AULA 11 - DIREITOS DA PERSONALIDADE - DIREITO DE IMAGEM E HONRA

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Especialista: Carlos Eduardo Ferreira de Souza 
 Disciplina: Direito Civil 
 carlosedufs 
 
AULA 11 
DIREITO CIVIL – PARTE GERAL 
Direitos da Personalidade em Espécie: o Direito de Imagem e Honra 
Olá, pessoal! Meu nome é Carlos e eu sou especialista em Direito Civil do Passei Direto. 
Vamos aprender mais sobre o direito de imagem? 
DISPOSITIVO LEGAL 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção 
da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a 
exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento 
e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a 
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815) 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer 
essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. 
DIREITO DE IMAGEM 
A primeira coisa a ser dita é: esqueça a ideia de que imagem é só aquilo que se vê. 
O direito de imagem compreende tudo aquilo que projeta a pessoa no mundo, como imagem, 
voz ou conjunto de qualidades, enquanto direito a honra é aquela que afeta a boa fama da pessoa. 
Sendo assim, pode ser dividida em três partes: 
1. Imagem-retrato: é a aparência (ex. fotografia, filmagem, etc.). 
2. Imagem-voz: é a projeção que a voz tem (ex. a inconfundível voz de Silvio Santos). 
3. Imagem-atributo: é o conjunto de características ou qualidades que remetem a alguém 
(ex. se referir a “uma notória Deputada responsável pela autoria do projeto de Lei Maria 
da Penha” ou “um MC conhecido por ter várias mulheres e muitos filhos”). 
Assim, todas essas categorias de imagem são protegidas, não podendo haver utilização de 
nenhuma delas, sob pena de violar o direito da personalidade. 
Há, contudo, exceções: (i) com autorização; (ii) necessárias à administração da justiça; (iii) 
necessárias para manutenção da ordem pública. 
Sendo assim, pode haver divulgação autorizada (ex. propagandas, trailers de filmes, etc), 
bem como de imagens de foragidos ou presos. 
Da mesma forma, se entende que a pessoa pública tem a imagem flexibilizada. Por exemplo, 
uma fotografia de um conhecido cantor andando na rua e divulgação é autorizada, mas não com 
intuito vexatório e não de forma abusiva (ex. num banheiro de shopping ou no quintal de sua casa 
murada). 
Outra situação é aquela em que a fotografia é tirada em espaço público. Se não for possível 
reconhecer ou se estiver em determinado contexto, então não há violação do direito da 
Especialista: Carlos Eduardo Ferreira de Souza 
 Disciplina: Direito Civil 
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personalidade. Exemplificando, uma fotografia distante em um estádio de futebol lotado não é 
violadora do direito de personalidade, enquanto uma foto mais centrada enquanto o torcedor come 
cachorro quente de boca aberta é prejudicial. 
De qualquer forma, seja num jornal, livro, outdoor, placa, panfleto, rádios, televisões, redes 
sociais ou outros meios, qualquer um tem o direito de pedir que o uso indevido e não autorizado de 
sua imagem seja cessado imediatamente. 
Se entenda que o uso da imagem não precisa afetar a honra, como diz a lei, porque são 
independentes. Por exemplo, se exibo a imagem da Xuxa em um outdoor, informando que a cultura 
da apresentadora é admirável e que ela lê meus livros, não há desonra, mas uso indevido da imagem, 
sim, caso eu não possua autorização. 
Falecida a pessoa ou ausente, obviamente não poderá pleitear a cessação da lesão ou 
exibição, mas um parente seu poderá. Mas quem? Serão os seguintes, nessa ordem: 
1. Cônjuge ou companheiro; 
2. Ascendentes; 
3. Descendentes 
Duas observações: 
A primeira: não confundir com o art. 12, §único do CC, que autoriza também os colaterais 
até quarto grau, porque no direito de imagem, nada se fala sobre. 
A segunda: no caso das biografias não autorizadas, o STF preferiu privilegiar o direito de 
informação, que é fundamental para qualquer democracia, proibindo a censura prévia e 
determinando que eventuais danos causados por fatos infundados deverão ser solucionados a 
posteriori. 
Então é isso, pessoal! Espero que tenham gostado! 
Bons estudos e boa aprovação!