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A Ideologia Alemã: Trabalho, História e Consciência

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE
SÂNZIA MARIANA GONÇALVES ANDRADE
FICHAMENTO COMENTADO
Livro: A Ideologia Alemã 
Karl Marx e Friedrich Engels
Itapipoca - CE
2019
A ideologia em geral e em particular a ideologia alemã
Pode-se distinguir os homens dos animais pela consciência, pela religião e por tudo o que se queira. Mas eles próprios começam a se distinguir dos animais logo que começam a produzir seus meios de existência. (P. 10).
Os autores compreendem o trabalho como um mecanismo capaz de produzir os homens e as sociedades, portanto, essa característica nos diferencia dos animais.
A divisão de trabalho no interior de uma nação gera, (...) a separação entre trabalho industrial e comercial, de um lado, e trabalho agrícola, de outro; e com isso a separação entre a cidade e o campo e a oposição de seus interesses. Seu desenvolvimento posterior leva à separação do trabalho comercial e do trabalho industrial. (P. 12).
O ser humano se constitui como um ser social través do trabalho, superando a questão natural das relações, saindo de uma sociedade agrícola para uma sociedade industrial.
Não é consciência que determina a vida, mas sim a vida que determina a consciência. (P. 20).
O trabalho condiciona a consciência do homem, tornando-se um processo continuo, ou seja, a forma como agimos e pensamos é de acordo com as experiências de vida que temos em sociedade, projetando valores que são incutidos em nós diariamente, tanto no trabalho como nas demais relações sociais. O trabalho molda nossa consciência. 
1. História
(...) portanto, de toda a história, ou seja, o de que todos os homens devem ter condições de viver para poder “fazer a história”. Mas para viver é preciso antes de tudo beber, comer, morar, vestir-se e algumas outras coisas mais. (P. 21).
Para fazer história, é necessário que o homem tenha acesso às coisas básicas como comer e beber, pois sem esse acesso fica impossível do mesmo ser o motor que vai eliminar as divisões de classe. O homem fica impossibilitado de pensar na revolução quando sua maior preocupação é obter meios para garantir sua sobrevivência. 
(...) a massa das forças produtivas acessíveis aos homens determina o estado social, e que deve, por conseguinte, estudar e elaborar incessantemente a “história dos homens” em conexão com a história da indústria e da troca. (P. 24).
O modo de produção capitalista se mantém graças a uma valorização histórica do capital, alienando o trabalhador e lhe submetendo ao modo de vida assalariado. Nessa condição a história do desenvolvimento industrial está ligada a desvalorização do trabalhador.
A divisão do trabalho só se torna efetivamente divisão do trabalho a partir do momento em que se opera uma divisão entre o trabalho material e o trabalho intelectual. (P. 26).
A divisão do trabalho empobrece o lado intelectual do trabalhador, pois elimina sua criatividade, transformando-o em uma mercadoria.
(...) toda classe que aspira a dominação (...) deve conquistar primeiro o poder político para apresentar por sua vez seu interesse próprio como sendo o interesse geral, sendo obrigada a isso no primeiro momento. (P. 29-30).
O Estado foi criado para preservar os interesses da burguesia, mantendo a classe proletária sob controle, ou seja, o Estado tem os aparatos legais para dominar e eliminar qualquer ação voltada contra os interesses daqueles que controlam o capital. 
2. Da Produção da Consciência
Os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, os pensamentos dominantes (...). (P. 48). 
A classe dominante tem o poder de decidir sobre o Estado, meios de produção e de comunicação, utilizando-se dessas ferramentas consegue manipular a classe proletária para que a mesma atue de acordo com seus interesses. 
Portanto, cada nova classe consegue apenas estabelecer seu domínio sobre uma base mais ampla do que a classe que dominava anteriormente (...). (P. 51).
Só existe divisão de classes porque indivíduos que tinham objetivos comuns se uniram e tomaram para si os meios de produção, comprando o apoio do Estado, fazendo com que a grande maioria fosse explorada, portanto, só existe uma classe dominante por que existem aqueles que não conseguem se organizar como classe e lutar por seus direitos.
A BASE REAL DA IDEOLOGIA
1. Trocas e Força Produtiva
A existência da cidade implica ao mesmo tempo a necessidade da administração, da polícia, dos impostos etc. (...). (P.55).
Conforme os grandes centros industriais foram surgindo no decorrer da história, torna-se necessário a criação de órgãos reguladores que sejam capazes de instalar a ordem e o domínio de uma classe sobre a outra. Saindo do modelo tribal, passando para um modelo moderno de relações sociais. 
 A cidade constitui o espaço da concentração, da população, dos instrumentos de produção, do capital, dos prazeres e das necessidades, ao passo que o campo evidencia o oposto, o isolamento e a dispersão. (P. 55).
As cidades concentram as riquezas e os meios de produção, fazendo com que exista um deslocamento de massa, pessoas saindo do campo para os grandes centros urbanos, na busca de uma ideia de vida vendida pela burguesia. 
Os indivíduos isolados só formam uma classe na medida em que devem travar uma luta comum contra uma outra classe; quanto ao mais, eles se comportam como inimigos na concorrência. (P. 61).
Para que a burguesia pare de explorar o proletariado é necessário que a classe trabalhadora se una contra o inimigo comum, aniquilando as relações trabalhistas.
2. Relação do Estado e do direito com a propriedade
Por ser uma classe e não mais um estamento, a burguesia é obrigada a se organizar no plano nacional, e não mais no plano local, e a dar uma forma universal aos seus interesses comuns. (P. 73-74).
A burguesia conseguiu ultrapassar as fronteiras de todos os países, vendendo um modelo de enriquecimento que rapidamente foi adotado, pois em todo o mundo existe mão de obra para ser explorada principalmente quando não se tem condições dignas de sobrevivência. 
Sendo o Estado, portanto, a forma pela qual os indivíduos de uma classe dominante fazem valer seus interesses comuns e na qual se resume toda a sociedade civil de uma época, conclui-se que todas as instituições comuns passam pela mediação do estado e recebem uma forma política. (P. 74).
Conclui-se que todas as instituições foram criadas pela classe dominante com o intuito de facilitar e prolongar seu domínio, dividindo os trabalhadores, transformando-os em mercadorias, alienando-os e minando sua força e criatividade. 
3. Instrumentos de Produção e Formas de Propriedade Naturais e Civilizadas
(...) somente uma revolução permitirá que a classe que derruba a outra varra toda a podridão do velho sistema e se torne apta a fundar a sociedade sobre bases novas. (P. 86).
A história é um atrito entre os homens que resulta em um mundo de relações materiais, portanto, essas relações constroem o mundo capitalista que conhecemos hoje, mas para que essa realidade mude é necessária uma luta política em que os homens superem as relações materiais e que criem formas de coexistirem sem utilizar de meios exploratórios. 
C. COMUNISMO – PRODUÇÃO DO PRÓPRIO MODO DE TROCA.
É somente na comunidade [com os outros que cada] indivíduo possui os meios de desenvolver suas faculdades em todos os sentidos; é somente na comunidade que a liberdade pessoal é possível. (P. 92).
As relações que os homens estabelecem entre si é o que estimula a construção da sociedade, sela tribal ou industrial. 
Os indivíduos sempre partiram de si mesmos, naturalmente não do indivíduo “puro”, no sentido dos ideólogos, mas sim deles mesmos, dentro de suas condições e de suas relações históricas. (P. 94).

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