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CIMENTOS ODONTOLÓGICOS: substâncias modeláveis utilizadas para selar ou cimentar duas partes, mantendo-as juntas. Restauração: CIV e OZE Capeamento pulpar/base forradora: CIV, OZE, hidróxido de cálcio Cimentação: CIV, OZE, fosfato de zinco, resinas Aplicações: - união de restaurações indiretas - pinos e núcleos - bráquetes e bandas ortodônticas Funções: - preenchimento de espaço - vedamento marginal - retenção mecânica e/ou adesiva - aumento da área de contato entre as partes sendo unidas Como escolher o cimento mais adequado para cada caso? Seleção: propriedades físicas e biológicas; características de manipulação; consistência; tempo de trabalho; tempo de presa; facilidade de remoção dos excessos. PROPRIEDADE IDEAL PROPRIEDADE CFZ Espessura de película Fina Fina Tempo de trabalho Longo Curto Tempo de presa Curto Moderado Resistência à compressão Alta Alta Potencial de irritação pulpar Baixo Moderado Solubilidade e desintegração Baixa Moderado a alta Microinfiltração Baixa Moderada Remoção de excessos Fácil Fácil Retenção Adesiva Mecânica FOSFATO DE ZINCO Indicações: 1) CIMENTAÇÃO (principal indicação) próteses ficas metálicas próteses fixas metalocerâmicas bandas ortodônticas elementos protéticos intraradiculares (pinos) *cimento: deve ser suficientemente fluido para escoar em filme contínuo sem fragmentação. 2) FORRAMENTO SOB RESTAURAÇÕES (em desuso): proteger tecidos biológicos de agressão térmica, elétrica e/ou mecânica. 3) SELAMENTO DE CAVIDADES (em desuso) 4) TAMPÃO MECÂNICO: clareamento de dentes despolpados Composição: PÓ LÍQUIDO Óxido de zinco (+-90%) Óxido de magnésio (+- 10%) Solução aquosa de ácido fosfórico (45-70%) Óxido de silício ou alumínio Fluoretos Pigmentação Hidróxido de alumínio Zinco, alumínio Fluoreto de estanho O líquido deve apresentar-se límpido, semelhante a água; e não deve possuir sedimentos ou depósitos no frasco. Reação de presa: ZnO + H3PO4 Zn(PO4)3 + H2O (óxido de zinco+ac.fosfórico fosfato de zinco + água) é uma reação de neutralização, e ocorre com liberação de calor (exotermia) Passos: 1º) O líquido reage com a superfície das partículas, liberando íons zinco. 2º) Os íons zinco liberados reagem com o alumínio presente na solução. 3°) Ocorre a formação do gel de fosfato de alumínio e zinco envolvendo as partículas remanescentes. 4°) Forma-se, após a presa, estrutura segregada de partículas remanescentes envoltas em matriz amorfa e coesa de aluminofosfato de zinco. Biocompatibilidade: -baixo pH inicial -avaliar muito bem o caso clinicamente -proporcionar corretamente pó e líquido Considerações técnicas: Tempo de trabalho: tempo decorrido desde o inicio da mistura até o tempo máximo em que a viscosidade do material ainda permite que o mesmo possa escoar sob pressão de forma adequada, formando fina película. CFZ: 3 a 6 min (23°C) Tempo de pressa: tempo decorrido desde o inicio da mistura até o tempo mínimo necessário para que distúrbios físicos externos não causem alterações dimensionais permanentes no material. CFZ: 5 a 9 min (37°C) Fatores que influenciam o tempo de trabalho e presa: temperatura da placa de manipulação tempo de espatulação velocidade de incorporação do pó relação pó/líquido Velocidade de incorporação do pó Temperatura da placa de manipulação Adição do pó ao líquido em pequenas porções Uso de placa de vidro espessa, resfriada (4-8°C) Aumento do tempo de trabalho e de presa Mais tempo pra dissipação do calor gerado Retardo da velocidade da reação PERMITE MAIS EFETIVA INCORPORAÇÃO DO PÓ MATERIAL MANIPULADO MAIS FLUIDO (procedimentos recomendados) INCORRETO: condensação de água na superfície da placa de vidro. (ou seja, ela deve estar bem seca). Tempo de espatulação: Prolongar o tempo de espatulação alteração das propriedades físicas e escoamento (redução do tempo de trabalho e de presa) procedimento NÃO recomendado Relação pó/líquido: Menor incorporação do pó alteração da consistência em detrimento das propriedades físicas do cemento procedimento NÃO recomendado CUIDADOS: utilizar máxima quantidade de pó (consistência e propriedades físicas adequadas) utilizar ação vibratória durante a cimentação se necessário, aplicar verniz sobre o material (maior tempo para a maturação do cimento; aumento da resistência à dissolução em fluidos orais) TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO -espatulação vigorosa -utilizar maior área possível da placa -controle da temperatura -dispensar o líquido após o pó Material necessário: placa de vidro espessa, CFZ (pó e líquido), proporcionador, espátula 24. ¼ ¼ ¼ 1/8 1/16 1/16 1/16 10s 1/16 10s 1/8 10s ¼ 15s ¼ 15s ¼ 30s Consistência para cimentação: Consistência para base forradora: -superfície brilhante -superfície brilhante -mistura fluida -semelhante à massa de vidraceiro -adere-se à espátula -adere-se à espátula -goteja formando um filete (2 cones) -quando tocada com a espátula,rompe-se em fiapos espessos.
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