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Macroeconomia e Microeconomia: Entendendo a Ciência Econômica

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Aline Sthéfani de Melo
Pós Graduação em Contabilidade, Direito e Economia com ênfase na Gestão Pública
Disciplina: Macroeconomia e Microeconomia
Macroeconomia e Microeconomia
A Ciência Econômica, em sua essência, estuda como a sociedade lida com seus recursos escassos, isto é, como uma família administra sua renda mensal, quanto vai para comida, estudos, gastos com moradia, carro e etc. Da mesma forma, a Economia estuda como o governo deve planejar os recursos limitados, já que a receita não é infinita. Por exemplo, quanto do dinheiro dos impostos deve ir para a saúde, a segurança pública, a educação, a cultura e os esportes.
A escassez é o conceito central do tema e ela significa que a sociedade tem recursos limitados e, portanto, não pode produzir todos os bens que as pessoas desejam. Isto posto, a Ciência Econômica estuda como as decisões são tomadas no contexto de escassez.
Sempre que falamos de empresas, de seus concorrentes, clientes e fornecedores, encontramo-nos no campo da chamada microeconomia. Nesse campo, tratamos de mercados específicos, como, por exemplo, o de comércio de móveis. Podemos estudar o número de empresas que integram esse mercado, os tipos de consumidores que o compõem, e quais os preços médios nele praticados. Mas, quando tratamos de relações que ocorrem numa dimensão mais ampla, como a economia de um país, estamos falando da chamada macroeconomia. Nessa esfera, as empresas e famílias geralmente são passivas ante as mudanças das variáveis macroeconômicas; ou seja, é a economia que interfere na renda das famílias e não o contrário. 
A macroeconomia está preocupada com o comportamento da economia como um todo – com expansões e recessões, produção total de bens e serviços, crescimento da produção, taxas de inflação e de desemprego, balanço de pagamentos e taxas de câmbio. A macroeconomia lida tanto com o crescimento econômico no longo prazo quanto as flutuações no curto prazo, que constituem o ciclo econômico. A sua vida, a empresa em que você trabalha e seus amigos são afetados pelo ambiente macroeconômico. Certamente você já debateu, em algum lugar, sobre as perspectivas da economia para o próximo ano, ou o porquê do nível de desemprego ter subido, ou sobre se o dólar vai cair ou subir até o final do ano, etc. Ter ciência do que ocorre ao nosso redor é fundamental para tomarmos decisões mais racionais.
Seguindo a abordagem de Simonsen e Cysne (1985), existem sete conceitos básicos para aferir o desempenho real de uma economia. São eles: produto, renda, consumo, poupança, investimento, absorção e despesa. Esses conceitos são base para a contabilidade nacional e são nomeados de agregados macroeconômicos, pois consideram os resultados da atividade econômica como um todo. Vamos tratar de esclarecê-los nessa aula.
A identidade Produto = Renda resulta de que a adição de valores, em cada etapa do processo de produção, corresponde exatamente à remuneração dos fatores (salário, juros, lucros, aluguéis). Lembre-se de que estamos tratando de uma economia com governo e interligada com o resto do mundo. Portanto, estamos levando em consideração que a produção pode remunerar o salário de um trabalhador nacional e também de um estrangeiro.
Podemos entender produto, renda e despesa como um grande fluxo, em que o produto remunera seus fatores (salários, insumos, etc.) que somados representam a renda agregada. A renda, por sua vez, somente pode ser convertida em despesa, sendo essa dividida em consumo, investimento ou gasto no exterior. Saiba mais sobre este conteúdo, assistindo ao vídeo a seguir.
Uma definição de macroeconomia afirma que ela é constituída de um apanhado de hipóteses que tentam simplificar o mundo complexo e assim torná-lo mais fácil de se entender. Vejamos isso de maneira mais simples: imagine uma réplica plástica do corpo humano, como aquelas usadas nas aulas de Biologia do Ensino Médio. Ela não deixa de ser uma representação rudimentar do corpo humano, mas apesar da falta de realismo, ajuda-nos a aprender como o organismo funciona. A macroeconomia atua da mesma maneira, pois por meio de equações e diagramas. torna mais fácil entender como os agentes da economia reagem a flutuações no crescimento econômico, na produção total de bens e serviços, nas taxas de inflação e desemprego etc. Outro ponto essencial é que o estudo da macroeconomia deve ir além dos detalhes ligados ao comportamento dos indivíduos (como famílias ou empresas), os quais são objeto de estudo da microeconomia. Na macroeconomia, lidamos com o mercado como um todo; por exemplo, como nações interferem umas sobre as outras, ou como o mercado de ativos influencia a inflação. Há dois conceitos importantes, que é necessário entender quando se trata de macroeconomia. São os conceitos de curto e longo prazos. Entender em que ponto, no tempo, a variável deixa de ser de curto prazo e passa a ser de longo prazo é algo relativamente subjetivo, pois não existe uma tabela que nos diga que 254 dias no futuro será um período de longo prazo. Vejamos como Dornbusch, Fischer e Startz (2013) definem curto e longo prazo *
Curto prazo – os preços são relativamente fixos, pois alterá-los demanda custos que não são aceitáveis naquele momento. E a produção é variável, até certo ponto; nunca acima da fronteira da possibilidade de produção, seja ela de uma empresa ou de uma nação. É no contexto de curto prazo que encontramos o papel mais importante para a política macroecômica. 
 Longo prazo – a produção depende do capital — máquinas e pessoas — e da tecnologia. Portanto, para aumentar a oferta de produtos no longo prazo, sejam eles da sua empresa ou de uma nação, serão necessários incrementos no capital ou avanços na tecnologia, que claramente não são possíveis num curto espaço de tempo, isto é, não estarão disponíveis no curto prazo. 
Outro conceito importante, intrinsicamente relacionado com o curto e o longo prazos, é a Curva de Fronteira de Possibilidade de Produção. Podemos considerar essa possibilidade de produção como um produto potencial, que somente será possível alterar no longo prazo, por meio de ajustes no montante de capital empregado ou por modificações na tecnologia. 
Vamos, agora, apresentar o modelo de oferta e demanda agregadas, que é umas das análises essenciais em macroeconomia, para entender as flutuações do produto, assim como a determinação do nível geral de preços e da taxa de inflação. Utilizaremos esse modelo para compreender por que a economia se distancia de sua trajetória ‘natural’ de crescimento ao longo do tempo e para explorar as políticas governamentais destinadas a aumentar o crescimento ou a reduzir o desemprego. Deslocamentos das curvas de demanda e oferta fornecem-nos respostas que permitem entender por que os preços subiram mais em um ano do que em outros; por que a oferta de empregos cresce em certos anos, e o que as políticas públicas podem fazer para impedir períodos de queda da renda e aumento do desemprego.
Hoje a economia faz parte de nossas vidas, de forma direta ou indireta. A macroeconomia vai elaborar um estudo para atingir os objetivos de metas no âmbito geral e assim tomando as decisões necessárias no bem comum de todos, já a microeconomia desenvolve um estudocomo uma pessoa, uma família, uma empresa, sendo coordenadas pelos mercados e como a oferta e demanda são determinadas em mercados individuais. Vale ressaltar que existe situações que pode influenciar uma ou outra, pois elas não são independentes e uma depende da outra para que a economia fique instável, cada uma possui o seu objetivo e sua composição, mas ambas se dependem para seguir em frente, buscando sempre o resultado.
Portanto podemos concluir dizendo que quando se quer analisar a dinâmica de preços de um mercado, bem como tomar a decisão mais racional sobre um determinado tema, a microeconômica deverá ser o objetivo de seus estudos, pois ela estará avaliando diversas características, tais como impostos, elasticidade, custos produtivos, entre outros.

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