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HISTOLOGIA 1 Resumo

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HISTOLOGIA 
• Ciência que estuda os tecidos 
• tecido é um conjunto de células 
• órgãos formado por um conjunto de tecidos. 
 
TECNICAS HISTOLOGICAS 
• Series de passos para se fazer para observar com o microscópio 
 
1º: obtenção da amostra de tecido 
Pode ser por: 
• Necropsias: peças que se obtém de um cadáver 
• Biopsias: pedaços de tecidos que se obtém com a pessoa em vida 
• Peças cirúrgicas: pacientes cirúrgicos/ peças que tenham sido retiradas (tireoide, 
útero) 
 
2º :fixação 
Para a célula manter sua estrutura se coloca três tipos de fixadores: 
• Formaldeído 
• Tetroxio de ósmio 
• Álcool 
 
 
3º: desidratação 
Retira toda a água do tecido 
• Álcool etílico 
4º: aclariamento 
Torna o tecido transparente 
• Xileno ou xilol 
 
5º: inclusão 
• incluir o tecido na parafina 
devido ao calor, o xilol ou o benzol se evaporam dando espaço para parafina 
 
6º: corte 
Método físico: congelamento 
Métodos químicos: imersão 
Tecido fixo é cortado em seções finas que permitem a passagem da luz 
• micrótomo 
➢ longitudinal 
➢ transversal 
➢ obliquo 
 
7º: coloração 
Reidratação do tecido 
 
• Combinação de hematoxilina e eosina (HE) 
➢ Hematoxilina corante básico, pinta os componentes ácidos da célula (núcleo) 
de roxo 
➢ Eosina corante ácido, liga-se as estruturas celulares básicas (citoplasma), 
pintando de rosa 
• Método do Ácido Periódico- SHIFF (PAS) 
➢ Utilizado para determinar a presença de macromoléculas ricas em 
carboidratos, como glicogênio e glicoproteínas, 
➢ Cor vermelha 
• Método Feulgen 
➢ Método específico para a determinação histoquímica do DNA, com sua base de 
desoxirribose do Dna. (saber se é pai ou não) 
➢ Cor vermelha no local correspondente do DNA 
 
4 tipos de tecidos fundamentais 
 
• epitelial 
• conjuntivo 
• muscular 
• nervoso 
 
TECIDO EPITELIAL 
• É um tecido fundamental 
• função: proteção/barreira (do meio externo com o meio interno) 
• função secretora 
• é um tecido avascular (ñ possui vaso sanguíneo) então se nutre graças a membrana 
basal, pelo tecido adjacente (tec. conectivo). 
Cortes que posem ser feito com 
o micrótomo 
Origem embrionária do tecido epitelial 
• ectodermo: capa germinativa externa (pele, anus, boca, fossas nasais, poros) 
• mesodermo: capa intermediaria (rins e órgãos reprodutores) 
• endodermo: capa interna (tubo digestivo, arvore respiratória, fígado e pâncreas) 
 
 
 
Classificação do Epitélio (segundo o número de capas) 
• simples 
• cúbico: conducto de glândulas exócrinas 
• cilíndrico: intestino 
• plano: alvéolos pulmonares 
• estratificado 
➢ queratinizado: pele 
➢ ñ queratinizado: esôfago 
• epitélio pseudoestratificado 
➢ cilíndrico ciliado: vias respiratórias superiores 
➢ epitélio de transição ou urotelio: vias urinarias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Membrana Basal 
➢ lâmina basal: dividida em lâmina densa e lucida 
➢ lâmina reticular: composta por fibras reticulares 
• invaginações do tec. epitelial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de glândulas 
• exócrinas: posses conducto secretor (possui conexão ao exterior.) 
• endócrinas: não possui conducto secretor ao exterior (a substância produzida 
termina na corrente sanguínea- HORMONIOS-) 
 
Glândulas Exócrinas 
segundo os números de células pode ser: 
• unicelulares: calciforme (secreta mucina) 
localização: vias respiratórias e intestino. 
• multicelulares: formam acinos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de secreção: 
• merocrina: não afeta a célula em si (célula intacta) 
• apocrina: afeta em proporção 
• holocrina: a célula afeta, desintegração celular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glândulas multicelulares formas: 
• tubulares 
• acinares 
• alveolares 
 
exemplo de glândulas exócrina: 
• glândula salivar: parótida 
• porção exócrina do pâncreas: suco pancreático 
• glândula sudorípara 
 
Glândula Endócrina 
• não possui conducto secretor 
• o produto ou substância química que secreta se chama: Hormônio (esta 
substância viaja na corrente sanguínea) 
 
tipo de secreção 
• autocrina: o produto secretado afeta ela mesma 
• parocrina: afeta as células vizinhas 
• hormonal: afeta de um órgão a outro órgão 
TECIDO CONECTIVO OU CONJUNTIVO 
• um dos quatro tecidos fundamentais 
• são vasculares: possui vasos sanguíneos 
• função: conecta tecidos com outro tecido/ sustentação 
• se desenvolve a partir do mesodermo embrionário 
 
possui: 
• célula 
✓ fixas: fibroblastos, adipócitos, macrófagos. 
✓ migrantes: neutrófilo, basófilo, eosinófilo, monócito 
 
• matriz extracelular 
➢ amorfa (sem forma) 
➢ composta por: 
➢ substância fundamental 
➢ fibras 
✓ fibras de colágeno: fibras mais frequentes do tec. conectivo. 
- Os tecidos preparados com HE, as fibras se colorem de rosa claro 
- Formam ondas 
- Tipos de colágeno: 
tipo 1: são flexíveis e resistentes (pele, osso, tendões) 
Tipo 2: constituída por fibrilas finas e imersas em substância 
fundamental amorfa (cartilago hialino e elástico, nucleopulposo do disco 
invertebral) 
Tipo 3: abundante no tec. conectivo laxo (parede dos vasos sanguíneos) 
Tipo 4: forma a sustentação física dos epitélios (lâminas basais) 
Tipo 5: distribuídos em pequenas quantidades (lâmina externa das 
fibras musculares lisas. 
Tipo 7: estabilizar o epitélio da pele (dermoepiderme da pele) 
✓ Reticulares 
- Finas e não formam hastes, finas redes 
- Se distinguem apenas com manchas de prata e com o método PAS 
- Compostas por colágeno tipo 1 e 3 
- Formam o reticulo do tecido linfoide e a medula óssea, rodeiam as 
células parenquimatosas das glândulas, também formam a lâmina 
reticular das membranas basais 
blasto: célula imatura 
cito: célula madura 
✓ Elásticas: 
- Tonalidade amarela 
- Coradas com orceina, dá a cor marrom avermelhada 
 
 
 
Classificação do tecido conectivo 
• tecido conectivo propriamente dito 
➢ laxo: possui poucas fibras de colágeno 
➢ denso:possui muitas fibras de colágeno. 
✓ regular (tendão) 
✓ irregular (maioria das partes do corpo) 
 
• especializado 
➢ cartilago 
➢ osso 
➢ sangue 
➢ adiposo 
➢ hematopoiético 
 
 
TECIDO CARTILAGINOSO 
• é um tecido conectivo especializado 
• esse tecido não contém terminações nervosas e as células se nutrem por 
difusão através de um gel coloidal firme e rico em água 
 
• células: 
➢ condroblasto: secreta matriz extracelular 
➢ condrócito: mantem a matriz, localizada nas lagunas 
• matriz extracelular: possui fibras de colágeno dependendo de que tipo de 
cartilago. 
Gel hidratado e translucido que estão incluídas as células e fibras. 
Composição: glicosaminoglicanos. 
Tipos: condroitin sulfato; dermatan sulfato; heparan sulfato; queratan sulfato e 
ácido hialurônico 
➢ matriz territorial 
➢ matriz interterritorial 
tipos de cartilago 
• hialino: colágeno tipo 2, traqueia, laringe, brônquios 
• elástico: colágeno tipo 2, epiglote, pavilhão auricular 
• fibrocartilaginoso: colágeno tipo 1, articulações e discos vertebrais 
 
Pericôndrio 
capa que reveste o cartilago 
se divide em: 
• parte externa: condrogena 
• parte interna: fibrosa 
encontramos em todos os cartilagos exceto no CARTILAGO FIBROSO 
o condroblasto se localiza 
embaixo do pericôndrio 
TECIDO SANGUINEO 
• tecido conectivo especializado (fluido) 
 
formado por: 
• célula 
➢ eritrócito (glóbulos vermelho, hemácias) 
➢ leucócito 
➢ plaquetas (trombocitos): não são células, são fragmentos de células= 
megacariócitos. 
• matriz extracelular 
➢ plasma sanguíneo: está composto por proteínas séricas (albumina); 
água; íons: Na, K, Ca 
 
Eritrócitos 
• célula do sangue (cel. anucleada) 
• forma de disco bicôncavo 
• função: transporte de O2 e CO2 no corpo com ajuda da hemoglobina (proteína 
globular) 
• tem uma vida média de 120 dias 
 
Leucócitos 
Células brancas 
• granulócitos 
➢ neutrófilo: polimorfonucleares 60 
o núcleoestá segmentado em 3 a 5 segmentos 
depois de sua formação na medula óssea, permanecem na corrente 
sanguínea umas 10hr 
quando há uma inflamação abandonam a corrente sanguínea e se 
acumulam em grande número na zona inflamada 
➢ basófilos 0,5 
2 segmentos nucleares (forma de S) 
grânulos maiores e se sobrepõem no núcleo. 
➢ Eosinófilos 3 
2 segmentos (bilobulados) 
citoplasma granulado 
intervir na luta contra as infestações parasitarias 
• agranulocitos 
➢ linfócitos (LB; LT; LNK) 30 
núcleo esférico e chega a agarrar todo o citoplasma ou em maior 
proporção 
tipo b: produz anticorpos 
tipo T: atacam e destroem células anormais 
➢ monócito: macrófago do sangue 5 núcleo 
grande, em forma de ferradura abundante 
citoplasma de cor cinza azulado 
 
Plaquetas 
• fragmentos do megacariócitos (são as partículas mais pequenas 
observadas em uma lâmina) 
• desempenham um papel central na hemostasia, que é a detenção da 
hemorragia. 
• Tem a capacidade de formar coágulos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HEMATOPOIESE 
• O órgão hematopoiético mais importante depois do nascimento é a medula óssea 
• Eritrócito, trombocito, leucócitos, monócitos e parte dos linfócitos se 
formam na medula óssea. 
• Mielopoiese: formação de células sanguíneas na medula óssea 
• Os tec. hematopoiéticos estão compostos por um estroma de tecido conectivo 
regular. 
Eritrócito 
• As células sanguíneas maduras são liberadas na corrente sanguínea 
• Os leucócitos só se encontram de forma transitória na corrente sanguínea, 
exercem suas principais ações no tec. conectivo reticular 
 
Origem e desenvolvimento das células sanguíneas 
Hematopoese no embrião e feto 
• Os primeiros sinais aparecem na segunda semana com o aparecimento de 
pequenos vasos sanguíneos na parede do saco vitelino. 
• O fígado e o principal sítio de formação de sangue até o terceiro mês de vida 
fetal 
• Tanto na fase do saco vitelino como hepática, se forma quase eu exclusivamente 
eritrócitos. 
• Os eritoblastos primitivos se formam no saco vitelino e se diferenciam em 
eritrócitos nucleados 
• A produção de eritoblastos definitivos começa no fígado e se diferenciam em 
eritrócitos enucleados. 
• A medula óssea é o principal órgão hematopoiético central nos últimos meses 
de vida fetal e durante toda vida pôs natal 
• Todas as células sanguíneas se originam a partir de uma célula mãe comum que 
aparece primeiro no saco vitelínico. 
Saco vitelino fígado baço medula óssea 
 
Células mães hematopoiéticas 
• Célula mãe hematopoiética pluripotente é capaz de dar origem qualquer 
das células sanguíneas 
• Representa uma quantidade muito pequena de células nucleadas da medula 
óssea 
• Por divisão celular se forma novas células mães pluripotentes e células que se 
diferenciam em célula mãe linfoide ou em célula mãe mieloide 
• As células mães linfoide e mieloide são multipotentes e não tem a 
capacidade de auto renovação por tempo indeterminado 
• As células mães multipotentes formam a célula mãe onipotente específica de 
linhagem 
• Células mães linfoide: células mães de linfócitos T- células mães de linfócito B 
• A célula mãe mieloide também se denomina CFU-GEMM (unidade formadora de 
colônias de granulócitos- eritrócitos- monócitos- megacariócitos) 
 
CFU-GEMM origina células mães onipotentes específica de linhagem: 
• CFU-E: eritoblasto 
• CFU-MEG: megacarioblasto 
• CFU-Eo: mieloblasto eosinófilo 
• CFU-Bas: mieloblasto basófilo 
• Por último forma uma célula mãe bipotente comum para os mieloblastos 
neutrófilos e os monoblastos denominados CFU-GM 
• As células mães hematopoiéticas da medula óssea podem definir-se a 
partir de sua capacidade formadora de colônias, mas apresentam 
morfologia igual. 
 
 
 
 
Célula mãe linfoide 
(mutipotente) 
Célula mãe de 
linfocito B 
 
Célula mãe de 
linfocito T 
Linfocito B maduro ñ 
comprometido 
 
Linfocito T maduro ñ 
compremetido 
 
CFU-Bas: mieloblasto 
basofilo 
 
 
 
 
 
Célula mãe mieloide 
CFU-Eo: mieloblasto 
eosinofilo 
 
CFU-GM 
 
CFU-G: mieloblasto 
neutrofilo 
 
CFU-M: monoblasto 
 
BFU-MEG 
CFU-MEG: 
megacarioblasto 
 
BFU-E 
CFU-E: 
proeritroblasto 
 
 
 
Regulação da hematopoiese 
• A medula óssea é um microambiente indutor da hematopoiese 
• Estroma da medula óssea: células reticulares- macrófagos- adipócitos- 
matriz extracelular- células endoteliais- capilares. São necessárias para o 
crescimento e a diferenciação das células hematopoiéticas 
• Os fatores estimulantes de colônias (CSF) e interleucinas (IL), ademais de 
eritropoietina e trombopoietina são necessárias para a hematopoiese 
normal. 
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Células DIANA 
 
Qualquer célula em que o 
hormônio reconhece seu receptor 
• A IL-3 e o fator de células mães tem a ação estimulante das células mães em um 
estado muito cedo da hematopoiese. 
• Os fatores estimulantes atuam sobre os receptores específicos correspondente 
nas células Diana 
• O equilíbrio entre a produção e a eliminação mantem quase constante a 
quantidade dos distintos tipos de células sanguíneas 
• Para cada tipo celular este equilíbrio pode rolar segundo as necessidades do 
organismo 
 
 
ERITROPOIESE 
• Tem um núcleo de maior tamanho em relação com o citoplasma basófilo e 
sem conteúdo de componentes específicos. 
• CFU-E se prolifera e se diferencia conduzindo a formação da primeira célula 
que se reconhece com microscopia optica como eritoblasto pertencente a linha 
celular eritroide, denominado proeritroblasto 
PROERITROBLASTO 
• Células de grande tamanho 
• Núcleo bem grande 
• Moderada basofilia do citoplasma 
• Se diferencia por mitose, originando células filhas de eritoblastos basófilo 
ERITROBLASTO BASOFILO 
• Menor 
• Núcleo menor 
• A cromatina forma grumos e se tinge com mais intensidade 
• Citoplasma muito basófilo 
• Se dividem por mitoses e dão origem a eritoblastos policromatofilos 
ERITROBLASTO POLICROMATOFILOS 
• Citoplasma menos basófilo 
• Possui zonas acidófilas no citoplasma 
• Núcleo menor 
• Se dividem por mitoses e dão origem a eritoblastos ortocromaticos 
ERITROBLASTO ORTOCROMATICO OU NORMABLASTOS 
• Ainda menor 
• Intensa acidofilia no citoplasma 
• Núcleo pequeno redondo que termina adotando uma localização excêntrica na 
célula 
• Por último se expulsa o núcleo e a célula se transforma em reticulócitos. 
RETICULOCITOS 
• Contém ribossomos livres que continuam a síntese de hemoglobina 
• Não se distingue dos eritrócitos com as tinções padrões 
• Se observa mediante coloração supra vital com violeta brilhante 
• Com a posterior tinção habitual do prolongado se observa ribossomos como uma 
rede azul nos eritrócitos eosinófilos 
• O reticulo permanece quase um dia antes na medula óssea antes de passar 
na corrente sanguínea 
• Na corrente sanguínea aparecem como reticulócitos circulantes por 1 a 2 
dias 
• Depois desaparecem os ribossomos e transformam em eritrócitos maduros. 
• A maduração do eritoblasto a eritrócito maduro dura uns 5 dias 
• Se produz um incremento na produção devido a eritropoietina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRANULOPOIESE 
• CFU-G célula mãe específica de linhagem 
• O mioblasto é o primeiro estado da série granulotica identificável com o 
microscópio ótico 
MIELOBLASTO 
• Célula grande 
• Núcleo oval grande e bastante claro 
• Citoplasma basófilo e não tem grânulos específicos 
• Se dividem por mitose e formam os promielocitos 
PROMIELOCITOS 
• Células grandes 
• Citoplasma basófilo com grânulos azurofilos 
• Se dividem e formam por mitose e formam os mielocitos 
MIELOCITOS 
• Célula menor e aplanada 
• Citoplasma basófilo com grânulos azurofilos 
• Se dividem e formam os metamielocitos 
METAMIELOCITOS 
• São as primeiras células da série granulocitica que pode classificar -se em 
neutrófilo-basófilo-eosinófilo dado eu contém os correspondentes grânulos no 
citoplasma• Apresenta um núcleo menor e aplanado que por último se curva e adota a forma 
arredondada ou semelhante a um bastão curvo 
• Já não se divide 
• A transição a granulócitos maduro só se nota pela formação dos lóbulos nucleares 
• A denominação em cadeado se refere a metamielocitos neutrófilos 
• Só os granulócitos maduras possuem mobilidade independente. 
• São os únicos que em condições normais chegam à corrente sanguínea 
• O metamielocito é o tipo de granulócito mais imatura no sangue normal 
• A maduração de mioblasto a granulócito maduro dura uns 10 dias 
• Uma característica do granulocitico é que a quantidade de células eu se 
encontram na medula óssea seja muito maior que a do sangue circulante 
• Só circulam umas 10 horas na corrente sanguínea 
• Os granulócitos na corrente sanguínea se dividem em dois fundos comuns 
aproximadamente iguais: 
➢ Fundo comum circulante 
➢ Fundo comum marginal 
• Leucocitose aguda é o incremento notável e imediato da quantidade de leucócitos 
• Desviação a direita: é a presença de uma fração maior do normal de granulócitos 
hipersegmentados circulantes, por exemplo: na anemia perniciosa 
• Desviação a esquerda: é o aumento de metamielocitos no sangue 
MONOCITOPOIESE 
• CFU-M da origem aos monoblastos 
• Os monoblastos sofrem divisão e diferenciação e formam os promonocitos 
• Os promonocitos sofrem divisão mitótica e dão origem aos monócitos que 
são liberados na corrente sanguínea 
• As células do estroma da medula óssea e os macrófagos ativados secretam o 
fator estimulante de colônias de macrófagos (M-CSF) 
LINFOPOIESE 
• Formação dos linfócitos 
TROMBOPOIESE 
• As plaquetas se formam por fragmentação de células gigantes denominadas 
megacariócitos 
• Se encontra sobre toda medula óssea 
• Os megacariócitos são células gigantes com 50 a 100 micrometro de diâmetro 
• A CFU-Meg da origem ao megacarioblastos 
MEGACARIOBLASTO 
• Primeira forma identificável pela sua morfologia na série trombocitica 
• Diâmetro de 30-100 micrometro 
• Citoplasma basófilo e núcleo oval 
• Se divide várias vezes seguidas diminuindo o tamanho de núcleo e o faz lobulado 
• O citoplasma se faz mais eosinófilo e aparecem grânulos azurofilos 
• Dão origem aos megacariócito trombogênico 
MEGACARIOCITOS TROMBOCITOGENICO 
• Presença de grânulos pequenos no citoplasma sobre a periferia 
• Os seudopodos se estendem entre os simisoides da medula óssea 
• Se fragmenta nas plaquetas que são arrastadas pela corrente sanguínea 
• Depois adaptam a forma de discoide característico 
• A célula se degenera quando o citoplasma se transforma em plaquetas 
• O período de maduração de megacarioblasto a plaquetas dura 10 dias 
• As plaquetas vivem 10 dias 
• A trombopoietina aumenta a formação de plaquetas 
 
 
TECIDO ADIPOSO 
É um tecido conjuntivo especializado, pois ocorre o acúmulo das células adiposas (adipócitos) 
• Primeiro maior depósito de energia está no tecido adiposo (sob forma de 
triglicerídeos) fornecendo 9,3kcal/g. O glicogênio (no fígado e músculo esquelético) 
fornece só 4,1kcal/g. 
 
 
FUNÇÃO: 
• Papel energético 
• Está sob a pele, modelando o corpo (tem distribuição diferente no homem e na mulher) 
• Forma coxins absorventes de choque 
• Isolamento térmico (pois é mau condutor) 
• Preenche espaços entre órgãos e sustenta os mesmos na posição correta 
• Além disso, secreta leptina (regula quantidade de gordura no corpo e saciedade) e 
lipase lipoprotéica, entre outros hormonios. 
 
O tecido adiposo pode ser classificado como: 
• Unilocular/amarelo ou comum (dentro do adipócito, as gotículas de gordura se 
reúnem, formando uma só gotícula grande) 
 
• Multilocular/pardo (apresenta várias gotículas de gordura dentro da célula) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lembre-se: a gotícula lipídica é removida por solventes orgânicos (na técnica histológica), 
para demonstrar o lipídio o corte histológico tem que ser feito por congelamento e corado com 
Sudan III ou Black. Nessa foto, os espaços brancos demonstram o local onde estaria a 
gordura, quefoi removida. 
Tanto o tecido adiposo unilocular quanto o tecido adiposo multilocular, são inervados pelo 
sistema nervoso autônomo simpático. 
 
 
 
 
UNILOCULAR: 
Apresenta cor branca ou amarela (dependendo da dieta), nos humanos adultos tem quase 
só tecido adiposo unilocular. Quando se é apenas um bebê, apresentamos um panículo 
adiposo bem uniforme, mas com o tempo a gordura desaparece em alguns lugares e se 
desenvolvem em outras, graças aos hormônios sexuais e hormônios produzidos na camada 
cortical da glândula adrenal. 
As células podem estar isoladas, sendo esféricas, ou unidas, sendo poliédricas pela 
compreensão. Cada célula adiposa é envolvida por uma lâmina basal. 
No tecido unilocular existem septos de conjuntivo que contém vasos e nervos. Nesse tecido 
adiposo, as fibras reticulares sustentam as células adiposas. 
• Deposição e mobilização dos lipídios 
A origem dos armazenados são triglicerídeos, que podem vir da alimentação (quilomícrons), 
podem vir do fígado através do VLDL e da própria síntese celular, transformando a glicose em 
triglicerídeo (a insulina acelera esse processo). 
Os quilimícrons (formados a partir dos nutrientes absorvidos da alimentação, são originados 
no tecido epitelial no intestino delgado, eles vão para os capilares linfáticos e depois para o 
sangue, com isso ele será distribuído para todo o corpo. A enzima lipase lipoprotéica faz 
hidrólise das VLDL e quilomícrons que chegaram ali no tecido adiposo. Dentro dos adipócitos, 
triglicerídeos são armazenados. 
• Hidrólise dos triglicerídeos (estimulada pelo frio, jejum, atividade física). 
O hormônio noradrenalina é liberada por terminações pós-ganglionares do nervos simpáticos 
e são captados por receptores da membrana dos adipócitos, que ativam a lipase sensível ao 
hormônio. 
Após a hidrólise, liberam ácidos graxos e glicerol nos capilares do tecido adiposo. No sangue, 
os ácidos graxos são insolúveis e, por isso, se ligam na albumina do plasma e, com isso, vão 
para os tecidos para ser usados como energia (ATP). 
Já o glicerol vai para o fígado e é reaproveitado. 
• Curiosidade: remoção da gordura. 
Quando um indivíduo perde gordura, seja por qualquer motivo, essa perda não é feita 
uniformemente. Primeiro perde-se dos depósitos subcutâneos, mesentéricos e dos 
retroperitônios. A última gordura que perdemos é a dos coxins. 
 
MULTILOCULAR: 
A cor é parda, está facilmente encontrado em animais que hibernam e em fetos e recém- 
nascidos, pois esse tecido faz a termorregulação, ele produz CALOR e não energia! 
Tem grande vascularização, muitas mitocôndrias, mas distribuição limitada na raça 
humana. Em adultos, esses tecidos não crescem, sendo poucos encontrados. 
 
 
ORIGEM DOS TECIDOS ADIPOSOS: 
A célula tronco mesenquimal, multipotente, origina os fibroblastos ou lipoblastos. Essa última se 
diferencia em lipoblasto e esse, por sua vez, pode originar células do tecido adiposo 
multilocular ou unilocular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TECIDO OSSEO 
• O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo. 
• A mineralização da matriz proporciona dureza ao tecido, sendo que, a matriz 
colágena concede certa flexibilidade. Graças a essa flexibilidade, suas estruturas são 
demasiadamente dinâmicas, crescem, remodelam e mantem sua atividade durante toda a 
vida do organismo. 
Funções 
• O tecido ósseo é o constituinte principal do esqueleto, serve de suporte para as partes 
moles e protege órgãos vitais, como os contidos nas caixas cranianas e torácica e no 
canal raquidiano; 
• Aloja e protege a medula óssea, formadora das células do sangue; 
• Proporciona apoio aos músculos esqueléticos, transformando as suas contrações em 
movimentos úteis, e constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na 
contração muscular; 
• Funciona, ainda, como depósitos decálcio, fosfato e outros íons, armazenando os ou 
libertando-os de maneira controlada, para manter constante a concentração desses 
importantes íons nos líquidos corporais. 
Constituintes 
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células, e material 
extracelular calcificado, a matriz óssea. A matriz apresenta 50 de parte orgânica e 50 de 
material mineral. 
Parte orgânica 
• 95 colágeno tipo I; 
• Glicosaminoglicanos e proteoglicanos semelhantes aos da cartilagem; 
• Glicoproteínas adesivas com, por ex. a osteonectina que faz a ligação ao colágeno e aos 
proteoglicanos. 
 
Parte inorgânica 
• Os íons mais encontrados são o fosfato e o cálcio que formam cristais de hidroxipatita. 
Os íons da superfície deste cristal são hidratados existindo, portanto, uma camada de água 
à volta onde estão dissolvidos alguns íons, quando é necessário cálcio, o primeiro a ser 
mobilizado é o que está nesta camada à volta dos cristais. Só posteriormente é que se dá a 
dissolução dos cristais através dos osteoblastos. 
 
Células do tecido ósseo 
 
Células osteoprogênitoras 
• São células mesenquimatosas (origem mesenquimal) com poder de diferenciar se é 
proliferar-se em células formadoras de tecido ósseo, os osteoblastos. 
• Essas células persistem até a vida pós-natal e são encontradas em quase todas as 
superfícies livres dos ossos (endósteo, periósteo, trabéculas de cartilagem 
calcificada). 
• Durante a fase de crescimento dos ossos e reparações de lesões ósseas, as células 
osteoprogenitoras são mais ativas e aumentam a sua atividade originado novos 
osteoblastos para o tecido ósseo. 
Osteoblastos 
• Os osteoblastos são células jovens com intensa atividade metabólica 
• responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz óssea, composta por colágeno 
tipo I, glicoproteínas e proteoglicanos. Também concentram fosfato de cálcio, participando 
da mineralização da matriz. 
• São cúbicas ou cilíndricas e são encontradas na superfície do osso periósteo 
(membrana fina que reveste o osso). 
• Fazem a regeneração óssea após fraturas. 
• Os osteoblastos existem também no endósteo (membrana de tecido conjuntivo que 
reveste o canal medular da diáfise e as cavidades menores do osso esponjoso e 
compacto). 
• Durante a alta atividade sintética, os osteoblastos destacam-se por apresentar muita 
basofilia (afinidade por corantes básicos). Possuem sistema de comunicação intercelular 
semelhante ao existente entre os osteócitos. Os osteócitos inclusive originam-se de 
osteoblastos, quando estes são envolvidos completamente por matriz óssea. Então, sua 
síntese proteica diminui e o seu citoplasma torna-se menos basófilo. 
Osteócitos 
• Os osteócitos estão localizados em cavidades ou lacunas dentro da matriz óssea. 
• Destas lacunas formam-se canalículos, onde no seu interior os prolongamentos dos 
osteócitos fazem contatos por meio de junções comunicantes, podendo passar poucas 
moléculas e íons de um osteócito para o outro. 
• Os osteócitos têm um papel fundamental na manutenção da integridade da matriz 
óssea. 
Osteoclastos 
• Os osteoclastos são células muito grandes que resultam da fusão de várias células do 
sistema fagocitário mononuclear 
• têm origem em células que se originam na medula óssea, e estas por sua vez originam os 
monócitos e os macrófagos (várias células fundem-se e dão origem aos osteoclastos). 
• Participam dos processos de reabsorção e remodelação do tecido ósseo. 
• Nos osteoclastos jovens, o citoplasma apresenta uma leve basofilia que vai 
progressivamente diminuindo com o amadurecimento da célula, até que o citoplasma 
finalmente se torna acidófilo (com afinidade por corantes ácidos). Dilatações dos 
osteoclastos, através da sua ação enzimática, escavam a matriz óssea, formando 
depressões conhecidas como lacunas de Howship. 
 
 
 
 
 
 
 
Periósteo e endósteo 
• As superfícies internas e externas dos ossos são recobertas por células osteogênicas e 
tecido conjuntivo que, constituem o endósteo e o periósteo, respectivamente. 
• A camada mais superficial do periósteo contém principalmente fibras colágenas e 
fibroblastos. 
• As fibras de sharpey são feixes de fibras colágenas do periósteo que penetram no tecido 
ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso. 
• Na sua porção profunda, o periósteo é mais celular e apresenta células 
osteoprogenitoras, morfologicamente parecidas com fibroblastos. 
• As células osteoprogenitoras se multiplicam por mitose e se diferenciam em osteoblastos, 
desempenhando papel importante no crescimento dos ossos e na reparação de fraturas. 
• O endósteo é geralmente constituído por uma camada de células osteogênicas achatadas 
revestindo as cavidades do osso esponjoso, o canal medular, os canais de Harvers e os 
de Volkmann. 
• As principais funções do endósteo e do periósteo são a nutrição do tecido ósseo e o 
fornecimento de novos osteoblastos, para o crescimento e a recuperação do osso. 
Tipos de tecido ósseo: 
Classificação anatômica e macroscópica: 
• Osso compacto: constituído de partes sem cavidades 
• Osso esponjoso: constituídos por partes com muitas cavidades intercomunicantes 
Esta classificação é macroscópica e não histológica, pois o tecido compacto e os tabiques que 
separam as cavidades do osso esponjoso têm a mesma estrutura histológica básica. 
• Nos ossos longos, as extremidades ou epífises são formadas por osso esponjoso com uma 
delgada camada superficial compacta. 
• A diáfise (parte cilíndrica) é quase totalmente compacta, com pequena quantidade de osso 
esponjoso na sua parte profunda, delimitando o canal medular. 
• Principalmente nos ossos longos, o osso compacto é chamado também de osso cortical. 
• Os ossos curtos têm o centro esponjoso, sendo recobertos em toda a sua periferia por 
uma camada compacta. 
• Nos ossos chatos, que constituem a abóbada craniana, existem duas camadas de osso 
compacto, as tábuas interna e externa, separadas por osso esponjoso. 
As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são ocupados 
pela medula óssea vermelha. No recém-nascido, toda a medula óssea tem a cor vermelha, 
devido ao alto teor de hemácias, e é ativa a produção de células do sangue (medula óssea 
hematógena). Pouco a pouco com a idade, vai sendo infiltrada por todo o tecido adiposo, com a 
diminuição da atividade hematógena (medula óssea amarela). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação histológica: 
• Osso primário ou imaturo 
• Osso secundário, maduro ou lamelar 
 
Tecido ósseo primário 
• O tecido primário é o que aparece primeiro, tanto no desenvolvimento embrionário como 
na reparação das fraturas, sendo temporário e substituído por tecido secundário. 
• No tecido ósseo primário as fibras colágenas se dispõem irregularmente, sem orientação 
definida, porém no tecido ósseo secundário ou lamelar essas fibras se organizam em 
lamelas que adquirem uma disposição muito peculiar. 
• Em cada osso, o primeiro tecido ósseo que aparece é do tipo primário sendo substituído 
gradativamente por tecido ósseo lamelar ou secundário. Deste último tipo fazem parte o 
osso compacto e o osso esponjoso. 
Tecido secundário (lamelar) 
• O tecido ósseo secundário é a variedade encontrada no adulto. 
• Sua principal característica é possuir fibras colágenas organizadas em lamelas que 
ficam paralelas umas às outras ou se dispõem em camadas concêntricas em torno 
de canais com vasos, formando os sistemas de Harvers ou ósteon. 
• Estes sistemas têm um vaso no eixo do canal de Havers, com lamelas concêntricas e fibras 
à volta. Os canais comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície 
externa de osso por meio de canais transversos ou oblíquos, que são os canais de 
Volkmann, que se distinguem dos de Havers por não apresentarem lamelas ósseas 
concêntricas. 
• As lacunas são os locais onde ficam os osteócitos que têm prolongamentos que 
comunicam uns com os outros através de complexosde união, que permitem a 
passagem de íons e pequenas moléculas de um osteócito para o outro. Estes 
prolongamentos constituem os canalículos ósseos. 
• O osso é irrigado, mas os metabólitos têm de atravessar a matriz óssea calcificada, quer 
através das próprias células que comunicam umas com as outras, quer através dos 
espaços que existem entre os prolongamentos dos osteócitos e as paredes dos canalículos 
ósseos (o fluxo no último caso é reduzido). 
• Os sistemas circunferenciais interno e externo são constituídos por lamelas ósseas 
paralelas entre si, formando duas faixas: uma situada na parte interna do osso, em volta do 
canal medular, e a outra na parte mais externa, próximo ao periósteo. 
• O sistema circunferencial externo é mais desenvolvido que o interno. Entre os dois 
sistemas encontram-se inúmeros sistemas de Havers e grupos irregulares de lamelas, as 
lamelas intersticiais, que provém de restos de sistemas de Havers que foram destruídos 
durante o crescimento do osso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Histogênese do Tecido ósseo 
O osso forma-se a partir de dois tipos de ossificação: 
• Intramembranosa: dá-se nos osso chatos da cavidade craniana, a partir de células 
mesenquimatosas. Estas diferenciam-se em osteoblastos que vão começar a formar o 
centro de ossificação primário, isto é o blastema ósseo (conjuntos de células que retraem 
os prolongamentos, de modo a que fiquem mais curtos e que se vão dividindo para 
começarem a produzir matriz óssea. Esta vai originar trabéculas de osso com os 
osteócitos no seu interior e osteoblastos à periferia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Endocondral: ocorre nos ossos longos. Aparece o molde de cartilagem hialina onde 
surgem o centro de ossificação primário, que são invadidos por vasos sanguíneos que 
trazem células osteoprogenitoras consigo. Estas começam a formar matriz óssea, e os 
condrócitos da cartilagem hialina vão sofrendo modificações morfológicas até morrerem 
por apoptose, diminuindo a cartilagem. Á medida que se forma a matriz óssea, que 
inicialmente é na diáfise do osso através do colar periostal e do centro de ossificação 
primário, ele vai progredindo para a extremidade do osso. Posteriormente, centro de 
ossificação secundários são formados nas epífises do osso, permitindo a substituição da 
cartilagem hialina por tecido ósseo. Toda a cartilagem hialina é substituída por tecido 
ósseo, exceto a superfície articular e a placa epifisária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto o osso vai se formar a partir de 1 centro de ossificação primário e 1 colar periostal (na 
diáfise) e de 1 centro de ossificação secundário nas epífises e cresce a partir do disco 
epifisário. 
A placa epifisária é a estrutura responsável pelo crescimento do indivíduo em extensão, com o 
passar dos meses ela vai sendo substituída por tecido ósseo. Até o seu fechamento completo, 
quando cessa o crescimento do indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O disco epifisário/cartigem de conjugação é formado por cartilagem hialina, que tem vária 
zonas: 
• Zona de cartilagem propriamente dita/zona de repouso– onde existe cartilagem 
hialina sem qualquer alteração morfológica. 
• Zona de cartilagem seriada ou de proliferação – os condrócitos se dividem 
rapidamente e formam fileiras paralelas de células achatadas e empilhadas no eixo 
longitudinal do osso. 
• Zona de cartilagem hipertrófica – cavidades dos condrócitos aumentam de tamanho e 
morte dos condrócitos por apoptose 
• Zona cartilagem calcificada – nessa zona ocorre a mineralização da matriz cartilaginosa 
e termina a apoptose dos condrócitos 
• Zona de ossificação – esta é a zona em que aparece o tecido ósseo. Capilares sanguíneos 
e células osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos 
condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, que 
formam uma camada contínua sobre os restos da matriz cartilaginosa, os osteoblastos 
depositam a matriz óssea. 
Os discos epifisários estão ativos no crescimento e termina a sua atividade entre os 18-20 
anos. Se houver 1 puberdade precoce, há 1 aumento das hormônios sexuais precocemente, os 
discos epifisários encerrem precocemente e dão origem a nanismos, indivíduos de baixa 
estatura. 
Reparação de fraturas 
Nos locais de fratura óssea, ocorre hemorragia, pela lesão dos vasos sanguíneos, destruição da 
matriz e morte das células ósseas. Para que a reparação se inicie, o coágulo sanguíneo deve 
ser removido pelos macrófagos. Dá-se a proliferação do periósteo (que está por fora do osso) 
e do endósteo (que reveste a cavidade óssea), formando-se o osso primário, surge tecido 
imaturo tanto por ossificação intramembranosa como por ossificação endocondral. 
Seguidamente o osso primário forma um calo ósseo, que poderá ou não ser substituído por 
cartilagem hialina, depois forma-se o osso secundário e há reabsorção de todo resto para o 
osso ficar com a forma habitual. 
Papel metabólico do tecido ósseo 
O osso é um reservatório de cálcio, cujos níveis têm de estar num limite mais ou menos fixo, 
para poder haver deposição ou reabsorção de cálcio conforme necessário. Quando o osso é 
sujeito a carga induz a reabsorção e quando é sujeito a tração induz a deposição (exemplo dos 
aparelhos dentários). 
O reservatório de cálcio também é influenciado por fatores hormonais (paratormônio e 
calcitonina). O paratormônio promove a reabsorção óssea e a excreção de fosfato pelo rim, 
aumentado assim os níveis de cálcio no sangue e diminuindo os de fosfato. A calcitonina inibe a 
reabsorção da matriz. 
O hiperparatiroidismo provoca um aumento do paratormônio havendo diminuição de cálcio no 
osso – osteomalácia. Quando há hipoparatireoidismo há aumento de cálcio no osso – 
osteopetrose. 
Os fatores nutricionais também são muito importantes, como o cálcio da alimentação e a 
vitamina D que é fundamental para a absorção de cálcio no intestino. 
De acordo com a conformação microscópica da Matriz extracelular, dois tipos de tecido ósseo 
são identificados, o tecido ósseo lamelar ou secundário, sendo típico do tecido ósseo 
compacto maduro (Fig. 1); e tecido ósseo não-lamelar ou primário, observado no tecido ósseo 
imaturo (Fig. 2). 
Aqui, encontraremos as especificações sobre as seguintes lâminas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1 – OSSO SECO LIXADO Fig. 2 – OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 
TECIDO MUSCULAR 
• De origem mesodérmica 
• os tecidos musculares têm como principal característica a capacidade 
de contração, que terá como resultado a locomoção e outros tipos de 
movimento, como a contração dos órgãos do tubo digestório ou do coração. 
• As células dos tecidos musculares, denominadas fibras musculares ou 
miócitos, são alongadas, possuem tecido conjuntivo associado 
• são caracterizadas por terem em seu citoplasma grande quantidade de 
filamentos proteicos de actina e miosina (as chamadas miofibrilas; o 
prefixo mio-, do latim, se refere a músculo), que são responsáveis pela 
capacidade de contraçãoe distensãodessas células. 
• A actina é uma proteína do citoesqueleto celular (microfilamentos) 
 
• miosina (tipo 2) é uma proteína associada ao citoesqueleto que permite a 
geração de movimento celular (contração). 
 
• O tecido muscular pode ser classificado em três categorias: 
 
➢ tecido muscular liso 
 
➢ tecido muscular estriado esquelético 
 
➢ tecido muscular estriado cardíaco 
 
• Independentemente do tipo, o tecido muscular é altamente vascularizado e 
inervado,e consome grandes quantidadesdeenergia proveniente da quebra ATP. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Tipos de tecido muscular: liso, estriado cardíaco, estriado esquelético 
 
 
• o aspecto estriado das fibras musculares estriadas é dado pela organização 
estrutural dos miofilamentos e proteínas de ligação formando os sarcômeros 
(Fig. 2). 
• O sarcômero é delimitado por duas linhas Z, das quais partem os 
microfilamentos de actina alternados por filamentosmais espessos de miosina 
no centro do sarcômero. 
• As células musculares lisas, no entanto, não possuem essa organização 
sarcomérica, os microfilamentos de actina e a miosina 2 estão presentes para 
permitir acontração, mas não foram sarcômeros. 
• A designação de tecido liso vem do fato deste músculo não possuir as estrias 
transversais como os demais tecidos musculares, devido à disposição distinta 
da miosina e actina no citoplasma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Organização dos 
filamentos de actina e miosina 
nos músculos estriados 
 
 
Organização do tecido muscular estriado esquelético 
 
 
• o músculo estriado esquelético é o que é encontrado em maior proporção 
nos organismos, apresenta uma contração forte, rápida, descontínua e 
voluntária, dada por estímulos nervosos, estando ligado aos ossos por 
tendões, atuando na movimentaçãogeraldocorpo. 
• Os miócitos musculares esqueléticos são cilíndricos, multinucleados, com 
núcleos periféricos e muito longos (de muitos centímetros), contendo um 
grande número de filamentos de actina e miosina, que observados ao 
microscópio, formarão as estrias transversais, típica dos músculos 
estriados, como já mencionado. 
• Tais estrias são visíveis apenas quando as células musculares são 
observadas em corte longitudinal. 
• suas fibras musculares quase sempre formam feixes que se unirão a 
outros feixes e o conjunto destes constituirão os músculos. 
• Entre as fibras musculares (miócitos) individuais, há uma fina camada de 
tecido conjuntivo frouxo, que conterá os vasos sanguíneos, linfáticos e 
nervos, denominado endomísio. 
• Reunindo as fibras musculares em grupos denominados fascículos, há uma 
segunda camada de tecido conjuntivo, neste caso, denso não modelado, 
chamada perimísio. Envolvendo um conjunto de feixes (ou fascículos) 
musculares, há ainda uma capa mais externa de tecido conjuntivo denso 
modelado, denominada epimísio, a qual conterá todos os fascículos do 
músculo (Fig.3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Organização do tecido muscular estriado esquelético pelo tecido conjuntivo para formar um 
músculo 
 
 
 
Organização do tecido muscular estriado cardiaco 
 
• O músculo estriado cardíaco é encontrado somente no coração 
• Função: se contrair com a finalidade de bombear sangue. 
• Seus miócitos também possuem estrias transversais, típicas dos tecidos 
musculares estriados, possuindo formato cilíndrico, porém são menores que os 
das células do músculo estriado esquelético, são ramificados e possuem apenas 
um núcleo central, além de junções comunicantes, de adesão e desmossomos 
que no seu conjunto são chamados de discos intercalares, que fazem a 
conexão elétrica entre todas as células do coração (Fig. 4). 
• A contração deste músculo é rápida e forte, o estímulo para sua contração é 
involuntário, além de sua contração ser contínua. 
 
• O impulso de contração que determina o ritmo do batimento cardíaco é gerado 
localmente pelas fibras de Purkinje (células musculares modificadas), que 
constituem um sistema especial de condução do estímulo elétrico no coração, 
permitindo que este se contraia de maneira coordenada e sem necessidade de 
estimulonervoso. 
• O sistema nervoso interfere apenas na modulação do batimento cardíaco, 
acelerando ou diminuindo o ritmo, enquanto que o estímulo para o batimento e 
o seu ritmo é determinado pelas fibras de Purkinje. 
• Entre as células deste músculo também ocorre pequena quantidade de tecido 
conjuntivo frouxo, mas que não se organiza em camadas como no estriado 
esquelético (não forma endomísio, perimísio e epimísio). 
 
 
 
 
Figura 4: Tecido muscular estriado cardíaco 
 
 
Organização do tecido muscular liso 
 
• O músculo liso é encontrado nos órgãos internos, como intestino, bexiga e 
Quanto à contração muscular, quando estimulado a se contrair, os filamentos de actina das fibras 
musculares deslizam entre os filamentos de miosina; como resultado, os miofilamentos não diminuem de 
tamanho, mas os sarcômeros ficam mais curtos e a célula muscular também se encurta. Nas células 
lisas, como os miofilamentos estão em várias direções, também há contração (a actina também desliza 
na miosina), mas da célula toda e não apenas no seu comprimento (Fig. 5), como ocorre nos estriados. 
Resumidamente, os filamentos de actina deslizam sobre os de miosina, devido a pontos de união que se 
formam entre esses dois filamentos. Para que o deslizamento ocorra, há a participação de grande 
quantidade de íons Ca²+ e ATP. Nesse caso cabe à molécula de miosina o papel de hidrolisar (quebrar) o 
ATP, liberando a energia necessária paraaocorrênciade contração. 
útero 
• responsável pelos movimentos peristálticos, responsáveis pela 
expulsão de urina ou contrações do parto, por exemplo, podendo ainda ser 
encontrado na parede dos vasos sanguíneos, onde ajudam a regular a 
pressão sanguínea. 
• Os miócitos do músculo liso são os menores, são fusiformes e 
mononucleados, com núcleo centralizado, não possuindo estrias 
transversais ou sarcômeros. 
• A contração é lenta, fraca e involuntária, dada por estimulo nervoso, 
hormonal ou mecânico. 
• As células lisas apresentam actina e miosina organizadas em paralelo entre, 
mas não na forma desarcômero. 
Obs: estruturas das células musculares possuem nomes específicos, como o 
sarcolema (membrana plasmática), o sarcoplasma (citoplasma) e o retículo 
sarcoplasmático (retículo endoplasmático liso). Sarcos,do grego, significa carne. 
CONTRAÇÃO MUSCULAR 
 
 
Quanto à contração muscular, quando estimulado a se contrair, os filamentos de actina das 
fibras musculares deslizam entre os filamentos de miosina; como resultado, os 
miofilamentos não diminuem de tamanho, mas os sarcômeros ficam mais curtos e a célula 
muscular também se encurta. Nas células lisas, como os miofilamentos estão em várias 
direções, também há contração (a actina também desliza na miosina), mas da célula toda e 
não apenas no seu comprimento (Fig. 5), como ocorre nos estriados. Resumidamente, os 
filamentos de actina deslizam sobre os de miosina, devido a pontos de união que se formam 
entre esses dois filamentos. Para que o deslizamento ocorra, há a participação de grande 
quantidade de íons Ca²+ e ATP. Nesse caso cabe à molécula de miosina o papel de hidrolisar 
(quebrar) o ATP, liberando a energia necessária para a ocorrência de contração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Miócito do tecido muscular liso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6: Esquema comparativo dos três tipos de tecido muscular em cortes longitudinais (à esquerda) e transversais 
 
Musculo Estriado Cardiaco Musculo Estriado Esqueletico Musculo Liso 
Pericário ou Corpo celular: composto pelo núcleo e diversas organelas celulares e mitocôndrias, 
que serão responsáveis por produzir substâncias úteis e energia para o funcionamento correto 
dacélula. 
Dendritos: ramificações partindo do corpo celular (prolongamentos da membrana plasmática; 
dendron, do grego, galho), que aumentam a superfície disponível para estabelecer mais conexões 
com outros neurônios, captando de sinais elétricos a ser retransmitidos pelo axônio para outros 
neurônios (redes neurais). 
Axônio: é uma extensão única do corpo celular que se conectará a outros neurônios ou células 
de outros tecidos (músculos, glândulas, etc). 
TECIDO NERVOSO 
• Composto por células especializadas em gerar e conduzir impulsos nervosos 
eletroquímicos 
• o tecido nervoso é o responsável pela troca de informações rápidas nos animais, 
captando estímulos ambientais (externos) ou do próprio corpo (internos), 
integrando e interpretando tais múltiplos estímulos recebidos e enviando ordens 
motoras para a coordenação das funções dos órgãos. Além disso, é responsável pelo 
comportamento e pela memória. 
• Este tecido é distribuído pelo organismo e interliga-se formando uma complexarede 
de comunicações que constituem o sistema nervoso, o qual é dividido anatomicamente 
em: 
- Sistema Nervoso Central (SNC): formado pelo encéfalo e medula espinhal; 
- Sistema Nervoso Periférico (SNP): formado pelos gânglios nervosos (pequenos 
agregados de células nervosas) e nervos. 
 
• A célula neural (neurônio) tem como principais funções detectar /receber 
estímulos sensoriais internos ou externos, conduzir, integrar e associar tais 
estímulos e transmitir /enviar respostas / ordens motoras, que atuarão sobre os 
músculos, órgãos e glândulas, atuando na adaptação às variações do meio. Os neurônios 
podem ser divididos em três partes distintas (Fig. 1): 
http://www.infoescola.com/biologia/tecido-nervoso/
Os astrócitos, que dão suporte mecânico e nutrirão à complexa rede 
neurônios. Tais células emitem prolongamentos que envolvem os vasos 
sanguíneos do tecido, de forma a controlar todas as substâncias que 
entram em contato com os neurônios. Encontrado principalmente na 
substância cinzenta. 
 
 
 
Figura 1. Partes do neurônio. 
 
 
 
• De acordo com sua função, os neurônios podem ainda ser divididos em neurônios 
receptores ou sensoriais, encarregados de captarem informações das células 
sensoriais, neurônios de conexão ou mistos, responsáveis pela conexão entre dois 
neurônios e neurônios efetores ou motores, responsáveis por receberem informações 
do cérebro e as repassam para os músculos, glândulas, etc. 
 
NEUROGLIA – CÉLULAS DA GLIA 
• O tecido nervoso possui, além dos neurônios, células auxiliares que darão suporte ao 
funcionamento do sistema nervoso. Também chamadas células neurogliais, as células da 
glia atuam na manutenção do ambiente bioquímico, tornando-o propício para a produção 
dos impulsos eletroquímicos. 
• Além disso, também operam na proteção e no suporte nutricional e mecânico aos 
neurônios para seu funcionamento adequado. Tais células diferem em distribuição e na 
forma e função, desempenhando diferentes papéis na estrutura e funcionamento do tecido 
nervoso. 
Compondo as células da Glia, temos: 
As células ependimárias, que possuem um arranjo epitelial e revestem as 
cavidades do encéfalo (ventrículos do cérebro) e da medula (canal 
medular), e produzem o líquido cefalorraquidiano que é encontrado no 
interior dessas cavidades. 
Os oligodendrócitos, que formam a bainha de mielina sobre os axônios dos 
neurônios no encéfalo e na medula espinhal. Estas células, apesar de também 
presentes na substância cinzenta, estão presentes em maior proporção na 
substância brancado SNC. 
 
 
 
 
 
 
 
• Quanto à disposição destas células, os neurônios são os únicos presentes em ambos os 
SNC e SNP. 
• Os astrócitos, microglias e células do epêndima são componentes principalmente da 
substância cinzenta do SNC, associados aos corpos dos neurônios 
• Já os oligodendrócitos são o principal componente, junto as axônios dos neurônios, da 
substância branca do SNC. Já no SNP, existem além dos neurônios, outras células da glia 
que são as células de Schwann e satélite (com funções equivalentes aos astrócitos e 
oligodendrócitos do SNC, respectivamente), e que se organizam constituindo os nervos e 
os gânglios nervosos. 
As micróglias, um tipo especializado de macrófago cuja função é fagocitar 
restos celulares ou eventuais microrganismos invasores presentes no tecido 
nervoso. 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) 
SUBSTÂNCIAS BRANCA E CINZENTA 
• O SNC é organizado em substâncias denominadas substância branca e cinzenta. Quanto à 
disposição de tais substancias, no cérebro e cerebelo, a substância branca encontra-se 
centralmente, rodeada por substância cinzenta (externamente). Já na medula espinhal, a 
disposição das substancias é contraria, possuindo um centro formado por substancia 
cinzenta (em forma de H) envolto externamente por substância branca (Fig.2). 
 
Figura 2. Cérebro e medula espinhal 
 
 
• A substância branca, como sugere o nome, possui coloração branca quando observada 
em tecido fresco. 
• A substância branca é constituída dos axônios dos neurônios e dos oligodendrócitos, 
que formam a bainha de mielina que envolve os axônios. 
• A bainha de mielina é constituída da membrana plasmática dos oligodendrócitos que se 
enrolam em várias voltas em espiral sobre os axônios. 
• Como membranas celulares são constituídas majoritariamente de lipídios (podem ser 
revistos os fosfolipídios de membrana celular na Biologia Celular) e estes têm uma 
coloração branca, a abundância de axônios com bainha de mielina, torna-os 
esbranquiçados, daí sua denominação de substância branca. A bainha de mielina atua 
como um isolante elétrico para acelerar a transmissão do impulso nervoso 
GÂNGLIOS NERVOSOS 
Os gânglios nervosos são aglomerados de corpos de neurônios que são envolvidos pelas células 
satélites (Fig. 4), responsáveis pela manutenção dos neurônios, desempenhando função similar 
aos astrócitos do SNC. Desses neurônios partem seus axônios para fora dos gânglios e esses 
feixes de axônios irão constituir os nervos. Existem gânglios próximos à medula nervosa e 
também no interior dos órgãos. 
• Já na substância cinzenta encontram-se os corpos de neurônios cujos axônios estão na 
substância branca, seus dendritos, astrócitos e células da microglia. O epêndima, como 
já mencionado, é encontrado em locais específicos, revestindo os ventrículos do cérebro e 
o canal da medula nervosa. 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP) 
 
 
 
 
 
Figura 4. Gânglio nervoso 
 
 
NERVOS 
 
Os nervos são compostos de feixes de axônios de neurônios, cujos corpos estão nos gânglios 
nervosos, mais a sua bainha de mielina e tecido conjuntivo associado. A bainha de mielina desses 
axônios é constituída pelas células de Schwann. Cada fibra nervosa (axônio + bainha de mielina) é 
envolvida individualmente por uma fina camada de tecido conjuntivo frouxo, denominada 
endoneuro.Feixes de fibras nervosas serão envolvidos poroutra camada detecido conjuntivo, 
chamada de perineuro.Vários feixes paralelos formamonervo. O 
nervo, por sua vez, é coberto externamente por uma terceira camada de conjuntivo, o epineuro 
(Fig. 5). A organização é similar ao que se observa na organização do músculo pelo tecido 
conjuntivo,como visto no Tecido Muscular (endomísio, perimísio e epimísio na organização do 
tecido muscular estriado esquelético para formar ummúsculo). 
Nervos Aferentes:Formadopornervossensitivos,enviam sinais da periferia do 
 
corpo para o sistema nervoso central pormeio de fibras sensoriais. Levam informações detectadas 
no ambiente interno e externo. 
 
Nervos Eferentes:Chamados de nervosmotores,enviam sinais do sistema nervoso 
central para os músculos ou glândulas através de sinais estimulantes. São responsáveis pelo enviodas 
ordens de adaptação (ordens motoras) quedevem 
ser executados pelos órgãos,músculos ou glândulas. 
 
 
Nervos Mistos: Nesse caso, os nervos são formados por fibras sensoriais e 
motoras. 
 
 
Figura 5. Organização do nervo pelo tecido conjuntivo 
 
Conforme osentido da do fluxo da informação, sensorial ou motora,os nervos podem ser 
classificados em diferentes tipos. São eles: 
 
 
 
RESUMO GERAL 
 
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS QUATRO TIPOS BÁSICOS DE TECIDO 
 
TECIDO Células Matriz Extracelular Funções Principais 
EPITELIAL Pavimentosas, cúbicas 
ou colunares 
Justapostas e coesas 
Pequena quantidade Revestimento da 
superfície ou de 
cavidades do corpo 
para sua proteção, 
absorção e secreção 
(glândulas) 
CONJUNTIVO Vários tipos; 
fibroblastos e 
adipócitos e células do 
sistema imune 
Abundante Apoio e suporte a epitélios, 
conexão de tecidos e 
órgãos 
MUSCULAR Alongadas 
contráteis 
Quantidade 
moderada 
Movimento 
NERVOSO Com longos 
prolongamentos 
Muito pouca Transmissão de 
impulsos nervosos

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