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Introdução ao Estudo do Direito I Exercício de Fixação - Aluno: Geraldo - Curso de Direito Visite o Site: www.geraldofadipa.comunidades.net O que é um caso sub judice? Sub judice é uma expressão em latim utilizada no âmbito jurídico e que significa “sob o juízo”, ou seja, relativo a determinado processo que ainda será analisado pelo juiz responsável pelo caso. Quando algo está qualificado com o status de sub judice, quer dizer que ainda aguarda uma sentença final sobre o respectivo processo. Por exemplo: “A decisão sobre a guarda parental ainda está sub judice”. Por que se deve interpreta a lei? Para que fique bem claro, para toda a verdadeira intenção da lei. Isto por que o conceito de clareza é muito relativo e subjetivo, o que parece claro a alguém pode parecer obsuro para outrem. Por exemplo: urna palavra pode ser clara segundo a linguagem comum e ter, entretanto, um significado próprio e técnico, diferente do seu sentido vulgar. Diferenciar o método objetivo do método subjetivo de interpretação da lei. No método objetivo leva-se em conta o que diz a lei. Ou seja, a sua finalidade. Como ela está escrita. No método subjetivo leva em conta a interpretação da lei. Esta interpretação pode ser da intenção do legislador ao elaborar a lei ou do advogado que faz visando à defesa do cliente. De quem é a competência para analisar/interpretar um fato jurídico? A competência é do Estado que age através de seus representantes nas divisões jurisdicionais e segundo os limites determinados em lei. Conceituar lacuna no direito. É quando existe um “vazio” no ordenamento legal por falta de uma norma jurídica para um caso concreto ou de um critério para saber qual norma aplicar. Eu acho que tenho o direito, mas, ele não está contido em uma norma. Como sanar os casos lacunosos? O correto seria a criação de leis para os casos concretos pelos legisladores. Mas como o processo é moroso resta ao juiz completar essas lacunas deixadas pelo legislador ou mesmo em face do próprio Direito. Essas formas são chamadas fontes de integração do Direito, que estão expressas no Art. 4º da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro, e são a analogia, os costumes, os princípios gerais do Direito, e vale referir também à equidade, que, embora não expressa, está implícita na lei, de forma que é possível aplicá-la. O que é analogia? No âmbito jurídico, a analogia é um método de integração das lacunas da lei. É feita uma comparação entre casos diferentes, mas com um problema parecido para surgir à mesma resposta. A analogia baseia-se no princípio da igualdade jurídica, e também afirma que deve haver a mesma solução para a mesma infração ou razão da lei. Conceituar hermenêutica. Métodos utilizados pelos estudiosos de textos religiosos, com o objetivo de uma interpretação mais próxima da realidade das palavras escritas pelo autor dos livros sagrados. Este mesmo método é utilizado pelo Direito para interpretar uma norma, procurando visualizar a intenção dos legisladores ao empregar determinadas palavras, dentro dos aspectos culturais e sociais. Papel do Direito na sociedade. Estabelecer regras para assegurar o equilíbrio no convívio social. Regras estas que podem ter o poder de coerção, ou seja, pena para quem não cumpri-las. Porque o Direito se vale de outras ciências afins a ele? O Direito se vale de outras ciências para ajudá-lo na conclusão do processo investigativo. O Direito e Valorativo e Teleológico. O Direito é valorativo porque persegue os valores considerados essências em uma sociedade. Ele é Teleológico pelo fato de ser a razão de ser da lei (Ratio Legis), ou seja, a justificativa social da lei (fim visado pela elaboração da norma). Qual significado das seguintes espécies de interpretação a. Gramatical: Procura manifestar o significado da norma em relação aos vocábulos da língua e das relações entre as palavras. Por exemplo: Podem surgir questões quanto ao significado da palavra (dicionário) ou questões entre substantivos e adjetivos. b. Histórico: A interpretação histórica assemelha-se à busca da vontade do legislador. Recorrendo aos precedentes normativos e aos trabalhos preparatórios, que antecedem a aprovação da lei. Procura encontrar o significado das palavras no contexto de criação da norma e significado das palavras dentro do momento histórico ou das condições sociais. c. Lógico: Procura resolver as contradições entre termos numa norma jurídica, chegando-se a um significado coerente. Adotando-se o princípio da identidade. Por exemplo, não se admite o uso de um termo com significados diferentes. d. Extensivo: Quando o significado da norma é ampliado, passando a englobar mais objetos do que seu sentido literal. Por exemplo, uma lei que proíbe o estacionamento de carros pode ser extensiva ao estacionamento de motos. Estabelecer a diferença entre os métodos de auto integração e de hetero integração no que diz respeito à lacuna no direito. A diferença esta no uso ou não de um ordenamento estrangeiro para o preenchimento da lacuna (vazio) da lei. I. Na autointegração não se recorre ao ordenamento estrangeiro e busca minimizar o máximo o uso de fontes que não seja a lei positivada. II. Na heterointegração utilização de ordenamentos estrangeiros e outras fontes diversas da lei positivada. Estabelecer os conceitos de Jurisdição e de competência. I. Jurisdição: Função do Estado, decorrente de sua soberania encarregada de resolver os conflitos, na medida em que estes são apresentados. A jurisdição é uma das formas de exercício do poder do Estado: II. Competência: Exercício da atividade jurisdicional de cada órgão desta função encarregado. Nesse entendimento quando se atribui, através de normas de competência, que a determinado órgão do Judiciário cabe exercer a jurisdição, este o faz integralmente, plenamente, enquanto órgão jurisdicional e não como agente. Qual é o significado de fonte do direito? É a origem. O nascedouro do Direito. A matéria prima da qual nasce às leis do ordenamento jurídico. Ela parte de um fato ou acontecimento social que pode vir a gerar um direito e dos costumes de um povo Em relação à classificação das fontes do direito, explique e dê exemplos de: a. Fonte estatal: Provenientes do Estado. O estado se comunica através das normas que surgem da lei (Poder Legislativo), costumes (expressão do poder social) e das sentenças (Poder Judiciário). b. Fonte supra estatal: São aquelas que se situam acima do Estado e a elas ele submete. São originadas dos tratados internacionais, aos quais ele soberanamente se submete e soberanamente pode se desvincular. c. Fonte infra estatal: São aquelas produzidas por outras fontes e aceitas pelo Estado. Por exemplo, as convenções e acordos sindicais. Qual a fonte do direito considerada primária? Constituição. Pois é ela que estabelece as diretrizes políticas e organizacionais de uma sociedade. O que são fontes formais e fontes materiais do direito? Fontes formais. Constituem a forma que o direito se manifesta. Fontes formais imediatas constituída pelos fatos geradores do direito, como por exemplo, as normas legais. Fontes formais mediatas constituída pelos costumes, os princípios gerais do direito, a jurisprudência e a doutrina. No artigo 4º. da Lei de Introdução ao Código Civil temos que quando a lei for omissa o juiz decidirá de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Fontes materiais. Constituem direitos emergidos pelos fatos sociais (problemas) que se exteriorização na concretização de novas leis ou revogação de leis já existentes. Está relacionado ao organismo dotado de poderes para a elaboração de leis. Por exemplo, o artigo 22, I, da constituição federal estabelece que a união é a fonte deprodução do direito penal, o que quer dizer que os estados e os municípios não detêm o poder de legislar sobre a matéria. O que é direito consuetudinário? É o Direito costumeiro. Conjunto de normas de conduta social criadas espontaneamente pelo povo, através do uso reiterado, uniforme e reconhecida pelo Estado. Os costumes podem ser considerados fontes do direito? De que tipo? Sim. Costumeiro ou consuetudinário. Explique a seguinte afirmação: De acordo com o texto constitucional federal vigente jamais podemos considerar uma ação humana como crime recorrendo-nos apenas ao costume. Por que ela garante a Segurança jurídica ao cidadão de não ser punido se não houver uma previsão legal (lei) definindo as condutas proibitivas. Assim, apenas a lei emanada do poder legislativo, tem o poder de definir condutas criminosas. O princípio da estrita legalidade afasta do âmbito penal a aplicabilidade dos costumes, da analogia, dos princípios gerais do direito e de outras fontes do direito na confecção de tipos penais não elencados em lei. Existe alguma diferença entre o direito positivo, o direito natural e os costumes? Qual(ais)? Sim. Na forma em que elas são concebidas e visualizadas no contexto social e no âmbito jurídico. Pois vejamos a conceituação: I. O direito natural: Ideia abstrata do Direito. Sua fonte pode ser a natureza, a vontade de Deus ou a racionalidade dos seres humanos. Pressuposto do que é correto, do que é justo, e parte do princípio de que existe um direito comum a todos os homens e que o mesmo é universal. Direito a Vida, a liberdade, etc. II. O direito positivo: Conjunto de normas jurídicas escritas e não escritas, vigentes em um determinado território e, também internacionalmente, na relação entre os Estados. III. Costumes: Regras sociais resultantes de uma prática reiterada de forma generalizada e prolongada, o que resulta numa certa convicção de obrigatoriedade, de acordo com cada sociedade e cultura específica. Defina abuso de direito. Exemplifique. É quando o titular de um direito, ao exercê-lo, excede os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. É o exercício do direito de modo a contrariar e contradizer o valor que o mesmo procura tutelar. Representa uma violação a limites que não estão colocados na existência de direitos de terceiros, e sim em elementos típicos emanados do próprio direito. Por que “Ninguém pode alegar em sua defesa o desuso da lei”? Por que uma lei só perde seus efeitos quando for revogado. O fato do seu desuso, pela não aplicação na forma prevista pela autoridade competente, não é motivo para alegação de defesa, pois a lei existe. Todavia, não se pode dizer que são socialmente válidas, uma vez que não são capazes de produzir efeitos práticos perceptíveis na sociedade. Quais são as classificações dadas às interpretações quanto à sua fonte? I. Autêntica: Quando emana do próprio poder que fez o ato cujo sentido e alcance ela declara. II. Judicial: É a resultante das decisões da Justiça. Aquela que realizam os juízes ao sentenciar, encontrando-se nas Sentenças, nos Acórdãos e nas Súmulas dos Tribunais (formando a sua jurisprudência). III. Administrativa: Cuja fonte elaboradora é a própria Administração Pública, através de seus órgãos e mediante pareceres, despachos, decisões, circulares, portarias etc. IV. Doutrinária: Realizada cientificamente pelos doutrinadores e juristas em suas obras e pareceres.
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