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PAPER- O PROCESSO DE AVALIAÇÃO, A INCLUSÃO E TRABALHO NA EJA

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1 Leidiane Tavares da Cruz; Maria Estefânia Rodrigues de Sousa; Sabrina Penha Mesquita; Marcela Gomes da Silva; 
Francisca Mikaelly Lopes Leão. 
2 Aretta Kelly de Sousa Pereira 
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI. Curso (PED2085). 14/06/2020 
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO, A INCLUSÃO 
DIGITAL, A EDUCAÇÃO E TRABALHO NA EJA 
 
Acadêmicos¹ 
Tutor Externo² 
 
RESUMO 
A Educação de Jovens e Adultos, sempre foi vista como um projeto para incluir indivíduos nas 
estatísticas dos alfabetizados, que não cursaram o ensino regular no tempo próprio por 
dificuldades de acesso. Priorizavam-se quantidades, desvalorizado a qualidade do desenvolvimento 
da aprendizagem dos sujeitos da EJA. Mas com o passar do tempo foram atribuídas três funções a 
essa modalidade: reparadora, equalizadora e qualificadora, com o intuito de substituir 
características direcionadas aos educandos, tais como: sujeitos desprovidos de sabedoria e 
incapazes de galgar degraus em busca de uma formação superior. A EJA proporciona aos jovens e 
adultos a oportunidade de reparar o itinerário educacional, possibilitando o prosseguimento dos 
estudos, e a inserção no mundo digital como instrumento que visa melhorar o processo de ensino 
aprendizagem. O Educador deve avaliar o aluno desde o primeiro momento com o objetivo de 
coletar informações e promover aulas atrativas e eficazes evitando assim, a evasão escolar. 
Sabemos que é um caminho árduo, mas utilizando as ferramentas necessárias, contextualizando os 
conteúdos com o sujeito sociocultural e respeitando suas especificidades, poderemos acreditar na 
tão sonhada educação para todos! 
 
Palavras-chave: Educação, Adultos, Jovens, Inclusão Digital. 
1. INTRODUÇÃO 
 O acesso à educação é fundamental para a atuação do individuo na sociedade de forma 
consciente, inclusiva e democrática. Mesmo sendo assegurada pela nossa Lei Maior, a Constituição 
Brasileira, muitos jovens e adultos são desprovidos desse Direito, pois não tiveram acesso ao ensino 
regular no tempo próprio. De acordo com a CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL DE 1988,art. 205, “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da 
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 
 A modalidade EJA integra a educação básica, é direcionada as pessoas analfabetas ou fora 
de faixa etária correspondente ao Ensino Fundamental ou Médio. Esse sistema escolarizado 
oportuniza a integração inclusiva desses indivíduos. Mas a busca pela educação depende de vários 
fatores, já que a história da EJA é marcada por lutas, resistências e desmerecimento na sociedade. 
 Refletindo sobre esta temática, analisaremos no discorrer desse artigo: As didáticas 
pedagógicas inclusivas; Metodologias de avaliação utilizadas durante todo o processo dessa 
modalidade; A imensurável contribuição de Paulo Freire na alfabetização de adultos; A inclusão 
digital para a ampliação do conhecimento. 
 Mesmo com tantos avanços, ainda compreendemos a necessidade de refletirmos sobre essa 
modalidade, com o objetivo de analisarmos ações políticas e pedagógicas que favorecem a 
diminuição da evasão desse público escolar. 
2 
 
 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA EJA 
 
Avaliação é um instrumento que auxilia no processo de aprendizagem, é uma ferramenta 
indispensável para o professor, pois permite que o mesmo acompanhe o desenvolvimento do aluno 
fazendo as possíveis intervenções, com o intuito de melhorar a qualidade de ensino. Essa prática 
permite ao Educador perceber as dificuldades de cada Educando e assim aprimorar o planejamento. 
Na EJA a necessidade de avaliação é constante, pois a metodologia de ensino é mais 
resumida. É um processo contínuo e programado, realizado durante todo o acompanhamento do 
aluno. 
A avaliação é um processo contínuo e sistemático. Portanto, ela não pode ser esporádica 
nem improvisada, mas, ao contrário, deve ser constante e planejada. Nessa perspectiva, a 
avaliação faz parte de um sistema amplo que é o processo de ensino - aprendizagem, nele se 
integrado. Como tal, ela deve ser planejada para ocorrer normalmente ao longo de todo esse 
processo, fornecendo feedback e permitindo a recuperação imediata quando for necessário. 
(HAYDT, 2007, p. 14) 
Um processo educativo bem avaliado e executado adequadamente proporciona ao educador 
corrigir as falhas no processo de aprendizagem do aluno, permite perceber o que precisa ser mudado 
para aperfeiçoar a trajetória. A avaliação é um processo de apoio para o professor aprimorar sua 
metodologia, é uma ferramenta para estimular a aprendizagem transformando numa construção de 
conhecimento genuína. Além do mais, serve como uma simples ferramenta para atribuições de 
notas, num sistema educacional que pouco se importa com educação de qualidade e democrática. 
 Para (DIAS, 2015) na prática pedagógica a avaliação é indispensável, e a utilização 
adequada deste recurso, é imprescindível no discorrer do processo de ensino-aprendizagem. Visto 
que possibilita ao educador, reformular ou ate mesmo transformar por completo seu planejamento, 
tornando assim, um dos recursos mais importantes neste processo pedagógico. 
 
Em primeiro lugar, há que partir a perspectiva de uma avaliação diagnóstica. Com isso, 
queremos dizer que a primeira coisa a ser feita, para que a avaliação sirva a democratização 
do ensino, é modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. [...] (LUCKESI, 
2006 p.66) 
Para que realmente ocorra uma atenção especial voltada para qualidade de ensino no 
processo avaliativo, faz-se necessário o uso da avaliação diagnóstica, cujo permite investigar quais 
práticas devem ser adotadas e quais devem ser retiradas do planejamento. Já a avaliação 
classificatória não há preocupação em investigar as dificuldades do aluno, e apenas para dar notas e 
classifica-los em bons ou ruins causando a estagnação de conhecimento, levando muitas vezes ao 
processo de repetência e abandono escolar. 
 Um processo de ensino democrático é exatamente, a substituição do processo de avaliação 
classificatório para diagnóstico, em que o professor terá poderes para tomar decisões positivas no 
avanço da aprendizagem. A avaliação cujo à função é oportunizar condições necessárias para o 
Educador acompanhar o processo evolutivo de aprendizagem do aluno, não pode ser usada apenas 
como um instrumento de aprovação ou reprovação. Porque está mais voltada para um diagnóstico 
que promove melhorias adequadas a necessidade do aluno, tornando assim um ensino autêntico e de 
qualidade. 
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2.2 EJA E INCLUSÃO DIGITAL 
 
Quando o assunto inclusão digital na modalidade EJA entra em debates acadêmicos, o 
destaque recai sobre os problemas do analfabetismo da leitura e escrita, pensando sobre os 
planejamentos do ensino de jovens e adultos que contribuem para a erradicação de problema 
educacional nacional. Entretanto, pouco se ouve falar sobre como acabar com o problema do 
“analfabetismo digital” desse grupo específico (SANTOS et al. 2012); tomamos as palavras do 
autor para pensar melhor sobre o ingresso de recursos tecnológicos por dois protagonistas bem 
importantes da educação: Professor e aluno, não atualizar- se nesse tema, é acrescentar outro item 
na lista da exclusão. 
A educação de jovens e adultos iniciou no período colonial com o propósito de catequizar, 
mas quando essas pessoas iniciaram a vida de trabalho em indústrias precisavam de adultos que 
soubessem escrever, ler e resolver matemática simples, a partir daí a escola começou a repensar e 
aplicar sua proposta de trabalho pedagógico com formação técnica, isto é, a preparação para 
trabalhar. 
Conforme afirma Mayor, diretor-geral da Organização Unidas para a Educação, a Ciênciae 
a Cultura (COFINTEA,1997, p. 17): 
 
[...] A revolução das tecnologias da informação, carregada de consequências para todas as 
atividades humanas, apresenta um duplo desafio: o modo como fazer para que todos 
tenham acesso à tecnologia e como se pode utilizar a tecnologia para fins educacionais. 
De acordo com o autor, o interesse sobre a tecnologia não deve ser apenas dos alunos como 
também dos professores, sendo assim trabalhados em comum acordo para a melhoria da educação. 
Quando se fala em Tecnologias da Informação e Comunicação isto é, as TICs, geralmente 
acredita-se ser somente a internet, porém estas vão além do uso da internet. “São consideradas 
Tecnologias da Informação e Comunicação, às redes de informáticas e dispositivos que interagem 
com elas”(TEDESCO, 2004, p. 96). Ainda assim, Tedesco (2004), afirma sendo necessário um 
equilíbrio entre novas tecnologias e as tecnologias convencionais na escola. No contexto escolar 
pode-se citar como recursos tecnológicos o computador, a internet, a televisão, o rádio, reprodutores 
de vídeo, materiais impressos e as tecnologias convencionais que não são novas, como 
retroprojetores e outros, que ainda podem ter utilidade pedagógica na escola. 
As TICs são utilizadas em escolas com o objetivo de melhorar o processo de ensino e 
aprendizagem, aproximando o conhecimento aprendido no ambiente escolar com a realidade atual 
em que a sociedade vive. A escola de hoje vai além de ser um espaço com o mero objetivo de 
transmitir conhecimentos e adquirir competências valorizadas no mercado. A escola envolve a 
preparação para a vida em sociedade. 
Em plena era digital acontece no mundo uma pandemia devido ao novo coronavírus 
(COVID-19); a partir daí crianças, jovens e adultos não podem mais se locomover até as escolas 
enfrentando um grande decreto de isolamento para evitar aglomerações. Diante disso escolas, 
professores e alunos se deparam com a obrigatoriedade de se usar a tecnologia para fins educativos, 
o programa de Educação para Jovens e Adultos (EJA) precisou se adaptar durante a pandemia e 
suas aulas passaram a ser online. 
Por meio de aplicativos de mensagens e vídeos, os professores conseguem se comunicar 
com os alunos. O objetivo é não parar o ensino de quem acabou de voltar aos estudos. 
4 
 
 
 
 
A estratégia tem alcançado êxito, porque um adulto sente constrangimento em pegar um 
caderno em público para estudar, mas nesse caso é diferente, com um smarthphone ele pode 
realizar a tarefa e apropriar-se de uma tecnologia, ou seja, estar incluso digitalmente 
(CASTILHO,2011) 
Castilho com suas palavras refere-se ao empoderamento digital, depois que jovens e adultos 
se acostumarem com a facilidade de estudar em qualquer hora e lugar; esse depoimento se ajusta 
perfeitamente nesse momento de pandemia, quando tudo passar alunos da EJA se sentiram enfim 
incluídos a era digital. 
 
2.3 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EJA 
 
 As práticas pedagógicas da EJA devem considerar os três eixos articuladores propostos 
pelas DCEs (Cultura, trabalho e tempo) correlacionado. 
 O trabalho do pedagogo é impregnado de planejamento, pois visa a formação humana e 
ação, provocando escolhas, valores e compromissos éticos, ao mesmo tempo em que procede a 
transformação pedagógico-didático dos conteúdos da ciência ou técnica que ensina. ”O pedagogo é 
um profissional que domina determinados saberes que em situações transforma e dá novos saberes 
e ao mesmo tempo assegura a dimensão ética dos saberes que dão suporte a sua práxis no 
cotidiano ao seu trabalho” ( PIMENTA, 2004,p.11) 
O que se tem percebido é que além da precariedade nos investimentos públicos no 
atendimento a essa população não tem materiais, com também metodológica que permitam um 
acompanhamento pedagógico apropriado. 
A metodologia, a didática e o método são elementos importantíssimos também nas ações do 
pedagogo, ele precisa acompanhar e dar suporte aos professores. Essas práticas pedagógicas se 
tornam um desafio todos os dias. Esse desafio requer a integração das disciplinas, conhecimentos 
específicos e qualificações humanas, como habilidades, competências, atitudes e valores. 
 
2.4 PAULO FREIRE: O EDUCADOR DE ADULTOS 
 
Educador brasileiro, responsável por uma prática pedagógica libertadora, a qual foi 
provedora da construção do saber, de uma forma mais acessível, especialmente no processo de 
alfabetização e na Educação de Jovens e Adultos. Seu método estruturava-se em três etapas: 
investigação, tematização e problematização. Acreditava no diálogo como um instrumento 
facilitador da escolarização e provedor da formação da consciência, contribuindo na construção do 
Cidadão. “Sem esta consciência cada vez mais crítica não será possível ao homem brasileiro 
integrar-se à sua sociedade em transição, intensamente cambiante e contraditória” (FREIRE, 1967, 
p. 56). 
Seu método era baseado no respeito ao educando e dessa forma contribuía para a conquista 
da autonomia, usando a bagagem cultural de cada aluno, como fio condutor no processo de ensino-
aprendizagem. Pois quando o aluno retorna a escola não é em busca do tempo perdido, mas por uma 
formação que atenda suas necessidades atuais (GARCIA, 2005). 
De acordo com Paulo Freire o conhecimento é inacabado, sendo desenvolvido 
continuamente, pois o próprio ser humano é um projeto inconclusivo, que através da vivencia, 
realizam novas descobertas e estão em constante aprimoramento do seu aprendizado. 
5 
 
 
 
 Umas das experiências mais incríveis que ocorreu em nosso país, quando se trata de 
educação de adultos, foi em Angicos, situada no Rio Grande do Norte. Um projeto desenvolvido 
por Freire, onde colocou em prática suas ideias, e plausivelmente alfabetizou trezentos 
trabalhadores em 40 horas. 
Nesse sentido, Romão e Rodrigues(2011, p. 23) afirmam que 
 
Paulo Freire sempre se mostrou muito cauteloso na escolha das palavras que empregava, 
quando expunha o seu pensamento pedagógico. O mesmo deve ter ocorrido no momento 
em que procurou o termo mais adequado para conceber o processo de alfabetização, que 
não se reduzisse à decodificação de uma língua. Acabou chegando à “leitura de mundo”. 
O Educador Paulo Freire, enfatizava o professor, como a autoridade da sala de aula, mas não 
deve agir com autoritarismo, se achando o único detentor do saber. Seu método era voltado para o 
círculo de cultura, onde através do diálogo, havia a coleta de palavras geradoras, e a partir destes 
dados, aplicava a sua metodologia. Não utilizava as cartilhas tradicionais, pois as mesmas eram 
formuladas para ensinar crianças, e em sua visão, os adultos se sentiriam humilhados com essa 
comparação e dessa forma não seria atrativo e nem tão pouco eficaz, as aulas. 
Para aplicar a pedagogia de Paulo Freire, é necessário conhecer a realidade do educando, 
elaborar um planejamento adequado, respeitar a bagagem cultural do indivíduo e promover uma 
educação autônoma e eficaz. “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos 
alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.” (FREIRE,1981) 
 
3.MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 Para realizarmos esta pesquisa, utilizamos uma abordagem qualitativa, analisando o vídeo 
“Qual é o papel da EJA no Brasil?” e refletimos sobre os dados publicados em artigos relacionados 
a essa modalidade de ensino, além de explorarmos alguns livros, revistas e redes eletrônicas que 
pudessem fomentar a construção desse artigo. 
 Nosso estudo foi embasado em consultas bibliográficas, que permitiram uma reanalise do 
sistema de escolarização da Educação de Jovens e adultos, revendo as ações pedagógicas 
necessárias para que o sujeito EJA, possa ser inserido na sociedade, usufruindo das novas 
tecnologias e também para obter qualificação necessária, para o mercado de trabalho. 
 O objetivo da presente pesquisa é de enfatizar que a educaçãopara jovens e adultos, é um 
Direito assegurado por lei e não pode ser visto como filantropia. 
 Diante dessas constatações, selecionamos teóricos que fomentassem essa pesquisa, e entre 
eles evidenciamos Paulo Freire que influenciou plausivelmente o aprendizado de jovens e adultos 
com sua metodologia libertadora. 
 
FIGURA 1: Paulo Freire, educador de adultos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 2: Alunos da EJA recebem conteúdo impresso em casa durante a Pandemia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Durante a construção deste artigo, constatamos que a Educação de Jovens e Adultos, muitas 
vezes é vista pelo seu alunado, como uma filantropia. E devido a esta visão distorcida, eles não se 
permitem lutar por melhorias educacionais, que poderiam fazer toda a diferença durante este 
processo. A EJA, além de ser assegurada pela Constituição, também se constitui enquanto um 
Direito, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em seu artigo 37 “aqueles que 
não tiverem acesso ou continuidade de seus estudos nas modalidades de ensino fundamental e 
médio na idade própria”(LDB/1996). 
 A avaliação é um instrumento primordial para investigar o contexto sociocultural do sujeito 
EJA, que norteará o planejamento de forma específica promovendo aulas atrativas, com o objetivo 
de contribuir para a sua aprendizagem e para ascensão no sistema escolar. Verificamos a avaliação 
como forte aliada durante todo o processo dessa modalidade. 
 E qual é o papel do Educador de Adultos nessa missão? Sabemos que, a incursão docente 
nessa modalidade se deu através da prática, sem uma formação específica. Mas é evidente as 
mudanças na atuação desse profissional, pois a atualidade não permite. É necessário pleitear 
políticas que contemplem uma formação adequada, para que a prática promova uma educação de 
qualidade e transformem possibilidades em realidade. 
5. CONCLUSÕES 
 Ao concluirmos a pesquisa, percebemos a importância da EJA para Jovens e Adultos que 
por motivos diversos não tiveram a oportunidade de estudar. A inserção no mundo digital através 
dessa modalidade de ensino, além de melhorar a autoestima do sujeito, promove melhorias no 
processo de aprendizagem, que permitem aos alunos qualidade de vida e oportuniza a inclusão 
social de forma ativa, onde o empoderamento do conhecimento torna-os cidadãos mais críticos. 
EJA além de abrir portas para a emancipação desses sujeitos, também prepara para a vida 
em sociedade. Um dos fatores eficazes nesse processo de escolarização é a avaliação, pois permite o 
Imagem retirada da internet, disponível em: https://www.pi.gov.br/noticias/alunos-da-eja-recebem-conteudo-impresso-em-casa/ 
https://www.pi.gov.br/noticias/alunos-da-eja-recebem-conteudo-impresso-em-casa/
7 
 
 
 
acompanhamento na evolução da aprendizagem. Conforme Anzorena e Benevenutti (2013, p .177) 
a avaliação ”É o ponto de partida e o ponto de chegada no ato de ensinar e aprender”. 
O mercado de trabalho esta cada dia mais exigente e com a EJA é possível preparar esse 
público tornando-os, seres pensantes e críticos capazes de competir por igual perante a sociedade. 
Outra evidência, que é de suma importância para a eficácia da EJA é a relação entre o 
Educador e o Educando. A afetividade do Docente destinada ao seu alunado faz toda a diferença. 
Se o professor escuta, acolhe e faz a inserção de temas geradores, construídos por meio de uma 
avaliação diagnóstica que permite transformar esses sujeitos em autores da sua própria história, terá 
êxito em seu propósito. 
[...] A prática educativa se revela na relação entre educador e educando como sujeitos do 
processo de ensino-aprendizagem, que juntos problematizam os conhecimentos oriundos da 
realidade social, construindo, assim, uma prática de educação. Nesta perspectiva, 
alfabetizar jovens e adultos é considera-lo sujeitos do mundo e com o mundo, dando-lhes 
condições de ler e escrever a realidade global a partir do seu lugar social, transformando-os 
em autores de sua própria história e co-autores da história do seu País.(BRASIL, 2007, P. 
06). 
Sabemos que o caminho ainda é longo, mas com dedicação e apoio das políticas públicas, 
será possível ofertar um ensino de qualidade para esse público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ANZORENA, Denise Izaguirre; BENEVENUTTI, Zilma Mônica Sansão. Ciências Humanas 
Educação de Jovens e Adultos. UNIASSELVI, 2013. 
CASTILHO,2011. Ciências humanas EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. 
https://www.uniasselvi.com.br/extranet/layout/request/trilha/materiais/livro/livro.php?codigo=1659
2 
CANAL FUTURA. Qual é o papel da EJA no Brasil? Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=SX0aNvUKoj0. Acesso em 14 de junho de 2020. 
DIAS, Aldeci da Silva. Avaliação da aprendizagem na educação de jovens e adultos na Escola 
Municipal José Duarte de Azevedo: discurso e prática dos professores. Macapá: Estação 
Científica UNIFAP, jan/jun 2015. Disponível em: 
<https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao/article/viewFile/1356/aldeciv5n1.pdf>. Acesso em 
27 de agosto de 2018. 
HAYDT. Regina Cazaux. Avaliação do processo de Ensino - Aprendizagem. São Paulo: Ática, 
2007. 
LUCKESI. Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 2006 
SANTOS, 2012. Inclusão digital e a educação de jovens e adultos (EJA): uma breve revisão 
bibliográfica https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/21130_10464.pdf 
SILVA. Vitória Carolina Santos et al. Os avanços e retrocessos da Educação de Jovens e adultos 
no cenário educacional brasileiro. Disponível em www.conedu.com.br. Acesso em 08 de Junho 
de 2020. 
TEDESCO, 2004. O uso de recursos tecnológicos na educação de jovens e adultos. Brasil Escola 
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/o-uso-recursos-tecnologicos-na-educacao-
jovens-adultos.htm 
 
 
 
https://www.uniasselvi.com.br/extranet/layout/request/trilha/materiais/livro/livro.php?codigo=16592
https://www.uniasselvi.com.br/extranet/layout/request/trilha/materiais/livro/livro.php?codigo=16592
https://www.youtube.com/watch?v=SX0aNvUKoj0
https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/21130_10464.pdf
http://www.conedu.com.br/
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/o-uso-recursos-tecnologicos-na-educacao-jovens-adultos.htm
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/o-uso-recursos-tecnologicos-na-educacao-jovens-adultos.htm

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