Cimento de Ionômero de Vidro

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CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO – CIV
· Apresentação comercial:
· Pó e líquido
· Cápsulas
· 1971 - Material utilizado para restaurações estéticas de dentes anteriores classe II e V e para cimentação de coroas
 Cimento de Silicato Cimento de policarboxilato de zinco
 *estética * adesividade
 * liberação de flúor * biocompatibilidade
 
 
 CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO
 - Adesividade
- biocompatibilidade
- estética
- liberação de flúor
· Classificação:
· Quanto à composição:
· Convencionais: Material constituído de vidro, que se decompõe na presença de um ácido solúvel em água que toma presa (geleifica) por reação ácido-base (reação de neutralização)
Manipulação Pó e líquido do sistema + espátula 24 +placa de 
 vidro ou papel plastificado + cronômetro
				1ª metade em 15seg
				Resto em + 15seg
Consiste em uma aglutinação que resulta em uma massa homogênea, fluida e brilhosa.
 		Cápsulas pré- dosadas
	Mistura mecânica
	Mistura manual
	* Maior controle da relação pó- líquido
* Eliminação das variações manuais
* Maior liberação de flúor
* Número limitado de cores
	* Sistema de cores – ESTÉTICA
* Controle da quantidade de material
* Mais difícil controle da relação pó- líquido
· Composição:
* Pó: 				*Líquido: 
- óxido de silício 		- água (ionização dos ácidos)
- óxido de alumínio		- ácido poliacrílico (adesão e reação química)
- fluoreto de alumínio		- co-polímeros: reatividade; tendência a geleificação
- ácido tartárico: tempo de trabalho; tempo de presa 
Ácido tartárico: Aumenta o tempo de trabalho e diminui o tempo de presa
Geleificação: Reação ácido-base	
· Presa inicial: 
- Ocorre devido à rápida reação dos íons Ca+2 com os grupos –COOH (cerca de 6 a 8min). 
 - O material requer proteção superficial para evitar Sinérise e Embebição	
· Presa final:
- Ocorre quando os íons Al+3 reagem com os grupos –COOH (cerda de 24 a 48h)
- Há formação de ligações cruzadas entre as cadeias dos poliácidos
- O material adquire sua resistência final
 # essa reação pode prolongar-se por até 7 dias.
· GELEIFICAÇÃO:
 3 fases:
- deslocamento de íons
- formação de matriz de poliácidos
- formação de gel de sílica e incorporação do vidro à matriz
· Se houver alteração na relação pó líquido:
 - PÓ + PÓ 
		Maior fluidez				menor capacidade de união
		Maior solubilidade			menor tempo de trabalho e de presa
		Menor resistência à abrasão		redução da translucidez
· Seringa centrix:
- facilita a inserção
- diminui incorporação de bolhas
- melhora adaptação do material
· Os CIVs possuem presa lenta e necessitam de proteção no meio bucal para minimizar a dissolução e a contaminação.
· CIV anidro:
-Alguns CIV apresentam o ácido poliacrílico liofilizado e incorporado ao pó. O líquido do material consiste em uma solução aquosa apenas, podendo conter ácido tartárico.
- A reação química ocorre da mesma maneira que o sistema pó/líquido convencional.
· Água:
-ioniza os radicais carboxílicos
- hidrata a matriz
· Fase inicial – água “livre”:
- sinérise – fissuras, fraturas
- embebição – solubilidade
CUIDADO: proteção imediata contra umidade.
· Após a maturação = “água aderida”
- sinérise
CIV CONVENCIONAL
	VANTAGENS
	DESVANTAGENS
	- adesividade
- biocompatibilidade
- liberação de flúor
- coeficiente de expansão térmica linear próximo ao da estrutura dental
	- tempo de trabalho curto
- tempo de presa longo
- sensibilidade ao equilíbrio hídrico
- opacidade
-alta solubilidade
	INDICAÇÕES
	CONTRA-INDICAÇÕES
	- restaurações classe I conservativa
-restaurações classe II tipo túnel
- restaurações classe III e V (cárie)
- restaurações classe V (erosão, abrasão e abfração)
- selante
-restaurações mistas
-material de proteção
- restaurações de dentes decíduos
-cimentação de coroas e próteses fixas
- cimentação de acessórios ortodônticos
- agentes de cimentação em endodontia e selador apical
	- restaurações amplas
-classe II com envolvimento da crista marginal
-restaurações estéticas (classe IV; facetas)
- áreas sujeitas a grande carregamento oclusal
- áreas de primordial estética
- áreas de cúspides
· Líquido não pode ser guardado na geladeira, pó e placa de vidro sim
· Relação pó-líquido: segundo informações do fabricante
· Prevenção nas falhas de adesão:
- limpar bem a cavidade preparada
- inserir material com brilho úmido
- usar proporção póliquido corretamente
- prevenir o contato com a umidade
- não remover a matriz precocemente
-remoção dos excessos com lâmina de bisturi
- acabamento (outra sessão)
· Prevenção da erosão: usar proporção pó-líquido correta; prevenir contaminação com umidade; aplicar proteção superficial imediata na restauração
· Diminuição da porosidade e manchamento: utilizar matriz na hora da presa e da fotoativação; não inserir o material após a perda do brilho; realizar acabamento e polimento tardios e sob refrigeração; utilizar proteção da superfície do CIV
· Prevenção de trincas e rachaduras: não usar baixa proporção pó-líquido; proteger a restauração após a remoção da matriz; não sobreaquecer a restauração; não dar acabamento sobre jatos de ar
· Aplicações clínicas:
- odontopediatria
- ortodontia (ñ esquecer condicionamento)
- dentística
- prótese
· CIVs reforçados por metal
· Mistura milagrosa:
-líquido: CIV convencional
- pó: CIV convencional + limalha de amálgama (7:1)
· Cermet:
- líquido: CIV convencional
- pó: partículas vítreas sinterizadas com partículas de prata
	MISTURA MILAGROSA
	CERMET
	- menor resistência mecânica
- maior porosidade
-menor resistência à abrasão
- maior liberação de flúor
	- maior resistência mecânica
- menor porosidade
- maior resistência à abrasão
- menos liberação de flúor
· Indicações: 
- classe I de dentes decíduos
- núcleo de preenchimento
	CONVENCIONAIS
	REFORÇADOS POR METAL
	
+ estéticos
+ liberação de F
- resistentes
+ reação ácido-base
	
- estéticos
- liberação de F
+ resistentes
- reação ácido-base
· CIVs modificados por resina:
· melhor estética
· menor solubilidade e sensibilidade à umidade
· maior resistência
· liberação de flúor comparável
* Indicações:				* Contra-indicações:
- cimentação				- áreas de grande esforço mastigatório
- base e forramento
- lesões não-cariosas
- restauração classe I conservadora 	*Limitações: 
- restauração classe II, III e V		- contração de polimerização
- selante				- alteração de cor
- técnica mista (CIV + compósito)
· Incorporação de monômeros resinosos (ex.: HEMA e Bis-GMA) e agentes promotores da polimerização (fotoiniciador; autoiniciador)
· Sistemas de ativação do componente resinoso:
· Sistema fotoativado: reação ác./base + reação de fotopolimerização
· Sistema quimicamente ativado: reação ác./base + reação de polimerização química
· Sistema de presa DUAL: reação ác./base + reação de fotopolimerização +reação de polimerização química (reação no escuro)
	VANTAGENS
	DESVANTAGENS
	- controle do tempo de trabalho
- menor tempo de presa
- maior translucidez (estética)
- maior estabilidade de cor
- menor solubilidade
- menor sensibi. à umidade do meio
- união química à resina composta
	- menor adesividade à estrutura dental -pode necessitar de primer 
- maior coeficiente de expansão térmica linear
- menor liberação de flúor
· Resina modificada por poliácidos
· Também chamada de compômeros
· Reação ácido-base não predomina
· Fotopolimerização é a reação predominante
· Propriedades físicas:
	Resina composta > CIV modificado por resina > CIV convencional
Resina modificada por poliácidos
· Nãosão considerados cimento ionoméricos
· Ativação física similar à resina composta
· Luz visível (fotoiniciador)
· Menor liberação de flúor que o CIV e CIVMR
· Baixa relação de quelação – pode necessitar agentes de união
	INDICAÇÕES
	CONTRA-INDICAÇÕES
	- áreas de baixo esforço mastigatório
- lesões proximais
- lesões cervicais não- cariosas
- restaurações permanentes em decíduos
- restaurações estéticas classe II e V
- restaurações classe I e II de dentes decíduos
- classe V
	- classe II com envolvimento da crista marginal
- classe IV
- grande perda de esmalte
- áreas de cúspide
- áreas de grandes esforços mastigatórios
LIMITAÇÕES: 
- propriedades mecânicas inferiores às RC
- baixa resistência ao desgaste
- mínima liberação de flúor
- estética inferior ao compósitos
CIV condensável (alta viscosidade):
	Características:
· Ácido poliacrílico no pó (maior peso molecular ou maior concentração)
· Distribuição heterogênea das partículas vítreas (permite grande incorporação de carga)
· Melhores propriedades abrasivas (menor desgaste): uso em TRA
Tipo I: cimentação
Tipo II: restauração
Tipo III: forramento, base
Tipo IV: modificados por resina
PROPRIEDADES CIV:
· LIBERAÇÃO DE FLUORETOS: 
-ocorre com mais intensidade de 24-48h
- não provoca perda de resistência
- efeito anticariogênico (cuidado!!)
- mudança na microbiota bucal
- efeito esponja – flúor acidulado (cuidado!!)
- promove a remineralização e aumenta a resistência à desmineralização
-pode ser maior nos materiais encapsulados
- provoca hipermineralização de lesões adjacentes a restaurações de CIV
· ADESIVIDADE:
- a união à dentina pode ocorrer por ligação de hidrogênio ao colágeno combinado com ligações iônicas à apatita (QUELAÇÃO)
- para obter-se uma boa união é necessário que a superfície esteja limpa uso de um condicionador (ác. Poliacrílico a 10%, de 10 a 15 segundos – reduz a tensão superficial e melhora o molhamento)
- a união do CIV ao esmalte é superior à dentina
	* QUELAÇÃO: 
		- mecanismo semelhante ao de geleificação
		- íons H+ reagem com a superfície mineral
		- cálcio se liga aos grupamentos carboxila
· COEFICIENTE DE EXPANSÃO TÉRMICA:
- próximo ao esmalte e dentina (8-13)
· BIOCOMPATIBILIDADE:
- são relativamente biocompatíveis – irritação pulpar moderada
- o ácido poliacrílico é relativamente fraco ácido orgânico de alto peso molecular; possui reação lenta; é rapidamente precipitado pelos íons Ca+2 nos túbulos
- capacidade de diminuir a penetração de bactérias
· RESISTÊNCIA MECÂNICA:
- resistência à compressão e à tração
· ESTÉTICA:
- falta de translucidez/opacidade
- rugosidade da superfície
- indisponibilidade de cores
- porosidade interna
- dificuldade de polimento
- retenção de placa e de corantes
· PROTEÇÃO DA SUPERFÍCIE:
· SOLUBILIDADE:
- alto grau de solubilidade e desintegração
- 3 categorias principais:
	- dissolução do cimento não maturado
	- erosão a longo prazo
	- abrasão