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2019 Práticas de desenho técnico Profa. Vivian Dall’Igna Ecker Copyright © UNIASSELVI 2019 Elaboração: Profa. Vivian Dall’Igna Ecker Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. Impresso por: EC19p Ecker, Vivian Dall'igna Práticas de desenho técnico. / Vivian Dall'igna Ecker. – Indaial: UNIASSELVI, 2019. 186 p.; il. ISBN 978-85-515-0247-1 1.Desenho técnico. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. CDD 604.2 III aPresentação Caro acadêmico! Estamos iniciando uma nova etapa em seu aprendizado! Em disciplinas anteriores, vimos conceitos relacionados à elaboração de desenhos em caráter técnico, e estudamos princípios acerca da graficação com instrumentos. Agora, na disciplina de Práticas de Desenho Técnico, poderemos aplicar muitos destes conceitos nas autoatividades propostas. A fim de que você possa desenvolver suas habilidades, organizamos este livro de estudos da seguinte forma. Inicialmente, em Informações Gerais, apresentaremos a listagem de materiais que serão utilizados, bem como algumas dicas para garantir a confecção de bons desenhos. A seguir, o livro estará estruturado em três unidades temáticas. A Unidade 1 é introdutória e apresenta informações gerais acerca da confecção de uma prancha de desenho técnico. Apresenta um resumo das principais técnicas de representação, bem como o formato padrão de margens, legenda, caligrafia. A Unidade 2 apresenta informações relativas à linguagem gráfica dos desenhos, e sua abordagem objetiva desenvolver a habilidade de representação de sólidos geométricos, formas e objetos (ainda sem determinadas especificidades que o desenho técnico exige). A Unidade 3 contém informações específicas, aprofundando os conceitos abordados nas unidades anteriores. Nesta etapa do livro de estudos, entram informações relativas ao dimensionamento e às especificações técnicas, resultando em informações suficientes para a elaboração de bons desenhos. Conforme você verá, estas três unidades estarão divididas em tópicos. No início de cada tópico, será apresentado um breve resumo, que apresenta informações sucintas, revisando os conhecimentos elucidados em disciplinas anteriores (particularmente a disciplina de desenho técnico). Após o resumo, serão propostas autoatividades, nas quais serão exercitados os conceitos em estudo. Todas as autoatividades estarão propostas em continuidade, ou seja, cada uma se desenvolve como uma evolução da anterior. Ao final de cada conjunto de autoatividades, será proposta uma autoatividade final, que objetiva unificar os seus conhecimentos, e garantir que os conceitos tenham sido apreendidos de forma integral. Esperamos que você, acadêmico, tendo estas informações em mãos, e se engajando no desenvolvimento das atividades, aprimore suas habilidades em desenho! Não hesite em entrar em contato conosco, pois poderemos esclarecer as suas dúvidas, e orientá-lo na elaboração das atividades. Contamos com o seu comprometimento, e lhe desejamos bons estudos! Atenciosamente, Profa. Vivian Dall’Igna Ecker IV Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! NOTA V VI VII UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO ..............................................................1 TÓPICO 1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E TÉCNICAS FUNDAMENTAIS ........3 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................3 2 INFORMAÇÕES GERAIS E MATERIAL PARA AS ATIVIDADES ............................................4 3 NORMAS A SEREM UTILIZADAS ...................................................................................................5 4 DICAS PARA A QUALIDADE DO DESENHO ...............................................................................5 5 APRESENTAÇÃO DAS TÉCNICAS FUNDAMENTAIS ...............................................................6 6 INSTRUMENTOS PARA DESENHO............................................................................................... 13 7 TÉCNICAS DE GRAFICAÇÃO ......................................................................................................... 18 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 22 TÓPICO 2 – ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO ......................... 23 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 23 2 CALIGRAFIA ........................................................................................................................................ 23 3 LINHAS .................................................................................................................................................. 29 4 PADRÕES DE FOLHAS, MARGENS E LEGENDA ...................................................................... 33 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 38 TÓPICO 3 – USO DE COTAS E ESCALAS ........................................................................................ 39 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 39 2 COTAS E COTAGEM .......................................................................................................................... 39 3 TIPOS DE COTAGEM ......................................................................................................................... 43 4 ESCALAS ................................................................................................................................................ 49 5 ESCALA NUMÉRICA .......................................................................................................................... 51 6 ESCALA GRÁFICA .............................................................................................................................. 53 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 54 RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 57 UNIDADE 2– NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO ....................................................... 59 TÓPICO 1 – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO .................................................... 61 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 61 2 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO ........................................................................ 61 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 68 TÓPICO 2 – PERSPECTIVAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E ORIENTAÇÕES PARA MONTAGEM ........................................................................................................ 69 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 69 2 PERSPECTIVA CÔNICA .................................................................................................................... 69 3 PERSPECTIVAS AXONOMÉTRICAS.............................................................................................. 75 4 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA ........................................................................................................... 75 5 PERSPECTIVA CAVALEIRA .............................................................................................................. 80 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 85 sumário VIII TÓPICO 3 – PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO DESENHO TÉCNICO .......... 87 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 87 2 PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS ........................................................................................................ 87 3 REBATIMENTOS DOS PLANOS DE PROJEÇÃO......................................................................100 RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................104 TÓPICO 4 – DESENHO A MÃO LIVRE: DEFINIÇÃO E TÉCNICAS DE TRAÇADOS ........105 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................105 2 TÉCNICAS PARA O DESENHO A MÃO LIVRE ........................................................................105 3 ESBOÇO DE VISTAS ORTOGRÁFICAS PRINCIPAIS .............................................................106 4 ESBOÇO DE PERSPECTIVA ISOMÉTRICA ................................................................................107 LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................108 RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................115 UNIDADE 3 – AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO ...........................................117 TÓPICO 1 –ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO ...................................................119 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................119 2 DESENHO DE VISTAS .....................................................................................................................119 3 DESENHO DE CORTES ....................................................................................................................122 RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................138 TÓPICO 2 – DESENHO DE EDIFICAÇÕES: PLANTA BAIXA E CORTE ................................139 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................139 2 PLANTAS BAIXAS .............................................................................................................................139 3 CORTES ................................................................................................................................................151 RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................160 TÓPICO 3 – DESENHO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS: ELEMENTOS, SIMBOLOGIAS E ESQUEMAS ..................................................................................161 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................161 2 ELEMENTOS ELÉTRICOS ...............................................................................................................161 3 SIMBOLOGIAS ..................................................................................................................................165 4 CARGAS DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO ................................................................................172 LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................175 RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................183 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................185 1 UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: • proporcionar ao aluno atividades práticas, nas quais ele possa treinar a utilização dos diversos instrumentos de desenho técnico; • desenvolver habilidades para a representação das letras, símbolos e demais elementos de desenho técnico; • fornecer informações básicas acerca do sistema de cotagem e do uso de escalas. Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado. TÓPICO 1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E TÉCNICAS FUNDAMENTAIS TÓPICO 2 – ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO TÓPICO 3 – USO DE COTAS E ESCALAS 2 3 TÓPICO 1 UNIDADE 1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E TÉCNICAS FUNDAMENTAIS 1 INTRODUÇÃO Para Bornancini et al. (1987, apud PIRES, BERNARDES, 2017, p. 388) “o desenho técnico é uma linguagem gráfica universal padronizada por procedimentos de representação para facilitar a comunicação entre os produtores, engenheiros, empreiteiros e demais profissionais envolvidos na execução de um projeto”. O desenho técnico é uma forma de expressão, que tem por objetivo a representação de objetos (GISLON, 2016). De acordo com a autora, cada área – arquitetura e engenharias –, tem o seu próprio desenho técnico, com simbologias e características de acordo com as normas e os objetos que lhes cabem representar. Nas engenharias, o desenho técnico trabalha com escalas e conceitos de geometria e matemática, objetivando simular, nos desenhos, um produto final, antes mesmo de ele ser fabricado. Do ponto de vista da formação profissional, o desenho técnico é parte imprescindível na formação de engenheiros, pois a linguagem gráfica permite que ideias sejam concebidas, e executadas, seguindo padrões de qualidade e, com isto, o desenho técnico passa a ser adotado como ferramenta essencial de planejamento (GISLON, 2016). O ato de desenhar desenvolve no profissional, com o auxílio de esquadros, compassos, escalímetros, a capacidade de leitura precisa de objetos e do espaço, com base em suas reais medidas e proporções, bem como a habilidade de representação bidimensional (em uma folha de papel)destes elementos. É um ato fundamental para as áreas que trabalham com o conceito de projeto, isto é, com a habilidade de pensar uma forma, um objeto, um espaço, antes mesmo de executá-lo. O projeto é essencial para garantir a qualidade do resultado esperado, visto que o profissional se preocupa, com antecedência, com todas as variáveis que envolvem uma problemática dada para, a partir delas, selecionar a melhor solução àquele objeto, produto, obra. Tendo estas considerações em mente, é importante que você, acadêmico, perceba-se como um profissional responsável por este “planejamento com antecedência”: o ato de projetar e de, com isso, dominar com precisão os aspectos de dimensionamento e de especificações técnicas, garante o resultado de qualidade para a futura execução de um projeto. Imagine, acadêmico, utilizar-se de desenho mal elaborados, de difícil compreensão, para comunicar as suas ideias. Impossível! A elaboração de desenhos técnicos de qualidade é fundamental para garantir que as informações sejam transmitidas, da melhor forma, aos que forem executar a sua UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 4 proposta. A qualidade dos desenhos é garantida pela atenção às normas técnicas que regem o desenho, e que possibilitarão a utilização de uma linguagem universal, compreendida por todos os profissionais. Também é garantida pela atenção à correta utilização de grafias, espessuras de linhas, escalas e simbologias, que darão ao desenho um aspecto de clareza e limpeza do traço, necessários ao seu entendimento. Para finalizar, é importante que você, acadêmico, tendo em mente estas reflexões ao elaborar seus desenhos, prime por desenhos de qualidade, que transmitam as suas ideias de forma clara e objetiva, observando para que as informações estejam bem organizadas, e graficadas com esmero. É durante o processo de projeto, e através da graficação dos projetos propriamente dita, que o profissional se apropria de suas ideias e as materializa, expressando suas intenções e objetivos para com a forma final e, somente então, ocupa-se da execução da obra. Portanto, esteja atento para a qualidade de seus desenhos, para garantir projetos de qualidade! Caro acadêmico! Você deverá ter, ao longo da disciplina, um caderno, preferencialmente sem linhas, para compilar as suas anotações e estudos. Também é importante que você tenha um bloco de papel sulfite A4, para realizar as atividades propostas neste livro de estudos. Lembre-se de manter o bloco organizado, registrando as atividades uma após a outra e ter o cuidado com a limpeza do material e a qualidade dos desenhos. Ao final do semestre, exercitando as atividades no mesmo bloco, você poderá perceber a evolução que lhe foi possível, pela simples prática de treinar suas habilidades! Tenha em mente que a prática é muito importante para o seu progresso no curso! Para realizar as atividades, programe-se, já de início, para ter os seguintes materiais: Tipos de papel: • 20 folhas de papel manteiga A4 (41g/m2); • 1 bloco de papel sulfite A3 (20 folhas – 150g/m2); • 1 bloco de papel sulfite A4 (20 folhas – 150g/m2); Materiais para traçado: • 4 lapiseiras Faber Castell (0.3, 0.5, 0.7 e 0.9); • 4 canetas nanking UniPin (0.05, 0.2, 0.5 e 0.8)*; Instrumentos: • 1 régua paralela ou “T”; • 1 escalímetro; • 2 esquadros Trident 45° e 60°; • 1 compasso de 15cm; • 1 borracha em caneta (com refil); • 1 borracha comum verde; • 1 rolo de fita adesiva (crepe ou durex); 2 INFORMAÇÕES GERAIS E MATERIAL PARA AS ATIVIDADES TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E 5 • 1 flanela para limpeza do material (+ álcool); • 1 verniz spray fixador Acrilex*. * Materiais que não são obrigatórios. Todos os materiais podem ser encontrados nas principais papelarias de sua cidade, principalmente naquelas que trabalham com materiais para desenho. Se houver alguma dúvida com relação aos materiais solicitados, não hesite em entrar em contato com o professor responsável da disciplina! 3 NORMAS A SEREM UTILIZADAS 4 DICAS PARA A QUALIDADE DO DESENHO A fim de garantir a qualidade de seus desenhos, não somente agora, mas também ao longo de sua profissão, você pode consultar as seguintes normas: No Brasil, a ABNT é a responsável pela criação e divulgação das normas de desenho técnico. Segundo Rossi (2006, p.1), ‘a padronização ou normalização do desenho técnico tem como objetivo uniformizar o desenho por meio de um conjunto de regras ou recomendações que regulamentam a execução e a leitura de um desenho técnico, permitindo reproduzir várias vezes um determinado procedimento em diferentes áreas, com poucas possibilidades de erros’ (PIRES, BERNARDES, 2017, p. 337). • NBR 10068: Folha de Desenho: Leiaute e Dimensões. • NBR 10126: Cotagem em Desenho Técnico. • NBR 10582: Apresentação da Folha para Desenho Técnico. • NBR 8402: Execução de Caracter para Escrita em Desenho Técnico. • NBR 8403: Aplicação de Linhas em Desenhos – Tipos de Linhas – Larguras das Linhas. Existem alguns cuidados que são importantes que você mantenha ao longo do processo de elaboração de seus desenhos, para que, ao final, possa garantir que eles estejam bem executados, com traços definidos e com um bom acabamento. Portanto, aí vão algumas dicas, para garantir bons desenhos (baseado em GISLON, 2016): 1. Estabelecer uma distribuição racional do material sobre a mesa de desenho, para facilitar sua utilização (a mesa deve ficar o mais livre possível). 2. Verificar as condições do material e do papel antes do início do desenho (o material de desenho deve estar sempre limpo). 3. Fixar a folha de papel sobre a mesa, com fita adesiva, cuidando para não invadir as margens da folha. 4. Usar a aresta superior da régua paralela ou “T” para desenhar. 5. Usar o escalímetro apenas para marcar medidas, não traçando linhas. 6. Observar para que as pranchas sejam padronizadas, com margens e carimbo, contendo todas as informações necessárias. UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 6 5 APRESENTAÇÃO DAS TÉCNICAS FUNDAMENTAIS O desenho técnico e sua normatização são indispensáveis na formação dos profissionais, pois, de acordo com Gislon (2016), a qualidade da linguagem gráfica permite que as ideias sejam concebidas e executadas seguindo padrões de qualidade, segurança e eficiência. A seguir, serão apresentadas algumas das técnicas fundamentais de desenho, que servem de base para os materiais que serão elaborados para comunicar seus projetos. QUADRO 1 – TÉCNICAS FUNDAMENTAIS DE DESENHO QUANTO ÀS MODALIDADES Desenho não projetivo São desenhos resultantes de cálculos (gráficos, diagramas, esquemas, fluxogramas, organogramas). FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/Figura-33- Circuitos-eletricos-equivalentes-propostos-por-1-Feliu-et- al-2-Dawson-et_fig10_320172541>. Acesso em: 9 jun. 2018. 7. Realizar desenhos bem-acabados. 8. Executar desenhos limpos e sem rasuras. 9. Traçar as linhas com traços homogêneos, com espessuras diferenciadas, que identifiquem e facilitem a compreensão dos elementos representados. 10. Desenhar os textos e cotas com caracteres claros, que não gerem dúvidas ou dupla interpretação. 11. Cuidar da limpeza do material, do papel e da mesa, também durante a execução do desenho, retirando partículas de borracha e apontando o grafite longe da mesa. 12. Não apoiar objetos sobre o desenho que possam vir a sujá-lo. 13. Retirar a fita adesiva com cuidado, de dentro para fora, para não danificar a folha. 14. Proteger a parte concluída do desenho para não sujar. 15. Limpar a mesa ao terminar o trabalho! TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E 7 Desenho projetivo São desenhos que fornecem a percepção tridimensional de um objeto (vistas ortográficas e perspectivas). FONTE: <https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/ desenho-tcnico-corte>. Acesso em: 9 jun. 2018. QUANTO AO GRAU DE ELABORAÇÃO Esboço São desenhos confeccionados no estágio inicial, de estudos, de um projeto. FONTE: <http://blog.wmanske.com.br/calculo-de-escadas/>. Acesso em: 9 jun. 2018. Anteprojeto São desenhos confeccionados no estágio preliminar de um projeto. F O N T E : < h t t p s : / / b r . p i n t e r e s t . c o m / pin/237564949069745337/?lp=true>. Acesso em: 9 jun. 2018. UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 8 Projeto de execução São desenhos confeccionados no estágio final de um projeto, com todos os elementos necessários para o entendimento de sua execução. FONTE: <http://netstudios.net/escada-helicoidal- desenho-tecnico.html>. Acesso em: 9 jun. 2018. QUANTO AO MÉTODO Desenho à mão livre São desenhos confeccionados durante o processo criativo. FONTE: <https://www.olsarchitects.ie/sketchbook>. Acesso em: 9 jun. 2018. Desenho com instrumentos São desenhos padronizados, feitos “em escala” e com instrumentos utilizados para traçar linhas retas, circunferências e curvas (GISLON, 2016). FONTE: <https://www.clasf.com.br/q/desenhos- 2d-3d/>. Acesso em: 9 jun. 2018. FONTE: Adaptado de Gislon (2016) TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E 9 1 Indique qual a modalidade dos desenhos apresentados a seguir: (1) Desenho não projetivo (2) Desenho projetivo AUTOATIVIDADE ( ) FONTE: <http://eletronicos.etc.br/diagramas-eletricos-esquema-de-rede- eletrica/>. Acesso em: 18 jan. 2019. ( ) FONTE: Ferreira e Silva (ano indefinido). UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 10 2 Indique qual o grau de elaboração dos desenhos apresentados a seguir: (1) Esboço (2) Anteprojeto (3) Projeto de Execução ( ) FONTE: <http://www.kellytrindade.com.br/construcao-em-curitiba- anteprojeto/>. Acesso em: 9 jun. 2018. ( ) FONTE: <https://br.pinterest.com/pin/444097213236267479/>. Acesso em: 9 jun. 2018. ( ) FONTE: <http://ew7.com.br/projeto-arquitetonico-com-autocad/index.php/ tutoriais-e-dicas/136-projeto-de-reforma-residencial.html>. Acesso em: 9 jun. 2018. TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E 11 3 Indique qual a modalidade dos desenhos apresentados a seguir: (1) Desenho à mão livre (2) Desenho com instrumentos FONTE: <https://www.archdaily.com. br/br/790662/apartamento-ar-rocco- arquitetos?ad_medium=gallery>. Acesso em: 9 jun. 2018. FONTE: <https://www.archdaily.com. br/br/876920/classicos-da-arquitetura- edificio-copan-oscar-niemeyer?ad_ medium=gallery>. Acesso em: 9 jun. 2018. ( ) ( ) 4 Elabore um esboço ao lado dos objetos apresentados a seguir: UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 12 AUTOATIVIDADE FINAL: 5 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), elabore um esboço dos objetos apresentados a seguir: TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E 13 A seguir, apresentamos uma revisão dos instrumentos que serão utilizados nesta disciplina (baseado em Gislon, 2016): QUADRO 2 – INSTRUMENTOS E SUAS CARACTERÍSTICAS INSTRUMENTO CARACTERÍSTICAS Régua T Adaptada à prancheta, é utilizada para traçar as linhas horizontais e para apoiar o esquadro no traçado de linhas. Régua paralela Tem a mesma função da régua T, com a vantagem de não precisar utilizar as mãos para mantê-la firme, pois é fixada à prancheta. Esquadros Servem para o traçado de retas perpendiculares às retas traçadas com a régua T ou com a régua paralela. Se usado corretamente, o esquadro pode economizar bastante tempo para fazer linhas retas ou marcar ângulos. Escalímetro É uma régua triangular contendo três faces e seis escalas diferentes. São graduadas em milímetros e servem para marcar as dimensões no desenho. Lápis ou lapiseira São práticas de serem manuseadas, e usadas principalmente com grafites das seguintes espessuras: 0,2mm, 0,5mm, 0,7mm, 0,9mm. A fina espessura do grafite garante melhor acabamento do traço do que os lápis normais. 6 INSTRUMENTOS PARA DESENHO UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 14 Transferidor É um instrumento utilizado na construção e medição de ângulos. Borracha Recomenda-se utilizar borracha macia, para evitar danificar a superfície do desenho. As canetas com refil de borracha também permitem apagar detalhes no desenho, sem danificar o conjunto. Caneta nanquim São utilizadas para o traçado de desenhos, e possuem espessuras que são numeradas de acordo com o traço que são capazes de produzir. As mais indicadas são 0.05, 0.2, 0.5 e 0.8. Compasso É um instrumento que realiza o traçado de arcos e circunferências. Os compassos comuns possuem uma ponta seca em forma de agulha, que determina um ponto fixo no papel e outra ponta dotada de um grafite para traçar a circunferência. FONTE: Adaptado de Gislon (2016) TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E 15 1 Pratique o uso do esquadro, traçando, em um papel à parte: a) 10 linhas horizontais de 15cm de comprimento, com espaçamento de 0,5cm entrelinhas. b) 40 linhas verticais de 5cm de altura, com espaçamento de 0,5cm entrelinhas. c) 5 linhas de 5cm, inclinadas a 30°. d) 5 linhas de 5cm, inclinadas a 45°. e) 5 linhas de 5cm, inclinadas a 60°. 2 Demarque, no transferidor, os seguintes ângulos: 35°, 67°, 95° e 120°. 3 Identifique, no transferidor, a quais ângulos correspondem os segmentos AÔB, AÔC, AÔD e AÔE: AÔB ............... AÔC ............... AÔD ............... AÔE ............... AUTOATIVIDADE UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 16 4 Utilizando o transferidor, meça os seguintes ângulos, e preencha as lacunas, indicando cada um deles: a) ..................... b) ..................... c) ..................... d) ..................... 5 Utilizando o transferidor, determine a medida do complemento dos ângulos cujas medidas estão referenciadas a seguir. Observe que o complemento do ângulo é a medida que completa este ângulo, até chegar a 180°. a) 30° ............... b) 50° ............... c) 15° ............... d) 67° ............... e) 43° ............... 6 Com um compasso, desenhe 2 círculos de 5cm de diâmetro e, dentro de cada um dos círculos, represente, com um compasso, 2 círculos de diâmetros 1 e 3cm, e 4 círculos de diâmetro 1, 2, 3 e 4cm, respectivamente: FONTE: <https://brainly.com.br/tarefa/3414074>. Acesso em: 9 jun. 2018. TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E 17 7 Com a utilização de um transferidor de ângulos e de um compasso, transcreva, em uma folha em branco, as formas a seguir, considerando que cada círculo possui 4cm de diâmetro: 8 Em uma folha em branco, transcreva as formas a seguir, considerando as medidas e os ângulos indicados. Para esta atividade, utilize esquadros, escalímetro e compasso: FONTE: <https://de.wikipedia.org/wiki/Datei:Regular_polygon_4_annotated.svg>. Acesso em: 9 jun. 2018 120° 60° 90° 90° 72° 108° 135° 45° 150° 30° UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 18 AUTOATIVIDADE FINAL: 9 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), transcreva a forma a seguir para a escala 1:7,5, utilizando escalímetro, transferidor de ângulos e compasso: FONTE: <https://www.slideshare.net/jooyounghwan/cad-practice-drawings-16-75872740>. Acesso em: 9 jun. 2018. A habilidade nos instrumentos contribui para a rapidez e precisão do desenho (GISLON, 2016). Algumas técnicas que contribuem para realizar um bom desenho são (MONTENEGRO, 1997 apud GISLON, 2016): Uso do lápis: o lápis deve ser segurado entre o dedo polegar e o indicador a aproximadamente cinco centímetros da ponta, de maneira que a mão fique apoiada e a ponta do lápis fique bem visível. Deve-se sempre puxar o lápis e nunca empurrar. Traço de linhas: ponha o lápis encostado no esquadro ou na régua, com pequena inclinação no sentido do movimento. Assim o domínio do traço será maior. Uso de esquadros: no desenho com esquadros é importante manter o lápis na vertical, levemente inclinado sobre o esquadro. Esta técnica é importante para que não se suje o esquadro ou a régua e, por consequência, a folha. Para traçar qualquer linha com o esquadro, use os dois instrumentos juntos: um é fixo e o outro se desloca sobreo primeiro, podendo utilizar a régua paralela e um dos esquadros. Uso do compasso: no desenho com compasso, recomenda-se uma ponta em formato de cunha para obter linhas mais nítidas sem excesso de pressão, uma vez que a ponta se gasta facilmente, e deve ser refeita com frequência. 7 TÉCNICAS DE GRAFICAÇÃO TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E 19 Uso do transferidor: quando quiser construir um ângulo, trace primeiramente uma reta e marque nela um ponto de referência para o vértice do ângulo. Coloque o transferidor de tal modo que a linha de fé (base do transferidor) coincida com a reta, e o índex (volta do transferidor) com o vértice. A partir de 0º, marque com um ponto a abertura do ângulo desejado. Em seguida, retire o transferidor e complete a construção do ângulo. Como base para a elaboração de seus desenhos, é importante que você trabalhe na mesa própria para desenho (disponível em nosso polo, para suas atividades presenciais), com régua paralela fixa à prancheta. A régua servirá de apoio para traçar linhas verticais ou com determinadas inclinações, utilizando os esquadros e demais instrumentos de desenho. DICAS 20 1 Exercite a utilização dos instrumentos de desenho (régua paralela, escalímetro, esquadros e lapiseiras), transcrevendo, nos espaços tracejados, os 4 quadrados apresentados, com espaçamento entrelinhas de 2mm, conforme o modelo a seguir: 2 Transcreva, nos espaços tracejados, os 4 quadrados apresentados, com espaçamento entrelinhas de 2mm, considerando as dimensões apresentadas, e conforme o modelo a seguir: AUTOATIVIDADE 3 Transcreva, nos espaços tracejados, os 4 quadrados apresentados, com espaçamento entrelinhas de 2mm, conforme o modelo a seguir: 21 4 Transcreva, nos espaços tracejados, os 3 quadrados apresentados, com espaçamento entrelinhas de 1mm, considerando os ângulos de 30°, 45° e 60° para confecção das linhas circunscritas nos quadrados, conforme o modelo a seguir: AUTOATIVIDADE FINAL: 5 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), exercite a utilização dos instrumentos de desenho (régua paralela, escalímetro, esquadros e lapiseiras), transcrevendo os quadrados propostos no exemplo a seguir. Considere as dimensões de cada quadrado de 4x4cm, e um espaçamento entrelinhas de 2mm: FONTE: Prudente (2018) 22 Caro acadêmico! Neste momento, chegamos ao final do Tópico 1, da Unidade 1. Esperamos que você tenha aprendido que: • O desenho técnico é parte imprescindível na formação de engenheiros, pois entende-se que a linguagem gráfica permite que ideias sejam concebidas, e executadas, seguindo padrões de qualidade. • O ato de projetar é um fazer essencial para garantir a qualidade do produto final, visto que o profissional se preocupa, com antecedência, com todas as variáveis que envolvem uma determinada situação. • A qualidade dos desenhos é garantida pela atenção às normas técnicas que regem o desenho, e que possibilitarão a utilização de uma linguagem universal, compreendida por todos os profissionais, bem como pela atenção à correta utilização de grafias, espessuras de linhas, escalas e simbologias, que darão ao desenho um aspecto de clareza e limpeza do traço, necessários ao bom entendimento das ideias propostas. • As técnicas fundamentais de desenho envolvem o desenho projetivo e não projetivo, os desenhos de esboço, anteprojeto e projeto final, e os desenhos à mão livre ou com instrumentos. • Os principais instrumentos utilizados na graficação de desenhos técnicos são: régua T, régua paralela, esquadros, escalímetro, lápis ou lapiseira, transferidor, borracha e compasso. • O lápis deve ser segurado entre o dedo polegar e o indicador a aproximadamente cinco centímetros da ponta. • No desenho com esquadros é importante manter o lápis na vertical, levemente inclinado sobre o esquadro, para que o domínio do traço seja maior. RESUMO DO TÓPICO 1 23 TÓPICO 2 ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO Em desenho técnico, não é possível utilizarmos letras e números tal como escrevemos, pois a representação possui normas técnicas específi cas, que garantem a universalidade na forma de linguagem. A norma utilizada em desenhos técnicos, e documentos semelhantes, é a NBR 8402: Execução de Caracter para Escrita em Desenho Técnico (ABNT, 1994). De acordo com Gislon (2016), orientação inicial para a execução da caligrafi a técnica é que as letras sejam padronizadas de maneira que, dentro de um conjunto fi nal de pranchas, elas apresentem a mesma forma escrita. A seguir, serão resumidos os princípios relativos à confecção de letras e símbolos. 2 CALIGRAFIA De acordo com Gislon (2016), a caligrafi a técnica é aplicada aos textos das especifi cações técnicas, ao preenchimento da legenda e à cotagem. As letras precisam ser feitas com traçados fi rmes, uniformes e legíveis. Para executá-las, devem-se efetuar linhas-guia horizontais, fi nas e fracas, e escrever, dentro delas, as palavras. Estas linhas auxiliarão na confecção de letras uniformes. As exigências gerais da caligrafi a aplicada ao desenho técnico, buscando a uniformidade e a legibilidade das letras, são (baseado em GISLON, 2016): PRINCÍPIO CARACTERÍSTICAS REPRESENTAÇÃO Uniformidade Altura mínima das letras de 3 mm Altura máxima das letras de 5 mm Espaço entrelinhas mínimo de 2 mm Legibilidade Letras (maiúsculas ou minúsculas) não inclinadas Não utilização de serifas* QUADRO 3 – CALIGRAFIA TÉCNICA FONTE: Adaptado de Gislon (2016) UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 24 * De acordo com Gislon (2016), a ausência da serifa confere legibilidade e simplificação na grafia, e busca evitar os riscos de dupla interpretação das informações, sendo bastante apropriada para informações de caráter técnico. A fim de garantir a qualidade no resultado final, recomenda-se que as letras sejam executadas depois que o desenho for concluído, como finalização do trabalho. É importante destacar que as letras para o desenho técnico possuem traços simples. As principais características para a boa graficação das fontes são: • Altura constante. • Traços com verticalidade ou inclinação uniformes. • Espessura uniforme dos traçados. • Observar o espaçamento mais adequado entre os caracteres e entre as palavras. A seguir, apresentaremos algumas dicas para a caligrafia técnica que irão ajudá- lo na confecção de textos para os seus desenhos (DENCKER, 2009 apud GISLON, 2016): • Escolha a altura das letras maiúsculas e divida em três partes iguais. Utilize 1/3 para baixo para a altura das minúsculas. • As letras minúsculas com perna ou haste, ocupam 1/3 para cima ou para baixo. • Os algarismos devem ter a mesma altura das letras maiúsculas. • Evite letras que possam aparecer mais que os desenhos. DICAS TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO 25 1 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas indicadas. FONTE: <https://docslide.net/documents/caligrafia-tecnica-55b3452984b71.html>. Acesso em: 10 jun. 2018. AUTOATIVIDADE 1 1 1 2 1 2 1 1 1 1 1 121 1 2 2 1 1 2 2 2 2 2 22 1 2 21 1 3 11 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 3 11 4 1 2 2 21 1 1 1 1 1 1 3 3 3 3 2 2 32 3 33 3 3 2 3 3 3 1 1 1 1 4 4 4 2 2 2 223 33 3 3 42 2 3 23 3 4 4 3 3 5 UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 26 2 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas indicadas. Utilize a linha pontilhada para a altura das letras minúsculas. 3 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas indicadas. FONTE: <https://docslide.net/documents/caligrafia-tecnica-55b3452984b71.html>. Acesso em: 10 jun. 2018. 1 2 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 33 111 1 12 2 2 2 1 1 113 3 3 3 2 4 4 1 3 3 2 2 2 2 22 2 3 2 2 2 2 2 2 2 2 23 1 12 3 3 11 23 TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO 27 4 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautasindicadas. Utilize a linha pontilhada para a altura das letras minúsculas. 5 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas indicadas. Utilize a linha pontilhada para a altura das letras minúsculas. 6 Transcreva o texto a seguir, em letras de caixa alta, considerando as direções e as pautas indicadas: “Em caligrafia, a norma técnica regente é a NBR 8402 (ABNT, 1994). Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e documentos semelhantes, e deve ser observada atentamente antes de sua execução [...]. A orientação inicial para a execução da caligrafia é que as letras no desenho técnico sejam padronizadas de maneira que, dentro de um conjunto final de pranchas, elas apresentem a mesma forma escrita [...]. Elas precisam ser feitas com traçados firmes, uniformes e legíveis (GISLON, 2016)”. UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 28 AUTOATIVIDADE FINAL: 7 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas indicadas. Considere que as linhas têm um comprimento de 24cm e as letras maiúsculas têm altura de 1cm. Trace as linhas antes de desenhar as letras. Esboce as letras em uma folha de rascunho, antes de trabalhar na folha definitiva, a fim de garantir que elas terão espaçamento uniforme. TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO 29 3 LINHAS A padronização das linhas empregadas no desenho técnico é fundamental para a interpretação universal do desenho. Para cada elemento do desenho, devem ser utilizados tipos de linha específicos, garantindo que as informações estejam legíveis para quem interpreta o desenho. Com relação à espessura das linhas a serem utilizadas, costumam-se seguir os seguintes princípios (baseado em GISLON, 2016): QUADRO 4 – PADRONIZAÇÃO DAS LINHAS EM DESENHO TÉCNICO TIPO DE LINHA REPRESEN- TAÇÃO CARACTERÍSTICAS Linhas contínuas largas Linhas principais. Linhas para arestas e contornos visíveis. Linhas dos elementos que estão sendo cortados (grafite 0.9). Linhas contínuas estreitas Linhas dos elementos que estão em vista. Linhas de cota. Linhas de chamada ou de extensão. Linhas auxiliares. Também são utilizadas nas linhas de construção do desenho (cotas, guias para letras e números etc.) (grafite 0.3). Linhas tracejadas Linhas para arestas e contornos não visíveis. Linhas para os elementos que estão situados acima do plano do desenho (grafite 0.5). Linhas traço- ponto finas Linhas de centro e eixos de simetria (grafite 0.3). Linhas traço- ponto grossas Linhas de corte e de seções (grafite 0.5). UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 30 Linhas de ruptura grossas Linhas para rupturas longas (grafite 0.5). Linhas de hachuras Linhas para hachuras (grafite 0.3). Linhas de ruptura finas Linhas para pequenas rupturas e cortes parciais (grafite 0.3). FONTE: <https://pt.slideshare.net/AgnaldoJardelTrennep/desenho-tcnico-mecnico-74465905>. Acesso em: 10 jun. 2018. O resumo apresentado acima descreve as principais informações relativas aos tipos de linha utilizados em desenho técnico. Se você, acadêmico, quiser obter maiores informações acerca destas linhas, sugerimos consultar a NBR 8403: Aplicação de Linhas em Desenhos (ABNT, 1984). A espessura da linha deve ser proporcional ao tamanho do desenho. • Todas as linhas devem começar e terminar de forma definida. • As linhas contínuas devem ser traçadas num só sentido. • O encontro de duas linhas deve sempre tocar os seus extremos (linhas que não se encontram em cantos dão a falsa impressão de serem arredondados). • Não se deve voltar o lápis sobre a linha traçada, a fim de não acarretar variação na espessura, para garantir a limpeza do traço. É importante traçar as linhas principais com lapiseira 0,3 mm e, somente depois, coloque as espessuras requisitadas, a fim de garantir a qualidade do desenho, e a precisão do traço (DENCKER, 2009). DICAS A seguir, apresentaremos algumas dicas para a padronização das linhas nos desenho técnico (adaptado de Gislon, 2016): TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO 31 1 Nos espaços a seguir, desenhe 4 quadrados de 2x2 cm, com as seguintes espessuras de grafite: 0,3 mm; 0,5 mm; 0,7 mm e 0,9 mm. Lembre-se da ordem do desenho: comece traçando as linhas principais com lapiseira 0,3 mm e somente depois coloque as espessuras requisitadas. 2 Em uma folha em branco, treine os tipos de linha estudados (linha forte, média, fina, tracejada, traço-ponto), considerando 3 espessuras de grafite (0.3, 0.5, 0.7 e 0.9), de acordo com o modelo a seguir: 4 Sobre a qualidade da linha, assinale verdadeiro (V) ou falso (F): ( ) Todas as linhas devem começar e terminar de forma definida. ( ) As linhas contínuas devem ser traçadas num só sentido. ( ) O encontro de duas linhas nunca deve tocar os seus extremos, as linhas devem ficar espaçadas umas das outras nos cantos. ( ) É recomendável voltar o lápis sobre a linha traçada quantas vezes forem necessárias, para garantir a limpeza do traço. ( ) É importante traçar as linhas principais com lapiseira 0,3 mm e, somente depois, colocar as espessuras requisitadas, a fim de garantir a qualidade do desenho, e a precisão do traço. 3 Descreva a finalidade de cada tipo de linha a seguir: AUTOATIVIDADE UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 32 5 Complete as frases indicando o tipo de linha à que se referem: a) As linhas ..................................... são utilizadas nas linhas principais, nas linhas de contorno do desenho, e nas linhas dos elementos que estão sendo cortados. b) As linhas ..................................... são utilizadas nas linhas dos elementos em vista. c) As linhas ..................................... são utilizadas para representar todos os elementos que estão situados acima do plano do desenho, e devem ter traços com o mesmo comprimento, igualmente espaçados. d) As linhas ..................................... são utilizadas nas linhas de corte e de seções. e) As linhas ..................................... são utilizadas para demarcar as linhas de centro e eixos de simetria. 6 Correlacione a representação dos tipos de linhas abaixo, com a sua respectiva denominação: 7 Escreva os nomes dos tipos de linha empregadas no desenho técnico abaixo, ao lado das letras A, B e C: A ........................................ B ........................................ C ........................................ a) Linhas contínuas largas. b) Linhas contínuas estreitas. c) Linhas tracejadas. d) Linhas traço-ponto grossas. e) Linhas de ruptura grossas. FONTE: <https://pt.slideshare.net/AgnaldoJardelTrennep/desenho-tcnico-mecnico-74465905>. Acesso em: 9 jun. 2018. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO 33 AUTOATIVIDADE FINAL: 8 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), desenhe a peça abaixo, na escala 1:5, considerando diferentes espessuras de linha para o contorno da peça, as cotas e os eixos de simetria. 4 PADRÕES DE FOLHAS, MARGENS E LEGENDA As folhas em branco, utilizadas em desenhos técnicos, possuem dimensões padronizadas. A série “A”, de padronização do papel, é a mais utilizada para os desenhos técnicos de Engenharia e áreas afins (A0, A1, A2, A3 e A4). As folhas podem ser utilizadas tanto na vertical quanto na horizontal. De acordo com a NBR 10068: Folha de Desenho - Leiaute e Dimensões, os formatos padrão disponíveis são (ABNT, 1987): QUADRO 5 – PADRONIZAÇÃO DAS FOLHAS EM DESENHO TÉCNICO FONTE: Adaptado de Gislon (2016) FORMATO TAMANHO (em milímetros) A0 841 x 1189 A1 594 x 841 A2 420 x 594 A3 297 x 420 A4 210 x 297 UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 34 Cada um destes formatos deverá possuir margens, que delimitam o espaço para os desenhos, dentro da prancha. A margem esquerda é sempre maior que as demais, pois é nesta margem que asfolhas são furadas para fixação nas pastas ou arquivos. Na tabela a seguir são apresentadas as dimensões das margens para cada tamanho de folha de desenho da série “A”. De acordo com a NBR 10068: Folha de Desenho – Leiaute e Dimensões, as margens e suas linhas devem ter as seguintes dimensões (ABNT, 1987): QUADRO 6 – FOLHA DE DESENHO – LEIAUTE E DIMENSÕES FONTE: Adaptado de Gislon (2016) FORMATO Margem esquerda (em milímetros) Demais margens (em milímetros) Largura da linha A0 25 10 1,4 A1 25 10 1,0 A2 25 7 0,7 A3 25 7 0,5 A4 25 7 0,5 De acordo com Gislon (2016), em todas as pranchas confeccionadas para um projeto, o formato final delas deve receber dobragem, até resultar no tamanho final em A4 (210 mm x 297 mm), a fim de permitir o fácil armazenamento e transporte do material. É importante observar que no formato final, em A4, deve-se sempre deixar visível a legenda, para fácil identificação das informações contidas na prancha. A norma a ser consultada, para obter-se as dimensões da dobragem das pranchas é a NBR 13142: Desenho Técnico – Dobramento de Cópia (ABNT, 1999). Em cada prancha, organiza-se um espaço para desenho, um espaço para texto, e um espaço para a legenda. É importante que cada um destes elementos respeite determinados princípios, a fim de garantir a legibilidade das informações em conjunto (baseado em GISLON, 2016): Espaço para desenho: • Os desenhos são dispostos na ordem horizontal ou vertical. • Devem ser executados levando em consideração o dobramento final das cópias em formato A4. Espaço para texto: • Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo da prancha são colocadas no espaço para texto. • O espaço para texto é colocado sobre a legenda. • A largura do espaço de texto é igual à da legenda ou no mínimo 100 mm. TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO 35 • As seguintes informações devem constar no espaço para texto: identifi cação dos símbolos empregados no desenho; informações necessárias à execução do desenho; referência a outros desenhos ou documentos; histórico da elaboração do desenho com identifi cação/assinatura do responsável. Espaço para legenda: • Na legenda o projetista assina seu projeto, e marca as possíveis revisões feitas. • A posição da legenda deve estar dentro do espaço para o desenho, no canto inferior direito, tanto nas folhas posicionadas horizontalmente, como verticalmente. • O comprimento da legenda deve ser de 178 mm (nos formatos A4, A3, A2), e 175 mm (nos formatos A1 e A0). • Em folhas grandes, quando se dobra o desenho, a legenda sempre deve estar visível, para facilitar a procura em arquivo sem necessidade de desdobrá-lo. • A legenda deve conter a identifi cação completa do desenho, que compreende: ◦ Nome do profi ssional responsável pelo projeto. ◦ Número de registro, nome do cliente ou empresa para o qual o projeto será realizado. ◦ Título e escala do desenho. ◦ Data e número da prancha. • O modelo de legenda a ser considerado é: QUADRO 7 – MODELO DE LEGENDA FONTE: Ferreira, Faleiro e Souza (2008) 36 1 Complete a tabela a seguir, apresentando as dimensões padrão das pranchas de cada formato da série “A”: 2 Complete a tabela abaixo, apresentando as dimensões padrão das pranchas de cada formato da série “A”: 3 Analise as informações a seguir, e assinale verdadeiro (V) ou falso (F): a) ( ) A margem esquerda é sempre menor que as demais. b) ( ) A posição da legenda deve estar fora do espaço para o desenho. c) ( ) O comprimento da legenda deve ser de 178 mm nos formatos A4, A3, A2. d) ( ) O comprimento da legenda deve ser de 175 mm nos formatos A1 e A0. e) ( ) Em folhas grandes, quando se dobra o desenho, a legenda sempre deve estar visível, para facilitar a procura em arquivo sem necessidade de desdobrá-lo. 4 Analise as informações a seguir, e assinale verdadeiro (V) ou falso (F): a) ( ) A NBR 13142 é a norma brasileira que apresenta as especificações para dobramento das pranchas. b) ( ) Em todas as pranchas confeccionadas para um projeto, o formato final das pranchas deve receber dobragem. c) ( ) O dobramento deve resultar no tamanho final em A2 (420mm x 594mm). d) ( ) Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo da prancha são colocadas no espaço para texto. e) ( ) A largura do espaço de texto é igual à da legenda ou no mínimo 100 mm. AUTOATIVIDADE FORMATO TAMANHO (em milímetros) A0 A1 A2 A3 A4 FORMATO Margem esquerda (em milímetros) Demais margens (em milímetros) Largura da linha 25 1,4 A1 10 1,0 25 7 A3 7 0,5 25 7 37 5 Desenhe, em uma folha de papel sulfite, a legenda a seguir, completando os espaços com as seguintes informações: • Engenharia Projetos LTDA. • Projeto: residência unifamiliar • Desenho: planta baixa • Propriedade: Distrito Federal / Brasília • Proprietário: Oscar Niemeyer • Data: 10/06/1949 • Escala: 1:100 • Unidade: metro • Área: 430m2 • Prancha Única • Projetista: Eng. Joaquim Maria Moreira Cardozo AUTOATIVIDADE FINAL: 6 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), desenhe as margens (esquerda, direita, superior e inferior) e a legenda abaixo. Atente para as dimensões de margem e linha recomendadas, e preencha os campos da legenda com caligrafia técnica, conforme o exemplo proposto a seguir: FONTE: Ferreira, Faleiro e Souza (2008) 38 RESUMO DO TÓPICO 2 Caro acadêmico! Neste momento, chegamos ao final do Tópico 2, da Unidade 1, esperamos que você tenha aprendido que: • As letras precisam ser feitas com traçados firmes, uniformes e legíveis. Para executá-las, devem-se efetuar linhas-guia horizontais, finas e fracas, e escrever, dentro delas, as palavras. As linhas auxiliam na confecção de letras uniformes. • As letras devem ter altura, inclinação, espessura do traçado e espaçamento (entre os caracteres) todos legíveis e uniformes. • Para cada elemento do desenho, devem ser utilizados tipos de linha específicos, garantindo que as informações estejam legíveis para quem interpreta o desenho (linhas fortes, finas, tracejadas, traço-ponto grossas, traço-ponto finas, linhas de hachuras, linhas de ruptura grossas e linhas de ruptura finas). • As linhas contínuas devem ser traçadas num só sentido. • O encontro de duas linhas deve sempre tocar os seus extremos (linhas que não se encontram em cantos dão a falsa impressão de serem arredondados). • Não se deve voltar o lápis sobre a linha traçada, a fim de não acarretar variação na espessura. • Sugere-se traçar as linhas principais com lapiseira 0,3 mm e, somente depois, colocar as espessuras requisitadas, a fim de garantir a qualidade do desenho como um todo, e a precisão do traço final. • A série “A”, de padronização do papel, é a mais utilizada para os desenhos técnicos de Engenharia e áreas afins (A0, A1, A2, A3 e A4). • Cada um destes formatos deverá possuir margens, que delimitam o espaço para os desenhos, dentro da prancha. A margem esquerda é sempre maior que as demais, pois é nesta margem que as folhas são furadas para fixação nas pastas ou arquivos. • O formato final das pranchas de um projeto deve receber dobragem, até resultar no tamanho final em A4 (210 mm x 297 mm), permitindo o fácil armazenamento e transporte do material. Nesta dobragem, a legenda deve ficar visível. 39 TÓPICO 3 USO DE COTAS E ESCALAS UNIDADE 1 1 INTRODUÇÃO Cotas são números colocados nos desenhos, que representam as dimensões reais do objeto (GISLON, 2016). De acordo com a autora, normalmente, a unidade mais utilizada na representação das cotas é o metro, mas de acordo com o tipo e a escala do desenho, outras unidades também podem ser usadas, desde que sejam especificadas nas pranchas do desenho, tais como centímetros ou milímetros. A cotagem precisa estar legível, para a execução ou fabricação do objeto representado, de acordo com os seguintes princípios (GISLON, 2016): • As cotas devem ser colocadas preferencialmente fora do desenho, a fim de não dificultara leitura das informações. • As cotas devem ser colocadas preferencialmente em linhas contínuas. • As linhas de cota paralelas devem ser espaçadas igualmente. • Todas as cotas necessárias ao entendimento do projeto devem ser indicadas, conforme o modelo a seguir. FIGURA 1 – INDICAÇÃO DE COTAS FONTE: <http://slideplayer.com.br/slide/10229459/>. Acesso em: 10 jun. 2018. 2 COTAS E COTAGEM As cotas são numerais que indicam as medidas do objeto representado. As linhas de cota são linhas mais estreitas do que as do desenho, com setas, círculos ou traço oblíquo nas terminações e, nestas linhas, ou acima delas, são colocadas as cotas (números) (GISLON, 2016). Para realizar a cotagem de desenhos, é necessário entender a estrutura básica dos elementos que compõem as cotas, tal como apresentado a seguir (baseado em GISLON, 2016): 40 UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO ELEMENTO CARACTERÍSTICAS Linhas A linha auxiliar ou linha de extensão é uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota. A linha auxiliar não deve tocar as linhas do desenho e deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota. Números Os números são colocados acima da linha de cota, sem tocá-la. Quando a linha de cota é contínua, os números das cotas são colocados acima delas. Se a linha for interrompida, a cota ocupa o intervalo desta interrupção. Para a indicação de diâmetro, quadrado, sextavado ou raio, a ABNT recomenda a utilização de símbolos, colocados antes dos números das cotas. Finalização da cota A finalização da cota deve ser representada através de um tick, um círculo cheio, ou uma seta. Na representação de ticks em cotas horizontais, os ticks deverão ser virados para a direita e em cotas verticais para a esquerda, ambos executando com o esquadro de 45º. Representação da cota no desenho QUADRO 8 – COTAGEM DOS DESENHOS LINHA DE COTA LINHA DE EXTENSÃO FINALIZAÇÃOCOTA 3.00 FONTE: Adaptado de Gislon (2016) A seguir, apresentaremos algumas dicas que irão ajudá-lo na cotagem dos desenhos (adaptado de Gislon, 2016): Primeiro devemos fazer a cotagem dos detalhes menores e posteriormente das medidas gerais. • Deve-se evitar a mudança de sentido da leitura da cota: cotas horizontais são escritas e lidas da esquerda para a direita, e cotas verticais, de baixo para cima. • Cotas inclinadas acompanham a inclinação da linha de cota. • A cotagem de elementos repetidos e equidistantes pode ser simplificada, já que não há necessidade de se colocar todas as cotas. • Cotas em espaços limitados podem ser colocadas fora da linha de cota ou em uma seta direcional. As unidades (milímetro, centímetro, metro) não devem ser colocadas ao lado das cotas. Esta informação deve vir na legenda. Mas fique atento! Todas as cotas de um desenho devem ser empregadas em uma única unidade (GISLON, 2016) DICAS TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS 41 1 Complete as frases, escrevendo as palavras faltantes sobre as linhas indicadas: a) As .......................... são numerais que indicam as medidas do objeto representado. b) Os .......................... são colocadas acima da linha de cota sem tocá-la. c) A linha .......................... ou linha de extensão é uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota. d) A linha .......................... não deve tocar as linhas do desenho e deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota. e) A finalização da cota deve ser representada através de um .........................., um .........................., ou uma ........................... AUTOATIVIDADE 2 A partir das informações dos desenhos a seguir, apresentadas em centímetros, complete as frases a seguir, escrevendo as palavras faltantes sobre as linhas indicadas: a) Escreva as cotas de comprimento .........................., altura .......................... e largura ........................... do objeto. b) Escreva as cotas que determinam o tamanho do rasgo no objeto: .........................., .......................... e ........................... c) Escreva as cotas que determinam a localização do rasgo no objeto, considerando o objeto visto de frente: .......................... e ........................... 42 UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO AUTOATIVIDADE FINAL: 4 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), desenhe a peça a seguir. Complete o desenho, apresentando todas as escalas, tendo como referência as escalas apresentadas no modelo. Considere que o desenho deve ser realizado na escala 1:5. 3 Escreva dentro dos parênteses as letras correspondentes à descrição de cada elemento de cotagem: ( ) Linha de cota ( ) Círculo cheio ( ) Cota TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS 43 3 TIPOS DE COTAGEM Existem dois principais tipos de cotagem, a cotagem em cadeia, e a cotagem por elementos de referência. De acordo com a NBR 10126: Cotagem em Desenho Técnico (ABNT, 1987), em desenhos de detalhes menores e mais precisos, as cotas podem ser colocadas em cadeia (cotagem em série), ou seja, as cotas em uma mesma direção são referenciadas umas nas outras. Ou podem ser colocadas tendo um único elemento de referência, conforme as ilustrações a seguir (GISLON, 2016): FIGURA – 2 TIPOS DE COTAGEM CONTAGEM EM CADEIA CONTAGEM POR ELEMENTO DE REFERÊNCIA FONTE: Capatan (2016) 44 UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 1 Escreva, na perspectiva, as cotas indicadas nas vistas ortográficas da peça: 2 Escreva, nas vistas ortográficas da peça, as cotas indicadas na perspectiva: 3 Analise o desenho técnico a seguir e assinale com um X a afirmação correta: a) As cotas 5, 8 e 6 definem o tamanho do furo. b) As cotas 13, 26 e 6 indicam a localização do furo. FONTE: Ferreira e Silva (s.d.) FONTE: Ferreira e Silva (s.d.) FONTE: Ferreira e Silva (s.d.) AUTOATIVIDADE TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS 45 4 Escreva, nas vistas ortográficas da peça, as cotas indicadas na perspectiva: FONTE: Ferreira e Silva (s.d.) 5 Escreva, nas vistas ortográficas da peça, as cotas indicadas na perspectiva: FONTE: Ferreira e Silva (s.d.) 6 Escreva, nas vistas ortográficas da peça, as cotas indicadas na perspectiva: FONTE: Ferreira e Silva (s.d.) 46 UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 8 Escreva, na perspectiva, as cotas indicadas nas vistas ortográficas da peça: 9 Indique qual o tipo de cotagem a que se refere cada objeto a seguir: 7 Escreva, na perspectiva, as cotas indicadas nas vistas ortográficas da peça: FONTE: Ferreira e Silva (s.d.) FONTE: Ferreira e Silva (s.d.) ( ) ( ) TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS 47 a) Cotagem em cadeia b) Cotagem por elemento de referência ( ) ( ) 10 Faça a cotagem dos objetos abaixo, segundo os tipos de cotagem estudados (cotagem em cadeia ou cotagem por elemento de referência). Considere como face de referência aquelas assinaladas com a linha traço-ponto: Cotagem em cadeia Cotagem por elemento de referência Cotagem em cadeia Cotagem por elemento de referência 48 UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO AUTOATIVIDADE FINAL: 11 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), transcreva duas vezes o sólido geométrico a seguir, na escala 1:5, apresentando, no primeiro, a cotagem em cadeia e, no segundo, a cotagem por elemento de referência. TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS 49 4 ESCALAS De acordo com Gislon (2016), para escolher se a escala da representação será natural, de ampliação ou de redução, é necessário levar em consideração o tamanho do objeto a representar, as dimensões do papel disponível, e a clareza e a precisão do desenho. Desta forma, os tipos de escala a serem considerados são (GISLON, 2016): • Natural: quando o desenho possuir as mesmas dimensões que o objeto real, podemos afirmar que ele está em escala natural (ou real), representada numericamente em 1:1. • De redução: quando o objeto a ser representado for muito grande, precisamosreduzi-lo. Neste caso, o desenho terá dimensões menores do que as do objeto. Este tipo de escala é muito utilizado na representação de edificações. As escalas de redução são representadas desta forma: 1:10 (significa que cada unidade do desenho corresponde a dez unidades reais do objeto). • De ampliação: quando o objeto a ser representado for muito pequeno, ele deverá ser ampliado. Neste caso, o desenho tem as dimensões maiores do que o objeto representado (esta escala é muito utilizada para a representação de objetos que possuem dimensões em milímetros, por exemplo). As escalas de ampliação são representadas desta forma: 10:1 (significa que cada dez unidades do desenho correspondem a uma unidade real do objeto). 1 Complete as frases a seguir, indicando se a descrição apresentada se refere à escala natural, de redução ou de ampliação: a) Na escala de ....................................., o desenho tem dimensões menores do que as do objeto. Este tipo de escala é muito utilizado na representação de edificações. b) Na escala ....................................., o desenho possui as mesmas dimensões que o objeto real. c) Na escala de ....................................., o desenho tem as dimensões maiores do que o objeto representado, com dimensões em milímetros, por exemplo. d) Quando o objeto a ser representado for muito grande, precisamos utilizar a escala de ...................................... e) Quando o objeto a ser representado for muito pequeno, devemos utilizar a escala de ...................................... AUTOATIVIDADE 50 UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 2 Complete as frases a seguir, indicando se a descrição apresentada se refere à escala natural, de redução ou de ampliação: a) A escala de ..................................... é representada em 10:1 (significa que cada dez unidades do desenho correspondem a uma unidade real do objeto). b) A escala de ..................................... é representada em 1:10 (significa que cada unidade do desenho corresponde a dez unidades reais do objeto). c) A escala ..................................... é representada numericamente em 1:1. 3 Informe em qual escala estão os objetos a seguir: 4 Desenhe um quadrado de 3x3cm nas escalas 1:2, 1:1 e 2:1: a) Escala 1:1 b) Escala 1:2 c) Escala 2:1 ( ) ( ) ( ) 1:2 1:1 2:1 TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS 51 AUTOATIVIDADE FINAL: 5 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), desenhe o objeto a seguir em 3 escalas: 1:20, 1:10 e 1:5. Os 3 desenhos devem estar alinhados e centralizados na prancha. 5 ESCALA NUMÉRICA Os desenhos técnicos dificilmente são representados com as dimensões reais do objeto. Em geral, desenha-se o objeto, reduzindo-se ou ampliando-se todas as suas dimensões, proporcionalmente, segundo uma escala. Pode-se, por exemplo, reduzir todas as dimensões igualmente 15 vezes, tendo, neste caso, uma escala de 1 para 15, representada da seguinte forma: 1:15. Para esta representação, utiliza-se a escala numérica, representada em números. O escalímetro é o principal instrumento de medição utilizada da escala numérica. Para os desenhos de arquitetura, por exemplo, o escalímetro possui as escalas de redução de 1:20, 1:25, 1:50. 1:75, 1:100, 1:125, todas dadas em metro (GISLON, 2016). Os tipos de escala são assim representados: FIGURA 3 – TIPOS DE ESCALA FONTE: Gislon (2016) Escala natural Escala de redução Escala de ampliação DESENHO 1 1: REAL DESENHO 10 1: REALDESENHO 1 10: REAL 52 UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO 1 Utilizando a régua graduada, meça o comprimento das linhas a seguir, para cada uma das escalas indicadas: 2 Complete as lacunas, com os valores correspondentes: 3 Um objeto de 50cm está desenhado na escala 1:5. Qual a medida do objeto no desenho, em centímetros? a) 5cm b) 10cm c) 15cm d) 25cm e) 50cm AUTOATIVIDADE FINAL: 4 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), converta o objeto a seguir para a escala 1:2. Observe para centralizar o desenho na prancha. AUTOATIVIDADE ...................cm (esc. 1:1) ...................cm (esc. 2:1) ...................cm (esc. 1:2) ...................cm (esc. 1:10) ...................cm (esc. 1:25) Dimensão do desenho Escala Dimensão da peça 1:1 42 18 1:2 5:1 6 16 2:1 10 100 12 60 TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS 53 6 ESCALA GRÁFICA Ao invés de ser representada em números, a escala gráfica é representada através de um segmento de reta e de uma unidade de medida, mantendo sempre a mesma proporcionalidade, no desenho (GISLON, 2016). Esta gradação funciona como uma régua, que servirá para medir o desenho. De acordo com Gislon (2016), esta escala tem a vantagem de não se alterar quando o mapa for ampliado ou reduzido por métodos fotográficos, digitais ou outros, pois sempre irá apresentar a proporção verdadeira do objeto. No entanto, apesar de ser mais simples, já que não há necessidade de conversão de unidades, esta escala é menos precisa do que a escala numérica, principalmente em desenhos mais complexos. FIGURA 4 – ESCALA GRÁFICA FONTE: Ferreira (2016) Talão Esc. 1/50 -1 0 1 2 3 metros 10 50 0 1 m 2cm 2 3 4 5 54 UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO LEITURA COMPLEMENTAR O DESENHO TÉCNICO Roberto Wanner Pires Maurício Moreira e Silva Bernardes Monnerat (2012) afirma que o desenho técnico se fundamenta principalmente nos princípios conceituais do desenho projetivo, que tem por objetivo a representação de figuras do espaço, a fim de estudar sua forma, sua dimensão e sua posição. Toda a origem do Desenho Técnico está relacionada ao contexto da Revolução Industrial, é embasado pelos princípios conceituais da geometria descritiva de Gaspard Monge: uma linguagem codificada, capaz de descrever o artefato projetado de tal forma que sua produção poderia ser realizada por qualquer um e em qualquer indústria. O Desenho Técnico é o meio seguro de comunicação entre o projeto e a produção de um objeto, de um edifício ou até mesmo de um bairro ou cidade. A principal característica do Desenho Técnico é a precisão absoluta; pode ser utilizado com as especificidades das áreas afins (MONNERAT, 2012, p. 22). Monnerat ainda comenta que tudo que se entende por Desenho Técnico é uma combinação de métodos e procedimentos necessários a comunicação e desenvolvimento de projetos, conceitos e ideias. Considerando a evolução de todas as tecnologias e sistemas relacionados à informática. Esses métodos e processos relativos à representação gráfica sofreram uma grande evolução, exigindo que o ensino do desenho técnico combine a parte de representação gráfica com o desenvolvimento da capacidade de expressão, ligadas principalmente ao uso da tecnologia associadas à essa área de conhecimento. O desenho de uma forma geral e também a representação gráfica satisfazem aplicações ímpares e também fazem parte da maioria das atividades humanas (SILVA et al., 2011, apud MONNERAT et al., 2013). Todo esse fazer humano relacionado ao desenho técnico, ou mais elaboradamente à representação gráfica, complementa e permite que se guarde tudo que faz parte da comunicação, de uma maneira simbólica. A partir da representação gráfica, o desenho técnico traduz o objeto como ele é entendido. A partir das vistas ortográficas, vistas seccionadas, ou ainda em perspectivas, sempre mantendo um rigor técnico e objetividade. Para isso o desenho técnico, em qualquer contexto, deve ser entendido sob as regras da linguagem gráfica, expressas pelas normas técnicas publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT. As normas técnicas são um conjunto de regras que estabelece as convenções que devem ser seguidas no momento de desenhar. Com isto, qualquer pessoa que conheça as regras e convenções, pode decodificar o desenho e compreender a forma do objeto, seu funcionamento ou o que quer que o autor queira informar ao leitor referente à tridimensionalidade dapeça. FONTE: PIRES, PIRES, R. W.; BERNARDES, M.M.S. Considerações sobre o ensino de desenho técnico. In: BERNARDES, M. M. S.; LINDEN, J. C. S. (Orgs.). Design em Pesquisa – Vol. I. Porto Alegre: Marcavisual, 2017. p. 376-377. 55 1 Construa a escala gráfica do objeto, considerando as medidas apresentadas: 2 Analise as informações a seguir, preenchendo as lacunas de acordo com os tipos de escala estudados (escala numérica ou gráfica): a) A escala .............................. é representada em números. Pode-se, por exemplo, reduzir todas as dimensões igualmente 15 vezes, tendo, neste caso, uma escala de 1 para 15, representada da seguinte forma: 1:15. b) A escala .............................. é representada através de um segmento de reta, e de uma unidade de medida, mantendo sempre a mesma proporcionalidade, no desenho. Esta gradação funciona como uma régua, que servirá para medir o desenho. c) A escala .............................. tem a vantagem de não se alterar quando o mapa for ampliado ou reduzido por métodos fotográficos, digitais ou outros, pois sempre irá apresentar a proporção verdadeira. d) No entanto, apesar de ser mais simples, já que não há necessidade de conversão de unidades, a escala .............................. é menos precisa, principalmente em desenhos mais complexos. 3 Informe quais são as respectivas escalas numéricas das escalas gráficas a seguir, considerando o exemplo apresentado: AUTOATIVIDADE Escala .................................... Escala 1:1 Escala .................................... Escala .................................... 56 4 Construa a escala gráfica do objeto, considerando as medidas apresentadas: AUTOATIVIDADE FINAL: 5 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), desenhe o objeto apresentado a seguir, nas escalas 1:5 e 1:10, e apresente a escala gráfica de cada objeto: 57 RESUMO DO TÓPICO 3 Caro acadêmico! Neste momento, chegamos ao final do Tópico 3, da Unidade 1. Esperamos que você tenha aprendido que: • As linhas de cota são linhas mais estreitas do que as do desenho, com setas, círculos ou traço oblíquo nas terminações. Nestas linhas, ou acima delas, são colocadas as cotas (números). • Primeiro devemos fazer a cotagem dos detalhes menores e posteriormente das medidas gerais. • Deve-se evitar a mudança de sentido da leitura da cota: cotas horizontais são escritas e lidas da esquerda para a direita, e cotas verticais, de baixo para cima. • As cotas devem ser colocadas preferencialmente fora do desenho, a fim de não dificultar a leitura das informações. • As cotas devem ser colocadas preferencialmente em linhas contínuas. • As linhas de cota paralelas devem ser espaçadas igualmente. • Nos desenhos, as cotas podem ser colocadas em cadeia (cotagem em série), ou seja, as cotas em uma mesma direção são referenciadas umas nas outras. Ou podem ser colocadas tendo um único elemento de referência. • Na escala natural, o desenho possui as mesmas dimensões que o objeto real. • Na escala de redução, o desenho tem dimensões menores do que as do objeto. Este tipo de escala é muito utilizado na representação de edificações. • Na escala de ampliação, o desenho tem as dimensões maiores do que o objeto representado (esta escala é muito utilizada para a representação de objetos que possuem dimensões em milímetros, por exemplo). • A escala numérica é representada em números. O escalímetro é o principal instrumento de medição utilizada na escala numérica. • A escala gráfica é representada através de um segmento de reta, e de uma unidade de medida, mantendo sempre a mesma proporcionalidade, no desenho. Esta escala tem a vantagem de não se alterar quando o mapa for ampliado ou reduzido por métodos fotográficos, digitais ou outros, pois sempre irá apresentar a proporção verdadeira do objeto. Porém, esta escala é menos precisa do que a escala numérica. 58 59 UNIDADE 2 NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de: • elucidar os conceitos acerca dos elementos fundamentais do desenho (o ponto, a reta, o plano e o volume); • apresentar os tipos de perspectivas utilizados em desenho técnico; • apresentar as projeções ortográficas mais utilizadas para representar objetos. Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado. TÓPICO 1 – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO TÓPICO 2 – PERSPECTIVAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E ORIENTAÇÕES PARA MONTAGEM TÓPICO 3 – PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO DESENHO TÉCNICO TÓPICO 4 – DESENHO A MÃO LIVRE: DEFINIÇÃO E TÉCNICAS DE TRAÇADOS 60 61 TÓPICO 1 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO UNIDADE 2 1 INTRODUÇÃO O entendimento dos elementos que compõem o desenho técnico é fundamental para o domínio nas formas de representação. Contribui para que os profissionais possam se comunicar através da representação gráfica, comunicando informações padronizadas, a fim de possibilitar a leitura do projeto. A seguir, serão descritos cada um destes elementos fundamentais, que garantem uma linguagem universal ao desenho técnico. 2 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO Na geometria, os elementos fundamentais do desenho vão desde o ponto, até o volume tridimensional. Quando se fazem visíveis no papel ou no espaço tridimensional, estes elementos se apresentam com características de matéria, formato, tamanho, cor e textura (GISLON, 2016). Tais elementos são geradores do desenho, e podem ser classificados conforme segue (baseado em GISLON, 2016): QUADRO 1 – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO REPRESENTAÇÃO ELEMENTOS PONTO: é a figura geométrica mais simples. Indica uma posição no espaço. RETA: é um ponto transladado, que se torna uma reta. Tem comprimento, mas não tem largura e nem profundidade. PLANO: é uma reta transladada em uma direção, que não a sua própria. Um plano tem comprimento, largura, mas não tem profundidade. FIGURAS GEOMÉTRICAS PLANAS: é uma figura na qual todos os pontos se situam no mesmo plano. É determinado pelo contorno das linhas que formam as bordas da figura (o círculo, o quadrado, o triângulo e o retângulo). VOLUME OU SÓLIDO GEOMÉTRICO: é um volume que tem três dimensões: comprimento, largura e profundidade (CHING, 2000). A face, a aresta e o vértice são componentes formadores dos sólidos geométricos. s r UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO 62 FORMAS REGULARES: são formas cujas partes estão relacionadas umas às outras, de forma consistente e organizada (círculo, triângulo e quadrado). FORMAS IRREGULARES: são formas cujas partes possuem naturezas diferentes. São geralmente assimétricas e mais difíceis de representar. FONTE: Adaptado de GISLON (2016) 63 AUTOATIVIDADE 1 Assinale com um X a alternativa que indica a projeção ortográfica da figura plana apresentada, paralela ao plano de projeção: 2 Assinale com um X a alternativa correta: A projeção ortográfica de uma figura plana perpendicular ao plano de projeção é: a) ( ) É um ponto. b) ( ) É um segmento de reta. c) ( ) É uma figura plana idêntica. d) ( ) É um sólido geométrico. e) ( ) É uma figura plana irregular. 3 Escreva V se a afirmação for verdadeira, e F se for falsa: a) ( ) A projeção ortográfica de uma figura plana, oblíqua ao plano de projeção, é uma figura plana idêntica. b) ( ) A projeção ortográfica de uma figura plana, paralela ao plano de projeção, é uma figura plana idêntica. c) ( ) A projeção ortográfica de uma linha, perpendicular ao plano de projeção, é um ponto. d) ( ) A projeção ortográfica de uma linha, paralela ao plano de projeção, é uma linha idêntica. e) ( ) A projeção ortográfica de uma linha, oblíqua ao plano de projeção, é uma linha idêntica. FONTE: Ferreira e Silva (s.d.) A BD C + + A1 D1 D1A1 A1 C1 C1B1 B1 B1 (a) (b) (c) 64 4 Analise
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