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Carlos Antônio Intubação Endotraqueal Introdução: Consiste na passagem de um tubo flexível através da traqueia com o objetivo de manter a via aérea pérvia, para possibilitar ventilação dos pulmões e, assim, oxigenar o sangue. Pelo fato de ser invasiva, deve-se administrar substâncias sedativas e analgésicas. Deve-se utilizar os dispositivos para visualizar a glote: laringoscópio, fibroscópio, videolaringoscópio e diversos outros. Indicações • Procedimentos anestésicos para cirurgias; • necessidade de bloqueadores neuromusculares; • necessidade de ventilação mecânica com pressão positiva; • em casos de obstrução das vias aéreas; • doenças pulmonares, neurológicas ou cardíacas que geram hipoxemia; • proteção contra o conteúdo gástrico; • choque circulatório; • traumas; • parada cardíaca ou reanimação. Preparação do procedimento 1. Deve-se sempre estimar a dificuldade do procedimento, pelos sinais sugestivos de intubação difícil, como: distância tireomentoniana < 6 cm; abertura bucal ≤ 3 cm ou limitações da articulação temporomandibular; extensão do pescoço limitada; espaço submandibular reduzido; incisivos centrais superiores longos; pescoço curto; retrognatismo; palato em ogiva; Mallampati acima da classe II. 2. Também deve-se estimar a dificuldade de ventilação do paciente (2 ou mais itens sugerem dificuldade): IMC ≥ 26; presença de barba; idade > 55 anos; histórico de ronco ou apneia do sono; ausência de dentes. 3. Verificar materiais necessários para o procedimento: tubos endotraqueais de vários tamanho; seringas 10 mL para insuflar o balonete do tubo; luvas de procedimento; solução anestésica em aerossol; fio-guia maleável; cabos e lâminas de laringoscópio; oxigênio suplementar e conectores; máscaras faciais para ventilação e bolsa Carlos Antônio ventilatória; aparelhos para monitorização adequada; substâncias para sedação e reanimação cardiopulmonar; desfibrilador facilmente acessível; cânulas nasofaríngeas. Procedimento 1. Checklist de todo equipamento, selecionar diâmetro adequado do tubo (para mulheres entre 7,0 – 8,5 mm e, para homens, de 8,0 – 9,5 mm) e testar balonete; 2. Fio-guia instalado no tubo, dobrando a extremidade proximal para ancorá-la na extremidade do tubo; 3. Realizar sedação e anestesia. Avaliação se há necessidade do uso de bloqueador neuromuscular; 4. Posicionar a cabeça adequadamente, alinhando os três eixos (oral, faríngeo e laríngeo) para possibilitar a visualização direta da laringe. Deve-se colocar um coxim abaixo da região occipital para poder flexionar a cabeça; 5. Abrir a boca com a mão direita e segurar o laringoscópio com a mão esquerda; 6. Lâmina introduzida pelo lado direito da boca, deslocando a língua para a esquerda; 7. Mover a lâmina em direção à linha média e fazê-la avançar até a base da língua (quando lâmina curva, até chegar a valécula e quando com a lâmina reta, sobre a epiglote). Deve-se afastar o lábio inferior, usando o dedo indicador direito. Evitar alavancar os dentes incisivos superiores; 8. Avançar o tubo através do canto direito da boca, e sob visão direta, através das cordas vocais. Profundidade média do tubo deve chegar à 22 cm na altura dos incisivos do homem e de 21 cm nas mulheres; 9. Insufle balonete do tubo (abaixo de 25 mmHg); 10.Ventilar manualmente para confirmar o posicionamento do tubo, associado com ausculta do epigástrio, enquanto se observa a parede torácica em busca de evidências de insuflação torácica, seguida dos campos pulmonares; 11. Solicitar Raio-X de tórax para confirmar o posicionamento do posicionamento; 12. Procedimento deve ser precedido de adequada pré-oxigenação do paciente com O2 a 100%, a fim de viabilizar margem de segurança, caso haja dificuldade na ventilação ou na intubação. Contraindicações Deve-se ter um maior cuidado em pacientes com traumatismo na face, abscesso faríngeo, tumor facial ou cervical, deformidade craniofacial, ancilose de mandíbula, trismo, artrose cervical grave. Carlos Antônio Complicações • Lesões na região; • Disfonia, faringodinia; • Hemorragias/aspiração de sangue; • Intubação esofágica/atelectasia pulmonar; • Tosse e vômito; • Infecções do trato respiratório; OBS.: A intubação é definida como difícil quando requer mais de 3 tentativas ou 10 minutos para ser realizada. Nessa situação, é importante saber empregar recursos e alternativas que possam prover oxigenação temporária ao paciente, ou alternativas que possam servir como via aérea definitiva, como a máscara laríngea, o combitude e a cricotireoidostomia.
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