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Neurofisiologia do Comportamento e das Emoções

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Desenvolvimento Humano: 
Transtornos, Síndromes e 
Potencialidades no Âmbito da 
Aprendizagem 
 
 
Professora: Luana Freese 
Biomédica 
Doutora em Ciências da Saúde – Farmacologia/UFCSPA - Porto Alegre / Universidade de 
Bordeaux – França 
Pós-doutoranda - Laboratório de Neuropsicofarmacologia - UFCSPA 
 
 


•A pesquisa em neurociência por si só não 
introduz novas estratégias educacionais. 
Contudo fornece razões importantes e 
concretas, não especulativas, do porquê 
certas abordagens e estratégias educativas 
são mais eficientes que outras. 
Neurociência e Educação 
Interface entre Educação e Neurociência 
• O que interfere no 
processo ensino 
aprendizagem e 
porque? 
• Como o sistema 
nervoso se organiza 
para aprender? 
NEURÔNIO: UNIDADE BÁSICA DO 
FUNCIONAMENTO CEREBRAL 
Conceitos de neurofisiologia 
• Neurônio 
• Sinapse 
• Vesícula neuronal 
• Neurotransmissores 
• Fenda sináptica 
• Receptores 
• Transportadores 
• Plasticidade neuronal 
 
O percurso do impulso nervoso no neurônio é sempre no sentido 
dendritocorpo celular  axônio. 
 
 
 
Um neurônio pode receber ou enviar entre 1.000 a 100.000 conexões 
sinápticas em relação a outros neurônios, dependendo de seu tipo e 
localização no sistema nervoso. 
O número e a qualidade das sinapses em um neurônio pode variar, entre 
outros fatores, como genéticos, também pela experiência e 
aprendizagem, demonstrando a capacidade plástica do Sistema 
Nervoso. 
• São substâncias químicas produzidas pelos neurônios. 
• Por meio delas, podemos enviar um impulso, uma “mensagem” a outras 
células. 
• Os neurotransmissores agem nas sinapses, que são o ponto de junção 
do neurônio com outra célula. 
• Cerca de 60 tipos diferentes foram identificados. 
Neurotransmissores 
Porque acontecem as síndromes, transtornos, 
deficiências? 
O que são Síndromes? 
Conjunto de características físicas, clínicas, hormonais, que se 
repetem na população, formando um certo padrão. 
Acarretam algum problema médico específico e/ou no 
desenvolvimento ou deste indivíduo. 
Existem mais de 1000 síndromes descritas no mundo! 
Somente uma pequena parte delas apresenta deficiência intelectual 
como uma de suas características. 
• As condições adequadas são 
criadas durante a NEUROGENESE! 
• A partir do 3º mês intrauterino  
Audição, neurônios motores 
• Liberação de substâncias e 
hormônios mãe-filho 
 
Porque acontecem as síndromes, transtornos, 
deficiências? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deficiências - Geral 
Transtornos Motores 
Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos ou membros 
do corpo acarretando comprometimento da função. *Incluem-se aqui 
os transtornos de tiques. 
Deficiência Intelectual ou Mental 
Caracteriza-se pelo funcionamento intelectual significativamente abaixo 
da média, acompanhado de limitações no funcionamento adaptativo, 
em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, 
segurança, autocuidado, trabalho, vida doméstica, lazer, 
autossuficiência, habilidades sociais e acadêmicas. Para fins 
diagnósticos, precisa estar presente durante a infância. 
Deficiência Múltipla 
A deficiência múltipla implica na ocorrência de duas ou 
mais deficiências simultaneamente, nas estruturas físicas, 
sensoriais e cognitivas. 
Transtorno do Espectro Autista 
Caracterizam um quadro de prejuízo severo e invasivo em diversas 
áreas do desenvolvimento, tais como: habilidades de interação 
social recíproca, de comunicação, de interesses e presença de 
atitudes estereotipadas. 
Transtornos Específicos de Aprendizagem 
Compreende inabilidade específica, como de leitura, escrita ou 
matemática, em indivíduos com inteligência normal. 
TDAH 
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade 
TOD 
Transtorno Opositivo Desafiador 
Transtornos do Humor 
Depressão, ansiedade, transtorno bipolar 
 Uma forma simplificada de categorizar os problemas de comportamento é 
dividi-los em: 
 Problemas que se internalizam, tais como depressão, ansiedade e queixas 
somáticas, em que os sintomas estão principalmente interiorizados no 
indivíduo; 
 Problemas que se externalizam, tais como conduta desafiadora excessiva e 
transtornos de conduta (agressividade às pessoas e animais e 
comportamento transgressor), TDAH, TOD, em que os sintomas estão dirigidos 
para fora (Bee, 1996). 
BASES BIOLÓGICAS DAS DOENÇAS MENTAIS E NEUROPSIQUIATRIA 
- INFÂNCIA 
O termo retardo mental foi usado no DSM-IV. No entanto, deficiência 
intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) é o termo que 
passou a ser de uso comum nas duas últimas décadas entre profissionais 
da Medicina, da Educação e outros profissionais e pelo público leigo e 
grupos de apoio. 
Os critérios diagnósticos enfatizam a necessidade de uma avaliação tanto 
da capacidade cognitiva (quociente de inteligência - QI) quanto do 
funcionamento adaptativo. 
A gravidade é determinada pelo funcionamento adaptativo, e não somente 
pelo escore do QI. 
Nota sobre as nomenclaturas utilizadas.... 
Deficiência Intelectual 
 A Deficiência Intelectual é um transtorno de desenvolvimento que 
atinge de 3% a 4% das crianças e caracteriza-se por importantes 
limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento 
adaptativo. 
 
 Dificuldades de adaptação (a eventos do dia-a-dia, entender o contexto,); 
 Prejuízo intelectual (raciocinar, elaborar, dificuldade de abstração – criatividade, sem 
elementos próprios, só repete...); 
 Dependentes (baixa autonomia); 
 Atraso global no desenvolvimento (relações sociais, linguagem,...) 
 Dificuldades de generalização (exemplo: objetos). 
 
 
Deficiência Intelectual Discreta 
Deficiência Intelectual Severa 
• Fatores de risco para condições que cursam com DM: 
 
Testes de Q.I. 
• Apesar de não ser ideal, o funcionamento intelectual ainda é bem 
representado pelas pontuações do Q.I., quando obtidos por instrumentos de 
avaliação adequados. 
• O critério para diagnóstico é de aproximadamente dois desvios-padrões 
abaixo da média. 
Testes de Q.I. *CID* 
• Classificam Graus de Deficiência Mental (CID: F70-F79). 
▫ DM Leve: Q.I. = 50 a 69 (adulto com idade mental de 9 a 12 anos); 
▫ DM Moderado: Q.I. = 35 a 49 (idade mental de 6 a menos de 9 anos); 
▫ DM Grave: Q.I. = 20 a 34 (idade mental de 6 a 3 anos); 
▫ DM profundo: Q.I. <20 (idade mental abaixo de 3 anos de idade); 
▫ Deficiência mental não-especificada. 
 
*DSM propõe uma conceituação um pouco diferente. 
http://iacapap.org/wp-content/uploads/C.1-Intelectual-disabilities-PORTUGUESE-2015.pdf 
• Estudos demonstram que não é fácil observar a inteligência e, portanto, medi-la. 
• Mas, o que é inteligência? 
▫ Um sistema composto de agentes (neurônios) que se especializam na solução de uma 
tarefa específica (neurônios visuais, auditivos, motores, córtex pré-frontal) e que se 
associam para resolver problemas complexos. 
▫ Tal ação depende da conexão que se estabelece entre os neurônios especializados. 
▫ A plasticidade destas conexões permite que se aprenda a evoluir nas conexões e, 
portanto, solucionar novos problemas mais complexos. 
 
 
Inteligência 
Condições Comuns Associadas a DM 
A síndrome de Down, também 
conhecida como trissomia do 21, 
é um distúrbio cromossômico 
causado por uma cópia 
adicional de material genético 
no cromossomo 21, que afeta o 
desenvolvimento do corpo e do 
cérebro. 
IDADE MATERNA 
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1:800 nascimentos  incidência muito alta na população! 
Características Clínicas associadas a SD 
Síndrome do X frágil 
• Síndrome do X frágil (ou síndrome de Martin-Bell) é uma doença 
ligada ao cromossomo X que é uma das formas herdadas mais 
comum de Deficiência Intelectual. 
• Mais comum em meninos(1:1.250). 
• Comorbidades bem comuns: autismo, TDAH, crises epiléticas 
▫ Alterações ortopédicas 
▫ Alterações cardíacas 
5 a cada 10.000 ! 
Características 
físicas, clínicas 
e mentais ! 
Síndrome de Williams Beuren 
• É uma doença genética caracterizada por atraso intelectual e de 
desenvolvimento. 
 
• Acomete ambos os sexos, na maioria dos casos (primeiro ano de vida), as 
crianças têm dificuldade de se alimentar, ficam irritadas facilmente e choram 
muito. 
• Seu desenvolvimento motor é mais lento. 
• Demoram a andar, e tem grande dificuldade em executar tarefas que 
necessitem de coordenação motora tais como: cortar papel, desenhar, andar 
de bicicleta, amarrar o sapato etc.. 
Síndrome de Williams Beuren 
• Cardiopatia congênita; 
• Deficiência mental leve a moderada; 
• Dificuldades de aprendizagem (Discalculia); 
• Déficit de crescimento; 
• Agitação, inquietação; 
• Problemas oculares; 
• Hipersensibilidade aos sons; 
• Hipercalcinemia; 
• Hipotonia. 
 
 
 
Podem ter ansiedade e medo de altura, preocupação 
excessiva com determinados assuntos ou objetos, 
distúrbios do sono e do controle do esfíncter. 
Características Clínicas 
• Seu comportamento é 
extremamente sociável e 
comunicativo, embora comecem 
a falar tarde, por volta dos 18 
meses. 
 
• Demonstram facilidade para 
aprender rimas e canções, com 
muita sensibilidade musical e 
concomitantemente boa 
memória auditiva. 
• Doença genética rara localizada no cromossomo 15 ocorrendo no momento da 
concepção (cromossomo 15q11-13). 
• Bebês apresentam baixo Apgar, dificuldade de sugar, choro fraco e são muito 
pouco ativos, dormindo a maior parte do tempo. Raramente conseguem ser 
amamentados. O desenvolvimento neuro-motor é lento, tardam a sentar, 
engatinhar e caminhar. 
• Os sintomas incluem tônus muscular fraco, baixa estatura, desenvolvimento 
sexual incompleto, deficiências cognitivas e um sentimento crônico de fome que 
pode levar a comer em excesso e a obesidade. 
 
Síndrome de Prader-Willi 
• Dificuldades de aprendizagem e fala. 
• Instabilidade emocional e imaturidade nas trocas sociais. 
• Alterações hormonais - atraso no desenvolvimento sexual. 
• Baixa estatura. 
• Diminuição da sensibilidade à dor. 
• Mãos e pés pequenos. 
• Pele mais clara que os pais. 
• Boca pequena com o lábio superior fino e inclinado para baixo nos cantos da boca. 
• Olhos amendoados e estrabismo. 
• Indivíduos com síndrome de Prader-Willi estão em risco de dificuldades de 
aprendizagem e de atenção. 
 
http://fisioterapiapucminas.blogspot.com.br/2010/04/cinesioterapia-e-fisioterapia-aquatica_21.html 
• É a forma mais grave dos transtornos do 
espectro alcóolico fetal, é uma causa 
evitável de deficiência intelectual. 
• A síndrome alcoólica fetal é o resultado do 
elevado consumo de álcool durante a 
gravidez, especialmente nos primeiro três 
meses de gestação. 
• O conhecimento dos médicos sobre essa 
condição é baixa e a detecção é muito 
pobre, com muitos doentes permanecendo 
não diagnosticados. 
 
Síndrome Alcoólica Fetal 
• Juntamente com uma história materna de ingestão de álcool, atualmente os 
médicos ainda se baseiam fortemente em três características clínicas para o 
diagnóstico 
 * Anormalidades faciais 
 * Anormalidades do sistema nervoso central 
 * Déficit de crescimento. 
Síndrome de Klinefelter 
• A síndrome de Klinefelter é uma aberração cromossômica 
caracterizada pela presença de um cromossomo X a mais em 
indivíduos do sexo masculino (trissomia). 
 
 
 
• A síndrome de Klinefelter pode ocorrer em um a cada 500 ou 1000 
nascimentos de indivíduos do sexo masculino. 
Normal = 44 autossômicos + 2 sexuais = 46 , XY 
SK = 44 autossômicos + 3 sexuais  47, XXY 
• As principais características de um indivíduo que apresenta a 
síndrome da Klinefelter são: 
• Estatura acima da média; 
• Órgãos reprodutivos pouco desenvolvidos; 
• Aumento das mamas, podendo apresentar 
outras caraterísticas femininas; 
• Esterilidade; 
• O atraso da linguagem (51%), 
• Atraso motor (27%); 
• Problemas de aprendizagem (50%). 
• Síndrome de West constitui 2% de todas as epilepsias da infância, 
e 25% das epilepsias com início no primeiro ano de vida. 
• A taxa de incidência é estimada em 2,5-6,0 casos por 10.000 
nascidos vivos. 
• Início mais comum entre 4 e 6 meses de idade. 
• O diagnóstico de síndrome é confirmado por um 
eletroencefalograma, exame que registra a atividade elétrica do 
cérebro. 
 
Síndrome de West 
Causas da síndrome de West 
• A síndrome de West sintomática  70 a 80% dos casos. Causado 
por um problema durante o desenvolvimento cerebral (falta de 
oxigênio no nascimento, malformação, infecção, etc.) 
 
• West idiopática  Em 10% dos casos o bebê não possui lesões no 
cérebro e se desenvolve normalmente antes do início dos 
primeiros espasmos. 
• A doença se manifesta por séries de contrações musculares 
involuntárias, em que o bebê se contrai abruptamente, dobrando-se, 
às vezes com os olhos revirados. Geralmente esses espasmos vêm em 
séries e podem se repetir várias vezes ao dia. 
• As contrações musculares ocorrem com maior frequência ao 
acordar. 
▫ Esses espasmos geralmente ocorrem em flexão, isto quer dizer que a 
criança se enrola em torno de si mesma, dobrando os braços e as pernas. 
Características Clínicas 
• A síndrome de West pode danificar o cérebro 
e observa-se, frequentemente, um atraso ou 
desaceleração no desenvolvimento 
psicomotor nas crianças afetadas. 
▫ Isso pode resultar em um atraso na aquisição da 
postura sentada, para caminhar, na higiene ou 
na linguagem. Algumas crianças podem perder 
até mesmo algumas habilidades já adquiridas. 
• Atraso psicomotor. Há perda de habilidades 
adquiridas e anormalidades neurológicas, tais como: 
▫ Paralisia que afeta partes iguais de cada lado do 
corpo. 
▫ Paralisia dos quatro membros: tetraplegia. 
▫ Enfraquecimento ou ligeira paralisia de metade do 
corpo. 
▫ Microencefalia. 
A gravidade desses atrasos de desenvolvimento, no 
entanto, varia muito de uma criança para outra. 
• Transtornos do Espectro Autista (TEA) 
Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) 
• TEA primários ou idiopáticos 
 
• TEA secundários, sintomáticos ou sindrômicos 
INTERAÇÃO SOCIAL 
COMPORTAMENTO COMUNICAÇÃO 
Critérios Diagnósticos dos TGD 
 
 Autismo Infantil 
 Autismo Atípico 
(psicose infantil atípica, retardo mental com características 
autísticas) 
 Síndrome de Rett 
 Outro Transtorno Desintegrativo da 
Infância 
 Transtorno de Hiperatividade associado 
a retardo mental e movimentos 
estereotipados 
 
 Síndrome de Asperger 
 Outros Transtornos Invasivos do 
Desenvolvimento 
 Transtorno Invasivo do 
Desenvolvimento Não Especificado. 
CID-10 
 
Transtorno Autista 
 
Transtorno de Rett 
 
Transtorno Desintegrativo da 
Infância 
(síndrome de Heller, demência infantil ou psicose 
desintegrativa) 
 
Transtorno de Asperger 
 
Transtorno Invasivo do 
Desenvolvimento Sem Outra 
Especificação 
 DSM-4R 
 
• O Transtorno do espectro autista é um novo transtorno do DSM-5 que 
engloba o transtorno autista (autismo), o transtorno de Asperger, o 
transtorno desintegrativo da infância, o transtorno de Rett e o 
transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação do 
DSM-IV. 
• Ele é caracterizado por déficits em dois domínios centrais: 
▫ 1) déficits na comunicação social e interação social e 
▫ 2) padrões repetitivos e restritos de comportamento, interesses e 
atividades. 
Critérios Diagnósticos 
• A gradação da gravidade é assim descrita: 1. exigindo 
apoio; 2. exigindo apoio substancial e 3: 
exigindo apoio muito substancial. 
 
• - Gravidade 
• - Déficit em comunicação social e em interação social 
• - Comportamentos, interesses e atividades repetitivas e restritas 
 
Níveis de Gravidade 
Transtorno desintegrativo da infância 
• É um tipo de transtorno globaldo desenvolvimento geralmente 
diagnosticado pela primeira vez na infância ou adolescência. 
• Considerados aqui os casos raros de regressão do 
desenvolvimento que ocorrem após pelo menos 2 anos de 
desenvolvimento normal (anteriormente descrito como 
transtorno desintegrativo da infância). 
Síndrome de Heller 
• Costuma aparecer dos 4 anos de idade em diante. Apesar de ter bastante 
semelhança com o autismo, é consideravelmente mais agressiva. 
• Antes dos 10 anos, a criança com TDI perderá habilidades já adquiridas em 
pelo menos duas das seguintes áreas: 
▫ • linguagem expressiva ou receptiva 
▫ • habilidades sociais ou comportamento adaptativo 
▫ • controle esfíncteriano 
▫ • jogos 
▫ • habilidades motoras 
 
Transtorno desintegrativo da infância 
Síndrome de Heller 
• Grande parte das crianças param de ter interesse por jogos em 
geral, principalmente aqueles que requerem a imaginação. 
 
• A comunicação também começa a ser perdida: a criança que 
conseguia falar e se expressava normalmente passa a deixar de 
conseguir comunicar-se. 
• A síndrome de Rett é uma doença de herança dominante ligada ao 
cromossomo X, causada por mutações no gene MECP2. 
• Também é marcada por uma desaceleração no desenvolvimento. 
▫ Entre os 5 e 48 meses ocorre uma desaceleração do crescimento cefálico. 
▫ Entre os 5 e 30 meses de vida, uma perda das habilidades manuais 
voluntárias adquiridas anteriormente, com o desenvolvimento de 
movimentos estereotipados das mãos – por exemplo, gestos como torcer 
ou lavar as mãos. 
Síndrome de Rett 
• Surgem problemas na coordenação da marcha ou dos movimentos do tronco 
e severo prejuízo nas linguagens expressiva ou receptiva, além de grave 
retardo psicomotor. 
 
• O “Retardo Mental Grave ou Profundo” é uma comorbidade típica do 
Transtorno de Rett. 
 
 
Em muitos casos descritos de síndromes específicas, o 
aconselhamento genético é imprescindível para 
identificação e acompanhamento adequados! 
 
 Como o próprio nome indica, caracteriza-se pela desobediência 
contínua às figuras de autoridade, como pais e professores, explosões de raiva, 
tentativas de irritar os outros e culpá-los por seus erros, 
comportamento antissocial e impulsividade. 
 Os sintomas geralmente começam entre os 6 e os 8 anos e 
causam problemas em casa ou na escola. 
 
≠ BIRRAS INFANTIS ! 
Falta de recursos para se expressar Imaturidade. 
TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR (TOD) 
TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR (TOD) 
• Os sintomas do TOD podem aparecer em qualquer momento da vida, mas é mais 
comum entre os 6 e 12 anos  birras costumam durar até os 3 anos. 
• A associação com TDAH é frequente (50% dos casos), 
• O ambiente doméstico costuma ser conturbado, com pais divergentes quanto ao 
modo de educar e conduzir o (a) filho (a) e de como estabelecer parâmetros, mas 
evidências mostram que existem fatores genéticos e neurofisiológicos 
predispondo o seu desenvolvimento. 
TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR (TOD) 
• O tratamento desta condição é multidisciplinar e depende de três eixos: 
• Medicação  auxilia em boa parte dos pacientes e melhora a auto regulação do humor 
frente às frustrações; 
• Psicoterapia  deve centrar em mudanças comportamentais na família com medidas 
de manejo educacional (dar bons exemplos, dialogar com a criança, ter paciência ao 
falar, explicar o motivo das ordens dadas, etc.); 
• Suporte escolar  deve-se oferecer apoio, reforço e abertura para um bom diálogo; 
esta abertura melhora o engajamento do aluno opositor às regras escolares bem como 
ajuda a não reforçar condutas antissociais. 
 TDAH é o mais comum dos transtornos emocionais, cognitivos e de 
comportamento na infância; 
 É multifatorial e clinicamente heterogêneo. 
As taxas de prevalência variam em diferentes países. 
 
TDAH 
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade 
Subjetividade 
que 
acompanha a 
sintomatologia 
do transtorno 
Critérios 
adotados 
para o 
diagnóstico 
Diferenças 
epidemio-
lógicas 
 Consiste em uma desregulação nos sistemas dopaminérgicos e 
noradrenérgicos, que implica em: 
 
foco de atenção prejudicado 
capacidade diminuída de 
suprimir atividade motora impulsividade 
aumentada 
TDAH 
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade 
Aspectos Neurobiológicos 
 A dopamina e a noradrenalina desempenham papéis fundamentais nos 
sistemas de atenção e foco e os estimulantes, por sua atuação, ampliam este 
sistema. 
 *Tratamento clássico: o MF atua como agonista indireto da dopamina (DA), 
conduzindo a um aumento da concentração extracelular deste 
neurotransmissor, melhorando a capacidade de controle de impulso e da 
atividade motora. 
  Bloqueio da recaptação de DA e da Noradrenalina 
(NE), por meio da ação sobre os seus 
transportadores. 
Farmacodinâmica 
Neuroplasticidade 
• DESENVOLVIMENTO NEUROBIOLÓGICO 
NORMAL* 
 
• AMBIENTE ADEQUADO 
 
• ESTIMULAÇÃO ADEQUADA 
*Nas DM, as limitações, em 
geral, coexistem com 
potencialidades 
• 30% a 40% das crianças das primeiras séries escolares 
apresentam alguma dificuldade para aprender. 
▫ Apenas 3% a 5% tem de fato um distúrbio (ou transtorno) na 
aprendizagem. 
 
 Existem algumas definições para os transtornos de aprendizagem 
(DSM, Comitês de Learning Disabilities). 
Transtornos de Aprendizagem 
• Não ha uma só base anatomopatológica ou genética. 
 
O aprendizado é um processo dinâmico e complexo que 
ocorre a partir de um ato motor ou sensorial que, 
elaborado no córtex cerebral, dá origem a cognição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transtornos de Aprendizagem 
Transtornos de Aprendizagem 
• Compreende inabilidade específica, como de leitura, escrita ou matemática, 
em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo do 
esperado para seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade 
intelectual. 
• Apresenta algumas características, tais como: 
▫ Inteligência normal 
▫ Ausência de alterações motoras ou sensoriais 
▫ Possui base neurobiológica com predisposição familiar e genética 
 
• São detectadas utilizando-se instrumentos de avaliação, que 
permitem detectar e distinguir principalmente os seguintes 
distúrbios: 
• Atenção 
• Sensoriais 
• Memória 
• Linguagem 
 
Transtornos de Aprendizagem 
• Transtorno da leitura: dislexia  
dificuldade específica de compreender palavras escritas. 
 
• Transtorno da matemática: discalculia  dificuldade de raciocínio. 
 
• Transtorno de expressão: disgrafia  dificuldade em compor textos escritos 
(erros de gramática e pontuação, organização de parágrafos). 
Transtornos de Aprendizagem 
 
A linguagem é uma construção ! 
 
• Ter um interlocutor  interação social 
• Perceber a necessidade de uso da linguagem oral 
• Desenvolvimento Motor e Neurológico 
• Audição / Visão 
• Aspectos Emocionais 
Como crianças desenvolvem a 
linguagem? 
Processamento da Linguagem 
Dislexia do Desenvolvimento 
• Distúrbio neurobiológico caracterizado pela dificuldade no 
reconhecimento preciso ou fluente das palavras; 
 
• Apresenta dificuldades de soletrar e recodificar sinais gráficos e sons; 
Dislexia do Desenvolvimento 
• Teorias da dislexia: teoria visual, do processamento auditivo rápido e 
cerebelar. A teoria fonológica é a teoria predominante. 
• Prevalência: 5 a 10 % da população brasileira. 
• Predomínio do sexo masculino. 
• Características altamente familiar e genética  história familiar é um 
dos principais fatores de risco. 
Miranda, M.C. et al. Neuropscicologia do Desenvolvimento. Ed. Rubio, RJ, 2013. 
Disléxicos tem um 
desenvolvimento menor 
de áreas corticais 
posteriores. 
• Alteração sutil no 
desenvolvimento 
cerebral. 
Processo da Leitura e Dislexia 
• O melhor indicador para o aprendizado da leitura é a habilidade de a 
criança tem de lidar com os fonemas; 
 
• Maus leitores não reconhecem os sons constituintes das palavras  
dificuldade para realizar a conexão automáticadas letras com os sons. 
 
Dislexia = deficiência no componente fonológico da linguagem. 
• Os circuitos necessários para leitura incluem regiões cerebrais 
envolvidas com: 
 
▫ Características visuais 
▫ Transformação das letras em sons 
▫ Compreensão do significado das palavras 
 
Circuitos cerebrais 
• DSM  Capacidade para realização de operações aritméticas 
acentuadamente abaixo da esperada para a idade cronológica, a 
inteligência medida e a escolaridade do indivíduo. 
Discalculia 
• O cérebro humano tem capacidade inata para lidar com 
números, processando precocemente o conceito de 
quantidade. 
• As crianças tem habilidades elementares para lidar com 
somas e subtrações. 
 
Discalculia 
Começam a aprender a contar aos 
dois anos, paralelamente ao grande 
desenvolvimento da linguagem que 
ocorre nessa época. 
Operações matemáticas precisas 
dependem da maturação de áreas 
envolvidas com a linguagem 
Habilidade nata e precoce de 
formar conjuntos 
Discalculia 
• Não existe no cérebro um “centro cerebral” da matemática. 
 
• As atividades matemáticas que desempenhamos exigem o 
recrutamento e adaptação de vários circuitos ligados as noções 
de quantidade e espaço  córtex parietal. 
Discalculia 
• Triplo código: os números são processados em três circuitos 
diferentes. 
▫ Percepção da magnitude (fileira numérica)  córtex parietal dos dois 
hemisférios; 
▫ Representação visual dos símbolos numéricos (algarismos arábicos) 
junção ocipto-temporal dos dois hemisférios; 
▫ Representação verbal dos números (quatro, vinte, etc)  região cortical 
do hemisfério esquerdo (linguagem). 
 
Discalculia 
Direito: faz 
estimativas que se 
aproximam do 
resultado correto. 
Esquerdo: faz 
cálculos 
Operações matemáticas precisas dependem da maturação das 
áreas corticais responsáveis pela linguagem. Por isso, discalculia 
e dislexia podem ocorrer concomitantemente. 
Disgrafia 
Transtorno da Expressão Escrita 
 
DSM: 
Habilidade de escrita* acentuadamente abaixo do nível esperado, considerando a 
idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade apropriada à idade do 
indivíduo. 
*Medidas por um teste padronizado individualmente aplicado ou avaliação 
funcional das habilidades de escrita. 
Disgrafia 
É um distúrbio pouco estudado, sendo a maioria associado a outros transtornos 
do desenvolvimento, como TDAH e dislexia. 
 
• O processo de escrita envolve diversas 
habilidades: 
▫ Habilidade perceptomotora complexa  coordenação 
visuomotora, integração motora bilateral, percepção 
visual, planejamento motor, habilidades cognitivas 
(atenção e memória) e sensitividade tátil e cinestésica. 
▫ Elementos importantes: legibilidade e velocidade! 
Combinação de componentes motores 
e linguísticos ! 
Disgrafia 
Modelo de “visão simples da escrita” : Base da pirâmide: transcrição das ideias geradas mentalmente + funções 
cognitivas que permitem o planejamento, monitoramento, revisão e correção da tarefa que está sendo escrita. 
Ápice: geração e produção do texto. 
Diagnóstico dos DA 
• Difícil pela heterogeneidade dos sintomas  Investigação dos fatores 
biopsicosociais 
 
• Brasil  poucos instrumentos padronizados e validados para a nossa 
população = resultados divergentes. 
 
• Atenção às comorbidades (TDAH, depressão, agressividade) 
• * WISC – III  Não indica um padrão de respostas específicos nos DA. A análises deve ser feita de maneira qualitativa (visando 
especificar pontos fortes e fracos) para indicações terapêuticas adequadas. 
 
Transtornos de Aprendizagem 
AVALIAÇÃO 
• Quando deixam de ser reconhecidos e tratados, os transtornos da 
aprendizagem podem levar a baixa realização em inúmeras 
áreas, autoestima diminuída, desinteresse pela escola, evasão 
escolar, transtornos de conduta, abuso de substâncias. 
• Cerca de 40% das crianças com transtornos de aprendizagem 
abandonam a escola. 
Transtornos de Aprendizagem 
 
• Estudos demonstram que comportamentos delinquentes podem 
estar associados a incapacidades de aprendizagem não 
identificados e tratados. 
 
• Dados recentes mostram que os transtornos de leitura podem 
piorar comportamentos agressivos. 
Evidências Científicas 
http://www.scielo.br/pdf/%0D/pe/v11n1/v11n1a16.pdf 
http://www.fepi.br/revista/index.php/revista/article/viewFile/261/148 
 
Condutas Positivas - Inclusão 
 
• Esforços para aumentar a autoestima da criança são fundamentais 
para o sucesso do tratamento e do processo de aprendizagem; 
• A orientação parental visa ajustar expectativas e fornecer apoio e 
encorajamento. 
 
Emoções: 
1 – sentimento 
2 – comportamento 
3 – ajustes fisiológicos 
Emoções negativas são 
mais conhecidas que as 
positivas. 
Experiência subjetiva 
acompanhada de 
manifestações 
fisiológicas e 
comportamentais 
detectáveis! 
Introdução 
Ausência de 
emoções 
Na Ausência de 
emoções, nos 
tornaríamos como 
inexpressivos robôs 
androides, como se vê 
em muitas obras de 
ficção científica. 
 
Visão Moderna 
 A expressão Sistema Límbico continua sendo usada até hoje (coordenação 
subjetiva e comportamental das emoções); 
 Mais estruturas foram incluídas nesse sistema! 
Transtornos de ansiedade 
• Taxa de prevalência varia de 6 a 20% em estudos epidemiológicos; 
• Frequentemente não detectados ou tratados; 
• Identificação precoce e tratamento efetivo  Redução do 
impacto da ansiedade no funcionamento acadêmico, social e 
familiar; 
• Redução da persistência dos Transtornos de Ansiedade na vida 
adulta. 
• Tratamento farmacológico  Ansiolíticos (benzodiazepínicos). 
• Terapias Comportamentais: em um estudo de revisão sistemática, 
a TCC foi mais eficaz do que terapia medicamentosa para o 
tratamento de transtorno de ansiedade generalizada*. 
 
▫ As respostas incondicionadas de medo são, em geral, resistentes à ação de 
ansiolíticos menores, assim como os distúrbios de pânico. 
Estresse e Ansiedade 
* Dewes, D. et al. Efetividade da Terapia Cognitivo-Comportamental para os Transtornos do Humor e Ansiedade: Uma 
revisão de revisões sistemáticas. V. 2, N. 2 (2010) 
Neurobiologia da Ansiedade 
Sistema de Inibição Corporal - SIC 
Vias ascendentes: Dopaminérgicas, Noradrenérgicas, Serotonérgicas 
• As crianças não podem reconhecer que seu medo é exagerado e 
irracional; 
 
▫ Apresentam comumente queixas somáticas de dor de cabeça e de estômago 
▫ Choro, irritabilidade e crises de raiva podem expressar medo ou esforço para 
evitar estímulos que provocam ansiedade... E, nestes casos, não se trata de 
oposição ou desafio ! 
Transtornos de ansiedade 
Raiva e Agressividade 
Há estudos que descrevem a participação de neurotransmissores na modulação 
da raiva e agressão  DOPAMINA, SEROTONINA 
 
 Antidepressivos dopaminérgicos e psicoestimulantes são 
POTENCIALIZADORES da raiva; 
 Antipsicóticos e estabilizadores do humor podem exercer 
efeitos INIBITÓRIOS sobre a raiva. 
• Vários fatores contribuem para manifestação de comportamentos 
agressivos: 
• função cerebral, predisposição genética e provocação ambiental. 
• A agressão e a violência mal-adaptativas podem levar a conflitos 
interpessoais e comportamentos criminosos, o que põe em perigo a 
estabilidade social e incorre em custos financeiros substanciais. 
• Em 2013, ~3 milhões de pessoas nos Estados Unidos foram vítimas de 
crimes violentos. 
Cristofori I et al. Brain Regions Influencing Implicit Violent Attitudes: A Lesion-Mapping Study. J Neurosci. 2016 
Mar 2;36(9):2757-68. 
 
• Os comportamentos agressivos estão mais ligados à disfunção nos 
lobos frontais, que são responsáveis ​​pela função executiva e pelo 
comportamento social complexo. 
• Uma meta-análise, com estudos de neuroimagem, mostrou diminuição 
da funcionalidade no córtex pré-frontal dorsolateral (dlPFC), córtex 
cingulado anterior e córtex orbitofrontal (OFC), em indivíduos anti-
sociais / violentos (Yang e Raine, 2009). 
CristoforiI et al. Brain Regions Influencing Implicit Violent Attitudes: A Lesion-Mapping Study. J Neurosci. 2016 
Mar 2;36(9):2757-68. 
 
Os déficits no controle inibitório têm sido associados à agressão e ao comportamento violento. Este estudo teve 
como objetivo observar se os adolescentes violentos exibem diferentes padrões de ativação cerebral durante a 
inibição da resposta. A ressonância magnética funcional foi realizada em 22 adolescentes violentos e 17 indivíduos 
saudáveis ​​pareados entre 12 e 18 anos. As comparações entre grupos revelaram que a ativação nas regiões do giro 
temporal médio e superior, do hipocampo e da região orbitofrontal direita foi significativamente reduzida no grupo 
violento em comparação com o grupo controle. Entretanto, o grupo violento teve uma ativação mais generalizada 
no córtex pré-frontal do que a observada no grupo de controle. A ativação do córtex pré-frontal no grupo violento 
foi generalizada mas com falta de foco, não conseguindo produzir ativação intensiva em algumas regiões 
funcionalmente acionadas durante a inibição da resposta. 
 
AMBIENTE X EMOÇÃO 
Tristeza Há uma mudança na atividade cerebral, mas ele tende a ser 
transitória e ainda não está completamente esclarecida! 
https://www.google.com.br/search?q=neurobiologia+da+tristeza&sa=X&biw=1242&bih=602&tbm=isch&tbo=u&source=univ&ved=0ahUKEwjMt5el2pP
QAhWCF5AKHVpYAx0QsAQIWQ#tbm=isch&q=tristeza+e+o+c%C3%A9rebro&imgrc=UsLW5tP5h3rRpM%3A 
A tristeza é uma das 6 emoções básicas e é um estado afetivo 
caracterizado por um sentimento que tende a ser transitório; processo 
adaptativo. 
Já a depressão é uma doença, um processo mal adaptativo de lidar com os 
problemas da vida. 
Tristeza X Depressão 
DEPRESSÃO 
• Caracterizada por: 
• Humor deprimido; 
• Perda de interesse ou satisfação em relação à maior parte das atividades; 
• Fadiga ou perda de energia; 
• Capacidade intelectual ou de concentração diminuída; 
• Diminuição da autoestima, sentimentos de culpa ou inadequação; 
• Percepção desolada e pessimista do futuro; 
• Apetite diminuído; 
• Alterações do sono; 
• Lentificação psicomotora; 
• Ideação suicida. 
Níveis: 
• Leve 
• Moderado 
• Grave com ou sem sintomas psicóticos 
Tristeza nas crianças 
• A tristeza é uma experiência comum na infância e reconhecer tais emoções 
podem tornar mais fácil para as famílias enfrentarem problemas emocionais 
mais graves; 
• A tristeza é parte do processo normal da criança de se separar da mãe (ou da 
figura que cumpre esse papel) e se tornar mais independente  toda vez que 
uma criança se separa um pouco mais, ela terá que lidar com uma pequena 
perda; 
Se a mãe não pode permitir este sofrimento menor envolvido, a 
criança terá mais dificuldade em aprender a lidar com a tristeza por si 
mesma. 
A depressão é uma das doenças mais preocupantes hoje em dia. O estudo teve três objetivos principais: 1) identificar a 
prevalência de sintomatologia depressiva em crianças de 7 a 10 anos, explorando as diferenças de acordo com o sexo 
e a idade; 2) analisar a coerência entre os autorelatos e os relatos dos professores; E 3) explorar a relação entre 
depressão e desempenho acadêmico. 420 alunos com idade entre 7 e 10 anos do País Basco (53,3% meninos, 46,7% 
meninas); 4 instrumentos de avaliação. Os resultados dos autorelatórios mostraram uma taxa de depressão variando 
entre 4,6% e 4,8% (clinicamente significativa) e entre 4,3% e 5% (depressão moderada). No entanto, as taxas de 
prevalência dos relatórios dos professores variaram entre 0,2% e 3,6% (clinicamente significativas) e entre 4,6% e 
7,7% (depressão moderada). A taxa de consistência entre os autorelatórios e os relatórios dos professores foi 
pequena. Depressão é correlacionada negativamente com o desempenho acadêmico. Discute-se a importância da 
formação de professores para melhor identificar a depressão infantil, bem como a relevância do desenvolvimento de 
programas de prevenção. 
Motivação e Aprendizagem 
• "Da mesma forma que sem fome não apreendemos a comer e sem 
sede não aprendemos a beber água, sem motivação não 
conseguimos aprender", afirma Iván Izquierdo. 
• Quando o sujeito é afetado positivamente por algo, a região 
responsável pelos centros de prazer produz dopamina! 
+ Teste de motivação escolar 
Desde a década de 1990, meditação mindfulness tem sido uma 
abordagem utilizada para tratar várias condições de saúde mental e 
física. Mais recentemente, tem recebido atenção crescente por 
psicólogos e neurocientistas. 
A meditação da atenção plena é considerada um estado que é 
tipicamente descrito como "atenção sem julgamento às experiências 
no momento presente" ... 
• Mindfulness tem sido praticada amplamente: 
▫ Redução da dor crônica; 
▫ Tratamento de sintomas de saúde mental (ansiedade, depressão, abuso de 
substâncias e outras condições de saúde comportamental). 
▫ Tem sido implementado em uma variedade de configurações, incluindo 
acadêmicas e profissionais, sendo praticada no local de trabalho, escolas 
e aconselhamento clínico e settings específicos de atendimento. 
Regiões cerebrais envolvidas na meditação mindfulness. A visão esquemática das regiões 
cerebrais envolvidas no controle da atenção (córtex cingulado anterior e estriado), 
regulação emocional (múltiplas regiões pré-frontais, regiões límbicas e estriado) e 
autoconsciência (ínsula, córtex pré-frontal medial e córtex cingulado posterior). 
Funções Executivas 
• Conjunto de habilidades e capacidades que nos permitem 
executar as ações necessárias para atingir um objetivo. 
 
• Incluem: 
• O estabelecimento de metas, 
• A elaboração de uma estratégia comportamental, 
• O monitoramento das ações adequadas, 
• Respeito às normas sociais. 
Principais funções 
executivas: 
• Controle inibitório 
• Controle de 
interferência 
• Memória de 
trabalho 
• Flexibilidade 
cognitiva 
A importância da saúde social, emocional e física para a saúde cognitiva é 
discutida porque o estresse, a falta de sono, a solidão ou a falta de exercício 
prejudicam FE. 
Mas, as FEs são treináveis ​​e podem ser melhoradas com a prática! 
Funções Executivas - domínios 
• Inibição / Controle inibitório - controle de interferências, inibição de 
respostas automáticas, auto monitoramento; 
• Flexibilidade cognitiva - capacidade de mudar a linha de raciocínio ou 
execução quando ocorrem mudanças na atividade; 
• Memória Operacional - atualização, alternância e manipulação mental de 
informações; 
• Controle de interferência: atenção seletiva e inibição cognitiva. 
Claudia Berlim de Mello. IV Reunião IBNeC, 2015 
Funções Executivas 
• As evidências de diversos estudos indicam que o 
amadurecimento dos aspectos do funcionamento 
executivo estão fortemente relacionados com o aumento 
da compreensão emocional (de si mesmo e dos outros) e 
à maior capacidade de regulação emocional. 
• O desempenho das crianças em idade pré-escolar nas tarefas que 
avaliam o controle inibitório correlaciona-se significativamente 
com sua capacidade de regular suas emoções. 
 
• As crianças com capacidades de controle de atenção superiores 
tendem a lidar com a raiva utilizando métodos verbais não hostis, 
ao invés de métodos claramente agressivos. 
Funções Executivas 
Funções Executivas 
Avaliação das Funções Executivas 
Torre de Hanói 
Avaliação ecológica das FE 
http://www.sbnpp.com.br/wp-content/uploads/2017/05/Nota-T%C3%A9cnica-n.02-2017.pdf 
Referências 
• LENT, R. Cem bilhões de neurônios? Conceitos fundamentais em 
neurociência. 2º Edição. Atheneu, São Paulo, 2010. 
• MACHADO, ÂNGELO. Neuroanatomia Funcional. São Paulo, 
Editora Atheneu, 1993. 
• LENT, R. Neurociência da mente e do comportamento. Rio de 
Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 2008. 
• ESPERIDIÃO-ANTÔNIO, V. et al. Neurobiologia das emoções. 
Revista de Psiquiatria Clínica. 35(2), 2008. 
• ROAZZI, A. et al. O que é Emoção? Em Busca da Organização 
Estrutural do Conceito de Emoção em Crianças. Psicologia:Reflexão 
e Crítica, 24(1), 2011. 
 
• Andrews JS, Broekkamp CLE. Procedures to identify anxiolytic 
or anxiogenic agents. In: Sahgal A. Behavioural neuroscience: a 
practical approach. Vol. II. Oxford: IRL Press; 1993. p.37-54. 
• Rotta, N.T., Briddi Filho, C.A., Bridi, F.R. de S. Neurologia e 
Aprendizagem Abordagem Multidisciplinar. Porto Alegre: 
Artmed, 2015. 
• VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. Rio de Janeiro: 
Martins Fontes, 1996. 
• VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. Rio de Janeiro: 
Martins Fontes, 1998. 
• PIAGET, J. A Construção do Real na Criança. Trad. Álvaro 
Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1970. 
• SITES: 
• http://www.sbnpp.com.br/ 
• http://censupeg.com.br/ 
 
OBRIGADA! 
 
 
 
• lufreese@gmail.com

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