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Protocolo de atendimento a pacientes idosos diabéticos na Clínica Integrada III (odontogeriatria) da Unimontes Protocol of care for elderly diabetics patients in the Integrated Clinic III (geriatric dentistry) of Unimontes Samuel Trezena1 Lucas Moreira Silva2 Lorenna Carol Santos Nunes3 Heberth Victor Silveira Peixoto4 Raissa Karen Ferreira Xavier5 Maria de Lourdes Carvalho Bonfim6 Maria Cleonice de Oliveira Nobre7 RESUMO Com o crescimento do envelhecimento populacional associado às mudanças sócio comportamentais, como o sedentarismo e a obesidade, aumenta-se a prevalência das doenças crônicas, sendo a diabetes mellitus a terceira maior delas. Essa doença é uma desordem endócrino-metabólica causada pela falta ou até mesmo da deficiência de ação da insulina, podendo acarretar significativas alterações na cavidade bucal de indivíduos portadores de tal condição. Assim sendo, o objetivo desse estudo é descrever sobre o diabetes mellitus e elaborar um protocolo de atendimento à pacientes idosos diabéticos da clínica integrada III (odontogeriatria) do curso de Odontologia da Unimontes, já que 16% das pessoas atendidas no 1 Acadêmico do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros. samueltrezena@gmail.com 2 Acadêmico do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros. moreiralucas94@hotmail.com 3 Acadêmica do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros. lorennamoaz@gmail.com 4 Acadêmico do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros. heberth_victor@hotmail.com 5 Acadêmica do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros. rayssaespi@hotmail.com 6 Doutora em Odontologia em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em Epidemiologia pela Universidade Federal de São Paulo. Especialista em Saúde Pública pela Universidade de Ribeirão Preto, Epidemiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais e em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Estadual de Montes Claros. Graduada em Odontologia pela Universidade de Odontologia de Diamantina. Professora do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros.malu_cb2000@yahoo.com.br 7 Especialista em Administração dos Serviços de Saúde pela Universidade de Ribeirão Preto e em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Estadual de Montes Claros. Graduada em Odontologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Montes Claros. Professora do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros.cleonicenobre@yahoo.com.br Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 047 primeiro semestre do ano de 2017 eram portadores de tal patologia. Utilizou-se 56 artigos da língua portuguesa, inglesa e espanhola, em plataformas de dados eletrônicos, relevantes ao assunto abordado, que serviram para construção deste artigo. Palavras-Chave: Diabetes. Idosos. Idosos diabéticos. Odontologia. ABSTRACT With the increase of population aging associated with socio-behavioral changes, such as sedentarism and obesity, the prevalence of chronic diseases increases, diabetes mellitus being the third largest of them. This disease is an endocrine- metabolic disorder caused by the lack or even deficiency of insulin action, and may cause significant changes in the oral cavity of patients with such condition. Therefore, the purpose of this study is to describe diabetes mellitus and elaborate a protocol for the care of elderly diabetic patients of the Integrated Clinic III (geriatric dentistry) of the dentistry course at Unimontes, as 16% people attended in the first semester of 2017 were carriers of such pathology. We used 56 portuguese, english and spanish articles on electronic data platforms, relevant to the subject matter, which served to construct the article. Key Words: Diabetes. Elderly. Diabetics. INTRODUÇÃO Desde o final do século XX, com o aumento da expectativa de vida, o percentual da população idosa vem crescendo em todo mundo. Tal crescimento implica no aumento da incidência de diversas doenças, que tipicamente acometem a população acima dos 60 anos. Garantir uma boa qualidade de vida para essa determinada porção da população é fundamental, o que diz respeito a melhorias em aspectos fisiológicos, patológicos, psicossociais, socioculturais, econômicos e ambientais, refletindo diretamente no nível de saúde do indivíduo(SOARESetal,. 2005). É fato que com o envelhecimento, o organismo passa por diversas alterações, comumente afetando seu estado físico, emocional e nutricional. O acometimento da boca por alterações fisiológicas e patológicas refletem no estado de saúde do indivíduo, principalmente na questão nutricional e social. Condições como edentulismo, doença periodontal, cáries, redução do fluxo salivar e acúmulo do biofilme são frequentemente encontradas em idosos. Algumas doenças que incidem Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 048 nessa faixa etária apresentam sintomas que podem criar condições propícias para uma qualidade de saúde bucal deficiente (ANDRADEet al., 2012). Uma das patologias que comumente afetam os idosos é a diabetes mellitus (DM), que é uma doença crônica, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da mesma de exercer adequadamente seus efeitos, determinando assim um aumento da glicose no sangue. Ocorreporque o pâncreas é incapaz de produzir insulina suficiente para suprir as necessidades do corpo humano, ou devido à incapacidade do hormônio de agir de forma adequada. A diabetes se divide em alguns tipos conforme a sua causa compondo-se de DM tipo I, tipo II, gestacional e outros tipos específicos, sendo a do tipo II a mais prevalente (NETOet al., 2012; SALESet al., 2017). Doenças sistêmicas como a diabetes mellitusprovocam desequilíbrio do organismo afetando o meio bucal, e quando associados à idosos.Os índices de uma qualidade bucal deficiente se tornam ainda maiores (FERREIRAet al., 2015; ROSAet al., 2008). Dos 94 pacientes que passaram ou que estão sendo atendidos pelo serviço da Clínica Integrada III (odontogeriatria), do curso de odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), no primeiro semestre de 2017, aproximadamente 16% eram portadores de DM. Diante desses fatos e considerando o aumento da população idosa em todo mundo, surge à necessidade da criação de um protocolo para atendimento desses pacientes. OBJETIVOS O objetivodo presente estudo é descrever sobre o diabetes mellitus e elaborar um protocolo de atendimento a pacientes idosos diabéticos da clínica integrada III (odontogeriatria) do curso de Odontologia da Unimontes. METODOLOGIA Para odesenvolvimento deste estudofoi realizada uma pesquisa no período de2003 a2017nas plataformasSCIELO, BIREME, MEDLINE, LILACS, Spell e PubMed, com os seguintes descritores: diabetes, idosos, idosos diabéticos e odontologia, além de palavras chaves em inglês elderly, blood glucose e diabetic. Concomitante à pesquisa dos artigos, a revisão de literatura foi sendo elaborada. Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 049 Dos 72 artigos encontrados, 50foram selecionados de acordo com critérios de inclusão como, relevância e pertinência ao assuntopesquisado. REVISÃO DE LITERATURA O fenômeno do envelhecimento populacional é um processo demográfico que faz parte do ciclo natural da vida e por isso se torna uma condição inevitável. Trata- se do declínio na proporção de jovens e crianças frente ao aumento da proporção de indivíduos idosos. Importante salientar que essa experiência cronológica representa uma construção dinâmica social, cultural e histórica e exerce uma influência variável sobre indivíduose comunidades (OLIVEIRAet al., 2016; CASTRO e SILVAet al., 2013; MELOet al., 2003). Nesse âmbito, a população idosa mundial vem se tornando cada vez mais representativa (TAVARESet al., 2010) e notoriamente, o resultado dessa transformação se deve aos avanços científicos, tecnológicos e comportamentais que culminaram na melhoria da qualidade e perspectiva de vida (ARAÚJO, 2013; SAINTRAINet al., 2008; MELOet al., 2003).Sabiamente, percebe-se que aliado a esse envelhecimento epidemiológico as alterações fisiológicas que comprometem o bom funcionamento do corpo são encontradas proporcionando ao idoso o desenvolvimento de patologias dentre as quais as doenças crônicas são as mais prevalentes (LIMAet al., 2017; ARAÚJO, 2013). Entre essas doenças a diabetes mellitus (DM) é a terceira doença crônica mais comum na população geriátrica. Segundo Lima e Fajardo (2016) sua prevalência em indivíduos idosos é de 22,9%. Seus sintomas destacam a poliúria, polidipsia e polifagia, mas também pode apresentar outros sinais principalmente a fraqueza, fadiga, letargia, prurido cutâneo e vulvar e visão turva podendo apresentar-se de forma assintomática.ADMéclassificada de acordo com sua origem, compondo-se de diabetesdotipo I, tipo II, gestacional e outros tipos específicos, sendo a do tipo II a mais prevalente com quase 90% (LIMAe FAJARDO, 2016; TERRAet al., 2011). O tipo I acomete mais crianças e jovens, ocorrendo quando a produção de insulina pelo pâncreas é insuficiente, sendo obrigada a sua reposição por meio de doses diárias de insulina aplicadas no sangue. O tipo II da doença é a mais comum Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 050 em pessoas obesas e idosas, porém maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse contribuem para o aparecimento da doença em jovens. Nesses casos há produção deficiente de insulina e sua ação é dificultada. Outro tipo de diabetes é agestacional. Nessa ocorre a presença elevada de glicose no sangue durante o período da gravidez, normalmente as taxas de glicose no sangue são normalizadas após o parto, porém essas mães e filhos correm maior risco de desenvolverem a doença do tipo II, tardiamente (SOARESet al., 2005; NETOet al., 2012). Segundo estudo feito por Francisco e colaboradores (2010) por faixa etária a DM é encontrada em 17,4% a 18,6% dos idosos de 60 a 69 anos, seguido de 16% na faixa etária de 70 a 78 anos.Abaixaprevalênciaéjustificadapela alta mortalidade, devido às complicações associadas à idade avançada, ao estilo de vida e dieta inadequada, principalmente nos indivíduos diabéticosdepoisdos 80 anos (NAGAIet al., 2012; MENDESet al., 2011; FRANCISCOet al., 2010). A cavidade bucal é o órgão que primordialmente pode manifestar alterações decorrentes das mudanças fisiológicas que o organismo está sofrendo devido a DM, principalmente em quadros ainda não diagnosticado ou não tratados.Podemos citar como variações intra orais que acometem o paciente diabético descompensado a xerostomia, a glossodinia, distúrbios de gustação, doença periodontal, tumefação das glândulas salivares parótidas, estomatites ulcerativas recorrentes e infecções fúngicas oportunistas como a candidíase e a queilite angular (COSTAet al., 2016; TERRAet al., 2011). Simultânea às mudanças fisiológicas promovidas pelo envelhecimento e pelas transformações patológicas pela DM, a hipossalivação e a doença periodontal são as mais observadas, assim como, as resultantes da diminuição do fluxo e mudança da consistência salivar. A diminuição da saliva nesses indivíduos é verídica e multifatorial sendo associada à utilização de medicamentos, hiperglicemia ea perda de líquido nesses indivíduos através da poliúria (LIMAet al., 2016; COSTAet al., 2016).Predominantemente, 75% dos indivíduos portadores da DM apresentam inflamações e infecções periodontais, sendo a periodontite a sexta complicação de cunho crônico apresentada em sujeitos com tal desordem metabólica.Ademais, pacientes diabéticos apresentam duas vezes ou mais agressividade na forma de apresentação da doença periodontal, fato devido às altas concentrações de citocinas pró-inflamatórias e prostaglandinas na corrente sanguínea pertinente a hiperglicemia crônica (LIMAet al., 2016; TERRAet al., 2011). Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 051 Uma vez que há uma fragilidade nas condições de saúde, essas pessoas tendem a aumentar a procura pelos serviços de saúde, incluindo os serviços odontológicos devido às consequências que essas alterações crônicas podem trazer a saúde bucal. Porém, frente às limitações patológicas que acometem os pacientes geriátricos o cirurgião dentista precisa se adequar a esses pacientes e agregar conhecimento especial para lidar com essas modificações em seu consultório para obterem êxito em suas intervenções (ARAÚJO, 2013; SAINTRAINet al., 2008; SALESet al., 2017). Considerando o atendimento odontológico ao idoso diabético, primeiramente deve ser realizada uma anamnese adequada, coletando informações pertinentes à doença. Nos pacientes com diagnóstico prévio, o dentista deve se informar sobreo tipo da doença (tipo I, ou II), duração da enfermidade, terapia, dieta, insulina, hipoglicemiantes, horário dos medicamentos, horário da última refeição, o nível de controle metabólico, presença de complicações secundárias da doença como: nefropatia, neuropatia, retinopatia, doença cardiovascular e vascular periférica, hipotireoidismo, dislipidemia e hipertensão arterial, sintomas de hipoglicemia, história de hospitalização e cetoacidose, infecções sistêmicas. Também é importante questionar sobre hábitos etilistas e tabagistas praticados pelo paciente. Após a anamnese, realiza-se o exame físico extra e intraoral do paciente, ao qual deve-se atentar para as manifestações bucais observadas no paciente com DM que, embora não sejam específicas do distúrbio, têm sua incidência ou progressão favorecida pelo descontrole glicêmico (TERRAet al., 2011). A confirmação do diagnóstico para a diabetes é feito através de testes que avaliam onível glicêmico no sangue, com valores acima de 126 mg/dL. A conduta clínica se difere em pacientes diabéticos compensados e pacientes diabéticos descompensados. Pacientes diabéticos compensados são aqueles que apresentam uma hemoglobina glicada menor que 7%, glicemia capilar pré-prandial entre 70 mg/dl e 130 mg/dl e pico de glicemia capilar pós-prandial (entre 1 e 2horas após o início da refeição) inferior a 180 mg/dl, podendo tais valores ainda variarem, na literatura buscada, para números menores que 200 a 250 mg/dl. Na primeira consulta recomenda-se pedido de exames como o hemograma, coagulograma e exame radiográfico panorâmico para verificar risco de focos de infecção em pacientes possivelmente descompensados. A grande maioria dos autores indica Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 052 conduta similar no tratamento a pacientes compensados e os não diabéticos (DHANYA et al., 2016; ALI e KUNZEL, 2012). São classificados como de baixo risco para o atendimento odontológico, pacientes com bom controle metabólico e acompanhamento médico adequado, que estejam assintomáticos, com ausência de complicações e com níveis de glicose sanguínea em jejum abaixo de 200 mg/dL, bem como hemoglobina glicada abaixo de 7%. Pacientes com risco moderado são aqueles sem história recente de cetoacidose ou hipoglicemia, que apresentam sintomas ocasionais e possuem poucas complicações. Os níveis de glicose sanguínea em jejum devem estar abaixo de 250 mg /dL e hemoglobina glicada entre de 7 a 9%. Os pacientes com alto risco são os que apresentam múltiplas complicações, com histórico frequente de hipoglicemia ou cetoacidose e que geralmente necessitam de ajustes na dosagem de insulina, podendo apresentar taxa de glicose em jejum algumas vezes acima de 250 mg/dL e hemoglobinaglicada acima de 9%(ALLI e KUNZEL, 2012; TERRA et al., 2011). Quanto ao horário das consultas, elas devem ser planejadas para o início ou meio da manhã (período em que a produção de insulina chega ao seu pico), de modo que não interfira na alimentação ou no uso dos medicamentos. Caso a consulta extrapole o tempo previsto e atrapalhe a dieta do paciente, indica-se uma refeição rápida ou o cancelamento da consulta e posterior remarcação. O diabético deve alimentar-se e fazer o uso de medicamentos adequadamente na véspera e momentos antes da consulta, minimizando assim complicações durante ou depois ao atendimento (TERRA et al., 2011; AGUIAR,2014). Antes da execução de procedimentos é importante que o cirurgião-dentista afira sinais vitais fundamentais para condução segura durante o atendimento, sendo inevitável a avaliação da taxa de glicemia capilar e avaliação da pressão arterial. Para isso, o profissional odontólogo deve estar preparado e possuir instrumentos básicos necessários ao atendimento desses pacientes, como:glicosímetro, esfigmomanômetro e estetoscópio, uma vez que grande parte dos indivíduos diabéticos também são hipertensos. Para casos de emergência, muito comum,quadroshipoglicêmicos, preconiza que o dentista porte seringas com soluções de glicose a 20% (CASTANHEDE, et al., 2011; NETO, et al., 2012). A mensuração da glicemia capilar deve ser realizada antes, durante e após o procedimento odontológico, assim como a verificação da pressão arterial antes e Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 053 depois da técnica anestésica, nos pacientes que relatam ter diagnóstico prévio de DM. A consulta deve ser adiada se o resultado do glicosímetro for inferior a 70 mg/dl e superior a 200 mg/dl, uma vez que tais situações apresentam risco ao procedimento ocorrendo quadro hiper ou hipoglicêmico (NETO et al., 2012; CAMPOS et al., 2009). Durante consulta odontológica, se o paciente não souber informar se possui ou não alguma alteração sistêmica ou se é portador de DM, e durante exame clínico encontrar números elevados na aferição da glicemia capilar concomitante a presença de manifestações bucais observadas apenas em indivíduos diabéticos, o profissional deve indicar a realização de exames complementares como a glicemia em jejum, teste oral de tolerância à glicosee/ou hemoglobina glicada (HbA1C), e encaminhamento para avaliação médica, para confirmar suspeita de quadro hiperglicêmico (COSTA et al., 2016; ALVES et al., 2006). A ansiedade e o medo são sintomas que devem ser controlados durante o atendimento odontológico, pois levam à liberação de adrenalina, causando aumento na glicemia. Visando reduzir essa tensão, recomenda-se utilizar técnicas de sedação auxiliar, quando apropriadas. A sedação inalatória é relatada por alguns autores como a técnica mais segura e previsível de sedação consciente. Os benzodiazepínicos usados para tratar ansiedade (diazepan, lorazepan), embora possam causar hiposalivação, não são contraindicados (ALVESet al., 2006). Durante maioria dos procedimentos odontológicos é imprescindível a utilização deanestésicos,sendo o vasoconstritor adicionado à solução, de suma importância, devido ao fato de diminuir o risco de toxicidade, aumentar a duração da droga, além de promover hemostasia local. O vasoconstritor indicado para tratamentos de pacientes diabéticos compensados são os vasoconstritores adrenérgicos, cujo principal é a epinefrina, comumente associado com o anestésico lidocaína na concentração de 1:100.000. A epinefrina possui efeito contrário a insulina, induzindo a quebra do glicogênio e transformando em glicose, estudos vêem relatando que esse aumento da glicemia é consideravelmente baixo, tendo poucas chances de afetar sistemicamente pacientes diabéticos. Assim, injetar o anestésico com cuidado e sempre realizar aspiração negativa é aconselhável afim de averiguar se a mesma não está sendo injetada diretamente sobre um vaso sanguíneo (AGUIAR, 2014; PAUL, et al., 2015 ;NETOet al., 2012). Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 054 Na presença da diabetes não controlada é contra-indicado o uso de soluções adrenérgicas, podendo assim optar por anestésicos alternativos como prilocaína associado a felipressina, pois é um vasoconstritor hormonal de pequeno impacto cardiovascular e hemodinâmico, tendo cuidado apenas com pacientes grávidas pelo risco de parto pré-maturo. O vasoconstritor pode ser usado tanto em pacientes saudáveis quanto em diabéticos, desde que o paciente venha fazendo o uso controlado de seus medicamentos e o cirurgião dentista deva está atento a uma possível intercorrência durante o atendimento (NETO et al., 2012 ;MELLO, et al., 2016; COSTA et al., 2016). O uso de antibióticos para pacientes com bom controle glicêmico é semelhante ao de não-diabéticos, ou seja, só deve ser realizado quando existirem sinais e sintomas sistêmicos de infecção, sendo adjuvante ao tratamento odontológicoe nunca sozinho como a primeira linha de cuidados.Por outro lado, indivíduos com diabetes, especialmente aqueles com diabetes não controlado ou mal controlado, apresentam maior susceptibilidade a infecções crônicas e inflamações dos tecidos orais. Devido a isso, em procedimentos invasivos, requer cobertura antibiótica no sentido de prevenir a infecção e, consequentemente, contribuir para a cicatrização das feridas. Não é necessário o uso de antibióticos nos procedimentos odontológicos de rotina, mas na presença de infecções bucais, esses devem ser prescritos, devido à baixa resistência e ao retardo da cicatrização em pacientes diabéticos (RAMU e PADMANABHAN, 2012; COSTA et al., 2016). Dessa forma, uso da profilaxia antibiótica para tratamentos dentários deve-se restringir principalmente a procedimentos que resultem em hemorragia na cavidade bucal. Dentre os procedimentos odontológicos nos quais há a recomendação da profilaxia antimicrobiana destacam-se as exodontias, procedimentos periodontais como cirurgia, raspagem, polimento e alisamento radicular, colocação de implantes e instrumentação endodôntica ou cirurgia parendodôntica, (RAMU e PADMANABHAN, 2012; RAZVIet al., 2014). Frente às evidências, é sugerida a não realização de antibiótico profilaxia em pacientes diabéticos compensados, mas seu uso está indicado nas seguintes situações: pacientes descompensados de alto risco frente a procedimentos cirúrgicos invasivos imprescindíveis, presença de infecções bucais em pacientes descompensados e em atendimentos de urgência nos quais não seja possível Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 055 determinar a classificação exata de risco apresentado pelo paciente (COSTAet al., 2016). Quando a profilaxia antibiótica é indicada para pacientes diabéticos imunocomprometidos a penicilina é a droga de escolha, visto que é eficaz contra bactérias intraorais aeróbias gram-positivas e anaeróbias, microorganismos encontrados no abscesso alveolar, no abscesso periodontal e em polpas necróticas. A combinação entre penicilina e ácido clavulânico pode ser realizada em infecções causadas por estafilococos, estreptococos e pneumococos. Pacientes alérgicos à penicilina são tratados com clindamicina 300 mg, que é a droga ideal de escolha e seguida de azitromicina e metronidazol(RAMU e PADMANABHAN, 2012). A cefalosporina é uma alternativapara pacientes alérgicos à penicilina e quando a eritromicina não pode ser utilizada. A cefalosporina é indicada na prática endodôntica, pois apresentam boa penetração óssea.Para os casos de gengivite ulcerativa necrosante aguda que requerem terapia antibiótica sistêmica em que a penicilina é impedida, as tetraciclinas são mais benéficas. É importante ressaltar que antibióticos de uso limitado devem ser preferidos em relação aos de amplo espectro, visto que promovem menos alterações no tratogastrointestinal (RAMU e PADMANABHAN, 2012). Caso o paciente apresente crise de hipoglicemia durante o tratamento odontológico, essa ação deve ser iniciada o mais rápido possível com ingestão de 15 gramas de carboidrato simples e reavaliar a glicemia capilar após 15 minutos. Se for maior que 60 mg/dl, pedir ao paciente que faça uma refeição que inclua carboidrato, proteína e lipídeos – lanche apenas composto por carboidrato leva a um rápido retorno da hipoglicemia. Se a glicemia for menor que 60 mg/dl, repetir o tratamento de 15 gramas de carboidrato simples e checar o nível glicêmico em 15 minutos. Continuar o protocolo até a glicemia estar mais alta do que 60 mg/dl e, então, seguir com o procedimento (COSTAet al., 2016). DISCUSSÃO Estima-se, em âmbito global, que o número de portadores de diabetes seja cerca de 250 milhões, podendo atingir em 2025 até 350 milhões de portadores. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (2008), 33% da população brasileira Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 056 dos 60 aos 79 anos de idade são portadores de diabetes ou têm alguma alteração relacionada à glicose (Mielczarskiet al.,2012). No que diz respeito às manifestações bucais do diabetes,Baldani (2010)cita a presença da doença periodontal, hipossalivação, xerostomia, candidíase, ardor bucal, língua geográfica, líquen plano bucal, glossite romboidal mediana, aumento das glândulas parótidas, hálito cetônico, úlceras traumáticas, entre outras. Entretanto, quando se trata de pacientes idosos é difícil distinguir as alterações bucais comuns à idade, como a xerostomia, doença periodontal, edentulismo, lesões na mucosa e placa bacteriana,das manifestações do diabetes (SALES e CATÃO, 2017). No entanto, Costa e colaboradores (2016), afirmam que as primeiras manifestações clínicas da diabetes mellitus podem ser encontradas na cavidade oral. Corroborando essa afirmativa, Terra et al., (2011), citaos tecidos periodontais como os mais acometidos pela DM, e Gupta et al.,(2016) mostra que o hábito de fumar em pacientes com diabetes diminui a resposta quimiotática, aumentando a agressividade da DP. Háconsensoentre Gupta et al.,(2016) e Terra et al.,(2011) sobre a relação epidemiológica da DP e DM, eles relatam que a DP é a sexta alteração crônica do paciente diabético. Porém, Lima e Fajardo (2016) cita a destruição tecidual de suporte dental como a primeira alteração mais prevalente. Vale ressaltar que a modificação da microbiota oral juntamente com a diminuição de saliva também pode predispor a candidíase (Leiteet al., 2013; Thomas e Mol, 2014), isso associado a episódios hiperglicemiantes,aumento da glicose na saliva e produção de ácidos vão favorecer a proliferação da cândida albicans nesses pacientes. A DM por si só, não vai causar a candidíase diretamente, e é necessário que ela esteja envolvida com alguma outra modificação no meio bucal, como por exemplo, a xerostomia (BALANet al.,2015; CANTANHEDE et al., 2013). É necessário que o cirurgião dentista saiba avaliar se o paciente está compensado ou não. Para isso, é preciso saber os valores relacionados à hemoglobina glicada e sua relação ao controle desses pacientes. Os pacientes diabéticos controlados podem ser tratados como pacientes sem o distúrbio metabólico. Isso concorda com Terra, et al., (2011), Costa, et al., (2016) e Neto, et al.,(2012) que afirmam que diabéticos bem controlados podem ser tratados sem necessidade de cuidados especiais, uma vez que respondem de forma favorável, como não-diabéticos. Dessa forma, a maioria dos procedimentos dentários de rotina Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 057 podem ser normalmente executados nesses pacientes. Indivíduos que não apresentem condição clínica anteriormente descrita são considerados como descompensados, sendo subdivididos em pacientes de pequeno, médio ou alto risco (ALLI & KUNZEL, 2012). Pacientes com baixo risco não apresentam restrições quanto ao atendimento odontológico, a menos que sua glicemia esteja fora dos padrões de normalidade, não sendo mais classificado como de baixo risco. Já em pacientes com risco moderado, segundo Terra e colaboradores (2011) podem ser submetidos a procedimentos como exames radiográficos, restaurações, profilaxias supragengival, raspagem e polimento radicular subgengival e endodontia, porém, em caso de cirurgia oral, essa só pode ser realizada após consulta com o médico do paciente. Diabéticos considerados de alto risco não devem realizar qualquer procedimento até que suas condições médicas estejam estabilizadas, sendo o tratamento apenas paliativo. Uma exceção importante é a do paciente cujo controle diabético está comprometido por uma infecção dentária ativa. Nesse caso, deve ser executado o procedimento mais simples para a manutenção do controle. Em alguns casos, as necessidades de insulina diminuem e um melhor controle metabólico pode ser obtido. Como diabéticos não compensados possuem maior risco de desenvolver infecções, se torna necessária a prescrição de profilaxia antibiótica prévia ao procedimento cirúrgico, de forma semelhante à utilizada para prevenção de endocardite bacteriana (RAMU e PADMANABHAN, 2012; TERRA et al., 2011). É consenso na literatura buscada, que as consultas a esses pacientes devem ser curtas, pela manhã (período que a insulina atinge seu grau máximo de secreção), com o cliente bem alimentado afim de se evitar episódios de hipoglicemia. Caso a glicemia esteja fora dos padrões, é aconselhável o cancelamento da consulta e remarcação posterior (COSTA, et al., 2016; ALLI e KUNZEL, 2012). Para Neto et al., (2012) e Cantanhede et al., (2013) para se evitar que haja esses desequilíbrios metabólicos antes das consultas faz se necessário a checagem da glicemia com glicosímetro, durante e até depois da consulta. Também sempre se certificar se o paciente vem tomando a medicação correta e em casos de estresse e ansiedade a prescrição de ansiolíticos é indicada a fim de evitar uma hiperglicemia e liberação de catecolaminas com consequente aumento da pressão sanguínea. O controle efetivo da ansiedade e da dor também se faz necessário frente a pacientes Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 058 com morbidade sistêmicas como o diabetes. A anestesia local eficaz e segura para este perfil de indivíduos desempenha um papel de extrema importância. Porém, um protocolo padrão para que se atinja esse objetivo com êxito encontrasse inexistente na literatura. Apesar disso, a literatura nos traz que precauções especiais são necessárias ao se tratar desse tipo de pessoa. Pacientes submetidos ao estresse psicológico na cadeira odontológica secretam adrenalina endógena que pode levar a um aumento inesperado da frequência cardíaca, pressão sanguínea e nível de glicose no sangue. Assim, recorrem-se as soluções anestésicas a fim de ajudar os pacientes fóbicos ansiosos a alcançar confiança, tranquilizarem-se e evitar esse quadro.Porém, não há consenso entre os autores quanto à segurança dos anestésicos locais utilizados nesses indivíduos (MELLO, et al., 2016; PAUL, et al., 2015). A adição de vasoconstritores a drogas anestésicas é plausível, pois ele promovem uma anestesia de maior duração, reduz o rico de toxicidade, adiando a absorção da anestesia e reduzindo o sangramento local. O vasoconstritormais utilizado é a epinefrina, todavia, é relatado que esse agente pode ser considerado hiperglicemiante por possui efeito contrário à insulina. O que gera desconforto na literatura frente ao seu uso ou não em pacientes diabéticos (MELLO, et al., 2016; PAUL, et al., 2015). Paul, et al., (2015) realizaram um estudo para verificar a variação de glicose em dois grupos de pacientes com diabetes mellitus tipo II compensados. Um grupo foi submetido à anestesia local com lidocaína 2% com epinefrinae o outro a anestesia local com lidocaína 2% sem epinefrina.Nenhuma diferença foi observada nos níveis de glicose no sangue, entre ambos os grupos, comprovando a segurança na utilização da epinefrina. Melloe colaboradores, em 2016, avaliaram a glicemia de pacientes diabéticos controlados submetidos à anestesia local com prilocaína 3% com felipressina 0,03UI / ml e lidocaína a 2% com epinefrina1: 100.000. Novamente não houve diferença estatisticamente significativa entre os valores de glicemia de ambos os anestésicos administrados. Por conseguinte, Andrade em 2014, afirma que as possíveis complicações que possam ocorrer após a administração de anestésicos locais com concentrações de epinefrina e volumes rotineiramente utilizados em odontologia são muito menores do que as que ocorrem frequentemente na clínica médica. Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 059 Compactuando com esses autores, Costa, et al., (2016) Aguiar (2014) e Neto, et al.,(2012), recomendam a utilização de lidocaína a 2% com epinefrina em pacientes diabéticos compensados, uma vez que seja respeitada a dose máxima permitida para o peso corporal do paciente e que essa infiltração aconteça de forma lenta e cuidadosa verificando a aspiração negativa para a mesma não ocorrer diretamente sobre um vaso sanguíneo.Apesar desses estudos recentes não apoiarem a contra-indicação de vasoconstritores adrenérgicos para pacientes diabéticos compensados, Souza et al., em 2003 se opõe a esses estudos e recomenda evitar o uso dessas soluções como medida preventivadevido à possibilidade delas poderem determinar hiperglicemias. De acordo com a American Dental Association (ADA - 2016), a profilaxia antibiótica é preconizada para proteger indivíduos que necessitam de maior cobertura contra bacteremias e infecções, devido oseusistema imunológico apresentar dificuldade na resposta contra microorganismos patogênicos. Principalmente em indivíduos portadores da DM, uma vez que, suas funções cicatriciais estarem em déficit (RAZVI, et al., 2014). Mas nem todo paciente diabético está sujeito a realização de profilaxia com antibióticos para execução de tratamento odontológico, observado em todos os trabalhos revisados para a escrita desse artigo, pacientes diabéticos com bom controle glicêmico não requerem tratamento diferencial dos pacientes não diabéticos, sendo a prevenção antibiótica indicada apenas para presença de foco infeccioso (COSTA, et al.,2016; SANTOS, et al.,2013; RAMU e PADMANABHAN, 2012). Ramu e Padmanabhan em 2012 avaliaram a utilização de antibióticos pela classe odontológica americana e constataram que o uso desses é indicado apenas como coadjuvante ao tratamento e nunca como a primeira técnica de escolha. Sendo a profilaxia antibiótica indicada em todos os casos quando há presença de foco infeccioso, de acordo com Egea e colaboradores (2017), Alves,et al.,2006, Tortamano em 2016 e a ADA (2016). No que diz a respeito, Costa e outros autores (2016), ainda recomendam a utilização de antibiótico profilaxia em infecções orais em pacientes com DM devido à baixa resistência desses e retardo para a cicatrização, assim também diz o estudo de Tortamano (2016) sobre o atendimento a pacientes idosos diabéticos. Hegab (2015) reconheceu a importância do tratamento antibiótico em pacientes diabéticos, uma vez que, quando estabelecida a Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 060 infecção deve ser rapidamente sanada evitando exacerbação do processo glicêmico e infeccioso. A grande maioria da literatura pesquisada entra em consenso quanto a prescrição de profilaxia antibiótica em casos de pacientes diabéticos descompensados de alto risco frente a procedimentos cirúrgicos invasivos imprescindíveis e em atendimentos de urgência nos quais não seja possível determinar a classificação exata de risco apresentado pelo paciente (COSTA et al., 2016; TORTAMANO, 2016; TERRAet al., 2011). Allie e Kunzel (2012) descreveram quanto à conveniência do emprego de profilaxia antibiótica antes e após terapias odontológicas invasivas nos pacientes dependentes de insulina, muito comum nos portadores do Tipo I, e ainda leva em questão quanto à utilização nos atendimentos emergenciais. É necessário o contato do cirurgião dentista com o médico responsável desses pacientes, considerados de alto risco, para prescrição antibiótica, uma vez que, em certas condições a hospitalização pode ser o ideal para intervenção infecciosa. Quando pacientes de médio e alto risco necessitam de tratamento odontológico cirúrgico imprescindível, esse só deve ser executado sob profilaxia antibiótica (TORTAMANO, 2016), sendo as exodontias, endodontias e especialmente terapêuticas periodontais, os procedimentos fundamentais e mais requisitados nesses indivíduos (EGEA et al., 2017; THOMAS e MOL, 2014; LEITE et al., 2014). De acordo com Terra e colaboradores (2011) o fato dos pacientes diabéticos mal controlados, ou de médio risco serem propensos a infecções e dificuldade de cicatrização, é importante a prescrição de antibioticoprofilaxia de 30 a 60 minutos antes do procedimento operatório, necessitando que o cirurgião dentista esteja atento durante procedimento cirúrgico a sinais de complicações, que podem ser comum nesses indivíduos (ALENCAR, et al., 2011). Santos, et al., em 2013, discutiram sobre a antibiótico profilaxia para realização do tratamento endodôntico em pacientes idosos, excluindo a realização da terapia em pacientes com controle desregulado, e quando for insubstituível a execução da mesma, a utilização de antibiótico adjuvante é obrigatório uma hora antes e seis horas depois ao procedimento. Em 2017, a Sociedade Europeia de Endodontia indicou a utilização de antibiótico profilaxia para a mesma situação de risco, mas levando em consideração a necessidade individual de cada pacienteem Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 061 poder desenvolver algum processo infeccioso ou dificuldade de reparo ao processo (EGEA et al., 2017). É notória a unanimidade que a literatura vigente tem abordando sobre a relação da DM com a doença periodontal, Chhabrani e colaboradores (2013), explicam a necessidade de constante acompanhamento a esses indivíduos para execução de profilaxias e alisamento radicular. A cobertura antibiótica acaba sendo necessária em casos em que o paciente apresenta pouco controle glicêmico e ou a terapia periodontal se encontra necessária para redução da inflamação local, provocando reduções glicêmicas no organismo, e também em emergências, uma vez que, nos procedimentos eletivos a consulta deve ser encerrada em pacientes com quadro instável (GUPTAet al., 2016; HEGAB, 2015). Nos pacientes com periodontite severa, a indicação para tratamento periodontal mecânico associado com a terapia antibiótica com a tetraciclina como droga de escolha obtêm significantes melhorias (CHHABRANI et al., 2013). Nas ocasiões em que se indica a profilaxia antibiótica para pacientes diabéticos imunocomprometidos a penicilina é a droga de escolha, visto que é eficaz contra maioria das bactérias intraorais. O uso da amoxicilina com clavunalato pode ser realizada em infecções mais significativas e nos pacientes alérgicos à penicilina é sugerida a prescrição de clindamicina, que é a droga ideal de escolha, seguida de azitromicina e ou metronidazol. A cefalosporina é uma alternativa para pacientes alérgicos à penicilina e quando a eritromicina não pode ser utilizada. (RAMU e PADMANABHAN, 2012; HEGAB, 2015). Mesmo com as alterações encontradas com o envelhecimento, os processos de farmacocinética e farmacodinâmica em indivíduos geriátricos quanto à ingestão de antibióticos betalactâmicos, exemploda penicilina, não demonstraram causar problemas ou efeitos secundários, sendo recomendando apenas a redução das doses para indivíduos comproblemas renais (OUANOUNOU e HAAS, 2015). É comum que o cirurgião-dentista enfrente situações de emergências diante do paciente diabético. A hipoglicemia, uma das principais situações de emergência desse perfil de paciente, representa um nível de glicose no sangue menor que 70 mg/dl. Atribui-se como fatores causais o uso de dose exagerada de insulina, uso de hipoglicemiantes orais ou ainda quando o paciente ingere pouco alimento. Seus principais sinais e sintomas são: fraqueza, palpitações, sudorese, fome, nervosismo, Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 062 cefaleia, confusão mental, tontura ou vertigem e perturbações visuais (SBD, 2017; COSTA et al., 2016; NETO et al., 2012). Frente a uma crise hipoglicêmica COSTA et al., 2016, NETO et al., 2012 e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD-2017) preconizam condutas iguais. Eles advertem que o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível com ingestão de 10 a 20 gramas de carboidrato simples (uma colher de sopa de açúcar, um copo de 200 ml de refrigerante comum ou 1 copo de suco de laranja) e reavaliar a glicemia capilar após 15 minutos. Se for maior que 60 mg/dl, pedir ao paciente que faça uma refeição que inclua carboidrato, proteína e lipídeos – lanche apenas composto por carboidrato leva a um rápido retorno da hipoglicemia. Se a glicemia for menor que 60 mg/dl, repetir o tratamento de 15 gramas de carboidrato simples e checar o nível glicêmico em 15 minutos. Continuar o protocolo até a glicemia estar mais alta do que 60 mg/dl e, então, seguir com o procedimento. Em casos de inconsciência (desmaio) ou convulsão, COSTA e colaboradores, 2016 e a SBD, 2017 recomendam a administração de glucacon, hormônio que estimula o fígado a liberar glicose armazenada na corrente sanguínea. Já para NETO et al., 2012, deve ser realizada a administração de glicose por via endovenosa. Por fim, é admitido pelos autores como conduta final o encaminhamento desse paciente a um hospital. Em contraste com a hipoglicemia, outra situação de emergência é a hiperglicemia causada porníveis sanguíneos elevados de glicose > 250 mg/dL em decorrência de pouca insulina no organismo ou quando mesmo presente o corpo não consegue usá-la de forma apropriada (NETO et al., 2012, SBD, 2017).Segundo Neto e outros autores(2012) seus sinais e sintomas iniciais incluem: sonolência, hálito cetônico, polidipsia, poliúria, enurese, fadiga, visão turva e náuseas,podendo evoluir para cetoacidose diabética: dor abdominal, vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental, convulsão e coma. Ainda de acordo com o mesmo autor, na percepção dessa condição deve-se a interromper o procedimento odontológico, deixar o paciente confortável, monitorar vias aéreas, aferir a PA e o pulso, além de poder administrar oxigênio e insulina quando dacetonúria a 20% e sem a 10% com subsequente encaminhamentodo paciente ao hospital. Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 063 PROTOCOLO DE ATENDIMENTO Após extensa procura literária e discussão sobre a DM, verificou-se na literaturaespecial precauçãono tratamento odontológico dos pacientes diabéticos. Porém, um protocolo padrão para que se atinja com êxito os pacientes diabéticos não foi encontrado nessa literatura. Segue uma proposta de um protocolo para o atendimento ao pacientes idosos diabéticos da Clínica Integrada III (odontogeriatria) do curso de odontologia da Unimontes. Quadro 1 – Protocolo de Atendimento ao paciente idoso diabético – Clínica Integrada III Nome do Paciente: Fonte: Horário da consulta: restringida ao início ou meio da manhã, com o paciente bem alimentado COSTA et al.,2016; ALLI & KUNZEL, 2012. Tempo previsto para consulta: de, no máximo, 50 a 60 minutos COSTA et al.,2016; ALLI & KUNZEL, 2012. Anamnese Diabético: ( )Sim ( )Não ( )Tipo I ( )Tipo II Paciente Compensado: realiza-se atendimento. Paciente descompensado: é encaminhado ao médico e após a doença estar controlada será submetido a tratamento odontológico, salvo em casos de urgência. PESQUISAR: Duração da enfermidade, terapia, dieta, insulina, uso de quais hipoglicemiantes, horário dos medicamentos, horário da última refeição, nível de controle metabólico, presença de complicações secundárias, sintomas de hipoglicemia, história de hospitalização e cetoacidose e infecções sistêmicas. Presença ou não de hábitos etilistas e tabagistas. COSTA et al.,2016; AGUIAR,2014; CANTANHEDE et al.,2013; NETO et al.,2012; TERRA, et al., 2011 SOUZA et al.,2003. Exame Físico Aferir a pressão arterial; Avaliação da glicemia. Baixo risco: Abaixo de 200 mg/dL Sem restrições ao atendimento odontológico. Médio risco: Até 250 mg/dL podem ser realizados exames radiográficos, restaurações, profilaxias supra-gengival, raspagem e alisamento radicular ALLI & KUNZEL, 2012; RAMU &PADMANABHAN, 2012; TERRA et al., 2011; SOUSA et al., 2003. Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 064 supra e subgengival e endodontia, porém, em caso de cirurgia oral, essa só pode ser realizada após consulta com o médico do paciente. Alto risco: Acima de 250 mg/dL não devem realizar qualquer procedimento até que suas condições médicas estejam estabilizadas, sendo o tratamento apenas paliativo em caso de urgência. Exame físicointraoral(observando manifestações bucais comuns da diabetes) e extraoral. Exames Possíveis de Serem Solicitados Hemograma, coagulograma, hemoglobina glicada e exame radiográfico panorâmico. ALLI & KUNZEL, 2012. Classificação do Risco ( ) Alto ( ) Médio ( ) Baixo RAMU e PADMANABHAN, 2012; TERRA et al., 2011. Fonte: Elaborado pelos autores Continuação Quadro 1 – Protocolo de Atendimento ao paciente idoso diabético – Clínica Integrada III Profilaxia Antibiótica Pacientes controlados: só deve ser realizada quando existirem sinais e sintomas de infecção ou risco de endocardite bacteriana. Pacientes não controlados: Imprescindíveis, -Presença de infecções bucais -Atendimentos de urgência nos quais não seja possível determinar a classificação exata de risco apresentado pelo paciente. Pacientes classificados de médio risco: profilaxiaantes de procedimento cirúrgicos. Droga de escolha: penicilina. Pacientes alérgicos à penicilina:clindamicina é a droga ideal de escolha, seguida de azitromicina e metronidazol. EGEA, et al., 2017; COSTA, et al., 2016; TORTAMANO, et al.,2016; American Dental Association, 2016; HEGAB, 2015; SANTOS, et al.,2013; RAMU, et al.,2012; ALVES, et al.,2006. Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 065 Raspagem e Alisamento Radicular Realizar conjuntamente com a irrigação de bolsas periodontais com tetraciclina 500 mg. CHHABRANI et al., 2013. Solução Anestésica Em pacientes controlados: lidocaína 2% com epinefrina1:100.000; Em pacientes não-controlados:prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI. COSTA et al.,2016; MELLO, et al., 2016; PAUL, et al., 2015; AGUIAR,2014; NETO et al.,2012. Em Caso de Crise de Hipoglicemia Tratamento com ingestão de 15 gramas de carboidrato simples e reavaliar a glicemia capilar após 15 minutos. Se for maior que 60 mg/dl, pedir ao paciente que faça uma refeição que inclua carboidrato, proteína e lipídeos. Se a glicemia for menor que 60 mg/dl, repetir o tratamento de 15 gramas de carboidrato simples e checar o nível glicêmico em 15 minutos. Continuar o protocolo até a glicemia estar mais alta do que 60 mg/dl e, então, seguir com o procedimento. Sociedade Brasileira de Diabetes, 2017; COSTA et al.,2016; NETO et al.,2012. Em Caso de Crise de Hiperglicemia Deve-se a interromper o procedimento odontológico, deixar o paciente confortável, monitorarvias aéreas, aferir a PA e o pulso. Sociedade Brasileira de Diabetes, 2017; NETO et al.,2012. Casos severos de Hipoglicemia e Hiperglicemia Encaminhamento do paciente ao hospital. Fonte: Elaborado pelos autores. Sociedade Brasileira de Diabetes, 2017; COSTA et al.,2016; NETO et al.,2012. Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 066 CONSIDERAÇÕES FINAIS A diabetes é uma anormalidade endócrino-metabólica, caracterizada pela deficiência absoluta do hormônio insulina ou relativa quando sua secreção pelo pâncreas é defasada. Acomete 33%dosidososdos 60 aos 79 anos de idade. Apresenta muitas manifestações bucais tais como: doença periodontal, hipossalivação, xerostomia, candidíase, ardor bucal, língua geográfica, líquen plano bucal, glossite romboidal mediana, aumento das glândulas parótidas, hálito cetônico, úlceras traumáticas, entre outras. A necessidade da construção de protocolo odontológico para bom atendimento aosidosos diabéticos é imprescindível, pois facilitará a prestação de serviços a essa população contribuindo para a longevidade e qualidade de vida dos pacientes com DM. Sendo assim a construção desse protocolo nortearáa conduta acadêmica quanto ao melhor conhecimento do idoso diabético no que se refere: ao risco de atendimento, ao uso de medicamento, à avaliação da glicemia, às indicações de profilaxia antibiótica e às indicações de anestésicos. REFERÊNCIAS AGUIAR, G.C. Proposta de protocolo para atendimento odontológico em pacientes portadores de diabetes mellitus – Município de Sarzedo/MG. Trabalho de Conclusão de Curso. Minas Gerais. 2014. 40p. ALENCAR, C. R. B.; ANDRADE, F. J. P.; CATÃO, M. H. C. V. Cirurgia oral em pacientes idosos: considerações clínicas, cirúrgicas e avaliação de riscos. RSBO. v.8. n.2. 2011. p.200-210 ALLI, D.; KUNZEL, C.; Diabetes Mellitus: Update and Relevance for Dentistry. Dentaltoday.com. Dentistrytoday. ADA. v.144.2012. p.1-13 ALVES, C.; BRANDÃO, M.; ANDION, J.; et al.Atendimento odontológico do paciente com diabetes melito: recomendações para a prática clínica. R. 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