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Válida a partir de edição ABNT NBRNORMA BRASILEIRA © ABNT 2013 ICS ISBN 978-85-07- Número de referência 47 páginas 15751 Segunda 01.07.2013 01.08.2013 Sistemas de aterramento de subestações — Requisitos Substation earthing systems — Requirements 17.220.20; 29.080.10 04314-0 ABNT NBR 15751:2013 E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservadosii ABNT NBR 15751:2013 © ABNT 2013 Todos os direitos reservados. A menos que especifi cado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfi lme, sem permissão por escrito da ABNT. ABNT Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnt@abnt.org.br www.abnt.org.br E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados iii ABNT NBR 15751:2013 Sumário Página Prefácio ...............................................................................................................................................iv 1 Escopo ................................................................................................................................1 2 Referências normativas .....................................................................................................1 3 Termos e defi nições ...........................................................................................................1 4 Modelagem do solo ............................................................................................................4 5 Estabelecimento de uma geometria básica de malha ....................................................4 5.1 Cálculo preliminar da resistência de aterramento ..........................................................5 6 Dimensionamento do condutor da malha ........................................................................6 6.1 Dimensionamento mecânico .............................................................................................6 6.2 Dimensionamento térmico ................................................................................................6 6.2.1 Formulação .........................................................................................................................6 6.2.2 Conexões ............................................................................................................................7 6.2.3 Condutores .........................................................................................................................8 6.2.4 Constantes do material ......................................................................................................8 7 Cálculo das tensões permissíveis ....................................................................................8 7.1 Corrente de choque de longa duração (Ichld) ..................................................................9 7.2 Corrente de choque de curta duração (Ichcd) ..................................................................9 7.3 Tensão de passo ..............................................................................................................10 7.4 Tensão de toque ...............................................................................................................11 8 Cálculo da corrente de malha .........................................................................................13 8.1 Cálculo da corrente de malha simétrica efi caz .............................................................15 8.2 Corrente de falta If ............................................................................................................18 8.3 Prescrições para o cálculo da corrente de malha .........................................................18 8.4 Fator de decremento Df ...................................................................................................18 8.5 Fator de projeção Cp ........................................................................................................19 8.6 Cálculo fi nal da corrente de malha .................................................................................19 8.7 Fator de distribuição Sf ....................................................................................................19 8.8 Relação entre corrente de malha e corrente de falta ....................................................20 8.9 Condição de segurança em expansões do sistema elétrico .......................................20 9 Cálculo de potenciais no solo .........................................................................................20 10 Recomendações gerais ...................................................................................................20 10.1 Aterramento ......................................................................................................................20 10.2 Condutores da malha .......................................................................................................21 10.3 Aterramento de cercas metálicas ...................................................................................21 10.4 Aterramento de equipamentos .......................................................................................23 10.4.1 Aterramento de pára-raios sobre suportes e de disjuntores de corpo único ............23 10.4.2 Aterramento de pára-raios sobre vigas .........................................................................24 10.4.3 Aterramento de transformadores de potencial indutivo ..............................................24 10.4.4 Aterramento de transformadores de potencial capacitivo ...........................................26 10.4.5 Aterramento de transformadores de corrente ...............................................................27 10.4.6 Aterramento de isoladores de pedestal .........................................................................28 E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservadosiv ABNT NBR 15751:2013 10.4.7 Aterramento de chaves seccionadoras..........................................................................29 10.4.8 Aterramento de disjuntores com pólos separados ......................................................30 10.4.9 Aterramento de transformadores de potência monofásicos ou banco de monofásicos ................................................................................................................31 10.4.10 Aterramento de transformadores de potência trifásicos .............................................32 10.4.11 Aterramento de reatores de potência .............................................................................33 10.4.12 Aterramento de transformadores de serviços auxiliares .............................................33 10.4.13 Aterramento de bancos de capacitores .........................................................................34 10.4.14 Aterramento de postes de iluminação ...........................................................................35 10.4.15 Aterramento de luminárias e projetores instalados em colunas de concreto ou metálicas ......................................................................................................................35 10.4.16 Aterramento de tomadas de força e telefônicas do pátio da subestação ..................36 10.4.17 Aterramento de torres de telecomunicação ..................................................................3610.4.18 Aterramento de ferragens de cadeias de isoladores ....................................................36 10.4.19 Aterramento de cabos e hastes pára-raios ....................................................................36 10.4.20 Aterramento de blindagens de cabos isolados .............................................................36 10.4.21 Aterramento das canaletas e eletrodutos de pátio de subestação .............................37 10.4.22 Aterramento de caixas de passagem .............................................................................37 10.4.23 Aterramento de circuitos segregados por função ........................................................37 10.4.24 Anel de amortecimento ou eletrodo de terra de blindagem .........................................38 10.4.25 Aterramento dos equipamentos eletrônicos no interior da casa de comando ..........38 10.4.26 Aterramento de painéis de serviços auxiliares c.a. ......................................................38 10.4.27 Aterramento de painéis de serviços auxiliares c.c. ......................................................38 10.4.28 Aterramento de retifi cadores ..........................................................................................38 10.4.29 Aterramento de banco de baterias .................................................................................38 10.4.30 Tomadas de força no interior das edifi cações, geradores, leitos de cabos, esquadrias, portas e janelas ...........................................................................................39 10.5 Transferência de potencial ..............................................................................................39 Anexos Anexo A (informativo) Cálculo da resistividade aparente do solo .................................................40 Anexo B (informativo) Metodologia para cálculo simplifi cado de potenciais no solo .................42 B.1 Cálculo das tensões de toque (metodologia simplifi cada para malhas reticuladas retangulares) .................................................................................................42 B.1.1 Tensão de toque para correntes de curta duração .......................................................43 B.1.2 Tensão de toque para correntes de longa duração ......................................................43 B.2 Cálculo das tensões de passo (metodologia simplifi cada para malhas reticuladas retangulares) .................................................................................................44 B.2.1 Determinação da tensão de passo máxima ...................................................................44 B.2.2 Determinação da diferença de potencial entre dois pontos quaisquer na superfície do solo .......................................................................................................44 Anexo C (informativo) Outras metodologias para cálculo de potenciais ......................................47 E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados v ABNT NBR 15751:2013 Figuras Figura 1 – Defeito com religamento ...................................................................................................9 Figura 2 – Conceito de tensão de passo .........................................................................................10 Figura 3 – Conceito de tensão de toque .........................................................................................11 Figura 4 – Resistividade do recobrimento da camada superfi cial ...............................................12 Figura 5 – Determinação gráfi ca do fator de redução C ................................................................13 Figura 6 – Principais elementos físicos a serem considerados em cálculos e simulações para o dimensionamento de uma malha de terra ..........................................................13 Figura 7 – Sistema de potência típico em condição de falta para a terra ....................................15 Figura 8 – Modelo completo de um vão de linha de transmissão ou rede de distribuição ........16 Figura 9 – Circuito elétrico para cálculo da corrente de malha considerando o sistema de potência da Figura 7b .................................................................................................17 Figura 10 – Circuito do Zeq da Figura 9 ...........................................................................................17 Figura 11 – Aterramento de cercas metálicas situadas no interior do plano da malha de aterramento .................................................................................................................21 Figura 12 – Aterramento de cercas metálicas situadas no exterior do plano da malha de aterramento .................................................................................................................22 Figura 13 – Níveis de potencial que podem aparecer na malha e nas massas metálicas a ela conectadas ...............................................................................................................22 Figura 14 – Aterramento de equipamentos sobre suportes..........................................................23 Figura 15 – Aterramento de pára-raios sobre vigas .......................................................................24 Figura 16 – Aterramento de transformadores de potencial ..........................................................25 Figura 17 – Aterramento de transformadores de potencial – Detalhe para terminais isolados da carcaça dos equipamentos ........................................................................................26 Figura 18 – Aterramento de transformadores de potencial capacitivo ........................................27 Figura 19 – Aterramento de transformadores de corrente ............................................................28 Figura 20 – Aterramento de isoladores de pedestal ......................................................................29 Figura 21 – Aterramento de chaves seccionadoras .......................................................................30 Figura 22 – Aterramento de disjuntores com pólos separados ....................................................31 Figura 23 – Aterramento de transformadores de potência monofásicos ou banco de monofásicos ................................................................................................................32 Figura 24 – Aterramento de transformadores de potência trifásicos ..........................................33 Figura 25 – Aterramento de transformadores de serviços auxiliares ..........................................34 Figura 26 – Bancos de capacitores aterrados ................................................................................35 Figura A.1 – Resistividade aparente para um solo estratifi cado em duas camadas ..................41 Figura B.1 – Determinação da diferença de potencial entre dois pontos quaisquer na superfície do solo que estejam localizados a distâncias inferiores a 1,5 vez do raio equivalente da malha ..........................................................................................45 Figura B.2 – Determinação da diferença de potencial entre dois pontos quaisquer na superfície do solo que estejam localizados a distâncias superiores a 1,5 vez do raio equivalente da malha ..........................................................................................46 E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservadosvi ABNT NBR 15751:2013 Tabelas Tabela 1 – Valores dos parâmetros para os tipos de condutores mais utilizados em malhas de aterramentos..............................................................................................7 Tabela 2 – Tipos de conexões e seus limites máximos de temperatura ........................................7 Tabela 3 – Constantes Kf ....................................................................................................................8 Tabela 4 – Limites de corrente elétrica suportados pelos seres humanos ...................................9 Tabela 5 – Resistividade do material de recobrimento (ρs) ...........................................................12 Tabela 6 – Fator devido à assimetria da corrente de falta .............................................................19 E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados vii ABNT NBR 15751:2013 Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada responsável pela identifi cação de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 15751 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de Estudo de Segurança no Aterramento de Subestações c.a (CE-03:102.01). O seu 1º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 10, de 08.10.2008 a 08.12.2008, com o número de Projeto 03:102.01-007. O seu 2º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 04, de 09.04.2009 a 08.05.2009, com o número de 2º Projeto 03:102.01-007. O seu Projeto de Emenda 1 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 01, de 14.01.2013 a 14.03.2013, com o número de Projeto de Emenda 1 ABNT NBR 15751. Esta segunda edição incorpora a Emenda 1 de 01.07.2013 e cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 15751:2009). O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte: Scope This Standard specifi es the requirements for the design and calculation of earthing systems for electrical substations over 1 kV, when such systems are subject to industrial frequency faults. This Standard also establishes the safety conditions for people and installations inside and outside the substation. Conformity to this standard does not exempt from compliance with other complementary standards applicable to specifi c installations and facilities. NOTE Examples of standards complementary to this standard are ABNT NBR 13534, ABNT NBR 13570 and ABNT NBR 5418. E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15751:2013 © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 1 Sistemas de aterramento de subestações — Requisitos 1 Escopo Esta Norma especifi ca os requisitos para dimensionamento do sistema de aterramento de subestações de energia elétrica, acima de 1 kV, quando sujeitos a solicitações em freqüência industrial. Esta Norma estabelece também as condições de segurança para pessoas e instalações dentro e fora dos limites da subestação. A aplicação desta Norma não dispensa o atendimento a outras normas complementares, aplicáveis a instalações e locais específi cos. NOTA São exemplos de normas complementares a esta Norma as ABNT NBR 13534, ABNT NBR 13570 e ABNT NBR 5418. 2 Referências normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5456, Eletricidade geral ABNT NBR 5460, Sistemas elétricos de potência ABNT NBR 7117, Medição da resistividade do solo pelo método dos quatro pontos (Wenner) ABNT NBR 15749, Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfíc ie do solo em sistemas de aterramento IEC 60479-1, Effects of current on human beings and livestock – Part 1: General aspects 3 Termos e defi nições Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e defi nições das ABNT NBR 5456 e ABNT NBR 5460,e os seguintes. 3.1 aterramento ligação intencional de parte eletricamente condutiva à terra, através de um condutor elétrico 3.2 circuito terra circuito elétrico formado pelos componentes responsáveis pelo escoamento da corrente de falta fase-terra (ou de uma fração dela) para o solo 3.3 condutor de aterramento condutor ou elemento metálico que faz a ligação elétrica entre uma parte de uma instalação que deve ser aterrada e o eletrodo de aterramento E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados2 ABNT NBR 15751:2013 3.4 corrente de falta corrente que fl ui de um condutor para outro e/ou para a terra, no caso de uma falta e no local desta. No texto, a corrente de falta é a corrente de curto-circuito assimétrica fase-terra 3.5 corrente de interferência (no processo de medição de resistência de aterramento e de resistividade do solo) qualquer corrente estranha ao processo de medição, capaz de infl uenciar seus resultados 3.6 corrente de malha de longa duração Imid corrente que percorre a malha de terra por um tempo superior a 3 s, podendo causar tensões de passo e toque perigosas aos seres vivos que circulem na região da malha e arredores. Esta corrente em geral é devida ao sistema MRT (monofásico com retorno pela terra), redes de distribuição trifásicas com cargas monofásicas entre fase e neutro, transformadores com primário em estrela aterrada e outras confi gurações 3.7 corrente de malha parcela da corrente de falta dissipada pela malha de aterramento para o solo 3.8 eletrodo de aterramento elemento ou conjunto de elementos do sistema de aterramento que assegura o contato elétrico com o solo e dispersa a corrente de defeito, de retorno ou de descarga atmosférica na terra 3.9 eletrodo natural de aterramento elemento condutor ligado diretamente à terra, cuja fi nalidade original não é de aterramento, mas que se comporta naturalmente como um eletrodo de aterramento 3.10 falta (elétrica) contato ou arco acidental entre partes sob potenciais diferentes e/ou de uma ou mais dessas partes para a terra, num sistema ou equipamento elétrico energizado 3.11 haste de aterramento eletrodo de aterramento constituído por uma haste rígida cravada no solo 3.12 malha de aterramento conjunto de condutores nus interligados e enterrados no solo 3.13 potenciais perigosos potenciais que podem provocar danos quando aplicados ao elemento tomado como referência 3.14 potencial transferido valor do potencial transferido para um ponto remoto de um dado sistema de aterramento E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitosreservados 3 ABNT NBR 15751:2013 3.15 resistência de aterramento (de um eletrodo) relação da tensão medida entre o eletrodo e o terra remoto e a corrente injetada no eletrodo 3.16 resistividade aparente do solo para um dado espaçamento valor da resistividade resultante da avaliação das condições locais e do tratamento estatístico dos resultados de diversas medições de resistividade do solo para aquele espaçamento, efetuadas numa determinada área ou local, e que possa ser considerado como representativo das características elétricas do solo 3.17 resistividade aparente do solo resistividade vista por um sistema de aterramento qualquer, em um solo com característica de resistividade homogênea ou estratifi cado em camadas, cujo valor é utilizado para o cálculo da resistência de aterramento desse sistema 3.18 resistividade elétrica do solo resistência entre faces opostas do volume de solo, consistindo em um cubo homogêneo e isótropo, cuja aresta mede uma unidade de comprimento 3.19 sistema aterrado sistema ou parte de um sistema elétrico cujo neutro é permanentemente ligado à terra 3.20 sistema de aterramento conjunto de todos os eletrodos e condutores de aterramento, interligados ou não, assim como partes metálicas que atuam direta ou indiretamente com a função de aterramento, tais como: cabos pára-raios, torres e pórticos; armaduras de edifi cações; capas metálicas de cabos, tubulações e outros 3.21 sistema diretamente aterrado sistema aterrado sem interposição intencional de uma impedância 3.22 subestação parte de um sistema de potência, concentrada em um dado local, com os respectivos dispositivos de manobra, controle e proteção, incluindo as obras civis e estruturas de montagem, podendo incluir também transformadores, equipamentos conversores e/ou outros equipamentos 3.23 tensão de passo diferença de potencial entre dois pontos da superfície do solo separados pela distância de um passo de uma pessoa, considerada igual a 1,0 m 3.24 tensão de toque diferença de potencial entre um objeto metálico aterrado ou não e um ponto da superfície do solo separado por uma distância horizontal equivalente ao alcance normal do braço de uma pessoa; essa distância é convencionada igual a 1,0 m E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados4 ABNT NBR 15751:2013 3.25 tensão máxima do sistema de aterramento tensão máxima que um sistema de aterramento pode atingir relativamente ao terra de referência, quando houver ocorrência de injeção de corrente de defeito, de retorno ou de descarga atmosférica para o solo 3.26 terra de referência região do solo sufi cientemente afastada da zona de infl uência de um eletrodo ou sistema de aterramento, tal que a diferença de potencial entre dois quaisquer de seus pontos, devido à corrente que circula pelo eletrodo para a terra, seja desprezível. É uma superfície praticamente eqüipotencial que se considera como zero para referência de tensões elétricas 3.27 terra massa condutora de terra; sistema de aterramento ao qual são ligadas as partes metálicas do equipamento ou da instalação que, normalmente, não fi cam sob tensão 4 Modelagem do solo A determinação do modelo do solo de uma determinada região exige a realização de medições de curvas de resistividade aparente para diversos pontos. As medições devem ser feitas num período seco e, se possível, com o local já terraplenado e compactado. Os dados obtidos com estas medições devem ser convenientemente analisados, tendo em vista a eliminação de valores considerados atípicos, resultantes da infl uência de interferências locais, tais como rochas ou condutores enterrados no solo, não representativos, portanto, do solo local. 5 Estabelecimento de uma geometria básica de malha O projeto do sistema de aterramento de uma subestação é realizado para a condição de falta para a terra e envolve o dimensionamento do condutor da malha, para suportar os esforços térmicos decorrentes da circulação de correntes de curto-circuito, e o estabelecimento de uma geometria de malha adequada para o controle dos potenciais de passo e toque, causados pelo processo de dissipação da malha para o solo de parte ou de toda a corrente de falta. A etapa inicial do dimensionamento de uma malha de aterramento consiste na seleção de uma geometria básica, que deve considerar a delimitação da área da SE a ser abrangida pela malha e o arranjo inicial dos condutores. A área a ser abrangida pela malha deve incluir no mínimo o pátio da SE. Uma vez escolhida a área a ser abrangida pela malha, cumpre determinar uma confi guração inicial para o lançamento dos eletrodos que a constituirão. O critério de defi nição da geometria inicial da malha deve levar em consideração a distribuição dos equipamentos e edifi cações existentes no interior da área em questão, bem como o modelo de solo (já previamente determinado). Entre as características de geometria básica de uma malha de aterramento de subestação cabe citar o seguinte: — profundidade de enterramento mínima de 0,5 m, recomendado por razões mecânicas, sendo admitida uma profundidade mínima de 0,25 m em áreas de piso concretado ou devido a um substrato rochoso muito superfi cial; E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 5 ABNT NBR 15751:2013 — condutor periférico no entorno das edifi cações. NOTA No caso particular de instalações onde a SE é apenas um elemento em um conjunto bem mais amplo, que pode inclusive incluir outras subestações, áreas de processo etc., pode ser necessária a elaboração de algumas alternativas de sistemas de aterramento, integrados ou não, tendo em vista a minimização dos valores de elevação e de transferência de potencial entre as diversas instalações componentes do complexo. 5.1 Cálculo preliminar da resistência de aterramento É recomendável calcular de forma aproximada a resistência de aterramento da malha, antes da geometria defi nitiva, o que é possível pela consideração inicial de que a resistência de aterramento é função da área ocupada pela malha de aterramento e da resistividade do solo. Esta relação é expressa pela equação: R r = ρa 4 [1] onde R é a resistência de aterramento, expressa em ohms (Ω); ρa é a resistividade aparente do solo, expressa em ohm × metro (Ω × m). Para o cálculo da resistividade aparente, consultar o Anexo A; r é o raio do círculo equivalente à área do sistema de aterramento constituído pelos eletrodos horizontais, expresso em metros (m). A partir da geometria inicial da malha, o comprimento aproximado dos condutores a serem enterrados pode ser obtido pelo somatório das extensões dos eletrodos horizontais lançados, permitindo que a resistência de aterramento seja calculada pelas equações a seguir: a) para as malhas enterradas a uma profundidade de até 0,25 m: R r L = +ρ ρa a t4 [2] b) para as malhas enterradas numa profundidade compreendida entre 0,25 m e 2,5 m: R L A H A = ⎛ ⎝⎜ ⎞ ⎠⎟ + × ⎛ ⎝⎜ ⎞ ⎠⎟ × + + ⎛ ⎝ ⎜ ⎜ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟ ⎟ ⎟ ⎡ ⎣ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎤ ⎦ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎧ ρa t 1 1 20 1 1 1 20 ⎨⎨ ⎪⎪ ⎩ ⎪ ⎪ ⎫ ⎬ ⎪⎪ ⎭ ⎪ ⎪ [3] onde Lt é o comprimento total de condutores enterrados, expresso em metros (m); H é a profundidade da malha, expressa em metros (m); A é a área ocupada pela malha, expressa em metros quadrados (m2). As equações [1], [2] e [3] são conservativas no caso de malhas contendo hastes verticais. E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados6 ABNT NBR 15751:2013 6 Dimensionamentodo condutor da malha O condutor da malha de terra é dimensionado considerando as solicitações mecânicas e térmicas devidas às correntes elétricas que ele possa suportar. 6.1 Dimensionamento mecânico Considerando a necessidade de suportar esforços mecânicos e eletromagnéticos, tem-se as seguintes bitolas mínimas dos condutores: — cobre – 50 mm2; — aço (protegido contra corrosão de acordo com normas aplicáveis) – 38 mm2 (5/16”). 6.2 Dimensionamento térmico 6.2.1 Formulação O condutor deve ter uma seção (S) capaz de suportar a circulação de uma corrente máxima (If) durante um tempo (t) em que a temperatura se eleve acima de um valor-limite suportável (Tm), considerando uma temperatura ambiente (Ta) e que toda energia térmica fi ca retida no condutor devido a pequena duração da corrente de curto. A equação de Onderdonk, que permite o cálculo desta seção, é dada por: S I t TCAP k T k T = × × × × +( ) +( ) f r t m a ln α ρ 104 0 0 [4] onde S é a seção, expressa em milímetros quadrados (mm2); If é a corrente de falta fase-terra, expressa em quiloampères (kA); t é o tempo, expresso em segundos (s); αr é o coefi ciente térmico de resistividade do condutor a t °C (°C–1); ρt é a resistividade do condutor de aterramento a t °C, expressa em ohm × centímetro (Ω × cm); TCAP é o fator de capacidade térmica, em joule por centímetro cúbico vezes graus Celsius [J/(cm3 × °C)]; Tm é a temperatura máxima suportável, expressa em graus Celsius (°C), conforme Tabela 1; Ta é a temperatura ambiente, expressa em graus Celsius (°C); k0 = 1/α0 ou (1/αr) – Tr ; k0 é o coefi ciente térmico de resistividade do condutor a 0 °C; Tr é a temperatura de referência das constantes do material, em graus Celsius (°C). E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 7 ABNT NBR 15751:2013 A Tabela 1 apresenta os valores dos parâmetros acima para os tipos de condutores mais utilizados em malhas de aterramento. Tabela 1 – Valores dos parâmetros para os tipos de condutores mais utilizados em malhas de aterramentos Tipo do condutor Condutância Coefi ciente térmico de resistividade Temperatura de fusão a Resistividade TCAP % α0 (0 °C) αr (20 °C) (°C) ρr(20 °C) [J/(cm3 × °C)] Cobre (macio) 100,0 0,004 27 0,003 93 1 083 1,724 3,422 Cobre (duro) 97,0 0,004 13 0,003 81 1 084 1,777 3,422 Aço cobreado 40 % 40,0 0,004 08 0,003 78 1 084 4,397 3,846 Aço cobreado 30 % 30,0 0,004 08 0,003 78 1 084 5,862 3,846 Haste de aço cobreado a 20,0 0,004 08 0,003 78 1 084 8,62 3,846 Fio de alumínio 61,0 0,004 39 0,004 03 657 2,862 2,556 Liga de alumínio 5005 53,5 0,003 80 0,003 53 660 3,222 2,598 Liga de alumínio 6201 52,5 0,003 73 0,003 47 660 3,284 2,598 Aço-alumínio 20,3 0,003 88 0,003 60 660 8,480 2,670 Aço 1020 10,8 0,001 65 0,001 60 1 510 15,90 3,28 Haste de aço b 9,8 0,001 65 0,001 60 1 400 17,50 4,44 Aço zincado 8,5 0,003 41 0,003 20 419 20,1 3,931 Aço inoxidável 304 2,4 0,001 34 0,001 30 1 400 72,0 4,032 a Aço cobreado baseado em uma espessura de 254 μm de cobre. b Aço inoxidável baseado em 508 μm nº 304 de espessura sobre o aço 1020. 6.2.2 Conexões O valor de Tm é função do tipo de conexão a ser utilizada conforme Tabela 2. Os valores de Kf para as conexões de aterramento mais utilizadas estão listados na Tabela 3. Assim, a equação [4] pode ser simplifi cada para: S I K t= × ×f f [5] onde Kf é a constante para materiais considerando temperatura ambiente (Ta) de 40 °C Tabela 2 – Tipos de conexões e seus limites máximos de temperatura Conexão Tm °C Mecânica (aparafusada ou por pressão) 250 Emenda tipo solda oxiacetilênica 450 Emenda com solda exotérmica 850 a Emenda à compressão 850 b a Solda exotérmica, conhecida como aluminotermia, cuja conexão é feita através da fusão obtida pela ignição e combustão de uma formulação em um molde. b Obtida por meio de conectores com compressão por ferramenta hidráulica. E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados8 ABNT NBR 15751:2013 6.2.3 Condutores A equação para o dimensionamento dos condutores contempla a corrente de curto-circuito plena (If). Esta corrente circulará pelo condutor de aterramento (rabicho) no ponto de ocorrência do curto e se subdividirá na malha proporcionalmente às resistências equivalentes no ponto de injeção da corrente. Isto leva à possibilidade de utilização de condutores de malha, dimensionados para correntes inferiores à corrente de curto plena. 6.2.4 Constantes do material Onde a temperatura de fusão da conexão for inferior à temperatura de fusão do condutor, deve-se utilizar a temperatura da conexão no cálculo da constante Kf. A Tabela 3 exemplifi ca o Kf para o cobre, considerando o limite de fusão da conexão. Caso a seção do condutor calculada pela equação [5] resulte em um valor inferior ao estabelecido em 6.1, deve ser utilizada a seção mínima estabelecida. Tabela 3 – Constantes Kf Conexão Kf Mecânica (aparafusada ou por pressão) 5,8 Emenda tipo sola oxiacetilênica 4,7 Emenda com solda exotérmica 3,8 Emenda a compressãoa 3,8 a Obtida por meio de conectores com compressão por ferramenta hidráulica. 7 Cálculo das tensões permissíveis Para um sistema de aterramento ser considerado seguro para qualquer condição de defeito, é necessário estabelecer os valores máximos permissíveis para as tensões de passo e toque. Os potenciais toleráveis de passo e de toque são estabelecidos em função do tempo de eliminação do defeito (t) e da resistividade da camada superfi cial do solo. Deve ser verifi cada a necessidade do estabelecimento de níveis de suportabilidade diferenciados para diversas áreas no interior e na periferia das instalações, face à existência de diferentes tipos de cobertura do solo (natural, brita, concreto, asfalto etc.). O tempo t deve ser escolhido de forma conservativa, de acordo com a fi losofi a de proteção adotada e com as características dos equipamentos de proteção utilizados. Devem ser considerados dois casos: a) defeitos com duração determinada pelo sistema de proteção; a corrente permissível pelo corpo humano (Ichcd) é dada pela equação [6] de 7.2; b) defeitos de longa duração que não sensibilizam os dispositivos de proteção; a corrente permissível pelo corpo humano (Ichld) é dada pela Tabela 4. E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 9 ABNT NBR 15751:2013 7.1 Corrente de choque de longa duração (Ichld) É a corrente de choque provocada por uma tensão de toque ou passo devido a uma corrente de defeito de longa duração. A corrente de choque de longa duração permissível é o máximo valor de corrente que circula pelo corpo sem provocar fi brilação. Os valores máximos de corrente de choque de longa duração são dados pela Tabela 4. Tabela 4 – Limites de corrente elétrica suportados pelos seres humanos Corrente limite de largar de longa duração (Ichld) Porcentagem da população que suporta Homens Mulheres 99,5% 9 mA 6 mA 50% 16 mA 10,6 mA 7.2 Corrente de choque de curta duração (Ichcd) É a corrente máxima de não fi brilação (para 99,5 % das pessoas de 50 kg) no intervalo de tempo 0,03 s ≤ t ≤ 3 s: I t chcd A= ( ) 0 116, [6] O valor de t, que é a duração do choque, é estabelecido pelo tempo máximo de eliminação da falta baseado no dispositivo de proteção. Havendo religamento automático, com um intervalo de tempo menor ou igual a 0,5 s, o tempo a ser considerado deve ser igual à soma dos tempos da falta inicial e das faltas subseqüentes. in im i t1 tr t2 tr t3t Figura 1 – Defeito com religamento E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados10 ABNT NBR 15751:2013 Efeito do religamento no tempo utilizado para cálculo das tensões de passo e toque: — se tr ≤ 0,5 s, então tm = t1 + t2 + t3 — se tr > 0,5 s, então tm = máx (t1, t2, t3) 7.3 Tensão de passo A Figura 2 apresenta a situação de uma pessoa sob tensão de passo, bem como um circuito equivalente correspondente aos parâmetros resistivos envolvidos. Ep Ichld ou Ichcd Ep Rmp Rch Rp Rp Ichld ou Ichcd Figura 2 – Conceito de tensão de passo A máxima tensão de passo permissível pelo corpo humano é dada pela equação: Ep = ⎣Rch + 2(Rp Rmp)⎦ × Ichcd (V) [7] onde Rch é a resistência do corpo humano, adotada como sendo 1 000 Ω, expressa em ohms (Ω); Rp é a resistência própria de cada pé com relação ao terra remoto, expressa em ohms (Ω); Rmp é a resistência mútua entre dois pés, expressa em ohms (Ω); Ichcd é a máxima corrente de curta duração admissível pelo corpo humano, expressa em ampères (A). As resistências própria e mútua dos pés são dadas por: R b Cp s4 = ⎛⎝⎜ ⎞ ⎠⎟ × ( ) ρ Ω [8] R Rmp s p2 = × × ⎛ ⎝⎜ ⎞ ⎠⎟ ( )ρ π Ω [9] onde Rmp é a resistência mútua entre dois pés, expressa em ohms (Ω); E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 11 ABNT NBR 15751:2013 b é igual a 0,083 m (raio do disco metálico – modelo estabelecido para o pé humano); dp é a distância entre os dois pés (1 m); ρs é a resistividade do recobrimento da superfície do solo (Ω × m), conforme Tabela 5; Caso não haja recobrimento, utilizar resistividade da camada superfi cial do solo. C é o fator de redução que depende da espessura da camada de recobrimento (equação 13). Considerando Rmp desprezível quando comparada a Rp, tem-se: Ep = (Rch + 6 × ρs × C)Ichcd (V) [10] 7.4 Tensão de toque A Figura 3 apresenta a situação de uma pessoa sob tensão de toque, bem como o circuito equivalente correspondente às resistências envolvidas. Ichld ou Ichcd Et Rmp Rch Rp Ichld ou Ichcd C om po ne nt e E ne rg iz ad o Rp C om po ne nt e E ne rg iz ad o p Figura 3 – Conceito de tensão de toque A máxima tensão de toque permissível pelo corpo humano é dada por: — curta duração: E R R R Itcd ch p mp chcd V= + +( ) × ( ) 2 E R C Itcd ch s chcd V= + × ×( ) × ( )15, ρ [11] — longa duração: E R R R Itld ch p mp chld V= + +( ) × ( ) 2 [12] E R C Itld ch s chld V= + × ×( ) × ( )15, ρ E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados12 ABNT NBR 15751:2013 Tabela 5 – Resistividade do material de recobrimento (ρs) Material Resistividade Ω × m seco molhado Brita nº 1, 2 ou 3 3 000 Concreto 1 200 a 280 000 21 a 100 Asfalto 2 × 106 a 30 × 106 10 × 103 a 6 × 106 O fator de redução C é calculado pela equação: C k n hn = + × + × ×⎛⎝⎜ ⎞ ⎠⎟ ⎡ ⎣ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎤ ⎦ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ − ∞ ∑10,96 1 2 1 2 0,08 n s 21 [13] ou simplifi cada C a h a ≅ − × − × + ⎡ ⎣ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎤ ⎦ ⎥ ⎥ ⎥ ⎥ 1 1 2 1 s s ρ ρ [14] onde a é igual a 0,106 m K = − + ρ ρ ρ ρ 1 s 1 s [15] Ω × m Ω × m hs 1 sρ ρ Legenda ρ1 é a resistividade da 1a camada (Ω × m) ρs é a resistividade do recobrimento da camada superfi cial (em Ω × m), conforme Tabela 5 hs é a espessura da camada de revestimento superfi cial (m) Figura 4 – Resistividade do recobrimento da camada superfi cial E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 13 ABNT NBR 15751:2013 O fator C pode ser determinado grafi camente a partir da Figura 5. 1,20 1,10 1,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 hs c k = 0,0 k = 0,1 k = 0,2 k = 0,3 k = 0,4 k = 0,5 k = 0,6 k = 0,7 Figura 5 – Determinação gráfi ca do fator de redução C 8 Cálculo da corrente de malha O sistema de aterramento de uma subestação é típicamente constituído pela sua malha de aterramento e por todos os elementos metálicos a ela conectados, tais como cabos pára-raios, aterramentos de torres e postes de linhas de transmissão e subtransmissão, blindagem de cabos de energia, neutro multiaterrado de linhas de distribuição e malhas de aterramento de subestações vizinhas (ver Figura 6). neutro Fases Pára-raios Acoplamento das fases com o neutro Neutro Multiaterrado Poste de distribuição Aterramento Blindagem dos cabos de potência e eventual condutor de acompanhamento Acoplamento das fases com a blindagem dos cabos Malha de terra Eventuais contrapesos contínuos Malha da SE remota Contrapeso Acoplamento das fases com o pára-raiosTorre ou postede transmissão Alimentado de distribuição Fases - do -Pórtico Alimentador de distribuição Fases Figura 6 – Principais elementos físicos a serem considerados em cálculos e simulações para o dimensionamento de uma malha de terra E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados14 ABNT NBR 15751:2013 Quando da ocorrência de uma falta de curta duração para a terra, a corrente de defeito (If) inicialmente injetada na malha de aterramento se divide por todo este sistema interligado, cabendo então a cada um dos seus componentes a função de escoar uma fração de corrente de falta. A chamada corrente de malha (Im) é a parcela da corrente de falta que escoa para o solo através da malha de aterramento. Deve-se considerar também a presença de corrente de malha de longa duração (Imld) que retorna ao sistema pela malha, proveniente de sistemas monofásicos com retorno por terra ou qualquer outra confi guração capaz de gerar tal corrente, tais como rede de distribuição com transformadores monofásicos ligados entre fase e neutro, transformadores trifásicos com primário em estrela aterrada etc. O circuito a ser considerado no dimensionamento da malha de aterramento inclui os condutores de fase, de neutro e a terra, mutuamente acoplados. O condutor de fase é responsável pelas contribuições do sistema para a corrente de falta; e o condutor de neutro em conjunto com a malha escoa esta corrente (ou uma fração dela) para o solo. As Figuras 7a e 7b apresentam duas situações de distribuição da corrente de falta pelos vários caminhos existentes para retorno à fonte, sendo a corrente de malha representada por Im. Estão representados os esquemas de um sistema de potência de transmissão ou distribuição, radial, com alimentação por apenas um lado, com uma falta à terra em uma subestação cuja malha se pretende analisar. Y Malhada SE Alimentadora Malha em Análise Im If Im A B C Secundário do transformador Y A álise msolo Figura 7a – Sem cabo pára-raios ou neutro E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 15 ABNT NBR 15751:2013 lm lm lf l2 l1 + lmútua Malha em análise Cabo pára-raios ou neutroN Secundário do transformador C B A Malha da SE alimentadora Aterramento das torres ou postes solo Figura 7b – Com cabo pára-raios ou neutro Figura 7 – Sistema de potência típico em condiçãode falta para a terra Na Figura 7a, onde está representada uma linha de transmissão ou de distribuição que não possui cabos pára-raios, a corrente If fl ui integralmente da malha para o solo, sendo então Im = If. Neste caso, a corrente de malha Im tem um valor superior ao verifi cado no caso de haver condutor pára-raios (ou neutro) multiaterrado. Na Figura 7b estão representadas a corrente total de falta If, a corrente de malha Im, objeto do estudo, e a corrente que fl ui pelo circuito formado pelos cabos pára-raios e torres da linha de transmissão. Cabe observar que devido ao acoplamento magnético entre a fase em condição de falta e os cabos pára-raios, pode-se decompor a corrente que circula por estes últimos em duas parcelas, a parcela devida a este acoplamento (Imutua) e a corrente devida à impedância dos cabos pára-raios (ou neutro) multiaterrados (representados na Figura 7 por I1 e I2). Verifi ca-se que o condutor pára-raios vai drenar parte da corrente de falta, diminuindo desta forma a corrente de malha Im. 8.1 Cálculo da corrente de malha simétrica efi caz No caso em que a corrente de malha difere da corrente de falta, faz-se necessário o cálculo da corrente de malha efi caz. Para o cálculo desta corrente, o sistema deve ser modelado convenientemente por um circuito equivalente, considerando-se que a terra é um dos caminhos de retorno para a corrente de falta. Neste caso, para a modelagem das linhas de transmissão e de distribuição, não se devem utilizar os parâmetros de seqüência, e sim formulações que utilizem a teoria de Carson. Esta modelagem deve incluir o acoplamento magnético entre os cabos fase e pára-raio (ou fase-neutro em linha de distribuição) durante o curto-circuito, através da impedância mútua. Este acoplamento é importante, pois drena, pelos cabos pára-raios (ou neutro), parte da corrente de defeito, diminuindo a corrente de malha, havendo desta forma o alívio das tensões de passo e toque na malha da subestação. Nota-se que as impedâncias próprias e mútuas dependem da resistividade do solo, da freqüência do sistema, dos tipos de cabos utilizados e da disposição destes cabos na torre de transmissão (ou no poste, para linhas de distribuição). E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados16 ABNT NBR 15751:2013 Desta forma tem-se para um vão de linha de transmissão ou de distribuição, o circuito da Figura 8. Vpk + 1 Vpk Zmk Vck Rtk Zpk Ip Zck Ip IckIck+1 Itk Ip - Ick Vck + 1 1 2 3 4 6 5 Vpk + 1 Vpk Zmk Vck Rtk Zpk Ip Zck Ip IckIck+1 Itk Ip - Ick Vck + 1 1 2 3 4 6 5 Legenda k representação genérica do vão, sendo k = 1 na torre em falta e k = n na subestação de alimentação Vpk + 1 Tensão de fase entre pontos 1 e 3, V13 (valor complexo) Vpk Idem, entre pontos 4 e 6, V46 Ip Corrente de falta para terra (3 I0 = If, valor complexo) Ick Corrente complexa no vão k do cabo guarda Itk Corrente complexa que penetra a terra na torre k Ick + 1 Corrente complexa no cabo guarda do vão k + 1 (Ip – Ick) Corrente complexa que retorna pela terra no vão k Zp Impedância própria, com retorno pela terra, do cabo fase (impedância própria de Carson) Zc Idem cabo guarda Zm Impedância mútua entre o cabo fase em falta e o cabo guarda (impedância mútua de Carson) Rt Resistência de aterramento da torre ligada ao nó 2 (resistência ôhmica, valor real, não complexo) Figura 8 – Modelo completo de um vão de linha de transmissão ou rede de distribuição O modelo aplicado ao sistema de potência esquematizado na Figura 7b resulta no circuito elétrico da Figura 9. E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 17 ABNT NBR 15751:2013 Zmn Rtn - 1 Zpn Zcn Ip Icn Izeq Vfase Vão + Rfp Ip Rt1 Ic2 Rt2 Zc2 Zp2 Zm2 Vão Ic1 Zc1 Zp1 Zm1 Vão Zeq Zmn Rtn - 1 Zpn Zcn Ip Icn Vfase Vão + Rfp Ip Rt1 Ic2 Rt2 Zc2 Zp2 Zm2 Vão Ic1 Zc1 Zp1 Zm1 Vão Figura 9 – Circuito elétrico para cálculo da corrente de malha considerando o sistema de potência da Figura 7b No caso da modelagem considerando geradores e motores contribuindo para a corrente de curto fase-terra, devem ser utilizadas as respectivas impedâncias subtransitórias. Uma vez modelado o sistema, resolve-se o circuito e calcula-se a corrente que passa através da resistência representativa da malha Rm, obtendo-se assim a corrente de malha simétrica efi caz. O Zeq da Figura 9 é a associação em paralelo dos elementos constantes na Figura 10. ao cabo pára-raios ou ao neutro Impedância para a terra relativa multiaterrado situado a jusante do ponto da falta I f = 3 x I 0 Resistência para a terra relativa a malha da SE no ponto da falta. Impedância para a terra relativa ponto da falta I f = 3 x I 0 Resistência para a terra relativa à malha da SE no ponto da falta. Figura 10 – Circuito do Zeq da Figura 9 Para a resolução do circuito elétrico há vários métodos oriundos da teoria de circuitos elétricos, sendo que cada método assume determinadas hipóteses para simplifi cação. A escolha do método mais conveniente é feita considerando-se estas hipóteses e a topologia da rede. E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados18 ABNT NBR 15751:2013 A corrente de malha simétrica efi caz, para ser usada no dimensionamento da malha, será multiplicada por um fator que deve considerar a componente contínua da corrente de curto Df (ver 8.4) e o crescimento do sistema Cp (ver 8.5). 8.2 Corrente de falta If Seja qual for o método de cálculo, devem ser fornecidas as potências de curto circuito trifásica e de fase para a terra no ponto onde será construído o sistema de aterramento, bem como as contribuições das linhas de transmissão envolvidas no curto-circuito. A corrente de malha de longa duração (Imld) também deve ser calculada. A primeira fase do cálculo desta corrente consiste em defi nir a maior corrente permissível no neutro de um ou mais transformadores da subestação, que possam fl uir permanentemente no sistema de aterramento e que devem servir de parâmetro para o ajuste das proteções de sobrecorrente de neutro dessa subestação. A segunda fase consiste em determinar a parcela de corrente que fl ui pela malha de terra da subestação e a que fl ui pelo aterramento das linhas de transmissão e dos neutros dos alimentadores em paralelo com essa malha, na proporção inversa de suas impedâncias de aterramento vistas por essa corrente. Após o cálculo da corrente de malha de longa duração, deve-se verifi car se esta não provoca tensões de passo e toque superiores aos valores suportados pelo corpo humano, em regime de longa duração (tempo maior que 3 s), conforme 7.1. Caso esta condição não seja atendida em qualquer ponto da subestação, ou arredores, o projeto do eletrodo de aterramento deve ser refeito, de forma que não haja tensões de passo e toque perigosas aos seres vivos. 8.3 Prescrições para o cálculo da corrente de malha Se a corrente total de falta If for utilizada, em vez da corrente de malha Im, para o dimensionamento da malha, deve-se ter em mente que ela resultará superdimensionada. Em muitos casos, utilizando-se a corrente total de falta If para dimensionar a malha, chega-se a uma malha incompatível com a área prevista para ser abrangida pela malha conforme a Seção 5. Neste caso é obrigatório o cálculo da corrente de malha Im para se projetar uma malha exeqüível e ao mesmo tempo segura em relação ao controle de tensões de toque e passo. A utilizaçãoda corrente de suportabilidade de equipamentos para o dimensionamento da malha tam- bém leva a um superdimensionamento dela. Não há este superdimensionamento nos casos em que a corrente de malha for igual à corrente de falta (Im = If), o que acontece em sistemas elétricos de transmissão sem condutor pára-raio (ou sistemas de distribuição sem cabo neutro) conectado à malha. 8.4 Fator de decremento Df Este fator permite a obtenção do valor efi caz equivalente da corrente assimétrica de falta, para um determinado tempo de eliminação dela (considerando, portanto, o efeito da componente contínua). A sua determinação pode ser feita a partir da equação [16] ou da Tabela 6. O seu valor varia inversamente com o tempo de eliminação da falta e aumenta com a relação X/R do sistema. Para a faixa de tempo de eliminação de faltas tipicamente considerada igual ou superior a 0,5 s, o fator Df pode ser considerado unitário. D T t e t T f a f f a= + ⎛ ⎝⎜ ⎞ ⎠⎟ × − ⎛ ⎝ ⎜ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟ ⎟ − 1 1 2 [16] E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 19 ABNT NBR 15751:2013 Tabela 6 – Fator devido à assimetria da corrente de falta Duração da falta tf Fator de decremento Df s Ciclos a 60 Hz X/R = 10 X/R = 20 X/R = 30 X/R = 40 0,008 33 0,5 1,576 1,648 1,675 1,688 0,05 3 1,232 1,378 1,462 1,515 0,10 6 1,125 1,232 1,316 1,378 0,20 12 1,064 1,125 1,181 1,232 0,30 18 1,043 1,085 1,125 1,163 0,40 24 1,033 1,064 1,095 1,125 0,50 30 1,026 1,052 1,077 1,101 0,75 45 1,018 1,035 1,052 1,068 1,00 60 1,013 1,026 1,039 1,052 8.5 Fator de projeção Cp Este fator leva em consideração o crescimento da corrente de falta ao longo da vida útil da instalação, em função da expansão da rede de transmissão e geração de energia elétrica. A evolução previsível do nível de curto-circuito de um sistema é função dos critérios adotados pelo planejamento de unidades geradoras, transformadoras e transmissoras, e será quantifi cada pelo fator Cp que multiplica a corrente de malha simétrica efi caz. Pode-se identifi car em algumas situações, uma correlação entre fatores Cp e Sf, considerando, por exemplo, que um incremento no número de linhas de transmissão chegando a uma subestação resulta no aumento do nível de curto-circuito, acarretando, porém a redução do fator de divisão, em função do maior número de caminhos para o solo, via cabos pára-raios e torres de linhas de transmissão. Com relação a este fator é recomendável que os estudos de aterramento sejam conduzidos considerando os níveis de corrente de falta previstos até o ano horizonte disponível no planejamento e que reavaliações futuras sejam conduzidas quando de alterações signifi cativas no estudo realizado, ou para evoluções do sistema além do ano horizonte inicialmente estudado. 8.6 Cálculo fi nal da corrente de malha Aplicando-se à corrente de malha simétrica efi caz os fatores acima defi nidos tem-se: Imalha = Imalha sim ef × Df × Cp [17] 8.7 Fator de distribuição Sf É o fator que fornece a parcela da corrente de falta que escoa para a terra através da malha da subestação. S I If malha sim ef falta = [18] E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados20 ABNT NBR 15751:2013 Em alguns casos em que a topologia da rede é extremamente simples, ou quando a impedância mútua é desprezível face à impedância própria, pode ser mais conveniente calcular-se primeiramente este fator, e a partir deste, a corrente de malha, com a equação de 8.8. 8.8 Relação entre corrente de malha e corrente de falta Das equações acima, por substituição, obtém-se: Im = Imalha = If × Sf × Cp × Df [19] Se o fator Sf puder ser determinado primeiramente, calcula-se If por métodos tradicionais, considerando-se os circuitos seqüenciais, e diretamente da relação acima se obtém a corrente de malha. 8.9 Condição de segurança em expansões do sistema elétrico A malha de terra dimensionada com a “corrente de malha fi nal”, calculada conforme o procedimento acima, garantirá segurança às pessoas, desde que não sejam feitas expansões que provoquem uma corrente de curto fase-terra superior à (corrente de falta sem a expansão) × Cp. Havendo qualquer expansão no sistema, esta condição deve ser verifi cada. Caso a corrente de falta com a expansão ultrapasse a corrente de falta sem expansão × Cp, a malha de terra deve obrigatoriamente ser redimensionada e reformulada. Para a corrente de malha de longa duração, esse fator de projeção deve ser reavaliado pelo projetista, a fi m de defi nir o novo ajuste das proteções. 9 Cálculo de potenciais no solo No dimensionamento de malhas de aterramento é necessária a verifi cação do surgimento de potenciais perigosos, interna e externamente a essa malha, quando da ocorrência de curtos-circuitos ou na existência de correntes de desequilíbrios de neutro para o terra do sistema. Para tanto, deve-se calcular os valores máximos de tensão de toque e de passo que podem ocorrer, bem como verifi car possibilidades de ocorrência de transferência de potencial para ambas as situações. Deve-se assim, garantir a manutenção dos valores das tensões de passo e toque calculados para cada situação (curto-circuito de longa duração e de curta duração), em valores inferiores às respectivas tensões máximas permissíveis. Quando aplicáveis, os cálculos dos potenciais no solo podem ser efetuados através de metodologias simplifi cadas, detalhadas no Anexo B (malhas reticuladas, solo homogêneo) ou por metodologias mais sofi sticadas, que considerem solos de duas ou mais camadas e malhas sem restrições de geometria (ver Anexo C). 10 Recomendações gerais 10.1 Aterramento O projeto de aterramento deve garantir níveis de corrente de curto-circuito fase-terra sufi cientes para permitir a atuação da proteção de retaguarda, assim como potenciais de passo e de toque suportáveis, o que pode ser obtido por uma geometria de malha de aterramento compatível com a resistividade de solo local, com a parcela da corrente de falta dissipada pela malha e com os tempos de atuação da proteção. Cabe observar que baixas resistências de aterramento não garantem um projeto seguro, e que altas resistências de aterramento não signifi cam, necessariamente, um projeto inseguro. E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 21 ABNT NBR 15751:2013 Os condutores de aterramento (rabichos), onde pode ocorrer a injeção de correntes impulsivas (pés de torres, descidas de captores pára-raios, aterramentos de pára-raios de linha) devem ser ligados diretamente ao eletrodo de aterramento. 10.2 Condutores da malha Um modo prático de se considerar a divisão da corrente de curto para a redução do diâmetro do condutor da malha consiste na utilização de dois condutores de aterramento ligados em pontos distintos da malha, no aterramento de equipamentos e elementos metálicos sujeitos à circulação da corrente de falta. Nos locais de movimentação de veículos pesados dentro da subestação, recomenda-se que os cabos de cobre sejam lançados frouxos (não tensionados) de forma que a movimentação do condutor enterrado, devido à passagem da viatura sobre o solo, não produza esforços no restante da malha de aterramento, ocasionando o rompimento das conexões ou do próprio condutor. 10.3 Aterramento de cercas metálicas Cercas metálicas localizadas no interior da malha da subestação devem ser interligadas a esta em vários pontos (multiaterramento). Cercas metálicas localizadas fora do plano coberto pela malhadevem ser seccionadas e essas seções multiaterradas, porém, em quadrículas distintas da malha. Essas medidas devem ser tomadas considerando-se uma condição local que garanta os níveis de potenciais de toque toleráveis conforme Figuras 11 e 12. Cerca interna à malha Cabo Perfil do potencial no solo Malha Queda de tensão entre dois pontos de interligação à malha Queda de tensão entre dois pontos de interligação à malha Cerca interna à malha Cabo Perfil do potencial no solo Malha Queda de tensão entre dois pontos de interligação à malha Queda de tensão entre dois pontos de interligação à malha Figura 11 – Aterramento de cercas metálicas situadas no interior do plano da malha de aterramento E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados22 ABNT NBR 15751:2013 Circulação de corrente Seção de cerca externa a malha Cabo Haste Último cabo da malha Resistividade Queda de tensão entre duas hastes da mesma seção Perfil do potencial no solo Secionamento da cerca externa Circulação de corrente Seção de cerca externa a malha Cabo Haste Resistividade Queda de tensão entre duas hastes da mesma seção Circulação de corrente Seção de cerca externa a malha Cabo Haste Último cabo da malha Resistividade Queda de tensão entre duas hastes da mesma seção Perfil do potencial no solo Secionamento da cerca externa Circulação de corrente Seção de cerca externa a malha Cabo Haste Resistividade Queda de tensão entre duas hastes da mesma seção Figura 12 – Aterramento de cercas metálicas situadas no exterior do plano da malha de aterramento Trechos de cerca que saem da área ocupada pela malha devem ser secionados e cada seção deve ser aterrada por duas hastes (ver Figura 12), de modo a evitar a transferência de potencial perigoso para pontos distantes. O aterramento feito dessa forma faz com que os potenciais de toque produzidos nessas seções fi quem reduzidos, pois praticamente acompanham o perfi l de potencial do solo da região. Trechos de cerca externas embaixo de linhas de AT e BT devem ser tratados da mesma forma. Potencial da malha e elementos aterrados Curva de potenciais na superfície do solo V = Rm × Im Et2 Et4 Et1 Et3 4213 Figura 13 – Níveis de potencial que podem aparecer na malha e nas massas metálicas a ela conectadas A Figura 13 mostra as diferentes tensões de toque na cerca a que estará submetida uma pessoa na área de infl uência de uma malha de terra, em função da posição e condição de aterramento da cerca: — Et1 é a tensão de toque na cerca na posição 1 se esta estiver em contato com o solo, mas não ligada à malha (supondo que um cabo energizado não caia sobre a cerca); E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 23 ABNT NBR 15751:2013 — Et2 é a tensão de toque caso a cerca na posição 2, esteja aterrada; — Et3 é a tensão de toque na cerca, na posição 3, se esta não estiver aterrada; — Et4 é a tensão de toque na cerca, na posição 4, aterrada. Pode-se ver pela Figura 13 que, quando a cerca está fora da área da malha, a tensão de toque é mais elevada se estiver conectada à malha. 10.4 Aterramento de equipamentos 10.4.1 Aterramento de pára-raios sobre suportes e de disjuntores de corpo único Interligar o terminal de aterramento da carcaça e da caixa de auxiliares do equipamento (quando houver) diretamente à malha de terra, por condutor de mesma seção que o da malha. Utilizar conectores de fi xação na descida dos condutores a cada 2,5 m (ver Figura 14). Recomenda-se que a conexão à malha seja realizada por dois condutores de mesma seção que o condutor da malha, utilizando-se dois ramais distintos da quadrícula. Em uma dessas ligações utilizar uma haste de aterramento. No caso de estruturas metálicas, atentar para que a conexão à chapa não seja impedida por tintas ou outro material isolante. Terminal de aterramento do equipamento (pára-raios) Ramais da malha Haste de aterramento Figura 14 – Aterramento de equipamentos sobre suportes E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados24 ABNT NBR 15751:2013 10.4.2 Aterramento de pára-raios sobre vigas Do terminal de terra do equipamento ou material instalado em vigas de estruturas de concreto ou metálicas, ligar um condutor de terra, de mesma seção que o condutor da malha, partindo do equipamento ao condutor que passa pela viga e desce apoiado nas estruturas. Na descida do condutor para ligação à malha, usar conectores de fi xação à coluna da estrutura (ver Figura 15). Recomenda-se que o último conector antes da ligação fi nal com a malha possa atender à conexão de dois condutores, para que seja feita a ligação utilizando ramos distintos da quadrícula. equipamento (pára-raios) Terminal de aterramento do Ramais da malha Haste de aterramento Figura 15 – Aterramento de pára-raios sobre vigas 10.4.3 Aterramento de transformadores de potencial indutivo No terminal de terra disponível na caixa de bornes secundários do equipamento, devem ser ligadas as blindagens dos cabos dos terminais secundários; desse ponto deve sair um condutor da mesma seção dos demais para a caixa de interligação. Deve-se verifi car se o terminal de terra disponível é isolado da carcaça do equipamento. Não sendo isolado, não é necessário ligar o terminal terra da caixa do secundário na caixa de interligação, bastando apenas ligar o terminal do equipamento e caixa de interligação à malha em ramais distintos. Sendo isolados na caixa de interligação, todos os terras provenientes das caixas dos equipamentos, das fases centrais e laterais devem ser interligados na régua, e apenas um terra deve ser ligado ao terminal terra da caixa de interligação junto com as respectivas blindagens, confi gurando a ligação. O terminal terra da caixa de interligação deve ser ligado ao condutor que irá para a malha de terra. Esse condutor deve ter a mesma seção daquele da malha de terra. Interligar o terminal de aterramento da carcaça e da caixa de auxiliares do equipamento (quando houver) diretamente à malha de terra, através de dois condutores da mesma seção que E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 25 ABNT NBR 15751:2013 o da malha. Utilizar conectores de fi xação na descida dos condutores pela estrutura de suporte do equipamento a cada 2,5 m (ver Figuras 16 e 17). Recomenda-se que a ligação à malha seja realizada utilizando dois ramais distintos da quadrícula. No caso de estruturas metálicas, atentar para que a conexão à chapa não seja impedida por tintas ou outro material isolante. Caixas de bornes secundários Ramais da malha Terminal terra da caixa dos terminais secundários Blindagens dos cabos dos terminais secundários Ligação entre os terras da caixa e os bornes secundários à caixa de interligação Caixa central (interligação) Terra da caixa de interligação Figura 16 – Aterramento de transformadores de potencial E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados26 ABNT NBR 15751:2013 Ramais da malha Caixa central (interligação) Terra da caixa de interligação Caixas de terminais secundários Figura17 – Aterramento de transformadores de potencial – Detalhe para terminais isolados da carcaça dos equipamentos 10.4.4 Aterramento de transformadores de potencial capacitivo O aterramento deve se processar de forma idêntica à dos transformadores de potencial indutivo. Caso exista equipamento de onda portadora, ligar o terminal de terra desse equipamento ao condutor que interliga o terminal terra do transformador de potencial à malha. A seção desse condutor deve ser igual à do condutor da malha de terra. Caso não exista equipamento de onda portadora, garantir a ligação interior entre os bornes capacitivo e indutivo (ver Figura 18). E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 27 ABNT NBR 15751:2013 Terminal de onda portadora (carrier) Ramais da malha Caixas de bornes secundários Figura 18 – Aterramento de transformadores de potencial capacitivo 10.4.5 Aterramento de transformadores de corrente No terminal de terra disponível na caixa de bornes secundários do equipamento devem ser ligados o fechamento dos enrolamentos não utilizados do transformador de corrente e as respectivas blindagens; dele ainda deve sair um condutor isolado, de mesma seção dos demais para a caixa de interligação geral. Deve-se verifi car se o terminal de terra disponível é isolado da carcaça do equipamento: — não sendo isolado: não será necessário ligar o terminal terra da caixa do secundário à caixa de interligação. Ligar apenas o terminal do equipamento e caixa de interligação à malha em ramais distintos; — sendo isolado: na caixa de interligação todos os terras provenientes das caixas dos equipamentos, das fases centrais e laterais devem ser interligados na régua, e apenas um terra deve ser ligado ao terminal terra da caixa de interligação junto com as respectivas blindagens, confi gurando a ligação. O terminal terra da caixa de interligação deve ser ligado ao condutor que irá para a malha de terra. Esse condutor deve ter a mesma seção do condutor da malha de terra. Utilizar conectores de fi xação na descida dos condutores pela estrutura de suporte do equipamento a cada 2,5 m (ver Figura 19). Recomenda-se que a ligação à malha seja realizada utilizando-se dois ramais distintos da quadrícula. No caso de estruturas metálicas, atentar para que a conexão à chapa não seja impedida por tintas ou outro material isolante. E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados28 ABNT NBR 15751:2013 Caixas de bornes secundários Blindagens dos cabos dos terminais secundários Caixa central (interligação) Terra da caixa de interligação Terminais não utilizados Blindagens dos cabos dos terminais secundários Ramais da malha Figura 19 – Aterramento de transformadores de corrente 10.4.6 Aterramento de isoladores de pedestal Como o isolador de pedestal não possui terminal de aterramento, utilizar um dos seus parafusos de fi xação à base para a ligação do conector de aterramento. Interligar o conector de aterramento diretamente à malha de terra, através de dois condutores de mesma seção que o condutor da malha. Utilizar conectores de fi xação na descida dos condutores pela estrutura de suporte do equipamento a cada 2,5 m (ver Figura 20). Recomenda-se que a ligação à malha seja realizada utilizando dois ramais distintos da quadrícula. No caso de estruturas metálicas, atentar para que a conexão à chapa não seja impedida por tintas ou outro material isolante. E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 29 ABNT NBR 15751:2013 Parafuso de fixação de IP ao suporte utilizado como ponto para conexão de aterramento Ramais da malha Figura 20 – Aterramento de isoladores de pedestal 10.4.7 Aterramento de chaves seccionadoras Para qualquer acionamento manual no pátio de subestações, a alavanca ou haste deve ser aterrada por intermédio de cordoalha conectada à ligação da carcaça do equipamento com a malha de terra. Junto aos dispositivos de manobra podem ser instalados condutores adicionais, ou placas metálicas, formando pequenas malhas, ligadas à malha de terra. Interligar o terminal de aterramento diretamente à malha de terra, através de dois condutores de mesma seção que o condutor da malha. Utilizar conectores de fi xação na descida dos condutores pela estrutura de suporte do equipamento a cada 2,5 m (ver Figura 21). Recomenda-se que a ligação à malha seja realizada utilizando dois ramais distintos da quadrícula. No caso de estruturas metálicas, atentar para que a conexão à chapa não seja impedida por tintas ou outro material isolante. E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados30 ABNT NBR 15751:2013 Ramais da malha Haste de manobra Figura 21 – Aterramento de chaves seccionadoras 10.4.8 Aterramento de disjuntores com pólos separados Interligar todos os terminais de aterramento das carcaças do equipamento, ligando-os em seguida à malha de terra em um único ponto (ver Figura 22). E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados 31 ABNT NBR 15751:2013 Terminal de aterramento do equipamento Ramais da malha Pólo lateral do equipamento Pólo lateral do equipamento Pólo central do equipamento Figura 22 – Aterramento de disjuntores com pólos separados 10.4.9 Aterramento de transformadores de potência monofásicos ou banco de monofásicos Ligar os tubos de interligação das buchas de X0 e de H0 em pontos bem próximos na malha de terra, uma única vez. Ligar apenas um ponto de aterramento do tanque principal de cada fase do banco à outra, dentro da canaleta de cabos, e, após, ligá-lo à malha de terra em um único ponto. Nos armários dos auxiliares do transformador que não possuam efetiva ligação com os respectivos tanques, devem ser providenciadas tais ligações, usando para tanto cordoalhas ou barras de cobre fi xadas às barras de sustentação através de conectores apropriados. Em bancos compostos de fases de diferentes fabricantes, possuindo armários auxiliares, alguns ligados outros isolados do tanque, o procedimento a seguir deve ser o de armários sem efetiva ligação com os tanques. Ligar o ponto de aterramento do armário do comutador de cada fase do banco à malha de terra. O aterramento dos pára-raios dos terciários depende de estudos específi cos de cada instalação. Na ausência de informações (inclusive na placa do transformador), as buchas e pára-raios dos terciários de cada uma das fases devem ser ligados diretamente à malha de terra através da conexão exotérmica. Ligar as extremidades de cada trilho (de cada fase) entre si e daí para a malha de terra (ver Figura 23). E xe m pl ar p ar a us o ex cl us iv o - V IT Ó R IA E N G E N H A R IA E C O N S U LT O R IA - 1 4. 16 1. 42 1/ 00 01 -0 9 Impresso por: VECENGENHARIA (ADM.) © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados32 ABNT NBR 15751:2013 X0 H0H1 Y1 Y2 X1 X0 H0H1 Y1 Y2 X1 X0 H0H1 Y1 Y2 X1 Vai para a malha de terra Vai para a malha de terra Vai para a malha de terra Cordoalha Cordoalha Cordoalha Conforme fabricante Conforme fabricante Conforme fabricante Malha de terra Malha de terra Malha de terra
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