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Exame físico geral ESTADO GERAL: bom, regular ou ruim NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: perceptividade, reatividade lúcido, alerta - resposta imediata e coerente sonolento - desperta com estímulo verbal, resposta lenta coerente obnubilado - desperta com estímulo verbal intenso, resposta lenta e incoerente torporoso - desperta com estímulo doloroso, resposta lenta e incoerente, volta a adormecer quando cessa estímulo comatoso - sem nenhum tipo de resposta - classificado em grau I a IV ESTADO DE HIDRATAÇÃO: hidratado, hiperidratado, desidratado ESTADO DE NUTRIÇÃO: desnutrição, subnutrição, má-nutrição proteica, obesidade DESENVOLVIMENTO FÍSICO: normal, hiperdesenvolvimento, hipodesenvolvimento, hábito grácil, infantilismo BIÓTIPO: normolíneo, brevilíneo, longilíneo MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS: altura, peso, IMC, circunferência abdominal ATITUDE E DECÚBITO: voluntária: ortopnéia, decúbito (lateral, dorsal…), meníngea, cócoras, parkinsoniana, genupeitoral… involuntária: atitude passiva, opistótono (tétano), sinal de Trousseau e Chvostek (hipocalcemia), tremores SINAIS VITAIS: PA, temperatura, FC, FR, pulso FÁCIES: modificações específicas da face e da expressão facial por doenças acromegálica, cuchingóide, mixedematosa, renal, parkinsoniana, hipocrática, leonina, adenoidiana, miastênica... MARCHA: espástica, parkinsoniana, parética, tabética… FALA E LINGUAGEM: disfonia: problema órgão fonador dislalia: alterações menores como troca de letras disritmolalia: gagueira, taquilalia disartria: incoordenação músculos - cérebro disfasia: incapacidade cortical da fala disgrafia: perda da capacidade de escrever dislexia: perda da capacidade de ler MUCOSAS: coloração (descoramento, cianose, icterícia), umidade e presença de lesões PELE E FÂNEROS: pele: coloração, integridade, umidade, textura, espessura, temperatura, elasticidade, mobilidade, turgor, sensibilidade, circulação colateral fâneros: implantação, distribuição, quantidade, coloração; brilho, espessura (cabelos); forma, implantação, espessura, superfície, brilho, coloração (unhas) TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO E PANÍCULO ADIPOSO: distribuição e quantidade LINFONODOS: tamanho, localização, consistência, mobilidade, sensibilidade, alterações da pele circunjacente pré e retro auricular, submandibular, sub mentoniana, cervical anterior e posterior, axilar, occipital, inguinal, poplíteas Dor “Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tal” Função da dor: importante componente de defesa corporal diante de um ambiente hostil; constitui um sinal de alarme que visa proteger o organismo de possíveis danos Classificações: Temporal: aguda; crônica Fisiopatológica: - Nociceptiva: causada por lesão dos tecidos não nervosos e ativação de nociceptores; pode ser: somática superficial - nociceptores do tegumento, bem localizada profunda - nociceptores nos músculos tendões, ligamentos e articulações, difusa, localização imprecisa visceral - nociceptores viscerais, dor profunda, difusa e de localiz imprecisa referida - sensação dolorosa superficial localizada a distância da estrutura profunda responsável pela dor (distribuição metamérica) irradiada - sentida a distância da sua origem, porém em estruturas inervadas pela raiz nervosa cuja estimulação causou a dor - Neuropática: lesão do sistema nervoso somatossensitivo - geralmente percebida como queimação, formigamento, parestesia; sensibilidade na área geralmente anormal - Mista - Psicogênica - dor puramente psíquica Mecanismo da dor nociceptiva: 1) Transdução: nociceptores são ativados por estímulo mecânico, térmico ou químico, e transformam-no em potencial de ação 2) Transmissão: conjunto de vias (lateral - sensorial e discriminativo - e medial - cognição e afetividade) e mecanismos que permitem a condução do impulso nervoso até o SNC 3) Modulação: vias responsáveis pela supressão da dor 4) Percepção: impulso é integrado e percebido como dor no tálamo e córtex obs: os potenciais de ação nociceptivos são transmitidos por meio de dois tipos de fibras nervosas aferentes, as fibras Aδ (mielínicas, maior diâmetro, velocidade rápida) e as fibras C (amielínica, menor diâmetro, velocidade mais lenta) Componentes da dor: sensitivo-discriminativo (dor como sensação), afetivo-emocional, cognitivo-avaliativo Características semiológicas da dor: - Sede/Extensão - Intensidade - Duração (contínua, cíclica, intermitente/ aguda, crônica) - Irradiação - Fatores de melhora e piora - Sintomas concomitantes - Período de semelhança e dissemelhança/ Evolução - Horário - Qualidade (pontada, aperto, latejante, peso…) Dor evocada: hiperalgesia: aumento da resposta à um estímulo normalmente doloroso (aumento da resposta aos estímulos ou aumento dos campos receptivos) alodínia: dor causada por estímulo que normalmente não é doloroso ( redução do limiar de ativação) hiperestesia: aumento da sensibilidade ao estímulo, mesmo não doloroso (sensibilidade aumentada à estimulação) Dor espontânea: constante ou intermitente Edema Edema é definido como acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial. Para que o edema ocorra, deve haver uma quebra dos mecanismos que controlam a distribuição do volume de líquido no espaço intersticial ou uma lesão da integridade vascular. Equilíbrio de Starling: o fluxo de fluidos depende da permeabilidade da parede capilar, definida pela diferença entre as variações da pressão hidrostática (p. filtração) e da pressão oncótica ao longo do leito capilar Os mecanismos que realizam a homeostase dos líquidos são: - Receptores de pressão intraluminal (átrios, ventrículos, vasos pulmonares, veia porta) - Receptores para volume (artérias periféricas e aparelho justaglomerular) - Concentração de sódio no plasma (PNA e Renina) – SRAA (situações de hipotensão) Mecanismos de formação do Edema - Aumento da pressão hidrostática intravascular - pode resultar de drenagem venosa deficiente - ex: ICC - Alteração da pressão oncótica - local ou generalizado; pode resultar de síntese reduzida de albumina e má nutrição proteica (diminuição) ou obstrução de veias (aumento) - Aumento da permeabilidade capilar com a saída de líquidos e proteínas - inflamações agudas, exsudato - ex: queimaduras, traumas, picadas - Obstrução da drenagem linfática Composição do Edema: - Exsudato (líq turvo, rico em proteínas) - alteração na permeab vascular, sinal de processo inflamatório, pele firme, menos compressível, sinal de Godet - Transudato (líq claro e seroso, pouca proteína) - permeab vascular preservada, tecido mais mole - “galo” A desregulação pode ser localizada e envolver apenas os fatores que influenciam o fluxo de fluido ao longo do leito capilar, ou, ainda, pode ser secundária a alterações dos mecanismos de controle do volume do compartimento extracelular e do líquido corporal total, o que, na maioria das vezes, ocasiona edema generalizado. Edema localizado: - Alteração nas Forças de Starling ou na drenagem linfática - Exemplos: Membros inferiores: obstrução v. cava inferior, obstrução linfática, insuficiência valvular venosa Pulmonar: ↑ da pressão nas veias pulmonares e/ou ↑ permeabilidade vascular – ex: IAM Cerebral Edema generalizado: - Alterações de fatores sistêmicos de controle do líquido intersticial - Apresenta alteração de peso (aumento de 4 a 5% para o edema ser detectável clinicamente) - Apresenta sinal de Godet Esse sinal é realizado, comprimindo-se a região prétibial com o polegar por cerca de 10 seg e observando-se se há formação de depressão. A profundidade da depressão pode ser comparada com escala de cruzes, variando de + a ++++. Para efeito de comparação, a intensidade máxima (++++) é atribuída a edemas que formam depressões maiores ou iguais a uma polpa digital. Uma segunda informação pode ser obtida, observando-se o tempo necessáriopara o desaparecimento da depressão após a remoção da compressão digital. Caso a depressão desapareça em um tempo menor que 15 seg, suspeita-se de baixa pressão oncótica, ou seja, hipoalbuminemia. Tempos maiores que esse sugerem edema secundário ao aumento da pressão hidrostática. Na dependência de tais fatores, ficam caracterizados os edemas como: cardíaco (ICC, renal (síndrome nefrítica, síndrome nefrótica e pielonefrite), cirrótico ou nutricional - grupados nesses nomes, porque, além das características patofisiológicas próprias de cada grupo, apresentam também etiologia específica, daí a denominação. Aspectos semiológicos do edema: - Localização (local, generalizado) - Duração e evolução (início, horário, fenômenos que acompanham…) - Intensidade (em cruzes; fazer Godet) - Consistência (mole, duro; elástico, inelástico) - Temperatura, sensibilidade e outras alterações (palidez, cianose, vermelhidão; pele lisa, espessa, enrugada) da pele adjacente Febre A febre é classificada sinal/sintoma geral e não específico. O estado de febre pode ser definido como temperatura oral acima de 37,2°C, pela manhã, ou ainda acima de 37,7°C, à tarde. A temperatura muda ao longo do dia em cerca de 0,5°C, podendo chegar a 1°C em pacientes que estão se recuperando de estado febril. Local da aferição Normotermia Febre Axilar 35,5-37ºC >37ºC Oral 36-37,4ºC >37,4ºC Retal 36-37,5ºC >37,5ºC Os termômetros de coluna de mercúrio e os digitais são os acessórios mais utilizados e têm acurácias comparáveis. Contudo, foi proibido a comercialização e uso em serviços de saúde. As medições feitas pelos aparelhos digitais têm menos influências da manipulação do acessório, portanto, são mais adequadas para uso não profissional. Recentes inovações incluem termômetro digital com sensor infravermelho, termômetro digital (tipo chupeta) e adesivos. A via de mensuração mais usada é a axilar e, embora seja mais fácil de medir (em comparação com registros orais ou retais), é uma estimativa menos precisa da temperatura interna corporal e tem forte influência de fatores do meio ambiente. Apesar disso, a medida da temperatura axilar é recomendada em neonatos por causa do risco de perfuração do intestino com o termômetro utilizado por via retal. A precisão da medida de temperatura por via oral situa-se entre a da axilar e a retal. A temperatura interna é a temperatura das estruturas profundas do corpo, em oposição à temperatura periférica, que é a da pele. Ela é medida dentro da artéria pulmonar. (cateter esofágico) Fisiopatologia Febre é um aumento da temperatura, geralmente decorrente de uma resposta imunológica a um pirogênio endógeno (IL-1, IL-6, TNFa com aumento do ponto de ajuste hipotalâmico; envolvimento de mecanismos de controle para produção (calafrios, aumento ativ metabólica) e conservação (vasoconstrição periférica, piloereção) de calor Causas: - patologias que impedem a perda de calor - lesões de pele (ictiose), ou doenças que causam vasoconstrição periférica (ICC) - patologias que aumentam a produção de calor - distúrbios metabólicos (hipertireoidismo) - patologias que levam à lesão tecidual com liberação de substâncias pirogênicas com capacidade de elevar o ponto de ajuste hipotalâmico para >37º, por meio de prostaglandinas - processos cirúrgicos e traumas, doenças neoplásicas, imunológicas, do SNC, vasculares, infecciosas e hemolinfo poiéticas A febre parece exercer função indispensável para auxiliar o corpo a combater uma série de infecções. A maior parte das febres é de natureza autolimitada e quase sempre é causada por vírus. obs: difere de hipertermia, que é a disfunção do termostato hipotalâmico, ocasionando produção de calor que excede a capacidade de perda, não responde aos antipiréticos e há falência dos mecanismos periféricos do controle da temperatura - vasodilatação periférica, sudorese. As causas mais frequentes de hipertermia são: insolação, indução por fármacos, exercício, lesões no SNC As complicações associadas à elevação excessiva da temperatura relacionam-se a resposta inflamatória sistêmica, coagulação intravascular disseminada, disfunção do snc (manifestada em delírio, coma e convulsões). Além disso, podem ocorrer rabdomiólise e insuficiências respiratória, hepática e renal. Propedêutica da febre Síndrome febril: astenia, inapetência, cefaléia, taquicardia, taquipnéia, oligúria, dores no corpo, calafrios, sudorese, náuseas, vômitos, delírio, confusão mental, confusões A febre não é benigna: aumenta a velocidade dos processos metabólicos, a perda de peso, o trabalho cardíaco (a cada ºC, aumenta em 10 os bpm), a perda de líquidos e sais, e pode levar à lesão irreversível do cérebro Características propedêuticas da febre: - Início: súbito ou gradual - Intensidade: leve <37,5ºC moderada 37,6-38ºC importante >38,6ºC (obs: acima de 40º: meningite, hemorragia cerebral - perda do ponto de regulação hipotalâmico - não responde à antitérmicos - banhos de gelo) - Duração: até 1 semana - aguda 1 e 2 semanas - subaguda + 3 semanas - indeterminada, obscura *a febre aguda, a mais comum, geralmente é causada por infecções auto limitadas que desaparecem em alguns dias ou até em uma semana e, por isso, não necessita de intervenção médica; casos em que há maior duração desse sinal, ou recorrência depois de um intervalo de apirexia, sugerem infecções mais graves ou outras doenças - Evolução/padrão: constante, remitente, intermitente, recidivante - Término: em crise (súbito) ou lise Investigar: antecedentes de encontros com pessoas com infecções transmissíveis, viagens, hábitos alimentares, exposições profissionais… Afecções clínicas acompanhadas de febre: dengue, chikungunya, laringite, faringoamigdalite, otite média, infecções bacterianas, virais ou fúngicas, gripe, distúrbios metabólicos, febre amarela, malária, leishmaniose visceral, zica Terapia Não farmacológica Banhos de esponja com água morna, banho de imersão em água morna e uso de mantas finas. Outras condutas importantes incluem: utilizar roupas leves, não cobrir demais o paciente, manter o meio ambiente fresco, e ingerir líquidos para evitar desidratação. O uso de gelo em pontos específicos como axilas, virilha e pescoço, bem como a utilização de esponjas com soluções alcoólicas aplicadas no corpo, foram empregados no passado; porém esses métodos podem causar eventos adversos graves e não devem ser utilizados Farmacológica Para o tratamento farmacológico da febre, os principais medicamentos isentos de prescrição utilizados são: • Ibuprofeno, naproxeno sódico (anti-inflamatórios não esteroides) e ácido acetilsalicílico; • Paracetamol, Dipirona (antipiréticos) Icterícia Amarelamento dos fluídos e tecidos do organismo devido ao aumento das bilirrubinas, observado nas escleras dos olhos (visível em concentrações de 2 a 2,5mg/dL) e na pele (acima de 3 a 4mg/dL), mucosas e freio da língua obs: na betacarotenemia e no amarelamento por drogas, não há tingimento das escleras Fisiopatologia: A bilirrubina é um pigmento produzido pela degradação do grupo heme, e está presente no sangue (0,2 a 0,9mg/dL) em duas formas: Conjugada = indireta (0 a 0,2mg/dL) - lipossolúvel, não filtrada pelos rins Não conjugada = direta (até 1mg/dL) - hidrossolúvel, filtrada pelos rins, produz urobilinogênio e estercobilinogênio Hiperbilirrubinemia Conjugada: produção excessiva (disturbios hemolíticos, eritropoiese ineficaz), deficiência na captação e conjugação (efeito medicamentoso, distúrbios genéticos) Não conjugada: deficiência na excreção, regurgitação a partir dos hepatócitos e ductos biliares Classificação: - Fisiopatológica Hemolítica (pré hepática) - hiperbilirrubinemia indireta pela destruição excessiva de hemácias - anemia falciforme, hemólise imune, Síndrome de Gilbert (distúrbio de conjugação) Hepatocelular (intra hepática)- hiperbilirrubinemia, mais da direta, pela lesão do hepatócito (ALT e AST) - hepatite, cirrose hepática, leptospirose Colestática (pós hepática) - hiperbilirrubinemia direta pela obstrução das vias biliares extra-hepáticas (FA e GGT) - coledocolitíase -Clínica (cor): hemolítica/flavínica (+ palido que icterico) hepatocelular/rubínica (amarelo com síndrome febril = vermelhidao no rosto) colestática/verdínica ou melânica (crônica, acentuada) Semiotécnica: Início (rápido ou lento/insidioso), cor da urina (colúrica - colestática - ou acolúrica - pré hepática), cor das fezes (acólicas - colestática - ou hipercoradas - não colestática) Pesquisar: antecedentes familiares, febre e calafrios, substâncias tóxicas, alcoolismo, prática sexual (hep B), viagens (hep A, E, febre amarela) Obs: hiperbilirrubinemia direta causa icterícia, colúria, acolia fecal, prurido Tosse, expectoração, chiado Em condições fisiológicas, a tosse é um reflexo de defesa da via aérea, e é controlada pelo tronco e cortex cerebral. Tal reflexo promove a eliminação de secreções das vias aéreas, proteção contra aspiração de corpos estranhos e o método mais efetivo do sistema respiratório quando existe disfunção ciliar. Golpe brusco respiratório, com glote semifechada, com ruído laríngeo característico; A fisiopatologia da tosse está ligada à estimulação química das fibras-C e à ativação por estímulos mecânicos dos receptores de adaptação rápida (RARs) e lenta (SARs). Fase inspiratória, compressiva, expiratória e relaxamento Classificação: aguda - até 3 semanas - infecções virais das VAS e VAI, drogas, alérgenos, embolia pulmonar, edema agudo de pulmão, exacerbações asma e DPOC, sinusite subaguda - 3 a 8 semanas crônica - + 8 semanas - DRGE, síndromes asmáticas, rinossinusites, tabagismo, tuberculose Semiotécnica: Avaliação: frequência, intensidade, fatores de melhora e piora, início (época e hora), características (produtiva, seca, irritativa, pigarro, paroxística, rouca, com estridor) Expectoração: quantidade (escassa ou vômica), consistência (fluida ou espessa), coágulos, cor Dispnéia Toda e qualquer alteração no ritmo, frequência e amplitude respiratória; sensação de dificuldade respiratória, devido a diversos fatores patológicos e não patológicos Sensação (estímulo de um receptor resultando em ativação neural) X Percepção (reação do indivíduo à sensação causada por esse estímulo) A respiração é um fenômeno complexo, que envolve estímulos químicos, mecânicos e modulação do SNC; a inspiração é ativa, enquanto a expiração é passiva (não deve haver esforço). Locais de ativação neural relacionados com sensação de desconforto respiratório: sistema límbico, ponte Semiotécnica Avaliação: início (época e hora), modo de instalação (súbito, progressivo), intensidade, duração das crises, fatores desencadeantes, número de crises, periodicidade, sintomas concomitantes, fatores de melhora e piora, objetiva (visível ou subjetiva (referida) Denominações especiais: de esforço: após atividade física, nem sempre patológica ortopnéia: ao ficar em pé paroxística noturna: sono interrompido por falta de ar - ICC ... Causas: atmosféricas, oibstrutivas, pleurais, parenquimatosas, toracomusculares, diafragmáticas, teciduais, cardíacas ligadas ao SNC Cianose Sinal caracterizado pela coloração azulada da pele, leito ungueal e membranas mucosas, pela presença de desoxihemoglobina maior ou igual a 5g/dL no leito capilar obs: saturação venosa (SvO2) normal = 75% Subtipos: - Central: é generalizada, desaparece quando inala O2 (exceto nos shunts), acompanha-se de extremidades quentes baixa tensão de O2 no ar inspirado alteração na ventilação/perfusão pulmonar shunt sanguíneo direito-esquerdo - Periférica: generalizada ou localizada, não há correção com oxigenoterapia, pele fria e úmida fluxo sanguíneo reduzido para os tecidos - vasoconstrição, obstrução arterial, trombose venosa, hipotensão arterial - Mista: compromete a oxigenação à nível pulmonar e também o aumento da extração de O2 pelos tecidos devido à diminuição do fluxo sanguíneo - Hb anormal: metahemoglobina, sulfahemoglobina, carboxihemoglobina Semiotécnica: - Pesquisar mucosa oral e conjuntival, lábios e língua, pontas dos dedos e leito ungueal, lobo da orelha - Classificar quanto a presença (cianótico ou acianótico) e a intensidade (cruzes ou leve/moderada/grave) Avaliação neurológica ANAMNESE Duração dos sintomas e forma de instalação, evolução cronológica AMP: Condições pré-natais e natais Desenvolvimento psicomotor Vacinações Doenças anteriores AMF: Aneurisma, HA, Diabete, Doenças Musculares Progressivas, Epilepsia etc Hábitos de Vida: Alcoolismo, Drogas ilícitas Sinais e sintomas: Cefaléia: uma das queixas mais frequentes da prática médica Convulsões (epilepsia, intoxicação exógena, hipoglicemia) Alterações visuais (tumores, neurite óptica) Vertigem (labirintopatias, doença cerebelares) Náuseas e vômitos (doenças gastrointestinais,labirintopatias, hipertensão intracraniana) Disfagia/disfonia (lesões bulbares) Parestesias (doença do SNP) Paralisias ou paresias (lesões das vias motoras, centrais ou periféricas) Distúrbios esfincterianos (lesões medulares) Distúrbios da Comunicação Disfonia: alteração do timbre da voz, rouca ou bitonal (lesão de corda vocal ou do nervo acessório XI par) Disartria: alteração da articulação da palavra decorrente de neuropatia central ou periférica (Parkinson – fala arrastada e lenta) Dislalia: alteração da articulação da palavra não decorrente de alteração SNC (criança troca sílabas) Disritmolalia: perturbação no ritmo da fala (taquilalia, gagueira) Dislexia: dificuldade de capacitar-se para a leitura Disgrafia: grafia irregular, fragmentada (Parkinson, cerebelopatia) Afasia: distúrbio da linguagem (motora/compreensão/global/condução/amnéstica) EXAME FÍSICO 1- PESCOÇO E COLUNA CERVICAL Carótidas: palpação e ausculta (atenção para sopros e frêmito) Movimentos da cabeça: movimentos de extensão, flexão, rotação e lateralização (doenças articulares, meningite, musculares e hemorragia subaracnóide) Rigidez de nuca: Dor à flexão passiva da cabeça(meningite, hemorragia subaracnóidea) Prova de Brudzinski Transição craniovertebral 2- COLUNA LOMBOSSACRA Limitação dos movimentos: movimentos de extensão, flexão, rotação e lateralização (doenças articulares e musculares) Provas de estiramento da raiz nervosa: Provas de Lasegue e prova de Kernig (Hemorragia subaracnóidea, Meningite, Radiculopatia – compressão do N. Ciático) 3- MARCHA Ceifante ou hemiplégica Parkinsoniana: rigidez difusa com dificuldade de movimentação, cabeça inclinada para frente e as mãos não acompanham o movimento Cerebelar: apresenta movimento de ziguezagueia Escarvante: paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, precisa elevar acentuadamente o membro inferior para não tropeçar Anserina: fraqueza de musculatura proximal, acentua a lordose lombar e vai inclinando o tronco para direita e para esquerda Tabética: olhar fixo ao chão, eleva o membro abrupto e explosivamente, fixa o calcanhar com firmeza ao pisar (deficiência B12/B6/intox cobre) Marcha vestibular: apresenta lateropulsão quando anda (como se fosse empurrado para o lado) Marcha em tesoura: MMII enrijecidos e espásticos permanecem fletidos, pés se arrastam e as pernas se cruzam (forma espástica da paralisia cerebral) 4- EQUILÍBRIO ESTÁTICO Prova de Romberg: positiva - tendência a queda ao fechar os olhos: - Lesão vestibular: cai para o lado da lesão - Lesão proprioceptiva consciente: cai para qualquer lado - Lesões cerebelares: o paciente já tem dificuldade de se manter em pé e aumenta sua base (disbasia). 5- MOTRICIDADE Voluntária: Espontânea Força muscular: classificada em grau 0 - V Manobras deficitárias: Coordenação Involuntária: tônus muscularReflexa 6- TÔNUS MUSCULAR Trofismo: refere-se ao volume muscular (eutrófico, hipertrofia, e atrofia) Inspeção: achatamento Movimentos passivos: Grau de resistência e passividade Extensibilidade (hipotonia apresenta extensão maior enquanto que a hipertonia apresenta uma extensão menor) Hipertonia Piramidal Espasticidade Eletiva (extensor dos MMII e flexor dos MMSS) Elástica Extrapiramidal Rigidez não é eletiva Plástica (sinal da roda denteada) 7- COORDENAÇÃO A perda da coordenação é denominada ataxia Avaliar cerebelo e propriocepção: Index nariz e index orelha (olho fechado e aberto) Prova calcanhar-joelho Prova dos movimentos alternados (diadococinesia) 8- REFLEXOS Englobam: via aferente, centro reflexógeno, via eferente e órgão efetor (músculo) Reflexos motores: graduados de 0 - +++ - Exteroceptivos ou superficiais: Cutaneoplantar Cutaneoabdominais Sinal da babinski: lesão via piramidal ou corticoespinal - Profundos: Triciptal Biciptal Supinador Patelar Aquileu Estilorradial (Braquirradial) 9- SENSIBILIDADE Hipoestesia, hiperestesia e parestesia. Especial: olfação/ visão/gustação/audição Geral: Superficial: térmica/tátil/dolorosa (trato espinotalâmico lateral) Profunda: (fascículos grácil e cuneiforme): vibratória ou palestésica (diapasão)/ barestésica (pressão)/cinético-postural (movimentos)/dolorosa (compressão das massas musculares e tendões) Estereognosia (tátil+profunda consciente: reconhecer 1 objeto colocado em sua mão) 10- ESCALA DE GLASGOW 11- AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL * Pontuação e Escolaridade: Analfabetos: 14 4 anos de escola:18 4 a 7 anos de escola: 20 Ensino Fundamental: 21 Ensino médio: 23 Universitário completo: 26 12- NERVOS CRANIANOS I- Olfatório: verificar se há fluxo aéreo e testar com substâncias voláteis e não irritativas (café, tabaco, álcool, canela) Anosmia Hipoanosmia Hiperanosmia Cacosmia- sensação desagradável na ausência de qualquer substância (ex.: sinusite purulenta, tumores, lesão das terminações olfatórias do paciente) Parosmia – perversão do olfato (ex: neuropatias, neurite gripal) II- Óptico: testar acuidade visual e campos visuais, além de fundoscopia Acuidade visual ( ambliopia e III, IV e VI – Oculomotor, Troclear, Abducente Estes três nervos são avaliados em conjunto pois inervam os músculos responsáveis pelo movimento do globo ocular Oculomotor: elevador da pálpebra superior, reto superior reto medial, reto inferior oblíquo inferior Troclear: oblíquo superior Abducente: reto lateral Motilidade extrínseca: paciente com a cabeça imóvel, o examinador solicita que ele desloque os olhos nos sentidos horizontal e lateral Prova da convergência aproximando objeto gradativamente ao olho do paciente Estrabismo: desvio do olho de seu eixo (paresia do músculo opositor) Diplopia: visão dupla Motilidade intrínseca: é o exame de pupila realizado em seguida ao exame da motilidade extrínseca dos globos oculares. Pupila é examinada por meio de um feixe luminoso pelo reflexo fotomotor direto e pelo fotomotor consensual. Discoria, isocoria, anisocoria Midríase e miose Sinal de Argyll-Robertson: miose bilateral + abolição do reflexo fotomotor + presença do reflexo de acomodação - era tido como patognomônico de neuro sífilis, é uma lesão periaquedutal no mesencéfalo. Síndrome de Claude Bernard-Horner: miose + enoftalmia (retração anormal do olho) + diminuição da fenda palpebral Lesão do simpático cervical ( trauma, neoplasia ápice pulmonar, pós cirurgia cervical) V- Trigêmeo Função sensitiva: sensibilidade exteroceptiva da face, conjuntiva ocular, dente, dura-máter craniana, 2/3 anterior da língua, mucosa bucal e nasal, propriocepção da articulação temporomandibular e dos músculos mastigatórios. Função motora (músculos mastigatórios): Temporal, Masseter, Pterigóideo medial, Milo Hióideo, Digástrico Avaliação raiz motora: 1- Atrofia das regiões temporais e masseterinas 2- Abertura da boca promove desvio da mandíbula para o lado da lesão 3- Ao trincar os dentes nota-se debilidade do lado paralisado 4- Há dificuldade do movimento de lateralização da mandíbula Avaliação sensitiva: É feita semelhante aos testes de sensibilidade superficial Reflexo córneo – palpebral. VII- Facial Musculatura da mímica facial, glândulas lacrimais e submandibulares, sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores da língua Na avaliação solicitamos ao paciente enrugar a testa, franzir os supercílios, fechar às pálpebras, assobiar, inflar a boca e contrair o platisma. Avaliação gustativa: usar soluções com sabores doce, amargo, salgado e ácido, sempre lavando a boca entre uma prova e a outra ageusia - perda paladar Na paralisia unilateral observa-se: Lagoftalmia: olho permanece sempre aberto Ausência do ato de piscar Epífora: lacrimejamento Desvio da boca para o lado normal Incapacidade de contrair o platisma Incapacidade de assobiar Incapacidade de manter a boca inflada Prosoplegia: paralasia da face Sinal de Bell: movimento superior e lateral do globo ocular ao piscar VIII- Vestibulococlear Avaliação raiz coclear: Diminuição gradativa da intensidade da voz Atrito suave das polpas digitais próximas ao ouvido Prova de Rinne: aplica o diapasão na região da mastóide, quando o paciente deixar de ouvir coloca o diapasão próximo ao conduto auditivo Em uma orelha normal, a condução aérea (CA) é melhor que a condução óssea(CO) CO > CA = teste positivo - perda auditiva condutiva CO e CA diminuídas = teste negativo - perda auditiva neurossensorial Avaliação raiz vestibular: Avaliação nistagmo: movimentos ritmados oculares (horizontal, vertical, rotatório ou misto) Desvio lateral durante a marcha Sinal de Romberg positivo (queda ao fechar o olho): com desequilíbrio do corpo para o lado acometido. Index-nariz Prova calórica e rotatória: precisa de equipamento neurológico específico. IX e X – Glossofaríngeo e Vago Lesão unilateral do glossofaríngeo: Distúrbios da gustação do terço posterior da língua (hipogeusia e ageusia) Lesão unilateral do IX e X: Desvio do véu palatino quando o paciente pronunciar as vogais “a” e “e”, sinal da cortina: desvio da parede posterior da faringe para o lado normal, disfagia com regurgitação de líquidos pelo nariz Lesão unilateral do vago: Considerável disfonia XI - Acessório Nervo motor dos músculos esternocleidomastóideo e da porção superior do trapézio Lesão: Deficiência na elevação do ombro (trapézio), deficiência na rotação da cabeça para o lado oposto (esternocleidomastóideo) XII- Hipoglosso Investiga-se pela inspeção da língua e movimentação dela para os lados Lesões unilaterais: Atrofia e fasciculações no lado acometido, ao ser exteriorizada a língua desvia para o lado acometido Lesão bilateral: Atrofia, fasciculações e paralisia de toda a língua, acentuada disartria, dificuldade para mastigar e deglutir SINAIS MENÍNGEOS Tríade: rigidez na nuca, fotofobia, dor de cabeça Sinal de Brudzinski Sinal de Lasègue Sinal de Kernig Avaliação osteomuscular OSSOS ANAMNESE: é importante valorizar os dados da identificação, principalmente a idade, o sexo, a raça, a profissão e a procedência do paciente. Fatores de risco, dieta, atividades físicas podem causar alterações importantes. Sinais e sintomas: nas doenças ósseas, destacam-se a dor, as deformidades e os sintomas gerais. 1. Dor: deve ser analisada em todas as suas características semiológicas; a dor óssea costuma ser relatada como “profunda”, “surda” e “intensa”; a exata localização da dor no segmento afetado é importante para o diagnóstico (epifisária, metafisária ou diafisária) - epifisária: doenças inflamatórias da coluna vertebral (atenua com movimento) e degenerativas (piora no início do movimento, depois atenua) - metafisária: neoplasias,artrites infecciosas e traumáticas - diafisárias: fraturas (aumenta com movimento), posturais e alterações mecânicas 2. Deformidades ósseas: indicam uma doença de longa duração e podem ser restritas a um único osso ou comprometer vários ossos. Algumas vezes, apresentam características típicas, como a tíbia em sabre, secundária a sífilis, raquitismo ou doença de Paget, e o rosário raquítico (alargamento das extremidades anteriores das costelas), que surge nas crianças com raquitismo. 3. Sintomas gerais: as doenças ósseas também podem apresentar sintomas gerais, sendo que o exemplo mais frequente ocorre na osteomielite, quando a dor se associa a febre alta e anorexia. EXAME FÍSICO: No exame físico utilizam-se a inspeção e a palpação, complementados pelo estudo da mobilidade de cada segmento. Este exame inclui, obrigatoriamente, a avaliação das articulações e dos músculos que deve ser feita com o paciente nas posições de pé, sentada e deitada, com boa iluminação e as áreas a serem examinadas descobertas. Inspeção: retrações, abaulamentos, deformidades (varismo, valgismo), fraturas, simetria Palpação: tecidos adjacentes ao osso; o aumento de volume deve ser definido na palpação, quanto a consistência, formato, localização, tamanho e relação com os tecidos moles; deve ser avaliada a presença de crepitações ARTICULAÇÕES ANAMNESE: deve-se estar atento a especificidades quanto ao sexo, idade, procedência, ocupação Sinais e sintomas: Dor (artralgia) - dor na articulação. Investigar todas as características semiológicas da dor. Aguda (gota, bursite, artrite séptica) ou crônica (artrite reumatoide, artrose). Em peso (artrose) ou muito intensa (gota, artrite séptica). Pode vir acompanhada de outros sintomas - parestesias (formigamentos) Rigidez Crepitação articular Manifestações sistêmicas - febre, astenia, anorexia e perda de peso EXAME FÍSICO: Pesquisar alterações vasculares, musculares, neurológicas Inspeção: Comparar articulações homólogas - aumento de volume, rubor, atrofia, desalinhamento articular, deformidades, nódulos, fístulas… Postura Analisar o peso do paciente em relação a idade e altura - sobrecarga do aparelho locomotor. Marcha Alteração em pele e anexos Formato e volume: irregularidades, modificação no tamanho, circunferência, alinhamento, Palpação e movimentação: Avaliar presença de edema e calor, crepitações Realizar movimentação ativa, passiva e ativa com contraposição de força, para cada possível movimento da articulação a ser avaliada - verificar dor e perda funcional Coluna Vertebral: Cotovelo: Artic. Metacarpofalang e interfalang: Ombro: Punho: Quadril: Tornozelo: MÚSCULOS ANAMNESE: Na identificação destaca-se o gênero, que ao lado da história familiar, pode sugerir uma doença hereditária ligada ao X Em doenças tão insidiosas como as musculares pode ser difícil determinar o início dos sintomas. Por isso devemos perguntar sobre fatos da infância e desenvolvimento psicomotor. A idade de início e o tempo de evolução são fundamentais para diferenciar as causas infecciosas, tóxicas, metabólicas, inflamatória ou heredodegenerativa: Sinais e sintomas: Fraqueza muscular: queixa mais comum nas miopatias. Astenia: redução de força global, paciente mais cansado do que fraco Solicitar ao paciente a realização de tarefas diárias, como: levantar, sentar, estender os braços e pernas, encostar as mãos acima da cabeça, abrir e fechar as mãos, fechar os olhos. Dor: quase todas as miopatias são indolores. Cãimbras: contraturas que duram segundos ou minutos, com dor e aumento de enzimas musculares; comuns em distúrbios metabólicos e hidroeletrolíticos. Espasmo: contratura intermitente com contrações breves e fortes EXAME FÍSICO: Inspeção: Estática: atrofia muscular determinando sua localização, extensão, distribuição e intensidade; fasciculações; miotonia (contração muscular sustentada e indolor); postura; fácies; hipertrofia Dinâmica: marcha, executar movimento específico (levantar do chão, da cadeira); tônus e trofismo muscular - movimentação passiva, ativa e ativa com contraposição de força Palpação: tônus e trofismo; dor MANOBRAS ESPECIAIS Teste de Schober: Sinal da Onda e da Tecla: derrame articular Teste de Lasegue: dor ciática e Teste de Millgram: patologias encurtamento músculos coxa compressivas Teste de Patrick: patologias quadril ou sacro-ilíaco Teste de Adams: escoliose Teste de Trendelemburg: músculo glúteo médio Teste de Phallen: nervo mediano Teste de Tinell: irritação nervosa cruzado anterior e posterior Teste de Jobe: manguito rotador Teste de Neer: síndrome do impacto Sinal da Gaveta: integridade ligamentar Teste McMurray e Apley: menisco med e lat Teste de Mill Teste de Cozen Teste de Thompson (positivo - fisiológico) Manobra de Valsalva (paciente sentado inspira, segura e faz força Avaliação cabeça e pescoço ve) Insuficiência Cardíaca Doença altamente incapacitante com alta taxa de mortalidade, sendo grande problema de saúde pública; nos países desenvolvidos é a principal causa de internação acima de 65 anos, e, no Brasil, ocorrem 300.000 novos casos por ano É a via final comum da maioria das cardiopatias: miocardiopatias, cardiopatia hipertensiva, valvopatias, doença coronariana, pericardiopatias, arritmias Fatores de risco: HAS + obesidade, diabete → HVE → disfunção diastólica; HAS + tabagismo, dislipidemia, diabete → ICO → disfunção sistólica Classificações: Fisiopatológica: sistólica (não consegue bombear) e diastólica (não consegue encher) Esquerda (congestão pulmonar) e direita (congestão sistêmica) Aguda - ex. infarto - e crônica Global Fisiopatologia: pode ser causada por anormalidade na função sistólica com dificuldade de bombeamento com redução do volume sistólico, anormalidade na função diastólica, com dificuldade de relaxamento e prejuízo do enchimento ventricular, ou ambas dano miocárdico → dano ventricular → mecanismos compensatórios Mecanismos compensatórios: hemodinâmicos e neuro-hormonais (aumento FC, força muscular, adrenérgicos, PNA, SRAA), compensam o dano cardíaco e o paciente é assintomático; com a perpetuação do problema e falência dos mecanismos compensatórios, a I.C. torna-se descompensada, levando à um quadro sintomático (paciente conta que não consegue mais as atividades habituais, ortopneia, dispneia paroxística noturna, dispneia periódica (de Cheyne- Strokes) Mecanismos hemodinâmicos: o coração tem dificuldade de bombear, por comprometimento primário do miocárdio e por resposta ao aumento da pré-carga, sobrecarga de volume; o estímulo volumétrico perpetuado leva à resposta compensatória da dilatação das câmaras cardíacas, até que ocorra exaustão miocárdica o coração tem dificuldade de encher-se, por patologias taquicardizantes e por estresse sistólico das paredes ventriculares; em resposta, ocorre a hipertrofia miocárdica; quando excessiva, traz diminuição do relaxamento ventricular e da complacência - IC diastólica Mecanismos neuro-hormonais: no início predominam os hormônios vasodilatadores, mas com a progressão aumenta os neuro hormônios vasoconstritores, que deterioram o rendimento do sistema CV e levam à IC manifesta; a hiperatividade do SN adrenérgico inicialmente resulta em aumento do DC e redistribuição do fluxo, mas, quando sustentada, resulta em defeitos deletérios ao coração Sinais e Sintomas: IC Sistólica: desvio do ictus à esquerda e aumento de sua extensão (cardiomegalia), estertores finos e dispnéia (congestão pulmonar), estase jugular bilateral pulsátil, hepatomegalia, ascite, edema de MMII (congestão sistêmica), tonturas, fraqueza, escotomas, síncopes, palidez, pulsos finos, hipotensão arterial, oligúria, nictúria (baixo débito sistêmico) Oliguria = diminuição do volume; nictúria =inversão do ritmo urinário IC Diastólica: dispnéia e estertores (congestão pulmonar), sinais de baixo débito sistêmico, dor precordial - dor na fossa epigástrica - e arritmias (baixo débito coronariano) Ressucitação Cardiopulmonar Parada cardiorrespiratória: interrupção da circulação sanguínea, em consequência da assistolia ou arritmias graves Consequências: após 10-15s há perda da consciência, 3 min lesão cerebral, 10 min as chances de ressuscitação são próximas de 0 (sem manobras) Causas: Cardiopatia isquêmica (IAM), trauma, intoxicação, afogamento PCR sem trauma, asfixia e intoxicação - causa mais frequente: Cardiopatia isquêmica (IAM) Mecanismos: fibrilação ventricular, taquicardia ventricular, atividade elétrica sem pulso, assistolia Reanimação Cardiopulmonar para parada cardíaca extra hospitalar Elos fundamentais na cadeia de sobrevivência no ambiente extra hospitalar 1. Rápido reconhecimento da PCR 2. Imediato acionamento do SAMU (192) 3. Início imediato da massagem cardíaca 4. Uso precoce do Desfibrilador Externo Automático (DEA) 5. Cuidados pós PCR ACBD primário A. averiguar segurança do local, alerta: inconsciência, acionar o SAMU C. pulso carotídeo - ausente: iniciar as compressões imediatamente B. ver, ouvir e sentir - após ter iniciado as compressões )ou segundo socorrista) A+C+B = 15 segundos D. DEA - não usar sobre placa metálica ou água, desviar a pá direita p baixo/centro caso haja marcapasso Pulso e respiração + = só inconsciente Conduta: decúbito de resgate (lateral E) + 192 + monitorar pulso e respiração Pulso + e respiração -/anormal (gasping) = parada respiratória Conduta: 10/12 ventil/min (1 ventil./6s) se houver proteção, c/ checagem de pulso carotídeo a cada 2 min ↓ pocket mask, ambu Pulso e respiração - = PCR Conduta: 1 socorrista - 100/120 compr/min; 2 socorristas s/ via aérea avançada: 30 compr + 2 ventil 2 socorristas c/ via aérea avançada: 100/120 compr/min + 8-10 vent/min sem parar compressões trocar socorrista a cada 5 ciclos (30:2) ou 2 min compr:relax = 1:1 checar pulso a cada 5 ciclos obs: sat ideal O2>= 94% Compressões: mãos entrelaçadas apoiadas no terço inferior do esterno, na linha dos mamilos, com braços esticados; profundidade 5cm; lado D do paciente
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