Buscar

Práticas de Desenho Técnico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 194 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 194 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 194 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2019
Práticas de
desenho técnico
Profa. Vivian Dall’Igna Ecker
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Profa. Vivian Dall’Igna Ecker
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
EC19p
 Ecker, Vivian Dall'igna
Práticas de desenho técnico. / Vivian Dall'igna Ecker. – Indaial: 
UNIASSELVI, 2019.
186 p.; il.
ISBN 978-85-515-0247-1
1.Desenho técnico. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 604.2 
III
aPresentação
Caro acadêmico! Estamos iniciando uma nova etapa em seu aprendizado! 
Em disciplinas anteriores, vimos conceitos relacionados à elaboração de desenhos 
em caráter técnico, e estudamos princípios acerca da graficação com instrumentos. 
Agora, na disciplina de Práticas de Desenho Técnico, poderemos aplicar 
muitos destes conceitos nas autoatividades propostas. A fim de que você possa 
desenvolver suas habilidades, organizamos este livro de estudos da seguinte 
forma. Inicialmente, em Informações Gerais, apresentaremos a listagem de 
materiais que serão utilizados, bem como algumas dicas para garantir a confecção 
de bons desenhos. A seguir, o livro estará estruturado em três unidades temáticas.
A Unidade 1 é introdutória e apresenta informações gerais acerca 
da confecção de uma prancha de desenho técnico. Apresenta um resumo 
das principais técnicas de representação, bem como o formato padrão de 
margens, legenda, caligrafia.
A Unidade 2 apresenta informações relativas à linguagem gráfica 
dos desenhos, e sua abordagem objetiva desenvolver a habilidade de 
representação de sólidos geométricos, formas e objetos (ainda sem 
determinadas especificidades que o desenho técnico exige). 
A Unidade 3 contém informações específicas, aprofundando os 
conceitos abordados nas unidades anteriores. Nesta etapa do livro de estudos, 
entram informações relativas ao dimensionamento e às especificações técnicas, 
resultando em informações suficientes para a elaboração de bons desenhos.
Conforme você verá, estas três unidades estarão divididas em tópicos. 
No início de cada tópico, será apresentado um breve resumo, que apresenta 
informações sucintas, revisando os conhecimentos elucidados em disciplinas 
anteriores (particularmente a disciplina de desenho técnico). Após o resumo, 
serão propostas autoatividades, nas quais serão exercitados os conceitos 
em estudo. Todas as autoatividades estarão propostas em continuidade, ou 
seja, cada uma se desenvolve como uma evolução da anterior. Ao final de 
cada conjunto de autoatividades, será proposta uma autoatividade final, que 
objetiva unificar os seus conhecimentos, e garantir que os conceitos tenham 
sido apreendidos de forma integral.
Esperamos que você, acadêmico, tendo estas informações em mãos, e 
se engajando no desenvolvimento das atividades, aprimore suas habilidades 
em desenho! Não hesite em entrar em contato conosco, pois poderemos 
esclarecer as suas dúvidas, e orientá-lo na elaboração das atividades. 
Contamos com o seu comprometimento, e lhe desejamos bons estudos!
Atenciosamente,
Profa. Vivian Dall’Igna Ecker
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por 
exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO ..............................................................1
TÓPICO 1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E TÉCNICAS FUNDAMENTAIS ........3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................3
2 INFORMAÇÕES GERAIS E MATERIAL PARA AS ATIVIDADES ............................................4
3 NORMAS A SEREM UTILIZADAS ...................................................................................................5
4 DICAS PARA A QUALIDADE DO DESENHO ...............................................................................5
5 APRESENTAÇÃO DAS TÉCNICAS FUNDAMENTAIS ...............................................................6
6 INSTRUMENTOS PARA DESENHO............................................................................................... 13
7 TÉCNICAS DE GRAFICAÇÃO ......................................................................................................... 18
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 22
TÓPICO 2 – ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO ......................... 23
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 23
2 CALIGRAFIA ........................................................................................................................................ 23
3 LINHAS .................................................................................................................................................. 29
4 PADRÕES DE FOLHAS, MARGENS E LEGENDA ...................................................................... 33
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 38
TÓPICO 3 – USO DE COTAS E ESCALAS ........................................................................................ 39
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 39
2 COTAS E COTAGEM .......................................................................................................................... 39
3 TIPOS DE COTAGEM ......................................................................................................................... 43
4 ESCALAS ................................................................................................................................................ 49
5 ESCALA NUMÉRICA .......................................................................................................................... 51
6 ESCALA GRÁFICA .............................................................................................................................. 53
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 54
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 57
UNIDADE 2– NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO ....................................................... 59
TÓPICO 1 – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO .................................................... 61
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 61
2 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO ........................................................................ 61
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 68
TÓPICO 2 – PERSPECTIVAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E ORIENTAÇÕES
 PARA MONTAGEM ........................................................................................................ 69
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 69
2 PERSPECTIVA CÔNICA .................................................................................................................... 69
3 PERSPECTIVAS AXONOMÉTRICAS.............................................................................................. 75
4 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA ........................................................................................................... 75
5 PERSPECTIVA CAVALEIRA .............................................................................................................. 80
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 85
sumário
VIII
TÓPICO 3 – PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO DESENHO TÉCNICO .......... 87
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 87
2 PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS ........................................................................................................ 87
3 REBATIMENTOS DOS PLANOS DE PROJEÇÃO......................................................................100
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................104
TÓPICO 4 – DESENHO A MÃO LIVRE: DEFINIÇÃO E TÉCNICAS DE TRAÇADOS ........105
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................105
2 TÉCNICAS PARA O DESENHO A MÃO LIVRE ........................................................................105
3 ESBOÇO DE VISTAS ORTOGRÁFICAS PRINCIPAIS .............................................................106
4 ESBOÇO DE PERSPECTIVA ISOMÉTRICA ................................................................................107
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................108
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................115
UNIDADE 3 – AS REPRESENTAÇÕES DO DESENHO TÉCNICO ...........................................117
TÓPICO 1 –ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO ...................................................119
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................119
2 DESENHO DE VISTAS .....................................................................................................................119
3 DESENHO DE CORTES ....................................................................................................................122
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................138
TÓPICO 2 – DESENHO DE EDIFICAÇÕES: PLANTA BAIXA E CORTE ................................139
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................139
2 PLANTAS BAIXAS .............................................................................................................................139
3 CORTES ................................................................................................................................................151
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................160
TÓPICO 3 – DESENHO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS PREDIAIS: ELEMENTOS,
 SIMBOLOGIAS E ESQUEMAS ..................................................................................161
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................161
2 ELEMENTOS ELÉTRICOS ...............................................................................................................161
3 SIMBOLOGIAS ..................................................................................................................................165
4 CARGAS DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO ................................................................................172
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................175
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................183
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................185
1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• proporcionar ao aluno atividades práticas, nas quais ele possa treinar a 
utilização dos diversos instrumentos de desenho técnico; 
• desenvolver habilidades para a representação das letras, símbolos e 
demais elementos de desenho técnico;
• fornecer informações básicas acerca do sistema de cotagem e do uso de 
escalas.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E TÉCNICAS 
 FUNDAMENTAIS
TÓPICO 2 – ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO
TÓPICO 3 – USO DE COTAS E ESCALAS
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E
TÉCNICAS FUNDAMENTAIS
1 INTRODUÇÃO
Para Bornancini et al. (1987, apud PIRES, BERNARDES, 2017, p. 388) “o 
desenho técnico é uma linguagem gráfica universal padronizada por procedimentos 
de representação para facilitar a comunicação entre os produtores, engenheiros, 
empreiteiros e demais profissionais envolvidos na execução de um projeto”.
O desenho técnico é uma forma de expressão, que tem por objetivo a 
representação de objetos (GISLON, 2016). De acordo com a autora, cada área – 
arquitetura e engenharias –, tem o seu próprio desenho técnico, com simbologias 
e características de acordo com as normas e os objetos que lhes cabem representar. 
Nas engenharias, o desenho técnico trabalha com escalas e conceitos de geometria 
e matemática, objetivando simular, nos desenhos, um produto final, antes mesmo 
de ele ser fabricado. Do ponto de vista da formação profissional, o desenho 
técnico é parte imprescindível na formação de engenheiros, pois a linguagem 
gráfica permite que ideias sejam concebidas, e executadas, seguindo padrões de 
qualidade e, com isto, o desenho técnico passa a ser adotado como ferramenta 
essencial de planejamento (GISLON, 2016).
 
O ato de desenhar desenvolve no profissional, com o auxílio de esquadros, 
compassos, escalímetros, a capacidade de leitura precisa de objetos e do espaço, 
com base em suas reais medidas e proporções, bem como a habilidade de 
representação bidimensional (em uma folha de papel)destes elementos. É um 
ato fundamental para as áreas que trabalham com o conceito de projeto, isto é, 
com a habilidade de pensar uma forma, um objeto, um espaço, antes mesmo de 
executá-lo. O projeto é essencial para garantir a qualidade do resultado esperado, 
visto que o profissional se preocupa, com antecedência, com todas as variáveis 
que envolvem uma problemática dada para, a partir delas, selecionar a melhor 
solução àquele objeto, produto, obra.
Tendo estas considerações em mente, é importante que você, acadêmico, 
perceba-se como um profissional responsável por este “planejamento com 
antecedência”: o ato de projetar e de, com isso, dominar com precisão os aspectos 
de dimensionamento e de especificações técnicas, garante o resultado de qualidade 
para a futura execução de um projeto. Imagine, acadêmico, utilizar-se de desenho 
mal elaborados, de difícil compreensão, para comunicar as suas ideias. Impossível! 
A elaboração de desenhos técnicos de qualidade é fundamental para garantir que 
as informações sejam transmitidas, da melhor forma, aos que forem executar a sua 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
4
proposta. A qualidade dos desenhos é garantida pela atenção às normas técnicas 
que regem o desenho, e que possibilitarão a utilização de uma linguagem universal, 
compreendida por todos os profissionais. Também é garantida pela atenção à correta 
utilização de grafias, espessuras de linhas, escalas e simbologias, que darão ao 
desenho um aspecto de clareza e limpeza do traço, necessários ao seu entendimento.
Para finalizar, é importante que você, acadêmico, tendo em mente 
estas reflexões ao elaborar seus desenhos, prime por desenhos de qualidade, 
que transmitam as suas ideias de forma clara e objetiva, observando para que 
as informações estejam bem organizadas, e graficadas com esmero. É durante 
o processo de projeto, e através da graficação dos projetos propriamente dita, 
que o profissional se apropria de suas ideias e as materializa, expressando suas 
intenções e objetivos para com a forma final e, somente então, ocupa-se da 
execução da obra. Portanto, esteja atento para a qualidade de seus desenhos, para 
garantir projetos de qualidade!
Caro acadêmico! Você deverá ter, ao longo da disciplina, um caderno, 
preferencialmente sem linhas, para compilar as suas anotações e estudos. 
Também é importante que você tenha um bloco de papel sulfite A4, para 
realizar as atividades propostas neste livro de estudos. Lembre-se de manter o 
bloco organizado, registrando as atividades uma após a outra e ter o cuidado 
com a limpeza do material e a qualidade dos desenhos. Ao final do semestre, 
exercitando as atividades no mesmo bloco, você poderá perceber a evolução que 
lhe foi possível, pela simples prática de treinar suas habilidades! Tenha em mente 
que a prática é muito importante para o seu progresso no curso! Para realizar as 
atividades, programe-se, já de início, para ter os seguintes materiais:
Tipos de papel: 
• 20 folhas de papel manteiga A4 (41g/m2); 
• 1 bloco de papel sulfite A3 (20 folhas – 150g/m2); 
• 1 bloco de papel sulfite A4 (20 folhas – 150g/m2); 
Materiais para traçado: 
• 4 lapiseiras Faber Castell (0.3, 0.5, 0.7 e 0.9);
• 4 canetas nanking UniPin (0.05, 0.2, 0.5 e 0.8)*;
Instrumentos: 
• 1 régua paralela ou “T”;
• 1 escalímetro;
• 2 esquadros Trident 45° e 60°;
• 1 compasso de 15cm;
• 1 borracha em caneta (com refil);
• 1 borracha comum verde;
• 1 rolo de fita adesiva (crepe ou durex);
2 INFORMAÇÕES GERAIS E MATERIAL PARA AS ATIVIDADES
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E
5
• 1 flanela para limpeza do material (+ álcool);
• 1 verniz spray fixador Acrilex*.
* Materiais que não são obrigatórios.
Todos os materiais podem ser encontrados nas principais papelarias de 
sua cidade, principalmente naquelas que trabalham com materiais para desenho. 
Se houver alguma dúvida com relação aos materiais solicitados, não hesite em 
entrar em contato com o professor responsável da disciplina!
3 NORMAS A SEREM UTILIZADAS
4 DICAS PARA A QUALIDADE DO DESENHO
A fim de garantir a qualidade de seus desenhos, não somente agora, mas 
também ao longo de sua profissão, você pode consultar as seguintes normas:
No Brasil, a ABNT é a responsável pela criação e divulgação das 
normas de desenho técnico. Segundo Rossi (2006, p.1), ‘a padronização 
ou normalização do desenho técnico tem como objetivo uniformizar 
o desenho por meio de um conjunto de regras ou recomendações 
que regulamentam a execução e a leitura de um desenho técnico, 
permitindo reproduzir várias vezes um determinado procedimento 
em diferentes áreas, com poucas possibilidades de erros’ (PIRES, 
BERNARDES, 2017, p. 337).
• NBR 10068: Folha de Desenho: Leiaute e Dimensões. 
• NBR 10126: Cotagem em Desenho Técnico. 
• NBR 10582: Apresentação da Folha para Desenho Técnico. 
• NBR 8402: Execução de Caracter para Escrita em Desenho Técnico. 
• NBR 8403: Aplicação de Linhas em Desenhos – Tipos de Linhas – Larguras das 
Linhas.
Existem alguns cuidados que são importantes que você mantenha ao 
longo do processo de elaboração de seus desenhos, para que, ao final, possa 
garantir que eles estejam bem executados, com traços definidos e com um 
bom acabamento. Portanto, aí vão algumas dicas, para garantir bons desenhos 
(baseado em GISLON, 2016):
1. Estabelecer uma distribuição racional do material sobre a mesa de desenho, 
para facilitar sua utilização (a mesa deve ficar o mais livre possível).
2. Verificar as condições do material e do papel antes do início do desenho (o 
material de desenho deve estar sempre limpo).
3. Fixar a folha de papel sobre a mesa, com fita adesiva, cuidando para não 
invadir as margens da folha.
4. Usar a aresta superior da régua paralela ou “T” para desenhar.
5. Usar o escalímetro apenas para marcar medidas, não traçando linhas. 
6. Observar para que as pranchas sejam padronizadas, com margens e carimbo, 
contendo todas as informações necessárias.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
6
5 APRESENTAÇÃO DAS TÉCNICAS FUNDAMENTAIS
O desenho técnico e sua normatização são indispensáveis na formação 
dos profissionais, pois, de acordo com Gislon (2016), a qualidade da linguagem 
gráfica permite que as ideias sejam concebidas e executadas seguindo padrões 
de qualidade, segurança e eficiência. A seguir, serão apresentadas algumas das 
técnicas fundamentais de desenho, que servem de base para os materiais que 
serão elaborados para comunicar seus projetos. 
QUADRO 1 – TÉCNICAS FUNDAMENTAIS DE DESENHO
QUANTO ÀS MODALIDADES
Desenho não 
projetivo
São desenhos 
resultantes de 
cálculos (gráficos, 
diagramas, 
esquemas, 
fluxogramas, 
organogramas).
FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/Figura-33-
Circuitos-eletricos-equivalentes-propostos-por-1-Feliu-et-
al-2-Dawson-et_fig10_320172541>. Acesso em: 9 jun. 2018. 
7. Realizar desenhos bem-acabados.
8. Executar desenhos limpos e sem rasuras.
9. Traçar as linhas com traços homogêneos, com espessuras diferenciadas, que 
identifiquem e facilitem a compreensão dos elementos representados.
10. Desenhar os textos e cotas com caracteres claros, que não gerem dúvidas ou 
dupla interpretação.
11. Cuidar da limpeza do material, do papel e da mesa, também durante a 
execução do desenho, retirando partículas de borracha e apontando o grafite 
longe da mesa.
12. Não apoiar objetos sobre o desenho que possam vir a sujá-lo.
13. Retirar a fita adesiva com cuidado, de dentro para fora, para não danificar a 
folha. 
14. Proteger a parte concluída do desenho para não sujar.
15. Limpar a mesa ao terminar o trabalho!
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E
7
Desenho projetivo São desenhos 
que fornecem 
a percepção 
tridimensional de 
um objeto (vistas 
ortográficas e 
perspectivas).
FONTE: <https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/
desenho-tcnico-corte>. Acesso em: 9 jun. 2018.
QUANTO AO GRAU DE ELABORAÇÃO
Esboço São desenhos 
confeccionados 
no estágio inicial, 
de estudos, de um 
projeto.
FONTE: <http://blog.wmanske.com.br/calculo-de-escadas/>. Acesso em: 9 jun. 2018. 
Anteprojeto São desenhos 
confeccionados no 
estágio preliminar 
de um projeto.
F O N T E : < h t t p s : / / b r . p i n t e r e s t . c o m /
pin/237564949069745337/?lp=true>. Acesso em: 
9 jun. 2018.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
8
Projeto de execução São desenhos 
confeccionados 
no estágio final de 
um projeto, com 
todos os elementos 
necessários para o 
entendimento de 
sua execução.
FONTE: <http://netstudios.net/escada-helicoidal-
desenho-tecnico.html>. Acesso em: 9 jun. 2018.
QUANTO AO MÉTODO
Desenho à mão 
livre
São desenhos 
confeccionados 
durante o processo 
criativo.
FONTE: <https://www.olsarchitects.ie/sketchbook>. 
Acesso em: 9 jun. 2018.
Desenho com 
instrumentos
São desenhos 
padronizados, 
feitos “em escala” e 
com instrumentos 
utilizados para 
traçar linhas retas, 
circunferências e 
curvas (GISLON, 
2016).
FONTE: <https://www.clasf.com.br/q/desenhos-
2d-3d/>. Acesso em: 9 jun. 2018.
FONTE: Adaptado de Gislon (2016)
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E
9
1 Indique qual a modalidade dos desenhos apresentados a seguir:
(1) Desenho não projetivo (2) Desenho projetivo
AUTOATIVIDADE
( )
FONTE: <http://eletronicos.etc.br/diagramas-eletricos-esquema-de-rede-
eletrica/>. Acesso em: 18 jan. 2019.
( )
FONTE: Ferreira e Silva (ano indefinido).
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
10
2 Indique qual o grau de elaboração dos desenhos apresentados a seguir:
(1) Esboço (2) Anteprojeto (3) Projeto de Execução
( )
FONTE: <http://www.kellytrindade.com.br/construcao-em-curitiba-
anteprojeto/>. Acesso em: 9 jun. 2018.
( )
FONTE: <https://br.pinterest.com/pin/444097213236267479/>.
Acesso em: 9 jun. 2018.
( )
FONTE: <http://ew7.com.br/projeto-arquitetonico-com-autocad/index.php/
tutoriais-e-dicas/136-projeto-de-reforma-residencial.html>.
Acesso em: 9 jun. 2018.
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E
11
3 Indique qual a modalidade dos desenhos apresentados a seguir:
(1) Desenho à mão livre (2) Desenho com instrumentos
FONTE: <https://www.archdaily.com.
br/br/790662/apartamento-ar-rocco-
arquitetos?ad_medium=gallery>. Acesso 
em: 9 jun. 2018.
FONTE: <https://www.archdaily.com.
br/br/876920/classicos-da-arquitetura-
edificio-copan-oscar-niemeyer?ad_
medium=gallery>. Acesso em: 9 jun. 2018.
( ) ( )
4 Elabore um esboço ao lado dos objetos apresentados a seguir:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
12
 AUTOATIVIDADE FINAL:
5 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), 
elabore um esboço dos objetos apresentados a seguir:
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E
13
A seguir, apresentamos uma revisão dos instrumentos que serão utilizados 
nesta disciplina (baseado em Gislon, 2016):
QUADRO 2 – INSTRUMENTOS E SUAS CARACTERÍSTICAS
INSTRUMENTO CARACTERÍSTICAS
Régua T Adaptada à prancheta, é utilizada para traçar 
as linhas horizontais e para apoiar o esquadro 
no traçado de linhas.
Régua paralela Tem a mesma função da régua T, com a 
vantagem de não precisar utilizar as mãos para 
mantê-la firme, pois é fixada à prancheta.
Esquadros Servem para o traçado de retas perpendiculares 
às retas traçadas com a régua T ou com a régua 
paralela. Se usado corretamente, o esquadro 
pode economizar bastante tempo para fazer 
linhas retas ou marcar ângulos.
Escalímetro É uma régua triangular contendo três faces 
e seis escalas diferentes. São graduadas em 
milímetros e servem para marcar as dimensões 
no desenho. 
Lápis ou lapiseira São práticas de serem manuseadas, e usadas 
principalmente com grafites das seguintes 
espessuras: 0,2mm, 0,5mm, 0,7mm, 0,9mm. 
A fina espessura do grafite garante melhor 
acabamento do traço do que os lápis normais.
6 INSTRUMENTOS PARA DESENHO
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
14
Transferidor É um instrumento utilizado na construção e 
medição de ângulos.
Borracha Recomenda-se utilizar borracha macia, para 
evitar danificar a superfície do desenho. 
As canetas com refil de borracha também 
permitem apagar detalhes no desenho, sem 
danificar o conjunto.
Caneta nanquim São utilizadas para o traçado de desenhos, e 
possuem espessuras que são numeradas de 
acordo com o traço que são capazes de produzir. 
As mais indicadas são 0.05, 0.2, 0.5 e 0.8.
Compasso É um instrumento que realiza o traçado de 
arcos e circunferências. Os compassos comuns 
possuem uma ponta seca em forma de agulha, 
que determina um ponto fixo no papel e outra 
ponta dotada de um grafite para traçar a 
circunferência.
FONTE: Adaptado de Gislon (2016)
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E
15
1 Pratique o uso do esquadro, traçando, em um papel à parte:
a) 10 linhas horizontais de 15cm de comprimento, com espaçamento de 0,5cm 
entrelinhas.
b) 40 linhas verticais de 5cm de altura, com espaçamento de 0,5cm entrelinhas.
c) 5 linhas de 5cm, inclinadas a 30°.
d) 5 linhas de 5cm, inclinadas a 45°.
e) 5 linhas de 5cm, inclinadas a 60°.
2 Demarque, no transferidor, os seguintes ângulos: 35°, 67°, 95° e 120°.
3 Identifique, no transferidor, a quais ângulos correspondem os segmentos 
AÔB, AÔC, AÔD e AÔE:
AÔB ............... AÔC ............... AÔD ............... AÔE ...............
AUTOATIVIDADE
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
16
4 Utilizando o transferidor, meça os seguintes ângulos, e preencha as lacunas, 
indicando cada um deles:
a) .....................
b) .....................
c) .....................
d) .....................
5 Utilizando o transferidor, determine a medida do complemento dos ângulos 
cujas medidas estão referenciadas a seguir. Observe que o complemento do 
ângulo é a medida que completa este ângulo, até chegar a 180°.
a) 30° ...............
b) 50° ...............
c) 15° ...............
d) 67° ...............
e) 43° ...............
6 Com um compasso, desenhe 2 círculos de 5cm de diâmetro e, dentro de cada 
um dos círculos, represente, com um compasso, 2 círculos de diâmetros 1 e 
3cm, e 4 círculos de diâmetro 1, 2, 3 e 4cm, respectivamente:
FONTE: <https://brainly.com.br/tarefa/3414074>. Acesso em: 9 jun. 2018.
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E
17
7 Com a utilização de um transferidor de ângulos e de um compasso, 
transcreva, em uma folha em branco, as formas a seguir, considerando que 
cada círculo possui 4cm de diâmetro:
8 Em uma folha em branco, transcreva as formas a seguir, considerando as 
medidas e os ângulos indicados. Para esta atividade, utilize esquadros, 
escalímetro e compasso:
FONTE: <https://de.wikipedia.org/wiki/Datei:Regular_polygon_4_annotated.svg>.
Acesso em: 9 jun. 2018
120°
60°
90°
90°
72°
108°
135°
45°
150°
30°
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
18
 AUTOATIVIDADE FINAL:
9 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), 
transcreva a forma a seguir para a escala 1:7,5, utilizando escalímetro, 
transferidor de ângulos e compasso:
FONTE: <https://www.slideshare.net/jooyounghwan/cad-practice-drawings-16-75872740>. 
Acesso em: 9 jun. 2018.
A habilidade nos instrumentos contribui para a rapidez e precisão do 
desenho (GISLON, 2016). Algumas técnicas que contribuem para realizar um 
bom desenho são (MONTENEGRO, 1997 apud GISLON, 2016):
Uso do lápis: o lápis deve ser segurado entre o dedo polegar e o indicador 
a aproximadamente cinco centímetros da ponta, de maneira que a mão fique 
apoiada e a ponta do lápis fique bem visível. Deve-se sempre puxar o lápis e 
nunca empurrar. 
Traço de linhas: ponha o lápis encostado no esquadro ou na régua, com 
pequena inclinação no sentido do movimento. Assim o domínio do traço será maior. 
Uso de esquadros: no desenho com esquadros é importante manter o lápis 
na vertical, levemente inclinado sobre o esquadro. Esta técnica é importante para 
que não se suje o esquadro ou a régua e, por consequência, a folha. Para traçar 
qualquer linha com o esquadro, use os dois instrumentos juntos: um é fixo e o outro 
se desloca sobreo primeiro, podendo utilizar a régua paralela e um dos esquadros.
Uso do compasso: no desenho com compasso, recomenda-se uma ponta 
em formato de cunha para obter linhas mais nítidas sem excesso de pressão, uma 
vez que a ponta se gasta facilmente, e deve ser refeita com frequência.
7 TÉCNICAS DE GRAFICAÇÃO
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA, INSTRUMENTOS E
19
Uso do transferidor: quando quiser construir um ângulo, trace 
primeiramente uma reta e marque nela um ponto de referência para o vértice do 
ângulo. Coloque o transferidor de tal modo que a linha de fé (base do transferidor) 
coincida com a reta, e o índex (volta do transferidor) com o vértice. A partir de 
0º, marque com um ponto a abertura do ângulo desejado. Em seguida, retire o 
transferidor e complete a construção do ângulo.
Como base para a elaboração de seus desenhos, é importante que você 
trabalhe na mesa própria para desenho (disponível em nosso polo, para suas atividades 
presenciais), com régua paralela fixa à prancheta. A régua servirá de apoio para traçar 
linhas verticais ou com determinadas inclinações, utilizando os esquadros e demais 
instrumentos de desenho.
DICAS
20
1 Exercite a utilização dos instrumentos de desenho (régua paralela, 
escalímetro, esquadros e lapiseiras), transcrevendo, nos espaços tracejados, 
os 4 quadrados apresentados, com espaçamento entrelinhas de 2mm, 
conforme o modelo a seguir:
2 Transcreva, nos espaços tracejados, os 4 quadrados apresentados, com 
espaçamento entrelinhas de 2mm, considerando as dimensões apresentadas, 
e conforme o modelo a seguir:
AUTOATIVIDADE
3 Transcreva, nos espaços tracejados, os 4 quadrados apresentados, com 
espaçamento entrelinhas de 2mm, conforme o modelo a seguir:
21
4 Transcreva, nos espaços tracejados, os 3 quadrados apresentados, com 
espaçamento entrelinhas de 1mm, considerando os ângulos de 30°, 45° e 60° para 
confecção das linhas circunscritas nos quadrados, conforme o modelo a seguir:
 AUTOATIVIDADE FINAL:
5 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), 
exercite a utilização dos instrumentos de desenho (régua paralela, 
escalímetro, esquadros e lapiseiras), transcrevendo os quadrados propostos 
no exemplo a seguir. Considere as dimensões de cada quadrado de 4x4cm, e 
um espaçamento entrelinhas de 2mm:
FONTE: Prudente (2018)
22
Caro acadêmico! Neste momento, chegamos ao final do Tópico 1, da 
Unidade 1. Esperamos que você tenha aprendido que:
• O desenho técnico é parte imprescindível na formação de engenheiros, pois 
entende-se que a linguagem gráfica permite que ideias sejam concebidas, e 
executadas, seguindo padrões de qualidade.
• O ato de projetar é um fazer essencial para garantir a qualidade do produto 
final, visto que o profissional se preocupa, com antecedência, com todas as 
variáveis que envolvem uma determinada situação.
• A qualidade dos desenhos é garantida pela atenção às normas técnicas que 
regem o desenho, e que possibilitarão a utilização de uma linguagem universal, 
compreendida por todos os profissionais, bem como pela atenção à correta 
utilização de grafias, espessuras de linhas, escalas e simbologias, que darão 
ao desenho um aspecto de clareza e limpeza do traço, necessários ao bom 
entendimento das ideias propostas.
• As técnicas fundamentais de desenho envolvem o desenho projetivo e não 
projetivo, os desenhos de esboço, anteprojeto e projeto final, e os desenhos à 
mão livre ou com instrumentos.
• Os principais instrumentos utilizados na graficação de desenhos técnicos são: 
régua T, régua paralela, esquadros, escalímetro, lápis ou lapiseira, transferidor, 
borracha e compasso.
• O lápis deve ser segurado entre o dedo polegar e o indicador a aproximadamente 
cinco centímetros da ponta.
• No desenho com esquadros é importante manter o lápis na vertical, levemente 
inclinado sobre o esquadro, para que o domínio do traço seja maior.
RESUMO DO TÓPICO 1
23
TÓPICO 2
ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Em desenho técnico, não é possível utilizarmos letras e números tal 
como escrevemos, pois a representação possui normas técnicas específi cas, que 
garantem a universalidade na forma de linguagem. A norma utilizada em desenhos 
técnicos, e documentos semelhantes, é a NBR 8402: Execução de Caracter para 
Escrita em Desenho Técnico (ABNT, 1994). De acordo com Gislon (2016), orientação 
inicial para a execução da caligrafi a técnica é que as letras sejam padronizadas de 
maneira que, dentro de um conjunto fi nal de pranchas, elas apresentem a mesma 
forma escrita. A seguir, serão resumidos os princípios relativos à confecção de 
letras e símbolos.
2 CALIGRAFIA
De acordo com Gislon (2016), a caligrafi a técnica é aplicada aos textos 
das especifi cações técnicas, ao preenchimento da legenda e à cotagem. As letras 
precisam ser feitas com traçados fi rmes, uniformes e legíveis. Para executá-las, 
devem-se efetuar linhas-guia horizontais, fi nas e fracas, e escrever, dentro delas, 
as palavras. Estas linhas auxiliarão na confecção de letras uniformes. As exigências 
gerais da caligrafi a aplicada ao desenho técnico, buscando a uniformidade e a 
legibilidade das letras, são (baseado em GISLON, 2016):
PRINCÍPIO CARACTERÍSTICAS REPRESENTAÇÃO
Uniformidade Altura mínima das letras de 3 mm
Altura máxima das letras de 5 mm
Espaço entrelinhas mínimo de 2 mm
Legibilidade Letras (maiúsculas ou minúsculas) não 
inclinadas
Não utilização de serifas*
QUADRO 3 – CALIGRAFIA TÉCNICA
FONTE: Adaptado de Gislon (2016) 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
24
* De acordo com Gislon (2016), a ausência da serifa confere legibilidade e simplificação 
na grafia, e busca evitar os riscos de dupla interpretação das informações, sendo bastante 
apropriada para informações de caráter técnico. 
A fim de garantir a qualidade no resultado final, recomenda-se que as 
letras sejam executadas depois que o desenho for concluído, como finalização 
do trabalho. É importante destacar que as letras para o desenho técnico possuem 
traços simples. As principais características para a boa graficação das fontes são:
• Altura constante.
• Traços com verticalidade ou inclinação uniformes.
• Espessura uniforme dos traçados.
• Observar o espaçamento mais adequado entre os caracteres e entre as palavras.
A seguir, apresentaremos algumas dicas para a caligrafia técnica que irão ajudá-
lo na confecção de textos para os seus desenhos (DENCKER, 2009 apud GISLON, 2016):
• Escolha a altura das letras maiúsculas e divida em três partes iguais. Utilize 1/3 para 
baixo para a altura das minúsculas.
• As letras minúsculas com perna ou haste, ocupam 1/3 para cima ou para baixo.
• Os algarismos devem ter a mesma altura das letras maiúsculas.
• Evite letras que possam aparecer mais que os desenhos.
DICAS
TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO
25
1 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas 
indicadas.
FONTE: <https://docslide.net/documents/caligrafia-tecnica-55b3452984b71.html>.
Acesso em: 10 jun. 2018.
AUTOATIVIDADE
1
1
1
2
1
2
1
1 1 1 1 121
1
2
2
1
1 2
2
2 2
2 22
1 2 21 1
3
11
1 1 1
2
2
2
2
2 2 2
3
11
4
1
2
2
21 1
1
1 1 1 1
3
3
3
3
2
2
32
3
33
3
3
2
3
3
3
1 1 1
1
4
4
4
2 2
2
223
33
3
3 42
2
3 23
3
4 4
3 3
5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
26
2 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas 
indicadas. Utilize a linha pontilhada para a altura das letras minúsculas.
3 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas indicadas.
FONTE: <https://docslide.net/documents/caligrafia-tecnica-55b3452984b71.html>.
Acesso em: 10 jun. 2018.
1
2
1
1 1 1
1
1 1 2
1 1 1 1 33 111
1 12 2 2 2
1
1 113 3 3
3
2
4
4
1
3
3
2 2
2
2
22
2
3
2
2
2
2
2 2
2
2
23
1 12
3
3
11
23
TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO
27
4 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautasindicadas. Utilize a linha pontilhada para a altura das letras minúsculas.
5 Execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas 
indicadas. Utilize a linha pontilhada para a altura das letras minúsculas.
6 Transcreva o texto a seguir, em letras de caixa alta, considerando as direções 
e as pautas indicadas: “Em caligrafia, a norma técnica regente é a NBR 8402 
(ABNT, 1994). Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada 
em desenhos técnicos e documentos semelhantes, e deve ser observada 
atentamente antes de sua execução [...]. A orientação inicial para a execução 
da caligrafia é que as letras no desenho técnico sejam padronizadas de 
maneira que, dentro de um conjunto final de pranchas, elas apresentem 
a mesma forma escrita [...]. Elas precisam ser feitas com traçados firmes, 
uniformes e legíveis (GISLON, 2016)”.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
28
 AUTOATIVIDADE FINAL:
7 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), 
execute as letras e os números a seguir, segundo as direções e as pautas 
indicadas. Considere que as linhas têm um comprimento de 24cm e as letras 
maiúsculas têm altura de 1cm. Trace as linhas antes de desenhar as letras. 
Esboce as letras em uma folha de rascunho, antes de trabalhar na folha 
definitiva, a fim de garantir que elas terão espaçamento uniforme.
TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO
29
3 LINHAS
A padronização das linhas empregadas no desenho técnico é fundamental 
para a interpretação universal do desenho. Para cada elemento do desenho, 
devem ser utilizados tipos de linha específicos, garantindo que as informações 
estejam legíveis para quem interpreta o desenho. Com relação à espessura das 
linhas a serem utilizadas, costumam-se seguir os seguintes princípios (baseado 
em GISLON, 2016):
QUADRO 4 – PADRONIZAÇÃO DAS LINHAS EM DESENHO TÉCNICO
TIPO DE 
LINHA
REPRESEN-
TAÇÃO CARACTERÍSTICAS
Linhas 
contínuas largas
Linhas principais. Linhas para arestas e contornos 
visíveis. Linhas dos elementos que estão sendo cortados 
(grafite 0.9).
Linhas 
contínuas 
estreitas
Linhas dos elementos que estão em vista. Linhas de cota. 
Linhas de chamada ou de extensão. Linhas auxiliares. 
Também são utilizadas nas linhas de construção do desenho 
(cotas, guias para letras e números etc.) (grafite 0.3).
Linhas 
tracejadas
Linhas para arestas e contornos não visíveis. Linhas 
para os elementos que estão situados acima do plano do 
desenho (grafite 0.5).
Linhas traço-
ponto finas Linhas de centro e eixos de simetria (grafite 0.3).
Linhas traço-
ponto grossas Linhas de corte e de seções (grafite 0.5).
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
30
Linhas de 
ruptura grossas Linhas para rupturas longas (grafite 0.5).
Linhas de 
hachuras Linhas para hachuras (grafite 0.3).
Linhas de 
ruptura finas
Linhas para pequenas rupturas e cortes parciais (grafite 
0.3).
FONTE: <https://pt.slideshare.net/AgnaldoJardelTrennep/desenho-tcnico-mecnico-74465905>. 
Acesso em: 10 jun. 2018. 
O resumo apresentado acima descreve as principais informações relativas 
aos tipos de linha utilizados em desenho técnico. Se você, acadêmico, quiser 
obter maiores informações acerca destas linhas, sugerimos consultar a NBR 8403: 
Aplicação de Linhas em Desenhos (ABNT, 1984).
A espessura da linha deve ser proporcional ao tamanho do desenho.
• Todas as linhas devem começar e terminar de forma definida.
• As linhas contínuas devem ser traçadas num só sentido. 
• O encontro de duas linhas deve sempre tocar os seus extremos (linhas que não se 
encontram em cantos dão a falsa impressão de serem arredondados).
• Não se deve voltar o lápis sobre a linha traçada, a fim de não acarretar variação na 
espessura, para garantir a limpeza do traço.
É importante traçar as linhas principais com lapiseira 0,3 mm e, somente depois, coloque 
as espessuras requisitadas, a fim de garantir a qualidade do desenho, e a precisão do traço 
(DENCKER, 2009).
DICAS
A seguir, apresentaremos algumas dicas para a padronização das linhas 
nos desenho técnico (adaptado de Gislon, 2016):
TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO
31
1 Nos espaços a seguir, desenhe 4 quadrados de 2x2 cm, com as seguintes 
espessuras de grafite: 0,3 mm; 0,5 mm; 0,7 mm e 0,9 mm. Lembre-se da 
ordem do desenho: comece traçando as linhas principais com lapiseira 0,3 
mm e somente depois coloque as espessuras requisitadas.
2 Em uma folha em branco, treine os tipos de linha estudados (linha forte, 
média, fina, tracejada, traço-ponto), considerando 3 espessuras de grafite 
(0.3, 0.5, 0.7 e 0.9), de acordo com o modelo a seguir:
4 Sobre a qualidade da linha, assinale verdadeiro (V) ou falso (F):
( ) Todas as linhas devem começar e terminar de forma definida.
( ) As linhas contínuas devem ser traçadas num só sentido. 
( ) O encontro de duas linhas nunca deve tocar os seus extremos, as linhas 
devem ficar espaçadas umas das outras nos cantos.
( ) É recomendável voltar o lápis sobre a linha traçada quantas vezes forem 
necessárias, para garantir a limpeza do traço.
( ) É importante traçar as linhas principais com lapiseira 0,3 mm e, somente 
depois, colocar as espessuras requisitadas, a fim de garantir a qualidade do 
desenho, e a precisão do traço.
3 Descreva a finalidade de cada tipo de linha a seguir:
AUTOATIVIDADE
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
32
5 Complete as frases indicando o tipo de linha à que se referem:
a) As linhas ..................................... são utilizadas nas linhas principais, nas linhas 
de contorno do desenho, e nas linhas dos elementos que estão sendo cortados. 
b) As linhas ..................................... são utilizadas nas linhas dos elementos em vista. 
c) As linhas ..................................... são utilizadas para representar todos os 
elementos que estão situados acima do plano do desenho, e devem ter 
traços com o mesmo comprimento, igualmente espaçados. 
d) As linhas ..................................... são utilizadas nas linhas de corte e de seções.
e) As linhas ..................................... são utilizadas para demarcar as linhas de 
centro e eixos de simetria.
6 Correlacione a representação dos tipos de linhas abaixo, com a sua 
respectiva denominação:
7 Escreva os nomes dos tipos de linha empregadas no desenho técnico abaixo, 
ao lado das letras A, B e C:
A ........................................ B ........................................ C ........................................
a) Linhas contínuas largas. 
b) Linhas contínuas estreitas.
c) Linhas tracejadas.
d) Linhas traço-ponto grossas.
e) Linhas de ruptura grossas.
FONTE: <https://pt.slideshare.net/AgnaldoJardelTrennep/desenho-tcnico-mecnico-74465905>. 
Acesso em: 9 jun. 2018.
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO
33
 AUTOATIVIDADE FINAL:
8 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), 
desenhe a peça abaixo, na escala 1:5, considerando diferentes espessuras 
de linha para o contorno da peça, as cotas e os eixos de simetria.
4 PADRÕES DE FOLHAS, MARGENS E LEGENDA
As folhas em branco, utilizadas em desenhos técnicos, possuem dimensões 
padronizadas. A série “A”, de padronização do papel, é a mais utilizada para os 
desenhos técnicos de Engenharia e áreas afins (A0, A1, A2, A3 e A4). As folhas 
podem ser utilizadas tanto na vertical quanto na horizontal. De acordo com a NBR 
10068: Folha de Desenho - Leiaute e Dimensões, os formatos padrão disponíveis 
são (ABNT, 1987):
QUADRO 5 – PADRONIZAÇÃO DAS FOLHAS EM DESENHO TÉCNICO
FONTE: Adaptado de Gislon (2016)
FORMATO TAMANHO (em milímetros)
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 297 x 420
A4 210 x 297
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
34
Cada um destes formatos deverá possuir margens, que delimitam o espaço 
para os desenhos, dentro da prancha. A margem esquerda é sempre maior que 
as demais, pois é nesta margem que asfolhas são furadas para fixação nas pastas 
ou arquivos. Na tabela a seguir são apresentadas as dimensões das margens para 
cada tamanho de folha de desenho da série “A”. De acordo com a NBR 10068: 
Folha de Desenho – Leiaute e Dimensões, as margens e suas linhas devem ter as 
seguintes dimensões (ABNT, 1987):
QUADRO 6 – FOLHA DE DESENHO – LEIAUTE E DIMENSÕES
FONTE: Adaptado de Gislon (2016)
FORMATO Margem esquerda (em milímetros)
Demais margens (em 
milímetros) Largura da linha
A0 25 10 1,4
A1 25 10 1,0
A2 25 7 0,7
A3 25 7 0,5
A4 25 7 0,5
De acordo com Gislon (2016), em todas as pranchas confeccionadas para 
um projeto, o formato final delas deve receber dobragem, até resultar no tamanho 
final em A4 (210 mm x 297 mm), a fim de permitir o fácil armazenamento 
e transporte do material. É importante observar que no formato final, em A4, 
deve-se sempre deixar visível a legenda, para fácil identificação das informações 
contidas na prancha. A norma a ser consultada, para obter-se as dimensões da 
dobragem das pranchas é a NBR 13142: Desenho Técnico – Dobramento de Cópia 
(ABNT, 1999).
Em cada prancha, organiza-se um espaço para desenho, um espaço para 
texto, e um espaço para a legenda. É importante que cada um destes elementos 
respeite determinados princípios, a fim de garantir a legibilidade das informações 
em conjunto (baseado em GISLON, 2016):
Espaço para desenho:
• Os desenhos são dispostos na ordem horizontal ou vertical.
• Devem ser executados levando em consideração o dobramento final das cópias 
em formato A4.
Espaço para texto:
• Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo da prancha 
são colocadas no espaço para texto.
• O espaço para texto é colocado sobre a legenda.
• A largura do espaço de texto é igual à da legenda ou no mínimo 100 mm.
TÓPICO 2 | ESTUDO DE LETRAS E SÍMBOLOS NO DESENHO TÉCNICO
35
• As seguintes informações devem constar no espaço para texto: identifi cação 
dos símbolos empregados no desenho; informações necessárias à execução do 
desenho; referência a outros desenhos ou documentos; histórico da elaboração 
do desenho com identifi cação/assinatura do responsável.
Espaço para legenda:
• Na legenda o projetista assina seu projeto, e marca as possíveis revisões feitas. 
• A posição da legenda deve estar dentro do espaço para o desenho, no 
canto inferior direito, tanto nas folhas posicionadas horizontalmente, como 
verticalmente. 
• O comprimento da legenda deve ser de 178 mm (nos formatos A4, A3, A2), e 
175 mm (nos formatos A1 e A0). 
• Em folhas grandes, quando se dobra o desenho, a legenda sempre deve estar 
visível, para facilitar a procura em arquivo sem necessidade de desdobrá-lo. 
• A legenda deve conter a identifi cação completa do desenho, que compreende:
 ◦ Nome do profi ssional responsável pelo projeto.
 ◦ Número de registro, nome do cliente ou empresa para o qual o projeto será 
realizado.
 ◦ Título e escala do desenho.
 ◦ Data e número da prancha.
• O modelo de legenda a ser considerado é:
QUADRO 7 – MODELO DE LEGENDA
FONTE: Ferreira, Faleiro e Souza (2008)
36
1 Complete a tabela a seguir, apresentando as dimensões padrão das pranchas 
de cada formato da série “A”:
2 Complete a tabela abaixo, apresentando as dimensões padrão das pranchas 
de cada formato da série “A”:
3 Analise as informações a seguir, e assinale verdadeiro (V) ou falso (F):
a) ( ) A margem esquerda é sempre menor que as demais.
b) ( ) A posição da legenda deve estar fora do espaço para o desenho. 
c) ( ) O comprimento da legenda deve ser de 178 mm nos formatos A4, A3, A2.
d) ( ) O comprimento da legenda deve ser de 175 mm nos formatos A1 e A0. 
e) ( ) Em folhas grandes, quando se dobra o desenho, a legenda sempre deve estar 
visível, para facilitar a procura em arquivo sem necessidade de desdobrá-lo.
4 Analise as informações a seguir, e assinale verdadeiro (V) ou falso (F):
a) ( ) A NBR 13142 é a norma brasileira que apresenta as especificações para 
dobramento das pranchas.
b) ( ) Em todas as pranchas confeccionadas para um projeto, o formato final das 
pranchas deve receber dobragem.
c) ( ) O dobramento deve resultar no tamanho final em A2 (420mm x 594mm). 
d) ( ) Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo da prancha 
são colocadas no espaço para texto.
e) ( ) A largura do espaço de texto é igual à da legenda ou no mínimo 100 mm.
AUTOATIVIDADE
FORMATO TAMANHO (em milímetros)
A0
A1
A2
A3
A4
FORMATO Margem esquerda (em milímetros)
Demais margens 
(em milímetros) Largura da linha
25 1,4
A1 10 1,0
25 7
A3 7 0,5
25 7
37
5 Desenhe, em uma folha de papel sulfite, a legenda a seguir, completando os 
espaços com as seguintes informações:
• Engenharia Projetos LTDA.
• Projeto: residência unifamiliar
• Desenho: planta baixa
• Propriedade: Distrito Federal / Brasília
• Proprietário: Oscar Niemeyer
• Data: 10/06/1949
• Escala: 1:100
• Unidade: metro
• Área: 430m2
• Prancha Única
• Projetista: Eng. Joaquim
 Maria Moreira Cardozo
 AUTOATIVIDADE FINAL:
6 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), desenhe 
as margens (esquerda, direita, superior e inferior) e a legenda abaixo. Atente 
para as dimensões de margem e linha recomendadas, e preencha os campos 
da legenda com caligrafia técnica, conforme o exemplo proposto a seguir:
FONTE: Ferreira, Faleiro e Souza (2008)
38
RESUMO DO TÓPICO 2
 Caro acadêmico! Neste momento, chegamos ao final do Tópico 2, da 
Unidade 1, esperamos que você tenha aprendido que:
• As letras precisam ser feitas com traçados firmes, uniformes e legíveis. Para 
executá-las, devem-se efetuar linhas-guia horizontais, finas e fracas, e escrever, 
dentro delas, as palavras. As linhas auxiliam na confecção de letras uniformes.
• As letras devem ter altura, inclinação, espessura do traçado e espaçamento 
(entre os caracteres) todos legíveis e uniformes.
• Para cada elemento do desenho, devem ser utilizados tipos de linha específicos, 
garantindo que as informações estejam legíveis para quem interpreta o desenho 
(linhas fortes, finas, tracejadas, traço-ponto grossas, traço-ponto finas, linhas 
de hachuras, linhas de ruptura grossas e linhas de ruptura finas).
• As linhas contínuas devem ser traçadas num só sentido. 
• O encontro de duas linhas deve sempre tocar os seus extremos (linhas que não 
se encontram em cantos dão a falsa impressão de serem arredondados).
• Não se deve voltar o lápis sobre a linha traçada, a fim de não acarretar variação 
na espessura.
• Sugere-se traçar as linhas principais com lapiseira 0,3 mm e, somente depois, 
colocar as espessuras requisitadas, a fim de garantir a qualidade do desenho 
como um todo, e a precisão do traço final.
• A série “A”, de padronização do papel, é a mais utilizada para os desenhos 
técnicos de Engenharia e áreas afins (A0, A1, A2, A3 e A4).
• Cada um destes formatos deverá possuir margens, que delimitam o espaço 
para os desenhos, dentro da prancha. A margem esquerda é sempre maior que 
as demais, pois é nesta margem que as folhas são furadas para fixação nas 
pastas ou arquivos.
 • O formato final das pranchas de um projeto deve receber dobragem, até resultar 
no tamanho final em A4 (210 mm x 297 mm), permitindo o fácil armazenamento 
e transporte do material. Nesta dobragem, a legenda deve ficar visível.
39
TÓPICO 3
USO DE COTAS E ESCALAS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Cotas são números colocados nos desenhos, que representam as 
dimensões reais do objeto (GISLON, 2016). De acordo com a autora, normalmente, 
a unidade mais utilizada na representação das cotas é o metro, mas de acordo 
com o tipo e a escala do desenho, outras unidades também podem ser usadas, 
desde que sejam especificadas nas pranchas do desenho, tais como centímetros 
ou milímetros. A cotagem precisa estar legível, para a execução ou fabricação do 
objeto representado, de acordo com os seguintes princípios (GISLON, 2016):
• As cotas devem ser colocadas preferencialmente fora do desenho, a fim de não 
dificultara leitura das informações.
• As cotas devem ser colocadas preferencialmente em linhas contínuas.
• As linhas de cota paralelas devem ser espaçadas igualmente.
• Todas as cotas necessárias ao entendimento do projeto devem ser indicadas, 
conforme o modelo a seguir.
FIGURA 1 – INDICAÇÃO DE COTAS
FONTE: <http://slideplayer.com.br/slide/10229459/>. Acesso em: 10 jun. 2018.
2 COTAS E COTAGEM
As cotas são numerais que indicam as medidas do objeto representado. As 
linhas de cota são linhas mais estreitas do que as do desenho, com setas, círculos 
ou traço oblíquo nas terminações e, nestas linhas, ou acima delas, são colocadas 
as cotas (números) (GISLON, 2016). Para realizar a cotagem de desenhos, é 
necessário entender a estrutura básica dos elementos que compõem as cotas, tal 
como apresentado a seguir (baseado em GISLON, 2016):
40
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
ELEMENTO CARACTERÍSTICAS
Linhas A linha auxiliar ou linha de extensão é uma linha contínua estreita que 
limita as linhas de cota. A linha auxiliar não deve tocar as linhas do desenho 
e deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota.
Números Os números são colocados acima da linha de cota, sem tocá-la. Quando 
a linha de cota é contínua, os números das cotas são colocados acima 
delas. Se a linha for interrompida, a cota ocupa o intervalo desta 
interrupção. Para a indicação de diâmetro, quadrado, sextavado ou 
raio, a ABNT recomenda a utilização de símbolos, colocados antes dos 
números das cotas.
Finalização da cota A finalização da cota deve ser representada através de um tick, 
um círculo cheio, ou uma seta. Na representação de ticks em cotas 
horizontais, os ticks deverão ser virados para a direita e em cotas 
verticais para a esquerda, ambos executando com o esquadro de 45º.
Representação da cota 
no desenho
QUADRO 8 – COTAGEM DOS DESENHOS
LINHA DE COTA
LINHA DE
EXTENSÃO
FINALIZAÇÃOCOTA
3.00
FONTE: Adaptado de Gislon (2016)
A seguir, apresentaremos algumas dicas que irão ajudá-lo na cotagem dos 
desenhos (adaptado de Gislon, 2016):
Primeiro devemos fazer a cotagem dos detalhes menores e posteriormente das medidas gerais.
• Deve-se evitar a mudança de sentido da leitura da cota: cotas horizontais são escritas e 
lidas da esquerda para a direita, e cotas verticais, de baixo para cima.
• Cotas inclinadas acompanham a inclinação da linha de cota.
• A cotagem de elementos repetidos e equidistantes pode ser simplificada, já que não há 
necessidade de se colocar todas as cotas.
• Cotas em espaços limitados podem ser colocadas fora da linha de cota ou em uma 
seta direcional.
As unidades (milímetro, centímetro, metro) não devem ser colocadas ao lado das cotas. 
Esta informação deve vir na legenda. Mas fique atento! Todas as cotas de um desenho 
devem ser empregadas em uma única unidade (GISLON, 2016)
DICAS
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS
41
1 Complete as frases, escrevendo as palavras faltantes sobre as linhas 
indicadas:
a) As .......................... são numerais que indicam as medidas do objeto 
representado.
b) Os .......................... são colocadas acima da linha de cota sem tocá-la.
c) A linha .......................... ou linha de extensão é uma linha contínua estreita 
que limita as linhas de cota. 
d) A linha .......................... não deve tocar as linhas do desenho e deve ser 
prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota.
e) A finalização da cota deve ser representada através de um .........................., 
um .........................., ou uma ...........................
AUTOATIVIDADE
2 A partir das informações dos desenhos a seguir, apresentadas em 
centímetros, complete as frases a seguir, escrevendo as palavras faltantes 
sobre as linhas indicadas:
a) Escreva as cotas de comprimento .........................., altura .......................... e 
largura ........................... do objeto.
b) Escreva as cotas que determinam o tamanho do rasgo no objeto: 
.........................., .......................... e ...........................
c) Escreva as cotas que determinam a localização do rasgo no objeto, 
considerando o objeto visto de frente: .......................... e ...........................
42
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
 AUTOATIVIDADE FINAL:
4 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), 
desenhe a peça a seguir. Complete o desenho, apresentando todas as escalas, 
tendo como referência as escalas apresentadas no modelo. Considere que o 
desenho deve ser realizado na escala 1:5.
3 Escreva dentro dos parênteses as letras correspondentes à descrição de cada 
elemento de cotagem:
( ) Linha de cota ( ) Círculo cheio ( ) Cota
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS
43
3 TIPOS DE COTAGEM
Existem dois principais tipos de cotagem, a cotagem em cadeia, e a 
cotagem por elementos de referência. De acordo com a NBR 10126: Cotagem 
em Desenho Técnico (ABNT, 1987), em desenhos de detalhes menores e mais 
precisos, as cotas podem ser colocadas em cadeia (cotagem em série), ou seja, 
as cotas em uma mesma direção são referenciadas umas nas outras. Ou podem 
ser colocadas tendo um único elemento de referência, conforme as ilustrações a 
seguir (GISLON, 2016):
FIGURA – 2 TIPOS DE COTAGEM
CONTAGEM EM CADEIA
CONTAGEM POR ELEMENTO DE REFERÊNCIA
FONTE: Capatan (2016)
44
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
1 Escreva, na perspectiva, as cotas indicadas nas vistas ortográficas da peça:
2 Escreva, nas vistas ortográficas da peça, as cotas indicadas na perspectiva:
3 Analise o desenho técnico a seguir e assinale com um X a afirmação correta:
a) As cotas 5, 8 e 6 definem o tamanho do furo.
b) As cotas 13, 26 e 6 indicam a localização do furo.
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)
AUTOATIVIDADE
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS
45
4 Escreva, nas vistas ortográficas da peça, as cotas indicadas na perspectiva:
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)
5 Escreva, nas vistas ortográficas da peça, as cotas indicadas na perspectiva:
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)
6 Escreva, nas vistas ortográficas da peça, as cotas indicadas na perspectiva:
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)
46
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
8 Escreva, na perspectiva, as cotas indicadas nas vistas ortográficas da peça:
9 Indique qual o tipo de cotagem a que se refere cada objeto a seguir:
7 Escreva, na perspectiva, as cotas indicadas nas vistas ortográficas da peça:
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)
( ) ( )
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS
47
a) Cotagem em cadeia
b) Cotagem por elemento de referência
( ) ( )
10 Faça a cotagem dos objetos abaixo, segundo os tipos de cotagem estudados 
(cotagem em cadeia ou cotagem por elemento de referência). Considere 
como face de referência aquelas assinaladas com a linha traço-ponto:
Cotagem em cadeia Cotagem por elemento de referência
Cotagem em cadeia Cotagem por elemento de referência
48
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
 AUTOATIVIDADE FINAL:
11 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), 
transcreva duas vezes o sólido geométrico a seguir, na escala 1:5, 
apresentando, no primeiro, a cotagem em cadeia e, no segundo, a cotagem 
por elemento de referência.
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS
49
4 ESCALAS
De acordo com Gislon (2016), para escolher se a escala da representação 
será natural, de ampliação ou de redução, é necessário levar em consideração o 
tamanho do objeto a representar, as dimensões do papel disponível, e a clareza e 
a precisão do desenho. Desta forma, os tipos de escala a serem considerados são 
(GISLON, 2016):
• Natural: quando o desenho possuir as mesmas dimensões que o objeto 
real, podemos afirmar que ele está em escala natural (ou real), representada 
numericamente em 1:1.
• De redução: quando o objeto a ser representado for muito grande, precisamosreduzi-lo. Neste caso, o desenho terá dimensões menores do que as do objeto. 
Este tipo de escala é muito utilizado na representação de edificações. As escalas 
de redução são representadas desta forma: 1:10 (significa que cada unidade do 
desenho corresponde a dez unidades reais do objeto).
• De ampliação: quando o objeto a ser representado for muito pequeno, ele 
deverá ser ampliado. Neste caso, o desenho tem as dimensões maiores do que 
o objeto representado (esta escala é muito utilizada para a representação de 
objetos que possuem dimensões em milímetros, por exemplo). As escalas de 
ampliação são representadas desta forma: 10:1 (significa que cada dez unidades 
do desenho correspondem a uma unidade real do objeto).
1 Complete as frases a seguir, indicando se a descrição apresentada se refere 
à escala natural, de redução ou de ampliação:
a) Na escala de ....................................., o desenho tem dimensões menores do 
que as do objeto. Este tipo de escala é muito utilizado na representação de 
edificações. 
b) Na escala ....................................., o desenho possui as mesmas dimensões 
que o objeto real.
c) Na escala de ....................................., o desenho tem as dimensões maiores do 
que o objeto representado, com dimensões em milímetros, por exemplo. 
d) Quando o objeto a ser representado for muito grande, precisamos utilizar a 
escala de ...................................... 
e) Quando o objeto a ser representado for muito pequeno, devemos utilizar a 
escala de ......................................
AUTOATIVIDADE
50
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
2 Complete as frases a seguir, indicando se a descrição apresentada se refere 
à escala natural, de redução ou de ampliação:
a) A escala de ..................................... é representada em 10:1 (significa que cada 
dez unidades do desenho correspondem a uma unidade real do objeto).
b) A escala de ..................................... é representada em 1:10 (significa que cada 
unidade do desenho corresponde a dez unidades reais do objeto).
c) A escala ..................................... é representada numericamente em 1:1.
3 Informe em qual escala estão os objetos a seguir:
4 Desenhe um quadrado de 3x3cm nas escalas 1:2, 1:1 e 2:1:
a) Escala 1:1
b) Escala 1:2
c) Escala 2:1
( ) ( ) ( )
1:2 1:1 2:1
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS
51
 AUTOATIVIDADE FINAL:
5 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), 
desenhe o objeto a seguir em 3 escalas: 1:20, 1:10 e 1:5. Os 3 desenhos devem 
estar alinhados e centralizados na prancha.
5 ESCALA NUMÉRICA
Os desenhos técnicos dificilmente são representados com as dimensões 
reais do objeto. Em geral, desenha-se o objeto, reduzindo-se ou ampliando-se 
todas as suas dimensões, proporcionalmente, segundo uma escala. Pode-se, por 
exemplo, reduzir todas as dimensões igualmente 15 vezes, tendo, neste caso, uma 
escala de 1 para 15, representada da seguinte forma: 1:15. Para esta representação, 
utiliza-se a escala numérica, representada em números. O escalímetro é o 
principal instrumento de medição utilizada da escala numérica. Para os desenhos 
de arquitetura, por exemplo, o escalímetro possui as escalas de redução de 1:20, 
1:25, 1:50. 1:75, 1:100, 1:125, todas dadas em metro (GISLON, 2016). Os tipos de 
escala são assim representados:
FIGURA 3 – TIPOS DE ESCALA
FONTE: Gislon (2016)
Escala natural Escala de redução Escala de ampliação
DESENHO
1 1:
REAL DESENHO
10 1:
REALDESENHO
1 10:
REAL
52
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
1 Utilizando a régua graduada, meça o comprimento das linhas a seguir, para 
cada uma das escalas indicadas:
2 Complete as lacunas, com os valores correspondentes:
3 Um objeto de 50cm está desenhado na escala 1:5. Qual a medida do objeto 
no desenho, em centímetros?
a) 5cm
b) 10cm
c) 15cm
d) 25cm
e) 50cm
 AUTOATIVIDADE FINAL:
4 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), 
converta o objeto a seguir para a escala 1:2. Observe para centralizar o 
desenho na prancha.
AUTOATIVIDADE
...................cm (esc. 1:1)
...................cm (esc. 2:1)
...................cm (esc. 1:2)
...................cm (esc. 1:10)
...................cm (esc. 1:25)
Dimensão do desenho Escala Dimensão da peça
1:1 42
18 1:2
5:1 6
16 2:1
10 100
12 60
TÓPICO 3 | USO DE COTAS E ESCALAS
53
6 ESCALA GRÁFICA
Ao invés de ser representada em números, a escala gráfica é representada 
através de um segmento de reta e de uma unidade de medida, mantendo sempre 
a mesma proporcionalidade, no desenho (GISLON, 2016). Esta gradação funciona 
como uma régua, que servirá para medir o desenho. De acordo com Gislon (2016), 
esta escala tem a vantagem de não se alterar quando o mapa for ampliado ou 
reduzido por métodos fotográficos, digitais ou outros, pois sempre irá apresentar 
a proporção verdadeira do objeto. No entanto, apesar de ser mais simples, já que 
não há necessidade de conversão de unidades, esta escala é menos precisa do que 
a escala numérica, principalmente em desenhos mais complexos.
FIGURA 4 – ESCALA GRÁFICA
FONTE: Ferreira (2016)
Talão
Esc. 1/50
-1 0 1 2 3
metros
10 50 0
1 m
2cm
2 3 4 5
54
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
LEITURA COMPLEMENTAR
O DESENHO TÉCNICO
Roberto Wanner Pires
Maurício Moreira e Silva Bernardes
Monnerat (2012) afirma que o desenho técnico se fundamenta 
principalmente nos princípios conceituais do desenho projetivo, que tem por 
objetivo a representação de figuras do espaço, a fim de estudar sua forma, sua 
dimensão e sua posição.
Toda a origem do Desenho Técnico está relacionada ao contexto da 
Revolução Industrial, é embasado pelos princípios conceituais da 
geometria descritiva de Gaspard Monge: uma linguagem codificada, 
capaz de descrever o artefato projetado de tal forma que sua produção 
poderia ser realizada por qualquer um e em qualquer indústria. O 
Desenho Técnico é o meio seguro de comunicação entre o projeto e 
a produção de um objeto, de um edifício ou até mesmo de um bairro 
ou cidade. A principal característica do Desenho Técnico é a precisão 
absoluta; pode ser utilizado com as especificidades das áreas afins 
(MONNERAT, 2012, p. 22).
Monnerat ainda comenta que tudo que se entende por Desenho Técnico 
é uma combinação de métodos e procedimentos necessários a comunicação e 
desenvolvimento de projetos, conceitos e ideias. Considerando a evolução de todas 
as tecnologias e sistemas relacionados à informática. Esses métodos e processos 
relativos à representação gráfica sofreram uma grande evolução, exigindo que 
o ensino do desenho técnico combine a parte de representação gráfica com o 
desenvolvimento da capacidade de expressão, ligadas principalmente ao uso da 
tecnologia associadas à essa área de conhecimento.
O desenho de uma forma geral e também a representação gráfica satisfazem 
aplicações ímpares e também fazem parte da maioria das atividades humanas 
(SILVA et al., 2011, apud MONNERAT et al., 2013). Todo esse fazer humano 
relacionado ao desenho técnico, ou mais elaboradamente à representação gráfica, 
complementa e permite que se guarde tudo que faz parte da comunicação, de 
uma maneira simbólica.
A partir da representação gráfica, o desenho técnico traduz o objeto como 
ele é entendido. A partir das vistas ortográficas, vistas seccionadas, ou ainda em 
perspectivas, sempre mantendo um rigor técnico e objetividade. Para isso o desenho 
técnico, em qualquer contexto, deve ser entendido sob as regras da linguagem 
gráfica, expressas pelas normas técnicas publicadas pela Associação Brasileira de 
Normas Técnicas, a ABNT. As normas técnicas são um conjunto de regras que 
estabelece as convenções que devem ser seguidas no momento de desenhar. Com 
isto, qualquer pessoa que conheça as regras e convenções, pode decodificar o 
desenho e compreender a forma do objeto, seu funcionamento ou o que quer que o 
autor queira informar ao leitor referente à tridimensionalidade dapeça.
FONTE: PIRES, PIRES, R. W.; BERNARDES, M.M.S. Considerações sobre o ensino de desenho 
técnico. In: BERNARDES, M. M. S.; LINDEN, J. C. S. (Orgs.). Design em Pesquisa – Vol. I. Porto 
Alegre: Marcavisual, 2017. p. 376-377.
55
1 Construa a escala gráfica do objeto, considerando as medidas apresentadas:
2 Analise as informações a seguir, preenchendo as lacunas de acordo com os 
tipos de escala estudados (escala numérica ou gráfica):
a) A escala .............................. é representada em números. Pode-se, por 
exemplo, reduzir todas as dimensões igualmente 15 vezes, tendo, neste 
caso, uma escala de 1 para 15, representada da seguinte forma: 1:15.
b) A escala .............................. é representada através de um segmento de reta, e 
de uma unidade de medida, mantendo sempre a mesma proporcionalidade, 
no desenho. Esta gradação funciona como uma régua, que servirá para 
medir o desenho. 
c) A escala .............................. tem a vantagem de não se alterar quando o mapa 
for ampliado ou reduzido por métodos fotográficos, digitais ou outros, pois 
sempre irá apresentar a proporção verdadeira. 
d) No entanto, apesar de ser mais simples, já que não há necessidade de 
conversão de unidades, a escala .............................. é menos precisa, 
principalmente em desenhos mais complexos.
3 Informe quais são as respectivas escalas numéricas das escalas gráficas a 
seguir, considerando o exemplo apresentado:
AUTOATIVIDADE
Escala
....................................
Escala 
1:1
Escala
....................................
Escala
....................................
56
4 Construa a escala gráfica do objeto, considerando as medidas apresentadas:
 AUTOATIVIDADE FINAL:
5 Em uma folha de papel sulfite, tamanho A3, formato retrato (vertical), 
desenhe o objeto apresentado a seguir, nas escalas 1:5 e 1:10, e apresente a 
escala gráfica de cada objeto:
57
RESUMO DO TÓPICO 3
 Caro acadêmico! Neste momento, chegamos ao final do Tópico 3, da 
Unidade 1. Esperamos que você tenha aprendido que:
• As linhas de cota são linhas mais estreitas do que as do desenho, com setas, 
círculos ou traço oblíquo nas terminações. Nestas linhas, ou acima delas, são 
colocadas as cotas (números).
• Primeiro devemos fazer a cotagem dos detalhes menores e posteriormente das 
medidas gerais.
• Deve-se evitar a mudança de sentido da leitura da cota: cotas horizontais são 
escritas e lidas da esquerda para a direita, e cotas verticais, de baixo para cima.
• As cotas devem ser colocadas preferencialmente fora do desenho, a fim de não 
dificultar a leitura das informações.
• As cotas devem ser colocadas preferencialmente em linhas contínuas.
• As linhas de cota paralelas devem ser espaçadas igualmente.
• Nos desenhos, as cotas podem ser colocadas em cadeia (cotagem em série), ou 
seja, as cotas em uma mesma direção são referenciadas umas nas outras. Ou 
podem ser colocadas tendo um único elemento de referência.
• Na escala natural, o desenho possui as mesmas dimensões que o objeto real.
• Na escala de redução, o desenho tem dimensões menores do que as do objeto. 
Este tipo de escala é muito utilizado na representação de edificações. 
• Na escala de ampliação, o desenho tem as dimensões maiores do que o objeto 
representado (esta escala é muito utilizada para a representação de objetos que 
possuem dimensões em milímetros, por exemplo). 
• A escala numérica é representada em números. O escalímetro é o principal 
instrumento de medição utilizada na escala numérica.
• A escala gráfica é representada através de um segmento de reta, e de uma 
unidade de medida, mantendo sempre a mesma proporcionalidade, no 
desenho. Esta escala tem a vantagem de não se alterar quando o mapa for 
ampliado ou reduzido por métodos fotográficos, digitais ou outros, pois 
sempre irá apresentar a proporção verdadeira do objeto. Porém, esta escala é 
menos precisa do que a escala numérica.
58
59
UNIDADE 2
NOÇÕES DE DESENHO
TÉCNICO BÁSICO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• elucidar os conceitos acerca dos elementos fundamentais do desenho (o 
ponto, a reta, o plano e o volume);
• apresentar os tipos de perspectivas utilizados em desenho técnico;
• apresentar as projeções ortográficas mais utilizadas para representar 
objetos.
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO
TÓPICO 2 – PERSPECTIVAS: DEFINIÇÃO, TIPOS E ORIENTAÇÕES 
 PARA MONTAGEM
TÓPICO 3 – PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS APLICADAS AO DESENHO 
 TÉCNICO
TÓPICO 4 – DESENHO A MÃO LIVRE: DEFINIÇÃO E TÉCNICAS DE 
 TRAÇADOS
60
61
TÓPICO 1
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
O entendimento dos elementos que compõem o desenho técnico é 
fundamental para o domínio nas formas de representação. Contribui para que os 
profissionais possam se comunicar através da representação gráfica, comunicando 
informações padronizadas, a fim de possibilitar a leitura do projeto. A seguir, 
serão descritos cada um destes elementos fundamentais, que garantem uma 
linguagem universal ao desenho técnico.
2 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO
Na geometria, os elementos fundamentais do desenho vão desde o ponto, 
até o volume tridimensional. Quando se fazem visíveis no papel ou no espaço 
tridimensional, estes elementos se apresentam com características de matéria, 
formato, tamanho, cor e textura (GISLON, 2016). Tais elementos são geradores do 
desenho, e podem ser classificados conforme segue (baseado em GISLON, 2016):
QUADRO 1 – ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO DESENHO
REPRESENTAÇÃO ELEMENTOS
PONTO: é a figura geométrica mais simples. Indica uma 
posição no espaço.
RETA: é um ponto transladado, que se torna uma reta. Tem 
comprimento, mas não tem largura e nem profundidade.
PLANO: é uma reta transladada em uma direção, que não a 
sua própria. Um plano tem comprimento, largura, mas não 
tem profundidade.
FIGURAS GEOMÉTRICAS PLANAS: é uma figura na qual 
todos os pontos se situam no mesmo plano. É determinado 
pelo contorno das linhas que formam as bordas da figura (o 
círculo, o quadrado, o triângulo e o retângulo).
VOLUME OU SÓLIDO GEOMÉTRICO: é um volume que 
tem três dimensões: comprimento, largura e profundidade 
(CHING, 2000). A face, a aresta e o vértice são componentes 
formadores dos sólidos geométricos.
s
r
UNIDADE 2 | NOÇÕES DE DESENHO TÉCNICO BÁSICO
62
FORMAS REGULARES: são formas cujas partes estão 
relacionadas umas às outras, de forma consistente e 
organizada (círculo, triângulo e quadrado).
FORMAS IRREGULARES: são formas cujas partes possuem 
naturezas diferentes. São geralmente assimétricas e mais 
difíceis de representar.
FONTE: Adaptado de GISLON (2016)
63
AUTOATIVIDADE
1 Assinale com um X a alternativa que indica a projeção ortográfica da figura 
plana apresentada, paralela ao plano de projeção:
2 Assinale com um X a alternativa correta:
A projeção ortográfica de uma figura plana perpendicular ao plano de projeção é:
a) ( ) É um ponto.
b) ( ) É um segmento de reta.
c) ( ) É uma figura plana idêntica.
d) ( ) É um sólido geométrico.
e) ( ) É uma figura plana irregular.
3 Escreva V se a afirmação for verdadeira, e F se for falsa:
a) ( ) A projeção ortográfica de uma figura plana, oblíqua ao plano de 
projeção, é uma figura plana idêntica.
b) ( ) A projeção ortográfica de uma figura plana, paralela ao plano de 
projeção, é uma figura plana idêntica.
c) ( ) A projeção ortográfica de uma linha, perpendicular ao plano de 
projeção, é um ponto.
d) ( ) A projeção ortográfica de uma linha, paralela ao plano de projeção, é 
uma linha idêntica.
e) ( ) A projeção ortográfica de uma linha, oblíqua ao plano de projeção, é 
uma linha idêntica.
FONTE: Ferreira e Silva (s.d.)
A
BD
C
+
+
A1
D1
D1A1
A1
C1
C1B1
B1 B1
(a) (b) (c)
64
4 Analise

Outros materiais