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PETIÇÃO DTO TRAB - 1

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EXCELENTÍSSIMO (a) SENHOR (a) DOUTOR (a) JUIZ (a) DA XXª VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE - MG
JORGE DOS ANJOS, brasileiro, CASADO, inscrito ao CPF sob nº. XXX.XXX.XXX-XX, e no RG nº. XXXXXX, NIT nº XXXXX, PIS n° XXXXXXXX, CTPS n° XXXXXXXXXX, E-mail XXXXXXXX, domiciliado e residente à Rua BECO DAS CORES, nº. 50, Bairro SERRA, na cidade de BELO HORIZONTE – MG, vem perante Vossa Excelência, por seu procurador, instrumento de mandato anexo, propor a presente: 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face de LANCHONETE DOIS IRMÃOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ XX.XXX.XXX.XXXX-XX, com sede à AVENIDA DO CONTORNO, nº 1000, bairro DE LOURDES, CEP XX.XXX-XX, na cidade de BELO HORIZONTE - MG, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DA SÍNTESE DO CONTRATO DE TRABALHO
O Autor foi contratado pela reclamada em 04/12/2017, para exercer a função de atendente. Percebia mensalmente o importe de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), tendo para tanto, que realizar uma jornada de Segunda a Sexta das 8:00 às 13:15 horas, com 15 minutos de intervalo. Também esclarece ainda que somente podia registrar no cartão de ponto o horário contratual de trabalho (8h às 13:15). Foi despedido sem justo motivo, cumprindo seu último dia de aviso prévio trabalhado em 28/06/2019. 
Ocorre que muitos de seus direitos não eram observados pelo reclamado, razão pela qual propõe a presente reclamação trabalhista.
II – DA JUSTIÇA GRATUITA
A reforma trabalhista, ao alterar o Art. 790 da CLT, trouxe expressamente o cabimento do benefício à gratuidade de justiça ao dispor:
Art. 790 (...) § 4° O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. (Incluído pela Lei n° 13.467, de 2017).
Assim, considerando que a renda do reclamante girava em torno de R$ 1.500,00 reais e o mesmo encontra-se desempregado no momento, tem por insuficiente para cumprir todas as obrigações alimentares e para subsistência de sua família.
Trata-se da necessária observância a princípios constitucionais indisponíveis preconizados no artigo 5°, XXXV da Constituição Federal, pelo qual assegura a todos o direito de acesso a justiça em defesa de seus direitos, independente do pagamento de taxas, por ausente prova em contrário do direito do benefício. 
Para tanto, junta em anexo declaração de hipossuficiência que possui presunção de veracidade, conforme expressa redação da súmula 463 do TST:
Súmula 463 do TST
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da orientação jurisprudencial n° 304 da SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC/2015) – Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.06.2017
I – A partir de 26.06.2017, para concessão da assistência judiciaria gratuita à pessoa natural, basta declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 CPC de 2015).
Assim, tal declaração só pode ser desconsiderada em face de elementos comprobatórios suficientes em contrário, conforme lecionam grandes doutrinadores sobre o tema:
“1. Requisitos da Gratuidade da Justiça. Não é necessário que a parte seja pobre ou necessitada para que possa beneficiar-se da gratuidade da justiça. Basta que não tenha recursos suficientes para pagar as custas, as despesas e os honorários do processo. Mesmo que a pessoa tenha patrimônio suficiente, se estes bens não tem liquidez para adimplir com essas despesas, há direito à gratuidade.” (MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIEIRO, Daniel. Novo Código de Processo Civil comentado. 3ª edição. Revista dos Tribunais, 2017. Vers. Ebook. Art 98)
Por tais razões, com fulcro no art. 5º, LXXV da Constituição Federal, pelo art. 98 do CPC e 790 § 4 da CLT requer seja deferida a AJG ao requerente.
III – DO DIREITO
1. Das Horas Extras
O Reclamante, como já dito outrora, tinha como jornada contratual das 8:00 às 13:15, com 15 minutos de intervalo. Contudo, por necessidade do trabalho, normalmente o Reclamante não conseguia encerrar suas atividades no horário contratado e com isso, saía da sede da reclamada em torno das 14h15min todos os dias da semana. 
Ademais, todos os dias o reclamante era obrigado a cumprir jornadas de plantões sem qualquer remuneração por hora extra, trabalhando de segunda a sexta, cumprindo em média 1 hora extra por dia, sendo devido o pagamento de horas extras, conforme precedentes sobre o tema:
HORAS EXTRAS. Comprovado o labor aos sábados há a descaracterização do sistema de compensação, havendo horas extras a serem quitadas. Indevido o pedido de aplicação da jornada alegada na inicial, porquanto juntados os cartões ponto. Recurso do reclamante parcialmente provido. (TRT-24 002517566120155240071, Relator: RICARDO GERALDO MONTEIRO ZANDONA, 2ª TURMA, Data de Publicação: 18/09/2017)
Assim, considerando que o Reclamado não adimpliu com o período extraordinário laborado, o Reclamante faz jus ao pagamento de horas extras, com os adicionais devidos: 50% cinquenta por cento, e 100% para os feriados trabalhados, devendo usar como base de cálculo as parcelas de natureza salarial e acrescidos dos adicionais (OJ 97 e Súmula 132 do TST).
Destarte, como restará provado em sede de instrução processual, faz jus o Reclamante à percepção do pagamento horas extras, equivalente a 5h semanais, referente a toda a relação laboral havida entre as partes, acrescido de 50% sobre a hora normal, conforme dispõe o parágrafo 1º do artigo 59 da CLT. Procedente a demanda no aspecto, requer ainda os reflexos em saldo de salário, DRS, férias acrescidas de 1/3 constitucional, 13º salários, FGTS e multa de 40%.
Por habituais, requer ainda a condenação do reclamante ao pagamento dos seguintes reflexos:
	c) Férias (Art. 142, §5° da CLT);
	e) Aviso prévio (Art. 487 da CLT, § 5°);
	f) FGTS sobre verbas rescisórias (Súmula 63 do TST);
	g) Multa de 40% do FGTS (Súmula 63 do TST);
h) Gratificações e 13° (Súmula 45 do TST);
i) Repousos semanais (Art. 7°, “a” da Lei 605/49 e Súmula 172 TST);
j) Multa do Art. 477, §8°, da CLT.
	
2. Da Habitualidade das Horas Extras
No presente caso, por tratarem-se de horas extras habituais, configuram legitima expectativa do trabalhador, caracterizando o conceito de habitualidade, conforme descreve doutrina especialidade sobre o tema:
“Por essas razões, não se mede a habitualidade pela frequência do pagamento ou pelo número de meses em que houve a repetição do evento, algo que significa apenas um indício e não um elemento seguro. Mede-se a habitualidade, sim, pela expectativa da repetição do evento, por aquilo que seja razoavelmente esperado por ambas as partes – esperado que se receba e esperado que se tenha desembolso.“ (SILVA, Homero Batista Mateus da. Curso de Direito do Trabalho Aplicado. Vol 2. Editora RT, 2017. Versão ebook, cap. 20) 
E no presente caso, pela continuidade por mais de indicar meses exercendo a mesma quantidade de horas extras, tem-se pela manifesta habitualidade configurada.
Portanto, devem ser incorporadas ao salário, uma vez que não se pode reduzir abruptamente os rendimentos do trabalhador, conforme precedentes sobre o tema:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. BANCO DE HORAS CUMULADO COM ACORDO DE COMPENSAÇÃO SEMANAL – PRESTAÇÃO HABITUAL DE HORAS EXTRAS. O TRT verificou a concomitância dos regimes de banco de horas e de compensação semanal, bem como a prestação habitual de horas extras. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a adoção concomitante do regime de compensação semanal e banco de horas, por meio de norma coletiva, não é incompatível ou geral, por si só, a invalidade dos regimes, mas desde que não constatada nenhuma irregularidade em nenhum dos regimes, como a prestação habitual de horas extras. Todavia, no caso, é incontroversa a existência de horas extras prestadas de forma habitual, ultrapassando o limite de dez horas diárias. Incidência do óbice da Súmula nº 126/TST, noparticular. Agravo de instrumento conhecido e desprovido. (TST, AIRR – 791 – 85.2015.5.09.0965, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, Data de Julgamento: 18/12/2018, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 07/01/2019)
Portanto, configurada a habitualidade das horas extras, a sua incorporação é medida que se impõe.
3. Horas Extras à Disposição do Empregador
O Reclamante, além de realizar fielmente suas atividades como acordado, era obrigado a prolongar sua jornada em até 15 minutos antes de seu horário para poder vestir o uniforme, de uso obrigatório, o qual ficava disponível somente na empresa. 
Ou seja, estava à disposição do Empregador em mais 15 minutos além do horário contratual, sendo devido o reconhecimento de jornada de trabalho:
HORAS EXTRAS. TEMPO GASTO À DISPOSIÇÃO DA EMPRESA. As atividades do tipo da desenvolvida pelo Autor implicam em muito suor e contato com diversos materiais que acabam sujando o indivíduo, não sendo razoável exigir-se que saia do trabalho uniformizado e sem banho. Logo, ante a impossibilidade de o Autor ir embora após o término do trabalho, esse tempo gasto no vestiário deve ser pago como horas extras. Aplicação analógica da Súmula 429 do TST. (TRT-1 – RO: 00117353320155010040, Relator: GISELLE BONDIM LOPES RIBEIRO, Data de Julgamento: 15/03/2017, 7ª Turma, Data de Publicação: 31/03/2017)
HORAS EXTRAS. TROCA DE UNIFORME. O tempo despendido pelo empregado na troca de uniforme, quando ultrapassados os cinco minutos de tolerância previstos no §1° do art. 58 da CLT, caracteriza-se como tempo a disposição do empregador, consoante Súmula 366 do C. Tribunal Superior do Trabalho. Recurso da reclamada não provido, no particular. HORAS EXTRAS.ACORDO DE COMPENSAÇÃO. INVALIDADE. A prestação habitual de horas extras e o labor em condições insalubres sem a prévia autorização do poder público, nos termos do art. 60 da CLT, invalidam o acordo compensatório de horas extras. Entendimento firmado pelo Pleno deste Regional no julgamento do IUJ 0024170-23.2015.5.24.0000. Recurso do reclamante provido. (TRT-24 00248537120155240061, Relator: RICARDO GERALDO MONTEIRO ZANDONA, 2ª Turma, data de Publicação: 11/02/2017)
Razão pela qual, o tempo dedicado a troca de uniforme deve ser computado como hora extra e repercutir em todos os seus reflexos, conforme cálculo discriminado em anexo
4. Dos Prêmios e Gratificações Habituais
O reclamante recebia habitualmente valores intitulados ‘prêmio’ em seu contracheque no valor de R$ 100,00 reais mensais. Ocorre que a natureza desta remuneração, a Reclamada deveria efetivar o devido recolhimento de todos os encargos trabalhistas inerentes à natureza salarial dos pagamentos.
A CLT, recentemente alterada pela lei 13.467/17, esclareceu a natureza de prêmios excluindo deste conceito os pagamentos sem natureza de recolhimento por desempenho superior:
Art. 467 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber 
(...)
§ 4° Consideram-se prêmios as liberdades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
Ou seja, deve ficar perfeitamente demonstrada a natureza extraordinária destes valores, o que é descaracterizado pelo pagamento habitual de tais verbas.
Diferente disto, seria reconhecer que o trabalhador tinha desempenho excepcional todos os meses, o que evidentemente não parece razoável. 
A habitualidade , apesar de prevista na Reforma Trabalhista, retira totalmente o caráter excepcional do merecimento ao prêmio, pois deixou de superar o ordinariamente esperado.
Este entendimento predomina nos tribunais:
GRATIFICAÇÕES DE FUNÇÃO. SUPRESSÃO. Tendo a reclamante trabalhado por mais de dez anos recebendo o pagamento de gratificações de função, é ilegal a supressão da vantagem quando do retorno ao serviço após o gozo do benefício previdenciário. Em respeito aos princípios da irredutibilidade salarial e da estabilidade financeira, faz jus a trabalhadora à percepção da média das gratificações recebidas no decênio anterior, nos termos da fundamentação. Aplicação do item I, da súmula 372 do TST. (TRT-4, RO 00215763320165040008, Relator(a): Emilio Papaleo Zin, 7ª turma, publicado em: 28/02/2019)
PRÊMIOS – HABITUALIDADE – INTEGRAÇÃO – Ressalta-se que a reclamada sequer colacionou aos autos o regramento específico a que se referiu em defesa, a fim de se verificar os critérios, bases e natureza jurídica dos pagamentos destes prêmios. Ademais, da análise dos comprovantes de pagamento juntados, observa-se que o pagamento a título de “incentivo de vendas” era pago habitualmente e, ainda, com a incidência de DSR. Diante da habitualidade no pagamento dos prêmios, deverá integrar a remuneração nos termos do art. 457 da CLT. Recurso a que se dá provimento nesse ponto. (TRT-2, 1002006-24.2017.5.02.0086, Rel. ODETTE SILVEIRA MORAES – 11ª Turma – DOE 27/02/2019)
PRÊMIOS POR METAS – PAGAMENTO HABITUAL. NATUREZA SALARIAL RECONHECIDA. Prêmios por metas pagos habitualmente pelo empregador tem caráter contraprestativo, e consequentemente, natureza salarial, a teor do art. 457, §1°, da CLT, devendo integrar os títulos legais e contratuais percebidos pelo empregado. In casu, os demonstrativos de pagamento registral a habitualidade do pagamento do título em questão, em contraprestação ao atingimento de metas, o que lhe confere natureza salarial e geral direito à integração nas demais verbas contratuais e legais. Sentença mantida. (TRT-2, 1001757-55.2017.5.02.0383, Rel. RICARDO ARTUR COSTA E TRIGUEIROS – 4ª Turma – DOE – 12/02/2019)
A doutrina, no mesmo sentido, traz este esclarecimento:
O fato de o empregador rotular um pagamento como “prêmio-produção”, “prêmio-assiduidade” ou “prêmio” por tempo de serviço, por exemplo, não acarreta a interpretação que estas parcelas não tem natureza salarial, pois contra prestacionam o trabalho executado ou gratificam, além de serem habituais, e, por isso, tem natureza salarial (Súmula n° 409 do STF) e não se caracterizam como prêmio stricto sensu, mas sim em gratificações (interpretação contida, por exemplo, nas Súmulas nos 115, 202, 203, 225 do TST – todos nominaram as referidas parcelas como gratificações e não como prêmios). (CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho, 11ª edição. Método, 06/2015. Vitalbook file, Capítulo 33, Título 7)
Razão pela qual, devido o reconhecimento dos valores pagos a título de “Prêmio” – R$ 100,00 (mensais) como natureza salarial para fins os devidos reflexos.
IV – DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Segundo declaração acostada à presente, há de constatar que o Reclamante é hipossuficiente na acepção financeira, de modo a não possuir condições de arcar com as custas processuais, e, menos ainda, com a remuneração dos serviços prestados pelo seu patrono em defesa dos seus interesses.
Requer, pois, a condenação da Reclamada em honorários sucumbenciais no percentual de 15% sobre o valor bruto total resultante desta demanda, como medida apta a custear o trabalho advocatício.
V – DA INDICAÇÃO DE VALOR CERTO E DETERMINADO
Inicialmente declara que indica aproximadamente os valores pleiteados ao final de cada pedido, com base na documentação e informações disponíveis ao trabalhador.
	Em relação aos valores, indica apenas valores genéricos, nos termos do Art. 324, §1°, III do CPC/15, pela impossibilidade de mensuração por inacessibilidade da documentação necessária dos cálculos, que estão de posse do Reclamado. 
Deixa de liquidar os valores pleiteados, pois a redação introduzida pela Reforma Trabalhista exige apenas a indicação de valor certo e determinado, não exigindo em momento algum a sua liquidação, vejamos:
Art. 840 - §1° Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e comindicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
Afinal, tal compreensão poderia ferir frontalmente princípios basilares da Justiça do Trabalho, tais como o da SIMPLICIDADE, INFORMALIDADE, CELERIDADE e do AMPLO ACESSO À JUSTIÇA.
Renomada doutrina, ao analisar a matéria, destaca:
“A lei não exige que o pedido esteja devidamente liquidado, com apresentação de cálculos detalhados, mas que indique o valor. De nossa parte, não há necessidade de apresentação de cálculos detalhados, mas que o valor seja justificado, ainda que por estimativa. Isso se justifica, pois o reclamante, dificilmente, tem documentos para o cálculo de horas extras, diferenças salariais, etc. Além disso, muitos cálculos demandam de análise de documentação a ser apresentada pela própria reclamada.” (SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho. 13ª ed. Editora LTR, 2018. P. 570)
Aceitar interpretação extensiva à norma seria criar obstáculo inexistente em manifesto cerceamento ao direito constitucional de acesso à justiça.
VI – DOS REQUERIMENTOS
Diante todo o e o pedido de:
1. Desconsideração da Personalidade Jurídica
O recebimento do incidente de desconsideração da personalidade jurídica e consequente responsabilização dos sócios pelas verbas trabalhistas.
2. AJG
A concessão dos benefícios da Gratuidade Judiciária, por tratar-se o Reclamante de pessoa pobre nos termos da lei, não possuindo condições financeiras de arcar com os custos da presente ação sem prejuízo de sua subsistência e de sua família
3. Inversão do Ônus da Prova
A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a documental, testemunhal e pericial, com a inversão do ônus da prova nos termos do Art. 818, §1° da CLT.
VII – DOS PEDIDOS
A total procedência da presente Reclamatória, condenando o Reclamado a:
1. Horas Extras – Sejam pagas as horas extras trabalhadas, com reflexo, pela habitualidade, nas férias, na gratificação natalina, nos repousos semanais remunerados, FGTS e multa de 40%;
Valor de horas extras devido R$ XXX
2. Horas de Sobreaviso - Sejam pagas as horas de sobreaviso com reflexo, pela habitualidade, nas férias, na gratificação natalina, nos repousos semanais remunerados, FGTS e multa de 40%;
Valor de horas extras de sobreaviso R$ XXX
3. Horas à disposição - Sejam pagas as horas à disposição do empregador, com reflexo, pela habitualidade, nas férias, na gratificação natalina, nos repousos semanais remunerados, FGTS e multa de 40%;
Valor de horas à disposição devido R$ XXX
4. Reflexos Nas Verbas Trabalhistas - Seja a reclamada condenada ao pagamento dos reflexos do presente pedido nas verbas trabalhistas do seguinte período: 04/12/2017 a 28/06/2019.
a) Salários – R$ XXX
b) Horas Extras – R$ XXX
c) Férias – R$ XXX
d) Décimo Terceiro – R$ XXX
e) Aviso prévio, nos termos do Art. 487 da CLT – R$ XXX
f) FGTS sobre verbas rescisórias – R$ XXX
g) Multa de 40% sobre saldo do FGTS – R$ XXX
h) Repouso semanal – R$ XXX
5. Prêmios - Seja reconhecida a natureza salarial dos valores recebidos à título de prêmios e gratificações com os reflexos trabalhistas inerentes à remuneração.
Valor devido R$ XXX
6. Honorários - Seja condenada ao pagamento dos honorários do procurador do Reclamante na razão de 15% sobre o valor bruto da condenação, nos termos do Art. 191-A;
Valor devido R$ XXX
7. Seja determinado o pagamento imediato das verbas incontroversas, sob pena de aplicação da multa do artigo 477 da CLT;
Multa, se devida R$ XXX
8. Requer a aplicação de juros e correção monetária até o efetivo pagamento das verbas requeridas
9. Requer que as intimações ocorram EXCLUSIVAMENTE em nome do Advogado XXXX, OAB N° XXX
10. A notificação da Reclamada para apresentar defesa, se quiser, sob pena de revelia e confissão;
Por fim, manifesta o interesse na audiência conciliatória, nos termos do Art. 319, VII do CPC
Junta em anexo os cálculos discriminados das verbas requeridas nos termos do Art. 849, §1 da CLT.
Dá à presente, para fins de distribuição, o valor da causa de aproximadamente R$ XXXXXXXXX
Nestes termos, pede deferimento.
Belo Horizonte, XX/XX/XXXX
ADVOGADO XXXXXX 
ASSINATURA XXXXXXX

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