Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Doença Agente etiológico Forma de contaminação Ciclo Sintomas Tratamento Ascaridíase Ascaridiose Ascaris lumbricoides Vermes cilíndricos Dimorfismo sexual Região posterior do macho é curva Ovos escuros com três membranas→ quitina – viável na natureza por até mais de 1 ano Ingestão de Ovos da larva 3 ou filarioide através de água, alimentos, mãos contaminadas Período de incubação 40 a 60 dias Primeiros ovos só aparecem nas fezes após 40 dias 1-Ingestão de ovos contendo a larva no terceiro estágio 2- Ovos chegam ao estômago onde a ação do suco gástrico começa a digerir a quitina do ovo, contudo a larva inda não eclode 3- Quando a larva chega ao intestino a mudança de pH sinaliza para a eclosão dos ovos 4- A larva de terceiro estágio- L3 (forma infectante) sai do intestino atravessando a parede intestinal, cai na circulação sanguínea → coração 5- Coração → pulmões = Ciclo de Loss – 30 aias → estádio 4 → Estágio 5 (alvéolos) 6- Brônquios → traqueia → esôfago → eliminação ou deglutição 7.1- Deglutição → estômago → intestino DELGADO → verme adulto 7.2- Expelida pela traqueia → morre Ciclo Pulmonar • Síndrome de Loeffler → pseudobronquite • Tosse • Febre • Dificuldade respiratória • Irritação brônquica • Aumento de eosinófilos Ciclo intestinal • Diarreia • Vômitos • Espoliação intestinal (leva a desnutrição) • Pode ocorrer quadro convulsivo, urticária, despigmentação da pele • Quadros intensos → oclusão intestinal Áscaris errática - Localização ectópica: • Apêndice cecal (apendicite) • Ducto colédoco (obstrução) • Ducto pancreático (pancreatite) • Eliminação do verme pela boca e narinas Dieta rica e de fácil absorção Hidratação Derivados tiazólicos: • mebendazol, • albendazol, • ivermectina em dose única Repetição do tratamento cerca de 3 semanas após o tratamento inicial Complicações como oclusão e suboclusão: Com o uso de sonda nasogástrica adm hexa-hidrato de piperazina e Óleo mineral Critério de cura parasitológico de fezes melhora do quadro clínico Doença Agente etiológico Forma de contaminação Ciclo Sintomas Tratamento Tricuríase Truchuris trichiura 3 a 5 cm Dimorfismo sexual Esôfago com glândulas proteolíticas → absorver nutrientes e sangue (causa sangramento) Asa encefálica → adorno na região anterior Logo após a boca → esôfago, sofre uma constrição e logo em seguida uma dilatação → Bulbo esofagiano Ovos em formato de bandeja → regiões extremas repletas de lipídios → fonte energética Via fecal-oral Ingestão acidenta ovos do parasito contidos em alimentos, água ou no solo Ovos contendo larvas L1→ ingestão → larva se desenvolve no intestino delgado →eclodem →penetram na mucosa intestinal →L2 → L3 → L4→ adulto → rompimento das células epiteliais e a exposição da parte posterior do corpo(habita o INTESTINO GROSSO) → cópula → ovos – fezes • Cefaleia • Dor abdominal • Diarreia de muco sanguinolento (muco devido ao alongamento do esôfago inserida na mucosa) • Náuseas • Vômitos • Espoliação nutricional • Prolapso retal (prostaglandinas podem estimular o sistema nervoso provocam tenesmo que causa aumento da musculatura retal → prolapso Intensa • Apendicite • colite Metronidazol Albendazol Mebendazol Levamisol Pamoato de pirantel Doença Agente etiológico Forma de contaminação Ciclo Sintomas Tratamento Enterobiose/Oxiurose Enterobius vermicularis Fêmea • Até 1 cm Macho • 0,5 cm Região anterior • Expansão do tegumento → asa cefálica Região posterior • Macho curvilínea • Fêmea: retilínea e pontiaguda Ovos • Sem simetria bilateral • Aspecto em formato de D Esôfago → bulbo esofagiano Fecal- oral Ingestão de ovos contendo larva de 2° estágio Ovos contendo a L2 → ingestão → estômago → intestino delgado → eclosão da larva de 2° estágio → invasão das criptas e microvilosidades → duas mudas até o 4° estágio → intestino grosso → Adulto jovem → 35-60 dias após a infecção → sistema reprodutor amadurecido → cópula → macho morre e fêmea → maturação dos ovos, não fazem ovoposição no intestino humano → migram para a região perianal (principalmente durante a noite → deposição de ovos (tornam-se infectantes 6- 8 após a oviposição) Após a deposição • Prurido → hospedeiro se coça → ovos debaixo da unha → autoinfecção externa • Crianças e idosos com uso prolongado de fraudas – ovos permanecem aderidos → eclosão da larva acontece na região perianal → larva 2 (tipo rabditoide) eclode nessa região → Retroinfecção =migra a partir do reto → intestino delgado → larva de 4° estágio Prurido anal noturno Irritação Insônia Dor abdominal Vulvite Migração ectópica • Granulomas no útero, ovário, trompas uterinas Prurido → escoriações, muco, sepse perianal → infecções secundárias associadas Diagnóstico: • Parasitológico de fezes pode dar muitos falsos negativos • Método da fita adesiva – Método de Graham Medicamentoso Normalmente em dose única, alguns casos solicitar a repetição do tto 2 a 3 semanas depois Vermífugos convencionais, como albendazol, mebendazol Medidas profiláticas Endemia familiar Doença Agente etiológico Forma de contaminação Ciclo Sintomas Tratamento Strongiloidíase Menos de 100 larvas/mL – quadros assintomáticos Mais de 100 até 349: sintomas brandos Acima de 350 até 499: sintomas severos Acima de 1000: hiperinfecção Strongyloides stercoralis Geohelmintos Ovo com membrana fina Fêmea • Maior, 2 ovários • De vida livre, grossa e curta • Larva filarioide: cauda bifurcada Heteroinfecção Penetração ativa de larvas presentes no solo Autoinfecção interna Autoinfecção externa Larva filarioide (Forma infectante- de terceiro estágio L3) → penetração através da pele → sistema circulatório → pulmão → penetra nos espaços alveolares → traqueia → faringe → engolida → intestino DELGADO→ adulto → fêmea partenogenética (3N) → deposição de ovos na mucosa intestinal (1,2 ou 3 N) → migram para o lúmen → larva rabditoide a) Auto- infecção → larva rabditoide → intestino grosso → larva filarioide → penetra na mucosa intestinal (interna) ou na pele perianal(externa) b) Larva rabditoide → fezes → desenvolve-se nas formas de adulto de vida livre (macho 1 N e fêmea 2N) → cópula → ovos → larva rabditoide → larva filarioide → penetra na pele – CICLO INDIRETO c) Rabditoide (3N) → filarioide → penetra → CICLO DIRETO Fase Aguda Manifestações cutâneas: resposta de hipersensibilidade tardia – ponto de entrada das larvas – edema, eritema, prurido, pápulas hemorrágicas, Urticária Pulmão: Síndrome de Loeffler – tosse com ou sem expectoração, febre, dispneia, crias asmáticas, pneumonite eosinofílica Intestinais: FP- Mudança da fase aguda para crônica – Diarreia mucossanguinolenta e alternada com constipação → dores abdominais quando crônico Fase crônica Sintomas dependem da carga parasitária a) enterite catarral b) enterite edematosa Hiperinfecção a) Enterite ulcerosa Manifestações pulmonares intensas Disseminação Dependem do local- veia porta e vesícula semelhante a colecistite Renal - hematúria e proteinúria Sorologia negativa fase aguda e positiva na crônica Mebendazol não atua sobre Grupo benzimidazólico Tiabendazol,cambendazol albendazol ivermectina – principal escolha Tiabendazol atua sobre as FP – inibe o desencadeamento de vias metabólicas Cambendazol e albendazol atuam sobre a FO e larvas Doença Agente etiológico Forma de contaminação Ciclo Sintomas Tratamento Ancilostomose Ancylostoma Duodenale Necator americanus Presença de dentes e placas Macho com bolsa copulatória Penetração ativa da Larva filarioide (de 3 estágio) presente no solo Ingestão pode fazer infecção através de mucosa Período pré- patente: 35 e 60 dias (para infecção oral é menor) Duas fases bem definidas • Vida Livre – meio externo • No Hospedeiro definitivo Infecção ativa Larva infectante L3 → penetração ativa( 30 minutos- liberação da cutícula externa) → circulação sanguínea/ linfática → coração → pulmões → alvéolos → bronquíolos → árvore brônquica (durante a migração pelos pulmões → L4) → traqueia → faringe e laringe → deglutidas → intestino DELGADO → parasitismo hematófago → L5 (forma adulta)→ cópula → postura → ovos → fezes → ambiente → eclosão de larva de 3 estágio (12-24 horas ) Ingestão Ingestão da L3 → perdem a cutícula no estômago → intestino delgado (duodeno) → penetram na mucosa intestinal → L4→ emergem da luz intestinal e iniciam a hematofagia → adultos jovens → adultos sexualmente maduros Usualmente assintomático- carga parasitaria baixa Infecção severa (>50 vermes), prevalência maior em crianças Anemia microcótica e homocrômica Hipoalbunemia Desnutrição proteico calórica severa Dor abdominal Diarreia Geofagia → carência nutricional Dermatite e urticaria nos locais de penetração das larvas (erupções papulovesiculares pruriginosas eritematosas- imediato) → mais intensa em indivíduos constantemente expostos – resposta de hipersensibilidade tardia – indivíduo que já foi previamente sensibilizado que irá responder mais Migração larval inicial: tosse, inflamação na garganta e febre. Migração no trato respiratório: coriza, faringite, laringite, sensação de obstrução, Náusea, vomito, flatulência Anti-helmintico- mebendazol (contraindicado para strongiloidiase)/albend azol (c/ repetição de tratamento após 20 dias) – tem mecanismo de ação sobre adultos, nos casos da larva é baixo. Espera-se que as larvas que ainda estão fazendo ciclo de Loss se desenvolvam para vermes adultos Dependendo da gravidade: Alimentação suplementar: rica em proteínas e Ferro → grande impacto na melhora clínica Doença Agente etiológico Forma de contaminação Ciclo Sintomas Tratamento Larva Migrans Cutânea – Dermatite serpenginosa e dermatite pruriginosa Ancylostoma caninum Ancylostoma brazieliensis Penetração da L3 (larva filarioide) Animais L3 → cães e gatos podem infectar-se pelas vias orais, cutânea e transplacentária → mudas → intestino delgado → maturidade sexual em semanas → cópula → ovos → fezes –Meio exterior → desenvolvimento da L1 dentro do ovo → eclodem e se alimentam de matéria orgânica e micro- organismos → L2 → L3 Humanos L3 → penetração ativa → migração através do tecido subcutâneo → a medida que progridem deixam um rastro sinuoso Ingestão → intestino → migram através das vísceras → síndrome da larva migrans visceral. Podem alcançar a circulação sanguínea → pulmões → atravessam os capilares → arvore brônquica → mudas → escarro ou deglutição Momento da penetração pode passar despercebido- eritema e prurido em pessoas sensíveis Lesão eritemopapulosa → evolui para vesícula Migração → rastro saliente e pruriginoso que pode estar acompanhado de infecções secundárias Lesões mais antigas → crostas Em alguns casos → síndrome de Loefler Casos de reinfecção → quadro de hipersensibilidade agrava-se por causa da ação do hospedeiro a ação antigênica das larvas Normalmente tópico - Pomada a base de tiabendazol 4 x dia Alternativa Uso tópico de cloretila e neve carbônica – diminui a temperatura da região diminuindo o metabolismo e a motilidade da larva diminuindo a resposta inflamatória Infecções múltiplas – vários sítios de infecção →associa-se o uso oral de tiabendazol, albendazol Doença Agente etiológico Forma de contaminação Ciclo Sintomas Tratamento Larva migrans visceral Toxocara Canis Ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo L3 Animas Cães jovens → ingestão de ovos contendo a L3 → eclodem no intestino delgado → atravessam a parede intestinal → circulação → fígado, coração, pulmão → L4 → alvéolos → brônquios → traqueia → deglutidas → intestino → crescimento → maturidade sexual em 4 semanas A partir do segundo mês de vida os cães começam a desenvolver resistência ao parasito → migração hepatotraqueal diminui gradativamente → aos 6 meses nula → ao se infectar ao invés de a L3 migrar para o parênquima pulmonar → circulação arterial → redistribuídas para vários tecidos → quiescência → cadelas prenhas → l3 estimulada por mecanismos hormonais → saem da quiescência → atravessam a placenta → migram para o fígado do feto → após o nascimento continuam o ciclo → migração hepatotraqueal – intestino → adultos Cães também podem se infectar ingerindo leite durante as primeiras semanas Aves, roedores, ruminantes, suínos → hospedeiros paratênicos → ingestão de L3 → eclodem no intestino delgado → • Assintomáticas, subagudas ou agudas • A gravidade depende do número de larvas presentes (relacionada om o número de ovos ingeridos) do órgão invadido e resposta imune do indivíduo do sítio de invasão • Autolimitante (6-18 meses) • Leucocitose, hipereosinofílica, hepatomegalia, linfadenite, infiltrados pulmonares acompanhados de tosse, dispneia, anorexia e desconforto abdominal • Envolvimento do sistema nervoso – migração das larvas ou granulomas → ataques epilépticos, meningite, encefalite • Manifestações cutâneas: prurido crônico, eczemas Autolimitante, anti- helmintico, tt de suporte, corticoides Albedazol, ivermectina, tiabendazol Dependendo do quadro clínico → tratamento sintomático como oxigenioterapia, anti- histamínicos e corrticoesteroides Diagnóstico Anatomopatológico; encontro de larvas (inviável, inconclusivo) – associar com clínica e epidemiologia Diagnóstico difícil pela falta de antígeno para fazer reação (no caso do stercoralis o antígeno é o venezuelensis que infecta ratos, roedores) migração hepatotraqueal → vários tecidos → queiescencia Humanos Ingestão de ovos contendo L3 → eclosão no intestino DELGADO → eclosão da L3 → penetração na prede intestinal → circulação → distribuição pelo organismo → atravessam os capilares sanguíneos → fígado, rins, pulmão, coração, medula óssea, músculos estriados e olhos → migração → maioria é destruída → lesão típica → granuloma alérgico → algumas larvas podem encistar diversos, paniculite e vasculite Toxocarose comum: astenia crônica associada a distúrbios digestivos e manifestações alérgicos (hipereosinofilia e aumento de IgE total. Prurido, eczema e urticária Toxocarose Oculta: Contagem de eosinófilos normal no sangue, apesar dos altos títulos de anticorpos anti - toxocara, podendo ou não apresentar erupções cutâneas Eosinofilia persistente (exceção LMO) Hipergamaglobulinemi a: IgE e igM Elevação dos títulos de isohemaglutininas anti- A e anti – B – do sistema ABO (polissacarídeos de larvas T.canis relacionadas ao grupo sanguíneo AB) – maisfácil de fazer Doença Agente etiológico Forma de contaminação Ciclo Sintomas Tratamento Larva migrans ocular Toxocara Canis Mesma da Visceral Mesma da visceral Forma ocular ocorre quando o número de ovos ingeridos é reduzido → em infecções maiores, o aumento de eosinófilos (sanguíneos e teciduais), assim como a ação de anticorpos e de elementos do sistema fagocitário mononuclear, reteriam as larvas no fígado e nos pulmões 1° casos descritos em olhos enucleados, com suspeita de retinoblastoma Em geral hipereosinofílica ausente e resposta imune menos intensa – presença de eosinofilia concentra essas larvas, impedem com que atinjam os olhos Maioria unilateral Pode evoluir endoftalmia crônica- inflamação do líquido ocular (coroide, retina e vítreo) Granulomas com hemorragia retiniana, iridociclites, ceratites, catarata Perda de visão em casos graves Granuloma no polo posterior, granuloma periférico no olho, lesões orbitárias Corticoides nas fases inicias de infecção, foto coagulação, anti- helmíntico não penetram globo ocular Exame oftalmológico- unilocular • aspecto morfológico e topográfico das lesões • tomografia ocular • ELISA em busca de anticorpos específicos – dificilmente disponível
Compartilhar