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PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A DIABETICOS

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Protocolo de atendimento a pacientes idosos diabéticos na Clínica Integrada III 
(odontogeriatria) da Unimontes 
 
Protocol of care for elderly diabetics patients in the Integrated Clinic III 
(geriatric dentistry) of Unimontes 
 
 
 
Samuel Trezena1 
Lucas Moreira Silva2 
Lorenna Carol Santos Nunes3 
Heberth Victor Silveira Peixoto4 
Raissa Karen Ferreira Xavier5 
Maria de Lourdes Carvalho Bonfim6 
Maria Cleonice de Oliveira Nobre7 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Com o crescimento do envelhecimento populacional associado às mudanças sócio 
comportamentais, como o sedentarismo e a obesidade, aumenta-se a prevalência 
das doenças crônicas, sendo a diabetes mellitus a terceira maior delas. Essa doença 
é uma desordem endócrino-metabólica causada pela falta ou até mesmo da 
deficiência de ação da insulina, podendo acarretar significativas alterações na 
cavidade bucal de indivíduos portadores de tal condição. Assim sendo, o objetivo 
desse estudo é descrever sobre o diabetes mellitus e elaborar um protocolo de 
atendimento à pacientes idosos diabéticos da clínica integrada III (odontogeriatria) 
do curso de Odontologia da Unimontes, já que 16% das pessoas atendidas no 
 
1
Acadêmico do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros. 
samueltrezena@gmail.com 
2
 Acadêmico do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros. 
moreiralucas94@hotmail.com 
3
 Acadêmica do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros. 
lorennamoaz@gmail.com 
4
 Acadêmico do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros. 
heberth_victor@hotmail.com 
5
 Acadêmica do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros. 
rayssaespi@hotmail.com 
6
 Doutora em Odontologia em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em 
Epidemiologia pela Universidade Federal de São Paulo. Especialista em Saúde Pública pela 
Universidade de Ribeirão Preto, Epidemiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais e em 
Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Estadual de Montes Claros. Graduada em 
Odontologia pela Universidade de Odontologia de Diamantina. Professora do Departamento de 
Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros.malu_cb2000@yahoo.com.br 
7
 Especialista em Administração dos Serviços de Saúde pela Universidade de Ribeirão Preto e em 
Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Estadual de Montes Claros. Graduada em 
Odontologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e em Ciências Sociais pela 
Universidade Estadual de Montes Claros. Professora do Departamento de Odontologia da 
Universidade Estadual de Montes Claros.cleonicenobre@yahoo.com.br 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 047
primeiro semestre do ano de 2017 eram portadores de tal patologia. Utilizou-se 56 
artigos da língua portuguesa, inglesa e espanhola, em plataformas de dados 
eletrônicos, relevantes ao assunto abordado, que serviram para construção deste 
artigo. 
 
Palavras-Chave: Diabetes. Idosos. Idosos diabéticos. Odontologia. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
With the increase of population aging associated with socio-behavioral changes, 
such as sedentarism and obesity, the prevalence of chronic diseases increases, 
diabetes mellitus being the third largest of them. This disease is an endocrine-
metabolic disorder caused by the lack or even deficiency of insulin action, and may 
cause significant changes in the oral cavity of patients with such condition. Therefore, 
the purpose of this study is to describe diabetes mellitus and elaborate a protocol for 
the care of elderly diabetic patients of the Integrated Clinic III (geriatric dentistry) of 
the dentistry course at Unimontes, as 16% people attended in the first semester of 
2017 were carriers of such pathology. We used 56 portuguese, english and spanish 
articles on electronic data platforms, relevant to the subject matter, which served to 
construct the article. 
 
Key Words: Diabetes. Elderly. Diabetics. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Desde o final do século XX, com o aumento da expectativa de vida, o 
percentual da população idosa vem crescendo em todo mundo. Tal crescimento 
implica no aumento da incidência de diversas doenças, que tipicamente acometem a 
população acima dos 60 anos. Garantir uma boa qualidade de vida para essa 
determinada porção da população é fundamental, o que diz respeito a melhorias em 
aspectos fisiológicos, patológicos, psicossociais, socioculturais, econômicos e 
ambientais, refletindo diretamente no nível de saúde do indivíduo(SOARESetal,. 
2005). 
É fato que com o envelhecimento, o organismo passa por diversas alterações, 
comumente afetando seu estado físico, emocional e nutricional. O acometimento da 
boca por alterações fisiológicas e patológicas refletem no estado de saúde do 
indivíduo, principalmente na questão nutricional e social. Condições como 
edentulismo, doença periodontal, cáries, redução do fluxo salivar e acúmulo do 
biofilme são frequentemente encontradas em idosos. Algumas doenças que incidem 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 048
nessa faixa etária apresentam sintomas que podem criar condições propícias para 
uma qualidade de saúde bucal deficiente (ANDRADEet al., 2012). 
Uma das patologias que comumente afetam os idosos é a diabetes mellitus 
(DM), que é uma doença crônica, decorrente da falta de insulina e/ou da 
incapacidade da mesma de exercer adequadamente seus efeitos, determinando 
assim um aumento da glicose no sangue. Ocorreporque o pâncreas é incapaz de 
produzir insulina suficiente para suprir as necessidades do corpo humano, ou devido 
à incapacidade do hormônio de agir de forma adequada. A diabetes se divide em 
alguns tipos conforme a sua causa compondo-se de DM tipo I, tipo II, gestacional e 
outros tipos específicos, sendo a do tipo II a mais prevalente (NETOet al., 2012; 
SALESet al., 2017). 
Doenças sistêmicas como a diabetes mellitusprovocam desequilíbrio do 
organismo afetando o meio bucal, e quando associados à idosos.Os índices de uma 
qualidade bucal deficiente se tornam ainda maiores (FERREIRAet al., 2015; ROSAet 
al., 2008). Dos 94 pacientes que passaram ou que estão sendo atendidos pelo 
serviço da Clínica Integrada III (odontogeriatria), do curso de odontologia da 
Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), no primeiro semestre de 
2017, aproximadamente 16% eram portadores de DM. Diante desses fatos e 
considerando o aumento da população idosa em todo mundo, surge à necessidade 
da criação de um protocolo para atendimento desses pacientes. 
 
OBJETIVOS 
 
O objetivodo presente estudo é descrever sobre o diabetes mellitus e elaborar 
um protocolo de atendimento a pacientes idosos diabéticos da clínica integrada III 
(odontogeriatria) do curso de Odontologia da Unimontes. 
 
METODOLOGIA 
 
Para odesenvolvimento deste estudofoi realizada uma pesquisa no período 
de2003 a2017nas plataformasSCIELO, BIREME, MEDLINE, LILACS, Spell e 
PubMed, com os seguintes descritores: diabetes, idosos, idosos diabéticos e 
odontologia, além de palavras chaves em inglês elderly, blood glucose e diabetic. 
Concomitante à pesquisa dos artigos, a revisão de literatura foi sendo elaborada. 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 049
Dos 72 artigos encontrados, 50foram selecionados de acordo com critérios de 
inclusão como, relevância e pertinência ao assuntopesquisado. 
 
 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
O fenômeno do envelhecimento populacional é um processo demográfico que 
faz parte do ciclo natural da vida e por isso se torna uma condição inevitável. Trata-
se do declínio na proporção de jovens e crianças frente ao aumento da proporção de 
indivíduos idosos. Importante salientar que essa experiência cronológica representa 
uma construção dinâmica social, cultural e histórica e exerce uma influência variável 
sobre indivíduose comunidades (OLIVEIRAet al., 2016; CASTRO e SILVAet al., 
2013; MELOet al., 2003). 
Nesse âmbito, a população idosa mundial vem se tornando cada vez mais 
representativa (TAVARESet al., 2010) e notoriamente, o resultado dessa 
transformação se deve aos avanços científicos, tecnológicos e comportamentais que 
culminaram na melhoria da qualidade e perspectiva de vida (ARAÚJO, 2013; 
SAINTRAINet al., 2008; MELOet al., 2003).Sabiamente, percebe-se que aliado a 
esse envelhecimento epidemiológico as alterações fisiológicas que comprometem o 
bom funcionamento do corpo são encontradas proporcionando ao idoso o 
desenvolvimento de patologias dentre as quais as doenças crônicas são as mais 
prevalentes (LIMAet al., 2017; ARAÚJO, 2013). 
Entre essas doenças a diabetes mellitus (DM) é a terceira doença crônica 
mais comum na população geriátrica. Segundo Lima e Fajardo (2016) sua 
prevalência em indivíduos idosos é de 22,9%. Seus sintomas destacam a poliúria, 
polidipsia e polifagia, mas também pode apresentar outros sinais principalmente a 
fraqueza, fadiga, letargia, prurido cutâneo e vulvar e visão turva podendo 
apresentar-se de forma assintomática.ADMéclassificada de acordo com sua origem, 
compondo-se de diabetesdotipo I, tipo II, gestacional e outros tipos específicos, 
sendo a do tipo II a mais prevalente com quase 90% (LIMAe FAJARDO, 2016; 
TERRAet al., 2011). 
O tipo I acomete mais crianças e jovens, ocorrendo quando a produção de 
insulina pelo pâncreas é insuficiente, sendo obrigada a sua reposição por meio de 
doses diárias de insulina aplicadas no sangue. O tipo II da doença é a mais comum 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 050
em pessoas obesas e idosas, porém maus hábitos alimentares, sedentarismo e 
estresse contribuem para o aparecimento da doença em jovens. Nesses casos há 
produção deficiente de insulina e sua ação é dificultada. Outro tipo de diabetes é 
agestacional. Nessa ocorre a presença elevada de glicose no sangue durante o 
período da gravidez, normalmente as taxas de glicose no sangue são normalizadas 
após o parto, porém essas mães e filhos correm maior risco de desenvolverem a 
doença do tipo II, tardiamente (SOARESet al., 2005; NETOet al., 2012). 
Segundo estudo feito por Francisco e colaboradores (2010) por faixa etária a 
DM é encontrada em 17,4% a 18,6% dos idosos de 60 a 69 anos, seguido de 16% 
na faixa etária de 70 a 78 anos.Abaixaprevalênciaéjustificadapela alta mortalidade, 
devido às complicações associadas à idade avançada, ao estilo de vida e dieta 
inadequada, principalmente nos indivíduos diabéticosdepoisdos 80 anos (NAGAIet 
al., 2012; MENDESet al., 2011; FRANCISCOet al., 2010). 
A cavidade bucal é o órgão que primordialmente pode manifestar alterações 
decorrentes das mudanças fisiológicas que o organismo está sofrendo devido a DM, 
principalmente em quadros ainda não diagnosticado ou não tratados.Podemos citar 
como variações intra orais que acometem o paciente diabético descompensado a 
xerostomia, a glossodinia, distúrbios de gustação, doença periodontal, tumefação 
das glândulas salivares parótidas, estomatites ulcerativas recorrentes e infecções 
fúngicas oportunistas como a candidíase e a queilite angular (COSTAet al., 2016; 
TERRAet al., 2011). 
Simultânea às mudanças fisiológicas promovidas pelo envelhecimento e pelas 
transformações patológicas pela DM, a hipossalivação e a doença periodontal são 
as mais observadas, assim como, as resultantes da diminuição do fluxo e mudança 
da consistência salivar. A diminuição da saliva nesses indivíduos é verídica e 
multifatorial sendo associada à utilização de medicamentos, hiperglicemia ea perda 
de líquido nesses indivíduos através da poliúria (LIMAet al., 2016; COSTAet al., 
2016).Predominantemente, 75% dos indivíduos portadores da DM apresentam 
inflamações e infecções periodontais, sendo a periodontite a sexta complicação de 
cunho crônico apresentada em sujeitos com tal desordem metabólica.Ademais, 
pacientes diabéticos apresentam duas vezes ou mais agressividade na forma de 
apresentação da doença periodontal, fato devido às altas concentrações de citocinas 
pró-inflamatórias e prostaglandinas na corrente sanguínea pertinente a hiperglicemia 
crônica (LIMAet al., 2016; TERRAet al., 2011). 
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Uma vez que há uma fragilidade nas condições de saúde, essas pessoas 
tendem a aumentar a procura pelos serviços de saúde, incluindo os serviços 
odontológicos devido às consequências que essas alterações crônicas podem trazer 
a saúde bucal. Porém, frente às limitações patológicas que acometem os pacientes 
geriátricos o cirurgião dentista precisa se adequar a esses pacientes e agregar 
conhecimento especial para lidar com essas modificações em seu consultório para 
obterem êxito em suas intervenções (ARAÚJO, 2013; SAINTRAINet al., 2008; 
SALESet al., 2017). 
Considerando o atendimento odontológico ao idoso diabético, primeiramente 
deve ser realizada uma anamnese adequada, coletando informações pertinentes à 
doença. Nos pacientes com diagnóstico prévio, o dentista deve se informar sobreo 
tipo da doença (tipo I, ou II), duração da enfermidade, terapia, dieta, insulina, 
hipoglicemiantes, horário dos medicamentos, horário da última refeição, o nível de 
controle metabólico, presença de complicações secundárias da doença como: 
nefropatia, neuropatia, retinopatia, doença cardiovascular e vascular periférica, 
hipotireoidismo, dislipidemia e hipertensão arterial, sintomas de hipoglicemia, história 
de hospitalização e cetoacidose, infecções sistêmicas. Também é importante 
questionar sobre hábitos etilistas e tabagistas praticados pelo paciente. Após a 
anamnese, realiza-se o exame físico extra e intraoral do paciente, ao qual deve-se 
atentar para as manifestações bucais observadas no paciente com DM que, embora 
não sejam específicas do distúrbio, têm sua incidência ou progressão favorecida 
pelo descontrole glicêmico (TERRAet al., 2011). 
A confirmação do diagnóstico para a diabetes é feito através de testes que 
avaliam onível glicêmico no sangue, com valores acima de 126 mg/dL. A conduta 
clínica se difere em pacientes diabéticos compensados e pacientes diabéticos 
descompensados. Pacientes diabéticos compensados são aqueles que apresentam 
uma hemoglobina glicada menor que 7%, glicemia capilar pré-prandial entre 70 
mg/dl e 130 mg/dl e pico de glicemia capilar pós-prandial (entre 1 e 2horas após o 
início da refeição) inferior a 180 mg/dl, podendo tais valores ainda variarem, na 
literatura buscada, para números menores que 200 a 250 mg/dl. Na primeira 
consulta recomenda-se pedido de exames como o hemograma, coagulograma e 
exame radiográfico panorâmico para verificar risco de focos de infecção em 
pacientes possivelmente descompensados. A grande maioria dos autores indica 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 052
conduta similar no tratamento a pacientes compensados e os não diabéticos 
(DHANYA et al., 2016; ALI e KUNZEL, 2012). 
São classificados como de baixo risco para o atendimento odontológico, 
pacientes com bom controle metabólico e acompanhamento médico adequado, que 
estejam assintomáticos, com ausência de complicações e com níveis de glicose 
sanguínea em jejum abaixo de 200 mg/dL, bem como hemoglobina glicada abaixo 
de 7%. Pacientes com risco moderado são aqueles sem história recente de 
cetoacidose ou hipoglicemia, que apresentam sintomas ocasionais e possuem 
poucas complicações. Os níveis de glicose sanguínea em jejum devem estar abaixo 
de 250 mg /dL e hemoglobina glicada entre de 7 a 9%. Os pacientes com alto risco 
são os que apresentam múltiplas complicações, com histórico frequente de 
hipoglicemia ou cetoacidose e que geralmente necessitam de ajustes na dosagem 
de insulina, podendo apresentar taxa de glicose em jejum algumas vezes acima de 
250 mg/dL e hemoglobinaglicada acima de 9%(ALLI e KUNZEL, 2012; TERRA et 
al., 2011). 
Quanto ao horário das consultas, elas devem ser planejadas para o início ou 
meio da manhã (período em que a produção de insulina chega ao seu pico), de 
modo que não interfira na alimentação ou no uso dos medicamentos. Caso a 
consulta extrapole o tempo previsto e atrapalhe a dieta do paciente, indica-se uma 
refeição rápida ou o cancelamento da consulta e posterior remarcação. O diabético 
deve alimentar-se e fazer o uso de medicamentos adequadamente na véspera e 
momentos antes da consulta, minimizando assim complicações durante ou depois 
ao atendimento (TERRA et al., 2011; AGUIAR,2014). 
Antes da execução de procedimentos é importante que o cirurgião-dentista 
afira sinais vitais fundamentais para condução segura durante o atendimento, sendo 
inevitável a avaliação da taxa de glicemia capilar e avaliação da pressão arterial. 
Para isso, o profissional odontólogo deve estar preparado e possuir instrumentos 
básicos necessários ao atendimento desses pacientes, como:glicosímetro, 
esfigmomanômetro e estetoscópio, uma vez que grande parte dos indivíduos 
diabéticos também são hipertensos. Para casos de emergência, muito 
comum,quadroshipoglicêmicos, preconiza que o dentista porte seringas com 
soluções de glicose a 20% (CASTANHEDE, et al., 2011; NETO, et al., 2012). 
A mensuração da glicemia capilar deve ser realizada antes, durante e após o 
procedimento odontológico, assim como a verificação da pressão arterial antes e 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 053
depois da técnica anestésica, nos pacientes que relatam ter diagnóstico prévio de 
DM. A consulta deve ser adiada se o resultado do glicosímetro for inferior a 70 mg/dl 
e superior a 200 mg/dl, uma vez que tais situações apresentam risco ao 
procedimento ocorrendo quadro hiper ou hipoglicêmico (NETO et al., 2012; 
CAMPOS et al., 2009). 
Durante consulta odontológica, se o paciente não souber informar se possui 
ou não alguma alteração sistêmica ou se é portador de DM, e durante exame clínico 
encontrar números elevados na aferição da glicemia capilar concomitante a 
presença de manifestações bucais observadas apenas em indivíduos diabéticos, o 
profissional deve indicar a realização de exames complementares como a glicemia 
em jejum, teste oral de tolerância à glicosee/ou hemoglobina glicada (HbA1C), e 
encaminhamento para avaliação médica, para confirmar suspeita de quadro 
hiperglicêmico (COSTA et al., 2016; ALVES et al., 2006). 
A ansiedade e o medo são sintomas que devem ser controlados durante o 
atendimento odontológico, pois levam à liberação de adrenalina, causando aumento 
na glicemia. Visando reduzir essa tensão, recomenda-se utilizar técnicas de sedação 
auxiliar, quando apropriadas. A sedação inalatória é relatada por alguns autores 
como a técnica mais segura e previsível de sedação consciente. Os 
benzodiazepínicos usados para tratar ansiedade (diazepan, lorazepan), embora 
possam causar hiposalivação, não são contraindicados (ALVESet al., 2006). 
Durante maioria dos procedimentos odontológicos é imprescindível a 
utilização deanestésicos,sendo o vasoconstritor adicionado à solução, de suma 
importância, devido ao fato de diminuir o risco de toxicidade, aumentar a duração da 
droga, além de promover hemostasia local. O vasoconstritor indicado para 
tratamentos de pacientes diabéticos compensados são os vasoconstritores 
adrenérgicos, cujo principal é a epinefrina, comumente associado com o anestésico 
lidocaína na concentração de 1:100.000. A epinefrina possui efeito contrário a 
insulina, induzindo a quebra do glicogênio e transformando em glicose, estudos 
vêem relatando que esse aumento da glicemia é consideravelmente baixo, tendo 
poucas chances de afetar sistemicamente pacientes diabéticos. Assim, injetar o 
anestésico com cuidado e sempre realizar aspiração negativa é aconselhável afim 
de averiguar se a mesma não está sendo injetada diretamente sobre um vaso 
sanguíneo (AGUIAR, 2014; PAUL, et al., 2015 ;NETOet al., 2012). 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 054
Na presença da diabetes não controlada é contra-indicado o uso de soluções 
adrenérgicas, podendo assim optar por anestésicos alternativos como prilocaína 
associado a felipressina, pois é um vasoconstritor hormonal de pequeno impacto 
cardiovascular e hemodinâmico, tendo cuidado apenas com pacientes grávidas pelo 
risco de parto pré-maturo. O vasoconstritor pode ser usado tanto em pacientes 
saudáveis quanto em diabéticos, desde que o paciente venha fazendo o uso 
controlado de seus medicamentos e o cirurgião dentista deva está atento a uma 
possível intercorrência durante o atendimento (NETO et al., 2012 ;MELLO, et al., 
2016; COSTA et al., 2016). 
O uso de antibióticos para pacientes com bom controle glicêmico é 
semelhante ao de não-diabéticos, ou seja, só deve ser realizado quando existirem 
sinais e sintomas sistêmicos de infecção, sendo adjuvante ao tratamento 
odontológicoe nunca sozinho como a primeira linha de cuidados.Por outro lado, 
indivíduos com diabetes, especialmente aqueles com diabetes não controlado ou 
mal controlado, apresentam maior susceptibilidade a infecções crônicas e 
inflamações dos tecidos orais. Devido a isso, em procedimentos invasivos, requer 
cobertura antibiótica no sentido de prevenir a infecção e, consequentemente, 
contribuir para a cicatrização das feridas. Não é necessário o uso de antibióticos nos 
procedimentos odontológicos de rotina, mas na presença de infecções bucais, esses 
devem ser prescritos, devido à baixa resistência e ao retardo da cicatrização em 
pacientes diabéticos (RAMU e PADMANABHAN, 2012; COSTA et al., 2016). 
Dessa forma, uso da profilaxia antibiótica para tratamentos dentários deve-se 
restringir principalmente a procedimentos que resultem em hemorragia na cavidade 
bucal. Dentre os procedimentos odontológicos nos quais há a recomendação da 
profilaxia antimicrobiana destacam-se as exodontias, procedimentos periodontais 
como cirurgia, raspagem, polimento e alisamento radicular, colocação de implantes 
e instrumentação endodôntica ou cirurgia parendodôntica, (RAMU e 
PADMANABHAN, 2012; RAZVIet al., 2014). 
Frente às evidências, é sugerida a não realização de antibiótico profilaxia em 
pacientes diabéticos compensados, mas seu uso está indicado nas seguintes 
situações: pacientes descompensados de alto risco frente a procedimentos 
cirúrgicos invasivos imprescindíveis, presença de infecções bucais em pacientes 
descompensados e em atendimentos de urgência nos quais não seja possível 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 055
determinar a classificação exata de risco apresentado pelo paciente (COSTAet al., 
2016). 
Quando a profilaxia antibiótica é indicada para pacientes diabéticos 
imunocomprometidos a penicilina é a droga de escolha, visto que é eficaz contra 
bactérias intraorais aeróbias gram-positivas e anaeróbias, microorganismos 
encontrados no abscesso alveolar, no abscesso periodontal e em polpas necróticas. 
A combinação entre penicilina e ácido clavulânico pode ser realizada em infecções 
causadas por estafilococos, estreptococos e pneumococos. Pacientes alérgicos à 
penicilina são tratados com clindamicina 300 mg, que é a droga ideal de escolha e 
seguida de azitromicina e metronidazol(RAMU e PADMANABHAN, 2012). 
A cefalosporina é uma alternativapara pacientes alérgicos à penicilina e 
quando a eritromicina não pode ser utilizada. A cefalosporina é indicada na prática 
endodôntica, pois apresentam boa penetração óssea.Para os casos de gengivite 
ulcerativa necrosante aguda que requerem terapia antibiótica sistêmica em que a 
penicilina é impedida, as tetraciclinas são mais benéficas. É importante ressaltar que 
antibióticos de uso limitado devem ser preferidos em relação aos de amplo espectro, 
visto que promovem menos alterações no tratogastrointestinal (RAMU e 
PADMANABHAN, 2012). 
Caso o paciente apresente crise de hipoglicemia durante o tratamento 
odontológico, essa ação deve ser iniciada o mais rápido possível com ingestão de 
15 gramas de carboidrato simples e reavaliar a glicemia capilar após 15 minutos. Se 
for maior que 60 mg/dl, pedir ao paciente que faça uma refeição que inclua 
carboidrato, proteína e lipídeos – lanche apenas composto por carboidrato leva a um 
rápido retorno da hipoglicemia. Se a glicemia for menor que 60 mg/dl, repetir o 
tratamento de 15 gramas de carboidrato simples e checar o nível glicêmico em 15 
minutos. Continuar o protocolo até a glicemia estar mais alta do que 60 mg/dl e, 
então, seguir com o procedimento (COSTAet al., 2016). 
 
 
DISCUSSÃO 
 
Estima-se, em âmbito global, que o número de portadores de diabetes seja 
cerca de 250 milhões, podendo atingir em 2025 até 350 milhões de portadores. 
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (2008), 33% da população brasileira 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 056
dos 60 aos 79 anos de idade são portadores de diabetes ou têm alguma alteração 
relacionada à glicose (Mielczarskiet al.,2012). 
No que diz respeito às manifestações bucais do diabetes,Baldani (2010)cita a 
presença da doença periodontal, hipossalivação, xerostomia, candidíase, ardor 
bucal, língua geográfica, líquen plano bucal, glossite romboidal mediana, aumento 
das glândulas parótidas, hálito cetônico, úlceras traumáticas, entre outras. 
Entretanto, quando se trata de pacientes idosos é difícil distinguir as alterações 
bucais comuns à idade, como a xerostomia, doença periodontal, edentulismo, lesões 
na mucosa e placa bacteriana,das manifestações do diabetes (SALES e CATÃO, 
2017). 
No entanto, Costa e colaboradores (2016), afirmam que as primeiras 
manifestações clínicas da diabetes mellitus podem ser encontradas na cavidade 
oral. Corroborando essa afirmativa, Terra et al., (2011), citaos tecidos periodontais 
como os mais acometidos pela DM, e Gupta et al.,(2016) mostra que o hábito de 
fumar em pacientes com diabetes diminui a resposta quimiotática, aumentando a 
agressividade da DP. Háconsensoentre Gupta et al.,(2016) e Terra et al.,(2011) 
sobre a relação epidemiológica da DP e DM, eles relatam que a DP é a sexta 
alteração crônica do paciente diabético. Porém, Lima e Fajardo (2016) cita a 
destruição tecidual de suporte dental como a primeira alteração mais prevalente. 
Vale ressaltar que a modificação da microbiota oral juntamente com a 
diminuição de saliva também pode predispor a candidíase (Leiteet al., 2013; Thomas 
e Mol, 2014), isso associado a episódios hiperglicemiantes,aumento da glicose na 
saliva e produção de ácidos vão favorecer a proliferação da cândida albicans nesses 
pacientes. A DM por si só, não vai causar a candidíase diretamente, e é necessário 
que ela esteja envolvida com alguma outra modificação no meio bucal, como por 
exemplo, a xerostomia (BALANet al.,2015; CANTANHEDE et al., 2013). 
É necessário que o cirurgião dentista saiba avaliar se o paciente está 
compensado ou não. Para isso, é preciso saber os valores relacionados à 
hemoglobina glicada e sua relação ao controle desses pacientes. Os pacientes 
diabéticos controlados podem ser tratados como pacientes sem o distúrbio 
metabólico. Isso concorda com Terra, et al., (2011), Costa, et al., (2016) e Neto, et 
al.,(2012) que afirmam que diabéticos bem controlados podem ser tratados sem 
necessidade de cuidados especiais, uma vez que respondem de forma favorável, 
como não-diabéticos. Dessa forma, a maioria dos procedimentos dentários de rotina 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 057
podem ser normalmente executados nesses pacientes. Indivíduos que não 
apresentem condição clínica anteriormente descrita são considerados como 
descompensados, sendo subdivididos em pacientes de pequeno, médio ou alto risco 
(ALLI & KUNZEL, 2012). 
Pacientes com baixo risco não apresentam restrições quanto ao atendimento 
odontológico, a menos que sua glicemia esteja fora dos padrões de normalidade, 
não sendo mais classificado como de baixo risco. Já em pacientes com risco 
moderado, segundo Terra e colaboradores (2011) podem ser submetidos a 
procedimentos como exames radiográficos, restaurações, profilaxias supragengival, 
raspagem e polimento radicular subgengival e endodontia, porém, em caso de 
cirurgia oral, essa só pode ser realizada após consulta com o médico do paciente. 
Diabéticos considerados de alto risco não devem realizar qualquer 
procedimento até que suas condições médicas estejam estabilizadas, sendo o 
tratamento apenas paliativo. Uma exceção importante é a do paciente cujo controle 
diabético está comprometido por uma infecção dentária ativa. Nesse caso, deve ser 
executado o procedimento mais simples para a manutenção do controle. Em alguns 
casos, as necessidades de insulina diminuem e um melhor controle metabólico pode 
ser obtido. Como diabéticos não compensados possuem maior risco de desenvolver 
infecções, se torna necessária a prescrição de profilaxia antibiótica prévia ao 
procedimento cirúrgico, de forma semelhante à utilizada para prevenção de 
endocardite bacteriana (RAMU e PADMANABHAN, 2012; TERRA et al., 2011). 
É consenso na literatura buscada, que as consultas a esses pacientes devem 
ser curtas, pela manhã (período que a insulina atinge seu grau máximo de 
secreção), com o cliente bem alimentado afim de se evitar episódios de 
hipoglicemia. Caso a glicemia esteja fora dos padrões, é aconselhável o 
cancelamento da consulta e remarcação posterior (COSTA, et al., 2016; ALLI e 
KUNZEL, 2012). 
Para Neto et al., (2012) e Cantanhede et al., (2013) para se evitar que haja 
esses desequilíbrios metabólicos antes das consultas faz se necessário a checagem 
da glicemia com glicosímetro, durante e até depois da consulta. Também sempre se 
certificar se o paciente vem tomando a medicação correta e em casos de estresse e 
ansiedade a prescrição de ansiolíticos é indicada a fim de evitar uma hiperglicemia e 
liberação de catecolaminas com consequente aumento da pressão sanguínea. O 
controle efetivo da ansiedade e da dor também se faz necessário frente a pacientes 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 058
com morbidade sistêmicas como o diabetes. A anestesia local eficaz e segura para 
este perfil de indivíduos desempenha um papel de extrema importância. Porém, um 
protocolo padrão para que se atinja esse objetivo com êxito encontrasse inexistente 
na literatura. Apesar disso, a literatura nos traz que precauções especiais são 
necessárias ao se tratar desse tipo de pessoa. 
Pacientes submetidos ao estresse psicológico na cadeira odontológica 
secretam adrenalina endógena que pode levar a um aumento inesperado da 
frequência cardíaca, pressão sanguínea e nível de glicose no sangue. Assim, 
recorrem-se as soluções anestésicas a fim de ajudar os pacientes fóbicos ansiosos 
a alcançar confiança, tranquilizarem-se e evitar esse quadro.Porém, não há 
consenso entre os autores quanto à segurança dos anestésicos locais utilizados 
nesses indivíduos (MELLO, et al., 2016; PAUL, et al., 2015). 
A adição de vasoconstritores a drogas anestésicas é plausível, pois ele 
promovem uma anestesia de maior duração, reduz o rico de toxicidade, adiando a 
absorção da anestesia e reduzindo o sangramento local. O vasoconstritormais 
utilizado é a epinefrina, todavia, é relatado que esse agente pode ser considerado 
hiperglicemiante por possui efeito contrário à insulina. O que gera desconforto na 
literatura frente ao seu uso ou não em pacientes diabéticos (MELLO, et al., 2016; 
PAUL, et al., 2015). 
Paul, et al., (2015) realizaram um estudo para verificar a variação de glicose 
em dois grupos de pacientes com diabetes mellitus tipo II compensados. Um grupo 
foi submetido à anestesia local com lidocaína 2% com epinefrinae o outro a 
anestesia local com lidocaína 2% sem epinefrina.Nenhuma diferença foi observada 
nos níveis de glicose no sangue, entre ambos os grupos, comprovando a segurança 
na utilização da epinefrina. Melloe colaboradores, em 2016, avaliaram a glicemia de 
pacientes diabéticos controlados submetidos à anestesia local com prilocaína 3% 
com felipressina 0,03UI / ml e lidocaína a 2% com epinefrina1: 100.000. Novamente 
não houve diferença estatisticamente significativa entre os valores de glicemia de 
ambos os anestésicos administrados. Por conseguinte, Andrade em 2014, afirma 
que as possíveis complicações que possam ocorrer após a administração de 
anestésicos locais com concentrações de epinefrina e volumes rotineiramente 
utilizados em odontologia são muito menores do que as que ocorrem 
frequentemente na clínica médica. 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 059
Compactuando com esses autores, Costa, et al., (2016) Aguiar (2014) e Neto, 
et al.,(2012), recomendam a utilização de lidocaína a 2% com epinefrina em 
pacientes diabéticos compensados, uma vez que seja respeitada a dose máxima 
permitida para o peso corporal do paciente e que essa infiltração aconteça de forma 
lenta e cuidadosa verificando a aspiração negativa para a mesma não ocorrer 
diretamente sobre um vaso sanguíneo.Apesar desses estudos recentes não 
apoiarem a contra-indicação de vasoconstritores adrenérgicos para pacientes 
diabéticos compensados, Souza et al., em 2003 se opõe a esses estudos e 
recomenda evitar o uso dessas soluções como medida preventivadevido à 
possibilidade delas poderem determinar hiperglicemias. 
De acordo com a American Dental Association (ADA - 2016), a profilaxia 
antibiótica é preconizada para proteger indivíduos que necessitam de maior 
cobertura contra bacteremias e infecções, devido oseusistema imunológico 
apresentar dificuldade na resposta contra microorganismos patogênicos. 
Principalmente em indivíduos portadores da DM, uma vez que, suas funções 
cicatriciais estarem em déficit (RAZVI, et al., 2014). Mas nem todo paciente diabético 
está sujeito a realização de profilaxia com antibióticos para execução de tratamento 
odontológico, observado em todos os trabalhos revisados para a escrita desse 
artigo, pacientes diabéticos com bom controle glicêmico não requerem tratamento 
diferencial dos pacientes não diabéticos, sendo a prevenção antibiótica indicada 
apenas para presença de foco infeccioso (COSTA, et al.,2016; SANTOS, et al.,2013; 
RAMU e PADMANABHAN, 2012). 
Ramu e Padmanabhan em 2012 avaliaram a utilização de antibióticos pela 
classe odontológica americana e constataram que o uso desses é indicado apenas 
como coadjuvante ao tratamento e nunca como a primeira técnica de escolha. 
Sendo a profilaxia antibiótica indicada em todos os casos quando há presença de 
foco infeccioso, de acordo com Egea e colaboradores (2017), Alves,et al.,2006, 
Tortamano em 2016 e a ADA (2016). No que diz a respeito, Costa e outros autores 
(2016), ainda recomendam a utilização de antibiótico profilaxia em infecções orais 
em pacientes com DM devido à baixa resistência desses e retardo para a 
cicatrização, assim também diz o estudo de Tortamano (2016) sobre o atendimento 
a pacientes idosos diabéticos. Hegab (2015) reconheceu a importância do 
tratamento antibiótico em pacientes diabéticos, uma vez que, quando estabelecida a 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 060
infecção deve ser rapidamente sanada evitando exacerbação do processo glicêmico 
e infeccioso. 
A grande maioria da literatura pesquisada entra em consenso quanto a 
prescrição de profilaxia antibiótica em casos de pacientes diabéticos 
descompensados de alto risco frente a procedimentos cirúrgicos invasivos 
imprescindíveis e em atendimentos de urgência nos quais não seja possível 
determinar a classificação exata de risco apresentado pelo paciente (COSTA et al., 
2016; TORTAMANO, 2016; TERRAet al., 2011). 
Allie e Kunzel (2012) descreveram quanto à conveniência do emprego de 
profilaxia antibiótica antes e após terapias odontológicas invasivas nos pacientes 
dependentes de insulina, muito comum nos portadores do Tipo I, e ainda leva em 
questão quanto à utilização nos atendimentos emergenciais. É necessário o contato 
do cirurgião dentista com o médico responsável desses pacientes, considerados de 
alto risco, para prescrição antibiótica, uma vez que, em certas condições a 
hospitalização pode ser o ideal para intervenção infecciosa. 
Quando pacientes de médio e alto risco necessitam de tratamento 
odontológico cirúrgico imprescindível, esse só deve ser executado sob profilaxia 
antibiótica (TORTAMANO, 2016), sendo as exodontias, endodontias e 
especialmente terapêuticas periodontais, os procedimentos fundamentais e mais 
requisitados nesses indivíduos (EGEA et al., 2017; THOMAS e MOL, 2014; LEITE et 
al., 2014). De acordo com Terra e colaboradores (2011) o fato dos pacientes 
diabéticos mal controlados, ou de médio risco serem propensos a infecções e 
dificuldade de cicatrização, é importante a prescrição de antibioticoprofilaxia de 30 a 
60 minutos antes do procedimento operatório, necessitando que o cirurgião dentista 
esteja atento durante procedimento cirúrgico a sinais de complicações, que podem 
ser comum nesses indivíduos (ALENCAR, et al., 2011). 
Santos, et al., em 2013, discutiram sobre a antibiótico profilaxia para 
realização do tratamento endodôntico em pacientes idosos, excluindo a realização 
da terapia em pacientes com controle desregulado, e quando for insubstituível a 
execução da mesma, a utilização de antibiótico adjuvante é obrigatório uma hora 
antes e seis horas depois ao procedimento. Em 2017, a Sociedade Europeia de 
Endodontia indicou a utilização de antibiótico profilaxia para a mesma situação de 
risco, mas levando em consideração a necessidade individual de cada pacienteem 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 061
poder desenvolver algum processo infeccioso ou dificuldade de reparo ao processo 
(EGEA et al., 2017). 
É notória a unanimidade que a literatura vigente tem abordando sobre a 
relação da DM com a doença periodontal, Chhabrani e colaboradores (2013), 
explicam a necessidade de constante acompanhamento a esses indivíduos para 
execução de profilaxias e alisamento radicular. A cobertura antibiótica acaba sendo 
necessária em casos em que o paciente apresenta pouco controle glicêmico e ou a 
terapia periodontal se encontra necessária para redução da inflamação local, 
provocando reduções glicêmicas no organismo, e também em emergências, uma 
vez que, nos procedimentos eletivos a consulta deve ser encerrada em pacientes 
com quadro instável (GUPTAet al., 2016; HEGAB, 2015). Nos pacientes com 
periodontite severa, a indicação para tratamento periodontal mecânico associado 
com a terapia antibiótica com a tetraciclina como droga de escolha obtêm 
significantes melhorias (CHHABRANI et al., 2013). 
Nas ocasiões em que se indica a profilaxia antibiótica para pacientes 
diabéticos imunocomprometidos a penicilina é a droga de escolha, visto que é eficaz 
contra maioria das bactérias intraorais. O uso da amoxicilina com clavunalato pode 
ser realizada em infecções mais significativas e nos pacientes alérgicos à penicilina 
é sugerida a prescrição de clindamicina, que é a droga ideal de escolha, seguida de 
azitromicina e ou metronidazol. A cefalosporina é uma alternativa para pacientes 
alérgicos à penicilina e quando a eritromicina não pode ser utilizada. (RAMU e 
PADMANABHAN, 2012; HEGAB, 2015). Mesmo com as alterações encontradas 
com o envelhecimento, os processos de farmacocinética e farmacodinâmica em 
indivíduos geriátricos quanto à ingestão de antibióticos betalactâmicos, exemploda 
penicilina, não demonstraram causar problemas ou efeitos secundários, sendo 
recomendando apenas a redução das doses para indivíduos comproblemas renais 
(OUANOUNOU e HAAS, 2015). 
É comum que o cirurgião-dentista enfrente situações de emergências diante 
do paciente diabético. A hipoglicemia, uma das principais situações de emergência 
desse perfil de paciente, representa um nível de glicose no sangue menor que 70 
mg/dl. Atribui-se como fatores causais o uso de dose exagerada de insulina, uso de 
hipoglicemiantes orais ou ainda quando o paciente ingere pouco alimento. Seus 
principais sinais e sintomas são: fraqueza, palpitações, sudorese, fome, nervosismo, 
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cefaleia, confusão mental, tontura ou vertigem e perturbações visuais (SBD, 2017; 
COSTA et al., 2016; NETO et al., 2012). 
Frente a uma crise hipoglicêmica COSTA et al., 2016, NETO et al., 2012 e a 
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD-2017) preconizam condutas iguais. Eles 
advertem que o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível com ingestão de 
10 a 20 gramas de carboidrato simples (uma colher de sopa de açúcar, um copo de 
200 ml de refrigerante comum ou 1 copo de suco de laranja) e reavaliar a glicemia 
capilar após 15 minutos. Se for maior que 60 mg/dl, pedir ao paciente que faça uma 
refeição que inclua carboidrato, proteína e lipídeos – lanche apenas composto por 
carboidrato leva a um rápido retorno da hipoglicemia. Se a glicemia for menor que 
60 mg/dl, repetir o tratamento de 15 gramas de carboidrato simples e checar o nível 
glicêmico em 15 minutos. Continuar o protocolo até a glicemia estar mais alta do que 
60 mg/dl e, então, seguir com o procedimento. Em casos de inconsciência (desmaio) 
ou convulsão, COSTA e colaboradores, 2016 e a SBD, 2017 recomendam a 
administração de glucacon, hormônio que estimula o fígado a liberar glicose 
armazenada na corrente sanguínea. Já para NETO et al., 2012, deve ser realizada a 
administração de glicose por via endovenosa. Por fim, é admitido pelos autores 
como conduta final o encaminhamento desse paciente a um hospital. 
Em contraste com a hipoglicemia, outra situação de emergência é a 
hiperglicemia causada porníveis sanguíneos elevados de glicose > 250 mg/dL em 
decorrência de pouca insulina no organismo ou quando mesmo presente o corpo 
não consegue usá-la de forma apropriada (NETO et al., 2012, SBD, 2017).Segundo 
Neto e outros autores(2012) seus sinais e sintomas iniciais incluem: sonolência, 
hálito cetônico, polidipsia, poliúria, enurese, fadiga, visão turva e náuseas,podendo 
evoluir para cetoacidose diabética: dor abdominal, vômitos, desidratação, 
hiperventilação e alterações do estado mental, convulsão e coma. Ainda de acordo 
com o mesmo autor, na percepção dessa condição deve-se a interromper o 
procedimento odontológico, deixar o paciente confortável, monitorar vias aéreas, 
aferir a PA e o pulso, além de poder administrar oxigênio e insulina quando 
dacetonúria a 20% e sem a 10% com subsequente encaminhamentodo paciente ao 
hospital. 
 
 
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PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 
 
Após extensa procura literária e discussão sobre a DM, verificou-se na 
literaturaespecial precauçãono tratamento odontológico dos pacientes diabéticos. 
Porém, um protocolo padrão para que se atinja com êxito os pacientes diabéticos 
não foi encontrado nessa literatura. Segue uma proposta de um protocolo para o 
atendimento ao pacientes idosos diabéticos da Clínica Integrada III (odontogeriatria) 
do curso de odontologia da Unimontes. 
 
 
 
 
 
Quadro 1 – Protocolo de Atendimento ao paciente idoso diabético – Clínica 
Integrada III 
Nome do Paciente: Fonte: 
 Horário da consulta: restringida ao início ou meio da manhã, com o 
paciente bem alimentado 
COSTA et al.,2016; 
ALLI & KUNZEL, 
2012. 
 Tempo previsto para consulta: de, no máximo, 50 a 60 minutos COSTA et al.,2016; 
ALLI & KUNZEL, 
2012. 
Anamnese  Diabético: ( )Sim ( )Não 
( )Tipo I ( )Tipo II 
 Paciente Compensado: realiza-se atendimento. 
 Paciente descompensado: é encaminhado ao 
médico e após a doença estar controlada será 
submetido a tratamento odontológico, salvo em 
casos de urgência. 
 PESQUISAR: Duração da enfermidade, terapia, 
dieta, insulina, uso de quais hipoglicemiantes, 
horário dos medicamentos, horário da última 
refeição, nível de controle metabólico, presença de 
complicações secundárias, sintomas de 
hipoglicemia, história de hospitalização e 
cetoacidose e infecções sistêmicas. 
 Presença ou não de hábitos etilistas e tabagistas. 
 
COSTA et al.,2016; 
AGUIAR,2014; 
CANTANHEDE et 
al.,2013; NETO et 
al.,2012; TERRA, 
et al., 2011 SOUZA 
et al.,2003. 
Exame Físico  Aferir a pressão arterial; 
 Avaliação da glicemia. 
 Baixo risco: Abaixo de 200 mg/dL Sem restrições 
ao atendimento odontológico. 
 Médio risco: Até 250 mg/dL podem ser realizados 
exames radiográficos, restaurações, profilaxias 
supra-gengival, raspagem e alisamento radicular 
ALLI & KUNZEL, 
2012; RAMU 
&PADMANABHAN, 
2012; TERRA et 
al., 2011; SOUSA 
et al., 2003. 
 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 064
supra e subgengival e endodontia, porém, em 
caso de cirurgia oral, essa só pode ser realizada 
após consulta com o médico do paciente. 
 Alto risco: Acima de 250 mg/dL não devem 
realizar qualquer procedimento até que suas 
condições médicas estejam estabilizadas, sendo o 
tratamento apenas paliativo em caso de urgência. 
 Exame físicointraoral(observando manifestações 
bucais comuns da diabetes) e extraoral. 
Exames 
Possíveis de 
Serem 
Solicitados 
 Hemograma, coagulograma, hemoglobina glicada 
e exame radiográfico panorâmico. 
ALLI & KUNZEL, 
2012. 
Classificação 
do Risco 
( ) Alto 
( ) Médio 
( ) Baixo 
RAMU e 
PADMANABHAN, 
2012; TERRA et 
al., 2011. 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
 
 
 
Continuação Quadro 1 – Protocolo de Atendimento ao paciente idoso diabético – Clínica Integrada III 
 
 
Profilaxia 
Antibiótica 
 Pacientes controlados: só deve ser realizada 
quando existirem sinais e sintomas de infecção ou 
risco de endocardite bacteriana. 
 
 Pacientes não controlados: 
 
 
 Imprescindíveis, 
 
-Presença de infecções bucais 
 -Atendimentos de urgência nos quais não seja possível 
determinar a classificação 
exata de risco apresentado pelo paciente. 
 
 Pacientes classificados de médio risco: 
profilaxiaantes de procedimento cirúrgicos. 
 Droga de escolha: penicilina. 
 Pacientes alérgicos à penicilina:clindamicina é a 
droga ideal de escolha, seguida de azitromicina e 
metronidazol. 
EGEA, et al., 2017; 
COSTA, et al., 
2016; 
TORTAMANO, et 
al.,2016; American 
Dental Association, 
2016; HEGAB, 
2015; SANTOS, et 
al.,2013; RAMU, et 
al.,2012; ALVES, et 
al.,2006. 
 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 065
 
Raspagem e 
Alisamento 
Radicular 
 Realizar conjuntamente com a irrigação de bolsas 
periodontais com tetraciclina 500 mg. 
CHHABRANI et al., 
2013. 
Solução 
Anestésica 
 Em pacientes controlados: lidocaína 2% com 
epinefrina1:100.000; 
 Em pacientes não-controlados:prilocaína 3% com 
felipressina 0,03 UI. 
COSTA et al.,2016; 
MELLO, et al., 
2016; PAUL, et al., 
2015; 
AGUIAR,2014; 
NETO et al.,2012. 
Em Caso de 
Crise de 
Hipoglicemia 
 Tratamento com ingestão de 15 gramas de 
carboidrato simples e reavaliar a glicemia capilar 
após 15 minutos. Se for maior que 60 mg/dl, pedir 
ao paciente que faça uma refeição que inclua 
carboidrato, proteína e lipídeos. Se a glicemia for 
menor que 60 mg/dl, repetir o tratamento de 15 
gramas de carboidrato simples e checar o nível 
glicêmico em 15 minutos. Continuar o protocolo até 
a glicemia estar mais alta do que 60 mg/dl e, então, 
seguir com o procedimento. 
Sociedade 
Brasileira de 
Diabetes, 2017; 
COSTA et al.,2016; 
NETO et al.,2012. 
Em Caso de 
Crise de 
Hiperglicemia 
 Deve-se a interromper o procedimento odontológico, 
deixar o paciente confortável, monitorarvias aéreas, 
aferir a PA e o pulso. 
Sociedade 
Brasileira de 
Diabetes, 2017; 
NETO et al.,2012. 
Casos 
severos de 
Hipoglicemia 
e 
Hiperglicemia 
 Encaminhamento do paciente ao hospital. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelos autores. 
Sociedade 
Brasileira de 
Diabetes, 2017; 
COSTA et al.,2016; 
NETO et al.,2012. 
Revista Intercâmbio - vol. X - 2017/ISNN - 2176-669X - Página 066
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A diabetes é uma anormalidade endócrino-metabólica, caracterizada 
pela deficiência absoluta do hormônio insulina ou relativa quando sua secreção 
pelo pâncreas é defasada. Acomete 33%dosidososdos 60 aos 79 anos de 
idade. 
Apresenta muitas manifestações bucais tais como: doença periodontal, 
hipossalivação, xerostomia, candidíase, ardor bucal, língua geográfica, líquen 
plano bucal, glossite romboidal mediana, aumento das glândulas parótidas, 
hálito cetônico, úlceras traumáticas, entre outras. 
A necessidade da construção de protocolo odontológico para bom 
atendimento aosidosos diabéticos é imprescindível, pois facilitará a prestação 
de serviços a essa população contribuindo para a longevidade e qualidade de 
vida dos pacientes com DM. Sendo assim a construção desse protocolo 
nortearáa conduta acadêmica quanto ao melhor conhecimento do idoso 
diabético no que se refere: ao risco de atendimento, ao uso de medicamento, à 
avaliação da glicemia, às indicações de profilaxia antibiótica e às indicações de 
anestésicos. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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pacientes portadores de diabetes mellitus – Município de Sarzedo/MG. 
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