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RESUMO DTO PROCESSUAL DO TRABALHO

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RESUMO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
3º BIMESTRE
SENTENÇA: A Lei nº. 11.232 trouxe nova redação ao §1º do art. 162 do CPC, estabelecendo que “sentença é todo ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos artigos 267 e 269 desta Lei”. A redação anterior dizia que sentença é o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito. A sentença é o sentimento do Juiz sobre o processo. Onde ele irá decidir se acolhe ou não a pretensão posta em juízo, ou se extinguirá o processo sem resolução do mérito. Representa o acontecimento mais importante do processo. É o ato em que o Estado-Juiz resolve os conflitos de interesses submetidos à sua apreciação.
As sentenças proferidas pelos tribunais recebem a denominação de acórdãos (art. 163 do CPC).
O termo decisão é o gênero do qual a sentença é espécie. Assim, utiliza-se mais o termo sentença para qualificar a decisão de um processo judicial.
SENTENÇA x JULGAMENTO: Não são sinônimos. Julgamento é o ato pelo qual se decide alguma coisa. Sentença é a instrumentalização deste ato. É a formalização, que espelha, detalhada e fundamentalmente, o resultado do julgamento.
SENTENÇAS DEFINITIVAS E SENTENÇAS TERMINATIVAS: Estas expressões eram adotadas pelo Código de Processo Civil de 1939, sendo que o CPC de 1973, não as reproduziu. Todavia, estes termos continuam sendo utilizados pelos doutrinadores.
SENTENÇA TERMINATIVA – O juiz nem chega a verificar quem tem razão, pois foi constatado um vício formal, ou irregularidade no processo, não havendo julgamento do mérito, razão porque o juiz extingue sem resolução do mérito. Ou seja, se a sentença não examinou o mérito, em virtude do acolhimento de alguma preliminar aquela ação poderá ser repetida, isto é, aquela matéria poderá ser trazida novamente a exame por aquele órgão. Ambas, contudo, põem fim ao processo naquela instância.
SENTENÇA DEFINITIVA- A sentença examina o mérito, portanto, naquele órgão, tal matéria não mais será examinada. O juiz chega ao objetivo central do processo, na medida em que analisa a tutela pretendida, dizendo se acolhe ou não o pedido, julgado procedente ou improcedente o pleito da parte, ou seja, ele julga o mérito. Casos do 269, CPC.
A CLT, em seu art. 895, “a” e “b”, menciona o cabimento de recurso ordinário das sentenças definitivas. Porém, a leitura feita pela doutrina e pela jurisprudência, diz que se admite o cabimento de recursos não apenas das sentenças definitivas, como também, das sentenças terminativas.
FINALIDADES DA SENTENÇA:
A) Aplicação das normas legais (art. 126 do CPC): De um lado, revela a concepção legalista. De outro, significa valer-se de institutos existentes no ordenamento jurídico, para resolver as questões que lhe são trazidas pelas partes. Significa que o julgamento e, conseqüentemente, a sentença, deve ser amparada no ordenamento jurídico vigente.
B) Criação do direito: A sentença cria o direito para o caso concreto, individual, exercitável. A sentença é individual, específica, concreta, enquanto que a norma é impessoal, genérica e abstrata. A sentença representa o direito real, a norma representa o direito hipotético, em tese.
c) Realização da justiça: O Direito é atividade-meio, objetivando um fim, que é a justiça, segundo os valores médios da comunidade.
TIPOS DE SENTENÇA:
I – Declaratórias: São aquelas que se pronunciam sobre a existência ou inexistência de relação jurídica ou a autenticidade ou falsidade de documento. A sentença nada constitui e não condena, apenas cria uma certeza jurídica. Pode ser afirmativa ou negativa. EX: sentença que reconhece a existência de vínculo de emprego, estabilidade, tempo de serviço, etc.
II – Constitutivas: São aquelas que criam, modificam ou extinguem relações jurídicas. Constituem um direito que não existia; EX. dissídio coletivo de natureza econômica, onde são criadas ou modificadas certas condições de trabalho;
III – Condenatórias: Além de declarar o direito existente impõe uma obrigação ao réu de pagar, dar, fazer ou não fazer alguma coisa. Cria o título judicial; EX. sentença que manda o empregador pagar verbas rescisórias, horas extras, etc.
IV – Mandamentais: São aquelas que geram uma ordem, um mandado. O juiz dá uma ordem concreta para outra autoridade (ex. oficial de justiça), para praticar determinado ato, de caráter processual ou procedimental, cautelares. São mandados praticados por segurança, por cautela, por garantia.
V – Executivas: São sentenças que implicam na ação imediata do Estado, não se restringindo apenas na verificação do direito. O autor postula que a sentença lhe propicie a satisfação do direito, de forma direta. Exemplos: sentenças proferidas em ações de despejo, de depósito, de consignação em pagamento, etc.
* REQUISITOS ESSENCIAIS DA SENTENÇA: Arts. 458 do CPC e 832 da CLT.
Uma sentença deve ser completa, clara e concisa. É o que se chama de teoria dos três
* REQUISITOS ESTRUTURAIS OU FORMAIS:
a) Relatório: (art. 458, I, do CPC): O relatório deve respeitar a ordem cronológica do processo. No relatório não se faz qualquer comentário, mas apenas se descreve os eventos. É uma narrativa. O relatório deve ser, portanto, breve, conciso, objetivo e sem quaisquer circunlóquios.
b) Fundamentação: (art. 458, II, do CPC). O Art. 93, inc. IX, da CF, exige que as sentenças sejam fundamentadas, sob pena de nulidade. O art. 131 do CPC determina que o juiz esclareça na sentença os motivos que lhe formaram o convencimento. Não é suficiente que o juiz diga o direito, é necessário que demonstre como disse o direito, para, dessa maneira, convencer a todos. É a explicitação conjunta dos princípios do livre convencimento motivado, com o da persuasão racional. Na fundamentação, ao contrário do relatório, o juiz deve observar a ordem lógica, desconsiderando a cronologia. Citações doutrinárias e jurisprudenciais se forem feitas, devem ser apostas nesta parte da sentença.
c) Dispositivo: (art. 458, III, do CPC): É a conclusão da sentença. É a decorrência lógica da fundamentação, chamado princípio da congruência. É o momento em que o juiz resolve as questões que lhe foram apresentadas. É a proclamação do resultado do julgamento, acolhendo ou rejeitando os pedidos do autor, ou declarando o processo extinto sem julgamento do mérito. 
Observação: Embora não conste no CPC e nem mesmo na CLT, a sentença, na prática, possui quatro partes e não as três acima descritas, sendo que, antes do relatório, necessário se faz a elaboração de um cabeçalho. Quando, na Justiça do Trabalho os julgamentos são feitos em audiência, o cabeçalho é necessário. Ademais, a sentença que não for assinada pelo Juiz é tida como sentença inexistente.
* REQUISITOS INTERNOS OU INTRÍNSECOS:
a) Clareza: A sentença não deve ser ambígua. Não devem ser utilizados vocábulos pouco conhecidos. O latim deve ser evitado. Todos, incluindo os leigos, devem saber, ao lerem a sentença, exatamente o que consta do texto. A linguagem deve ser clara, leve, inteligível. Isto não significa, porém, abandonar a linguagem jurídica, ou desprezar os termos técnicos. 
b) Certeza: Isto é essencial em uma sentença. Vide art. 460, §1º e 461 do CPC. Ou acolhe-se o pedido, ou rejeita-se. Ou condena-se ou absolve-se. Não são admissíveis sentenças condicionais nem aleatórias. Ex. condenação em diferenças salariais e horas extras, caso sejam comprovadas na fase de liquidação. A medida da condenação ou absolvição deve ser explicitada e especificada. 
c) Exaustividade: o juiz deve examinar todas as questões de fato e de direito, que lhe forem submetidas pelos litigantes. O art. 5º, inc. XXXV, da CF, determina que a prestação jurisdicional seja completa. A sentença deve tratar de modo conciso, porém fundamentado, de todos os pontos. Evitar a omissão.
d) Adequação: A sentença deve adequar-se aos pedidos. Não pode a sentença decidir fora do pedido (extra petita); não deve decidir além do pedido (ultra petita); não deve decidir aquém do pedido (citra petita ou infra petita). A sentença não pode exceder os limites do pedido. Vide caput do art. 460 do CPC.EMBARGOS DE DECLARAÇÃO: a terminologia correta é opor embargos, que significa opor obstáculo. Embargos é um incidente processual.
1) O que é embargos de declaração, qual sua natureza jurídica e para o que serve? R: Embargos de Declaração é um impedimento à decisão judicial, visando sanar omissão, obscuridade ou contradição existente na decisão ou um pré-questionamento de determinada matéria que poderá ser renovada em instância seguinte. No CPC, inciso IV do artigo 496, os embargos de declaração aparecem como uma espécie de recurso, já na CLT, art 893, não são previstos como uma espécie de recurso, haja vista que os embargos de declaração vêm apenas corrigir certos aspectos da sentença, mas não reformar ou modificar seu conteúdo, não sendo assim devolvido o conhecimento da matéria versada no processo. Se houvesse natureza recursal, deveria haver prazo para a parte contrária opor contrarazões o que não ocorre. 
Os embargos de declaração não podem jamais visar a alteração do julgado, tratando-se apenas de meio de correção, de integração ou aperfeiçoamento da sentença. O juiz não vai redecidir, mas vai tornar a se expressar sobre algo que não ficou claro. 
2- Prazo para interposição? R: O prazo será de 05 (cinco) dias contínuos, contados da intimação da sentença ou acórdão. Antes da modificação do CPC, com a Lei 8.950 de 13/12/94, os embargos suspendiam o prazo para interposição de recurso.
3- Fundamentação legal? R: Art, 897-A, e 893, I da CLT. Arts. 463 inc. II e 535 a 538 do CPC e, Arts. 649, § 1º, da CLT.
4- Quem pode propor? R: As partes de forma independente, bem como os terceiros juridicamente interessados, que participarem da lide.
5-Local e forma de propositura? R: Serão opostos no próprio órgão que prolatou a sentença ou acórdão. Deverão ser opostos de forma escrita, não se admitindo a oposição verbal (art. 536 do CPC).
6-Tramitação? R: Para a oposição dos embargos, não será necessário efetuar o preparo (preparo é o adiantamento das despesas relativas ao processamento do recurso. O valor do preparo é a soma da taxa judiciária mais o porte de remessa e de retorno dos autos). Opostos os embargos, o prazo para oferecimento de quaisquer recursos pelas partes será interrompido. Não existe contraditório, nem instrução. A vara do trabalho decidirá os embargos no prazo máximo de 05 (cinco) dias, contados da data de sua propositura. Da decisão que julga os embargos não cabe nenhum recurso específico. Após as partes serem intimadas da decisão que julgou os embargos, recomeçara, para cada uma delas, o prazo para interposição de qualquer outro recurso.
· OBS.: 
Quem estará sendo embargada é a sentença ou o acórdão, e não a parte contrária. 
Ao ser requerida a procedência dos embargos opostos, deve-se mencionar apenas que o juiz ou tribunal supra a omissão ou esclareça a obscuridade ou contradição apontada, sem postular a forma como desejaria fosse resolvida a questão, pois isto pode acarretar o indeferimento dos embargos de plano. 
Caso o advogado, por descuido, não opor os embargos, as questões pertinentes ao mesmo, não poderão ser objeto de discussão em outro recurso, ocorrendo, dessa forma, a preclusão (Enunciado 184 do TST). O advogado, nesse caso, deve tentar “apelar” para o disposto no art. 515, §§ 1º e 2º, do CPC e/ou ainda, ao disposto nos Arts. 833 da CLT e 463, I do CPC. A decisão dos embargos passa a integrar a sentença.
RECURSO ORDINÁRIO:
1. O que é e para que serve? R: É a faculdade que a lei confere às partes de buscarem a invalidação ou a reforma total ou parcial da sentença. A parte que não concorda com a sentença, recorre para outro grau de jurisdição a fim de que se tenha outra sentença. É cabível apenas de sentenças e não de decisões interlocutórias. É cabível tanto das sentenças das Varas de Trabalho, quanto das sentenças (acórdãos) dos TRT’s, nos processos de sua competência originária. Das decisões de suspeição e incompetência, salvo quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final (art.799, § 2º da CLT).
2- Prazo? R: 08 (oito) dias, contados da publicação da sentença.
3 – Local da Propositura? R: Juízo da causa. No mesmo órgão que prolatou a sentença. Este fará o exame prévio dos pressupostos de admissibilidade e remetera ao Tribunal respectivo.
4. Fundamentação Legal? R: Art.895 da CLT. Art.6º, da lei 5.584/70
5. Efeitos? R: Em regra, apenas devolutivo (art. 899, § 2º, da CLT)
6- Pressupostos de Admissibilidade:
1) Objetivos ou extrínsecos: 
A) Recorribilidade: precisa ter previsão legal. Art 893- II CLT.
b) Adequação ou cabimento: A sentença a ser recorrida deve ensejar o recurso, ou seja, terminativa no órgão de origem, tanto vara do trabalho, quanto em TRT.
c) Tempestividade: Interposição no prazo estabelecido no artigo 895 da CLT - (8 dias); prazos para entes públicos serão em dobro. 16 dias (Decreto-lei nº 779/69)
d) Preparo- (art. 789 da CLT)
d.1) Custas: deverão ser pagas pela parte vencida art. 789, § 4º. A União não paga custas, Estados, Distrito Federal e Municípios, farão ao final do processo (Decreto-lei nº 779/69). A massa falida não paga custas (Em. 86 do TST), empresas em concordata pagam normalmente. O Reclamante só não pagará custas se for acolhido o pedido dos benefícios da assistência judiciária (art. 790, § 3º). O valor é de 0,2% sobre o valor da causa, observando o valor mínimo de R$- 10,64 (Art. 789 da CLT).
d.2) Depósito: O Reclamado para Recorrer sempre terá que efetuar o depósito recursal, no mesmo prazo de 8 dias . O depósito é feito em Conta vinculada do FGTS do Reclamante. Valor Máximo de R$ R$ 7.485,83 (sete mil, quatrocentos e oitenta e cinco reais e oitenta e três centavos
2) Subjetivos ou intrínsecos:
a) Legitimidade: A parte que teve uma sentença que lhe foi desfavorável em todo ou em parte. O MP do trabalho pode recorrer nos processos em que for parte, como naqueles em que oficiar como fiscal da lei. (inciso VI, art. 83 da Lei complementar nº 75/93).
b) Capacidade: trata-se da capacidade processual (art. 8º do CPC), art. 5º inciso, II e III do CC.
c) Interesse: O terceiro deve demonstrar o interesse jurídico em recorrer e não interesse econômico. Art. 499, § 1º do CPC - Enunciado 82 do TST.
7) Forma da interposição? R: Apenas por escrito (art.899, da CLT). Deve ter duas petições, uma para o juízo a quo (juízo de 1ª instância), para o exame prévio dos pressupostos de admissibilidade e outra, contendo as razões, para o Tribunal (juízo ad quem).
8) Quem pode interpor? R: Quaisquer das partes ou ambas, de forma autônoma ou adesiva. O terceiro juridicamente interessado;
OBS.: Caberá recurso ordinário do termo do arquivamento do processo em caso de ausência injustificada do reclamante na audiência, posto que terminativa do feito. O Recurso ordinário é voluntário, ou seja, a parte vencida recorre se quiser. Não há obrigatoriedade
Haverá recurso ordinário de ofício das decisões que condenem a União, Estados, Municípios ou fundações sem atividade econômica- Decreto Lei 779/69
RECURSO ADESIVO: Art. 500 do CPC. O recurso adesivo não é propriamente um tipo de recurso, mas uma forma de interposição de recursos "tardiamente" para aqueles que inicialmente não tinham intenção de recorrer, mas aproveitando o recurso da parte contrária, apresenta juntamente com suas contra-razões.
Não existe mais dúvida do seu cabimento no processo do trabalho. Enunciado 175 do TST, posteriormente Enunciado 196 do TST e finalmente Enunciado 283 do TST.
Pressupostos de Admissibilidades: Sucumbência recíproca; Haver condições de recorrer autonomamente.
1) O que é e para que serve? R: É a faculdade que a lei confere à parte, cuja sentença lhe foi favorável (total ou parcialmente), de impugnar o recurso impetrado pela parte contrária (sucumbente). Sob o ponto de vista exclusivamente processual, a ausência de contra-razões não gera nenhuma conseqüência para o processamento válido e regular do recurso. 
2) Prazo? R: O prazo para as contra-razões será sempre o mesmoque a parte contraria teve para impetrar o recurso respectivo. No caso do recurso ordinário será 08 (dias). 
3) Local da propositura? R: Juízo da causa. No mesmo órgão que prolatou a sentença e onde foi recebido e esta sendo processado o recurso.
4) Fundamento legal? R: Art. 900 da CLT.
5) Forma da interposição? R: Apenas por escrito (art. 899 da CLT, aplicado analogicamente). Duas petições: uma para o Juízo a quo, para que receba as contra-razões e outra contendo as mesmas, para o Tribunal.
6) Quem pode interpor? R: Desde que a sentença tenha sido favorável, total ou parcialmente e tenha sido impetrado recurso, qualquer uma das partes bem como o terceiro juridicamente interessado.
AGRAVO DE INSTRUMENTO: Seu conceito é encontrado na alínea b do artigo 897 da CLT; é o recurso usado para impugnar os despachos que denegarem seguimento a interposição de outro recurso. Ressaltando-se que no processo do trabalho não cabe recurso (agravo de instrumento) das decisões interlocutórias, sendo somente este mecanismo utilizado como recurso dos despachos acima citados.
Das decisões interlocutórias (terminativas) puderam ter seu inconformismo suscitado quando da interposição do recurso ordinário da decisão definitiva do feito. 
A finalidade exclusiva do agravo de instrumento no processo do trabalho é destrancar recursos, sendo cabível também contra despacho que impede o pedido de revisão do valor da causa.
NÃO CABE AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA: indeferimento de prova; admissão ou denegação da intervenção de terceiros (art.893, § 1º).
Quando do despacho denegatório de embargos de execução, sendo cabível o agravo de petição (art. 897,a)
Contra despacho que não admite agravo de instrumento, sendo o certo interpor agravo regimental desde que haja previsão nesse sentido no regimento interno do TRT, ou mandado de segurança se conseguir demonstrar a existência de direito líquido e certo.
Do acórdão do TRT que julgar o agravo de instrumento não caberá o recurso de revista (Enunciado 218 do TST) pois o agravo de instrumento não entra no mérito da questão da revista, apenas verifica se esta pode ou não subir.
No TST o ministro relator do agravo de instrumento pode negar seguimento ao referido recurso caso a decisão recorrida esteja em consonância com o enunciado da súmula da jurisprudência do TST (§ 5º do artigo 896 da CLT). Dessa decisão caberá agravo regimental.
PRAZO: De 08 dias. Que foi unificado o prazo de recursos no processo do trabalho pela Lei 5.584/70 e a Lei 8.432 que deu nova redação ao caput do artigo 897 da CLT.
PROCEDIMENTO: o artigo 524 do CPC dispõe que “o agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente” por meio de petição. Dessa forma poderíamos entender que a petição de agravo seria apenas dirigida ao Tribunal. Mas deve ser apresentado no primeiro grau, aí porque incorreta a expressão.
A CLT não menciona onde deve ser ingressado o agravo, apenas que vai julga-lo, que é o tribunal. Assim, a aplicação subsidiária do CPC, que com a nova redação do artigo 524 modificou a redação de forma a orientar que seja ingressado no juízo “A quo”. O agravo será apresentado por petição, seguindo os trâmites do artigo 534 do CPC. 
RECURSO DE REVISTA: Art. 896 da CLT.
Na redação original do art. 896 da CLT, o recurso de revista era chamado de recurso extraordinário, o que somente foi alterado a partir da Lei n. 861/49. A pretensão revisional é via restrita que se destina, exclusivamente, à revisão de questões jurídicas apreciadas na segunda instância, contra acórdãos proferidos por tribunais regionais na apreciação de recursos ordinários e agravos de petição sempre no curso de reclamações individuais ou de ações civis públicas. Os pressupostos genéricos do recurso de revista são os mesmos dos outros recursos, acrescentado, apenas, que o valor das custas processuais poderá ser alterado em função do resultado do julgamento do recurso ordinário, (TST, Súmula n. 25).
O Recurso de Revista só pode ser interposto contra decisão que decidir o mérito da causa ou, em caso de decisão interlocutória, nas hipóteses excepcionais previstas na Súmula 214/TST.
Importante destacar que o prazo para a interposição e contra-razões do recurso de revista é de oito dias, sendo o mesmo julgado por uma das Turmas do tribunal Superior do Trabalho (art. 5º, a, da lei 7.701/88).
Por outro lado, estabelece o artigo 896, § 5º, primeira parte, que se a decisão impugnada estiver em consonância com súmula de jurisprudência uniforme do TST, o Ministro relator do processo poderá negar seguimento ao recurso de revista, cabendo, assim, agravo regimental. Nas reclamações Trabalhistas submetidas ao procedimento sumaríssimo, ou seja, nas causas que não ultrapassam 40 salários mínimos, o recurso de revista somente poderá ser manejado em caso de contrariedade a súmula do TST e/ou violação direta da CF/88.
EMBARGOS Visa sanar omissão ou obscuridade. Prazo 05 dias. Não tem contraditório / Não tem preparo e não tem duplo grau de jurisdição.
RECURSO ORDINÁRIO Visa outra sentença. Prazo de 08 dias. Se não adentrar com recurso, a parte que não se manifestou terá mais 08 dias para apresentar contra-razões (não há obrigatoriedade), mas só terá direito de contradizer o que foi alegado pelo autor. 
RECURSO ADESIVO ​ Se não paga custos/ perde prazo para apresentar recurso. Mesmo prazo de 08 dias. Art 500 CPC e 283 CLT.

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