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METABOLISMO DOS LIPÍDIOS docx Tratado de fisiologia

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· Resumo do livro: GUYTON, Arthur C. Tratado de fisiologia médica. 12 ª ed. Rio de janeiro. Elsevier,2011. Capítulos: 68 e 69
METABOLISMO DOS LIPÍDIOS
Os triglicerídeos são usados no organismo, principalmente para fornecer energia par a os diferentes processos metabólicos, função que compartilham, quase igualmente, com os carboidratos. No entanto, alguns lipídios, especialmente o colesterol, os fosfolipídios e pequenas quantidades de triglicerídeos, são usados para formar as membranas de todas as células do organismo e para realizar outras funções celulares.
TRANSPORTE DE LIPÍDIOS NOS LÍQUIDOS CORPORAIS
Transporte de Triglicerídeos e Outros Lipídios do Trato Gastrointestinal pela Linfa —Os Quilomícrons
Os Triglicerídeos dos Quilomícrons São Hidrolisados pela Lipase Lipoproteica e a Gordura É Armazenada n o Tecido Adiposo e nas Células Hepáticas. Grande parte dos quilomícrons é removida da circulação sanguínea, à medida que passa pelos capilares de vários tecidos, especialmente do tecido adiposo, do músculo esquelético e do coração. Esses tecidos sintetizam a enzima lipase lipoproteica, que é transportada para a superfície das células endoteliais capilares, onde hidro lisa os triglicerídeos dos quilomícrons à medida que entram em contato com a parede endotelial, liberando assim, ácidos graxos.
Uma vez dentro dessas células, esses ácidos graxos podem ser usados como combustível ou, novamente, sintetizados em triglicerídeos, com novo glicerol sendo suprido pelos processos metabólicos das células de armazenamento. A lipase também causa hidrólise dos fosfolipídios; isso também libera ácidos graxos para serem armazenados do mesmo modo nas células.
Os "Ácidos Graxos Livres" São Transportados no Sangue Combinados à Albumina. 
Quando a gordura armazenada no tecido adiposo precisa ser usada em outras regiões do corpo para fornecer energia, ela deve, em primeiro l ugar, ser transportada do tecido adiposo para o outro tecido. Seu transporte ocorre, principalmente, na forma de ácidos graxos livres. Isso ocorre pela hidrólise dos triglicerídeos de volta à forma de ácidos graxos e glicerol.
Ao sair dos adipócitos, os ácidos graxos passam por forte ionização no plasma, e a porção iônica se combina, imediatamente, com as moléculas de albumina das proteínas plasmáticas.
Sob condições normais, a penas cerca de três moléculas de ácido graxo se associam a cada molécula de albumina, mas até 30moléculas de ácido graxo podem se acoplar com uma só molécula de albumina, quando a necessidade de transporte de ácidos graxos é extrema. Isso mostra a variabilidade do transporte de lipídios, sob diferentes condições fisiológicas.
Lipoproteínas —Sua Função Especial no Transporte do Colesterol e dos Fosfolipídios.
No estado pós-absortivo, depois que todos os quilomícrons tiverem sido removidos d o sangue , mais de 95% de todos os lipídios no plasma vão e star sob a forma de lipoproteínas. São partículas pequenas —muito menores do que os quilomícrons, mas, qualitativamente, similares na sua composição —contendo triglicerídeos, colesterol, fosfolipídios e proteínas. A concentração total d as lipoproteínas no plasma é, em média, de 700 mg por 100 mL de plasma —ou seja, 700 mg/dL. Essa concentração pode se subdividir nos seguintes componentes lipoproteicos individuais.
Além dos quilomícrons, que são, eles próprios, lipoproteínas muito grandes, existem quatro tipos importantes de lipoproteínas, classificados segundo suas densidades, medidas pela ultracentrifugação: (1) lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDLs), contendo altas con centrações de triglicerídeos e concentrações moderadas de colesterol e de fosfolipídios (2) lipoproteínas de densidade intermediária (IDLs),lipoproteínas de muito baixa densidade das quais uma parte de triglicerídeos foi removida, ficara m au mentadas a s concentrações de colesterol e de fosfolipídios; (3) lipoproteínas de baixa densidade (LDLs), derivadas das lipoproteínas de densidade intermediária, com a remoção de quase todos os triglicerídeos, deixando concentração especialmente elevada de colesterol e aumento moderado d e fosfolipídios; e (4) lipoproteínas de alta densidade (HDLs), contendo concentração elevada de proteínas (cerca de 50%), mas concentrações muito menores de colesterol e fosfolipídios. 
Formação e Função das Lipoproteínas. 
Quase todas as lipoproteínas são formadas no fígado, que é também, onde ocorre a síntese da maior parte do colesterol plasmático dos fosfolipídios e dos triglicerídeos. Além disso, pequenas quantidades de HDLs são sintetizadas no epitélio intestinal, durante a absorção dos ácidos graxos no intestino. A função primária das lipoproteínas é a de transportar seus componentes lipídicos no sangue. As VDLs transportam os triglicerídeos sintetizados no fígado, em sua maior parte para o tecido adiposo, enquanto as outras lipoproteínas são especialmente importantes nos diferentes estágios de transporte dos fosfolipídios e colesterol do fígado para os tecidos periféricos ou da periferia de volta para o fígado. Adiante, neste capítulo, discutiremos com mais detalhes os problemas especiais do transporte do colesterol, em relação à doença aterosclerose, associada ao desenvolvimento de lesões gordurosas n o interior das paredes arteriais.
DEPÓSITOS DE GORDURA
TECIDO ADIPOSO
Grandes quantidades de gordura são armazena das nos dois principais tecidos do c orpo, o tecido adiposo e o fígado. O tecido adiposo é chamado, usualmente, depósito de gordura ou, simplesmente, gordura tecidual. A principal função do tecido adiposo consiste em armazenar os triglicerídeos até que sejam necessário s para o suprimento de energia em outras parte s do corpo. Outra função consiste em proporcionar isolamento térmico a o organismo.
Células do Tecido Adiposo (Adipócitos). 
Os adipócitos do tecido adiposo sã o fibroblastos modifica dos que armazenam triglicerídeos, quase puros, em quantidades de até 8 0% a 95% de todo o volume das células. Os triglicerídeos nos adipócitos se encontram, em geral, sob a forma líquida. Quando os tecidos são expostos ao frio, por período prolongado, as cadeias de ácidos graxos do s triglicerídeos celulares, em período de semana s, ficam menores ou mais insaturadas, de modo a reduzir seu ponto de fusão, permitindo, então, que a gordura permaneça no estado líquido. Isso é particularmente importante porque só a gordura líquida pode ser hidrolisada e transportada para fora dos adipócitos. As células adiposas podem sintetizar quantidades muito pequenas de ácidos graxos e triglicerídeos , a partir dos carboidratos; essa função suplementa a síntese de gordura no fígado, como será discutido a diante neste capítulo. 
Troca de Gordura Entre o Tecido Adiposo e o Sangue —as Lipases Teciduais. 
Como discutido antes, grande quantidade de lipases está presente no tecido adiposo. Algumas dessas enzimas catalisam a deposição de triglicerídeos, dos quilomícrons e das lipoproteínas. Outras, quando ativa das por hormônios, causam a divagem dos tri glicerídeos, liberando ácidos graxo s livres. Devido à rápida troca de ácidos graxos, os triglicerídeos, nas células adiposas, são renovados uma vez a cada 2 ou 3 semanas, o que significa que a gordura, hoje armazenada nos tecidos, não é a mesma que foi armazenada no mês passado, enfatizando assim, o estado dinâmico doarmazenamento das gorduras.
Hidrólise dos Triglicerídeos. 
A primeira etapa na utilização de triglicerídeos, como fonte de energia, é a sua hidrólise em ácidos graxos e glicerol. Então, tanto os ácidos graxos como o glicerol são transporta dos no sangue para os tecidos ativos, onde vão ser oxidados para liberar energia. Quase todas as células —com algumas exceções, tais como o tecido cerebral e as hemácias —podem usar ácidos graxos como fonte de energia. O glicerol, quando penetra no tecido ativo é, imediatamente, modificado pelas enzimas intracelulares em glicerol- 3-fosfato que entra na via glicolítica para a metabolização da glicose e então, é utilizado como fonte de energia. Antes que os ácidos graxos possam ser emprega dos como energia, eles devem ser a inda mais processados.
Síntese de Triglicerídeos a partir dos Carboidratos
Sempre que a quantidade de carboidratos ingerida é maior da que pode ser usada de imediato, como fonte de energia ou do que pode ser armazenada sob forma de glicogênio, o excesso é rapidamente transformado e m triglicerídeos e armazenado, desse modo, no tecido adiposo. Nos seres humanos, a maior parte da síntese de triglicerídeos ocorre no fígado, mas quantidades diminutas também são sintetizadas pelo próprio tecido adiposo. Os triglicerídeos , formados no fígado, são transportados, em sua maior parte, pelos VLDLs para o tecido adiposo, onde são armazenados.
Eficiência da Conversão de Carboidrato em Gordura
Durante a síntese dos triglicerídeos, apenas cerca de 1 5% da energia original encontra da na glicose se perdem sob a forma de calor; os 85% restantes sã o transferidos para os triglicerídeos armazenados. Importância da Síntese e Armazenamento das Gorduras. A síntese da gordura de carboidratos é especialmente importante por dois motivos:
1. A capacidade das diferentes células do corpo para armazenar os carboidratos, sob a forma de glicogênio é, em gera l, pequena; n o máximo algumas poucas centenas de gramas de glicogênio podem ser armazenadas no fígado, músculos esqueléticos e em todos os outros tecidos do corpo reunidos. Ao contrário, é possível armazenar diversos quilos de gordura n o teci do adiposo. Por tanto, a síntese d e gorduras fornece meio pelo qual o excesso de energia ingerida, sob a forma de carboidratos (e proteínas), pode ser armazenado para utilização posterior. De fato, a pessoa média tem quase 150 vezes mais energia armazenada sob a forma de gorduras, do que sob a forma de carboidratos.
2. Cada grama de gordura contém quase duas vezes e meia mais calorias de energia do que cada grama de glicogênio. Consequentemente, para um da do ganho de peso, a pessoa é capaz de armazena r diversas vezes esse valor de energia sob a forma de gordura, do que sob a forma de carboidratos, o que é extremamente importante quando o animal precisa de grande mobilidade para sobreviver.

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