o pulmão: pericardite, 
hidro, pio ou icotórax, prolapso do retículo para a cavidade 
torácica), assim como no pneumotórax, que envolve totalmente um 
lado do tórax. Para os ruídos respiratórios patológicos restantes, 
recomenda-se que sejam auscultados nos locais correspondentes do 
campo pulmonar, além dos ruídos respiratórios normais 
(possivelmente aumentados ou diminuídos), tornando-se mais 
evidentes após inibição temporária da respiração; 
- Crepitação (antigamente denominado "estertores úmidos"): são 
auscultadas semelhantes a uma explosão curta, descontínua, não-
musical, sem altura do tom perceptível ("knack"). Esses ruídos são 
formados por repentina compensação de pressão inspiratória em 
regiões pulmonares que pouco antes foram excluídas 
passageiramente da aeração, em decorrência do desvio intenso da 
entrada de ar na via respiratória por secreção/exsudato (obstrução) 
ou em consequência da pressão exercida sobre as mesmas por 
tecidos vizinhos (restrição). A crepitação muitas vezes é mais 
característica na parte ventral do pulmão, porque a obstrução e a 
restrição neste local ainda são agravadas pela força da gravidade 
Dependendo do momento da respiração em que corre crepitação, 
podem-se tirar conclusão sobre as alterações patológicas 
causadoras. Assim, uma crepitação precoce inspiratória/precoce 
expiratória indica uma doença obstrutiva das vias respiratórias com 
mais de 2mm de diâmetro interno, como broncopneumonia ou 
acúmulo de exsudato da traqueia. Crepitação tardia inspiratória é 
indicativa de doenças restritivas de vias respiratórias com menos de 
2mm de diâmetro interno (como edema e enfisema pulmonar, 
pneumonia intersticial e "pulmão de fazendeiro", assim como 
processos volumosos maiores (como tumores de pulmão, pleura ou 
parede torácica). A presença de bastante exsudato ou transudato 
bem líquido nas vias respiratórias, ao contrário da até então descrita 
crepitação fina, produz uma crepitação grossa. 
- Sibilos (antigamente denominado estertor seco ou ronco): são 
sons musicais contínuos de altura do tom e/ou tonalidade constante 
ou alternada, sendo que, às vezes a cada movimento respiratório 
pode ser percebido somente um ou mais tons simultaneamente ou 
sequencialmente (sibilo monofônico, respectivamente polifônico 
melódico simultâneo ou em sequência). Estes sibilos são 
decorrentes de estreitamentos patológicos das vias respiratórias, 
fato que ocasiona uma exagerada aceleração da corrente de ar 
respirado com equivalentes força e frequência de vibração da 
parede, assim como de tecidos pulmonares vizinhos que estão mais 
densos. Dependendo de quando o sibilo ocorre, pode-se chegar a 
outras conclusões (sibilo inspiratório - indicativo de estreitamento 
das vias respiratórias extratorácias como estenose de laringe, 
colapso ou compressão de traqueia; sibilo sequencial tardio 
inspiratório - indicativo de densificaçções restritivas do tecido 
pulmonar; sibilo expiratório - ao contrário, indica estreitamento 
obstrutivo das vias respiratórias intratorácicas; sibilo polifonético - 
é indicativo de múltiplas alterações. 
- Roçar respiratório: auscultado imediatamente sob a cápsula do 
fonoendoscópio, que é, como um esfregar, raspar ou arranhar 
sincrônico com a respiração, é raro no bovino, ao contrário dos 
ruídos de fricção causados por pericardite e, por isso, sincrônicos 
com o batimento cardíaco, que devem ser distinguidos à 
auscultação; a movimentação dos folhetos pleurais inflamados nos 
grandes ruminantes em geral não leva a tal achado, porque o 
exsudato da cavidade torácica ou reduz o roçar (exsudato seroso e 
icoroso) ou o impede (aderência fibrinosa). 
- Ruído cardiopneumônico: é um fenômeno de ressonância similar 
ao cardiorrespiratório, porém oriundo de tecido afetado 
broncopneumonicamente, por isso denominado de sibilo ou 
crepitação, fica mais característico durante a inspiração do que à 
expiração. 
 Ruídos anormais acidentais: são ruídos causados por erros de 
auscultação ou provenientes de outros órgãos ouvidos eventualmente 
durante a auscultação da traqueia ou dos pulmões, não devendo ser 
confundidos com outros ruídos respiratórios normais ou patológicos, 
fato que normalmente pode ser evitado observando-se o ritmo 
respiratório 
- Tremores musculares (estremece a cápsula do fonoendoscópio); 
- Ranger dos dentes; 
- Deglutição; 
- Crepitar de pelos (pressionar mais o fonoendoscópio); 
-Eructação; 
- Regurgitação; 
- Remover o bolo ruminado; 
- Aumento da intensidade dos movimentos dos pré-estômagos; 
- Gemidos. 
 Tranquilização da atividade respiratória: após a inibição da respiração 
em geral não se passam mais que um ou dois minutos até que o 
ferimento bovino recupere sua frequência e sua intensidade 
respiratórias. Atrasos significativos desses processo devem ser 
encarados como achado respiratório patológico e semore devem ser 
motivo para um exame cardíaco mais profundo no paciente. 
 
 
Métodos diagnósticos 
Exame de fezes para a pesquisa de larvas de vermes pulmonares: para 
comprovação de eventuais larvas de Dictyocaulus viviparus, o verme pulmonar do 
bovino, nas fezes serve o método de emigração. 
Prova intracutânea de tuberculina: Em regiões nas quais a tuberculose ainda 
aparece, deve-se efetuar imediatamente, em qualquer caso de suspeita, porém 
principalmente em doenças respiratórias, a prova de tuberculina, porque o respectivo 
animal pode transmitir rapidamente a doença para o rebanho ou para os tratadores (o 
mesmo é válido para os ruminantes de zoológico). A avaliação da prova de tuberculina 
é feita de acordo com os seguintes critérios: 
 Negativa: quando o aumento da espessura da pele for menor que 
2,0mm, e quando não houver qualquer alteração da pele clinicamente 
perceptível (dor, edema, exsudato, necrose ou inchação dos vasos 
linfáticos); 
 Questionável: quando o aumento da espessura da pele tiver entre 2-
4mm e não houver as mencionadas alterações clínicas da pele; 
 Positiva: quando o aumento da espessura da pele for maior que 4mm 
e/ou houver as mencionadas alterações clínicas de pele. 
 
Níveis de fibrinogênio no plasma: em bezerros, o nível de fibrinogênio 
plasmático (nível normal: 4,5 +/- 1,5g/l) já sobe consideravelmente dentro de 24h após 
o início de uma broncopneumonia; quando os valores atingirem mais de 8,0g/l, o 
prognóstico da patologia é desfavorável. 
Exames sorológicos de controle: As broncopneumonias enzóoticas ligadas a 
infecções virais, que ocorrem principalmente em criações de bovinos com mudança 
frequente dos animais, nem sempre pode ser explicadas com certa confiança (com 
exceção da rinotraqueíte infecciosa bovina), mesmo com a comprovação da presença de 
um ou mais tipo de vírus, já que estes microrganismos também estão presentes no 
sistema respiratório de bovinos saudáveis. Para a comprovação de anticorpos contra 
vírus da rinotraqueíte infecciosa bovina (RIB), pode-se efetuar o teste de ELISA com 
soro sanguíneo ou do leite.Broncoscopia: a observação endoscópica dos brônquis é feita ao mesmo tempo 
que a traqueia. 
Prova de lavagem broncoalveolar: o líquido obtido na lavagem intrapulmoar é 
mais apropriado para controle microbiológico e, principalmente, citológico das doenças 
respiratórias do que as amostras de muco traqueal. Uma lavagem desse tipo pode ser 
efetuada com o animal em estação, dependendo do caso sedado e, de acordo com a 
necessidade (p. ex. nos exames de evolução experimental), pode ser repetida várias 
vezes sem risco. Ela é efetuada através do canal de colheita de um endoscópio flexível 
(ou seja, sob controle visual), ou cegamente. 
Punção da cavidade torácica: como o acúmulo de líquido inratorácico em 
maiores quantidades é raro no bovino, o exame da punção pleural adquiriu, até então, 
pouco significado prático nesta espécie animal. A avaliação do material puncionado, 
também útil para exame bacteriológico, é feita da mesma forma que a do líquido da 
cavidade peritoneal. Caso o líquido pleural normal obtido seja pouco ou nenhum, não se 
pode afirmar com certeza que a cavidade torácica esteja saudável. 
Funções extra-respiratórias dos pulmões: finalmente pode-se dizer que os 
pulmões têm outros papéis que não são ligados à respiração, como filtração a 
armazenamento do sangue circulante, dissolução de êmbolos e manutenção da 
viscosidade sanguínea, compensação di líquido e sais corporais, participação na defesa 
geral contra infecções, metabolismo, ativação ou desativação de substâncias endógenas 
(fisiológicas) ou exógenas (farmacológicas), assim como secreção endócrina ectópica. 
No bovino, essas funções foram pouco estudadas até agora. 
Biópsia de tecido pulmonar: no bovino é possível se efetuar a retirada de 
fragmentos do tecido pulmonar no animal vivo para exames histológicos, mas tal 
biópsia só é aconselhável quando os outros métodos auxiliares de diagnóstico não foram 
suficientes para esclarecer a doença. 
Radiografia: para se efetuar um controle radiográfico técnico da área torácica 
do bovino são necessárias chapas (no final da inspiração) feitas com o animal em 
estação e decúbito dorsal ou lateral (com os anteriores para frente), em direção 
transversal (para bovinos adultos, da direita e da esquerda), com o auxílio de uma 
aparelhagem potente. Neste caso, pode-se visualizar o tórax de inteiramente em 
bezerros, enquanto em animais mais velhos só pode ser vista a área dos lobos cardíaco e 
diafragmático do pulmão não encobertos pelo membro escapular. Se for o caso, boas 
radiografias do tórax podem dar valiosos indícios de focos tuberculosos (animais de 
zoológico), abscessos pulmonares, corpos estranhos no retículo que penetram até o 
tecido pulmonar, prolapso de órgãos abdominais no tórax por uma hérnia diafragmática 
(eventração diafragmática congênita ou adquirida ), cistos de equinococos, metástases 
tumorais, fratura do esterno, broncopneumonia intersticial ou verminótica, enfisema 
pulmonar, pneumotórax ou pleurite. 
 
 
Parede torácica 
Durante o exame do sistema respiratório, a parede torácica deve ser examinada 
por inspeção e palpação, quanto a aumento de contornos ou perda de susbtância nesta 
região (enfisema subcutâneo, edema, fleimão, abscesso, hematoma, ferimentos). Nesse 
exame, devem-se observar as alterações (punção, sondagem) que podem estar 
envolvidas com uma doença respiratória como origem (fratura de costela, fístula 
esternal e semelhantes). 
 
 
Diagnóstico diferencial das doenças respiratórias 
Para a diferenciação segura das afecções do sistema respiratório que acometem 
o bovino, os achados clínicos encontrados no animal não são suficientes. Por esse 
motivo, as condições acompanhantes da doença, assim como (principalmente quando 
acometem um rebanho) os resultados de exames complementares, também devem ser 
utilizados. Fazem parte das condições acompanhantes: aparecimento individual ou no 
rebanho, correlação com determinada época do ano, grupo etário, tipo de criação, tipo 
de manejo, alimentação, mudança dos animais, condições climáticas ou clima dos 
estábulos, etc. Deve-se observar que a ocorrência de doença em um animal 
individualmente num ambiente sem componentes nocivos, a afecção do sistema 
respiratório se transmite por vias hematogênica, aspiratória ou traumática; afecções 
respiratórias que acometem os rebanhos animais da mesma idade, mesmo manejo e 
alimentação são indícios de uma infecção aerógena estimulada pir fatores estressantes 
ou de uma intoxicação oral. Dentre os exames complementares, estão as provas 
sorológicas, microbiológicas ou toxicológicas de material adequado (soro sanguíneo, 
soro de leite, muco broncotraqueal, tecido alterado, alimentos suspeitos, suco ruminal), 
assim como em caso de necropsia dos achados microscópicos e histológicos.

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