PAPER ESTÁGIO 1

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1Acadêmico do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail: aline_nazario@hotmail.com 
2 Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Pedagogia – Polo Tubarão/SC; E-mail: 
proftiare@gmail.com.br 
 
 
PAPER DE ESTÁGIO I – EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Autor: Aline Nazário Antunes¹ 
Tutor externo: Rejane Constantino Barreto Machado² 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Pedagogia – Estágio 
(2381) 28/06/20 
 
RESUMO 
 
A presente pesquisa tem por objetivo identificar e compreender algumas causas de 
dificuldades de aprendizagem na Educação Infantil, que está muito além da sala de 
aula, e que por mais que a escola tenha uma equipe qualificada e com todo os recursos 
didáticos, muitas crianças podem estar passando por dificuldades, por questões 
também associadas ao convívio familiar. Por isso tão relevante a visão ampla e 
inclusiva do professor e da escola nessas situações que podem surgir no decorrer do 
processo aprendizagem. Deve haver cumplicidade entre a escola, família e a criança, 
ainda mais que a aprendizagem está intimamente ligada com o meio familiar. Enfim, 
são abordados neste trabalho, questões sobre as dificuldades, e será discutido o que é, 
quais as causas e como professores, pais e escola podem estar diagnosticando, e 
interferindo de maneira positiva e eficaz. 
 
Palavras-chave: Educação Infantil; Dificuldades; Criança. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
No seguinte trabalho, será abordado alguns aspectos relacionados com as 
dificuldades de aprendizagem das crianças na educação infantil, onde o aluno está em 
fase de descobertas e aprendizado contínuo que muitas vezes é prejudicado por barreiras 
que afetam esse processo de aprendizagem. Por esta razão visamos apresentar alguns 
fatores influenciadores que prejudicam o aluno, levando em consideração todos os 
aspectos no qual a criança se insere, no meio educacional, social e familiar. Enfatizamos 
mailto:proftiare@gmail.com.br
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a importância de um olhar atento da família e de sua participação na vida escolar da 
criança, como também um olhar inclusivo de toda rede escolar. 
Este Paper está estruturado da seguinte forma: trata sobre o tema dificuldades de 
aprendizagem, o que é, quais fatores influenciadores, e como educadores e família 
podem estar auxiliando no processo de diagnóstico, intervenção e inclusão 
 
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 
 
O processo de aprendizagem se dá no sistema nervoso central e é influenciado 
por uma gama de fatores. Quando falamos em dificuldades de aprendizagem, estamos 
falando de fatores externos ao sistema nervoso da criança. Alguns fatores 
influenciadores é o ambiente escolar, se a sala é ventilada, ou é muito quente, se tem 
uma iluminação apropriada, a quantidade de crianças em uma sala, se os professores 
mostram motivação e incentivo, além do aspecto da pedagogia adotada pela escola, são 
alguns fatores que podem facilitar ou dificultar a aprendizagem da criança. Além do 
ambiente escolar, o ambiente familiar também é um fator influenciador; o convívio, o 
dia a dia, quanto os pais são presentes no processo de aprendizagem da criança, brigas, 
agressões, vícios, tudo isso pode propiciar uma piora em todo o processo. Além do 
ambiente escolar e familiar, tem os fatores ligados a criança, como dificuldades de 
visão, de audição, limitação intelectual, ansiedade, medo, baixa autoestima, por isso a 
importância de uma visão atenta a qualquer sinal de dificuldade, pois quanto antes 
começar os cuidados, mais rápidos serão o desenvolvimento e superação da criança 
Como foi exposto a cima, as dificuldades de aprendizado são ligadas a fatores externos, 
como conflitos familiares, mudanças frequentes, diferenças socioeconômicas, ou 
metodologia de ensino inapropriada. Já nos distúrbios de aprendizagem os fatores 
externos também fazem parte da defasagem, porém as causas estão no aspecto biológico 
da criança. O acompanhamento pedagógico e psicológico é essencial e recomendado 
justamente para que os dois fatores não sejam confundidos. 
A dificuldade de aprendizagem é um obstáculo muitas vezes superado com 
ajustes psicológicos, familiares e pedagógicos. Já os distúrbios de aprendizagem, estão 
ligados a um grupo de dificuldades pontuais e específicas, caracterizadas pela presença 
de uma disfunção neurológica. O aluno mostra já na educação infantil, déficits nas 
habilidades de linguagem: fala, escrita, leitura, números, neste caso, se tratando de um 
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problema orgânico. As causas mais prováveis dos distúrbios de aprendizagem incluem 
lesão cerebral, fatores hereditários, alteração no desenvolvimento cerebral, alterações 
sensoriais, diferentemente das dificuldades. E como se tratar de um problema orgânico, 
os distúrbios de aprendizagem independem da vontade da criança, da mesma forma que 
não significam incapacidade de aprender, mas uma forma diferente de assimilar as 
informações. 
Nesses dois casos a incompreensão da família, e dos educadores podem 
ocasionar consequências irremediáveis na vida da criança. Na educação infantil, as 
dificuldades de aprendizagem, podem aparecer por diversas vezes no decorrer do 
processo alfabetizador, porém é fundamental o olhar atento dos pais e dos professores, 
para a compreensão do que pode estar se passando com a criança nesse momento. É 
importante que no primeiro momento essas dificuldades sejam identificadas, para 
depois passar a ser tratada com utilização de métodos que venham diminuir essas 
dificuldades. 
O aluno com dificuldades acaba se sentindo em constante estado de tensão e 
frustação, e consequentemente, pode se tornar uma fonte de indisciplina. E aí entra; um 
dos maiores desafios do professor, que é conseguir ensinar e transmitir conhecimentos a 
todos alunos da turma, que por muitas vezes apresentam níveis de aprendizado 
diferentes, não conseguindo acompanhar o ritmo esperado da classe. Nesses casos é 
importante ter em mente que todo aluno pode aprender, mas nem sempre acontecerá da 
mesma forma e no mesmo tempo e que esse possível fracasso escolar não é só do aluno, 
uma vez que as escolas não estão preparadas para lidar com a diversidade encontrada 
entre as crianças. 
Partindo desse entendimento, é preciso que seja construído um ambiente escolar 
e familiar favorável a adaptação e facilitando e englobando desde as exigências de 
conteúdos, o reconhecimento das habilidades especificas que cada aluno traz consigo 
para o ambiente escolar, metodologias adequadas e estimulantes para diferentes 
inteligências que encontramos em sala de aula. Sobre a possível estimulação das 
inteligências, Antunes (ibidem.p106) afirma: 
 
 “[...] ao mostrar que a inteligência é estimulável, desde que se usem 
esquemas de aprendizagem eficientes e que limitações genéticas 
possam ser superadas (a história das pernas tortas de Garrincha é 
eficiente exemplo) por formas diversificadas de educação e, 
sobretudo, ao destacar que os meios para essa estimulação não 
dependem de drogas especificas e, menos ainda, de sistemas 
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escolares privilegiados, essa identificação pode fazer de qualquer 
criança uma pessoa integral e de qualquer escola um centro notável 
de múltiplas estimulações (ANTUNES, 1998, p.106)”. 
 
 
A escola como um centro de múltiplas estimulações. Este deve ser a busca 
constante dos educadores, com objetivo de desenvolver o potencial já existente em cada 
criança que chega ao ambiente escolar. Algumas atitudes podem minimizar as 
dificuldades de aprendizagem, entre elas utilizar formas diferentes de apresentar 
informações, tentar ao máximo minimizar as distrações do aluno em sala de aula, 
ensinar métodos de estudo e estratégias de aprendizagem, planejar rotinas diárias de 
estudo, fornecer aulas de reforço e monitorias, fazer com que a inclusão esteja presente 
no ambiente escolar, e por último e não menos importante manter contato e 
relacionamento com afamília. É muito importante que os professores e familiares 
conversem, troquem informações para entender melhor o que pode estar acontecendo e 
descobrir o que está influenciando no processo de aprendizagem, e o que pode ser feito 
para superar as dificuldades, pois é de suma importância esse olhar diferenciado do 
ambiente familiar, criando uma atmosfera para o fortalecimento do desenvolvimento e 
aprendizagem das crianças nesses dois ambientes socializadores e educacionais. 
Pois como diz Piaget: 
 
“[...]Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais 
leva muita coisa mais que a uma informação mútua: este intercâmbio 
acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em 
aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou 
das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, 
reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-
se a uma divisão de responsabilidades [...]” (PIAGET) 
 
 
A criança precisa de ambientes agradáveis, onde os valores são primordiais, 
quem encontrem confiança, amizade, se sintam acolhidos, respeitos e felizes tanto no 
ambiente escolar, quanto no familiar. 
 
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO 
 
Durante a realização do Estágio Virtual Obrigatório na Educação Infantil, o tema 
Dificuldades de Aprendizagem, foi bastante desafiador por se tratar de um tema um 
tanto complexo. A busca por informações acerca do tema e as soluções encontradas para 
trabalhar com as crianças que apresentem qualquer dificuldade, me chamou a atenção 
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pelas dificuldades ainda encontradas nos dias de hoje. Isto porque, hoje em dia, vemos 
muitas crianças serem rotuladas por distúrbios que muitas vezes não são o obstáculo e 
assim, um diagnóstico preciso é o primeiro passo em todo o processo. É muito 
importante que haja uma visão ampla e inclusiva da escola e da família em situações de 
dificuldades de aprendizagem. 
Esta regência aconteceu por meio de uma Trilha Pedagógica, em virtude a 
situação atual mundial de pandemia do Coronavírus. Foi sem dúvida alguma, uma nova 
experiência, deixando-me um tanto apreensiva, todavia com toda a busca de pesquisa e 
com as instruções da nossa tutora, adaptei-me e busquei fazer o meu melhor, 
percebendo que a aprendizagem por meio virtual é um desafio constante, mas com uma 
prática que bem aplicada abre um leque de possibilidades por uma maior eficiência da 
arte de ensinar. 
 
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (Considerações Finais) 
 
Considerando que o estágio ocorreu em um contexto diferente do esperado, por 
meio virtual, sem dúvidas foi uma experiência significativa na minha vida acadêmica e 
uma grande possibilidade de crescimento tanto intelectual, quanto pessoal. 
Todas as pesquisas, a elaboração dos planos de aula, o cuidado em trabalhar 
atividades de elevação de autoestima, de inclusão e respeito às diversidades. 
Mesmo com todas as adversidades encontradas durante todo o processo deste 
estágio virtual, pude perceber as grandes e maravilhosas experiências que esta profissão 
por mi escolhida pode me proporcionar, pois diferente do estágio habitual, este veio 
para romper barreiras, para nos mostrar que a educação chega sim na maioria, ou se não 
em todos os cantos do mundo, porém é preciso persistência, é preciso garra, é 
necessário um olhar político, mas não é impossível. 
A educação pode transformar pessoas e só ela pode mudar o mundo. Sigo ainda 
mais apaixonada pela arte de ensinar, e esperançosa com o futuro da educação em nosso 
país. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
ANTUNES, Celso. As inteligências múltiplas e seus estímulos. 11. ed. 
Campinas: Papirus, 1998. 
BLIN, Jean-François. Classes difíceis: ferramentas para prevenir e administrar 
os problemas escolares. Porto Alegre: Artmed, 2005 
FONTENELE. Shirley Maria da Cunha et. Al. A Contribuição do Método 
Montessoriano ao processo de Ensino-Aprendizagem na Educação Infantil. IV 
FIPED – Fórum Internacional de Pedagogia. Paraíba/PI. 
PAÍN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos Problemas de Aprendizagem. Porto 
Alegre: Artmed, 1992. 
GAGNÉ, Robert M. Princípios essenciais da aprendizagem para o ensino. 
Porto Alegre: Globo, 1980LA ROSA, Jorge; FERREIRA, Berta Weil; RIES, 
Bruno Edgar; RODRIGUES, Elaine Wainberg; ZANELLA, Liane; RAMOS, Maria 
Beatriz Jacques. Psicologia e Educação. Porto Alegre: Edipucrs, 1998. 
COELHO, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. Editora Ática, 1999. 
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: Fundamentos e métodos. 3 ed. 
São Paulo: Cortez, 2007 
GARCIA, Regina Leite. Revisando a pré-escola. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2001. 
BRASIL. Movimento pela Base. Disponível em: 
http://movimentopelabase.org.br/wp-
content/uploads/2019/06/BNCCEI_interativo_final.pdf Acesso em: 14 
junho.2020 
BRASIL. Na Escola Eduque. Disponível em: 
http://naescola.eduqa.me/desenvolvimento-infantil/desenvolvimento-da-
autonomia-e-autoconfianca-da-crianca/ Acesso em: 14 junho.2020 
BRASIL. Educação e Transformação. Disponível em: 
https://www.educacaoetransformacao.com.br/projeto-quem-sou-eu/ Acesso em 
14 junho.2020 
BRASIL. O Espaço Educar. Disponível em: 
https://oespacoeducar.com.br/2019/04/23/educacao-infantil-projeto-familia-
completo-com-material-para-download/ Acesso em: 14 junho.2020 
BRASIL. O Espaço Educar. Disponível em: 
https://oespacoeducar.com.br/2019/04/23/educacao-infantil-projeto-familia-
completo-com-material-para-download/ Acesso em: 15 junho.2020 
 
http://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2019/06/BNCCEI_interativo_final.pdf
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http://naescola.eduqa.me/desenvolvimento-infantil/desenvolvimento-da-autonomia-e-autoconfianca-da-crianca/
http://naescola.eduqa.me/desenvolvimento-infantil/desenvolvimento-da-autonomia-e-autoconfianca-da-crianca/
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https://oespacoeducar.com.br/2019/04/23/educacao-infantil-projeto-familia-completo-com-material-para-download/
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