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Infecções do trato urinário - Riella 24

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INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO 
INTRODUÇÃO 
Conceito 
• Colonização bacteriana da urina e infecção das 
várias estruturas que formam o aparelho 
urinário, desde a uretra até o parênquima 
renal 
 
ITU 
• Variedade de síndromes clínicas 
• Mais comum em crianças, mulheres jovens e 
idosos 
• Diagnóstico e tratamento imediato 
 
Crianças 
• Maior risco de adquirir lesões graves 
• Podem evoluir com hipertensão arterial e IRC 
com episódios repetidos, acometimento 
bilateral e associado a alterações como refluxo 
vesicouretral (RVU) maciço, processos 
obstrutivos 
EPIDEMIOLOGIA 
Sexo 
• Homens: mais frequente nos extremos da vida 
• Mulheres: aumento com a idade 
• Nos jovens: 20 a 30x mais frequentes nas 
mulheres 
 
Bacteriúria assintomática 
• Mais comum no sexo masculino nos recém-
nascidos 
• Após o 1° ano de vida tornam-se mais 
frequentes em meninas 
 
Pielonefrite Aguda (PNA) no 3° trimestre da gravidez 
• Prevenção pela triagem e tratamento precoce 
da bacteriúria assintomática 
CONCEITO E TERMINOLOGIA NAS ITU 
 
Infecção bacteriana 
• Localização e multiplicação, no trato urinário, 
de bactérias obtidas na cultura de urina, na 
grande maioria das vezes com contagem ≥ 105 
UFC/ mL de urina 
Diagnóstico de ITU em mulheres jovens sintomáticas 
com leucocitúria 
• Contagem ≥ 102 UFC/ mL 
 
Diagnóstico Sociedade Americana de doenças 
infecciosas (SADI) 
• Cistite: 103 UFC/ mL 
• Pielonefrite: 105 UFC/ mL 
 
Contagens baixas 
• Culturas positivas para o Staphylococcus 
saprophyticus e outras bactérias GRAM + 
 
Homens 
• Índices de contaminação mais baixos 
• Cistite: 103 UFC/ mL e SADI define: Cistite: 105 
UFC/ mL 
 
 Crescimento menor de bactérias na urocultura 
1. Uso de antibacterianos, antecedendo (3 a 4 
dias), na vigência ou logo após o término de 
sua utilização 
2. Presença de bactérias com crescimento lento 
3. Hiperidratação do paciente 
4. Coleta de amostra da urina pouco tempo após 
uma micção 
5. Contaminação da urina com material de 
limpeza da genitália ou periuretral 
 
Manifestações clínicas da ITU relacionadas: 
• Localização 
• Agentes etiológicos 
• Gravidade 
• Resposta do paciente 
 
ITU Sintomática ou assintomática 
• Dependência da existência ou não de sinais e 
sintomas clínicos mais ou menos específicos 
 
ITU aguda 
• Diante de um caso sintomático atual 
 
ITU recorrente 
• Diante de outro caso com episódios repetidos 
(mais de três episódios no intervalo de 1 ano) 
 
Pielonefrite aguda 
• Infecção alta, ou seja, dos rins e da pelve 
• Cistite: quando localizada na bexiga 
Síndrome uretral 
• Não é mais incluída entre as ITU 
• Faz parte do complexo sindrômico cistite 
intersticial/ síndrome da bexiga dolorosa, 
associada à dor pélvica crônica 
 
Cura 
• Urocultura negativa e/ou normalização dos 
dados da urinálise, durante ou imediatamente 
após o término do tto 
 
Falha no tratamento 
• Falha na erradicação da bacteriúria durante o 
tratamento 
 
Reinfecção 
• Ocorre após cura aparente, com cepas 
diferentes 
 
Recidiva 
• Recorrência da bacteriúria com o mesmo 
organismo nas 3 semanas após o tratamento 
durante o qual a urina era estéril 
 
Possibilidade de ITU complicada 
• Cálculos 
• Doenças císticas, prostatite 
• Imunossupressão 
PATOGÊNESE 
 
Escherichia coli uropatogênica (ECUP) 
• Patógeno mais frequentemente isolado nos 
pacientes com ITU 
 
Origem da ITU 
1. Colonização com infecção ascendente (mais 
comum) 
2. Disseminação Hematogênica 
3. Via linfática 
 
FATORES BACTERIANOS 
 
Genes das ECUP 
• Codificam vários fatores de virulência: 
Adesinas, protectinas, sideróforos e toxinas, 
também sintetizando substâncias naturais que 
facilitam a colonização do trato urogenital 
 
Bactérias causadoras de infecção do trato urinário 
• Capacidade de aderis às células do epitélio 
urinário ou a uromucoide, prevenindo o wash 
out e permitindo a invasão bacteriana 
• Aderência associada a existência de fímbrias 
ou pilli – Bactérias Gram – 
• Enterobactérias: dispõe de estruturas e 
substâncias e substâncias flagelares (antígeno 
H - motilidade), capsulares (antígenos K- 
resistência fagocitose) e lipopolissacarídeos 
(antígeno O- antigenicidade) 
• Contribuem para a virulência bacteriana 
(Hemolisina, lisando hemácias, aerobactina, 
quelante de ferro 
 
FATORES DO HOSPEDEIRO 
• Maior prevalência da ITU em relação ao início 
e maior atividade sexual e uso de espermicidas 
• Uso pregresso de antibióticos) alteração da 
microflora vaginal normal- Lactobacilos e 
estafilococos) 
• Disfunção miccional, constipação intestinal 
FATORES GENÉTICOS 
• Capacidade da proteína de Tamm- Horsfall e de 
receptores uroteliais celulares de impedir a 
aderência de E.coli tipo fimbriada 
• Pacientes não secretores de antígenos do 
grupo sanguíneo ABO – cistite recorrente 
• Mulheres e crianças com fenótipo de grupo 
sanguíneo O1 – pielonefrite recorrente 
FATORES BIOLÓGICOS 
• IgA secretória, pH ácido, concentração de 
ureia, osmolalidade e vários ácidos orgânicos 
evitam a multiplicação da maioria das 
bactérias no trato urinário 
• Anormalidades hormonais e metabólicas, 
como gravidez, diabete melito e diminuição de 
estrógenos em pacientes idosas, são fatores 
para uma maior incidência e recorrência 
DIAGNÓSTICO 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 
Diagnóstico definitivo 
• Urocultura + em coleta com assepsia rigorosa 
• Tratamento deve ser iniciado empiricamente 
com os dados da urinálise e da tira reativa 
Urina por outros métodos que não do jato médio 
• Punção suprapúbica ou cateterismo vesical 
deve ser realizada excepcionalmente 
 
Necessidade de obtenção da primeira urina da manhã 
• Suspeita de contagens bacterianas baixas 
(Staphylococcus saprophyticus) ou bacteriúria 
assintomática 
 
Paciente assintomática 
• Urina coletada em qualquer período do dia é 
satisfatória pra a realização da urinálise e da 
cultura 
 
Tiras reativas 
• Junto com a urinálise, detecção de vários 
parâmetros presentes na ITU, como esterase 
leucocitária, nitrito, proteinúria e hematúria 
 
Leucocitúria 
• Além da ITU, tuberculose renal, nefrite 
intersticial, rejeição de transplante renal 
 
AGENTES ETIOLÓGICOS DAS ITU 
• E. coli – mais frequente nos pacientes 
ambulatoriais 
• Klebisiella 
• Enterobacter 
• Proteus 
• GRAM + → Staphylococcus saprophyticus 
plasma-coagulase negativo, S. aureus, 
Enterococcus 
EXAMES DE LOCALIZAÇÃO 
• Raramente necessários 
Exames que detectam imunoglobulinas 
• Proteínas ou enzimas intracelulares originarias 
do processo inflamatório dos rins (interstício e 
túbulos não são utilizados na prática diária 
 
Úteis na prática diária 
• Exames de rápida realização, como proteína C 
reativa ultrassensível e o hemograma com VHS 
 
NORMAS PARA O MANEJO DA ITU 
1. Diagnóstico clínico e laboratorial corretos e 
imediatos 
2. Tratamento iniciado com a suspeita clínica e 
urinálise 
3. Evitar a evolução da infecção pra pielonefrite 
crônica, HÁ e IRC: Diagnóstico precoce, 
tratamento imediato e seguimento adequado 
4. Fatores de risco determinantes da lesão renal 
▪ Idade precoce 
▪ Tempo de doença 
▪ Demora no início da terapêutica 
▪ Virulência bacteriana 
▪ Susceptibilidade individual 
▪ Fatores de risco existentes 
5. A escolha do agente antibacteriano deve ser 
baseada em sua provável eficácia contra as 
bactérias uropatogênicas, ausência de efeitos 
colaterais, custo, padrões de sensibilidade 
locais 
6. Preferência aos antimicrobianos de eliminação 
renal e não utilizar aqueles cuja resistência seja 
superior a 20% na comunidade 
7. Caracterização da cura, adotando, de rotina, 
no manejo de crianças e adultos com ITU, a 
realização da urinálise com 24 – 48 h do início 
do tratamento 
▪ Critério de cura: ausência de 
bacteriúria na urinálise, no dia 
seguinteao início da terapêutica, 
sendo a leucocitúria, frequentemente, 
mais demorada na sua normalização 
8. Quando se utiliza a via parenteral, geralmente 
24 a 48h após, pode-se mudar para a via oral 
(VO) com o antibiótico adequado, na 
dependência da duração da febre ou da 
melhora clínica do paciente 
9. Quando há alterações estruturais ou 
funcionais ao exame de imagem, o tempo de 
tratamento pode ser prolongado além dos 3 ou 
7 dias geralmente propostos para a cistite e 
pielonefrites, respectivamente 
10. ITU não complicada geralmente não é 
solicitado cultura de urina para estabelecer o 
diagnóstico ou para a documentação da cura 
11. Acompanhamento do paciente para verificar a 
ocorrência de recidiva ou recorrência 
12. Se a urinálise, realizada como controle na 
vigência do tratamento empírico, é normal, 
mas a bactéria é resistente pelo antibiograma 
ao medicamento prescrito, não há necessidade 
de troca 
13. O uso de analgésicos e antiespasmóticos está 
indicado nos casos de dor lombar ou 
suprapúbica incômodas 
14. Medidas comportamentais 
▪ Aumento da ingesta líquida 
▪ Micções frequentes e completas 
▪ Regularização dos hábitos intestinais 
▪ Evitar banhos de espuma e com adição 
de produtos químicos 
▪ Esvaziamento vesical antes de dormir 
e após o ato sexual 
SÍNDROMES CLÍNICAS, QUADRO CLÍNICO E 
TRATAMENTO 
CISTITE AGUDA NÃO COMPLICADA NA 
CRIANÇA 
 
Recém-nascidos e lactentes 
• Sinais e/ou sintomas inespecíficos 
• Falta de ganho de peso 
• Irritabilidade 
• Hipertermia sem foco 
• Palidez 
• Anorexia 
• Apatia 
• Icterícia em recém- natos 
 
Crianças maiores 
• Disúria 
• Polaciúria com pequeno volume de urina às 
micções 
• Odor forte ou fétido 
• Desconforto suprapúbico 
• Dor abdominal, em flanco (por paralisia uretral 
pela toxina da bactéria Gram – 
• Infrequentemente hiperemia pouco elevada 
• Raramente hematúria macroscópica 
• Por vezes, enurese 
 
Tratamento ITU sintomáticas não complicadas do 
trato urinário inferior 
• Medicação oral 
• Preferência por cefalexina, ácido nalidíxico e 
nitrofurantoína por 3 dias 
 
• Alguns autores recomendam, em crianças de 
até 5 a 6 anos, manter a profilaxia até a 
realização dos estudos de imagem como a 
cistouretrografia miccional 
CISTITE AGUDA NÃO COMPLICADA NA 
MULHER JOVEM 
• Sinais e sintomas iguais ao das crianças 
maiores 
Mulheres sexualmente ativas – Diagnóstico 
diferencial 
• Uretrite por Chlamydia trachomatis e Neisseria 
gonorrhoear 
• Infecções pelo vírus herpes simples 
• Vulvovaginite por Candida ou Trichomonas 
vaginalis 
• Ocorrem alterações locais nas vulvovaginites, 
com a presença ocasional de secreção vaginal 
ou uretral 
• Infecções a vírus não causam leucocitúria, mais 
intensa na cistite que nas outras condições 
• Hematúria não glomerular é um dado 
chamativo nas cistites virais, notadamente 
naquelas causadas pelo adenovírus 
 
Diagnóstico 
• Nas cistites não complicadas, culturas de urina 
geralmente não são necessárias 
• Reservadas para infecções sintomáticas graves 
ou complicadas e, principalmente, para 
bactérias pouco comuns, como Pseudomonas 
 
Medicação 
• Nitrofurantoínas 
• Cefalexina 
• Ácido nalidíxico 
• Trimetroprim- sulfameroxazol 
• 3 dias de tratamento 
CISTITE AGUDA RECORRENTE EM MULHERES 
• Aproximadamente 80% dos episódios de 
cistite recorrente são reinfecções, na maioria 
das vezes pela mesma bactéria persistindo na 
microbiota fecal 
• Tratadas da mesma maneira que os episódios 
isolados 
• A decisão de iniciar ou não a profilaxia com 
antibióticos a longo prazo deve ser uma 
escolha do paciente com seu médico, levando 
em consideração o número de recorrências 
(geralmente, quando há mais de 3 episódios 
por ano), a morbidade de cada episódio, e 
eventual impossibilidade de manter atividades 
normais durante o episódio 
• Optando-se pelo tratamento profilático, 
recomenda-se manter inicialmente por 3 a 6 
meses 
• Geralmente a profilaxia é geralmente feita com 
nitrofurantoína, mas em crianças com 
cefalexina 
Crianças com RVU 
• Nunca é adotado profilaxia em longo prazo 
 
Mulheres após a menopausa 
• Utilização intravaginal de estrógeno tem sido 
eficaz na diminuição dos episódios de ITU e, 
também, na normalização da flora original 
CISTITE INTERSTICIAL/ SÍNDROME DA BEXIGA 
DOLOROSA/ SÍNDROME URETRAL 
 
Cistite intersticial/ síndrome da bexiga dolorosa 
• Causa comum de doença pélvica crônica 
• Dor infraumbilical com menos de 6 meses de 
duração, e grave o suficiente para causar 
desconforto ou necessitar tratamento 
• Reação inflamatória da bexiga causando dor 
pélvica e bexiga irritável, disfuncional, com 
urgência miccional e polaciúria, sendo 
infrequente a incontinência urinária 
 
Síndrome uretral 
• Mesmos sintomas da cistite intersticial 
• Deve ser diferencia da de inúmeras causas de 
dor pélvica crônica de causas ginecológicas, 
urológicas, intestinais, musculoesqueléticas, 
posturais, dor crônica da parede abdominal, 
problemas psicológicos, somatizações 
comportamentais, adição a drogas, abuso 
físico e sexual, depressão, alterações do sono e 
dor abdominal (acima do umbigo) 
 
 
 
Tratamento 
• Amitriptilina e terapêutica física manual com 
identificação de pontos dolorosos e utilização 
de calor ou gelo 
 
PIELONEFRITE AGUDA NÃO COMPLICADA EM 
MULHERES 
Sinais e sintomas 
• Podem variar de uma doença discreta à 
evolução para urossepse 
• Hipertermia geralmente elevada 
• Tremores 
• Apatia 
• Irritabilidade 
• Náuseas 
• Queda do estado geral com fácies tóxica 
• Dor lombar, uni ou bilateral (Giordano 
positivo), mesmo com pressão leve 
• Eventualmente, sinais de infecção baixa, 
anterior ou posteriormente ao início do 
episódio de pielonefrite 
• Mulheres jovens submetidas anteriormente a 
tratamento em curto prazo ou em pacientes 
idosos, observam-se sinais e sintomas de ITU 
baixa, com dor abdominal indefinida, náuses e 
vômitos 
 
Diagnóstico 
• Sempre solicitar urocultura 
• US: aumento de tamanho de rim afetado, 
eventualmente, áreas de aumento de 
ecogenicidade, configurando nefronia lobar 
 
Medicação 
• Via oral ou parenteral 
• Quadro clínico discreto a moderado: 
Cefalexina VO para mulheres e crenças 
• Manter tratamento por 7-14 duas 
• Fluoroquinolonas para adultas e gentamicina 
para crianças devem ser as medicações iniciais, 
se necessária a medicação parenteral 
• A associação gentamicina/ ampicilina pode ser 
utilizada se a suspeita inicial é de infecção por 
GRAM + 
 
 
 
CISTITE AGUDA EM ADULTOS SAUDÁVEIS 
 
Cistite aguda potencialmente complicados 
• Diabetes 
• Gravidez 
• Sexo masculino (associação com problema 
renais ou prostáticos) 
 
Homens abaixo dos 50 anos 
• Quadro clínico semelhante ao da mulher 
jovem com cistite 
• Excluir uretrite, se suspeitada, pela coloração 
da secreção com o GRAM ou avaliação da 
leucocitúria no jato inicial da urina 
 
Urocultura e US 
• Solicitada de rotina e após o tratamento tanto 
no homem quanto na mulher grávida 
 
Tratamento 
• Mesmas drogas utilizadas na cistite aguda em 
mulheres 
• Evitar fluoroquinolonas, em mulheres 
grávidas, pela sua ação sobre a cartilagem de 
conjugação do concepto 
 
INFECÇÕES COMPLICADAS 
 
Sugere infecção complicada 
• Pacientes com fator de evidente: diabetes, 
transplante renal, idade avançada, cateteres 
ou doenças neurológicas 
• Obstrução funcional ou orgânica, litíase → 
através do US 
• Infecção com bactérias produtoras de uréase 
(Proteus, Providencia, Morganella) deve 
sugerir lesão calculosa no parênwuima renal 
ou em outras estruturas do aparelho urinário 
• Nos pacientes idosos, neurológicos ou com ou 
com insuficiência renal crônica e dor 
abdominal ou em flancos, valorizar sintomais 
inespecíficos, como fadiga e náuseas 
Tratamento 
• Mesmas medicaçõesde cistite ou PNA 
• Período superior aos 3 a 7 dias 
• Nessas situações, bactérias como o S. aureus 
são mais comuns, devendo-se estabelecer o 
regime terapêutico adequado 
INFECÇÕES ASSOCIADAS A CATETER 
• Incidência de 3 a 10% de ITU por dia de 
caracterização 
• Infecções sintomáticas graves são tratadas 
com antibióticos de largo espectro, 
geralmente utilizando o antibiograma e 
mudança para cateterismo intermitente 
LESÃO DA MEDULA ESPINHAL 
• Diagnóstico de ITU problemático: sinais e 
sintomas inespecíficos 
• Urinálise deve ser realizada de rotina nos 
pacientes sintomáticos e assintomáticos 
• Se existe leucocitúria importante- episódio 
deve ser tratado 
• Se apresenta episódios sintomáticos e 
debilitantes, pode receber profilaxia, por 6 
meses 
• Utilização do antibiograma deve ser otimizada 
PROSTATITE 
 
Diagnóstico de infecção prostática aguda 
• Febre 
• Polaciúria 
• Disúria 
• Dor perineal ou testicular 
• Tremores 
• Dificuldade para urinar 
• Próstata aumentada e dolorosa 
 
Prostatite 
• Pode causar cálculos 
• Ocorre em 2 a 10% dos homens 
• Gram negativos E.coli, Proteus, Klebisiella, P, 
aeruginosa 
• Enterococcus, e S aureus 
 
Prostatite crônica 
• História de ITU recorrente com palaciúria e 
disúria ou sintomas mais especificamente 
relacionadas a inflamação prostática, com dor 
perineal, suprapúbica, testicular ou lombar 
baixa e polaciúria variável ou dificuldade para 
urinar 
• Ocasionalmente assintomático 
 
Tratamento da prostatite aguda 
• Geralmente ambulatorial 
• Fluoroquinolona, por um período de 30 dias, 
na tentativa de evitar a cronicidade da afecção 
 
Tratamento da prostatite crônica 
• Fluoroquinolonas, por períodos maiores, de 
até 3 meses 
• Tratamento profilático em pacientes com ITU 
recorrente 
 
Prostatite não bacteriana 
• Condição mais comum associada com 
sintomas intermitentes ou persistentes de 
prostatite, com maior ocorrência em homens 
jovens 
• Ausência de ITU recorrente e de bactérias na 
secreção obtida da próstata 
• Confundida com síndrome da dor pélvica 
crônica 
• Sintomas exacerbados pela atividade físico ou 
estresse 
 ABCESSO RENAL 
 
Abcessos corticais 
• Ocorrem por infecção hematogênica, 
usualmente pelo S. aureus (carbúnculo renal), 
com foco em outro local do corpo 
• As fontes mais comuns de infecção são 
furúnculos, paroníquia ou queimaduras e, 
menos frequentemente, ossos ou válvulas 
cardíacas 
• Mais frequentes em homens 
• Segunda e terceira década de vida 
• Torpor, febre e dor lombar ou em hipocôndrio, 
mas por vezes os sintomas estão ausentes, se 
o abscesso não se comunica com o sistema 
coletor, ocorrendo unicamente febre de 
origem desconhecida 
Abcessos perirrenais 
• Apresentação clínica mais insidiosa e não 
específica 
• Resultam de obstrução ou de outro fator 
complicante, disseminação hematogênica ou 
de infecção contígua 
Abcessos corticomedulares 
• Usualmente resultam de ITU ascendente 
associada a uma anormalidade tal como 
uropatia obstrutiva ou RVU 
• Usualmente causada por E. coli e outras 
enterobactérias 
 
Tratamento 
• Antimicrobianos sem drenagem se o abcesso 
não é muito grande 
• Vancomicina opor 7 dias e, após, conversão 
para droga antiestafilocócica oral 
 
NECROSE DE PAPILA 
 
Causas 
• Diabete (50% dos casos) 
• Uso excessivo de analgésicos 
• Anemia de células falciformes 
• Amiloidose renal 
• Alcoolismo crônico 
• Obstrução 
 
Quadro clínico 
• Semelhante ao da pielonefrite aguda 
• Pode ocorrer obstrução uretral, simulando 
cólica nefrética unilateral, urossepse e 
insuficiência renal 
 
Pielografia retrógrada 
• Exame de imagem de escolha para o 
diagnóstico 
• Achados típicos de irregularidade da porção 
superior da papila, com fórnice calicial 
dilatado, contraste intrarrenal e uma papila e 
crescente, conhecida como sinal do anel 
 
Ocorrência de obstrução 
• Necessidade de retirada do material papilar 
• Nefrectomia parcial ou total em casos graves 
 
Tratamento 
• Idêntico as PNA, com antibióticos de largo 
espectro 
PIELONEFRITE ENFISEMATOSA 
• Variante da pielonefrite aguda, rara e 
fulminante 
• Alta mortalidade 
• Caracterizada pela presença de tecido renal 
necrótico contendo gás, ocorrendo quase 
sempre em pacientes diabéticos 
 
Causada 
• Bactérias formadoras de gás 
• E.coli, K. pneumoniae 
• P. aeruginosa 
• P. mirabilis 
 
Sintomas 
• Início pode ser insidioso 
• Frequentemente abrupto, com febre, 
tremores, dor em flanco, com fácies séptica, 
estando o paciente debilitado 
 
Exames 
• Exame de urina -Leucocitúria 
• Radiografia de abdômen e US mostram bolsas 
de gás nos rins 
• TC diagnostica melhor a formação gasosa 
 
Tratamento 
• Intervenção cirúrgica (rim removido 
rapidamente ou abcesso drenado) e utilização 
de antibióticos de largo espectro 
 
MALACOPLAQUIA RENAL 
• Doença granulomatosa crônica 
• Mais comum em mulheres 
 
Caracterizada 
• Presença de placas amareladas moles ou 
nódulos infiltrando a bexiga, o parênquima 
renal ou outras estruturas do rim 
• Reação inflamatória a uma variedade de 
infecções, caracterizada elo acúmulo de 
macrófagos contendo grumos bacterianos 
calcificados, conhecidos como corpos de 
Michelis- Gutmann 
 
Diagnóstico 
• Exame histológico 
Vesical 
• Associada com ITU por Gram-Negativos, com 
uma longa história de episódios recorrentes 
 
Localização renal 
• Dor em flanco, anemia, febre, insuficiência 
renal se o processo é bilateral 
 
Suspeita Diagnóstica 
• Rim aumentado, com diminuição funcional, 
presença de massa ou hidronefrose, com 
leucocitúria, hematúria e bacteriúria na 
urinálise 
TC 
• Rins aumentados de volume com áreas de 
hipocaptação 
 
Tratamento 
• Fluoquinolona 
• Nefrectomia – doença renal unilateral 
 
PIELONEFRITE XANTOGRANULOMATOSA 
• Forma grava e rara de infecção renal crônica 
associada com obstrução do trato urinário 
• Afeta predominantemente mulheres 
 
Sintomas 
• Ocorrem períodos prolongados de febre, 
anorexia, mal-estar, perda de peso e dor 
unilateral presente em flanco, e, 
ocasionalmente massa palpável 
 
Patogênese 
• Infecção complicando a obstrução e levando a 
isquemia, destruição tecidual e acúmulo de 
depósitos lipídicos, com características células 
espumosas 
 
Diagnóstico diferencial 
• Abcessos intrarrenais ou periféricos 
• Tuberculose 
• Carcinoma renal 
 
Urinálise 
• Leucocitúria 
• Hematúria 
• Bacteriúria 
 
US e radiografia 
• Cálculo e cálices dilatados cercados por 
parênquima hipoecoico espessado e rim 
aumentado de tamanho 
 
Tratamento 
• Antibiótico de largo espectro 
• Nefrectomia parcial ou total 
 
CISTOS RENAIS INFECTADOS 
• Complicação de ITU ascendente e recidivante 
• História de ITU recorrente, com sintomas 
urinários baixos 
 
US 
• Coleção fluida, com ecos em seu interior 
 
Diagnóstico confirmado 
• Aspiração com agulha fina e cultura do fluido 
 
TC 
• Área localizada de atenuação reduzida que não 
aumenta após o contraste EV 
 
Tratamento 
• Aspiração de secreção purulenta 
 
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA 
Prevalência 
• Aumenta com a idade 
• Acima dos 65 anos aumenta acentuadamente, 
sobretudo em homens, decorrente da maior 
frequência de uropatia obstrutiva pelo 
aumento da próstata, instrumentação urinária, 
perda da atividade bactericida do líquido 
prostático e pela ocorrência, em ambos os 
sexos, de dificuldade de esvaziamento da 
bexiga pela diminuição da atividade muscular 
do soalho pélvico, incontinência fecal e 
períodos prolongados de imobilidade 
 
Tratamento 
• Mulheres grávidas 
• Bacteriúria assintomática associada a 
leucocitúria intensa 
• ITU com recorrência múltiplos 
• Pós-operatório de transplante renal 
• Antes de cirurgia urológica com 
possibilidade de sangramento,• procedimentos cirúrgicos com sondagem 
vesical, por períodos curtos 
• Na sequência de remoção de cateter de 
memória 
 
ACOMPANHAMENTO DO PACIENTE 
 
Seguimento 
• Urinálise 
• Tiras reativas 
 
Primeira evidência de cura 
• Ausência de bacteriúria 
 
OUTROS PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS 
 
Avaliação urológica 
• Fatores de risco relacionados a processos 
obstrutivos, orgânicos ou funcionais, presença 
de litíase 
 
Investigar com imagem qualquer criança no seu 
primeiro episódio de ITU 
• Sequelas de HAS, nefropatia crônica, 
insuficiência renal terminal 
• Infecção superajuntada, advindas de processos 
obstrutivos, como válvula de uretra posterior, 
estenose de junção pielo ou vesicouretral, RVU 
maciço, por vezes associado a displasia renal 
ou episódios recorrentes de pielonefrite aguda 
com diagnóstico e tratamento retardados 
 
US 
• Deve iniciar a avaliação urológica por imagem 
• Pode identificar com segurança processos 
obstrutivos funcionais (refluxo vesicouretral 
maciço, megaureter congênito) ou orgânicos 
(estenose de junção pielo ou vesicouretral, 
válvula de uretra posterior, urolitíase, 
tamanho da próstata, hidronefrose), abcesso 
perinéfrico e renal ou outras anomalias, como 
tumor vesical 
 
 
 
 
 COMPLICAÇÕES TARDIAS 
• Hipertensão arterial e insuficiência renal 
crônica, em pacientes pediátricos 
acompanhados em longo prazo, até a vida 
adulta, portadores de RVU maciço (graus IV e 
V, bilateral) ou processos obstrutivos, como 
válvula de uretra posterior

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