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Medicina FTC – 2019.1 Catarina Viterbo TUMORES CUTÂNEOS Principais objetivos da cirurgia oncológica: cura da doença. Seguir uma ordem, não adianta ressecar um tumor e o paciente morrer. A forma também é importante quando vai fazer uma reconstrução pois ao ressecar não se pode deixar nada do tumor. Procurar o melhor tratamento para doença pois ela pode recidivar. Classificação dos tumores Neoplasias malignas da pele não melanoma Neoplasias malignas da pele melanoma CBC: Neoplasia Maligna Cutânea Não Melanoma O melanoma é um tipo de tumor com mortalidade alta. Câncer de pele mais frequentes. Está localizado na camada basal e o espinocelular está localizado mais abaixo. O carcinoma basocelular que está na camada basal ou na porção mais baixa da epiderme, antes da derme papilar e reticular então é um tumor bem superficial a luz da derme papilar e reticular longe do subcutâneo então a chance dele aprofundar e cair via hematológica ou via linfática é menor. São tumores que são muitas vezes lentos, pacientes podem ter por 10 – 15 anos e a depender da localização em 6 meses ou um ano pode ter uma transformação e crescer muito rapidamente e comprometer alguma coisa. 4 a 5 x mais comum que o CEC 2 milhões de casos no mundo – 2010. 95% da apresentação desses tumores é entre 40 e 79 anos que é o tempo que vamos nos submeter aos fatores de risco para ter o tumor. Por exemplo, a exposição solar quando se é adolescente são um dos fatores que vai gerar o aparecimento desse tumor como 40 a 79 anos. 80% dos tumores cabeça e pescoço 400 mi $ Estimados 188.020 casos no Brasil em 2015 (INCA) FATORES DE RISCO Exposição solar: Idade avançada Imunodepressão Exposição a carcinógenos: Arsênio e UV radiação ionizante. Mutação de genes: p53 que impede um dano causado por fatores de risco Doenças que são fatores de risco Albinismo Xeroderma Pigmentoso: A expectativa de vida nessa doença não passa de 15 a 20 anos. A cada radiação UV que vai entrar na pele desse paciente vai formar um dano no DNA. Prognóstico complicado. Gorlin’s Sindrome Lesões pré-malignas Áreas mais comuns de ter câncer de pele são as regiões da face e dos braços. Nem todas pessoas têm o mesmo grau de exposição. Por exemplo, Filtzpatrick tipo I toda vez que se expõem ao sol gera queimadura de primeiro grau. Já o tipo II na maioria das vezes que se expõem ao sol tem queimadura. O tipo III já é mais moderado. O V e o VI se está exposto muito tempo ele não se queima ou se bronzeia, isso seria um fator de proteção e diminui a quantidade tumores nessa população. No Brasil é mais comum o Fitzpatrick tipo V. Origem do tumor células epiteliais pluripotentes da epiderme e nos folículos na junção 26 subtipos. 38,5% dos casos misturados. Prevenção Evitar exposição ao sol, ficar em locais de sombra, uso de proteção adquada, usar protetor solar e lembrar de passar nos lábios. Diagnóstico Avaliar se ele é de baixo ou alto risco. Para determinar o tratamento. Para determinar se é de alto ou baixo risco deve-se analisar o tamanho, Baixo risco: Áreas M:Pescoço. Se for maior que 10 mm é alto risco e se for menor é baixo. Área L: Tronco, coxa. Se for maior que 20 mm é alto risco e se for menor é baixo. Área H: H da face, região nasal, pálpebra superior. Maior incidência de carcinoma basocelulares. Se for maior que 6 mm é alto se for menor é baixo. Essas áreas são importantes porque a depender da localização vai se classificar com alto ou baixo risco. Um exemplo, se eu tenho uma lesão com bordas bem definidas e outra com bordas indefinidas a chance de do de indefinidas ser de alto risco é maior. Se apareceu pela primeira vez é baixo risco, mas se recidivou é alto risco. O paciente tem imunossupressão já vira alto risco. Nodular + comum 50-60% Borda bem definida, coloração vibrante, nódulo peroláceo com teleangiectasia Pode ser ulcerado ao centro Superficial Parece uma mancha espalhada. Coça, dói e às vezes abre ferida. 9-15% Localizado na epiderme sem invasão a derme Plano, róseo, pedaços com ulcerações ou crostas, geralmente múltiplos no tronco Diagnóstico diferencial: infecção fúngica, psoríase, ceratose actínica ou eczema. Micronodular 15% Pequenos nódulos redondos do tamanho de folículos Infiltrativo 7% Opaco (branco-amarelado) Mal delimitado Pigmentado 6% Pigmento de melanina Geralmente confundível com melanoma. Esclerodermiforme Descrito como uma cicatriz larga sem história de trauma Endurada é plana ou uma pápula levemente elevada ou placa com brancoamarelada Raramente úlcera Recorrência 30-50% em 5 anos Novas lesões geralmente mesmo histopatologia. Ás vezes a recorrência não é do tumor e sim de um novo tumor. Isso ocorre porque a fisiopatologia é a mesma, ou seja, a exposição solar e toda pele está exposta pode ocorrer um novo tumor. Risco aumentado para melanoma Metástase é rara menos de 0,1%- linfonodo pulmões e ossos Tratamento Tumores de até 2mm pode se fazer fototerapia, crioterapia, laser. O padrão ouro dos tumores maiores é a ressecção cirúrgica. Cura oncológica x Preservação da função e estética Tratamento e idade/ tamanho e incisões: são os fatores que são levados em conta para avaliar se fará a ressecção ou não. Cirurgia x Radioterapia (tamanho da lesão/estética/função) Lesões de alto risco (medidas profiláticas) Paciente baixo risco CBC baixo risco, CBC superficial Radio e cirurgia é impraticável ou contra indicada Tratamento tópico 5-fluorouracil, imiquimod 5% Terapia fotodinâmica, crioterapia Taxa de cura menor Radioterapia 60 anos Lesões primárias 92% curativo Risco de osteíte e necrose da pele Curetagem e eletrocoagulação Curetagem remove o que é visível e eletrocoagulação remove o residual Cirurgia de Mohs: usada quando existe alto risco de recidiva após tratamento ou quando a extensão do tumor não é conhecida. O tumor é retirado de parte em parte e cada parte retirada é enviada para o patologista para avaliar. Tumores de baixo risco Fechamento por segunda intenção com enxerto, retalho. 96-100% tumores < 2mm 74% nos de alto risco de cura Crioterapia -40ºC Nodular e superficial CBC com margens bem definidas e de pequeno tamanho Não para tumor >3mm de profundidade Contraindicado: esclerodermiforme, cbc recorrente, áreas sensíveis. Hipopigmentação e edema de 4 a 6 semanas Laser CO2 Lesões restritatas a epiderme e derme papilar Impossibilidade de avaliar as margens Terapia fotodinâmica Ligth-activated photosentizing drugs CEC: Neoplasias Maligna Cutânea Não Melanoma Carcinoma espinocelular Segundo mais comum 41:100000 Predileção por áreas expostas ao sol Face mãos e antebraços 60% tumores da orelha externa Fatores de risco Fitzpatrick I e II Exposição solar cumulativa: uma exposição persistente Carcinogênico: pesticida arsênico hidrocarbonetos orgânicos Infecção viral HPV: Herpes simples Radiação: longo período de latência Imunossupressão: transplantados + agressivos Verrucoso Exofítico, crescimento lento, couve-flor Palma e planta Lábios/Genitais Menos metástase Ulcerativo Agressivo bordas elevadas e ulceração central Metástase mais comum linfonodos regionais Úlcera de Marjolin (questão clássica) Subungueal Leito ungueal Eritema, sangramento, dor localizada seguida de nodulação e dor Exame clínico: Linfadenopatia Metastáse local para linfonodos regionais Metástase à distância: hematogênica pulmão, fígado, cérebro, pelo ou ossos 2-5% primário no tronco 10-20% primário na face e extremidade Profundidade do tumor Melanoma 76250 casos novos – 2012 59 anos 82-85% doença localizada. Porém se tivernas camadas mais profundas tem uma chance maior de metástase 10-13% regional 20-70% 2-5% distância <10% Quando suspeita de melanoma e se diagnóstica tem que tratar imediatamente. Fatores de risco Exposição UV Idade (50% > 50 anos) Melanoma prévio História Familiar 10% dos pacientes/8x> 10 a 20x> brancos que negros Negro prognóstico pior Fitzpatrick I e II Ruiva 3,6/ castanho 2,8x/ loiro 2,4x Quem faz o diagnóstico é o cliníco. ABCDE do Melanoma Assimetria Bordas irregulares Cor sem uniformidade Diâmetro superior a 0.6 mm Evolução Lentigo Maligno 4-10% Menos agressivo Mais comum em mulher Crescimento radial Superficial 50-70% Nevos pré existente Fase horizontal e vertical Típico Nodular melanoma 15-30% Agressivo Começa em pele normal Homem 2:1 5% amelanocítico Acral 2-8% 35-60% não brancos Longa fase de crescimento horizontal é bom Quando em fase vertical risco de metástase. Esse é o problema quando começa a crescer para baixo. Classificação de Breslow Detemina mortalidade e se vai ter tratamento cirúrgico ou não. Quantifica em mm a profundidade do tumor. Carcinoma in situ ele está até 1 mm então o tratamento recomendado é a ressecção da margem. Quando se suspeita de um CEC ou um CBC é uma ressecção com margem, ou seja, resseca o tumor e a margem ao entorno, porque a margem vai de 3 a 4 mm então trata e resolve. Um melanoma se tenho um tumor e o tamanho dele é pequeno mas quando vai ver o Breslow ele é maior que 2 mm, ou seja, vai ter que fazer uma ressecção de 2 cm. Além da ressecção da margem deve se fazer o linfonodo sentinela, injetar um contraste e uma medicação no local do tumor e esse radiofarmaco vai seguindo a drenagem linfática e vai aparecer no primeiro linfonodo e esse linfonodo é retirado, que é chamado de sentinela. Esse é um tumor agressivo com metástase regional. Tomografar outras regiões. Isso tudo pode ser evitado se o diagnóstico for feito previamente e a sobrevida aumenta. Isso parece ser importante apesar de ser meio loucado
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