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TCC -Edificio

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193
UNIVERSIDADE PAULISTA
EDIFÍCIO AMPLIARE
CAMPINAS
2014
EDIFÍCIO AMPLIARE
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Engenharia Civil apresentado à Universidade Paulista – UNIP
CAMPINAS
2014
UNIVERSIDADE PAULISTA 
GUILHERME MOREIRA ROMERO RIOS E SILVA
EDIFÍCIO AMPLIARE
APROVADO EM ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________________
– ORIENTADOR
______________________________________________________________
– COORIENTADOR
______________________________________________________________
NOME DO PROFESSOR – EXAMINADOR
Dedico esse trabalho a todos meus familiares, que me deram todo o apoio necessário para que eu completasse mais essa etapa em minha vida.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos que me ajudaram nesta importante conquista, especialmente:
Primeiramente a Deus, por me dar essa oportunidade única na minha vida.
A minha mãe que sempre foi um exemplo pra mim e que nunca mediu esforços para que eu pudesse atingir meus objetivos, e sempre esteve ao meu lado independente da minha decisão.
Aos meus familiares que são à base da minha vida e que me apoiaram em todos os momentos e estiveram ao meu lado durante todo o curso, dando todo o suporte necessário.
A minha namorada Nathalia Maraccini que me ajudou nos momentos difíceis e sempre esteve ao meu lado.
Aos meus amigos de faculdade Jonathan Gomes, Vinicius Marangoni, Claudio Almeida, Edson Botelho, Alex Carvalho e Rafael Dias que fizeram parte do meu grupo nos trabalhos e que levarei para o resto da minha vida.
Também agradeço a empresa G.N.O Empreendimentos e Construções, por me dar a oportunidade de estagiar, e com isso, adquirir grande parte do conhecimento que tenho hoje.
E por fim, as Prof. Dra. Maria Alice A. G. Venturini e Prof. Dra. Rosilene de Fátima Vieira por fazerem de mim um profissional qualificado e preparado para enfrentar a concorrência do mercado de trabalho. Muito obrigado.
“O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”
Albert Einstein.
RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso procura mostrar todas as analises feitas para determinar que a execução de um projeto seja viável. Serão apontadas todas as características deste empreendimento, como o projeto arquitetônico, a tipologia dos apartamentos, as estruturas das áreas de lazer e da área de garagens. 
No estudo da localização do edifício foram analisadas as características da região, a lei de uso e ocupação do solo e a topografia do terreno.
Pensando no método estrutural adotado, neste caso estrutura convencional em concreto armado, o trabalho apresenta os cálculos de algumas lajes, vigas e pilares. Também serão dimensionadas as instalações hidráulicas, como água fria, esgoto e barrilete, além das instalações elétricas, visando a demanda total do edifício.
Como o principal foco do trabalho é demonstrar a viabilidade do projeto, foi realizado o cronograma físico-financeiro da obra, apontando a quantidade de funcionários que são necessários para executar os trabalhos dentro do prazo, a sequência das atividades e a previsão de custo.
Por fim, serão apresentadas soluções para diminuir o impacto ambiental causado na região pela realização de um novo empreendimento, com atitudes interna como o reuso das águas de chuva para a execução de determinados serviços. Outra solução interessante que será apresentada são os sistemas de tecnologia inteligente, que também visam a diminuição do impacto no meio ambiente gerado pela execução da obra.
Palavras-chave: Localização; Estrutura; Cálculo.
ABSTRACT
This monography search show all analyses done to determine that the execution of a project is feasible. Will be pointed out all the features of this venture, as the architectural design, the typology of the apartments, the structures of the leisure areas and garages. In the study of the location of the building were analyzed the characteristics of the region, the law of use and occupation of the soil and the topography of the terrain. Thinking about structural method adopted in this case conventional reinforced concrete structure, the work presents the calculations of some slabs, beams and pillars. Will also be dimensioned hydraulic installations, such as cold water, sewage and powder keg, in addition to the electrical installations, aiming at the total demand of the building.
As the main focus of work is to demonstrate the viability of the project, was conducted the physical-financial schedule of work, noting the amount of employees who are required to perform the work within the time limit, the sequence of activities and the cost forecast. Finally, solutions will be presented to reduce the environmental impact caused in the region by the completion of a new venture, with internal attitudes as the reuse of rainwater for the execution of certain services. Another interesting solution that will be presented are smart technology systems, which also are aimed at reducing the environmental impact generated by the execution of the work.
Keywords: location; Structure; Calculation
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
	FIGURA 2.1 – Localização da obra…………………..…………………………….
	18
	FIGURA 2.2 – Área do lote..............………………………….………..…….…….
	19
	FIGURA 3.1 – Levantamento topográfico.…………………..…………………….
	24
	FIGURA 3.2 – Locação das sondagens.…………………….………..…….…….
	28
	FIGURA 3.3 – Resultado sondagem …………………..………………...……….
	29
	FIGURA 3.4 – Implantação do edifício e pontos de sondagem........................
	30
	FIGURA 4.1 – Canteiro de obras…………………..……………………...……….
	34
	FIGURA 4.2 – Locação do canteiro de obras……………….………..…….…….
	35
	FIGURA 5.1 – Exemplo cronograma físico financeiro...………………...……….
	38
	FIGURA 5.2 – Cronograma físico financeiro..……………….………..…….…….
	40
	FIGURA 6.1 – Exemplo laje maciça...……………..……………………...……….
	41
	FIGURA 6.2 – Definição vão efetivo………………………….………..…….…….
	42
	FIGURA 6.3 – Seção transversal da laje...………..……………………...……….
	44
	FIGURA 6.4 – Vãos efetivos............………………………….………..…….…….
	45
	FIGURA 6.5 – Vinculações..........…………………..……………………...……....
	46
	FIGURA 6.6 – Laje em balanço engastada………………….………..…….…….
	47
	FIGURA 6.7 – Condição borda apoiada e engastada...………………...……….
	47
	FIGURA 6.8 – Esquema estático das lajes………………….………..…….…….
	49
	FIGURA 6.9 – Revestimento laje...………………..……………………...……….
	50
	FIGURA 6.10 – Classes de agressividade…………………..………..…….…….
	53
	FIGURA 6.11 – Cobrimento necessário…………..……………………...……….
	54
	FIGURA 6.12 – Momentos fletores.………………………….………..…….…….
	55
	FIGURA 6.13 – Reações de apoio........…………..……………………...……….
	56
	FIGURA 6.14 – Tabela 13 de Kalmanok…………………….………..…….…….
	57
	FIGURA 6.15 – Tabela 13 de Kalmanok…………..……………………...………
	59
	FIGURA 6.16 – Esforços solicitantes..……………………….………..…….…….
	60
	FIGURA 6.17 – Tabela ρmin..........………………..……………………...……….
	61
	FIGURA 6.18 – Valores de Kc e Ks....……………………….………..…….…….
	62
	FIGURA 6.19 – Carregamento balanço…………..……………………...……….
	65
	FIGURA 6.20 – Tabela 14 de Kalmanok…………………….………..…….…….
	71
	FIGURA 6.21 – Esforços solicitantes.……………..……………………...……….
	72
	FIGURA 6.22 – Tabela 14 de Kalmanok…………………….………..…….…….
	75
	FIGURA 6.23 – Esforços solicitantes……………..……………………...………..
	76
	FIGURA 7.1 – Apoio móvel.............………………………….………..…….…….
	80
	FIGURA 7.2 – Apoio fixo.............…………………..……………………...……….
	81
	FIGURA 7.3 – Apoio engastado......………………………….………..…….…….
	81
	FIGURA 7.4 – Carregamento total...………………..……………………...………
	83
	FIGURA 7.5 – Momento fletor.........………………………….………..…….…….
	84
	FIGURA 7.6 – Força cortante..........………………………….………..…….…….
	85
	FIGURA 7.7 – Reação de apoio.…………………..……………………...……….
	85
	FIGURA 8.1 – Seção transversal pilares…………………….………..…….…….
	102
	FIGURA 8.2 – Momentos fletores..………………..……………………...……….104
	FIGURA 8.3 – Msup e Minf............ ………………………….………..…….…….
	106
	FIGURA 8.4 – Ábaco 12A.......... …………………..……………………...……….
	111
	FIGURA 8.5 – Detalhamento pilar...………………………….………..…….…….
	113
	FIGURA 8.6 – Proteção contra flambagem ......................................................
	115
	FIGURA 8.7 – Estribos suplementares ............................................................
	115
	FIGURA 9.1 – Fundações rasas.....………………………….………..…….…….
	117
	FIGURA 9.2 – Fundações profundas……………..……………………...……….
	118
	FIGURA 9.3 – Parâmetro sapata....………………………….………..…….…….
	120
	FIGURA 9.4 – Área da sapata.......………………..……………………...……….
	122
	FIGURA 9.5 – Tensões na sapata..………………………….………..…….…….
	124
	FIGURA 9.6 – Seções S1a e S1b.....……………..……………………...……….
	125
	FIGURA 9.7 – Armadura sapata.....………………………….………..…….…….
	127
	FIGURA 10.1 – Reservatório inferior..……………………….………..…….…….
	134
	FIGURA 10.2 – Linha de sucção e recalque……..……………………...……….
	136
	FIGURA 10.3 – Família da bomba.....……………………….………..…….…….
	139
	FIGURA 10.4 – Rendimento da bomba…………..……………………...……….
	139
	FIGURA 10.5 – Pressão na entrada da bomba…………….………..…….…….
	140
	FIGURA 10.6 – Esquema do barrilete……………..……………………...……….
	143
	FIGURA 10.7 – Ábaco diâmetros e vazões em função dos pesos...…….…….
	145
	FIGURA 10.8 – Ábaco de Fair Whipple Hsiao.…..……………………...……….
	147
	FIGURA 11.1 – Projeto esgoto sanitário.…………………….……….....….…….
	152
	FIGURA 11.2 – Detalhamento esgoto sanitário.....……………………...……….
	153
	FIGURA 11.3 – Tabela 1 – Aparelhos sanitários..………….………..…….…….
	154
	FIGURA 11.4 – Tabela 2 – Diâmetro mínimo.......………….………..…….…….
	155
	FIGURA 11.5 – Tabela 3 – Distância máxima do sifão...….………..…….…….
	156
	FIGURA 11.6 – Tabela 4 – Ramal ventilação.......………….………..…….…….
	156
	FIGURA 11.7 – Tabela 5 – Tubo de queda..…........……….………..…….…….
	157
	FIGURA 11.8 – Tabela 6 – Coletores e subcoletores..…….………..…….…….
	158
	FIGURA 11.9 – Tabela 7 – Coluna e barrilete ventilação.…………..…….…….
	158
	FIGURA 11.10 – Captação água pluvial...............………….………..…….…….
	161
	FIGURA 11.11 – Cobertura edifício......................………….………..…….…….
	162
	FIGURA 11.12 – Ábaco condutor vertical.............………….………..…….…….
	162
	FIGURA 11.13 – Coeficiente rugosidade........................….………..…….…….
	163
	FIGURA 11.14 – Capacidade condutor vertical...………….………..…….…….
	163
	FIGURA 12.1 – Tabela 3 – Fator demanda..…........……….………..…….…….
	168
	FIGURA 12.2 – Tabela 4 – Fator demanda.................…….………..…….…….
	168
	FIGURA 12.3 – Tabela 10 – Fator demanda....................…………..…….…….
	169
	FIGURA 13.1 – Lixeira seletiva no canteiro...................... ….………..…….…….
	173
LISTA DE TABELAS
	TABELA 3.1 – Fator empolamento.………………………………..……………….
	25
	TABELA 3.2 – Número de sondagens...…………………………..……………….
	27
	TABELA 4.1 – Efetivo – Residencial Ampliare.…………………..……………….
	32
	TABELA 5.1 – Orçamento do empreendimento Ampliare..……..……………….
	39
	TABELA 6.1 – Altura mínima das lajes…..………………………..……………….
	44
	TABELA 10.1 – Estimativa de consumo por habitante…………..……………….
	130
	TABELA 10.2 – Dimensionamento do ramal predial e medição..……………….
	132
	TABELA 10.3 – Tipos de sistemas….……………………………..……………….
	133
	TABELA 10.4 – Perda de carga na tubulação sucção…………..……………….
	137
	TABELA 10.5 – Perda de carga na tubulação recalque….……..……………….
	137
	TABELA 10.6 – Determinação da pressão atmosférica….……..……………….
	141
	TABELA 10.7 – Determinação da pressão de vapor..…………..……………….
	142
	TABELA 10.8 – Pesos relativos e vazões de projeto….………..……………….
	144
	TABELA 10.9 – Resultado do dimensionamento da pressão da coluna AF1...
	150
	TABELA 12.1 – Carga instalada....………………………………..……………….
	166
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
TCC – Trabalho de conclusão de curso.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
T.O – Taxa de ocupação
HMV – Habitação Multifamiliar Vertical.
C – Coeficiente de aproveitamento.
H – Altura máxima da edificação
L – Largura da via pública de circulação
R – Recuo frontal
PIB – Produto interno bruto
HMH – Habitação multifamiliar Horizontal
C.A – Coeficiente de aproveitamento
NBR – Norma Brasileira
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
SPT – Ensaio de simples reconhecimento
NR – Norma regulamentadora
FDE – Fundação para o desenvolvimento da educação
CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente
LISTA DE SÍMBOLOS
m² - Metros quadrados.
Nº - Número
M – Metro
Cm – Centímetro
kN – Kilo Newton
m² - Metro cúbico
SUMÁRIO
	1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................
	13
	2. O EMPREENDIMENTO ........... .....................................................................
	15
	2.1 Descrição do empreendimento......................................................................
	15
	2.2 Localização do empreendimento...................................................................
	16
	2.3 Memorial descritivo........................................................................................
	16
	2.4 Uso e ocupação do solo ...............................................................................
	17
	2.4.1 Zoneamento ..............................................................................................
	18
	2.4.2 Categoria de uso .......................................................................................
	18
	3. LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO E SONDAGEM ....................................
	23
	3.1 Levantamento topográfico do edifício............................................................
	23
	3.2 Escavação do lote.........................................................................................
	25
	3.3 Sondagem. ...................................................................................................
	26
	4. CANTEIRO DE OBRAS .................................................................................
	31
	5. CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO ........................................................
	37
	6. LAJE ...............................................................................................................
	41
	6.1 Introdução .....................................................................................................
	41
	6.1.1 Vãos efetivos da laje ..................................................................................
	42
	6.1.2 Pré-dimensionamento da altura das lajes .................................................
	44
	6.1.3 Classificação quanto as direções da armação ..........................................
	45
	6.1.4 Classificação quanto as vinculações de suas bordas ...............................
	46
	6.1.5 Esquema estático ......................................................................................
	48
	6.2 Carregamentos .............................................................................................
	49
	6.2.1 Peso próprio ..............................................................................................
	49
	6.2.2 Revestimento .............................................................................................
	50
	6.2.3 Peso da alvenaría ......................................................................................
	50
	6.2.4 Sobrecarga.................................................................................................
	52
	6.2.5 Carregamento total ....................................................................................
	53
	6.3 Dimensionamento ................... .....................................................................
	53
	6.3.1 Altura útil ....................................................................................................
	53
	6.3.2 Esforços solicitantes para lajes armadas em uma direção ........................
	53
	6.3.3 Esforços solicitantes para lajesarmadas em uma direção em balanço ....
	56
	6.3.4 Esforços solicitantes para lajes armadas em duas direções .....................
	56
	6.3.5 Dimensionamento da laje L2 armada em duas direções ...........................
	59
	6.3.5.1 Esforços solicitantes ...............................................................................
	59
	6.3.5.2 Armadura positiva mínima para lajes .....................................................
	60
	6.3.5.3 Cálculo das armaduras positivas ............................................................
	61
	6.3.5.4 Detalhamento das armaduras positivas .................................................
	63
	6.3.6 Dimensionamento da laje L1 em balanço ..................................................
	65
	6.3.6.1 Esforços solicitantes da laje L1 em balanço ...........................................
	65
	6.3.6.2 Compatibilização dos momentos negativos entre as lajes .....................
	67
	6.3.6.3 Armadura negativa mínima para lajes ....................................................
	67
	6.3.6.4 Cálculo das armaduras negativas ..........................................................
	68
	6.3.6.5 Detalhamento das armaduras negativas ................................................
	68
	6.3.7 Dimensionamento da laje L4 para cálculo da armadura negativa .............
	70
	6.3.7.1 Esforços solicitantes ...............................................................................
	70
	6.3.7.2 Compatibilização dos momentos negativos entre as lajes .....................
	72
	6.3.7.3 Cálculo das armaduras negativas ..........................................................
	72
	6.3.7.4 Detalhamento das armaduras negativas ................................................
	73
	6.3.8 Dimensionamento da laje L3 para cálculo da armadura negativa .............
	74
	6.3.8.1 Esforços solicitantes ...............................................................................
	74
	6.3.8.2 Compatibilização dos momentos negativos entre as lajes .....................
	76
	6.3.8.3 Cálculo das armaduras negativas ..........................................................
	76
	6.3.8.4 Detalhamento das armaduras negativas ................................................
	77
	6.4 Planta baixa com as armaduras encontradas ..............................................
	78
	7. VIGA ...............................................................................................................
	79
	7.1 Introdução .....................................................................................................
	79
	7.1.1 Vãos efetivos das vigas .............................................................................
	79
	7.1.2 Pré-dimensionamento da seção transversal .............................................
	79
	7.1.3 Vinculações ...............................................................................................
	80
	7.2 Carregamentos .............................................................................................
	82
	7.2.1 Peso próprio da viga ..................................................................................
	82
	7.2.2 Peso da alvenaría sobre a viga .................................................................
	82
	7.2.3 Reação da laje sobre a viga ......................................................................
	83
	7.2.4 Carregamento total da viga .......................................................................
	83
	7.3 Dimensionamento .........................................................................................
	84
	7.3.1 Altura útil ....................................................................................................
	84
	7.3.2 Dimensionamento da viga .........................................................................
	84
	7.3.2.1 Esforços solicitantes ...............................................................................
	84
	7.3.2.2 Armadura mínima para vigas ..................................................................
	85
	7.3.2.3 Cálculo da armadura simples para momento positivo ............................
	86
	7.3.2.4 Detalhamento das armaduras para momento positivo ...........................
	89
	7.3.2.5 Cálculo da armadura simples para momento negativo ..........................
	92
	7.3.2.6 Detalhamento das armaduras para momento negativo ..........................
	93
	7.4 Armadura transversal ...................................................................................
	94
	7.4.1 Verificação da ruptura por compressão diagonal ......................................
	94
	7.4.1.1 Cálculo da armadura mínima...................................................................
	95
	7.4.1.2 Cálculo correspondente a armadura adotada como mínima...................
	97
	7.5 Desenho das armaduras encontradas ..........................................................
	98
	8. PILAR .............................................................................................................
	101
	8.1 Introdução .....................................................................................................
	101
	8.2 Dimensionamento do pilar ............................................................................
	102
	8.2.1 Comprimentos equivalentes do tramo do pilar nas direções X e Y ...........
	102
	8.2.2 Vãos efetivos da viga V1 e V2 ...................................................................
	103
	8.2.3 Cálculo dos momentos fletores atuantes nos pilares ................................
	104
	8.2.4 Cálculo das excentricidades iniciais ..........................................................
	107
	8.2.5 Cálculo dos momentos mínimos e excentricidades mínimas ....................
	107
	8.2.6 Verificação da necessidade da consideração dos momentos de segunda ordem ..................................................................................................................
	
108
	8.2.6.1 Cálculo dos índices de esbeltez .............................................................
	108
	8.2.7 Cálculo dos momentos totais nas direções X e Y .....................................
	109
	8.2.8 Cálculo da área da armadura longitudinal .................................................
	110
	8.2.9 Cálculo da taxa geométrica mínima de armadura .....................................
	112
	8.2.10 Cálculo da taxa máxima de armadura .....................................................
	112
	8.3 Detalhamento do pilar ...................................................................................
	113
	8.4 Proteção contra flambagem ..........................................................................
	114
	9. FUNDAÇÃO ...................................................................................................
	117
	9.1 Introdução .....................................................................................................
	117
	9.2 Dimensionamento da fundação – Sapata .....................................................
	118
	9.2.1 Dados iniciais .............................................................................................
	118
	9.2.2 Características dos materiais ....................................................................
	119
	9.2.3 Esforços iniciais .........................................................................................
	119
	9.2.4 Verificação das dimensões sugeridas quanto aos critérios estabelecidos para sapatas .......................................................................................................
	
119
	9.2.5 Verificação das tensões cisalhantes ..........................................................
	122
	9.2.5.1 Verificação das tensões no solo .............................................................
	122
	9.2.5.2 Verificação das tensões no concreto ......................................................
	122
	9.2.5.3 Segurança ao tombamento ....................................................................125
	9.2.6 Cálculo da armadura de flexão da sapata .................................................
	125
	9.2.7 Detalhamento das armaduras ...................................................................
	126
	10. SISTEMA DE ABASTECIMENTO PREDIAL DE ÁGUA FRIA ....................
	129
	10.1 Dimensionamento do sistema hidráulico ....................................................
	129
	10.2 Dimensionamento do alimentador predial ..................................................
	131
	10.3 Dimensionamento do ramal predial, hidrômetro, cavalete e abrigo ...........
	132
	10.4 Volume mínimo para combate a incêndio com hidrante .............................
	132
	10.5 Reservatório inferior ...................................................................................
	133
	10.6 Reservatório superior .................................................................................
	134
	10.7 Dimensionamento do subsistema de reservação .......................................
	135
	10.7.1 Sistema de recalque ................................................................................
	135
	10.7.2 Determinação da altura manométrica .....................................................
	136
	10.8 Dimensionamento do barrilete ....................................................................
	143
	10.9 Cálculo de pressão na coluna de água fria AF1 .........................................
	147
	11. SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO SANITÁRIO (SPES) E SISTEMA PREDIAL DE ÁGUAS PLUVIAIS (SPAP) .........................................................
	
151
	11.1 Introdução ...................................................................................................
	151
	11.1.2 Projeto do sistema de esgoto sanitário ....................................................
	152
	11.1.3 Detalhamento do sistema ........................................................................
	152
	11.1.4 Dimensionamento do sistema .................................................................
	154
	11.2 Introdução ...................................................................................................
	159
	11.2.1 Vazão de projeto ......................................................................................
	160
	11.2.2 Detalhamento do sistema ........................................................................
	161
	11.2.3 Dimensionamento do sistema .................................................................
	161
	12. SISTEMA PREDIAL DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ...............................
	165
	12.1 Introdução ...................................................................................................
	165
	12.2 Carga instalada dos apartamentos e administração ..................................
	165
	12.3 Cálculo da demanda dos apartamentos e administração ..........................
	167
	13. SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL ...........................................................
	171
	13.1 Introdução ...................................................................................................
	171
	13.2 CONAMA 307 .............................................................................................
	171
	13.2.1 Aplicações de reciclagem de materiais no empreendimento ..................
	172
	13.3 Edifícios Inteligentes ...................................................................................
	174
	13.4 Green Building ............................................................................................
	175
	14. CONCLUSÃO ...............................................................................................
	177
	REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .......................................................................
	179
	ANEXOS .............................................................................................................
	181
	
	
1 INTRODUÇÃO
Este é o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Engenharia Civil da Universidade Paulista UNIP, cujo a finalidade, é mostrar todas as etapas necessárias para o desenvolvimento de um empreendimento, nesse caso será apresentado o Edifício Residencial Ampliare, que foi realizado na Av Júlio de Mesquita, 705 – Bairro Cambuí – Campinas – SP.
Neste trabalho serão demonstrados todos os estudos e ações necessárias que devem ser tomadas para realizar um projeto de sucesso, desde a escolha da localização que deve visar seu público alvo, o projeto arquitetônico e seus componentes, respeitando um valor de m² que seja acessível para a população local, além do dimensionamento da estrutura em concreto armado e das instalações elétricas e hidráulicas, tudo isso respeitando a lei de uso e ocupação do solo e o código de obras do município.
2 O EMPREENDIMENTO
O edifício residencial Ampliare é um empreendimento de alto padrão, localizado em Campinas, interior de São Paulo, cidade com uma completa infraestrutura, com diversos estabelecimentos comerciais, hospitais, supermercados, áreas de lazer, agências bancárias e ótimas opções de transporte como o Aeroporto internacional de Viracopos.
Com unidades de 97 metros quadrados (m²) e acabamento privilegiado distribuídos em 3 suítes, sala estar, sala jantar, cozinha, lavanderia e um grande terraço, o empreendimento busca atender principalmente a classe A da cidade, oferecendo conforto e qualidade.
Com início previsto para o mês de janeiro de 2014 e um prazo estimado de obra em 18 meses, a entrega aos proprietários será feita no mês de Junho de 2015.
2.1 Descrição do empreendimento
Construído em um terreno de aproximadamente 1200m² e executado em estrutura de concreto armado com vedação em bloco cerâmico, visando o conforto térmico e acústico dos moradores, ele é composto por 20 unidades, distribuído em 19 pavimentos, sendo 1 subsolo, térreo, 5 pavimentos tipo, reservatórios e cobertura. Além de possuir 3 elevadores de ultima geração, sendo 2 elevadores sócias com acesso ao hall social das unidades e 1 de serviço.
O subsolo é destinado para estacionamento, contando com 70 vagas medindo 2,50 x 5,0m, sendo 3 vagas por unidade e 10 vagas para visitantes.
O Térreo é composto por Hall de entrada, circulação e academia.
Os 450m² do pavimento tipo são destinados ao Hall social e 4 unidades, sendo cada uma delas com 3 suítes, sala estar, sala jantar, cozinha, lavanderia e terraço.
Todos os apartamentos terão 97,09m² de área privativa, sendo 83,88m² + terraço 10,78m² + área técnica 1,58m² + armário 0,85m².
A área externa conta com uma piscina de 75m², localizada em ponto estratégico, visando o melhor aproveitamento e satisfação dos proprietários. Além de possuir um excelente projeto de paisagismo, executado em diversas floreiras.
2.2 Localização do empreendimento
O edifício residencial Ampliare fica localizado na Avenida Júlio de Mesquita, 705, Cambuí, Campinas.
Cidade com uma população estimada em 1.144.862 de habitantes segundo pesquisa realizada em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com uma grande economia, representando cerca de 1,8% do Produto interno bruto (PIB) nacional e 11,45% do PIB paulista. 
Além de possuir uma forte economia, a região também apresenta uma infraestrutura que proporciona o desenvolvimento de toda a área metropolitana e vem atraindo cada vez o investimentos de grandes empresas.
	E ainda conta com um fácil acesso as principais rodovias da região, como Rod. Dom Pedro I, Rod. Anhanguera, Rod. Santos Dumont e Rod. Adhemar de Barros.
2.3 Memorial descritivo
Construído no sistema de concreto armado conforme projeto estrutural, possui um ótimo padrão de acabamento e conforto.
 As unidades são executadas com bloco cerâmico e revestidas com gesso liso nas paredes dos quartos, com teto em pintura látex PVA sobre gesso liso e piso em assoalho de madeira Cumaru.
A cozinha e a área de serviço contam com paredes revestidas com cerâmica na área molhada e o restante gesso liso, teto com pintura látex PVA sobre gesso acartonado,e piso cerâmico Portobello.
Os banheiros são revestidos com pastilhas de vidro sobre reboco nas paredes, piso em porcelanato Portobello, teto com pintura látex PVA, bancadas em granito e metais Deca de ótima qualidade. 
A sala é revestida com gesso liso nas paredes, piso em assoalho de madeira Cumaru e teto com pintura látex PVA.
A varanda possui um peitoril de vidro temperado, piso em porcelanato Portobello, teto e paredes com pintura látex acrílico. 
Os subsolos dispõem de um piso de concreto polido, pintura látex PVA branco sobre a textura das paredes e teto com tratamento do concreto.
A fachada é executada em massa única com posterior aplicação de textura acrílica, ou pintura, conforme projeto de arquitetura, e os caixilhos são de alumínio com pintura eletrostática branca.
	As esquadrias de madeira são instaladas com dimensões adequadas aos ambientes a que se destinam, com acabamento em pintura com tinta esmalte e ferragens de marca Aliança ou La Fonte.
	As instalações elétricas e hidráulicas e seus componentes são definidos pelo projeto específico.	
2.4 Uso e ocupação do solo.
A Lei de Uso e Ocupação do Solo estabelece as normas para o desenvolvimento da cidade, com todas as orientações, a fim de garantir o desenvolvimento da cidade de forma equilibrada e sustentável. 
Ao planejar a ocupação do território, a Prefeitura define o que é melhor para cada área da cidade, considerando a infraestrutura existente, a infraestrutura planejada, a paisagem e o meio ambiente.
Ela leva em conta o zoneamento, a categoria de uso, a classificação da edificação quanto a ocupação do solo e a classificação do estabelecimento quanto a área construída.
	Para a construção do edifício residencial Ampliare, é necessário obedecer a Lei nº 6.031 de 29 de Dezembro de 1988 da Prefeitura municipal de Campinas, sendo atualizada pela ultima vez em Março de 2011.
2.4.1 Zoneamento
O edifício Ampliare fica localizado na Avenida Julio de Mesquita, 705 – Cambuí – Campinas, zona 7 da Lei de uso e ocupação do solo.
Na figura 2.1 podemos analisar a definição do zoneamento quanto ao terreno que será construído. 
Figura 2.1 Localização da obra.
Fonte: Prefeitura Municipal de Campinas.
Zona 7 - zona estritamente residencial, destinada basicamente ao uso habitacional multifamiliar, o comércio, os serviços e as instituições existentes serão tolerados.
Quanto ao uso na categoria habitacional serão permitidos os usos unifamiliares e multifamiliares.
2.4.2 Categoria de uso
	Definido a construção do edifício Ampliare como uma torre residencial, a obra se enquadra na Lei nº 6.031 na categoria de Uso Habitacional.
	Para o uso habitacional serão permitidos os tipos HMV-3, HMV-2, HMV-1, H-3 e HMH-3.
	 As Habitações Multifamiliares Verticais (HMV) são conjuntos de unidades habitacionais agrupadas verticalmente, em um ou mais blocos, que é o caso do Ampliare, uma vez que se trata de um torre de 7 pavimentos e 20 unidades residenciais.
As disposições construtivas e os parâmetros de uso e ocupação do solo para as Habitações multifamiliares verticais são os seguintes:
- Área e testada do lote, respectivamente, maior ou igual a 450,00m² e 15,00m, conforme figura 2.2 que apresenta a área do lote.
Figura 2.2 Área do lote.
Fonte: Google Maps.
Área do terreno = 1200m²
Testada = 77m
Área do pavimento tipo = 450m²
- Taxa de ocupação (T.O) - A T.O é a relação percentual entre a projeção da edificação e a área do terreno. Ou seja, ela representa a porcentagem do terreno sobre o qual há edificação, conforme calculo da equação 1.1
A partir do Calculo de T.O podemos definir o seu tipo, conforme equação 1.2
Define-se então que o edifício Ampliare é do tipo HMV-3.
- Coeficiente de aproveitamento (C.A) – O C.A é um número que, multiplicado pela área do lote, indica a quantidade máxima de metros quadrados que podem ser construídos em um lote, somando-se as áreas de todos os pavimentos.
Para o tipo HMV-3 o Coeficiente de aproveitamento menor ou igual a:
TIPO HMV-3: C = 3 + 1,2 (0,5 – t.o)
Calculo do coeficiente conforme equação 1.3.
C = 3,15
Com isso, aplicando a equação 1.4 que multiplica o coeficiente de aproveitamento 3,15 pela área do terreno 1.200m², define-se a área total que pode ser construída no empreendimento.
 
Sabendo que a área dos 7 pavimentos são de 450m², a área total construída será de 3600m², ou seja, dentro do máximo estabelecido pela lei.
- Altura da edificação menor ou igual a:
H = L + 2R, para o tipo HMV-3;
onde:
H = altura máxima da edificação
L = largura da via pública de circulação
R = recuo frontal
- Recuos maiores ou iguais a 6,00m (seis metros) quando frontal e a 4,00m (quatro metros) quando lateral, com exceção dos subsolos destinados às garagens, que poderão ocupar a totalidade da área do lote.
Calculo da altura máxima conforme equação 1.5
Sendo a largura da via pública de circulação 9 metros e recuo frontal do edifício 8 metros.
Definindo o pé direito dos pavimentos térreo, 5 pavimentos tipo, reservatórios e cobertura com 3 metros de altura, podemos aplicar a equação 1.6 e verificar se a altura máxima do edifício está dentro da lei.
A partir dos cálculos de T.O, C.A e H, define-se que o edifício pode ser composto por 1 subsolo (não incluso no cálculo de altura e aproveitamento), pavimento térreo, 5 pavimentos tipo, reservatórios e cobertura, todos com pé-direito de 3m e área de 450m², totalizando 24 metros de altura e 3600m² construídos.
3 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO E SONDAGEM
Topografia significa a descrição de um terreno, determinando suas medidas, os elementos existentes, variações no relevo e curvas de nível, através de cálculos, métodos e instrumentos.
A topografia fornece dados fundamentais tanto para etapa de projeto quanto para execução da obra, através de um levantamento topográfico. 
Esse levantamento topográfico deve ser elaborado através da utilização de equipamentos apropriados e métodos de medição e representação gráfica, considerando-se os parâmetros e legislação local, a fim de fornecer um trabalho topográfico de acordo com as normas técnicas exigidas.
3.1 Levantamento topográfico do edifício
O levantamento topográfico do edifício Ampliare, tem como principal objetivo o levantamento do volume do corte de terra que será executado na obra, uma vez que será construído um subsolo destinado ás vagas de garagem dos moradores.
Partindo da limpeza do terreno, que é executada manualmente apenas com a utilização de uma enxada, uma vez que o terreno possui vegetação rasteira, devem-se retirar todas as raízes e o todo o entulho do canteiro de obras, afim de não atrapalhar a execução dos próximos serviços.
Com a limpeza do lote executada, foi feito o levantamento topográfico do terreno, partindo da cota 0,0 que foi determinado in loco como sendo a via de circulação do pedestre na Avenida Júlio de Mesquita.
Definido a cota base, foram feitas as medições dos níveis em todo o lote, conforme figura 3.1 que apresenta o levantamento topográfico.
Figura 3.1: Levantamento topográfico
Fonte: Ampliare.
Com a realização do levantamento topográfico, pode-se analisar os níveis e calcular o volume total de terra a ser escavado do lote.
Como o terreno apresenta uma diferença de nível de 2 metros, ou seja, da cota -1,0 até a cota 1,0, distribuída ao longo do lote, de forma linear, pode-se tirar a média e calcular os volumes em cima da cota 0,0 sobre todo o terreno.
Assim, aplicando a equação 3.1, que multiplica á área total do terreno, 1200m² pela altura do corte, no caso 3 metros que são necessários para chegar da cota 0,0 até a cota -3,0 (cota de apoio do subsolo), encontra-se o volume de terra.
3.2 Escavação do lote.
O acerto do terreno ocorre de acordo com o projeto de implantação e
o projeto executivo, executando escavações, cortes, aterros, carga, transporte, descarga e compactação.
No caso de corte do perfil de solo do Ampliare, deve ser adotado um volume de solo correspondente à 3600m³, acrescentando-se um percentual de empolamento (tabela 3.1). 
O empolamentoé o aumento de volume de um material, quando removido de seu estado natural e é expresso como uma porcentagem do volume no corte. 
	Tabela 3.1 - Fator empolamento
	MATERIAL
	EMPOLAMENTO
	Argila Natural
	21%
	Argila Seca
	25%
	Argila Molhada
	25%
	Terra úmida
	26%
	Terra seca
	25%
	Arenito
	26%
	Areia Seca solta
	13%
	Areia Molhada
	13%
	Pedra Britada
	66%
	Terra úmida 50% rocha 50%
	33%
	Pedras soltas Ø até 20 cm
	100%
Fonte: custodaedificacao.smartsti.com.br
	Conforme resultado das sondagens apresentados na figura 3.4, determina-se a camada a ser escavada como argila natural, com empolamento de 21%, com isso, o volume de corte será dado pela equação 3.2, que multiplica o volume do corte, pelo fator de empolamento.
	Assim, o volume total de terra escavado para a execução do subsolo do edifício Ampliare é de 4356m³ de terra, destinados ao bota fora pré-determinado pela Prefeitura de Campinas.
3.3 Sondagem
A Sondagem é um dos métodos utilizados para a coleta de informações do subsolo para a execução das fundações de obras. É realizada através de uma perfuração em solo ou rocha, para a determinação de algumas características como: 
- Determinação dos tipos de solo que ocorrem, no subsolo, até a profundidade de interesse do projeto;
- Determinação das condições de compacidade (areias) ou consistência (argilas) em que ocorrem os diversos tipos de solo;
- Determinação da espessura das camadas constituintes do subsolo e avaliação da orientação dos planos (superfícies) que as separam;
 - Informação completa sobre a ocorrência de água no subsolo.
A principal função da sondagem, além de reconhecer o subsolo do terreno, é a de escolher a fundação mais adequada para a sua obra, fazendo com isso, a diminuição dos custos com a execução da fundação, uma vez que as sondagens representam, em média, apenas 0,05% do custo total da obra.
O número de sondagens a serem executadas em cada terreno, é definido pela tabela 3.2, obedecendo a norma NBR 8036.
	Tabela 3.2 - Número de sondagens.
	Área do edifício em planta (m²)
	Nº de sondagens
	Nº mínimo de sondagens
	< 200
	3
	2
	200 a 1200
	Área/200
	3
	1200 a 2400
	6+(A-1200)/400
	7
	> 2400
	*
	9
	* O número de sondagens deve ser estabelecido em função das condições específicas da obra
A sondagem executada no edifício Ampliare foi o de ensaio de simples reconhecimento (SPT), regulamentada no Brasil pela ABNT com a NBR 6484 - "Solo - Sondagens de Simples Reconhecimento com SPT – Método de ensaio", que tem como principais características o baixo custo, a realização em locais de difícil acesso, e a determinação do nível do lençol freático.
Com uma área de 1200m² foi definido a execução de 4 pontos de sondagens, obedecendo o mínimo exigido pela norma NBR 8036, e localizados no terreno conforme figura 3.2
Figura 3.2: Locação das sondagens.
Fonte: Ampliare
A partir da execução das sondagens, obtêm-se os resultados do ponto S.2, apresentados na figura 3.3.
O ponto de sondagem S.2 foi o que apresentou a pior situação de nível de água (N.A) e também uma baixa resistência, com isso, a escolha do tipo de fundação e o cota de apoio serão projetados em cima desses resultados.
Figura 3.3: Resultado sondagem SPT
Fonte: Engesolos.
A figura 3.4 representa a implantação do edifício Ampliare, e os pontos definidos para a execução da sondagem SPT, a fim de conseguir todas as informações necessárias para a execução da fundação do empreendimento.
Figura 3.4: Implantação do edifício e os pontos de sondagem.
Fonte: Ampliare.
4 CANTEIRO DE OBRAS
O canteiro de obras é um dos fatores fundamentais para o bom funcionamento do processo construtivo, contribuindo no seu tempo de execução, segurança dos funcionários, descarga e transporte dos materiais utilizados, organização, limpeza, qualidade, entre outros.
A sua montagem deve ser elaborada pelo engenheiro responsável e deve obedecer as normas NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e NR 24- Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho.
Um bom canteiro de canteiro de obras oferece uma estrutura adequada aos operários, e conta com escritório para engenharia, refeitório, ambulatório, vestiário e banheiros, além dos locais de armazenamento de materiais e ferramentas, como almoxarifado, baias para areia e pedra, central de forma com uma serra de bancada, e central de aço com uma policorte.
O canteiro deve ser localizado em áreas onde não atrapalhem a circulação dos operários, locação da obra e veículos.
Além disso, deve ser providenciada a ligação de água, pois, o uso da água é intensivo para preparar materiais no canteiro, servindo também para o consumo e higiene dos trabalhadores, se tornando indispensável. 
Deve-se também providenciar a ligação de energia para utilização dos equipamentos elétricos e iluminação da obra.
Antes do início da obra, é preciso saber que tipo de fio ou cabo deve ser usado, onde ficarão os quadros de força, quantas máquinas serão utilizadas e, ainda, quais as ampliações que serão feitas nas instalações elétricas, para que o pedido seja feito em função da demanda de energia que será exigida posteriormente.
.	
O dimensionamento do canteiro compreende o estudo geral do volume da
obra, o tempo de obra e o número de pessoas que irão trabalhar no empreendimento. Este estudo pode ser dividido em 6 tópicos:
• Área disponível para as instalações;
• Número de trabalhadores;
• Máquinas e equipamentos necessários;
• Serviços a serem executados;
• Materiais a serem utilizados;
• Prazos a serem atendidos.
	
Após a análise de todos esses fatores, sabe-se que o residencial Ampliare contará com um efetivo de 100 trabalhadores para a sua execução, conforme tabela 4.1.
Tabela 4.1 – Residencial Ampliare – Efetivo.
	Função 
	Nº de trabalhadores.
	Engenheiro
	1
	Estagiário
	2
	Técnico de Segurança
	1
	Administrativo
	1
	Mestre de obras
	1
	Encarregado de obras
	2
	Ajudante
	9
	Pedreiro
	13
	Carpinteiro
	15
	Armador
	12
	Gesseiro
	9
	Eletricista
	10
	Encanador
	12
	Pintor
	12
	TOTAL
	100
Fonte: Residencial Ampliare.
Com um efetivo de 100 trabalhadores, e obedecendo as normas da NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho, define-se as dimensões e os componentes exigidos para o canteiro de obras:
O canteiro de obras será executado em 2 pavimentos, com a estrutura feita em madeira, utilizando pontaletes medindo 7x7cm, vigotas de 6x16cm e 6x12cm e madeirite de 14mm de espessura, utilizado principalmente nos fechamentos e assoalho.
O Vestiário é de 150m² obedecendo o mínimo de 1,50m² por funcionário e contando com um armário por trabalhador.
O Refeitório é executado com a ventilação mínima e marmiteiro suficiente para o aquecimento das refeições de todos os trabalhadores.
O Banheiro conta com parede lavável (pintura com esmalte acrílico), piso impermeável e antiderrapante, possui também, 10 chuveiros (área mínimo de 0,80m²), 5 vasos sanitários (área mínimo de 1,0m²), 5 lavatórios com torneira (distância mínima de 60cm por unidade) e mictório coletivo.
A montagem de um Ambulatório é exigida quando se trata de frentes de trabalho com mais de 50 trabalhadores, com isso, esse é mais um item presente no canteiro de obras do residencial Ampliare, como mostra a figura 4.1.
Figura 4.1: Canteiro de obras
Fonte: Residencial Ampliare
Como o a implantação da torre do residencial Ampliare ocupa grande parte do lote, o posicionamento do canteiro será na sua extremidade, local aonde será construído apenas uma faixa de desaceleração dos veículos para a entrada no empreendimento, com isso o canteiro não ira interferir no andamento da obra, como mostra figura 4.2
Figura 4.2: Locação do Canteiro de obras
Fonte: Residencial Ampliare.
5 CRONOGRAMA FISICO FINANCEIRO
	O cronograma físico-financeiro é a uma representação gráfica do plano de execução de uma obra e deve representar todas as fases de execução, partindoda mobilização, passando por todos os serviços, até a desmobilização do canteiro. É bastante vantajoso utilizar esse tipo de cronograma numa construção, pois, ele organiza de maneira temporal e financeira a obra, para que o engenheiro possa acompanhar os acontecimentos em paralelo com os custos. Com isso, o técnico tem uma visão ampla das possibilidades, tanto para a solução de problemas, como para medidas de melhoria ao longo da obra.
 A maneira de representar o cronograma físico-financeiro é importante, pois quanto mais claro ele estiver representado, mais fácil ele será interpretado e consequentemente será melhor como ferramenta para que o engenheiro atue na obra.
A produção dos cronogramas físico e financeiro de uma obra está ligada ao orçamento da obra, no qual é indispensável para a realização de projetos de engenharia. A utilização do orçamento durante a execução de uma obra é muito importante e também serve como guia para que os recursos da obra sejam utilizados da melhor maneira possível. 
O cronograma físico embora esteja relacionado ao orçamento, possui caráter gerencial, envolvendo decisões relacionadas ao tempo e ao custo dos projetos, tanto para sua elaboração como para o seu acompanhamento durante a construção, conforme mostra a figura 5.1, que representa um exemplo de cronograma físico-financeiro. (SANTANA 2012).
 
Figura 5.1: Exemplo cronograma físico financeiro
Fonte: Equipedeobra.pini.com.br
	Para a execução do cronograma físico-financeiro do residencial Ampliare, foram utilizados os dados da tabela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), disponível no site www.fde.sp.gov.br. 
	A partir do levantamento quantitativo geral da obra, executa-se o orçamento do empreendimento, expresso na tabela 5.1
Tabela 5.1 – Orçamento do empreendimento Ampliare.
	Escavação
	R$ 230.000,00
	Contenção
	R$ 70.000,00
	Fundação
	R$ 52.000,00
	Estrutura
	R$ 850.000,00
	Vedação
	R$ 78.000,00
	Instalações
	R$ 2.500.000,00
	Acabamento
	R$ 2.000.000,00
	Pintura
	R$ 650.000,00
	Paisagismo
	R$ 150.000,00
	TOTAL GERAL
	R$ 6.580.000,00
Fonte: Residencial Ampliare.
	Com o orçamento finalizado, inicia-se a montagem do cronograma físico-financeiro, baseado em um prazo estimado de entrega da obra em 18 meses (início em Janeiro de 2014 e término em Junho de 2015), ele analisa os dados do orçamento, e faz uma previsão do prazo estimado para a execução de cada serviço até a conclusão do empreendimento, conforme mostra a figura 5.2.
Figura 5.2: Cronograma físico-financeiro
Fonte: Residencial Ampliare.
6 LAJE
6.1 Introdução
	As lajes são elementos estruturais bidimensionais destinados a receber as cargas verticais do edifício e transferir para as vigas e pilares, de modo que cheguem à fundação e se dissipem no solo.
	Existem diversos tipos de laje, sendo eles: laje maciça, laje nervurada, laje alveolar e laje treliçada.
	O edifício Ampliare é executado no sistema de estrutura convencional de concreto armado, e possui lajes maciças, visando conforto e segurança, conforme exemplo da figura 6.1, que mostra a laje armada antes de sua concretagem.
Figura 6.1: Exemplo laje maciça
Fonte: www.jasmimdosacores.blogspot.com
	O dimensionamento das lajes maciças são realizados de acordo com a norma ABNT NBR 6118 que determina as condições para projeto de estruturas de concreto simples, a norma ABNT NBR 6120 que determina as condições para o calculo dos valores das cargas a serem consideradas no projeto de estrutura de edificações, e a norma ABNT NBR 8681 que determina os requisitos para a verificação da segurança das estruturas usuais da construção civil, estabelece as definições e os critérios de quantificação das ações e das resistências que devem ser consideradas no projeto das estruturas de edificações.
6.1.1 Vãos efetivos de lajes
	Pela norma ABNT NBR 6118:2003 (item 14.7.2.2) o vão efetivo é dado pela equação 6.1
Onde:
L = é o vão efetivo da laje;
Lo = é o vão livre da laje;
 
	
 
A Figura 6.2 mostra o vão livre e os parâmetros utilizados para definir o vão efetivo das lajes.
Figura 6.2: Definição vão efetivo
Fonte: “Apostila lajes maciças 2014”
Para laje em balanço, o vão efetivo é dado pela equação 6.2
Onde:
L = é o vão efetivo da laje em balanço;
Lo* = é o vão livre da laje em balanço;
 
Na prática utiliza-se o vão efetivo como sendo a distância entre os centros dos apoios respectivos, nas direções x e y, mostrado pela equação 6.3
	
E para lajes em balanço pode se usar a equação 6.4
As vigas da estrutura do Ampliare têm largura de 14cm. De forma prática, para as edificações residenciais cujas lajes tenham espessura menor que 30cm, os vãos efetivos são calculados de acordo com a equação 6.3
Para L1 onde Lox = 93cm e Loy = 484cm
Para L2 onde Lox = 456cm e Loy = 706cm
	Para L3 onde Lox = 218,5cm e Loy = 316cm
	Para L4 onde Lox = 509cm e Loy = 518cm
6.1.2 Pré-dimensionamento da altura das lajes
A altura útil d da laje pode ser estimada pela equação 6.5, expresso pela figura 6.3.
Figura 6.3: Seção transversal da laje
Fonte: “Apostila lajes maciças 2014”
O pré-dimensionamento deve respeitar as espessuras mínimas definidas na NBR6118/2003 (item 13.2.4.1), conforme tabela 6.1
	Tabela 6.1 - Altura mínima das lajes
	
	
	
	Finalidade
	Espessura mínima
	Lajes de cobertura não em balanço
	5 mm
	Lajes de piso e lajes em balanço
	7 mm
	Lajes destinadas a passagem de veículos
	12 mm
Fonte: Apostila lajes maciças
	Para o calculo da laje L2, aplica-se a equação 6.5 e define-se:
	E para a laje L1 em balanço, depois de efetuados os cálculos, foi constatado que para conseguir efetuar a compatibilização dos momentos com a L2 e dimensionar o aço através da tabela da Kalmanok, a altura mínima para conseguir entrar na tabela é de 12cm, com isso, foi adotado o mesmo valor para todas as lajes.
6.1.3 Classificação quanto as direções de armação
	As lajes podem ser armadas somente em uma direção ou nas duas direções, sendo que quando armada em uma, deve-se dimensionar uma armadura de distribuição para suportar as tensões. Considera-se o menor vão efetivo como sendo lx e o maior vão efetivo como ly, conforme figura 6.4
Figura 6.4: Vãos efetivos
Fonte: “Apostila lajes maciças 2014”
	Para verificar se a laje é armada em apenas uma direção, deve-se aplicar a equação 6.6 e verificar a relação dos vãos.
Neste caso, considera-se a laje como sendo uma viga com largura de um metro para os cálculos dos esforços, e calcula-se uma armadura de distribuição.
Já para verificar se a laje é armada em duas direções, deve-se aplicar a equação 6.7
	
Neste caso, as armações são chamadas de positivas e negativas, e calcula-se através da tabela de Kalmanok.
	Aplicando essas equações nas lajes do edifício Ampliare, determinam-se as direções das lajes L1, L2, L3 e L4.
- Laje L1: 
- Laje L2:
- Laje L3:
- Laje L4:
6.1.4 Classificação quanto as vinculações de suas bordas
	As vinculações das bordas das lajes são utilizadas para facilitar a representação das três condições de apoio simplificadas para a execução dos cálculos manuais, expressos pela figura 6.5
Figura 6.5: Vinculações
Fonte: “Apostila lajes maciças 2014”
- A borda engastada não aceita deslocamentos verticais e rotações;
- A borda apoiada não aceita deslocamentos verticais.;
- Na borda livre os deslocamentos verticais e as rotações são permitidos pela falta de apoio.
Para que duas lajes adjacentes sejam consideradas engastadas entre si, devem-se respeitar algumas condições, como:
- Possuir dimensões semelhantes;
- Quando uma laje é rebaixada em relação a outra elas devem ser consideradas
apenas apoiadas, com exceção para as lajes em balanço, conforme figura 6.6.
Figura 6.6: Laje em balanço engastada
Fonte: Filho, 2011.
- A diferença entre as espessuras deve ser menor ou igual 2cm. Quando a
diferença de espessura for maior que 2cm, considere a laje de espessura menor engastada e a de espessura maior apenas apoiada (FILHO, 2011);
- A diferença entre os momentos fletores negativos deve ser menor ou igual adois.
Caso a diferença seja maior que dois, pode se considerar que a laje que possui momento fletor menor está engastada e a de momento maior apenas apoiada. (PINHEIRO, 2010).
	Quando em um lado da laje ocorrer duas situações de vínculo: apoiado e engastado, a favor da segurança considera-se todo o lado apoiado se o engaste for inferior a 2/3 desse lado. Caso o engaste seja maior que 2/3 considera-se esse
lado totalmente engastado (BASTOS, 2005), conforme figura 6.7, e equação 6.8
Figura 6.7: Condição borda apoiada e engastada.
Fonte: “Apostila lajes maciças 2014”
Condição para laje maior engastar na menor, de acordo com a equação (6.8).
Onde:
a = Comprimento paralelo ao engaste na menor laje;
L = Comprimento paralelo ao engaste na maior laje.
Aplicando a equação 6.8 nas lajes L1, L2, L3 e L4 do edifício Ampliare, encontra-se as seguintes vinculações:
Laje L1 e L2: 
	Porem, posteriormente foi calculado os momentos fletores negativos, e conclui-se que o resultado da divisão de um pelo outro foi maior que 2, com isso, tira-se o engaste da laje L2, e apenas a laje L1 fica engastada.
Laje L2 e L3:
Laje L2 e L4:
6.1.5 Esquema estático
	O esquema estático representa as vinculações das bordas das lajes e seus engastamentos, com isso, após as análises feitas anteriormente, a figura 6.8 representa o esquema estático das lajes L1, L2, L3 e L4 do edifício Ampliare.
Figura 6.8 : Esquema estático das lajes
Fonte: Residencial Ampliare.
6.2 Carregamentos
	A determinação do carregamento das lajes pode ser obtida através das normas ABNT NBR 6118:2003, NBR 6120:1980 e NBR 8681:2003, e calculado através da equação 6.9
Onde:
p = Carregamento total da laje (kN/m2);
g = Ações permanentes;
q = Carga acidental (Sobrecarga);
Palv = Carga da alvenaria se houver.
6.2.1 Peso próprio
Peso próprio é o peso do concreto armado que representa a laje maciça, calculado através da equação 6.10
Onde:
	pp = Peso próprio da laje (kN/m2);
 = Peso específico do concreto armado (25kN/m3 segundo ABNT NBR 6120:1980);
h = Espessura da laje ou altura da laje (m).
	
	Para as lajes calculadas do edifício, aplicando a equação 6.10, foram encontrados os seguintes valores:
Laje L1 = L2 = L4 = 
6.2.2 Revestimento
	Através de cálculos relacionados a norma ABNT NBR 6120:1980, que considera forro, laje, piso e contrapiso, o que seria a forma prática de uma laje, conforme figura 6.9, pode-se adotar para o revestimento carga de 1 KN/m².
Figura 6.9: Revestimento laje
Fonte: “Apostila lajes maciças 2014”
	Obedecendo a norma, para as lajes L1, L2 e L4 do edifício Ampliare, foi adotado o valor de 1kN/m² como sendo a carga do revestimento.
6.2.3 Peso da alvenaria
	Para a determinação do peso da alvenaria, precisa primeiro determinar o posicionamento da mesma, podendo variar entre estar sobre a viga, sobre a laje armada em apenas uma direção ou sobre a laje armada em duas direções, conforme descrito abaixo:
	O peso da alvenaria sobre a viga pode ser calculado aplicando a equação 6.11.
Onde:
	ppalv = Peso total da alvenaria (kN/m);
	Ɣalv = Peso específico do material que compõe a alvenaria (kN/m³);
	ealv = Espessura total acabada da alvenaria (m);
	Halv = Altura da alvenaria (m).
	
Para laje armada em duas direções, o peso é calculado através da equação 6.12
Onde:
ppalv = Peso total da alvenaria uniformemente distribuído (kN/m2);
Palv = Peso total da alvenaria (kN);
Alaje = Área da laje (m2);
alv = Peso específico do material que compõe a alvenaria,( a ABNT NBR 6120:1980 recomenda para tijolos furados peso específico de 13 kN/m³)
ealv = Espessura total acabada da alvenaria (m);
Halv = Altura da alvenaria (m);
Lalv = Comprimento total da alvenaria sobre a laje (m);
Lx e Ly = Vãos efetivos da laje (m).
	E para laje armada em apenas uma direção, a posição da parede em relação à armadura principal influencia o cálculo dos esforços solicitantes. Então, divide-se o cálculo em dois casos:
Caso 1 = Parede paralela ao menor vão, calcula-se através da equação 6.13
Caso 2 = Parede paralela ao maior vão, calcula-se através da equação 6.14
	Para obter os valores do peso das alvenarias do residencial Ampliare, foram utilizados os seguintes parâmetros:
Laje L1 = Armada em uma direção e com alvenaria de peitoril de 1,20m de altura e 9cm de espessura paralela ao menor vão, aplicando a equação 6.13, encontra-se:
Laje L1 = Armada em uma direção e com alvenaria de peitoril de 1,20m de altura e 9cm de espessura paralela ao maior vão, aplicando a equação 6.14, encontra-se:
Obs: Esses valores serão aplicados nos cálculos dos momentos, analisando a faixa A e faixa B da laje em balanço, que considera o peso das alvenarias.
Laje L2 = Armada em duas direções, considerando alvenaria de 9cm de espessura, altura de 2,88m e comprimento total da alvenaria de 14,215m, aplicando a equação 6.11, encontra-se:
Laje L4 = Armada em duas direções, considerando alvenaria de 9cm de espessura, altura de 2,88m e comprimento total da alvenaria de 14,215m, aplicando a equação 6.11, encontra-se:
6.2.4 Sobrecarga
	Segundo a norma ABNT NBR 6120:1980 “É toda aquela que pode atuar sobre a estrutura de edificações em função do seu uso (pessoas, móveis, materiais diversos, veículos etc.)” Por exemplo:
Para edifícios residenciais (Dormitórios, sala, copa, cozinha e banheiro)
adotar sobrecarga de 1,5 kN/m2;
Para edifícios residenciais (Despensa, área de serviço e lavanderia) adotar
sobrecarga de 2,0 kN/m2;
Para terraços (com acesso ao público) adotar sobrecarga de 3,0 kN/m2
	No calculo das lajes do edifício Ampliare, foram adotados os valores:
Laje L2 = L3 = L4 = 1,5kN/m² sendo uma área destinada a suítes e banheiros.
Laje L1 = 3,0 kN/m² sendo uma área destinada a um terraço com acesso ao público.
6.2.5 Carregamento total
	Para obter o valor do carregamento total, deve-se aplicar a equação 6.9, conforme executado abaixo para as lajes L1 e L2 do edifício Ampliare:
Laje L1 = 
Laje L2 = 
Laje L3 = 3+1,5+1 = 5,5kN/m²
Laje L4 = 3+1,5+1+1,03 = 6,53 kN/m²
6.3 Dimensionamento
6.3.1 Altura útil
Para o dimensionamento da estrutura de uma obra, precisa-se primeiro definir a classe de agressividade ambiental que será adotado, no caso, analisando a região aonde se encontra o empreendimento e seus riscos, pois, a durabilidade das estruturas é dependente do concreto e da espessura de cobrimento dar armaduras.
A definição da classe ocorre analisando a figura 6.10
Figura 6.10: Classes agressividade
Fonte: NBR 6118:2003.
	O residencial Ampliare fica localizado no centro de Campinas, com isso, adota-se um ambiente Urbano, e define-se como classe de agressividade II.
Definido a classe de agressividade ambiental, encontram-se os cobrimentos necessários para a execução de uma estrutura segura, conforme figura 6.11
Figura 6.11: Cobrimento necessário.
Fonte: NBR 6228:2003.
	Feito a análise da figura, encontra-se os valor de cobrimento de 2,5cm para lajes e 3,0cm para vigas e pilares.
	Com o cobrimento das estruturas definido, calcula-se a altura útil da laje, que segundo a norma ABNT NBR 6118:2003 (item 17.4.2.2) “d é a altura útil da seção,
igual à distância da borda comprimida ao centro de gravidade da armadura de tração”, conforme figura 6.3, e calculado através da equação 6.15
Onde:
	d = Altura útil;
	h = Espessura (altura da laje);
	c = Cobrimento da armadura;
	 = Diâmetro das barras.
	Para as lajes L1 e L2, foram consideradas uma espessura de laje de 12cm, diâmetro das barras de 8mm e cobrimento nominal de 2,5cm, com isso, aplicando a equação 6.14, encontra-se:
6.3.2 Esforços solicitantes para lajes armadas em uma direção
	A definição dos esforços solicitantes para laje armada em uma direção se da início pelos momentos fletores.
Considera-se a laje como sendo uma viga com largura de um metro (Faixa de 1m) na direção do menor vão para os cálculos dos esforços solicitantes e
das flechas. As equações para o cálculo dos momentos fletores positivos e negativos são mostradas pela figura 6.12
Figura 6.12: Momentos fletores
Fonte: “Apostila lajes maciças 2014”
Apóscalcular os momentos, partimos para as reações de apoio, que podem ser obtidas para lajes maciças retangulares com carga uniforme, segundo a ABNT NBR 6118:2003 (item 14.7.6.1), de forma aproximada.
Para cada apoio considera-se a carga correspondente aos triângulos ou trapézios formado traçando-se a partir dos vértices, na planta da laje, retas inclinadas:
• de 45º entre dois apoios do mesmo tipo;
• de 60º a partir do apoio considerado engastado, se o outro for considerado simplesmente apoiado;
• 90º a partir do apoio, quando a borda vizinha for livre.
A Figura 6.13 representa essas condições de Reações de apoio.
Figura 6.13: Reações de apoio
Fonte: “Apostila lajes maciças 2014”
	E são calculadas através da equação 6.16
Onde:
	R = Reações de apoio (kN/m);
	p = Carregamento total da laje (kN/m2);
	A = Área correspondente ao lado onde será calculada a reação (m²);
	Lx e Ly = Vãos efetivos da laje (m).
6.3.3 Esforços solicitantes para lajes armadas em uma direção em balanço
	Para a determinação dos esforços solicitantes das lajes armadas em uma direção em balanço, é necessário analisar as cargas atuantes, como alvenaria, peitoril ou guarda-corpo e seus carregamento e fazer a somatória das forças no eixo Y e a somatória dos momentos, considerando resultado igual a 0.
	Com isso, é possível determinar suas reações de apoio e os momentos fletores, e posteriormente fazer a compatibilização com a laje adjacente.
6.3.4 Esforços solicitantes para lajes armadas em duas direção
	Para a determinação dos esforços solicitantes das lajes armadas em duas direções, utiliza-se o método de calculo de lajes retangulares com o uso das tabelas de Kalmanok. Esse método consiste basicamente na divisão dos vão efetivos, sendo A dividido por B e B dividido por A (Lx e Ly), e utiliza-se do menor valor para entrar na tabela e obter os dados necessários.
	A figura 6.14 representa a tabela 13 de Kalmanok, aonde encontra-se os coeficientes para o cálculo dos valores das flechas (wcp), dos momentos fletores positivos (Macp ou Mbcp), dos momentos fletores negativos (Mao ou Mbo), momentos torçores (Mo) e reações de apoio (Ra3, Rac, Rb3 ou Rbc).
Figura 6.14: Tabela 13 de Kalmanok
Fonte: “Apostila Concreto armado”
Os valores dos esforços solicitantes são obtidos através dos coeficientes obtidos na tabela, para duas situações mostradas nas equações 6.17 e 6.21.
	Quando:
	Os momentos fletores positivos e negativos são obtidos pela equação 6.18 
	E as reações de apoio são obtidas através da equação 6.19 e 6.20
	
E quando:
	Os momentos fletores positivos e negativos são obtidos pela equação 6.22
	E as reações de apoio são obtidas através da equação 6.23 e 6.24.
Onde:
	Macp ou Mbcp = Momentos fletores positivos (kN.m);
Mao ou Mbo = Momentos fletores negativos (kN.m);
Ra3, Rac, Rb3 ou Rbc = Reações de apoio (kN/m);
p = Carregamento total da laje (kN/m2);
Coeficiente = Valor retirado da tabela correspondente a cada esforço procurado;
a = Vão efetivo da laje (m);
b = Vão efetivo da laje (m)
6.3.5 Dimensionamento da laje L2 armada em duas direções
6.3.5.1 Esforços solicitantes
	Conforme descrito acima, para encontrar os esforços solicitantes para laje L2 armada em duas direções, devem-se executar as equações 6.17 e 6.21 e verificar qual está de acordo.
	Considerando o esquema estático da laje L2, entramos na tabela 13 de kalmanok conforme figura 6.15 e posteriormente executamos os cálculos dos momentos fletores e dar reações de apoio.
Figura 6.15: Tabela 13 de Kalmanok
Fonte: Apostila Concreto armado.
	Encontrado os valores, executam-se as equações 6.22, 6.23 e 6.24, para descobrir os momentos e reações da figura 6.16
Figura 6.16: Esforços solicitantes
Fonte: Residencial Ampliare.
6.3.5.2 Armadura positiva mínima para lajes
	Segundo a ABNT NBR 6118:2003, a armadura mínima positiva é calculada através das equações 6.25 e 6.26
	Para laje armada em apenas uma direção:
	E para laje armada em duas direções:
Onde:
	 = Taxas mínimas de armadura de flexão;
As,min = Armadura mínima;
Ac = Área de concreto (bw × h);
bw = Largura da laje (Adotar 100cm);
h = Altura da laje.
	Sendo que o é encontrado na figura 6.17
Figura 6.17: Tabela 
Fonte: NBR 6118:2003.
	Para o calculo das Lajes L1 e L2, foi adotado um fck de 35 Mpa e aço CA50, com isso, encontra-se um de 0,201, e aplica-se as equações 6.25 ou 6.26.
Laje L1, armada em uma direção:
Laje L2, armada em duas direções:
6.3.5.3 Cálculo das armaduras positivas
	O dimensionamento da armadura positiva para a laje L2 armada em duas direções, é executado pelo modo de tabela, figura 6.18, utilizando os valores da altura útil e do momento fletor calculados anteriormente, e aplicando na fórmula de Kc para encontrar os valor de βx, Ks e seu domínio, e posteriormente, determinar a armadura através das equações 6.27 e 6.28.
 	Laje L2 → Asx.
Valores encontrados anteriormente:
d = 8,7cm
Mbcp = Mx = 9,58kN.m = 958 kN.cm
Figura 6.18: Valores de Kc e Ks.
Fonte: Apostila Concreto armado.
	Com isso, encontra-se um valor de βx de 0,11 e Ks de 0,024, configurando o domínio 2 no dimensionamento.
	
Laje L2 → Asy
d = 8,7cm
Macp = My = 4,46kN.m = 446 kN.cm
Com isso, encontra-se um valor de βx de 0,05 e Ks de 0,023, configurando o domínio 2 no dimensionamento.
6.3.5.4 Detalhamento das armaduras positivas
	O detalhamento das armaduras positivas é fundamental para obter uma estrutura de acordo com as normas técnicas e devem obedecer alguns parâmetros, como:
- Diâmetro máximo: “Qualquer barra da armadura de flexão deve ter diâmetro máximo igual a h/8”, onde h é a altura da laje (ABNT NBR 6118:2003 item 20.1).
	- Espaçamento máximo, deve obedecer as condições abaixo e é calculado através da equação 6.29
	- Quantidade de barra no vão livre Lo, calculado através da equação 6.30
Onde:
	Lo = Vão livre;
e = Espaçamento das barras;
n = Número inteiro;
 = Fração.
Para 0 ≤ α ≤ 0,5 → número de barra = n → 0,5 ≤ β ≤1,0
Para 0,5 < < 1,0 → número de barra = n + 1 → 0 < β < 0,5
	- Comprimento da barra deve respeitar 2 parâmetros:
- O comprimento de ancoragem da barra (Lb);
- O comprimento de ancoragem mínimo Lb,min=10 × ø (f diâmetro da barra);
	Como os diâmetros das barras usadas nas lajes são pequenos, normalmente, a largura dos apoios são maiores que comprimento de ancoragem exigido.
Com isso, podem-se adotar barras corridas, ou seja, adotar o comprimento das armaduras positivas de “fora a fora” na laje, descontando apenas os cobrimentos “c”.
Detalhamento das armaduras positivas, laje L2:
Bitola e espaçamento → Asx:
	Para diâmetro de 6,3mm
Bitola e espaçamento → Asy:
	Para diâmetro de 5,0mm
Quantidade e comprimento → Asx.
Comprimento = 456 + 14 + 14 - 2,5 - 2,5 = 479cm
Quantidade e comprimento → Asy.
Comprimento = 706 + 14 + 14 - 2,5 - 2,5 = 729cm
6.3.6 Dimensionamento da laje L1 em balanço
6.3.6.1 Esforços solicitantes da laje em balanço
	Os esforços solicitantes da laje em balanço são calculados a partir dos carregamentos apresentados na figura 6.19
Figura 6.19: Carregamento balanço
Fonte: Residencial Ampliare.
	Como já foram calculados anteriormente os carregamentos totais, o peso da alvenaria paralela ao menor vão e paralela ao maior vão, pode-se fazer a análise e aplicar as equações de equilíbrio para determinar os momentos fletores e as reações de apoio.
Carregamento faixa A, considerando a soma dos carregamentos como carga distribuída e peso da alvenaria paralela ao maior vão como concentrada de 1,40kN.
	Fazendo a análise dos carregamentos, calcula-se:
	
Carregamento faixa B, considerando a soma dos carregamentos mais o peso da alvenaria paralela ao menor vão como carga distribuída e o peso da alvenaria paralela ao maior vão como concentrada de 1,40kN.
Fazendo a análise dos carregamentos, calcula-se:
6.3.6.2 Compatibilização dos momentos negativos entre as lajes
	A compatibilização dos momentos fletores negativos é fundamental para o dimensionamento da armadura necessária, é calculado através da equação 6.31 e deve ser realizada nas duas direçõesda laje.
	Compatiblização das lajes L1 e L2:
6.3.6.3 Armadura negativa mínima para lajes
	O calculo da armadura negativa mínima para lajes armadas em uma direção é executado pela equação 6.25.
	Já a armadura de distribuição, necessária nesses casos, é calculada através da equação 6.32 e sua armadura mínima também pela equação 6.25, com isso, o resultado vale para os dois casos.
	Calculo armadura mínima negativa laje L1:
	Adotar o mínimo, que é igual a 2,41cm²/m de laje.
6.3.6.4 Cálculo das armaduras negativas
	Calculo das armaduras utilizando as equação 6.27 e 6.28.
Laje L1 → Armadura FAIXA A.
d = 8,7cm
Xa = 3,92kN.m = 392 kN.cm
Com isso, encontra-se um valor de βx de 0,04 e Ks de 0,023, configurando o domínio 2 no dimensionamento.
	Armadura não atende o mínimo, adotar 2,41cm².
Laje L1 → Armadura FAIXA B.
d = 8,7cm
Xa = 6,17kN.m = 617 kN.cm
Com isso, encontra-se um valor de βx de 0,07 e Ks de 0,024, configurando o domínio 2 no dimensionamento.
	Armadura não atende o mínimo, adotar 2,41cm².
6.3.6.5 Detalhamento das armaduras negativas
	Detalhamento das armaduras utilizando as equações 6.29 e 6.30.
Detalhamento das armaduras negativas, laje L1:
Bitola e espaçamento → Faixa A:
	Para diâmetro de 6,3mm
	Como na faixa B a taxa de armadura é a mesma, é adotado os mesmos valores da faixa A.
Quantidade → Como os valores de diâmetro de barra e espaçamentos são os mesmo, a quantidade será calculada considerando o valor total do vão, 484cm.
Comprimento = 7 + 100 + 97,5 + 7 + 15 = 226,5cm
Detalhamento da armadura de distribuição, laje L1:
Bitola e espaçamento são os mesmo da armadura negativa, uma vez que a taxa de armadura é igual.
Quantidade:
Comprimento = 484 - 2,5 - 2,5 = 479cm
6.3.7 Dimensionamento da laje L4 para calculo da armadura negativa.
6.3.7.1 Esforços solicitantes
Para encontrar os esforços solicitantes para laje L4 armada em duas direções, devem-se executar as equações 6.17 e 6.21 e verificar qual está de acordo.
	
Considerando o esquema estático da laje L4, entramos na tabela 14 de kalmanok conforme figura 6.20 e posteriormente executamos os cálculos dos momentos fletores e dar reações de apoio.
Figura 6.20: Tabela 14 de Kalmanok
Fonte: Apostila Concreto armado.
	Encontrado os valores, executam-se as equações 6.22, 6.23 e 6.24, para descobrir os momentos e reações da figura 6.21
Figura 6.21: Esforços solicitantes
Fonte: Residencial Ampliare.
6.3.7.2 Compatibilização dos momentos negativos entre as lajes
	É calculado através da equação 6.31, conforme explicado anteriormente.
	Compatibilização das lajes L2 e L4:
6.3.7.3 Cálculo das armaduras negativas
	Calculo das armaduras utilizando as equação 6.27 e 6.28.
Laje L2 e L4 → Armadura negativa.
d = 8,7cm
X = 14,90kN.m = 1490 kN.cm
Com isso, encontra-se um valor de βx de 0,17 e Ks de 0,025, configurando o domínio 2 no dimensionamento.
	A taxa de armadura atende a armadura mínima calculada anteriormente, que é de 2,41cm².
6.3.7.4 Detalhamento das armaduras negativas
	Detalhamento das armaduras utilizando as equações 6.29 e 6.30.
Detalhamento das armaduras negativas entre laje L2 e L4:
Bitola e espaçamento:
	Para diâmetro de 10,0mm
	
Quantidade:
Comprimento: 131+131+7+7= 276cm
	O comprimento L é calculado a partir da equação 6.33
	Considerando os valores de L:
L menor vão L2 = 4,70m
L menor vão L4 = 5,23m
	E a norma que define o Lb:
Lb = 33 ø para fck 30Mpa
Lb = 33 x 1cm ( 10,0mm ) = 33cm
	Com isso, aplicando a equação 6.33, encontra-se o valor de L.
6.3.8 Dimensionamento da laje L3 para calculo da armadura negativa.
6.3.8.1 Esforços solicitantes
Para encontrar os esforços solicitantes para laje L3 armada em duas direções, devem-se executar as equações 6.17 e 6.21 e verificar qual está de acordo.
	Considerando o esquema estático da laje L3, entramos na tabela 14 de kalmanok conforme figura 6.22 e posteriormente executamos os cálculos dos momentos fletores e dar reações de apoio.
Figura 6.22: Tabela 14 de Kalmanok
Fonte: Apostila Concreto armado.
	Encontrado os valores, executam-se as equações 6.22, 6.23 e 6.24, para descobrir os momentos e reações da figura 6.23
Figura 6.23: Esforços solicitantes
Fonte: Residencial Ampliare.
6.3.8.2 Compatibilização dos momentos negativos entre as lajes
	É calculado através da equação 6.31, conforme explicado anteriormente.
	Compatibilização das lajes L2 e L3:
6.3.8.3 Cálculo das armaduras negativas
	Calculo das armaduras utilizando as equação 6.27 e 6.28.
Laje L2 e L3 → Armadura negativa.
d = 8,7cm
X = 1,94kN.m = 194 kN.cm
Com isso, encontra-se um valor de βx de 0,02 e Ks de 0,023, configurando o domínio 2 no dimensionamento.
	A taxa de armadura não atende a armadura mínima calculada anteriormente, que é de 2,41cm², com isso, foi adotado a mínima.
6.3.8.4 Detalhamento das armaduras negativas
	Detalhamento das armaduras utilizando as equações 6.29 e 6.30.
Detalhamento das armaduras negativas entre laje L2 e L3:
Bitola e espaçamento:
	Para diâmetro de 10,0mm
	
Quantidade:
Comprimento: 117,5+117,5+7+7= 249cm
	O comprimento L é calculado a partir da equação 6.33
	Considerando os valores de L:
L menor vão L2 = 4,70m
L menor vão L3 = 2,325m
	E a norma que define o Lb:
Lb = 33 ø para fck 30Mpa
Lb = 33 x 0,63cm ( 6,33mm ) = 20,79cm
	Com isso, aplicando a equação 6.33, encontra-se o valor de L.
6.4 Planta baixa com as armaduras encontradas
7 VIGA
7.1 Introdução
	As vigas são estruturas horizontais projetadas para suportar a cargas verticais, sejam estas pontuais ou distribuídas, resistindo a flexão e ao cisalhamento. Normalmente são responsáveis por receber as cargas das lajes e transmitir para os pilares.
	Neste capítulo serão apresentados os cálculos da armadura longitudinal, armadura de cisalhamento, flecha e fissuração da viga V1, com seção de 14cm x 40cm.
7.1.1 Vãos efetivos das vigas
	O vão efetivo das vigas é calculado através da equação 6.1 (idem ao vão efetivo da laje)
	Com isso, aplicando a equação 6.1, encontra-se:
Lo = 706cm
 
 
Sendo 348cm o primeiro trecho da viga até a seção de apoio e 390cm o segundo trecho.
7.1.2 Pré-dimensionamento da seção transversal
	
	O pré-dimensionamento é executado através da equação 7.1
Onde:
	L = Vão da viga (distância entre eixos dos pilares de apoio)
	Aplicando a equação 7.1, define-se:
	Considerando a norma NBR 6118/2003 (item 13.2.2), que define uma largura mínima de 12cm para vigas e 15cm para vigas-parede, foi adotado uma largura de 14cm, com isso, a seção da viga para o início do calculo é de 14x60cm. 
7.1.3 Vinculações 
Um vínculo é considerado qualquer condição que restringe o deslocamento de um ponto do elemento ligado ao vínculo. O deslocamento de um ponto do elemento é determinado através das componentes segundo os eixos cartesianos ortogonais. 
As translações podem ser horizontais ou verticais e a rotação ocorre em torno do eixo perpendicular ao plano considerado. 
 	 As vinculações podem ser internos, também chamados de ligações internas, ou então externos, também chamados de apoios. 
Existem 3 tipos principais de apoios para o entendimento dos esforços nas vigas, sendo eles:
Apoio Móvel: Este tipo de apoio restringe apenas uma translação, e a reação tem direção perpendicular ao plano, conforme figura 7.1
Figura 7.1: Apoio móvel
Fonte: www.cesec.ufpr.br
Apoio Fixo: Este tipo de apoio impede as duas translações no plano, e a direção da reação R é indeterminada, sendo comum a utilização de duas componentes, horizontal e vertical, conforme figura 7.2
Figura 7.2: Apoio fixo
Fonte: www.cesec.ufpr.br
Apoio engastado: Este tipo de apoio impede todos os movimentos no plano, surgindo então três reações de apoio: a vertical (V), a horizontal (H) e momento (M), como mostra a figura 7.3
Figura 7.3: Apoio engastado.
Fonte: http://www.cesec.ufpr.br
7.2 Carregamentos 
Para calcular a V1 é preciso encontrar as reações que as lajes fazem sobre a esta viga (reações já demonstradas no capítulo 6), peso próprio da viga e o peso da alvenaria, ou seja, definir seus carregamentos.

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