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GED gastroenterol. endosc. dig. 2013: 32(4):111-119
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eveRson	l.a.	aRtifon1,	MaRco	buch	2,	lubia	bonini2,	dayse	P.s.	aPaRicio3	
Lesões Císticas do Pâncreas
Artigo de Revisão
reSumo
As lesões císticas do pâncreas são peculiares em relação ao 
diagnóstico e ao tratamento. O recurso da ecoendoscopia 
promoveu melhor processo na diferenciação entre as 
lesões com características benignas e as malignas. Trata-
se de afecção de alta possibilidade de cura na ocasião do 
diagnóstico precoce, oferecendo-se tratamento efetivo e 
impactante. Didaticamente, podemos dividir em tipos de 
lesões macro e microcística: a primeira poderá apresentar-
se com características de malignidade; já a segunda 
demonstra-se ser lesão benigna. As lesões cisticas tipo 
IPMN estão detalhadas neste artigo e o tratamento 
cirúrgico é a opção justificada naqueles pacientes com 
lesões no ducto pancreático principal. Caso contrário, 
nos pacientes com IPMN dos ductos secundários, o 
acompanhamento poderá ser feito pela ecoendoscopia. 
Finalmente, as lesões císticas do pâncreas devem ser 
avaliadas por abordagem multidisciplinar, alcancando-se 
assim o melhor tratamento possível ao paciente. 
Unitermos: Cística, Lesão, Ecoendoscopia.
Sumary 
The cystic pancreatic lesions have particularities regarding 
diagnostic and treatment ways. The resources on EuS 
raised up better process to be diferetiating those cases 
with benign and malignant features. It is a lesion with high 
probability to bring an early diagnosis and with an effective 
and prompt treatment. It will be didactly share the types of 
lesions in macro and microcystics, the first one could be 
raised up the features of malignancy, on the other hand 
the last one push up the benigns lesions. IPMN lesions 
are detailed in the manuscript and in those patients with 
main pancreatic duct lesions the surgical treatment is the 
rationale otpion. Otherwise, patients with side branch 
IPMN, the follow up could be taken by using EuS findings. 
Finally, pancreatic cystic lesions should be assessed by 
multidisciplinary approach intending the best treatment 
chance.
Keywords: Cystic, Lesions, Echoendoscopy.
deFInIção 
Lesões císticas pancreáticas podem ser encontradas 
durante a avaliação de pacientes com dor abdominal e 
pancreatite, porém estão cada vez mais sendo achados 
incidentais de exames de imagem abdominal por causas 
inespecíficas 1.Estas lesões podem ser divididas em 
pseudocistos, cistos não neoplásicos e cistos neoplásicos, 
que incluem cistoadenoma seroso, cistoadenoma mucinoso 
e neoplasia mucinosa papilar intraductal. Sabe-se ainda 
que outros tumores pancreáticos também podem conter 
espaços císticos ou regiões de degeneração cística, como 
neoplasia sólida pseudopapilar, tumor endócrino cístico 
e até adenocarcinoma ductal 2. uma avaliação adequada 
é importante pois cistos não neoplásicos requerem 
tratamento apenas quando sintomáticos, enquanto 
algumas das neoplasias císticas têm um potencial maligno 
significante e devem ser ressecadas.
1. Chefe do Servico de Endoscopia do HAC (Hospital Ana Costa) - Santos. 2. Residentes do Serviço de Endoscopia do HAC. 3. Médica-Assistente 
do Serviço de Endoscopia do HAC. Endereço para correspondência: Rua Guimaraes Passos, 260 - apto 121 - Vila Mariana - São Paulo - SP -cep: 
04107-030 - e-mail: eartifon@hotmail.com - Recebido em: 23/07/2013. Aprovado em: 16/08/2013.
Pancreatic cystic lesions
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Quadro 
clínico
Achados 
ecoendoscópicos Líquido Citologia
Potencial 
maligno
Pseudocisto
Histórico de 
pancreatite 
grave ou 
moderada
Anecóico, parede espessa, 
raras septações, linfonodos 
regionais inflamatórios 
podem ser vistos
Fino, amarronzado
Neutrófilos, 
macrófagos, 
histiócitos; coloração 
negativa para mucina
Nenhum
IPMN
Histórico de 
pancreatite, 
dor abdominal 
ou achado 
incidental
Ducto pancreático principal 
dilatado ou ductos 
secundários; pode ser um 
cisto septado; pode ter um 
componente sólido
Viscoso, claro
Células colunares 
mucinosas com 
atipia variável; 
coloração positiva 
para mucina
Sim
Cistoadenoma 
mucinoso
Geralmente 
um achado 
incidental, mas 
pode causar 
dor abdominal e 
massa palpável
Macrocístico, septado; 
calcificações periféricas, 
componentes sólidos e 
linfonodos regionais quando 
malignos
Viscoso, claro
Células colunares 
mucinosas com atipia 
variável; coloração 
positiva para mucina
Sim
Cistoadenoma 
seroso
Geralmente 
um achado 
incidental, mas 
pode causar 
dor abdominal e 
massa palpável
Microcístico com padrão 
“favo de mel”; raramente 
possui componente 
macrocístico; calcificação 
central
Fino, claro ou 
serossanguinolento
Epitélio cuboide com 
coloração positiva 
para glicogênio
Quase nulo
Neoplasia 
endócrina cística
Pode ter 
características 
clínicas de 
neoplasia 
endócrina sólida 
pancreática
Cisto unilocular ocupa quase 
toda a neoplasia
Fino, claro
Células monomórficas 
de tumor endócrino; 
coloração positiva 
para cromogranina e 
sinaptofisina
Sim
Neoplasia sólida 
pseudopapilar
Geralmente 
um achado 
incidental; 
raramente causa 
desconforto 
abdominal
Componentes sólidos e 
císticos
Sanguinolento e com 
debris necróticos
Células 
monomórficas com 
núcleo arredondado; 
eosinofílico; 
coloração positiva 
para vimentina e 
a -1-antitripsina
Sim
Adenocarcinoma 
ductal com 
degeneração 
cística
Icterícia indolor, 
dor abdominal/
lombar ou 
raramente com 
pancreatite
Massa sólida primariamente 
com espaços císticos
Sanguinolento com ou 
sem debris
Pode ser observado 
adenocarcinoma 
maligno, mas 
vários graus de 
atipia podem estar 
presentes
Já presente
Tabela 1. Características das lesões císticas pancreáticas.
Fonte: Jacobson BC, Baron TH, Adler DG, et al. ASGE guideline: The role of endoscopy in the diagnosis and the management of cystic lesions and 
inflammatory fluid collections of the pancreas. Gastrointest Endosc. 2005 Mar;61(3):363-70.
dIagnóStIco 
Os sinais e sintomas mais comuns são dor abdominal, perda 
de peso, dor lombar, icterícia, pancreatite, massa abdominal 
palpável e empachamento pós-prandial 3. Devido ao seu aspecto 
radiológico, as neoplasias císticas pancreáticas podem ser 
erroneamente classificadas como pseudocistos 3-5. Entretanto, 
apesar de sua semelhança, elas são diferenciadas através 
de suas características clínicas, achados ecoendoscópicos, 
citológicos e da análise do conteúdo líquido em seu interior 
(tabela 1). Dentre os exames de imagem, a tomografia 
computadorizada com cortes finos é a forma mais utilizada no 
diagnóstico de lesões císticas, podendo fornecer informações 
sobre a localização no parênquima pancreático, relação com 
leSõeS cíStIcaS do pâncreaS
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Figura 1: Abordagem das lesões císticas pancreáticas - adaptado de 
Figueiras et al. 6.
Considerar 
seguimento Figura 2
Lesão Cística
Pancreática
Assintomático
TC com cortes 
finos
Sintomático
Tratamento
cirúrgico
Pancreatite
Pseudocisto
Cistoadenoma 
Seroso
Seguimento Ecoendoscopia
Tratamento 
cirúrgico
> 3 cm
Tratamento 
cirúrgico
< 3 cm Ducto Secundário
Ducto 
Principal
Cistoadenoma 
Mucinoso IPMN
Dúvida 
diagnóstica
Componente 
sólido 
Calcificação 
na parede 
Obstrução ductal
vasos e influenciar a estratégia terapêutica. A ressonância 
nuclear magnética pode ser uma alternativa para melhor 
avaliação da anatomia ductal, também sendo uma opção nos 
casos de alergia ao contraste iodado. Na figura 1, propomos 
um algoritmo de investigação e conduta na abordagem das 
lesões císticas pancreáticas (adaptado de Figueiras et al.)6.
A ecoendoscopia é um método diagnóstico que possui 
maior sensibilidade em lesões císticas menores que 2 cm 
de diâmetro e ainda permite a punção aspirativa com agulha 
fina do conteúdo líquido cístico, que a análise pode ajudar 
no diagnóstico diferencialdas lesões císticas 7. A análise do 
conteúdo líquido dos cistos fornece informações importantes 
a respeito de sua etiologia. Os exames mais realizados são 
a citologia e a dosagem bioquímica de amilase, antígeno 
carcinoembrionário (CEA) e do marcador tumoral CA 19-9 
(líquido cístico). Dependendo destes resultados, a orientação 
para uma hipótese diagnóstica da lesão cística pode ser feita 
com boas sensibilidades e especificidades (tabela 2) 8.
E. L. A. ARTIFON, M. BUCH , L. BONINI, D. P. S. APARICIO
Fonte 8: Van der Waaij LA, van Dullemen HM, Porte RJ. Cyst fluid analysis 
in the differential diagnosis of pancreatic cystic lesions: a pooled analysis. 
Gastrointest Endosc 2005;62(3):383-9.
Valor de 
corte Diagnóstico
Sensibilidade 
(%)
Especificidade 
(%)
Amilase < 
250 U/L
Seroso, 
Mucinoso ou 
Lesão mucinosa 
maligna
44 98
CEA < 5 
ng/mL
Seroso, 
Pseudocisto
50 95
CEA > 800 
ng/mL
Mucinoso, 
Lesão mucinosa 
maligna
48 98
CA 19-9 < 
37 U/L
Seroso, 
Pseudocisto
19 94
Citologia 
com células 
malignas
Lesão mucinosa 
maligna
- 48
Tabela 2: Análise do conteúdo cístico através de citologia, 
amilase, CEA e CA 19-9.
Pseudocisto pancreático
Os pseudocistos são um tipo de coleção líquida que resulta 
da inflamação e necrose pancreáticas, como complicações 
de pancreatite crônica aguda ou trauma pancreático. Eles 
compreendem cerca de 15% a 30% de todas as lesões císticas 
pancreáticas e cerca de metade dos cistos pancreáticos em 
pacientes com histórico de pancreatite9,10. 
Desta forma, em um paciente com histórico de pancreatite 
aguda, uma lesão cística somente deve ser diagnosticada 
como pseudocisto se houver um exame de imagem prévio 
demonstrando sua ausência.
A ausência de um epitélio interno é o que distingue o 
pseudocisto de uma lesão cística verdadeira, pois sua parede 
é formada por um tecido fibroso e de granulação originados 
de um processo inflamatório. Eles podem ser únicos ou 
múltiplos, e a maioria dos pseudocistos possui comunicação 
com o sistema ductal pancreático, contendo altos níveis de 
amilase e lipase.
De acordo com a classificação revisada de Atlanta, temos 11:
• Pseudocisto pancreático: coleção bem definida, encapsulada, 
com líquido homogêneo e componente sólido;
• Walled-off necrosis: coleção bem definida, encapsulada, com 
líquido heterogêneo e presença de componente sólido necrótico.
A maior parte dos pseudocistos tem resolução espontânea, 
contudo podem ocorrer complicações agudas como 
infecção, rotura e sangramento, em complicações crônicas 
como obstrução biliar, trombose de veia esplênica ou 
porta e dificuldade no esvaziamento gástrico. Nestes 
casos, o tratamento de drenagem cirúrgica, percutânea ou 
endoscópica está indicado.
Cistos pancreáticos não neoplásicos
Os cistos pancreáticos não neoplásicos são raros e 
geralmente assintomáticos, não necessitando de tratamento 
específico. 
Na maioria das vezes, são diagnosticados depois de uma 
ressecção devido à suspeita de se tratar de uma neoplasia 
cística pancreática no pré-operatório. Eles incluem cistos 
verdadeiros, cistos de retenção, cistos mucinosos não 
neoplásicos e cistos linfoepiteliais.
Neoplasias císticas pancreáticas
A identificação de neoplasias císticas pancreáticas é 
importante, pois algumas possuem potencial maligno e têm 
indicação cirúrgica. Seus quatro subtipos são:
• Neoplasia cística serosa
• Neoplasia cística mucinosa
• Neoplasia mucinosa papilar intraductal
• Neoplasia sólida pseudopapilar.
Neoplasia cística serosa
A maioria das neoplasias císticas serosas é cistoadenomas, 
que são neoplasias benignas formadas por células cuboidais 
ricas em glicogênio originadas de células centroacinares do 
pâncreas exócrino. Localizam-se predominantemente no 
corpo e cauda pancreáticos e são mais diagnosticadas em 
mulheres acima de 60 anos 12-14. À ecoendoscopia podemos 
caracterizar as lesões em suas variações morfológicas, que 
incluem microcística, macrocística e mista. 
A variação mais frequente é a microcística, que consiste em 
uma lesão hipoecóica, heterogênea, com vários cistos ane-
cóicos separados por septos finos e regulares, determinando 
um aspecto em “favo de mel” (Figura 2). 
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Figura 2: TC abdome evidencia volumoso pseudocisto pancreático situado no mesogástrio, com paredes espessas 
e contato com a parede gástrica. À ecoendoscopia setorial, percebe-se volumoso pseudocisto com conteúdo 
anecóico, medindo 12,1 cm X 6,6 cm. A drenagem ecoguiada falhou devido à parede espessa do pseudocisto com 
impossibilidade de dilatação do trajeto. Paciente foi submetido à cistogastrostomia cirúrgica.
LESÕES CÍSTICAS DO PÂNCREAS
Estes septos podem coalescer formando uma cicatriz central 
que, quando calcificada, denota um sinal patognomônico 
nos exames de imagem. A variação macrocística é composta 
por um ou mais cistos acima de 20 mm, dificultando sua 
diferenciação com as lesões mucinosas. 
O padrão misto, com cistos de tamanhos variados, macro 
e micro, pode ser encontrado mais frequentemente que 
a macrocística. Uma vez que sua degeneração maligna 
é extremamente rara, um tratamento só é necessário 
quando há presença de sintomas ou quando ocorre um 
crescimento rápido da lesão. Na maioria, está indicado um 
acompanhamento clínico ou através de exames de imagem. 
Neoplasia cística mucinosa
As neoplasias císticas mucinosas ocorrem quase que exclusi-
vamente em mulheres e são mais comumente diagnosticadas 
acima dos 40 anos de idade. Possuem um grau de atipia celu-
lar variável e secretam mucina, semelhantemente às neoplasias 
mucinosas papilares intraductais 15,16. 
Entretanto, em contraste com estas últimas, não se comunicam 
com os ductos pancreáticos e apresentam tecido estromal se-
melhante ao ovariano que tipicamente tem origem do corpo ou 
cauda pancreáticos 16,17.
À ecoendoscopia podemos caracterizá-la mais frequentemente 
como uma lesão macrocística, que pode ser multiloculada ou 
microcística, que é mais rara. Suas paredes são geralmente finas 
e bem definidas em relação ao parênquima pancreático. Evidên-
cias de nodularidade mural, calcificação na parede (aspecto em 
casca de ovo) e obstrução ductal são indicativos de malignidade 
da lesão (Figura 3).
A Organização Mundial de Saúde classificou seu aspecto patológico 
em adenoma (cistoadenoma mucinoso), “borderline” e maligno 
(cistoadenocarcinoma mucinoso) 9. Pelo potencial maligno, caso 
o paciente tenha condições clínicas, sua ressecção cirúrgica 
está geralmente recomendada (Figura 4).
Neoplasia mucinosa papilar intraductal (IPMN)
As neoplasias mucinosas papilares intraductais são lesões 
produtoras de mucina originadas do sistema pancreático 
ductal, que exibem graus de atipia celular variável e causam 
dilatação dos ductos pancreáticos18. Têm um pico de incidência 
acima dos 50 anos de idade e igual distribuição entre os sexos.
De forma semelhante às neoplasias mucinosas, podem ser 
classificadas de acordo com o grau de atipia em adenoma, 
“borderline” ou carcinoma mucinoso papilar intraductal. 
Localizam-se principalmente na cabeça do pâncreas, sendo 
Figura 4: Ecoendoscopia setorial, demonstrando imagem 
cística de 47mm X 34mm, em corpo pancreático, com traves 
e conteúdo espesso interno, compatível com neoplasia 
mucinosa (cistoadenoma mucinoso).
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Figura 3: Lesões císticas na cabeça (A) e colo (B) do pâncreas caracterizada por vários pequenos cistos agrupados e traves 
hiperecogênicas no centro (cicatriz estrelar). O aspecto ecoendoscópico é sugestivo de cistoadenoma seroso.
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Figura 5: Tomografia evidenciando dilatação uniforme do ducto pancreático a partir da cabeça do órgão na qual se verifica lesão 
cística multiseptada. À ecoendoscopia verifica-se dilatação do ducto pancreáticoe, na cabeça do pâncreas, lesão macrocística 
com septos finos, não comunicante ao ducto de Wirsung. A imagem endoscópica demonstra papila pátula com drenagem de 
material mucoide. A ecopunção demonstrou tratar-se de IPMN.
LESÕES CÍSTICAS DO PÂNCREAS
1-2 cm
Algum estigma de alto risco para malignidade?
1) Icterícia obstrutiva
2) Componente sólido
3) Ducto pancreático principal dilatado (> 10 mm)
Sim
Sim
Tratamento 
cirúrgico
Não
> 3 cm2-3 cm< 1 cm
1) Nódulo mural; 2) Suspeita de envolvimento do 
ducto pancreático principal; 3) Citologia positiva 
ou suspeita para malignidade
TC/RNM 
em 2-3 anos
TC/RNM em 2 anos 
(aumentar intervalo se 
não houver alteração) 
Nova Endoscopia 
em 3-6 meses 
(considerar cirurgia se 
paciente for jovem)
Tratamento cirúrgico 
(considerar acompanhamento 
com ecoendoscopia ou RNM 
em 3-6 meses)
Sim Endoscopia
Tamanho do 
cisto
Alguma característica preocupante?
Clínica: Pancreatite
Imagem: 1) Cisto > 3 cm; 2) Paredes císticas espessadas;
3)Ducto pancreático entre 5-9mm
Não
Não
Figura 6: Abordagem do IPNM de ducto secundário. Fonte (19): Tanaka M, Fernández-del Castillo C, Adsay V, et al. International 
consensus guidelines 2012 for the management of IPMN and MCN of the pancreas. Pancreatology 2012;12(3):183-97.
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comum a presença de doença multifocal 9 (Figura 5). 
Em relação ao acometimento do sistema ductal, o IPMN pode 
acometer o ducto pancreático principal, os secundários ou 
ambos. Sabe-se que o acometimento dos ductos secundários 
evolui com menos frequência para um carcinoma invasivo, o 
que é importante para a definição de conduta. 
O último consenso internacional, realizado em 2012 19, indica 
as características para o tratamento cirúrgico dos IPMN de 
ductos secundários, com seu manejo clínico dependendo 
do grau de acometimento do ducto pancreático principal ou 
secundário, da presença de componente sólido, da ocorrência 
de calcificações e do tamanho do cisto (Figura 6). 
Neoplasia	sólida	pseudopapilar
As neoplasias sólidas pseudopapilares pancreáticas são raras 
e ocorrem geralmente em mulheres jovens com menos de 35 
anos de idade. Elas mais se localizam normalmente no corpo e 
cauda pancreáticos, e podem conter ambos os componentes, 
sólido e cístico, além de áreas de calcificação 20,21.
tratamento endoScópIco
O tratamento endoscópico para drenagem de coleções 
líquidas pancreáticas é aceito como uma opção menos 
invasiva do que a drenagem cirúrgica ou percutânea. 
Apesar de existirem terapêuticas ecoguiadas de ablação para 
neoplasias císticas com injeção de etanol ou outros agentes 
ablativos, seu uso está restrito a casos selecionados e não 
devem ser utilizadas rotineiramente na prática clínica 22-25. 
drenagem endoScópIca de coleçõeS 
líquIdaS pancreátIcaS 
Indicações
As indicações para drenagem endoscópica são geralmente 
feitas através da sintomatologia do paciente. Os principais 
sintomas que indicam o procedimento são dor abdominal, 
retardamento no esvaziamento gástrico, saciedade precoce, 
perda de peso e icterícia, porém outras indicações são 
infecção cística ou aumento de seu tamanho.
Dentre as coleções líquidas pancreáticas, as que apresentam 
uma parede bem definida são as que têm um tempo maior 
que 4 semanas após o episódio de pancreatite, nas quais 
a parede da coleção está maturada, tornando a drenagem 
tecnicamente factível.
Em outro aspecto, somente o tamanho do pseudocisto não 
é uma indicação para a sua drenagem, porém sabe-se que 
quando, atingem dimensões maiores que 6 cm, eles tendem 
a ser sintomáticos. 
Desta forma, podemos resumir as indicações em:
• Sinais e sintomas clínicos;
• Tamanho maior que 6 cm; e
• Tempo acima de 4 semanas.
Técnica
A abordagem endoscópica para drenagem de um 
pseudocisto pode ser transpapilar, transmural ou uma 
combinação das duas 26-30. A decisão de qual método a ser 
utilizado deve ser baseada na relação anatômica da coleção com 
o estômago e duodeno, com a presença de comunicação ductal 
e no seu tamanho.
Técnica	transpapilar
A terapia de drenagem transpapilar através da colocação de 
uma prótese pancreática, com ou sem esfincterotomia, pode 
ser adequada se a coleção tiver comunicação com o ducto 
pancreático principal 31,32.
uma vantagem da abordagem transpapilar sobre a transmural 
é a prevenção de hemorragia ou perfuração que podem 
ocorrer com esta última. A desvantagem seria que uma 
prótese pancreática pode induzir a uma cicatrização e fibrose 
do ducto pancreático principal, alterando sua anatomia 
em pacientes cujo ducto pancreático é normal e, ainda, 
dificultando a adequada drenagem de coleções maiores 33,34.
Técnica	transmural
Esta técnica de drenagem é obtida através da colocação de 
uma ou mais próteses através da parede gástrica ou duodenal. 
uma avaliação ecoendoscópica antes da drenagem pode ser 
feita para reduzir as chances de complicação, definindo a 
melhor topografia para a punção e drenagem da coleção 30, 
35-38. 
A inviabilidade da realização de uma ecoendoscopia não 
significa a suspensão do procedimento, exceto nos casos 
em que não haja um abaulamento endoscopicamente visível, 
a presença de vasos interpostos ou uma falha prévia na 
tentativa de drenagem. Nestes casos, o local de punção 
deve ser o ponto máximo de compressão extrínseca causada 
pela coleção. A punção da coleção é realizada com uma agulha 
de grande calibre ou um estilete com eletrocautério29. Após a 
passagem de um fio guia na cavidade, é realizada uma dilatação 
balonada do trajeto seguida da colocação de uma ou mais próteses, 
geralmente plásticas tipo duplo “pigtail”, para se obter a drenagem.
Recentemente, o uso de próteses metálicas autoexpansíveis 
e. L. A. ARtIFoN, M. BuCh , L. BoNINI, d. P. S. APARICIo
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tem se tornado uma alternativa às próteses plásticas, com 
a vantagem de formarem uma fístula de maior diâmetro, 
reduzindo o risco de obstrução precoce e ainda permitindo 
um acesso endoscópico para exploração da cavidade. 
Esta técnica vem sendo utilizada com boa frequência 
em nosso serviço (HC-FMuSP), onde foram obtidos 
resultados satisfatórios na resolução tanto de pseudocistos 
como em “walled-off necrosis”, nos quais são necessárias 
reabordagens e sessões de lavagens internas da coleção. 
Complicações
Recomenda-se que a drenagem endoscópica de uma coleção 
pancreática seja realizada somente com a disponibilidade de 
radioscopia e suporte clínico adequado caso haja complicações 45. 
As complicações podem ocorrer durante o procedimento ou 
a partir da drenagem inadequada do conteúdo das coleções 
ou de restos necróticos.
A principal complicação desta técnica é a infecção, geralmente 
causada por obstrução das próteses, especialmente quando 
o conteúdo da coleção é espesso ou está associado à 
presença de restos necróticos. Outras complicações incluem 
sangramento, perfuração, pancreatite, broncoaspiração do 
conteúdo da coleção, migração da prótese, lesão ao ducto 
pancreático e complicações da sedação. 
Resultados
O resultado, após uma tentativa de drenagem endoscópica 
depende do tipo de coleção e da experiência do endosco-
pista45,46. De uma forma geral, o sucesso da drenagem en-
doscópica dos pseudocistos é obtido em 82% a 89% dos 
casos, com as taxas de complicação em 5% a 16% e as taxas 
de recorrência de 4% a 18% 47-49.
A experiência com drenagem endoscópica de “walled-off 
necrosis” é mais limitada, mas conseguiu resolução não-
cirúrgica bem sucedida em 31 de 43 pacientes (72%) 45,48. um 
relato de drenagem transmural de abscessos pancreáticos 
obteve uma boa resolução em 10 dos 11 abscessos de 
cavidade, ocorrendo sangramento autolimitado em apenas 
um paciente 50.
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