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3 Comunicação e Linguagem

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Prévia do material em texto

Comunicação 
e linguagem
Prof. Me. Leandro Moura
Tópico 3
Objetivo(s) de aprendizagem
•	 Conhecer	e	identificar	os	gêneros	textuais;
•	 Reconhecer	os	tipos	de	textos;
•	 Identificar	a	aplicação	dos	variados	textos	em	
diversos	contextos.
2
Comunicação e linguagem
Tópico 
3
Neste Tópico:
Introdução ����������������������������������������������������4
Gêneros textuais ���������������������������������������� 5
Tipos de textos �������������������������������������������� 9
Texto descritivo �����������������������������������������16
Texto Argumentativo ������������������������������20
Texto expositivo ����������������������������������������27
Texto injuntivo ������������������������������������������30
A intertextualidade ��������������������������������� 32
Paródia ���������������������������������������������������������37
Paráfrase �����������������������������������������������������39
Estilização ���������������������������������������������������42
Considerações finais�������������������������������45
Síntese ���������������������������������������������������������46
3
INTRODUÇÃO
Desde	que	nascemos	até	morrermos,	o	ser	humano	
tem	a	necessidade	de	se	comunicar.	A	comunicação	
acontece	nas	mais	diversas	formas	e	está	presente	
em	nosso	dia	a	dia,	seja	nos	textos	verbais,	seja	nos	
textos	não-verbais.
Nos	apropriarmos	dos	diversos	gêneros	textuais	
amplia	nosso	conhecimento	de	mundo	tanto	no	que	
se	refere	à	vida	pessoal	quanto	à	profissional.
Você	já	esteve	em	uma	situação	complicada	por	não	
entender	um	contexto	ou	por	não	compreender	que	
tipo	de	texto	poderia	ajudar	você	naquele	momento?
Quem	nunca	quis	se	expressar	e	não	encontrou	pala-
vras	ou	não	teve	certeza	de	que	a	escolha	certa	seria	
aquele	tipo	de	texto	ao	enviar	um	e-mail?	
Por	esses	motivos,	vamos	estudar	os	gêneros	tex-
tuais,	os	tipos	de	textos	e	suas	composições	e	as	
características	de	cada	texto.
Comunicação e linguagem
Tópico 
3
4
GÊNEROS TEXTUAIS
Os	textos	fazem	parte	do	nosso	dia	a	dia,	não	é	mes-
mo?	A	gente	lida	com	textos	o	tempo	todo,	mesmo	
sem	se	dar	conta	disso.	Fazemos	a	lista	de	compras,	
enviamos	uma	mensagem	pelo	celular,	apresenta-
mos	um	seminário,	lemos	uma	notícia,	criamos	um	
currículo:	o	que	essas	atividades	têm	em	comum?	
Se	você	respondeu	que	é	o	texto,	acertou!
Embora	os	textos	–	orais	e	escritos	–	sejam	diferen-
tes,	eles	possuem	alguns	pontos	em	comum.	Para	
Koch	(2009,	p.13),	o	que	diferencia	o	texto	falado	
do	escrito	é	a	forma	como	ele	é	produzido	pelos	
participantes	da	situação	comunicativa,	ou	seja,	seu	
modo	de	coprodução.	Vejamos:
Prezado senhor Roberto,
Meu	nome	é	João	e	meu	contato	se	refere	à	can-
didatura	para	a	vaga	de	analista.
Anexo,	 encaminho	meu	currículo	 para	 sua	
apreciação.
Sou	uma	pessoa	bastante	responsável,	esforçada	
e	atenciosa	com	as	tarefas	que	realizo.
Espero	poder	contribuir	com	a	sua	empresa.
5
Estou	à	disposição	para	qualquer	contato.
Atenciosamente,
João	Castro.
O	que	podemos	dizer	sobre	esse	texto?	O	autor	cum-
primenta	e	se	despede	do	receptor,	se	identifica	como	
João	e	informa,	logo	no	início	da	mensagem,	qual	
o	motivo	do	seu	contato.	João	usa	uma	linguagem	
mais	formal.	Ele	avisa	o	receptor	de	que	há	um	do-
cumento	importante	no	anexo,	o	seu	currículo,	e	que	
ele	deve	ser	visto.	João	descreve	algumas	caracte-
rísticas	pessoais	que	podem	ajudar	no	desempenho	
das	tarefas	e	se	mostra	disponível	para	entrarem	em	
contato	com	ele.
Você	já	deve	ter	escrito	ou	recebido	um	texto	com	
características	parecidas	a	essas.	Este	gênero	de	
texto	é	o	e-mail,	muito	utilizado	após	o	advento	da	
tecnologia.	Por	meio	dele	podemos	nos	comunicar	
com	alguém	mesmo	à	distância.	Para	isso,	precisa-
mos	ter	um	endereço	eletrônico	e	acesso	à	internet.
Observe	quantas	características	estão	envolvidas	na	
produção	de	um	e-mail.	Você	vai	concordar	que	elas	
são	diferentes	das	características	que	envolvem	uma	
receita	de	bolo,	não	é	mesmo?	O	mais	importante	
disso	tudo	é	saber	que	organizamos	a	linguagem	
em	um	determinado	gênero	textual,	dependendo	da	
finalidade	do	que	queremos	transmitir	e	da	situação	
6
de	comunicação	em	que	estamos	envolvidos.	Por 
isso, precisamos escolher o gênero mais adequado 
para cada situação. Vamos	entender	melhor	como	
isso	funciona?
A	gente	se	comunica	por	meio	de	gêneros	textuais	o	
tempo	todo.	A	prova	disso	é	que	você	deve	ter	reco-
nhecido	o	e-mail	acima	com	facilidade,	pois	já	fez	ou	
viu	um	texto	parecido	com	ele	antes.	Provavelmente	
sua	estrutura	e	estilo	o	ajudaram	nesta	tarefa.	Isso	
aconteceu	porque,	segundo	Bakhtin	(1992,	apud	
KOCH;	ELIAS,	2009,	p.	57),	falar	ou	escrever	requer	do	
emissor	“uma	forma	padrão	e	relativamente	estável	
de	estruturação	de	um	todo,	que	constitui	um	rico	
repertório	dos	gêneros	do	discurso	orais	(e	escritos)”.	
Em	outras	palavras:
O	gênero	textual	é	a	forma	como	organizamos	as	
informações	linguísticas	no	texto.	Esta	forma	possui	
um	padrão,	ou	seja,	certas	características	próprias	
que	diferem	um	texto	de	outros,	mas	que	se	repetem	
em	alguns	deles.	É	esse	repertório	de	gêneros	que	
acumulamos	ao	longo	da	vida	o	que	não	nos	permite	
confundir	um	e-mail	com	uma	receita	de	bolo.
Os	gêneros	textuais	são	formas	dinâmicas	de	co-
municação.	Eles	existem	por	conta	do	seu	uso,	isto	
é,	o	modo	como	um	determinado	grupo	social	or-
ganiza	suas	informações	determina	a	existência	ou	
desuso	de	um	gênero.	Um	exemplo	disso	é	a	carta	
tradicional,	que	vem	sendo	cada	vez	menos	utilizada,	
e	o	surgimento	de	novos	gêneros	textuais,	como	os	
memes,	as	postagens	das	redes	sociais	e	as	mensa-
7
gens	que	trocamos	pelo	celular.	Há	quem	os	chame	
de	“gêneros	digitais”.
Podcast 1 
Identifique,	a	seguir,	quais	são	os	gêneros	textuais	
orais	e	quais	são	os	gêneros	textuais	escritos:
Biografia
Poemas
Currículo
Reportagens
E-mail
Carta
Receitas
Bula
Editorial
História	em	quadrinhos
Romance
Piadas
Seminários
Palestras
Manuais	de	instrução
Mensagens	de	celular
Você	conhecia	todos	eles?	Usamos	os	gêneros	tex-
tuais	porque	tudo	o	que	comunicamos	tem	uma	
finalidade:	seja	para	instruir,	contar,	descrever,	per-
suadir	ou	simplesmente	para	estabelecermos	rela-
ções	sociais.
8
https://famonline.instructure.com/files/66864/download?download_frd=1
TIPOS DE TEXTOS
Ao	ler	uma	reportagem,	você	já	deve	ter	reparado	que	
esse	tipo	de	texto	relata	ou	descreve	um	fato.	Ao	se	
deparar	com	um	filme,	já	percebeu	que	uma	série	de	
acontecimentos	constrói	uma	história	ou	narrativa.	
Em	uma	propaganda,	deve	ter	visto	que	a	intenção	é	
que	você	seja	convencido	a	fazer	algo.	Para	escrever	
uma	redação,	já	deve	ter	recorrido	a	argumentos	ou	
exposto	suas	ideias.
Agora,	observe	o	que	aconteceu	aqui:	relatar,	descre-
ver,	narrar,	convencer,	argumentar,	expor	são	ações	
que	praticamos	quando	precisamos	produzir	ou	
interpretar	diferentes	tipos	de	textos.	Estas	ações	
acontecem	quando	reconhecemos,	na	fala	ou	na	
escrita,	que	algumas	características	se	repetem	em	
textos	distintos,	mas	também	podemos	encontrá-las	
no	mesmo	texto.
Elias	e	Koch	(2010,	p.	119)	propõem	que	os	tipos	
textuais	são:
Narrativo Descritivo Espositivo InjuntivoArgumentativo
Texto narrativo
Você	já	se	deu	conta	de	que	contamos	histórias	to-
dos	os	dias?	Os	problemas	do	trabalho,	a	briga	com	a	
namorada,	a	festa	do	fim	de	semana,	as	aventuras	de	
uma	viagem:	contar	histórias	é	uma	necessidade	do	
9
indivíduo.	Por	meio	de	histórias,	as	pessoas	sorriem,	
choram,	ficam	curiosas,	sonham,	sentem	medo,	se	
divertem,	ensinam,	aprendem,	compartilham	experi-
ências	e,	sobretudo,	se	tornam	mais	humanas.
É	por	meio	de	histórias	que	a	humanidade	transmitia	
e	ainda	transmite	conhecimento.	Os	desenhos	nas	
cavernas,	por	exemplo,	relatavam	acontecimentos	
da	vida	do	homem	primitivo.	Foi	o	estudo	dessas	
formas	de	registro	(arte	rupestre)	que	nos	permitiu	
conhecer	hábitos,	culturas,	crenças	e	valores	pré-
-históricos.	Podemos	dizer	que	a	história	tem	o	poder	
de	atravessar	milênios.
Figura 1: Pintura rupestre.
10Quando	contamos	uma	história	–	real	ou	imaginária	
–	nos	transformamos	em	narradores.	Procuramos	
organizar	os	fatos	numa	linha	do	tempo	de	uma	ma-
neira	que	faça	sentido	para	que	o	ouvinte	compreen-
da	aquilo	que	contamos.
De	acordo	com	Koch	e	Elias	(2009),
as sequências narrativas apresentam uma sucessão 
temporal/causal de eventos, ou seja, há sempre um 
antes e um depois, uma situação inicial e uma situação 
final, entre as quais ocorre algum tipo de modificação 
de um estado de coisas. (KOCH; ELIAS, 2009, p. 63)
Bom,	pensando	dessa	forma,	podemos	dizer	que	o	
texto	narrativo	compreende	as	ações	de	um	ou	mais	
personagens	que	vivem	um	acontecimento	(enredo)	
em	um	determinado	tempo	e	espaço,	contadas	por	
um	narrador.
O	texto	narrativo	é	composto	por	cinco	elementos	
(GANCHO,	2006):
1.	Enredo.
2.	Personagens.
3.	Tempo.
4.	Espaço.
5.	Narrador.
11
1. O que se	pretende	contar?	Toda	história	é	forma-
da	por	um	conjunto de acontecimentos,	a	que	cha-
mamos	de	enredo.	Para	Gancho	(2006,	pp.	13-14),	o	
enredo	de	uma	história	se	estrutura	em	quatro	partes:
• Apresentação:	também	chamada	de	introdução,	é	
a	parte	inicial	da	narrativa,	onde	se	apresentam	os	
primeiros	fatos,	os	personagens	e,	algumas	vezes,	
o	tempo	e	o	espaço;
• Desenvolvimento:	onde	a	maior	parte	das	ações	
e	do(s)	conflito(s)	acontece(m);
• Clímax:	é	uma	parte	do	desenvolvimento	da	his-
tória	e	ocorre	quando	ela	atinge	seu	ponto	máximo	
de	tensão	ou	emoção;
• Desfecho:	também	conhecido	como	conclusão,	é	o	
final	da	história.	Os	conflitos	apresentados	durante	o	
desenvolvimento	vão	sendo	solucionados	de	forma	
feliz,	trágica,	cômica,	surpreendente	etc.
Nem	sempre	a	narrativa	acontece	no	mundo	concre-
to	e	objetivo,	onde	podemos	ver	ou	tocar	pessoas	
e	objetos.	O	enredo	pode	ser	psicológico,	construí-
do	por	emoções	e	conflitos	internos,	por	ações	que	
não	se	desenvolvem	no	mundo	real,	mas	subjetivo,	
motivadas	pelos	pensamentos	dos	personagens	
ou	narrador.	Um	exemplo	de	enredo	psicológico	é	a	
história	de	Macabéa,	personagem	criada	por	Clarice	
Lispector:
Quanto à moça, ela vive num limbo impessoal, sem 
alcançar o pior nem o melhor. Ela somente vive, inspiran-
do e expirando. Na verdade – para que mais que isso? 
O seu viver é ralo. Sim. Mas por que estou me sentindo 
12
culpado? E procurando aliviar-me do peso de nada ter 
feito de concreto em benefício da moça. (LISPECTOR, 
1998, p. 23)
2. Com quem acontece	a	história?	As	personagens 
são	os	seres	que	colocam as ações	de	um	enredo	em 
prática.	Elas	são	classificadas	em	personagens	prin-
cipais	(protagonista	e	antagonista)	e	secundários.
3. Quando a	ação	acontece?	O tempo	está	rela-
cionado	à	duração das ações da história.	Ele	pode	
ser	cronológico,	marcado	por	sua	passagem	na-
tural	–	minutos,	horas,	dias,	meses,	anos,	séculos	
–	ou	psicológico,	ligado	a	uma	ordem	não	linear	
dos	fatos,	determinada	pela	vontade	do	narrador	ou	
das	personagens.
4. Onde a	ação	se	desenvolve? Espaço	narrativo	é	
o lugar onde as ações acontecem.	Quanto	mais	con-
centrada	a	história,	menor	variedade	de	espaços	ela	
terá.	O	espaço	pode	ser	físico	(na	escola,	na	praça,	no	
quarto),	social	(características	sociais	do	ambiente)	
ou	psicológico	(experiências	íntimas,	pensamentos	
e	sentimentos	do	narrador	ou	das	personagens).
5. Quem	conta	a	história?	O	narrador	é	o	responsá-
vel	pela	narração,	quem	conta	os	fatos.	Sem	ele	não	
existe	narrativa.	De	acordo	com	Gancho	(2006,	p.	30),	
narrador	não	é	o	mesmo	que	autor,	mas	um	ser	fic-
cional.	A	autora	diz	que,	mesmo	nas	autobiografias,	
ao	contar	uma	história,	conhecemos	a	interpretação	
que	o	autor	faz	dos	fatos	e	não	a	verdade	absoluta.	
13
O	narrador	pode	ser	em	terceira	pessoa,	também	
conhecido	como	narrador	observador	(mesmo	onis-
ciente	ou	onipresente,	não	participa	diretamente	dos	
fatos)	ou	primeira	pessoa,	chamado	de	narrador	
protagonista,	que	participa	do	enredo	como	um	per-
sonagem,	tal	qual	o	exemplo	a	seguir:
[...] Se eu contar, vocês não vão acreditar. Mamãe anda 
fazendo aulas de dança do ventre, às escondidas. 
Orgulhosa, mostrou-me na tela do celular o vídeo da 
sua impressionante performance durante o Congresso 
Nacional da Melhor Idade. Não tinha por que esconder 
isso de mim, mãe. Tinha sim. Pouco importava. Mamãe 
não perdia mais tempo com histórias tristes. Há cerca 
de dez anos nunca compareceu a velórios. Afirmou que 
estava estarrecida, que tinha ficado com muita pena da 
moça que fora abusada pelo parente durante a infância, 
mas, preferia mudar de assunto, se eu não me importas-
se. Não. Eu não me importava. Serviu-me outro pedaço 
da sobremesa. Estava realmente uma delicia. Dava, 
sim, para ser feliz com pouco. Precisava pouco amor 
pra gente viver bem. Desde que não faltasse pudim de 
leite condensado para adoçar o amargo da vida.
VÊNCIO, Eberth. Precisa pouco amor pra gente viver 
bem. Revista Bula. Crônicas. Disponível em: https://
www.revistabula.com/17532-precisa-pouco-amor-pra-
-gente-viver-bem/. Acesso em: 16 nov. 2018.
14
São gêneros textuais narrativos:
• Romances;
• Contos;
• Crônicas;
• Novelas;
• Fábulas;
• Relatos;
• Notícias;
• Fanfics.
Podcast 2 
15
https://famonline.instructure.com/files/66863/download?download_frd=1
TEXTO DESCRITIVO
Imagine	que	você	está	numa	praia	deserta.	Seus	pés	
tocam	a	areia	fina.	Você	ouve	o	barulho	das	ondas	
quebrando	nas	pedras.	O	sol	está	a	pino	e	faz	muito	
calor.	Você	sente	uma	gota	de	suor	escorrendo	da	
nuca	e	passando	pelas	suas	costas,	mas	também	
o	alívio	de	uma	brisa	fresca	que	acaba	de	soprar	
levemente.
Observe	que	você	nem	precisou	sair	do	lugar	em	
que	está	para	sentir	como	se	estivesse	em	outro	lu-
gar.	Como	num	“retrato	verbal”,	você	pode	imaginar	
os	detalhes	de	uma	praia	mesmo	sem	estar	nela.	
Analise	os	textos	a	seguir:
Uma luz raiou súbito pelas fisgas da porta. A porta abriu-
-se. Entrou uma mulher vestida de negro. Era pálida 
e a luz de uma lanterna, que trazia erguida na mão, 
se derramava macilenta nas faces dela e dava-lhe um 
brilho singular aos olhos. Talvez que um dia fosse uma 
beleza típica, uma dessas imagens que faz-me descorar 
de volúpia nos sonhos de mancebo. Mas agora com sua 
tez lívida, seus olhos acesos, seus lábios roxos, suas 
mãos de mármore e a roupagem escura e gotejante 
da chuva, disséreis antes – o anjo perdido da loucura.
AZEVEDO, Álvares de. Noite na Taverna.
16
O Burro
Vai	ele	a	trote,	pelo	chão	da	serra,	 
Com	a	vista	espantada	e	penetrante, 
E	ninguém	nota	em	seu	marchar	volante, 
A	estupidez	que	este	animal	encerra.
Muitas	vezes,	manhoso,	ele	se	emperra, 
Sem	dar	uma	passada	para	diante, 
Outras	vezes,	pinota,	revoltante, 
E	sacode	o	seu	dono	sobre	a	terra.
Mas	contudo!	Este	bruto	sem	noção, 
Que	é	capaz	de	fazer	uma	traição, 
A	quem	quer	que	lhe	venha	na	defesa,
É	mais	manso	e	tem	mais	inteligência 
Do	que	o	sábio	que	trata	de	ciência 
E	não	crê	no	Senhor	da	Natureza.
ASSARÉ,	Patativa	do.	Disponível	em:	http://www.poesiaspoe-
maseversos.com.br/patativa-do-assare-poemas/	Acesso	em:	
10	dez.	2018.
O	que	os	dois	exemplos	têm	em	comum?	Ambos	
apresentam	a	mesma	característica	do	primeiro	
exemplo:	permitem	que	você	crie	uma	imagem	men-
tal	daquilo	que	descrevem.
No	trecho	do	escritor	ultrarromântico,	Álvares	de	
Azevedo,	do	século	XIX,	verificamos	que	o	texto	des-
creve	uma	mulher	com	características	bem	peculia-
res,	como	se	ela	fosse	um	ser	quase	sobrenatural.	
Observe	que	o	autor	descreve	detalhes	tão	minucio-
17
sos	que	temos	a	impressão	de	estar	diante	da	perso-
nagem.	Já	no	poema	de	Patativa	do	Assaré	(1909-
2002),	poeta	nordestino,	encontramos	a	descrição	
do	modo	de	vida	monótono	e	banal	de	outro	tipo	de	
personagem,	um	burro.	Aparentemente,	não	há	nada	
de	interessante	nisso,	mas,	ao	final	do	poema,	o	que	
era	banalidade	se	transforma	em	um	fator	relevante:	
o	autor	exalta	a	inteligência	do	animal	comparando-a	
a	de	quem	acredita	na	ciência	e	não	em	uma	força	
divina	de	criação	da	natureza.
De	acordo	com	Patrick	Charaudeau,	o	texto	“descriti-
vo	serve	essencialmentepara	construir	uma	imagem	
atemporal	do	mundo”	(CHARAUDEAU,	2008,	p.	116),	
isto	é,	seu	objetivo	descreve	características	inde-
pendentemente	do	período	em	que	se	encontram	–	
presente,	passado	ou	futuro.	Para	o	autor,	“descrever	
fixa	imutavelmente	lugares	(localização)	e	épocas	
(situação),	maneiras	de	ser	e	de	fazer	das	pessoas,	
características	dos	objetos”	(CHARAUDEAU,	2008,	
p.	116).	Em	outras	palavras:
O	texto	descritivo	tem	o	objetivo	de	relatar	as	carac-
terísticas	de	um	determinado	acontecimento,	lugar,	
época,	pessoa,	traços	psicológicos	ou	objetos.
Por	isso,	os	textos	descritivos	são	ricos	em	adjetivos:	
eles	transmitem	ou	descrevem	imagens,	que	percebe-
mos	por	meio	de	sensações	provocadas	pelo	emis-
sor	–	“areia	fina”,	“lábios	roxos”,	“vista	espantada”.
18
Fique atento
É	raro	encontrar	um	texto	puramente	descritivo.	
A	 descrição	 aparece,	 geralmente,	 combinada	
a	 outros	 tipos	 de	 texto,	 como	 o	 narrativo	 ou	 o	
expositivo.
São gêneros textuais descritivos:
• Relato	de	viagem;
• Lista	de	compras;
• Diário;
• Biografia;
• Autobiografia;
• Currículo;
• Anúncio;
• Cardápio;
• Folhetos	turísticos
• Classificados.
19
TEXTO 
ARGUMENTATIVO
Comunicar	não	é	somente	transmitir	uma	ideia.	
Quando	nos	comunicamos,	temos	uma	intenção,	
um	objetivo.	Queremos	convencer	nosso	interlocutor	
a	acreditar	naquilo	que	estamos	dizendo.
Quando	argumentamos,	levamos	alguém	a	refletir	
sobre	algo,	por	isso,	os	textos	argumentativos	têm	
o	objetivo	de	convencer	ou	persuadir	alguém	em	
relação	ao	conteúdo	proposto.	Esse	tipo	de	texto	é	
encontrado	em	situações	que	exigem	sua	opinião,	
como	concursos,	vestibulares	e	também	no	ambiente	
acadêmico.
[...] Por conta dessa história tão recente, cujo roteiro 
ainda se delineia, de acordo com Daniel, há ainda muita 
tinta de caneta a manchar páginas brancas até que se 
possa dizer que existe, de fato, uma literatura indígena. 
“Sou um indígena que escreve, mas que não inventou a 
escrita. Eu escrevo com as letras do conquistador, com 
as palavras do colonizador. Sou, portanto, um indígena-
-escritor e o que escrevo traz a marca deste lugar de 
onde venho. Para mim está claro que haverá um outro 
passo a ser dado, que é escrever na própria língua e com 
parâmetros intelectuais desenvolvidos por pensadores 
indígenas. Nesse momento, diria, teremos uma literatura 
indígena. Genuinamente indígena.”[...]
20
BELLÉ, J. Palavras ancestrais. Revista TRIP. Publicação 
em 31 jan. 2018. Disponível em: https://revistatrip.uol.
com.br/trip/e-possivel-dizer-que-existe-literatura-indi-
gena. Acesso em: 10 dez. 2018.
O	texto	expõe	a	importância	da	preservação	da	
cultura	indígena	por	meio	da	literatura.	Daniel	é	um	
escritor	indígena	e,	na	reportagem,	relata	que,	na	
década	de	70,	ainda	eram	poucos	os	índios	que	ti-
nham	acesso	ao	ensino	–	por	isso,	o	contato	entre	
os	índios	e	a	literatura	é	considerado	recente.
Veja	que	o	texto	não	apenas	informa	o	leitor	sobre	a	
importância	da	literatura	indígena.	As	informações	
apresentadas	têm	a	função	de,	além	de	informar,	
convencer	o	leitor	sobre	a	necessidade	de	uma	lite-
ratura	indígena	própria,	que	se	desprenda	do	vínculo	
com	a	língua	do	colonizador.
De	acordo	com	Pignatari	(2010),	a	estrutura	bási-
ca	de	um	texto	argumentativo	é	composta	por	três	
elementos:
• Introdução:	apresenta	a	ideia	principal	do	texto,	
ou	seja,	a	tese.	Dependendo	do	tamanho	do	texto,	
pode	ou	não	citar	argumentos.	Você	pode	iniciar	um	
texto	com	a	proposição	da	ideia	central,	um	questio-
namento,	uma	citação	etc.
• Desenvolvimento:	conjunto	de	argumentos	que	
sustentam	a	tese.	São	informações	concretas,	es-
tatísticas,	ilustrações,	exemplos,	depoimentos	de	
autoridades,	pesquisas	etc.	Este	item	merece	sua	
21
atenção	especial,	pois	é	a	articulação	de	argumentos	
e	contra-argumentos	que	confere	autoridade,	lógica	
e	veracidade	ao	texto.	Assim,	o	leitor	não	apenas	
reflete	sobre	o	conteúdo	apresentado,	mas	também	
decide	se	concorda	ou	não	com	ele.
• Conclusão: fechamento	do	texto,	onde	se propõe	
uma	possível	solução	ou	reflexão	para	o	tema,	confir-
mando	ou	sintetizando	os	argumentos	apresentados.
Assim,	temos:
Racismo em tempos modernos
Democracia racial costuma ser um termo utilizado no 
Brasil por quem acredita na inexistência de preconceito 
de cor. Atualmente, as redes sociais são, por excelên-
cia, uma amostragem da presença dessa crença muito 
debatida no século anterior. (TESE)
Dentro da lenda da democracia racial, seus adeptos, 
consciente ou inconscientemente, reclamam que a au-
sência de preconceito é justificada pela atmosfera pací-
fica da convivência social, sem guerras civis, onde quem 
diz ter um “amigo negro” é absolvido automaticamente 
após qualquer piada racista ou comentário degradante. 
E assim foi argumentada por homens como Florestan 
Fernandes, décadas atrás, ao responder a muitas das 
questões postas hoje, mas que aparentemente são ig-
noradas pelos paladinos da negação do racismo sob os 
interesses dos mais obscuros. (DESENVOLVIMENTO)
22
Enquanto continuarem a buscar nas exceções o ar-
gumento a favor da democracia racial, prova-se que a 
sociedade é ainda mais desigual do que se imagina. Não 
tão distante, ainda sobrevive a frase de George Bernard 
Shaw: “Faz-se o negro passar a vida a engraxar sapatos 
e depois prova-se a inferioridade moral e biológica do 
negro pelo fato de ele ser engraxate”. (CONCLUSÃO)
CARVALHO, Leonardo Dallacqua de. Coluna de Opinião 
do jornal O Globo. Publicado em: 9 fev. 2016. Disponível 
em: https://oglobo.globo.com/opiniao/racismo-em-
-tempos-modernos-18605034. Acesso em: 10 dez. 2018.
Geralmente,	a	intenção	de	persuadir	o	leitor	a	acredi-
tar	em	algo	é	implícita,	ou	seja,	não	está	evidente	no	
texto.	Nesse	exemplo,	o	objetivo	do	escritor	é	tentar	
convencer	seu	leitor	de	que	a	democracia	racial	é	um	
mito	e	de	que	essa	crença	reforça	a	desigualdade.	
Mas	observe:	o	escritor	não	menciona	no	texto,	cla-
ramente,	que	deseja	fazer	isso.
Fique atento
Embora	 seja	 importante	 mostrar	 sua	 opinião,	
evite	expressões	como	“Eu	acho”	ou	“Na	minha	
opinião”.	Lembre-se	que	você	é	o	autor	do	texto	e	
não	o	protagonista.
Para	atingir	o	convencimento	do	leitor,	precisamos	
usar	bons	argumentos,	ou	seja,	recursos	linguísti-
23
cos	que	visem	à	persuasão	(PLATÃO;	FIORIN,	2006,	
p.284).	Para	isso,	os	autores	Platão	e	Fiorin	apresen-
tam	quatro	tipos	de	argumentos:
1. De autoridade:	citação	apoiada	no	conhecimento	
de	um	especialista	da	área,	uma	autoridade	no	as-
sunto	discutido.	Este	tipo	de	recurso	traz	peso	e	cre-
dibilidade	ao	texto.	Por	exemplo:	“Segundo	Einstein,	
tempo	e	espaço	são	relativos”.	Mas	tenha	cuidado	ao	
usar	este	recurso,	pois	ele	precisa	estar	amarrado	ao	
texto	para	enriquecê-lo.	Do	contrário,	pode	atrapalhar	
sua	compreensão.
2. Baseado no consenso: argumento	que	não	pre-
cisa	de	comprovação	científica	para	ser	aceito	como	
verdadeiro.	Por	exemplo:	“A	Educação	é	a	base	da	
evolução	social	de	um	povo”.	Não	confunda	con-
senso	com	lugar-comum:	este	último,	de	validade	
discutível,	pode	gerar	afirmações	questionáveis	e	
até	preconceituosas,	como	“ela	foi	violentada	por-
que	mulheres	não	podem	andar	sozinhas	na	rua	
durante	a	noite”.
3. Baseado em provas concretas: informações	
embasadas	em	fatos	ou	documentos	que	compro-
vam	sua	veracidade.	Platão	e	Fiorin	(2006)	citam	as	
campanhas	políticas	como	exemplo	deste	tipo	de	
argumento,	nas	quais	é	frequente	acusar	o	candidato	
oposto	de	corrupto,	ladrão	etc.	Para	os	autores,	o	
argumento	terá	mais	força	se	estiver	fundamenta-
do	por	informações	que	possam	ser	comprovadas,	
como	um	registro	da	quantia	de	gastos	públicos	
24
indevidos,	o	recebimento	de	propina,	o	favorecimento	
de	empresas	em	troca	de	acordos	etc.
4. Baseados no raciocínio lógico: relação	entre	
a	ideia	principal	e	os	argumentos	que	a	compro-
vam,	ou	seja,	relação	de	causa	e	efeito	ou	causa	e	
consequência.	Veja	o	exemplo	do	artigo	“Também	
morre	quem	atira”:
A criminalidade urbana, especialmente em suas moda-
lidades violentas,é atualmente um dos fenômenos que 
mais preocupam os cidadãos residentes nas grandes 
e médias cidades brasileiras. Nelas, o crime é um fato 
passível de ocorrer a qualquer momento, contra qual-
quer indivíduo, sem distinção de classe, gênero, etnia, 
riqueza ou qualquer outro atributo sócio-político-cultural 
provocando, por consequência, a exacerbação dos sen-
timentos de medo e insegurança nos habitantes dos 
principais centros urbanos do país. [...]
LIMA, R.; SINHORETTO, J. ; PIETROCOLLA, L. 
Também morre quem atira. Disponível em: https://
s3.amazonaws.com/cdn.infografiaepoca.com.br/881-
-choque-de-realidade/Tambem-morre-quem-atira.pdf. 
Acesso em: 10 dez. 2018.
Você	consegue	identificar	a	relação	entre	causa	e	
efeito	no	texto?	Perceba	que	a	criminalidade	urbana	
se	apresenta	como	um	fenômeno	de	preocupação	
porque	qualquer	pessoa	pode	ser	vítima	de	um	crime.	
25
Quando	não	se	estabelece	essa	relação lógica no 
texto,	temos	a	fuga	do	tema,	muito	comum	no	dis-
curso	político,	quando	se	quer	desviar	de	um	assunto	
polêmico	ou	em	redações	de	vestibulares,	quando	o	
candidato	desconhece	o	tema.
Alguns gêneros textuais argumentativos são:
• Carta	de	opinião;
• Artigos	de	opinião;
• Editorial	jornalístico;
• Monografia;
• Dissertação;
• Tese;
• Resenha	crítica;
• Ensaio.
26
TEXTO EXPOSITIVO
Muito	encontrado	no	ambiente	acadêmico	–	em	se-
minários,	palestras,	artigos	etc	–,	o	texto	expositivo,	
como	o	próprio	nome	diz,	tem	o	objetivo	de	expor	
uma	ideia	ou	conceito.
Assim	como	o	texto	argumentativo,	apresentam-se	
ideias	que	sustentam	a	tese	levantada	para	o	que	
leitor	possa	analisar	o	tema.	A	diferença	está	na	opi-
nião	do	autor,	que	não	é	o	foco	desta	abordagem.	No	
texto	expositivo,	busca-se	instruir,	enumerar,	informar,	
descrever,	comparar	ou	explicar	um	fato.
Superbactérias? Entenda o problema da resistência 
aos antibióticos
Quem já precisou de antibióticos para tratar de uma 
infecção deve ter ouvido as mesmas recomendações: 
tomar sempre no mesmo horário, não interromper o 
tratamento antes do fim, evitar bebidas alcóolicas etc. 
Pode parecer meramente protocolar, mas esses pe-
didos do médico visam a evitar a resistência bacte-
riana. (TESE)
[...] Atualmente, a resistência bacteriana causa 700 mil 
mortes por ano. Mas um relatório do Reino Unido sobre 
o tema, lançado em 2014, fez uma previsão preocupan-
te: em 2050, esse número pode chegar a 10 milhões 
27
de pessoas, superior em doenças como o câncer (8,2 
milhões). (DESENVOLVIMENTO)
[...] No Brasil, o problema também já deu as caras. Há 
registros em diversos estados brasileiros de surtos de 
KPC, uma superbactéria que ataca em ambientes hos-
pitalares (um dos mais propícios para o surgimento de 
organismos resistentes). Segundo a Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária (Anvisa), ela era a maior causa 
de infecções no sangue de pacientes de UTI no Brasil. 
Imune a diversos antibióticos, ela causa doenças como 
pneumonia e infecções generalizadas.[...] (CONCLUSÃO)
BATTAGLIA, Rafael. Superbactérias? Entenda o 
problema da resistência aos antibióticos. Revista 
Superinteressante. Publicado em 14 nov. 2018. 
Disponível em: https://super.abril.com.br/saude/su-
perbacterias-entenda-o-problema-da-resistencia-aos-
-antibioticos/. Acesso em: 10 dez. 2018.
Perceba	que	a	estrutura	textual	é	semelhante	à	do	
texto	argumentativo,	mas	o	objetivo	desse	texto	é	
informar	ao	leitor	sobre	os	riscos	das	superbactérias.	
Claro	que	todo	emissor	tem	a	intenção	de	convencer	
alguém	sobre	algo,	porém,	nesse	caso,	a	persuasão	
ao	leitor	não	está	em	primeiro	plano.
Os	verbetes	de	dicionários	e	as	enciclopédias	são	
exemplos	clássicos	de	textos	expositivos,	pois	reú-
28
nem	um	conjunto	de	explicações	sobre	palavras	ou	
conceitos	sem	a	intenção	direta	de	convencer	o	leitor.
Alguns gêneros textuais expositivos são:
• Seminários;
• Palestras;
• Conferências;
• Entrevistas;
• Artigos;
• Trabalhos	acadêmicos;
• Enciclopédias;
• Dicionários.
29
TEXTO INJUNTIVO
Você	já	viu	um	vídeo	tutorial	na	internet?	Hoje	em	dia,	
é	possível	encontrar	tutoriais	sobre	quase	qualquer	
assunto	na	rede:	passo	a	passo	de	receitas,	testes	
de	eletrodomésticos,	de	brinquedos,	formatação	
de	trabalhos	acadêmicos,	dicas	de	como	falar	em	
público,	confecção	de	trabalhos	artesanais	etc.	O	
que	o	autor	desse	tipo	de	vídeo	está	tentando	nos	
transmitir?	Sua	finalidade	não	é	debater,	descrever	ou	
argumentar,	mas	orientar	o	receptor,	ou	seja,	levá-lo 
a realizar uma ação a partir de instruções.
Figura 2: Anúncio publicitário que orienta o receptor da mensagem a 
reciclar. | Fonte: https://boasnoticias.pt/campanha-apela-a-reciclagem-
-de-medicamentos. Acesso em: 10 dez. 2018.
30
Muitos	anúncios	publicitários	apresentam	o	texto	
injuntivo	para	gerar	uma	mudança	de	comportamen-
to	no	receptor.	No	caso	desse	anúncio	(Figura	1),	
uma	ordem	é	dada	ao	receptor	por	meio	do	verbo	
imperativo	“seja”	(tempo	verbal	frequente	nos	textos	
injuntivos).	O	objetivo	do	anúncio	é	convencer	o	seu	
público,	sobretudo	feminino,	sobre	como	tornar-se	
mais	adorável	–	utilizando	o	sabonete	Lever	–	e,	a	
partir	disso,	gerar	uma	mudança	de	comportamento.
São exemplos de gêneros textuais injuntivos:
• Receitas	culinárias;
• Bulas	de	remédio;
• Textos	de	autoajuda;
• Manuais	de	instrução;
• Propagandas;
• Regulamentos;
• Regras	do	jogo;
• Panfletos	informativos;
• Textos	doutrinários;
• Rótulos	de	produtos.
31
A INTERTEXTUALIDADE
Figura 3: Intertextualidade entre a série Game of thrones e o presiden-
te dos Estados Unidos, Donald Trump. | Fonte: https://big.nl/trump-is-
-net-als-game-of-thrones/ Acesso 10 dez. 2018.
Este	rosto	parece	familiar	para	você?	O	título	sobre-
posto	à	imagem	lembra	algo?	Se	você	notou	algo	
estranho	na	figura	acima	é	porque	reconheceu	nela	
duas	referências	distintas:	o	rosto	do	presidente	ame-
ricano	Donald	Trump	e	a	alusão	à	série	de	televisão	
Game of Thrones	(“Guerra	dos	Tronos”).	
Obviamente,	sabemos	que	não	existe	uma	série	
chamada	“Game of Trump”	e	que	o	presidente	não	
participa	de	nenhuma	série.	Então,	por	que	será	que	
ele	aparece	na	imagem?	Ao	relacionar	Trump	à	série,	
podemos	dizer	que	o	autor	da	imagem	fez	uma	“brin-
cadeira”,	isto	é,	ele	criou	um	diálogo	entre	diferentes	
elementos	que	não	fazem	parte	do	mesmo	contexto.	
A	partir	desse	novo	texto	é	possível	gerar	novos	sen-
tidos.	Isso	é	o	que	chamamos	de	intertextualidade.
32
Não	precisamos	ir	muito	longe	para	falar	sobre	esse	
fenômeno	da	linguagem:	em	nossa	fala	estão	in-
seridas	referências	das	mais	diversas	–	da	nossa	
infância,	dos	familiares,	dos	amigos,	da	escola,	da	
televisão,	dos	livros,	da	internet.	Temos	a	impressão	
de	que	tudo	o	que	expressamos	é	original	e	único,	
mas	quando	nos	manifestamos,	mesmo	sem	per-
ceber,	de	alguma	forma,	recombinamos	algo	que	já	
vimos,	ouvimos,	sentimos,	vivenciamos.	
Fique atento
Conhecer	 um	 pouco	 sobre	 a	 intertextualidade	
pode	 auxiliar	 na	 compreensão	 e	 construção	 de	
textos	–	sejam	eles	 literários,	 jornalísticos,	aca-
dêmicos	ou	profissionais.
Para	Koch,	a	intertextualidade	é	“a	relação	de	um	
texto	com	outros	previamente	existentes,	isto	é,	efe-
tivamente	produzidos”	(KOCH,	2011,	p.62).	É	comum	
retomarmos	textos	que	já	existem,	chamados	de	
fonte,	para	contrapor,	comparar,	retomar,	embasar	
novos	textos.
De	acordo	com	Koch	(2011,	63),	a	intertextualida-
de	pode	ser:
• Explícita:	quando	é	possível	identificar	claramente	
a	citação	do	texto	fonte.	É	o	que	ocorre	em	resumos,	
resenhas,	relatos	entre	outros.	Veja	um	exemplo:
33
Figura 4: Cartaz do filme “A garota dinamarquesa.” / Imagem de 
divulgação.
A Garota Dinamarquesa
A	Garota	Dinamarquesa	é	prato	cheio	para	atores	
talentosos	entregarem	atuações	acima	da	média	
ao	contarem	a	estória	conturbada	de	Lili	Elbe,	uma	
pioneira	do	transgênero	no	início	do	século	passa-
do.	O	roteiro,	que	toma	liberdades	artísticas	con-
sideráveis,	explora	com	precisão	a	construção	da	
personagem	principal	defendida	por	um	talentoso	
Eddie	Redmayne.	[...]
Fonte:	https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/criti-cas/2016/02/critica-a-garota-dinamarquesa.	Acesso	em:	10	
dez.	2018.
O	trecho	do	texto	apresenta	uma	resenha	crítica	so-
bre	o	filme	A Garota Dinamarquesa,	ou	seja,	o	pró-
34
prio	título	faz	intertexto	explícito	com	o	filme.	Não	
é	necessário	que	o	leitor	tenha	assistido	ao	filme	
para	entender	sobre	o	que	trata	o	texto,	já	que	sua	
referência	ao	filme	é	clara.
Implícita: quando	não	há	apresentação	de	elementos	
que	permitam	reconhecer	o	texto	fonte.	Veja:
Monte Castelo – Legião Urbana
Ainda	que	eu	falasse 
A	língua	dos	homens 
E	falasse	a	língua	dos	anjos 
Sem	amor	eu	nada	seria
É	só	o	amor!	É	só	o	amor 
Que	conhece	o	que	é	verdade 
O	amor	é	bom,	não	quer	o	mal 
Não	sente	inveja	ou	se	envaidece
O amor é o fogo que arde sem se ver 
É ferida que dói e não se sente 
É um contentamento descontente 
É dor que desatina sem doer
[...]
https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/22490/	Acesso	em:	
10	dez.	2018
A	canção	da	banda	Legião	Urbana	retoma,	na	es-
trofe	em	destaque,	o	poema	“Amor é fogo que arde 
sem se ver”,	do	conhecido	escritor	português	Luís	
Vaz	de	Camões,	autor	de	Os	Lusíadas.	A	letra	não	
dá	nenhuma	pista	de	que	parte	dela	já	havia	sido	
35
escrita	por	Camões,	ou	seja,	para	reconhecer	este	
intertexto,	é	necessário	ter	tido	contato	com	o	poema	
anteriormente.
Isso	quer	dizer	que	o	repertório	do	leitor	é	um	fator	
decisivo	na	hora	de	reconhecer	e	entender	as	refe-
rências	entre	textos.	Para	Beaugrande	e	Dressler	
(1981	apud	KOCH,	2011,	p.	59),	a	intertextualidade	
“(...)	diz	respeito	aos	modos	como	a	produção	e	a	
recepção	de	um	texto	dependem	do	conhecimento	
que	se	tenha	de	outros	textos	com	os	quais	ele,	de	
alguma	forma,	se	relaciona”.	É	por	isso	que	alguns	
textos	podem	parecer	mais	difíceis	de	compreender	
que	outros,	dada	a	complexidade	de	sua	intertex-
tualidade.	Uma	dica	para	compreender	melhor	os	
textos	é	pesquisar	sobre	o	autor,	o	contexto	e	termos	
específicos	que	você	não	conhece.
Seja	explícita	ou	implícita,	a	intertextualidade	se	ma-
nifesta	de	diferentes	formas.	Vamos	conhecer	três	
delas:	a	paródia,	a	paráfrase	e	a	estilização.
36
PARÓDIA
A	paródia	é	uma	manifestação	intertextual	que	man-
tém	a	referência	da	produção	original,	mas	modifica	
boa	parte	de	suas	características	para	provocar	novos	
sentidos,	como	a	sátira,	a	ironia,	o	humor.	De	acordo	
com	Sant’Anna	(2007,	p.	41)	“a	paródia	deforma	o	
texto	original	subvertendo	sua	estrutura	ou	sentido”.
Figura 5: Cartaz do filme “O candidato honesto”. / 
Imagem de divulgação.
37
A	paródia	é	muito	encontrada	nos	filmes.	A	Figura	
foi	retirada	do	filme	brasileiro	“O	candidato	honesto”,	
protagonizado	pelo	ator	Leandro	Hassum.	A	comédia	
satiriza	a	situação	política	brasileira	ao	apresentar	
a	história	de	um	candidato	à	presidência	que	fazia	
uma	campanha	corrupta	para	se	eleger,	mas	que	no	
segundo	turno,	não	consegue	mais	ser	desonesto.	
No	filme,	encontramos	personagens	que	remetem	a	
políticos	conhecidos,	entretanto,	seus	valores	foram	
bastante	modificados.
38
PARÁFRASE
Você	já	deve	ter	contado	uma	mesma	história	para	
diferentes	pessoas.	Se	prestar	atenção,	vai	perceber	
que,	embora	a	história	seja	igual,	você	a	conta	de	di-
ferentes	modos:	acrescenta	palavras,	usa	sinônimos,	
muda	a	entonação	ou	expressões	corporais	etc.,	mas	
mantém	sua	ideia	central.	Em	outras	palavras,	você	
parafraseia	a	história	que	está	contando.
Diferentemente	da	paródia,	que	se	distancia	do	origi-
nal,	a	paráfrase	se	assemelha	ao	texto	fonte	e	busca	
manter	a	sua	essência,	ou	seja,	“reafirma	os	ingre-
dientes	do	texto	primeiro	conformando	seu	sentido”	
(SANT’ANNA,	2007,	p.	41).
Fique atento
A	paráfrase	está	presente	em	muitos	textos	aca-
dêmicos,	pois	é	comum	que	se	utilizem	ideias	de	
outros	autores	para	explicar	ou	confirmar	 infor-
mações.	Aqui	deve-se	fazer	uma	importante	dis-
tinção:	 parafrasear	 não	 é	 o	mesmo	 que	 copiar.	
Mesmo	quando	usamos	nossas	palavras,	ao	pa-
rafrasear,	tomamos	uma	ideia	emprestada	de	al-
guém,	que	não	nos	pertence.	Por	isso,	nos	textos	
que	produzimos,	precisamos	identificar	os	donos	
originais	 das	 informações	 pesquisadas.	 Esse	
tipo	de	recurso	é	o	que	chamamos	de	citação	in-
direta	(a	citação	direta	é	aquela	em	que	usamos	
as	palavras	do	próprio	autor	entre	aspas).	Ele	en-
39
riquece	o	 texto,	mas	deve	ser	usado	adequada-
mente	e	com	bom	senso!
Um	exemplo	de	gênero	textual	em	que	podemos	en-
contrar	a	paráfrase	é	o	resumo:
Figura 6: Capa do livro “A revolução dos bichos”, de George Orwell. 
Imagem de divulgação.
40
A revolução dos bichos, de George Orwell
A	história	inicia-se	com	uma	reunião	entre	os	ani-
mais	da	Granja	Solar,	que	era	de	propriedade	do	
Sr.	Jones.	Nessa	reunião,	o	major,	um	porco	velho	
e	muito	respeitado	na	fazenda,	conta	o	sonho	que	
teve	em	que	os	animais	eram	livres	do	domínio	
do	homem,	além	de	citar	uma	canção	antiga	que	
conhecia:	“Os	bichos	da	Inglaterra”.	O	porco	tam-
bém	acrescentou	que	um	dia	este	sonho	se	tornaria	
realidade	e	os	animais	deveriam	dedicar	sua	vida	
a	esta	revolução.	Três	dias	depois	o	Major	morreu,	
entretanto,	sua	ideologia	foi	sistematizada	e	chama-
da	de	“animalismo”	por	dois	porcos:	Bola-de-Neve	
e	Napoleão.	Pouco	depois	a	revolução	dos	bichos	
estourou,	eles	tomaram	a	Granja	do	Solar	e	esta	se	
passou	a	chamar	“Granja	dos	Bichos”.	A	partir	daí,	
o	livro	passa	a	retratar	como	os	bichos	se	organi-
zaram	num	sistema	parecido	com	o	socialismo,	
mas	que	acaba	virando	um	totalitarismo.	
Fonte:	https://homoliteratus.com/resenha-a-revolucao-dos-
-bichos-george-orwell/	Acesso	em:	10	dez.	2018.
Observe	que	a	história	original	contada	pelo	livro	foi	
preservada.	No	resumo	não	existem	comentários	
que	expressem	a	opinião	do	autor	sobre	qualquer	
aspecto	da	obra.
41
ESTILIZAÇÃO
Assim	como	a	paráfrase,	a	estilização	buscar	manter	
a	essência	do	texto	original,	mas	seu	desvio	é	maior,	
pois	acrescenta	elementos	que	não	existiam	na	fonte,	
criando	um	estilo	novo,	diferente	do	anterior.	Estilizar	
um	texto	ou	objeto	é	modificar	suas	características,	
mas	ainda	reconhecer	marcas	do	original.	Do	con-
trário,	teríamos	uma	paródia.
Lembre-se	de	quando	você	era	criança.	Em	algum	
momento	do	seu	período	escolar,	você	e	seus	cole-
gas	devem	ter	recebido	um	desenho	para	completar.	
Nas	folhas,	somente	os	traços	principais	de	um	ob-
jeto	conhecido,	por	exemplo,	de	uma	casa.	Embora	
todos	tenham	recebido	folhas	com	os	mesmos	tra-
ços,	cada	um	completou	a	casa	de	modo	diferente.	
Você	pode	ter	pintado	o	telhado	da	casa	de	vermelho,	
desenhado	duas	janelas	grandes	e	um	jardim.	Já	seu	
colega	do	lado	pode	ter	feito	uma	casinha	de	cachor-
ro.	Perceba	que,	ao	acrescentar	elementos,	cada	um	
deu	à	casa	seu	próprio	estilo.	Mesmo	assim,	ainda	é	
possível	reconhecer	que	se	trata	de	uma	casa.
Agora,	tente	identificar	o	que	acontece	na	ima-
gem	a	seguir:
42
Figura 7: Estilização da pintura “A última ceia”, de Leonardo da Vinci.
Você	já	viu	esta	cena	antes?	Provavelmente	sim,	pois	
a	cena	da	última	ceia,	de	Jesus	com	seus	apóstolos,	
antes	de	sua	crucificação,	é	uma	das	mais	importan-
tes	representações	da	arte,	além	de	mundialmente	
conhecida.	Embora	tenha	reconhecido	do	que	se	tra-
ta,	deve	ter	percebido	traços	diferentes	do	original	–	o	
formato	geométrico	das	pessoas,	das	vestimentas,	
da	toalha	de	mesa,	a	ausência	de	rostos.	Trata-se	
de	uma	estilização.	Compare	à	versão	original,	feita	
por	Leonardo	Da	Vinci:
43
Figura 8: A Última Ceia, de Leonardo Da Vinci, 1495-1497. | Fonte: 
http://leonardodavinci.cc/a-ultima-ceia/. Acesso em: 10 dez. 2018.
Agora	que	você	já	conhece	os	gêneros	textuais,	tente	
identificá-los	no	seu	dia	a	dia.	Verifique	as	possibi-
lidades	infinitas	de	utilizá-los	com	o	propósito	de	te	
ajudar	na	comunicação.
Não	se	esqueça,	observe	o	contexto	e	o	receptor	da	
sua	mensagem!	
44
CONSIDERAÇÕES 
FINAIS
Um	dos	nossos	desafios	é	saber	comunicar	algo	de	
forma	clara,	de	querer	entreter	ou	apenas	escrever	
e	ser	compreendido.
Mas	como	fazer	isso?
Utilizar	os	diversos	tipos	de	textos	fará	com	que	con-
sigamosnavegar	por	diversos	grupos	diferentes	do	
que	pertencemos	hoje,	nos	permitirá	até	fazer	parte	
de	um	desses	grupos	e	porque	não,	o	de	criarmos	
o	nosso	próprio	grupo.	A	comunicação	é	também	
responsável	por	unir	e	separar	pessoas.
Aplicar	o	que	aprendemos	é	outro	desafio,	por	isso,	
utilize	seus	conhecimentos	de	vida,	mais	os	adqui-
ridos	aqui,	aproveitando	os	gêneros	textuais	e	suas	
aplicações,	brincando,	ousando	e	criando,	porque	é	
a	comunicação	a	ferramenta	que	te	levará	a	todos	
os	caminhos.
45
Síntese
Abordagem de 
humor, ironia ou 
sátira
Função da 
paródia
Mudança 
estrutural
Função e 
características
Diferença entre 
estilização, 
paráfrase e 
paródia
Intertextualidade
Gêneros
Textuais
Tipos de 
Textos 
Texto
 narrativo
Texto 
descritivo
Texto 
argumentativo
Texto 
expositivo
Paráfrase
Paródia
Estilização
Comunicação e 
seu dinamismo
Organização 
de informações
Função do 
texto
Diálogo entre dife-
rentes elementos
Textos previa-
mente existentes
Tipos de inter-
textualidade: 
explícita e implícita
Reafirmação de 
conceitos
Características da 
paráfrase
Utilização 
correta
Referências 
Bibliográficas 
& Consultadas
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dos de organização.	–	São	Paulo:	Contexto,	2008.
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construção dos sentidos.	10.	ed.	–	São	Paulo:	
Contexto,	2011.
KOCH,	Ingedore.	Grunfeld	Villaça.	A coesão textual.	
22.	ed.	–	São	Paulo:	Contexto,	2010.
KOCH,	Ingedore.	Grunfeld	Villaça.	Desvendando os 
segredos do texto.	7.	ed.	–	São	Paulo:	Cortez,	2011.
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construção dos sentidos.	10.	ed.	–	São	Paulo:	
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KOCH,	Ingedore;	TRAVAGLIA,	L.	A coerência textual.	
18.	Ed.	–	São	Paulo:	Contexto,	2010.
KOCH,	Ingedore;	ELIAS,	V.	Ler e compreender: os sen-
tidos do texto.	3.	ed.,	1ª	reimpressão.	–	São	Paulo:	
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de produção textual.	–	São	Paulo:	Contexto,	2009.
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linguagem.	São	Paulo:	Pearson,	2012.	[Biblioteca	
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Paulo:	Contexto,	2010.	[Biblioteca	Virtual].	Acesso	
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e argumentar.	São	Paulo:	Contexto,	2016.	[Biblioteca	
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e compreender:	os	sentidos	do	texto.	São	Paulo:	
Contexto,	2010.	[Biblioteca	Virtual].	Acesso	em:	8	
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	_Hlk532247403
	_Hlk532247537
	Introdução
	Gêneros textuais
	Tipos de textos
	Texto descritivo
	Texto Argumentativo
	Texto expositivo
	Texto injuntivo
	A intertextualidade
	Paródia
	Paráfrase
	Estilização
	Considerações finais
	Síntese
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