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TCC Completo VANESCA - 24-08-17

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11
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE CRUZEIRO
VANESCA RAQUEL GONÇALVES GONZAGA DE PAULA
INCLUSÃO: TEA (TRANSFORMANDO DESAFIOS EM APTIDÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL)
CRUZEIRO – SP
2017
VANESCA RAQUEL GONÇALVES GONZAGA DE PAULA
INCLUSÃO: TEA (TRANSFORMANDO DESAFIOS EM APTIDÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL)
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro, em cumprimento à exigência parcial para obtenção do título de Licenciada em Pedagogia, sob orientação do Prof. Esp. Daniel Marcos Vieira. 
 
CRUZEIRO – SP
2017
VANESCA RAQUEL GONÇALVES GONZAGA DE PAULA
INCLUSÃO: TEA (TRANSFORMANDO DESAFIOS EM APTIDÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL)
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em ______de________ de 2017, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciada em Pedagogia da Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro, pelos professores:
Banca Examinadora:
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Orientador: Prof. Esp. Daniel Marcos Vieira
CRUZEIRO – SP
2017
 A minha família e aos meus filhos pelo incentivo e apoio, aos meus amigos, pelo companheirismo e a meus mestres , por compartilhar toda suas experiências e dedicação.
AGRADECIMENTOS
À Deus, pelo dom da vida e pelos constantes desafios, que me possibilitou realizar e concluir esse curso.
À minha orientadora Prof. Esp. Daniel Marcos Vieira pela: paciência, orientação, apoio e atenção que me ajudaram a concluir este trabalho.
À Faculdade de Ciências Humanas de Cruzeiro e à Diretora Prof.ª Patrícia Baptistella, pelas inúmeras oportunidades concedidas, sem as quais eu não chegaria até aqui.
Aos demais professores, pela amizade, abraços e conhecimentos compartilhados, cada um com sua maneira e compreensão, me senti motivada durante todo o curso e feliz pelos laços que levarei ao longo da minha vida.
Agradeço aos meus familiares e todos que me auxiliaram sempre que eu necessitei, principalmente para a realização desse trabalho.
Aos meus colegas do curso de Pedagogia que acompanharam o meu desempenho e formação, com companheirismo e solidariedade.
“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E quanto mais me dou a experiência de lidar sem medo, sem preconceito, com as diferenças, tanto melhor me conheço e construo o meu perfil” (FREIRE, 2006, pág. 90 ).
RESUMO
O presente trabalho apresenta o TEA (transtorno Espectro autismo) ou Autismo, é dado a uma criança com atraso de comunicação, imaginação e interação, essas três características descreve o diagnóstico do TEA, onde é caracterizado uma síndrome comportamental onde requer observação. Assim, a pesquisa tem como tema os desafios enfrentados pelas crianças com TEA e como transformar em possibilidades. O presente trabalho tem como objetivo identificar desafios enfrentados pelas crianças com TEA na educação fundamental, mostrando-as possibilidades que podem ser realizadas a partir da inclusão e realizações de rotinas escolares. Para tanto adotou–se a pesquisa bibliográfica que a criança com TEA tem características relevantes, umas leves e outras graves, mas dependendo das intervenções, elas tendem a diminuir seus espectros. A inclusão da criança com TEA na educação fundamental mostra que é de grande desafio sua interação, mas de grande valia sua determinação de querer se socializar e tentar adaptar–se a suas rotinas, trabalhando sempre com métodos adaptados como os PECS, TEACCH e ABA, na qual são um dos melhores suportes para a aula serem mais dinâmicas e eficaz. Transformando o Âmbito escolar em um lugar inclusivo, onde sua presença seja notada, garantindo a essa criança uma motivação intrínseca, desenvolvendo para ela um mundo igualitário. Conclui-se que toda criança com TEA tem seus desafios e possibilidades de acompanhar e aprender seus estudos em âmbito escolar regular.
Palavras–chave: TEA. Educação Fundamental. Desafios. Possibilidades. Inclusão.
ABSTRACT
The TEA(Autism spectrum disorder) or Autism is given to a child with delayed communication, imagination and interaction, these three characteristics describes the diagnosis of TEA, where is characterized a behavioral syndrome where it requires observation. Thus, the research has as its theme the challenges faced by children with TEA and how to transform into possibilities. The present study aims to identify challenges faced by children with TEA in basic education, showing the possibilities that can be realized from the inclusion and accomplishment of school routines. In order to do so, it was adopted the bibliographic research that the child with TEA has relevant characteristics, some mild and others serious, but depending on the interventions, they tend to decrease their spectra. The inclusion of the child in TEA in primary education shows that their interaction is very challenging, but their determination to socialize and try to adapt to their routines, working with adapted methods such as PECS, TEACCH and ABA, In which they are one of the best supports for the class to be more dynamic and effective. Transforming the school environment into an inclusive place, where its presence is noticed, guaranteeing this child an intrinsic motivation, developing for her an egalitarian world.It is concluded that every child with TEA has their challenges and possibilities to follow and learn their studies in a regular school environment.
Key words: TEA. Fundamental Education. Challenges. Possibilities. Inclusion.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................10
1 TEA...........................................................................................
1.1 DEFINIÇÃO DO TEA..............................................................
1.2 COMO É DADO O ESPECTRO.............................................
1.3 COMO TRABALHAR O TEA..................................................
2 LEI E BENEFÍCIOS
2.1 LEI 12.764/12.........................................................................
2.2 BENEFÍCIOS.........................................................................
2.3 LEI, TEA E A ESCOLA..........................................................
3 ÂMBITO ESCOLAR
3.1 INCLUSÃO ESCOLAR E SEUS DESAFIOS.........................
3.2 ESTRATÉGIAS SIMPLES QUE FUNCIONAM......................
3.3 COTIDIANO ESCOLAR..........................................................
CONCLUSÃO...............................................................................
REFERÊNCIAS.............................................................................
SIGLAS
TEA – Transtorno do espectro do autismo
ABA – Análise aplicada do comportamento
TEACCH – Tratamento e Educação para autista
PECS – Sistema de Comunicação por troca de imagens
 
INTRODUÇÃO
 O TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) é um assunto muito em alta nos dias de hoje em escolas, sociedade e tão pouco discutido. Os desafios enfrentados pelas crianças com TEA da educação fundamental mostra as grandes dificuldades na área da interação, imaginação e comunicação. Contudo ainda assim, tem o direito de frequentar uma sala regular, com atividades propícias e com uma rotina baseada em seu espectro, mostrando as possibilidades de aprendizagem.
 O presente trabalho tem como tema os desafios enfrentados pelas crianças com TEA na educação fundamental e suas possibilidades de aprendizagem com a capacidade de interagir, e socializar no ambiente escolar.
 A presente investigação, portanto, parte do seguinte problema de pesquisa: Como transformar os desafios de uma criança com TEA na educação fundamental em aptidão de aprender?Aventa-se a hipótese de que os desafios na educação para as crianças com TEA tem se tornado cada dia mais transparente e eficaz, fazendo com que seu desenvolvimento perante a situação se torne possível sua inclusão, favorecendo seu bem-estar emocional e aproximando-a do mundo e da sociedade como todo.
 Defende-se também a hipótese de que a criança com TEA tem a capacidade e a ingenuidade de aprender por meios de práticas pedagógicas: atividades com letras e números na qual se trabalha com repetições e regras rotineiras a serem aplicadas, mostrando sempre suas obrigações.
 O objetivo geral do trabalho é, por conseguinte, identificar os desafios enfrentados pelas crianças com TEA. Pretende-se , para tanto, apontar suas possibilidades de aprendizagem e demonstrar o quanto a criança com TEA tem capacidade de acompanhar as rotinas, e a realizar as atividades escolares.
 A relevância da pesquisa possui tripla dimensão: científica, social e pessoal. No que se concerne à contribuição ao conhecimento específico, qualquer estudo que se preocupe em demonstrar as dificuldades e desafios enfrentados pela criança com TEA, mostrando a sociedade onde a exclusão está mais a favor do que a inclusão, cabe a nós educadores mostrarmos a sociedade e as autoridades para transformar esse conceito em uma forma de dizer que toda criança com TEA são iguais perante sociedade e que todos tem a capacidade de aprender a conhecer, a imaginar e a socializar, independentemente de seu espectro ou que ampliem as abordagens já existentes é pertinente, uma vez que a educação inclusiva visa o desenvolvimento da criança com TEA em ambiente escolar.
 Em relação ao aspecto social da pesquisa, ela contribui em um amplo processo de interação da inclusão, na qual se faz participativa a família, a sociedade e escola. Mostrando seu potencial de ser incluso e respeitado como um membro participativo perante a vida social.
 Com tudo a pesquisadora exerce a Licenciatura em Pedagogia, e que vivencia e estagia com crianças com TEA, aflorou muito mais o assunto a partir da abordagem em como são tratadas e excluídas, e achei no dever de lutar pela causa e pelos direitos dessas crianças, e demonstrar que eles têm enorme vontade de aprender e ser reconhecidos como iguais a todos os outros, e tenho como meta para um futuro próximo uma pós em inclusão, trabalhando sempre voltado para esse mundo maravilhoso da criança com TEA. Porque o TEA não é uma coisa que se tem, mas é o que se é, sem questionar.
Como metodologia adotou-se a pesquisa bibliográfica. Foi realizada a leitura crítica, a redação de resumos e paráfrases e a elaboração de fichamento das obras pertinentes ao enfrentamento do tema e à comprovação das hipóteses. Além da leitura de livros pertinentes ao objeto de pesquisa, foram consultados documentos disponíveis online, devidamente consignados nas referências.. 
Fundamentou-se a pesquisa em: Cavalcanti (2015); Mello (2013); Baptista( 2002); Maia ( 2016); Amat (2010); Brasília DF (2013); Juhlin (2012); Órru (2011); Queiroz (2011); São Paulo (2012), Freire ( 1996).
 Estruturalmente, o trabalho está dividido em três capítulos. No primeiro capítulo, abordam as considerações teóricas que fundamentam a definição do TEA, e como trabalhar o espectro.
No segundo capítulo abordaremos as leis e benefícios do TEA.
 No terceiro capítulo discutiremos a inclusão escolar e seus desafios.
 Enfim seguem a conclusão e as referências.
1 TEA
 O presente capítulo visa apresentar as considerações teóricas que fundamentam o histórico do autismo, apresentando revisões de documentos e teorias sobre o autismo, utilizando várias características para classificar seu espectro.
 Destacam-se os estudos sobre o TEA e seus históricos sobre os diagnósticos. Para o cumprimento de tais propósitos, são discutidos os entendimentos dos estudiosos da área como: Cavalcanti (2015); Mello (2005); Schwartzman (2010); DSM-VI (2012); Forquilho (2015); Órru (2011); Cunha (2012); Freire (2012), Brasília-DF (2013); Santos (1994).
1.1 DEFINIÇÃO DE TEA
Existem várias definições para TEA, de acordo com as pesquisas de vários teóricos.
 O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) define o autismo do seguinte modo:
As características essências do transtorno do espectro autista são prejuízos persistentes na comunicação social recíproca e na interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Esses sintomas estão presentes desde o início da infância e limitam ou prejudicam o funcionamento diário. O estágio em que o prejuízo funcional fica evidente irá variar de acordo com características do indivíduo e seu ambiente. Características diagnosticadas nucleares estão evidentes no período do desenvolvimento, mas intervenções, compensações e apoio atual podem mascarar as dificuldades, pelo menos em alguns contextos. Manifestações do transtorno também variam muito dependendo da gravidade da condição autista, do nível de desenvolvimento e da idade cronológica; daí o uso do termo espectro (DSM-5, 2012, p. 94).
 	
O DSM IV mostra que o autismo vem desde a infância, e tem suas limitações diárias.
Essas características são essenciais para o autismo, muitas vezes surgem os preconceitos em relação a cognição dessas crianças. O autismo é uma síndrome de transtorno complexo que afeta o desenvolvimento social cognitivo, comprometendo as áreas básicas como: interação social, comunicação e o comportamento.
E seu modo de convívio social lhe dará respostas ao meio ambiente como resistências e reações explosivas como as mínimas mudanças em seu cotidiano.
Para Mello o autismo é um espectro que vem a anos sendo estudado e revisado, e que toda criança com espectro tem o direito de ter vida normal e com todos os direitos respeitado. Com isso, incluem:
O autismo, é um distúrbio do desenvolvimento humano que vem sendo estudado pela ciência há quase seis décadas, mas sobre o qual ainda permanecem, dentro do próprio âmbito de ciência, divergências e grandes questões por responder (MELLO,2005, p.8).
	
Fala-se de TEA desde a antiguidade, onde Karnner (1943) aproveitando a expressão autismo, usada pela primeira vez por Bleuler (1911). Kanner usou assim para caracterizar onze crianças com características em comum.
Um ano mais tarde Asperger descreve casos com características parecidas como a de Kanner, porém esta era preservada. Ficou conhecida como Síndrome de Asperger, mas só foi reconhecida em 1994, sendo assim considerada como categoria de portadores de condutas típicas na política nacional de educação especial do MEC. Em 2005 é que o TEA é dado como espectro: segundo Rotta e Riesgo está síndrome é um transtorno complexo que afeta o desenvolvimento social cognitivo.
1.2 COMO É DADO O ESPECTRO
Falar em diagnóstico sobre TEA é uma questão muito complexa, pois não existe um profissional especializado para avaliar tal espectro.
É apenas observado por seus comportamentos, sempre variando de uma pessoa para outra, e isso vem tendo mudanças no decorrer dos tempos.
Cavalcanti (2015, p.12) por sua vez diz que o espectro do autismo é identificado e avaliado de acordo com as subjetivas comportamentais, e o seu diagnóstico pode ser confuso e vago, e que sempre sofreu alterações e sofre até hoje.
Para a ADEPE (Escola de Defensoria Pública do Estado de São Paulo 2011, p. 04), o diagnóstico mesmo não sendo tão simples, é preciso fazer uma avaliação completa da criança autista, feitas por profissionais especializados, essa avaliação também pode indicar o tratamento mais adequado para cada criança.
As crianças autistas são vistas como crianças nerds, estranhos, ficam em seu canto sem se socializar, e nos deparamos até hoje com adultos que jamais foram diagnosticados, e muito menos tiveram tratamentos.
Como afirma Silva:
Os traços sutis de autismo tendem a se mascarar mais facilmente com o decorrer do tempo. Em nossa prática clínica diária,deparamos com adultos que jamais foram diagnosticados, tampouco tratados. Eram vistos pela família apenas como “estranhos”, “esquisitões” ou “nerds”; no entanto ao longo de suas trajetórias de vida se encontraram muitas dificuldades em se socializar. Alguns, muitos inteligentes, transitavam entre pessoas como se fizessem parte daquele grupo, mas na realidade, nunca conseguiram estreitar os relacionamentos (SILVA, 2012, p. 11).
As crianças com autismo que tem um grau a mais de inteligência tentam se socializar com pessoas do seu grupo regular, mas as amizades não vão a diante, devido seu espectro, logo se isolam. Se tornam pessoas estranhas, pois vivem em seu mundo, e encontram dificuldades em se relacionar com as outras pessoas.
São dados como loucos, estranhos, doentes, e a cada tempo que passa fica mais difícil sua socialização.
O quadro do diagnóstico é sempre variável em termos de sentimentos e reações, mostrando dificuldade na comunicação, comportamento e interação, essas características autistas, deve aparecer antes dos três anos de idade, e levam a dificuldade significativas do dia a dia.
Segundo SCHWARTZMAN:
O quadro clínico das diversas condições que fazem parte dos TEA é muito variável no que se refere à combinação dos sinais e sintomas presentes bem como níveis muito variados de comprometimento. Estes prejuízos devem estar presentes antes dos 3 anos de idade e levarem a dificuldades adaptativas significativas (SCHWARTZMAN, 2010, p. 5).
O diagnóstico médico varia muito de opinião, como desde o nível simples, até os mais variados, e esse diagnóstico se não for constatado antes dos 3 anos de idade, pode–se levar a sérios problemas de adaptação.
O autismo com todos seus bloqueios, e seus transtornos envolvidos no desenvolvimento humano, muda o conceito que uma criança com autismo teria psicose infantil, no qual afeta muitas famílias e principalmente as próprias crianças com autismo. Muda–se a ideia de espectro, que mesmo tendo semelhanças, constituem um diagnóstico diferente.
Segundo Cunha:
O autismo é explicado e descrito como conjunto de transtorno qualitativos de funções envolvidas no desenvolvimento humano. Esse modelo explicativo permitiu que o autismo não fosse mais classificado como psicose infantil, termo que acarretava um estigma para as famílias e para as próprias crianças com autismo. Além disso, o modelo permite uma compreensão adequada de outras manifestações de transtornos dessas funções do desenvolvimento que, embora apresentem semelhanças, constituem quadros diagnósticos diferentes (CUNHA, 2010, p. 44).
 O autismo é classificado como um conjunto de transtorno de várias qualidades, tem inteligência avançada, na qual deixa de ser uma psicose e passa a ser um espectro de vários graus, dependendo de cada criança, mudando assim, seu convívio familiar e social.
 Transformando suas características em um aspecto de boa convivência, e mostrando que tudo é possível, até mesmo trabalhar, estudar, interagir e socializar.
1.3 COMO TRABALHAR O TEA
Nesse capítulo, serão abordados assuntos específicos do trabalho de tratamento do autista, lembrando que cada caso tem sua particularidade e seu espectro, isto faz com que o tratamento varia de acordo com o grau apresentado pela criança com autismo.
Para Freire (2014, p. 46), não podemos elimina-los mas podemos diminuir os danos que nos causam. Constatando, nos tornamos capazes de intervir na realidade, tarefa incomparavelmente mais complexa e geradora de novos saberes do que simplesmente a de nos adaptar a ela. Ninguém pode estar no mundo, com o mundo e com os outros de forma neutra.
As crianças autistas, como todos, precisam de interação e socialização, não podem ser excluídas e dada como incapazes, são crianças com um potencial enorme, mas que muitos deixam de acreditar que são possíveis de realizarem tarefas, e acabam ocultando essa realidade.
É importante dizer que os papéis dos profissionais são essenciais no trabalho de desenvolvimento das crianças com autismo, pois iram dar um suporte para família, e assim saber como trabalhar e conviver com eles, principalmente em âmbito escolar, trazendo para as crianças com espectro uma confiança, e os fazendo se integrar com os colegas e educadores.
É importante ressaltar sempre o tratamento, pois como diz as Diretrizes de Atenção- Brasília- DF (2013, p. 57), o tratamento deve ser estabelecido de modo acolhedor e humanizado, considerando o estado emocional da pessoa com TEA e seus familiares.
Portanto, para Santos:
Os tratamentos para sintomas associados abordam os desafios comumente associados ao autismo. Cada necessidade precisa ser abordada individualmente, com a terapia apropriada. Uma determinada terapia não funciona para todas as crianças. A terapia que é eficaz para uma criança pode não ser para outra. Uma abordagem pode funcionar durante algum tempo e depois perder a eficácia (SANTOS,1994, p. 42).
Cada criança tem seu espectro e grau de autismo a serem tratados, e sempre é bom mudar a terapia perante algum tempo, pois acaba deixando de ser prazerosa e se torna cansativa.
Já o método Teacch faz com que a criança crie uma independência mesmo com a ajuda do professor, consegue fazer tarefas sozinho.
Mello incluem que:
O Teacch se baseia na organização do ambiente físico através de rotina- organizadas em quadros, painéis e agendas- e sistemas de trabalho, de forma a adaptar o ambiente para tornar mais fácil para a criança compreende –lo, assim como compreender o que se espera dela. Através da organização do ambiente e das tarefas da criança, o Teacch visa desenvolver a independência da criança de modo que ela necessite do professor para o aprendizado, mas que possa também passar grande parte de seu tempo ocupando –se de forma independente (MELLO, 2005, p.24).
A criança trabalhando com Teacch desenvolve uma independência, mesmo com a ajuda do professor, a criança autista consegue realizar atividades sozinhas, ter independência de realizar tarefas com eficaz.
A criança autista se torna independente e isso faz com que ela crie confiança em si próprio, o que muitas vezes o espectro não deixa, e os familiares tem medo.
No próximo capítulo destacar-se-á LEI, benefícios e Lei, TEA e a escola.
2 LEI E BENEFÍCIOS
Neste capítulo veremos as leis, benefícios, e sobre as leis, benefícios e o TEA na escola. Leis essas que dão total apoio e benefícios ao assistido e sua família, e como as leis existem para serem usadas, é dever do assistido ir atrás de todos seus direitos.
Falaremos principalmente da lei Berenice Piana, na qual foi sancionada em 2012, e segue em vigor, falaremos dos benefícios garantido para a criança com TEA, e para finalizar sobre lei, benefícios na escola.
Como referências base deste capítulo: Gadotti (1998); Brasil (2012); ECA (1990); Piana (2015), LDB (1996), LOAS (1993), Mello (2013).
2.1 LEI 12.664/12
A Lei Berenice Piana, é a vitória registrada de uma mãe de um autista, para que seu filho tenha uma vida normal e social. Esta lei expõe os direitos da criança com autismo e faz com que o Poder Público tem como obrigação de realizar. Garantindo à autista inclusão escolar, e direito de acompanhante especializado. Nos termos do artigo 3, IV, vindo de parágrafo único, in verbis:
Brasil, manifesta que:
São direitos da criança com transtorno do espectro do autismo: IV º acesso: a) A educação e ao ensino profissionalizante; parágrafo único. Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do artigo. 2º, terá direito a acompanhante especializado (BRASIL, 2003, p. 12604).
A criança autista tem direito de ensino profissionalizante, ensino regular em caso de comprovação da necessidade e acompanhado de uma pessoa especializada.
 Antes da lei ser sancionada a criança autista não tinha uma proteção especificada de sua síndrome, era tratada como um nada, sem direito de reclamação ou qualquer coisa que venha a favorecer sua síndrome.
O ECA sancionaque, in verbis:
A criança especial tem direito de acordo com o artigo 54: III- Atendimento educacional especializados aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino (ECA, 1990, p.1).
O ensino é de igualdade para todos, e principalmente para os portadores de deficiência, e de preferência no ensino regular, o que poucos seguem e fazem valer a lei.
Segundo Gadotti (1998, p. 43) a transformação social, que muitos anseiam para uma sociedade mais justa, com menos desigualdade, onde todos tenham voz e vez, e não ocultar tais problemas, não deixando uma educação oprimida e sim superada.
Por isso, toda criança com TEA também tem o direito a contribuição social, tendo a visar por uma vida digna e igual a todas as outras, a partir do momento que não consegue ter a própria manutenção de sustento, é de direito receber o benefício, ou prover a sua família a receber, para dar uma segurança em sua vida e a manter digna perante a sociedade.
LOAS comprova esta tese, dizendo que, in verbis:
Art,203. Inciso V- a garantia de um salário mínimo de benefício mensal a pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei (LOAS, 1993, p. 11).
Por lei toda criança com deficiência tem o direito de receber um salário mínimo, para seu sustento e suas necessidades, tratando assim, desde recursos educacionais como hospitalar dentre outros, fazendo com que consiga recursos através das leis e benefícios.
2.2 BENEFÍCIOS
 Toda criança com autismo tem o direito de garantir o atendimento das necessidades básicas do próprio e de sua família, permitindo a todos o direito assegurado em questão do respeito, da renda, convivência familiar e social, autonomia própria ou individual, direito a sobrevivência e risco circunstanciais.
A lei 8742/93, Art, I. diz que:
A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva que provê os números sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento as necessidades básicas (LOAS,1993, pag. 1).
É direito do cidadão e das crianças com autismo ter todos benefícios assegurados e constatados, independente das suas necessidades básicas, físicas e psicológicas, o dever é direito de todos.
O ECA (90, p.190) diz que toda criança com autismo tem direito a educação que é obrigação do Estado, e de garantir atendimento especializado preferencialmente na rede regular de ensino, já que toda criança e adolescente tem direito a educação, garantindo seu desenvolvimento pessoal e moral, perante sua vida na sociedade e no trabalho.
A LDB (96, p. 68) constata que crianças excepcionais, como os autistas tem o direito a educação, integrando essa pessoa a comunidade, e o poder público têm o dever de dar total acesso a que se diz respeito a bolsa de estudo, empréstimos e auxílio de despesas.
Acessos esses que favorecem o autista ter uma vida melhor, e que a família consiga dar um recurso maior, em termos necessários, que precisam de cuidados, e traz o para um mundo real, que mesmo tendo capacidade de ser igual a todos, ainda haverá limitações, e os recursos, acabam ajudando.
Então a LDB reafirma, in verbis:
Art,88º. A educação de excepcionais deve no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de educação, a fim de integrá-los na comunidade (revogado pela lei nº 9.394 /96).
Art,89º. Toda iniciativa privada considerada eficiente pelos conselhos estaduais de educação é relativa à educação de excepcionais receberá dos poderes públicos tratamento especial mediante bolsas de estudos, empréstimos e subvenções (LDB, 1996, pag.67).
Perante todas as leis e todas as situações as crianças especiais são tratadas como um ser igualitário a todos, e além de tratamento especiais, têm o direto de ter todos os acessos disponíveis com cota especificada em universidades.
Freire (1996, p.23) fala que saber que devo à autonomia respeito, à dignidade e à identidade do educando e, a prática, procurar a coerência com este saber, me leva inapelavelmente à criação de algumas virtudes ou qualidades sem as quais aquele saber vira inautêntico, palavreado vazio e inoperante.
O direito do brincar, de ter uma vida digna é direito de todos, independentemente de sua deficiência ou espectro, a sociedade deve receber e acolher com todo carinho e dar muito mais atenção aquela criança, trazendo e mostrando um mundo novo, com mais inclusão social, onde a criança se sinta acolhida, mesmo ela querendo ficar em seu mundo.
Piana, vem falar em seu artigo:
Art. 3. São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista: I- a vida digna, a integridade física e moral, o livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer (PIANA, 2003, p. 12604).
Uma sociedade tem que aceitar que cada indivíduo tem suas características e deficiências, mas que são seres humanos, e que precisam ser respeitados, tendo o direito de fazer tudo que querem, lembrando que existem limitações, mas que se conseguem desenvolve, interagir e socializar, cabe a sociedade aceitar e conviver da melhor forma possível.
 Gadotti (1998, p. 4) visa que quando a escola era pública era para poucos, era boa só para esses poucos. Agora que é de todos, principalmente inclusiva, ela precisa ser apropriada para esse novo público, deve ser de qualidade sociocultural. Isso significa investir nas condições que possibilitam essa nova qualidade que inclui transporte, saúde, alimentação, vestuário, cultura, esporte e lazer. Não basta apenas matricular o assistido, é preciso socializa-lo.
Os assistidos não apenas precisam ser aceitos, precisam ser incluídos, em atividades regulares, fazer parte da turma e não se sentir isolado, perante aos colegas, e os educadores devem dar carinho e atenção para que possam se sentir bem e que são aceitos como os demais.
2.3 LEI, TEA E A ESCOLA
Toda instituição de ensino tem a obrigação e o direito de matricular e receber o aluno com espectro do autismo, caso isso não aconteça e que venha ter uma recusa, os pais podem tomar suas respectivas providências, e a instituição responderá por todas as consequências.
A lei existe para constatar, e não a nada que tirem este direito de matricula de uma criança com TEA.
Está na lei e Berenice Piana afirma, in verbis:
Art,7º. O órgão público federal que tomar conhecimento da recusa de matrícula de pessoas com deficiência em instituição de ensino vinculadas aos sistemas de ensino estadual, distrital ou municipal deverá comunicar a recusa aos órgãos competentes pelos perspectivos sistemas de ensino do ministério público (BRASIL,2013, p.12.605).
Nenhuma rede de ensino tem o direito de barrar ou não querer matricular uma pessoa com deficiência, a lei está lá para constatar, toda criança tem o direito e dever de estudar, mesmo com seus espectros, ele tem a possibilidade de frequentar uma instituição de ensino, é dever de todos.
 Gadotti (1998, p.45) diz que a educação não pode sozinha fazer a transformação da sociedade, a dificuldade na teoria da educação brasileira, não é tanto o seu conteúdo ideológico, é a ausência de vínculos com a prática concreta, por isso faz necessário a luta pela educação, além dos muros da escola.
Toda instituição deve por lei assim, apresentar recursos especializados para atender as crianças com espectro autismo, e ter profissionais especializados em nível médio ou superior para acompanha-lo, capacitando sua integração para com os colegas.
A LDB manifesta que:
Art,59. Parágrafo III- professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como os professores do ensino regular capacitados para integração desses educandos em classes comuns (LDB, 1996, p.).
Os professores com especialização são obrigatórios acompanharem as crianças com TEA, para maior acesso e mobilidade na área escolar, dando a eles maior conforto na sala regular.
As escolas parecem não dar tanta importânciapara o assunto, e deixam a desejar as avaliações que seria necessária para os assistidos.
Mello vem defender esta tese:
As instituições parecem não estar usando plenamente os métodos de avaliação como formas objetivas para planejar e avaliar a eficiência das estratégias escolhidas, assim como substituí-las ou adequá-las às necessidades de cada assistido. Em alguns casos, ainda se faz necessário um mínimo de planejamento e controle nos serviços oferecidos, de forma a garantir objetividade nas avaliações e exigir formas mais efetivas de tratamento. Falta uma política que estabeleça critérios mínimos de atendimentos e resultados (MELLO, 2013, p. 37).
As escolas não dão importância ao que se diz respeito ao assistido, precisaria de mais atenção, um tratamento adequado na qual eles se sentissem a vontade e confiantes, mas falta muito para isso acontecer, falta pessoas capacitadas, mesmo com a lei a vigor e favor, ainda não é levado a sério, faltam muitos resultados, e precisamos ir em busca desses.
No próximo capítulo destacar-se-á inclusão escolar e seus desafios, estratégias simples que funcionam, cotidiano escolar.
3 ÂMBITO ESCOLAR
A inclusão não é um assunto simples, mesmo tendo leis a favor ainda existe a discriminação e a exclusão, tanto na área da educação como na sociedade. Matricular o aluno assistido está cada vez mais em nosso dia a dia, em nossa realidade, mas pouco se faz, por falta de conhecimento, pessoas capacitadas, e a dificuldade que a instituição tem em receber essa criança.
A inclusão torna-se um desafio para todos, professores, gestores, instituições e rede de ensino. Para tudo funcionar certinho, devem ter a aprovação das leis, para assim ser realizado e aceito, não apenas ocupar um lugar em sala regular, mas também ter o direito de aprender e conviver com os demais colegas.
Como referências neste capítulo teremos: Reis (2012); Silva (2012); Mello (2005); Òrru (2011); Juhlin (2012); Freire (1996); Maia (2016).
2.1 INCLUSÃO ESCOLAR E SEUS DESAFIOS
O maior desafio da criança com autismo é sua inclusão e os desafios que enfrentarão na instituição na qual será matriculada, suas rotinas, sua convivência deverá ser trabalhada desde sua chegada, para se sentir em um ambiente aconchegante e familiar.
A inclusão é um assunto muito pautado, que precisa além da inclusão, precisa transformar as diferenças e as necessidades em oportunidades de igualdade, mostrando que todos somos capazes de desenvolver algo, contribuindo sempre para o melhor. 
E fazendo isso acontecer, faremos com que a exclusão seja evitada, e comtemplando para uma sociedade inclusiva, capaz de tratar todos com igualdade, com acessos fáceis, tendo recursos educacionais, assumindo papéis na sociedade e contribuindo sempre para um bem comum.
A sociedade e as instituições devem aceitar os assistidos como pessoas normais, como qualquer um, e dar possibilidades e acessibilidades para que possam se sentir inclusos em atividades diárias e rotineiras. Transformando não só a sociedade em si, mas o próprio mundo em que vive.
Harzard vem nos explicar:
O modelo social está ligado a uma nova fase de políticas, denominada de inclusão. Enquanto na integração é apenas a pessoa com deficiência quem deve se adaptar para integrar a sociedade, a inclusão visa qualificar a sociedade para que possa incluir a todos. Sociedade inclusiva é aquela que se adapta e se transforma para as necessidades e diferenças de cada um seja respeitada e considerada, permitindo a igualdade de oportunidades. É principalmente a sociedade deve evitar a exclusão. Uma sociedade inclusiva é aquela que é capaz de completar toda a diversidade humana e encontrar meios para que qualquer um, privilegiado ou vulnerável, possa ter acesso a ela, preparar-se para assumir papéis e contribuir para o bem comum (HAZARD , 2015,p.20).
A sociedade só vai entender a partir do momento que ser o respeito e consciência de que todos somos iguais, independentemente de sua deficiência ou espectro, criando laços de afetividade, pois hoje a inclusão é lei, e precisa ser seguida.
Pois a inclusão é uma visão do futuro de qualificar a todos como seres independentes que conseguem fazer e dar resultados, mesmo com suas dificuldades, mas existe uma força de vontade de vencer.
Mello vem com a hipótese que a inclusão é ainda precária por conta do governo, que diz que fornecer trabalhos educacionais as crianças com TEA é caro e reduz a atenção e da limitação a escola em educar os demais alunos regulares.
Por mais político que seja é direito da criança com TEA ter uma educação de boa qualidade, ela custando ou não recursos financeiros, é obrigatoriedade. E a criança com TEA vem mostrar que não é apenas uma criança qualquer, é diferenciada e pode ser a mudança da educação na parte da inclusão, mostrando possibilidades e habilidades que possui.
Freire vem defender a opinião:
É o saber da História como possibilidades e não como determinação. O mundo não é. O mundo está sendo. Como subjetividade curiosa, inteligente, interferidora na objetividade com que dialeticamente me relaciono, meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre, mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da História, mas seu sujeito igualmente (FREIRE, 1996, p. 46).
A criança com TEA é um membro revolucionário, que está mudando o olhar da sociedade, onde era visto como um coitado, sem possibilidades de aprender e nem desenvolver atividades, mas com a inclusão escolar, esses assistidos, mostraram o contrário, transformando os desafios enfrentados em possibilidades de aprendizado, e mostrando que não é apenas mais um na sociedade e sim um a pessoa normal capaz de fazer e desenvolver várias atividades como qualquer criança regular.
A criança especial tem direito de acordo com o artigo 54: III- Atendimento educacional especializados aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino (ECA, 1990, p.1).
O ensino é de igualdade para todos, e principalmente para os portadores de deficiência, e de preferência no ensino regular, o que poucos seguem e fazem valer a lei.
Segundo Gadotti (1998, p. 43) a transformação social, que muitos anseiam para uma sociedade mais justa, com menos desigualdade, onde todos tenham voz e vez, e não ocultar tais problemas, não deixando uma educação oprimida e sim superada.
Por isso, toda criança com TEA também tem o direito a contribuição social, tendo a visar por uma vida digna e igual a todas as outras, a partir do momento que não consegue ter a própria manutenção de sustento, é de direito receber o benefício, ou prover a sua família a receber, para dar uma segurança em sua vida e a manter digna perante a sociedade.
LOAS comprova esta tese, dizendo que:
Art,203. Inciso V- a garantia de um salário mínimo de benefício mensal a pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei (LOAS, 1993, p. 11).
Por lei toda criança com deficiência tem o direito de receber um salário mínimo, para seu sustento e suas necessidades, tratando assim, desde recursos educacionais como hospitalar dentre outros, fazendo com que consiga recursos através das leis e benefícios.
2.2 BENEFÍCIOS
 Toda criança com autismo tem o direito de garantir o atendimento das necessidades básicas do próprio e de sua família, permitindo a todos o direito assegurado em questão do respeito, da renda, convivência familiar e social, autonomia própria ou individual, direito a sobrevivência e risco circunstanciais. A lei 8742/93, Art, I. diz que:
A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva que provê os números sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento as necessidades básicas (LOAS,1993, pag. 1).
É direito do cidadão e das crianças com autismo ter todos benefícios assegurados e constatados, independentedas suas necessidades básicas, físicas e psicológicas, o dever é direito de todos.
O ECA (90, p.190) diz que toda criança com autismo tem direito a educação que é obrigação do Estado, e de garantir atendimento especializado preferencialmente na rede regular de ensino, já que toda criança e adolescente tem direito a educação, garantindo seu desenvolvimento pessoal e moral, perante sua vida na sociedade e no trabalho.
A LDB (96, p. 68) constata que crianças excepcionais, como os autistas tem o direito a educação, integrando essa pessoa a comunidade, e o poder público têm o dever de dar total acesso a que se diz respeito a bolsa de estudo, empréstimos e auxílio de despesas.
Acessos esses que favorecem o autista ter uma vida melhor, e que a família consiga dar um recurso maior, em termos necessários, que precisam de cuidados, e traz o para um mundo real, que mesmo tendo capacidade de ser igual a todos, ainda haverá limitações, e os recursos, acabam ajudando.
Então a LDB reafirma:
Art,88º. A educação de excepcionais deve no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de educação, a fim de integrá-los na comunidade (revogado pela lei nº 9.394 /96).
Art,89º. Toda iniciativa privada considerada eficiente pelos conselhos estaduais de educação é relativa à educação de excepcionais receberá dos poderes públicos tratamento especial mediante bolsas de estudos, empréstimos e subvenções (LDB, 1996, pag.67).
Perante todas as leis e todas as situações as crianças especiais são tratadas como um ser igualitário a todos, e além de tratamento especiais, têm o direto de ter todos os acessos disponíveis com cota especificada em universidades.
Freire (1996, p.23) fala que saber que devo à autonomia respeito, à dignidade e à identidade do educando e, a prática, procurar a coerência com este saber, me leva inapelavelmente à criação de algumas virtudes ou qualidades sem as quais aquele saber vira inautêntico, palavreado vazio e inoperante.
O direito do brincar, de ter uma vida digna é direito de todos, independentemente de sua deficiência ou espectro, a sociedade deve receber e acolher com todo carinho e dar muito mais atenção aquela criança, trazendo e mostrando um mundo novo, com mais inclusão social, onde a criança se sinta acolhida, mesmo ela querendo ficar em seu mundo.
Piana, vem falar em seu artigo, in verbis:
Art. 3. São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista: I- a vida digna, a integridade física e moral, o livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer (PIANA, 2003, p. 12604).
Uma sociedade tem que aceitar que cada indivíduo tem suas características e deficiências, mas que são seres humanos, e que precisam ser respeitados, tendo o direito de fazer tudo que querem, lembrando que existem limitações, mas que se conseguem desenvolve, interagir e socializar, cabe a sociedade aceitar e conviver da melhor forma possível.
 Gadotti (1998, p. 4) visa que quando a escola era pública era para poucos, era boa só para esses poucos. Agora que é de todos, principalmente inclusiva, ela precisa ser apropriada para esse novo público, deve ser de qualidade sociocultural. Isso significa investir nas condições que possibilitam essa nova qualidade que inclui transporte, saúde, alimentação, vestuário, cultura, esporte e lazer. Não basta apenas matricular o assistido, é preciso socializa-lo.
Os assistidos não apenas precisam ser aceitos, precisam ser incluídos, em atividades regulares, fazer parte da turma e não se sentir isolado, perante aos colegas, e os educadores devem dar carinho e atenção para que possam se sentir bem e que são aceitos como os demais.
2.3 LEI, TEA E A ESCOLA
Toda instituição de ensino tem a obrigação e o direito de matricular e receber o aluno com espectro do autismo, caso isso não aconteça e que venha ter uma recusa, os pais podem tomar suas respectivas providências, e a instituição responderá por todas as consequências.
A lei existe para constatar, e não a nada que tirem este direito de matricula de uma criança com TEA.
Está na lei e Berenice Piana afirma, in verbis:
Art,7º. O órgão público federal que tomar conhecimento da recusa de matrícula de pessoas com deficiência em instituição de ensino vinculadas aos sistemas de ensino estadual, distrital ou municipal deverá comunicar a recusa aos órgãos competentes pelos perspectivos sistemas de ensino do ministério público (BRASIL,2013, p.12.605).
Nenhuma rede de ensino tem o direito de barrar ou não querer matricular uma pessoa com deficiência, a lei está lá para constatar, toda criança tem o direito e dever de estudar, mesmo com seus espectros, ele tem a possibilidade de frequentar uma instituição de ensino, é dever de todos.
 Gadotti (1998, p.45) diz que a educação não pode sozinha fazer a transformação da sociedade, a dificuldade na teoria da educação brasileira, não é tanto o seu conteúdo ideológico, é a ausência de vínculos com a prática concreta, por isso faz necessário a luta pela educação, além dos muros da escola.
Toda instituição deve por lei assim, apresentar recursos especializados para atender as crianças com espectro autismo, e ter profissionais especializados em nível médio ou superior para acompanha-lo, capacitando sua integração para com os colegas.
A LDB manifesta que:
Art,59. Parágrafo III- professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como os professores do ensino regular capacitados para integração desses educandos em classes comuns (LDB, 1996, p.).
Os professores com especialização são obrigatórios acompanharem as crianças com TEA, para maior acesso e mobilidade na área escolar, dando a eles maior conforto na sala regular.
As escolas parecem não dar tanta importância para o assunto, e deixam a desejar as avaliações que seria necessária para os assistidos.
Mello vem defender esta tese:
As instituições parecem não estar usando plenamente os métodos de avaliação como formas objetivas para planejar e avaliar a eficiência das estratégias escolhidas, assim como substituí-las ou adequá-las às necessidades de cada assistido. Em alguns casos, ainda se faz necessário um mínimo de planejamento e controle nos serviços oferecidos, de forma a garantir objetividade nas avaliações e exigir formas mais efetivas de tratamento. Falta uma política que estabeleça critérios mínimos de atendimentos e resultados (MELLO, 2013, p. 37).
As escolas não dão importância ao que se diz respeito ao assistido, precisaria de mais atenção, um tratamento adequado na qual eles se sentissem a vontade e confiantes, mas falta muito para isso acontecer, falta pessoas capacitadas, mesmo com a lei a vigor e favor, ainda não é levado a sério, faltam muitos resultados, e precisamos ir em busca desses.
No próximo capítulo destacar-se-á inclusão escolar e seus desafios, estratégias simples que funcionam, cotidiano escolar.
3 ÂMBITO ESCOLAR
A inclusão não é um assunto simples, mesmo tendo leis a favor ainda existe a discriminação e a exclusão, tanto na área da educação como na sociedade. Matricular o aluno assistido está cada vez mais em nosso dia a dia, em nossa realidade, mas pouco se faz, por falta de conhecimento, pessoas capacitadas, e a dificuldade que a instituição tem em receber essa criança.
A inclusão torna-se um desafio para todos, professores, gestores, instituições e rede de ensino. Para tudo funcionar certinho, devem ter a aprovação das leis, para assim ser realizado e aceito, não apenas ocupar um lugar em sala regular, mas também ter o direito de aprender e conviver com os demais colegas.
Como referências neste capítulo teremos: Reis (2012); Silva (2012); Mello (2005); Òrru (2011); Juhlin (2012); Freire (1996); Maia (2016).
3.1 INCLUSÃO ESCOLAR E SEUS DESAFIOS
O maior desafio da criança com autismo é sua inclusão e os desafios que enfrentarão na instituição na qual será matriculada, suas rotinas, sua convivência deverá ser trabalhada desde sua chegada, para se sentir em um ambiente aconchegante e familiar.
A inclusão é um assunto muito pautado, que precisa alémda inclusão, precisa transformar as diferenças e as necessidades em oportunidades de igualdade, mostrando que todos somos capazes de desenvolver algo, contribuindo sempre para o melhor. 
E fazendo isso acontecer, faremos com que a exclusão seja evitada, e comtemplando para uma sociedade inclusiva, capaz de tratar todos com igualdade, com acessos fáceis, tendo recursos educacionais, assumindo papéis na sociedade e contribuindo sempre para um bem comum.
A sociedade e as instituições devem aceitar os assistidos como pessoas normais, como qualquer um, e dar possibilidades e acessibilidades para que possam se sentir inclusos em atividades diárias e rotineiras. Transformando não só a sociedade em si, mas o próprio mundo em que vive.
Harzard vem nos explicar:
O modelo social está ligado a uma nova fase de políticas, denominada de inclusão. Enquanto na integração é apenas a pessoa com deficiência quem deve se adaptar para integrar a sociedade, a inclusão visa qualificar a sociedade para que possa incluir a todos. Sociedade inclusiva é aquela que se adapta e se transforma para as necessidades e diferenças de cada um seja respeitada e considerada, permitindo a igualdade de oportunidades. É principalmente a sociedade deve evitar a exclusão. Uma sociedade inclusiva é aquela que é capaz de completar toda a diversidade humana e encontrar meios para que qualquer um, privilegiado ou vulnerável, possa ter acesso a ela, preparar-se para assumir papéis e contribuir para o bem comum (HAZARD , 2015,p.20).
A sociedade só vai entender a partir do momento que ser o respeito e consciência de que todos somos iguais, independentemente de sua deficiência ou espectro, criando laços de afetividade, pois hoje a inclusão é lei, e precisa ser seguida.
Pois a inclusão é uma visão do futuro de qualificar a todos como seres independentes que conseguem fazer e dar resultados, mesmo com suas dificuldades, mas existe uma força de vontade de vencer.
Mello vem com a hipótese que a inclusão é ainda precária por conta do governo, que diz que fornecer trabalhos educacionais as crianças com TEA é caro e reduz a atenção e da limitação a escola em educar os demais alunos regulares.
Por mais político que seja é direito da criança com TEA ter uma educação de boa qualidade, ela custando ou não recursos financeiros, é obrigatoriedade. E a criança com TEA vem mostrar que não é apenas uma criança qualquer, é diferenciada e pode ser a mudança da educação na parte da inclusão, mostrando possibilidades e habilidades que possui.
Freire vem defender a opinião:
É o saber da História como possibilidades e não como determinação. O mundo não é. O mundo está sendo. Como subjetividade curiosa, inteligente, interferidora na objetividade com que dialeticamente me relaciono, meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre, mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da História, mas seu sujeito igualmente (FREIRE, 1996, p. 46).
A criança com TEA é um membro revolucionário, que está mudando o olhar da sociedade, onde era visto como um coitado, sem possibilidades de aprender e nem desenvolver atividades, mas com a inclusão escolar, esses assistidos, mostraram o contrário, transformando os desafios enfrentados em possibilidades de aprendizado, e mostrando que não é apenas mais um na sociedade e sim um a pessoa normal capaz de fazer e desenvolver várias atividades como qualquer criança regular.
CONCLUSÃO
Diante da relevância social, econômica e cultural que assume o TEA ............ ................ ..........
Em nosso trabalho procuramos estabelecer quais as ..... ..... .............. ...... ........................
Por pertencerem ao universo do ....................
Confirmamos, pois, diante dos estudos realizados acerca ............ ........ .................... .............. ............
Além do mais, o caráter .............. ...................... ...................... ........ ............... ............. .............
De fácil localização, podendo ser ............................. ................. ....... .......... ...................... ............
No entanto, enfatizamos .................
A partir do recorte temático adotado, .............................. ........... ......... ......... ................... ................. 
Em reforço a essas considerações, vale frisar que nossa pesquisa não esgota o assunto, pois ele pode desdobrar-se em pesquisas de maior fôlego, que exijam maior tempo de consulta teórica sobre ............ ......
Todavia, em que pesem as limitações de nosso trabalho, ele tem virtude de apontar caminhos para futuros pesquisadores, além de servir de referencial teórico inicial para quem já trabalha com ................................ ........
...
REFERÊNCIAS
BRASIL, LDB9394/1996. Lei de Diretrizes e Bases. 1996
BRASIL, ECA. Estatuto da Criança e Adolescente. 1996
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 2008
GADOTTI, Moacir.

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