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EBOOK_GESTAO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA

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Prévia do material em texto

Gestão Social e Ambiental na Área Pública
Editora Brazil Publishing
Conselho Editorial Internacional
Presidente:
Rodrigo Horochovski (UFPR - Brasil)
Membros do Conselho:
Anita Leocadia Prestes (Instituto Luiz Carlos Prestes - Brasil)
Claudia Maria Elisa Romero Vivas (Universidad Del Norte - Colômbia)
Fabiana Queiroz (UFLA - Brasil)
Hsin-Ying Li (National Taiwan University - China)
Ingo Wolfgang Sarlet (PUCRS - Brasil)
José Antonio González Lavaut (Universidad de La Habana - Cuba)
José Eduardo Souza de Miranda (Centro Universitário Montes Belos - Brasil)
Marilia Murata (UFPR - Brasil)
Milton Luiz Horn Vieira (UFSC - Brasil)
Ruben Sílvio Varela Santos Martins (Universidade de Évora - Portugal)
Comitê Científico da área Ciências Humanas
Presidente: Prof. Dr. Fabrício R. L. Tomio (UFPR – Sociologia)
Prof. Dr. Nilo Ribeiro Júnior (FAJE – Filosofia)
Prof. Dr. Renee Volpato Viaro (PUC – Psicologia)
Prof. Dr. Daniel Delgado Queissada (UniAGES – Serviço Social)
Prof. Dr. Jorge Luiz Bezerra Nóvoa (UFBA – Sociologia)
Prof. Dra. Marlene Tamanini (UFPR – Sociologia)
Prof. Dra. Luciana Ferreira (UFPR – Geografia)
Prof. Dra. Marlucy Alves Paraíso (UFMG – Educação)
Prof. Dr. Cezar Honorato (UFF – História)
Prof. Dr. Clóvis Ecco (PUC-GO – Ciências da Religião)
Prof. Dr. Fauston Negreiros (UFPI – Psicologia)
Prof. Dr. Luiz Antônio Bogo Chies (UCPel – Sociologia)
Prof. Dr. Mario Jorge da Motta Bastos (UFF – História)
Prof. Dr. Israel Kujawa (PPGP da IMED – Psicologia)
Prof. Dra. Maria Paula Prates Machado (UFCSPA – Antropologia Social)
Prof. Dr. Francisco José Figueiredo Coelho (GIEESAA/UFRJ – Biociências e Saúde)
Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira 
Vera Luci de Almeida 
organizadoras
Gestão Social e Ambiental na Área Pública
Sandra Heck
Editor-Chefe
Valdemir Paiva
Editor
Everson Ciriaco 
Coordenador Editorial
Brenner Silva e Rafael Chiarelli
Diagramação e Projeto Gráfico
Paula Zettel
Capa
Thais Valentim
Revisão Editorial
Os autores
Revisão de Texto
DOI: 10.31012/978-65-86854-21-3
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) 
BIBLIOTECÁRIA: MARIA ISABEL SCHIAVON KINASZ, CRB9 / 626
 Gestão social e ambiental na área pública / 
G393 organização de Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira, Vera Lucí de Almeida – 
 Curitiba: Brazil Publishing, 2020.
 [recurso eletrônico]
 ISBN 978-65-86854-21-3
 1. Administração pública. 2. Gestão ambiental. 3. Gestão social. 4. Políticas públi-
cas. 5. Sustentabilidade. I. Nogueira, Maria Aparecida Farias de Souza (org.). II. Almeida, 
Vera Lucí de (org.).
 
 CDD 351 (22.ed) 
 CDU 35
todos os direitos desta edição reservados à
© Editora Brazil Publishing
Rua Padre Germano Mayer, 407 
Cristo Rei - Curitiba PR - 80050-270
+55 (41) 3022-6005
www.aeditora.com.br
[2020]
APRESENTAÇÃO
Este livro contempla trabalhos dos discentes de pós-graduação stricto 
sensu pertencentes ao Programa de Mestrado Profissional em Administração 
Pública (PROFIAP / UFGD) reunidos em uma obra, os quais, foram elabora-
dos e apresentados na disciplina de Gestão Social e Ambiental como parte dos 
requisitos para aprovação. O ponto de destaque da obra é a exposição de diver-
sas práticas contendo a abordagem de aspectos conceituais e metodológicos de 
pesquisa por meio da elucidação de exemplos na área de gestão pública.
Para alcançar maior abrangência, simplicidade e orientação prática 
ao leitor, o livro valorizou a contribuição dos estudos dos mestrandos em 
suas áreas de maior afinidade.
Assim, o livro está estruturado em 11 capítulos, apresentando te-
mas sobre impactos das contratações públicas, políticas ambientais nas 
Instituições Federais de Ensino Superior, Gestão Ambiental em Corredores 
de Transporte; desfazimento de bens, Gestão ambiental nas unidades do 
Exército Brasileiro, A sustentabilidade nos projetos de ensino, pesquisa 
e extensão, Impacto da efetivação do RENOVABIO, Implantação de um 
Centro de Recondicionamento de computadores, formação de profissio-
nais conscientizados ambientalmente, Uso da tecnologia para a redução no 
consumo de materiais de expediente e Sistemas de Avaliação da Dimensão 
Responsabilidade Social pelas CPAs das Universidades Federais do Centro-
oeste Brasileiro.
O capítulo 1 apresenta uma ANÁLISE DA EFICIÊNCIA E ECONO-
MICIDADE GERADAS PELA MUDANÇA NA FORMA DE CONTRATA-
ÇÃO DOS VEÍCULOS OFICIAIS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA 
UFGD/EBSERH, como uma forma inovadora de locação de veículos ofi-
ciais, comparando-a com a forma então vigente de aquisição de veículos. 
Para isso, foram realizados cálculos considerando variáveis que impactaram 
no valor final de ambas formas de contratualização. O resultado demons-
trou que a forma de locação de veículos é mais vantajosa para a instituição 
gerando ganhos econômicos e ambientais, contribuindo para modernização 
e melhor gestão da máquina administrativa.
O capítulo 2 aborda sobre a A POLÍTICA AMBIENTAL NO ÂMBITO 
DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS tendo por objetivo identificar quantas 
instituições dispõem de uma política ambiental formalizada e instituciona-
lizada e como está sendo desenvolvida internamente a questão ambiental. 
Para tal foi elaborado um questionário que foi enviado via sistema de in-
formação ao cidadão (e-sic) para 63 universidades federais. Os resultados 
apontam que a grande maioria das universidades federais ainda não pos-
suem uma política ambiental formalizada. Há sim, em todas as institui-
ções, o desenvolvimento de ações, projetos ou programas voltados à gestão 
ambiental e à sustentabilidade, sobretudo no que se refere às exigências do 
Governo Federal.
O capítulo 3 analisa as PERSPECTIVAS PARA A ROTA BIOCEÂNICA: 
UMA ANÁLISE ATRAVÉS DO FRAMEWORK FIT-2-DEEDS. A aplicação do 
framework FIT-2-Deeds demonstra ser boa ferramenta para avaliação e de-
senvolvimento do corredor bioceânico, visto que corredores no mundo já 
foram construídos e seus resultados econômicos e ambientais já estão con-
solidados por meio de análise de conteúdo e pesquisa documental. As ações 
para a consolidação do Corredor Bioceânico carecem de coordenação e vi-
são holística dada a magnitude do empreendimento, as possíveis vantagens 
e o grande impactos que pode causar.
No capítulo 4, intitulado DESFAZIMENTO DE BENS PERMANENTES 
NA UFGD: UM DESAFIO À LUZ DO DECRETO 9.373/2018, objetivou-se 
analisar o que tem sido realizado até o momento para se atender às norma-
tivas, além de se identificar falhas nesse processo e propor novas estraté-
gias para o cumprimento desse desafio. Constatou-se que a UFGD em que 
pese ter apenas 15 anos de existência, já possui uma estrutura consolidada 
com relação a sua gestão ambiental, possuindo uma Política Ambiental, um 
Plano de Logística Sustentável próprio, adesão junto à Agenda Ambiental 
da Administração Pública (A3P) e acordo com ente privado para a desti-
nação correta de alguns resíduos. Com relação ao desfazimento dos bens 
móveis permanentes verificou-se a necessidade de se realizar a conciliação 
física/contábil dos bens permanentes, o mapeamento dos processos relati-
vos ao desfazimento, além da mudança de sistema informatizado para ge-
rência dos bens móveis.
Já o Capítulo 5 faz uma reflexão sobre a ESTUDO DE CASO: 
DIRETRIZES DA PORTARIA Nº 1.275 E A ADEQUAÇÃO DO 28º 
BATALHÃO LOGÍSTICO À POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS 
SÓLIDOS (PNRS), com o objetivo principal, analisar as diretrizes da porta-
ria e verificar a implementação desta diretriz no 28º Batalhão Logístico. O 
estudo se justifica, em razão da unidade militar em questão realizar, além 
das atividades pertinentes ao adestramento da tropa, realizar também di-
versas atividades de manutenção dos mais variados tipos de material de 
emprego militar. Quanto a metodologia, caracteriza-se por ser um estudo 
de caso, definida pelos objetivos gerais como exploratória, documental,de 
natureza qualitativa. Como resultado, foram levantadas algumas ações de 
relações entre entidades no intuito de melhorar os resultados da gestão de 
resíduos sólidos.
O Capítulo 6 contemplará a ESTATÍSTICAS TEXTUAIS EM 
PROJETOS EDUCACIONAIS DA UEMS, onde busca analisar se há uma 
preocupação por parte dos professores de uma IES com abrangência esta-
dual na complementação da formação acadêmica por meio da inserção do 
conceito de sustentabilidade nos projetos de ensino, pesquisa e extensão. 
A metodologia baseou-se na pesquisa documental aliada a estatística des-
critiva, por meio de corpus qualitativo de projetos coletados do Sistema 
de Informação e Gestão de Projetos (SIGProj) e processados pelo Software 
IRAMUTEQ (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes 
et de Questionnaires) com a finalidade de analisar a ocorrência e associações 
do tema nos projetos cadastrados no sistema por meio da frequência de 
palavras. Os resultados demonstraram uma relação associativa entre os ter-
mos educação ambiental, meio ambiente e sustentabilidade.
O Capítulo 7 aborda sobre a IMPACTO DA EFETIVAÇÃO DO 
RENOVABIO NO CENÁRIO BRASILEIRO: UMA ANÁLISE AMBIENTAL. 
O objetivo deste trabalho é verificar, diante das propostas elencadas no 
Tratado de Paris, o quanto o meio ambiente brasileiro será beneficiado quan-
titativamente pelo compromisso brasileiro com a efetivação do RenovaBio. 
Mesmo se tratando de uma política recente, que parece estar caminhando 
para sua efetivação, não foi possível verificar sua completa efetivação, pois 
se trata de previsões. O efeito das atividades voltadas por preocupação com 
o meio ambiente é diretamente proporcional ao retorno financeiro median-
te processo de vendas dos CBIOs. Se plenamente efetivada, o meio ambien-
te brasileiro deixará de receber, naquilo que tange a responsabilidade do 
Renovabio, mais de 850 milhões de toneladas de CO2 por ano, retornando 
financeiramente mais de 3,5 bilhões de reais para as empresas participantes.
O Capítulo 8 é intitulado DESAFIOS E OPORTUNIDADES DA 
IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE RECONDICIONAMENTO DE 
COMPUTADORES EM DOURADOS - MS. Como ponto de partida, ques-
tiona-se se uma cidade de interior poderia abrigar um centro destes, tendo 
como premissa a necessidade de oferta de computadores obsoletos, porém 
ainda em funcionamento, que pudessem ser recondicionados e disponibili-
zados em pontos de inclusão digital. Também busca-se conhecer os desafios 
na implantação e, principalmente, quem serão os beneficiados com o fun-
cionamento desse centro na cidade de Dourados, bem como compreender 
a integração entre os dois macro processos que ocorrem nesses centros de 
recondicionamento de computadores e educação profissional.
O Capítulo 9 analisa A TEMÁTICA AMBIENTAL INSERIDA NOS 
CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE 
DOURADOS. A TEMÁTICA AMBIENTAL INSERIDA NOS CURSOS DE 
GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS. 
Alinhado ao processo de avanço da inserção da conscientização ambiental aos 
currículos acadêmicos pelas instituições brasileiras de Ensino Superior, o pre-
sente artigo tem por finalidade a análise das estruturas curriculares dos cur-
sos de graduação da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no 
sentido de oferta de disciplinas com ementas de cunho ambiental e ligadas ao 
contexto de sustentabilidade. Para tal, verificou-se em cada estrutura curricu-
lar dos cursos o enquadramento desses componentes no contexto disciplinar 
do projeto pedagógico em questão. Em um segundo momento, analisou-se 
a oferta dessas disciplinas aos discentes, verificando a regularidade que as 
Faculdades disponibilizam os conteúdos em sua grade curricular.
Já o Capítulo 10 aborda A TECNOLOGIA COMO ALTERNATIVA 
PARA REDUÇÃO NO CONSUMO DE MATERIAIS, CASO HU-UFGD/
EBSERH. O trabalho teve como objetivo analisar, de forma quantitativa, 
se houve algum impacto no consumo de materiais de expediente com a 
implantação do sistema de processo eletrônico nesta unidade hospitalar. 
Verificando especificamente os seguintes materiais de consumo: papel A4 
(resma com 500 folhas), capa dura para processo (tipo pasta), capa plástica 
(PVC) para processo, cinta elástico para processo, colchete para processo, 
grampos para papel e grampeador. As informações necessárias para esta 
pesquisa foram buscadas junto ao Setor de Almoxarifado do HU-UFGD, o 
período de referência para esta análise é janeiro a outubro de 2019.
E, por fim, o Capítulo 11 contempla a AVALIAÇÃO DA DIMENSÃO 
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS CPAS DAS UNIVERSIDADES 
FEDERAIS DO CENTRO-OESTE. Foi identificado se as universidades estão 
utilizando as orientações da Comissão Nacional de Avaliação da Educação 
Superior (CONAES) e se os instrumentos utilizados são capazes de aferir 
a responsabilidade social. A partir dos relatórios emitidos pelas CPAs, das 
cinco universidades da região centro oeste e da revisão bibliográfica acerca 
do assunto, identificou-se que nenhuma instituição considera, na íntegra, 
as sugestões das orientações do CONAES, mesmo que considerada suas 
particularidades e maneira própria de avaliar e apresentar resultados, ainda 
assim nenhuma foi capaz de apresentar os diversos temas incluídos no rol 
da responsabilidade social, o que faz deste tema uma importante questão a 
ser melhor desenvolvido pelas CPAs.
A obra ainda se constitui num guia para a disseminação de práticas 
de gestão pública, destacando a preocupação dos autores em esclarecer os 
resultados alcançados com as suas pesquisas.
O livro contém trabalhos de alunos de pós-graduação stricto sen-
su pertencentes ao Programa de Mestrado Profissional em Administração 
Pública (PROFIAP / UFGD) no intuito de acrescer conhecimento sobre 
gestão pública, mais especificamente nas áreas social e ambiental. Também 
se mostra interessante no sentido de despertar o interesse para temáticas 
voltadas para a elaboração de trabalhos monográficos na área de gestão pú-
blica, sustentabilidade e áreas afins. Pode ser utilizado também por pro-
fessores em sala de aula visto este conter interessantes exemplos práticos 
específicos da área de gestão, com complementação teórica.
Ademais, agradecemos a PROPP/UFGD pelo financiamento da obra 
por meio do PAP/UA-FACE/UFGD e a todos os parceiros e mestrandos en-
volvidos para a publicação do mesmo.
Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira e Vera Luci de Almeida
Professoras do Programa de Mestrado Profissional em 
Administração Pública – PROFIAP e organizadoras da obra
Abstract
This book includes works by stricto sensu graduate students belonging to the Professional 
Master’s Program in Public Administration (PROFIAP / UFGD), which were elaborated 
and presented in the discipline of Social and Environmental Management as part of the 
requirements for approval. The highlight of the work is the exposure of several practices 
containing the approach of conceptual and methodological aspects of research, by elucidating 
examples in the area of public management.
In order to achieve greater comprehensiveness, simplicity and practical guidance to the 
reader, the book valued the contribution of the master’s students’ studies in their areas of 
greatest affinity.
The work is structured in 11 chapters, presenting themes on the impact of public contracts; 
environmental policies in federal higher education institutions; environmental management 
in transport corridors; disposal of goods; environmental management in Brazilian army units; 
sustainability in teaching, research and extension projects; impact of making RENOVABIO 
effective; implantation of a computer reconditioning center; training of environmentally 
aware professionals; use of technology to reduce consumption of office materials; and 
systems for assessing the social responsibility dimension for CPAs of federal universities in 
the Brazilian Midwest.
Resumo
Este livro contempla trabalhos dos discentes de pós-graduação stricto sensu pertencentes ao 
Programa de Mestrado Profissionalem Administração Pública (PROFIAP/UFGD), os quais, 
foram elaborados e apresentados na disciplina de Gestão Social e Ambiental como parte dos 
requisitos para aprovação. O ponto de destaque da obra é a exposição de diversas práticas 
contendo a abordagem de aspectos conceituais e metodológicos de pesquisa, por meio da 
elucidação de exemplos na área de gestão pública.
Para alcançar maior abrangência, simplicidade e orientação prática ao leitor, o livro valori-
zou a contribuição dos estudos dos mestrandos em suas áreas de maior afinidade.
A obra está estruturada em 11 capítulos, apresentando temas sobre impactos das contrata-
ções públicas; políticas ambientais nas instituições federais de ensino superior; gestão am-
biental em corredores de transporte; desfazimento de bens; gestão ambiental nas unidades 
do exército brasileiro; sustentabilidade nos projetos de ensino, pesquisa e extensão; impacto 
da efetivação do RENOVABIO; implantação de um centro de recondicionamento de com-
putadores; formação de profissionais conscientizados ambientalmente; uso da tecnologia 
para a redução no consumo de materiais de expediente; e sistemas de avaliação da dimensão 
responsabilidade social pelas CPAs das universidades federais do centro-oeste brasileiro.
Palavras-chave
Cap. 1: Locação de veículos; Contratação de veículos oficiais; Eficiência nas contratações.
Cap. 2: Universidade Federal; Política Ambiental; Gestão Ambiental; Sustentabilidade.
Cap. 3: Corredores de transporte. Responsabilidade Ambiental. Benefícios econômicos. 
América do Sul.
Cap. 4: Bens permanentes; Desfazimento; Sustentabilidade.
Cap. 5: Atividades de manutenção; Exército Brasileiro; Legislação; Política Nacional de 
Resíduos Sólidos.
Cap. 6: Sustentabilidade; Frequência de Palavras; Análise de conteúdo.
Cap. 7: Crédito de Descarbonização; Meio Ambiente; Poluentes; CBIOs.
Cap. 8: Recondicionamento; Computadores; Educação ambiental; Responsabilidade.
Cap. 9: Formação Ambiental; Ensino Superior; Projeto Pedagógico; Meio Ambiente e 
Sustentabilidade.
Cap. 10: Processo eletrônico; Consumo; Economicidade; Sistema SEI.
Cap. 11: Responsabilidade Social; Universidades; CPAs. 
Sumário
CAPÍTULO 1 – ANÁLISE DA EFICIÊNCIA E ECONOMICIDADE GERADAS 
PELA MUDANÇA NA FORMA DE CONTRATAÇÃO DOS VEÍCULOS 
OFICIAIS DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFGD/EBSERH . . . . . . . 14
Marcos Pablo Ribeiro Azambuja, Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira e Vera Luci 
de Almeida
CAPÍTULO 2 – A POLÍTICA AMBIENTAL NO ÂMBITO DAS 
UNIVERSIDADES FEDERAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
César Augusto Jacques Barrera, Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira 
e Vera Luci de Almeida
CAPÍTULO 3 – ERSPECTIVAS PARA A ROTA BIOCEÂNICA: UMA ANÁLISE 
ATRAVÉS DO FRAMEWORK FIT-2-DEEDS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Renan Mendes Camargos, Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira 
e Vera Luci de Almeida
CAPÍTULO 4 – DESFAZIMENTO DE BENS PERMANENTES NA UFGD: UM 
DESAFIO À LUZ DO DECRETO 9.373/2018 . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Anderson Luiz Parron Gonçalves, Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira 
e Vera Luci de Almeida
CAPÍTULO 5 – ESTUDO DE CASO: DIRETRIZES DA PORTARIA Nº 1.275 E A 
ADEQUAÇÃO DO 28º BATALHÃO LOGÍSTICO À POLÍTICA NACIONAL DE 
RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Alex de Queiroz Pessanha, Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira 
e Vera Luci de Almeida
CAPÍTULO 6 – ESTATÍSTICAS TEXTUAIS EM PROJETOS EDUCACIONAIS 
DA UEMS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Leonilda Mascarenhas, Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira e Vera Luci de Almeida
CAPÍTULO 7 – IMPACTO DA EFETIVAÇÃO DO RENOVABIO NO CENÁRIO 
BRASILEIRO: UMA ANÁLISE AMBIENTAL. . . . . . . . . . . . . . . . . 120
Fernando Camilo do Carmo, Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira 
e Vera Luci de Almeida
CAPÍTULO 8 – DESAFIOS E OPORTUNIDADES DA IMPLANTAÇÃO 
DO CENTRO DE RECONDICIONAMENTO DE COMPUTADORES EM 
DOURADOS - MS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136
Carlos Aparecido de Almeida, Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira 
e Vera Luci de Almeida
CAPÍTULO 9 – A TEMÁTICA AMBIENTAL INSERIDA NOS CURSOS DE 
GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS 149
João André Amorim Araújo, Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira 
e Vera Luci de Almeida
CAPÍTULO 10 – A TECNOLOGIA COMO ALTERNATIVA PARA REDUÇÃO 
NO CONSUMO DE MATERIAIS, CASO HU-UFGD/EBSERH . . . . . . . . 165
Ronivon dos Santos Sampaio, Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira 
e Vera Luci de Almeida
CAPÍTULO 11 – AVALIAÇÃO DA DIMENSÃO RESPONSABILIDADE SOCIAL 
NAS CPAS DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DO CENTRO-OESTE . . . 183
Angélica Leonel Socorro de Queiroz Mariano, Maria Aparecida Farias de Souza 
Nogueira e Vera Luci de Almeida
TERMOS E SEUS SIGNIFICADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205
SOBRE OS AUTORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209
CAPÍTULO 1
ANÁLISE DA EFICIÊNCIA E 
ECONOMICIDADE GERADAS PELA 
MUDANÇA NA FORMA DE CONTRATAÇÃO 
DOS VEÍCULOS OFICIAIS DO HOSPITAL 
UNIVERSITÁRIO DA UFGD/EBSERH
Marcos Pablo Ribeiro Azambuja1
Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira2
Vera Luci de Almeida3
1 INTRODUÇÃO
A Administração Pública utiliza do instrumento dos contratos admi-
nistrativos para atender ao interesse público, isto é, os anseios da sociedade 
por serviços públicos com qualidade satisfatória. Um dos pontos fundamen-
tais na celebração dos contratos administrativos firmados pela Administração 
Pública é a questão da eficiência, sendo um princípio constitucional nortea-
dor. Por meio dele, as contratações devem ser vantajosas para a administra-
ção, tanto em critérios de economicidade quanto de qualidade.
Um exemplo destas contratações é o de prestação de serviços de trans-
porte, utilizado tanto para atender diretamente às demandas da sociedade, 
como para fornecer caminho para este atendimento - atividades administra-
tivas, sendo um tipo de contrato amplamente utilizado pela administração.
Para se utilizar deste contrato, a administração pode adquirir veícu-
los, visando possuir frota própria, porém arcando com custos como manu-
tenção, documentação, lavagens, entre outros; ou locar veículos, mas trans-
ferindo e terceirizando os custos antes gerenciados por ela.
Desde 2016, o Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal 
da Grande Dourados (UFGD), vinculada a Empresa Brasileira de Serviços 
Hospitalares (Ebserh) (HU-UFGD/Ebserh) vem adotando a forma de con-
1 Mestrando em Administração Pública (PROFIAP/UFGD), Servidor da UFGD, marcosazambuja@ufgd.edu.br.
2 Professora do Mestrando em Administração Pública (PROFIAP/UFGD), marianogueira@ufgd.edu.br.
3 Professora do Mestrando em Administração Pública (PROFIAP/UFGD), veraalmeida@ufgd.edu.br.
15
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
tratação de locação dos veículos oficiais, procurando inovar e acompanhar 
o desenvolvimento na forma de gerenciamento dos recursos públicos, rom-
pendo com o paradigma antigo de aquisição dos veículos.
Neste ínterim, surge as seguintes perguntas de pesquisa: a forma de 
contratação inovada pelo HU é mais vantajosa que a anterior em relação 
a critérios como eficiência e economicidade e gestão ambiental? Quais os 
impactos gerados pela nova forma de contratação?
Esta análise se mostra oportuna pelo fato da obrigatoriedade de os re-
cursos públicos serem bem gerenciados, de modo a não haver desperdícios, 
caracterizando eficiência, pois são recursos, em sua maior parte, arrecada-
dos por meio de tributos, os quais oneram o cidadão, que deseja ver seu 
dinheiro bem aplicado.
Neste sentido, com a finalidade de proporcionar uma análise compa-
rativa entre as duas formas de contratação desenvolvidas pelo HU-UFGD/
EBSERH: frota própria x frota locada, este trabalho tem como objetivo geral 
analisar a eficiência e economicidade gerada pela mudança na forma de con-
tratação dos veículos oficiais doHospital Universitário da UFGD/EBSERH. 
Para tanto, definiu-se como objetivos específicos: i - identificar se houve 
ganhos de eficiência e economicidade com a nova forma de contratação; 
ii - descrever as variáveis determinantes de ganhos ou perdas de eficiência 
e economicidade com a nova forma de contratação; iii - sugerir mudanças 
incrementais para aperfeiçoamento da nova forma de contratação.
2 CONTEXTO E A REALIDADE INVESTIGADA
Os contratos administrativos são instrumentos utilizados para indi-
car um vínculo jurídico entre a Administração Pública e o particular, vi-
sando atender ao interesse público (JUSTEN FILHO, 2004). Este interesse, 
segundo Carvalho Filho (2014), se refere às atividades administrativas que 
são desenvolvidas pelo Estado para benefício da coletividade.
Para atingir o interesse público e atender às demandas da população, 
um dos contratos administrativos utilizados é o de transporte, pois confor-
me Carvalho Filho (2014, p. 242):
2 Contratos de Serviços
[...]
Tais contratos são normalmente conhecidos por “contratos de prestação de 
serviços” e neles se realça a atividade material do contratado. É tipicamente 
16
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
o contrato onde a obrigação se traduz num facere. Algumas dessas ativida-
des são mencionadas na lei, como as de conservação, reparação, conserto, 
transporte, operação, manutenção, demolição, seguro, locação de bens, e 
outras, todas consubstanciando típicas obrigações de fazer (CARVALHO 
FILHO, 2014, p. 242).
Segundo Brasil (2014), no Caderno de Logística do Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão, a contratação dos serviços de transporte:
Consiste na prestação de serviços de transporte com fornecimento de veícu-
lo e/ou mão de obra para um determinado número de viagens, destinado ao 
transporte de usuários definidos, que se qualificam por manterem vínculo 
específico com o órgão contratante para o desempenho de suas atividades 
(BRASIL, 2014, p. 12).
No referido caderno constam as possíveis formas de contratação, de-
pendendo das necessidades do órgão contratante, sendo elas: contratação 
dos serviços com fornecimento exclusivamente de mão de obra represen-
tada pelo condutor do veículo, com fornecimento apenas do veículo ou, 
ainda, o órgão contratará os serviços de transporte, que incluirá veículos e 
motoristas (BRASIL, 2014).
A possibilidade de locação de serviços de transporte na Administração 
Pública teve seu marco inicial no Decreto-Lei 200/1967. A partir dele, o tema 
evoluiu ao longo dos anos até chegar nos contratos de locação mais recentes 
celebrados pela administração. Conforme o entendimento de Di Pietro (2015), 
a Lei nº 5.645/1970, permitia, no art. 3º, parágrafo único (atualmente revogado 
pela Lei nº 9.527, de 1997), que atividades relacionadas com transporte fossem 
objeto de execução indireta, mediante contrato, de acordo com o Decreto-lei 
nº 200/1967. A autora prossegue o entendimento informando que o Decreto-
lei nº 2.300/1986 previu a locação de serviços e que a Lei nº 8.666/1993 per-
mite que as obras e serviços sejam prestados por execução direta ou indireta. 
Finalmente, ela conclui o entendimento apresentando o art. 6º, inciso II, da Lei 
nº 8.666/1993, definindo serviço como “toda atividade destinada a obter deter-
minada utilidade de interesse para a Administração”, sendo que transporte e 
locação de bens estão entre eles (DI PIETRO, 2015, p. 252).
Diante do exposto, entende-se que as contratações dos serviços de 
transporte, para Administração Pública desenvolver suas atividades, re-
toma discussões/análises antigas, desde o final da década de 1960 até os 
17
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
dias atuais. Estas contratações devem observar aos princípios que regem a 
Administração Pública Federal (Brasil, 2014), dentre eles, merecem desta-
que a eficiência e economicidade (BRASIL, 1988).
Para Carvalho Filho (2014), o núcleo do princípio da eficiência é a 
procura de produtividade e economicidade, havendo a exigência de reduzir 
os desperdícios de dinheiro público. Para isso, se faz necessário a execução 
dos serviços públicos com presteza, perfeição e rendimento funcional. Para o 
autor, existem vários aspectos que devem ser considerados dentro do princí-
pio: produtividade e economicidade, qualidade, celeridade e presteza e des-
burocratização e flexibilização (CARVALHO FILHO, 2014). Para o autor:
O dever de eficiência dos administradores públicos reside na necessidade de 
tornar cada vez mais qualitativa a atividade administrativa. Perfeição, celeri-
dade, coordenação, técnica, todos esses são fatores que qualificam a ativida-
de pública e produzem maior eficiência no seu desempenho (CARVALHO 
FILHO, 2014, p. 68).
Justen Filho (2004), ao discorrer sobre economicidade, eficiência e 
moralidade, expõe que:
A Administração Pública está obrigada a gerir os recursos financeiros do 
modo mais razoável. O princípio da economicidade pode reputar-se tam-
bém como extensão do princípio da moralidade.
Significa que os recursos públicos deverão ser administrados segundo re-
gras éticas, com integral respeito à probidade. O administrador público não 
pode superpor eventuais e egoísticos interesses privados ao interesse públi-
co. Não se respeita o princípio da economicidade quando as decisões admi-
nistrativas conduzem a vantagem pessoal do administrador antes do que ao 
benefício de toda coletividade (JUSTEN FILHO, 2004, p. 60).
O autor prossegue alegando que economicidade significa, ainda mais 
o dever de eficiência, pois ela impõe a adoção da solução mais conveniente 
e eficiente para a gestão dos recursos públicos. Toda atividade administrati-
va está sujeita ao enfoque custo-benefício. O desenvolvimento da atividade 
acarreta produção de custos em diversos níveis. Isto posto, há custos relacio-
nados com o tempo, com a mão de obra, etc. No entanto, a atividade também 
produz benefícios avaliáveis em diversos âmbitos (JUSTEN FILHO, 2004).
18
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Para o autor supracitado:
O Estado tem o dever de realizar a melhor contratação sob o ponto de 
vista da economicidade. Isso significa que a contratação comporta avalia-
ção como modalidade de relação custo-benefício. A economicidade é o re-
sultado da comparação entre encargos assumidos pelo Estado e direitos a 
ele atribuídos, em virtude da contratação administrativa (JUSTEN FILHO, 
2004, p.52).
Tal entendimento acentua ainda mais a importância da economicida-
de nas contratações públicas.
Para Calasans Junior (2015), a eficiência e economicidade apresentam 
relações próximas: o princípio da eficiência, incluído no elenco do art. 37 da 
Constituição pela Emenda no 19, de 1998, as licitações e contratações públi-
cas devem visar, sempre, a otimização do proveito na utilização dos recursos 
disponíveis, o que está intimamente ligado ao princípio da economicidade. 
Neste sentido, considerando que as contratações da Administração 
Pública visam eficiência e economicidade, de modo a satisfazer da forma 
mais vantajosa possível os anseios da população, pretende-se analisar os 
impactos ocasionados pela mudança na forma de contratação do serviço de 
transporte: frota própria x frota locada em determinada instituição pública.
A instituição a ser analisada é o Hospital Universitário - HU-UFGD/
EBSERH, sendo órgão suplementar da Fundação Universidade Federal da 
Grande Dourados, pessoa jurídica de direito público interno, criada pela 
Lei 11.153/2005, vinculada ao Ministério da Educação, constituído como 
uma entidade de direito público sem fins lucrativos, estabelecida pela 
Resolução COUNI – UFGD nº. 72, de 11 de julho de 2008, regida pelo 
Estatuto da UFGD, pelo Regimento Geral da UFGD e Regimento Interno, 
é um Hospital Geral, e tem por finalidade promover assistência, ensino, 
pesquisa, e extensão na área de saúde e afins (UFGD, 2008).
Para desenvolver suas atividades e 
cumprir a missão de “promover a assistência à saúde de forma indissociávelcomo ensino, pesquisa e extensão, em regime ambulatorial e de internação, 
100% SUS, referenciado e com foco na média e alta complexidades multi-
disciplinares, com qualidade e humanização, reguladas e em rede com as 
demais organizações do SUS”, o HU-UFGD/EBSERH necessita de uma rede 
de suporte que não está relacionada diretamente à assistência médica, como 
19
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
serviços administrativos, de manutenção, de segurança, transporte, entre 
outros (EBSERH, 2017). 
Neste sentido, dentre vários equipamentos e ferramentas necessárias 
a dar o apoio à assistência à saúde dos pacientes e da população, se faz 
necessários veículos automotores que realizem transporte de pacientes, 
pessoas, equipamentos, materiais de consumo, etc, que fazem parte de toda 
a logística funcional do HU-UFGD/EBSERH (EBSERH, 2017). 
Diante disso, entende-se que, visando atender à permanente neces-
sidade de deslocamento de pacientes, pessoas em serviço, materiais, do-
cumentos, pequenas cargas e em razão da grande demanda de serviços 
administrativos, como entrega de documentos, tramitação de processos e 
transporte de servidores, a instituição necessita da contratação do serviço 
de transporte (EBSERH, 2017).
Ocorre que, até novembro de 2015, a instituição utilizava de frota pró-
pria e dispunha de dois contratos interdependentes: 1) contrato de manuten-
ção preventiva e corretiva dos veículos oficiais; 2) contrato de fornecimento de 
motoristas. Após esta data, a instituição encontrou oportunidade de melhoria e 
procurou mesclar os dois contratos em um só, objetivando melhores resultados 
com menores dispêndios, economicidade e eficiência (EBSERH, 2017).
3 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA E/OU OPORTUNIDADE
O Hospital Universitário da UFGD, até outubro de 2016, possuía dois 
contratos interdependentes entre si. Um deles voltado para manutenção de fro-
ta e outro para contratação de motoristas para condução dos veículos oficiais.
Nesta época, a instituição apresentava a frota composta pelos seguin-
tes veículos:
20
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Quadro 1– Frota de veículos do HU-UFGD/EBSERH - até out/2016
Marca Tipo Classificação Placa Ano/modelo Procedência
VW
Saveiro 1.8 
Plus
Leve
HQH-
4977
2002/2002
Cedido pela Prefeitura 
Municipal de Dourados
VW Parati 1.6 Leve
HSI-
2321
2006/2006
Cedido pela Fundação 
Municipal Saúde Administração 
Hospitalar de Dourados
Ford Courier Leve
HQH-
8841
2001/2002
Cedido pelo Fundo Especial de 
Saúde
Fiat
Fiorino 
(ambulância)
Leve
HSH-
5425
2010/2010 Frota Própria
Nissan Livina Leve
NRZ-
3634
2013/2014 Frota Própria
Fiat
Doblo 
(ambulância)
Leve
HTO-
2822
2013/2013 Frota Própria
VW Worker 6x2 Pesado JJU-1907 2011/2012 Frota Própria
Iveco Daily Pesado
OWI-
2859
2013/2013 Frota Própria
Fonte: Elaborado pelos autores, com adaptações do Pregão Eletrônico 81/2017 do HU-UFGD (2017)
Para manutenção dos veículos elencados, a instituição dispunha do con-
trato 08/2016, cujo objeto era a contratação, em regime de empreitada por pre-
ço unitário, dos serviços especializados de manutenção preventiva e corretiva 
de veículos leves e pesados, incluindo fornecimento de materiais, peças, com-
ponentes e acessórios para o HU-UFGD/EBSERH (HU-UFGD, 2017).
Para condução dos veículos, a instituição dispunha do contrato 
17/2015, cujo objeto era a prestação dos serviços continuados de motoris-
tas para condução de veículos oficiais para atender as necessidades do HU-
UFGD/EBSERH (HU-UFGD, 2015).
Neste ínterim, a instituição percebeu que o conceito de renovação 
da frota por meio de aquisição dos veículos (frota própria) vinha sendo 
utilizada com menor frequência e com isso a locação de veículos (frota 
terceirizada) estava alcançando cada vez mais espaço devido à economia 
de recursos financeiros e humanos. A administração entendeu que a gestão 
dos recursos públicos tem buscado utilizar como base os modernos prin-
cípios de administração, pautando a aplicação de seus esforços na busca 
de melhores resultados com menores dispêndios, passando-se da gestão de 
recursos para a gestão de resultados (HU-UFGD, 2017).
Além disso, com o passar dos anos, os veículos adquiridos tornam-se 
tecnologicamente ultrapassados, não acompanhando a evolução tecnológi-
ca no sentido de reduzir as emissões de gases nocivos ao meio ambiente. 
Conforme Queiroz (2006, p. 02-03):
21
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
As leis de controle de emissões estão cada vez mais rígidas com o cresci-
mento da preocupação da sociedade, e no Brasil como em outros países as 
leis de emissões estão evoluindo muito rapidamente. A indústria automobi-
lística é solicitada cada vez mais a ter um rápido retorno de suas tecnologias 
para atender as leis.
[...]
Para o cumprimento destes limites, é necessária a aplicação de tecnologias e 
sistemas que aperfeiçoem o funcionamento dos motores para proporcionar 
uma queima perfeita de combustível e conseqüente diminuição das emis-
sões bem como do consumo de combustível. Na fase implantada em 1992, 
a utilização de catalisadores se fez necessária. Para a fase atual de exigên-
cias, que teve início em 1997, além do catalisador, é preciso também, que 
se acrescentem novos dispositivos, tais como: a injeção eletrônica e outros 
componentes que compõem a chamada eletrônica embarcada. Porém, para 
o atendimento dos limites mais rígidos, novas tecnologias serão necessárias.
Ao mudar a forma de contratação, o HU-UFGD/EBSERH considerou 
que os dirigentes das instituições públicas têm se empenhado persisten-
temente na busca pela modernização da máquina administrativa, visando 
mecanismos que sejam mais eficientes para a realização das suas ativida-
des. Tal modernização se inspira fortemente nos modelos de gestão privada, 
considerados superiores e mais eficazes. Os gestores públicos, quando se 
empenham em oferecer uma prestação de serviços de qualidade ao cidadão, 
percorrem caminhos de constante procura por meios que melhorem o de-
sempenho do setor público num ambiente em que a escassez de recursos é 
cada vez mais presente (HU-UFGD, 2017).
A instituição considerou o fato de que os cargos de Motorista e 
Motorista Oficial apresentavam quadro de cargos em extinção. Neste sen-
tido, os deslocamentos deveriam ser supridos pela contratação de empresa 
terceirizada, a fim de atender, de maneira eficiente e eficaz, às demandas 
internas e externas do HU-UFGD/EBSERH, com a consequente melhoria 
no desempenho das atribuições institucionais (HU-UFGD, 2017).
Por conta da extinção dos cargos de motoristas, a referida instituição 
já utilizava a terceirização como forma de execução dos serviços de condu-
ção dos veículos oficiais, conforme explicitado a seguir:
Com essa impossibilidade de complementação do quadro de servidores 
para o exercício das atividades de motorista oficial por concurso público, o 
22
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
HU-UFGD/EBSERH já têm contratado serviços de condução sem a locação 
dos veículos. No entanto, as condições gerais da frota própria patrimonia-
da da instituição é precária e já não atendem com satisfação as demandas 
atuais do hospital. Sendo assim, a necessidade de realizar a contratação de 
uma empresa especializada em transporte de pessoas, pacientes e pequenas 
cargas, juntamente com o fornecimento de veículos, surge como solução 
tanto para a falta de mão de obra especializada desta função, já extinta para 
contratação de pessoas por meio dos concursos públicos, quanto para a 
renovação a frota veicular de forma que atendam todas as necessidades do 
hospital (HU-UFGD, 2017, p. 2-3).
Entende-se que a instituição adotou uma solução que vinha sendo 
utilizada por outras entidades, aplicando-a como ferramenta de gestão, de 
modo a solucionar os problemas de escassez de mão de obra e precariza-
ção da frota própria.
O HU-UFGD/EBSERH entendeu que a locação de veículos se mostra-
va vantajosa operacionalmente pelos seguintes motivos:1. Com a locação, o veículo estará sempre disponível diante da 
substituição imediata em caso de avarias;
2. O controle e a gestão se tornam mais transparentes e efetivos;
3. Optou-se por contratar veículos novos, bem como manter a frota 
contratada com no máximo 3 (três) anos de uso, pelos seguintes 
fatores:
a) as garantias da maioria das montadoras de veículos, tanto nacionais 
quanto importados, se findam no terceiro ano de uso do veículo, conse-
quentemente, após este período as manutenções periódicas tornam-se 
mais onerosas e os defeitos mecânicos mais frequentes;
b) havendo necessidade de financiar a frota, com vistas ao cumprimento 
do objeto pactuado, a contratada encontrará melhores opções de juros 
para os carros novos do que para os veículos com mais de 3 anos, custo 
em regra repassado à tomadora dos serviços (HU-UFGD, 2017, p. 3).
Na análise de viabilidade, o HU-UFGD/EBSERH comparou os custos de 
frota própria com os custos de frota locada considerando os seguintes fatores:
23
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Quadro 2 – Comparativo frota própria X frota locada
Serviços Frota Própria Frota Alugada
Licenciamento e emplacamento A empresa administra Já vem licenciado e emplacado
Seguros A empresa o contrata e custeia Já incluído na contratação
Peças de reposição A empresa adquire A CONTRATADA paga
Manutenção A empresa contrata A CONTRATADA disponibiliza
Veículo reserva A empresa tem que manter Fornecido pela CONTRATADA
Assistência 24 horas A empresa tem que contratar
Serviço oferecido pela 
CONTRATADA
Perdas por roubo, furto, 
incêndio e colisão.
A empresa assume O risco é da CONTRATADA
Custo de oportunidade do capital A empresa investe na frota
A CONTRATADA investe em 
sua frota
Investimento na renovação da 
frota
A empresa investe na aquisição
A aquisição corre por conta da 
CONTRATADA
Custos financeiros sobre a 
ociosidade da frota
A empresa investe Por conta da CONTRATADA
Mão de obra dos motoristas A empresa contratada Já incluída na contratação
Fonte: HU-UFGD (2017)
A instituição considerou que:
a frota própria demandaria não somente diversos contratos acessórios, cada 
qual com equipe de fiscalização muitas vezes dedicada, mas também um 
controle adicional sobre os bens patrimoniais, além dos embaraços admi-
nistrativos que tornavam quase inevitável a indisponibilidade do veículo 
em caso de avarias. Com isso, a locação dos veículos com motoristas se faz 
a melhor opção (HU-UFGD, 2017, p. 4).
4 ANÁLISE DA SITUAÇÃO-PROBLEMA E PROPOSTAS DE 
INOVAÇÃO E/OU INTERVENÇÃO
Durante a análise dos dados, constatou-se que a o HU-UFGD/EBSERH 
pretendia adquirir 02 (dois) novos veículos, visando renovar sua frota pró-
pria. Nisto, a instituição tomou conhecimento da nova forma de contrata-
ção que se baseia nos serviços de locação de veículos pela Administração 
Pública. Nesse sentido, o HU-UFGD/EBSERH elaborou documentos analí-
ticos comparando as formas de contratação: aquisição x locação, realizando 
projeção para os próximos 06 (seis) anos subsequentes (HU-UFGD, 2017).
24
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Durante o processo de análise, a instituição considerou os seguintes 
gastos no processo de aquisição: depreciação, seguro, IPVA, manutenção, 
custo de oportunidade, emplacamento, seguro obrigatório e licenciamento.
Em relação ao custo de oportunidade, segundo Pereira et al. (1990), 
pode-se conceituá-lo como:
O conceito de custos de oportunidade pressupõe alternativa viável e, por-
tanto, existentes para o consumidor ou para o empresário. Pressupõe, tam-
bém, uma decisão efetiva sendo tomada e que, o sendo, acarreta o sacrifício/
abandono de outras (s) que não foi o (ram) (PEREIRA et al., 1990, p. 3).
Nesse sentido, entende-se que, na situação em análise, o custo de 
oportunidade seria a opção de escolha entre adquirir ou locar os veículos, 
na qual se escolheria adquirir, abrindo mão de determinado valor, que po-
deria ser investido de outra forma, gerando retornos financeiros.
A análise realizada pela instituição se apresenta de forma detalhada 
por meio das Tabelas 1, 2 e 3.
Tabela 1 - Percentuais das variáveis consideradas no custo de aquisição de veículos
Valor Veículo 45.400,00
Valor aluguel 2.710,00
Depreciação 10,00%
Seguro 4,00%
IPVA 3,5%
Manutenção 10,00%
Custo-Oportunidade 14,25
Emplacamento 3,00%
Seguro Obrigatório 105,65
Licenciamento 124,45
Fonte - HU-UFGD (2017)
25
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Tabela 2 - Valores das variáveis consideradas no custo de aquisição de veículos
Custo do Veículo Próprio
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6
Depreciação 4.540,00 4.086,00 3.677,40 3.309,66 2.978,69 2.680,82
Seguro 1.816,00 1.634,40 1.470,96 1.323,86 1.191,48 1.072,33
IPVA 1.589,00 1.430,10 1.287,09 1.158,38 1.042,54 938,29
Manutenção 4.540,00 4.086,00 3.677,40 3.309,66 2.978,69 2.680,82
Custo 
Oportunidade
6.663,59 14.276,73 22.974,75 32.912,24 44.265,82 57.237,28
Emplacamento 1.362,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Seguro Obrigatório 105,65 105,65 105,65 105,65 105,65 105,65
Licenciamento 124,45 124,45 124,45 124,45 124,45 124,45
Total 16.200,69 21.657,33 29.640,30 38.934,24 49.708,63 62.158,82
Patrimônio 40.860,00 36.774,00 33.096,60 29.786,94 26.808,25 24.127,42
Líquido 24.659,32 15.116,67 3.456,30 (9.147,30) (22.900,38) (38.031,40)
Custo Mensal 1.350,06 1.804,78 2.470,03 3.244,52 4.142,39 5.179,90
Fonte: HU-UFGD (2017)
As Tabelas 1 e 2 podem ser interpretadas da seguinte maneira:
• O valor de cotação do veículo foi de R$ 45.400,00 (retirado do 
site da montadora na época da cotação);
• Subtraiu-se o valor com os gastos com depreciação: R$ 4.540,00, 
totalizando o valor de R$ 40.860;
• Subtraiu-se o valor dos demais gastos: R$ 16.200,69, totalizando 
o valor líquido de R$ 24.659,32;
• Em relação ao custo mensal, dividiu-se o valor total dos gastos: 
R$ 16.200,69, por 12 (doze) meses, totalizando aproximadamen-
te R$ 1.350,06 por mês;
• Aplicando o mesmo procedimento ao longo dos anos subsequen-
tes, no sexto ano, o valor de veículo depreciado estará em torno de 
R$ 24.127,42. Sendo que o valor dos demais gastos, incluindo o 
custo de oportunidade, estará em torno de R$ 62.158,82. Isso gera 
um valor líquido de - R$ 38.031,40, ou seja, um valor negativo.
26
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Tabela 3 - Análise comparativa entre o custo de aquisição x custo de locação
Comparativo
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6
Valor aluguel 32.520,00 32.520,00 32.520,00 32.520,00 32.520,00 32.520,00
Patrimônio 53.425,59 61.038,73 69.736,75 79.674,24 91.027,82 103.999,28
Líquido 20.905,59 28.518,73 37.216,75 47.154,24 58.507,82 71.479,28
Melhor alternativa Comprar Alugar Alugar Alugar Alugar Alugar
Custo Mensal 2.710,00 2.710,00 2.710,00 2.710,00 2.710,00 2.710,00
Fonte - HU-UFGD (2017)
Para o comparativo entre as duas formas de contratação, seguiu-se a 
seguinte análise:
• Somou-se o valor do veículo a ser adquirido: R$ 45.400,00 com 
o custo de oportunidade: R$ 6.663,59, totalizando o valor de R$ 
52.063,59;
• Somou-se o valor obtido: R$ 52.063,59 com o valor de emplaca-
mento (uma única vez): R$ 1.362,00, obtendo-se o valor de R$ 
53.425,59;
• O valor mensal cotado para locação foi de R$ 2.710, multiplicou-
-se por 12 (doze) meses, totalizando um valor de R$ 32.520,00;
• Diminuiu-se o valor anteriormente obtido: R$ 52,063,59, pelo 
valor de locação (12 meses): R$ 32.520,00. Com isso, obteve-se 
um valor líquido de R$ 20.905,59;
• Fazendo projeção para os próximos 06 (seis) anos, no sexto ano, 
o valor líquido será de R$ 71.479,28.
Diante do exposto, percebe-se que, ao transcorrer 06 (seis) anos, a 
forma de aquisição de veículos apresentará um prejuízo de R$ 38.031,40, 
quando comparada à forma de contratação de locação de veículos, a qual 
considerou-se o possível investimento com o custo de oportunidade, apre-
sentando o valor de R$ 71.479,28, sendo mais eficiente.
27
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONTRIBUIÇÃOTECNOLÓGICA 
E/OU SOCIAL
A análise dos dados evidenciou que a forma de contratação de loca-
ção de veículos mostra-se mais vantajosa em relação à tradicional aquisição 
de veículos. Ao adquirir veículos, a administração terá de manter esforços 
constantes para manutenção e gestão, sendo que, ao locá-los, torna-se mais 
vantajoso para a administração, pois a contratada terá que disponibilizar os 
veículos, sem falhas, responsabilizando-se pelos encargos deles advindos.
Existem ainda os custos com pessoal, nos quais utilizam-se horas 
trabalhadas percorrendo caminhos burocráticos objetivando realizar ma-
nutenções preventivas ou corretivas. Estas horas disponibilizadas poderiam 
ser mais bem aproveitadas em outras atividades administrativas, possibi-
litando melhor alocação de recursos humanos na Administração Pública, 
favorecendo uma melhor gestão social.
Neste sentido, este estudo pode contribuir para análises futuras em ou-
tras instituições, com o intuito de diminuir os gastos públicos. Tais gastos po-
derão, quando considerados em grande escala, apresentarem valores expres-
sivos, sendo mais bem alocados em outros fins que visem o interesse público.
Ao utilizar desta forma de contratação, o HU-UFGD/EBSERH desem-
penhou atualização eficiente na utilização dos recursos públicos. A eficiên-
cia nas contratações públicas tem sido amplamente discutida na atualidade, 
pois a escassez de recursos é frequente, demandando sagacidade do admi-
nistrador público para realizar a melhor gestão possível.
Outrossim, destaca-se que nos contratos alocados, os veículos possuem 
uma manutenção preventiva e por serem mais novos, são menos poluentes e 
nocivos ao meio ambiente, favorecendo assim uma melhor gestão ambiental. 
Já no caso da frota, a adequação dos veículos para que se tornem menos po-
luentes muitas vezes não é compensatória, a não ser que haja o desfazimento 
de bens, o que não impediria o seu uso por parte de quem os adquirisse.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Logística e Tecnologia da Infor-
mação. Prestação de serviços de transporte. Brasília: SLTI, 2014. (Caderno de Logística; Contratações 
públicas sustentáveis).
CALASANS JUNIOR, José. Manual da licitação: orientação prática para o processamento de licitações, 
com roteiros. 2. ed. – São Paulo: Atlas, 2015.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 28. ed. rev., ampl. e atual. até 
31-12-2014. – São Paulo: Atlas, 2015.
28
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na administração pública: concessão, permissão, franquia, 
terceirização, parceria público-privada e outras formas. 10a̲ edição. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2015.
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS - HU-UFGD. 
06/04/2015. Termo de contrato Nº 17/2015, Dourados, p. 20, 16 abr. 2015.
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS - HU-UFGD. 
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30 out. 2019.
CAPÍTULO 2
A POLÍTICA AMBIENTAL NO ÂMBITO DAS 
UNIVERSIDADES FEDERAIS
César Augusto Jacques Barrera1
Maria Aparecida Farias de Souza Nogueira2
Vera Luci de Almeida3
1 INTRODUÇÃO
No final do século passado e início deste, as questões ambientais pra-
ticamente não eram consideradas na contabilidade nacional. Segundo May 
(2005, p.135) “quanto mais exauridas as reservas de recursos naturais (por 
exemplo, a exaustão das minas de um recurso mineral ou a extração de 
madeiras em florestas nativas sem aplicação de técnicas de manejo susten-
tável), maior será o crescimento do produto.”
Barbieri (2011, p. 04) afirma que “o aumento da escala de produção 
tem sido um importante fator que estimula a exploração dos recursos na-
turais e eleva a quantidade de resíduos”. Segundo o autor, “esse e outros 
fatores impulsionaram as primeiras manifestações de gestão ambiental. No 
entanto, iniciativas dos governos só enfrentavam os problemas ambientais 
depois que eles já haviam ocorrido”.
Outra afirmação do autor é de que “a solução dos problemas ambientais, 
ou sua minimização, exige uma nova atitude dos empresários e administrado-
res, que devem passar a considerar o meio ambiente em suas decisões e adotar 
concepções administrativas e tecnológicas que contribuam para ampliar a ca-
pacidade de suporte do planeta”. Ou seja, espera-se que as empresas deixem de 
ser problemas e façam parte das soluções (BARBIERI, 2011, p. 103).
Na visão de Albuquerque (2007), a sociedade de consumo atual é 
caracterizada por profundas crises sócio-ambientais e sócio-econômicas, 
resultantes do ideal do progresso e do desenvolvimento tecnológico, da 
1 Mestrando em Administração Pública (PROFIAP/UFGD), Servidor da UFGD, cesarbarrera@ufgd.edu.br.
2 Professora do Mestrando em Administração Pública (PROFIAP/UFGD), marianogueira@ufgd.edu.br.
3 Professora do Mestrando em Administração Pública (PROFIAP/UFGD), veraalmeida@ufgd.edu.br.
30
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
produção em massa de produtos muitas vezes desnecessários ou até mesmo 
nefastos à qualidade de vida, da degradação ambiental e da exploração dos 
elementos naturais em tal velocidade e intensidade que se torna impossível 
para a natureza se recompor na escala de tempo humana. 
O artigo 255 da Constituição Federal (CF) de 1988 determina que 
“todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de 
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao 
poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para 
as presentes e futuras gerações”. Isso indica o dever do poder público em 
promover a sustentabilidade e adotar práticas de gestão que garantam a 
redução de impactos em todas as suas atividades.
Conforme o artigo 5° da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) 
de 1981, 
As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão formuladas em 
normas e planos, destinados a orientar a ação dos Governos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios no que se 
relaciona com a preservação da qualidade ambiental e manutenção do equi-
líbrio ecológico. Impondo como diretriz a formulação de normas e planos 
que orientem os gestores públicos na preservação da qualidade ambiental, o 
que remete ao estabelecimento de políticas ambientais nos setores públicos.
Neste sentido, o desenvolvimento da consciência ecológica em dife-
rentes camadas e setores da sociedade mundial acaba por envolver também 
o setor da educação, a exemplo das Instituições de Ensino Superior (IES). 
No entanto, ainda são poucas as práticas observadas nas IES, as quais têm 
o papel de qualificar e conscientizar os cidadãos formadores de opinião de 
amanhã (TAUCHEN; BRANDLI, 2006).
Esse trabalho busca mapear, no âmbito das Universidades Federais 
brasileiras, quais as instituições quecontam com um documento de política 
ambiental, norteador das ações e atividades voltadas ao planejamento am-
biental e à sustentabilidade. Identificar em quais instituições a política am-
biental já está em vigor, onde está sendo implantada e onde encontra-se em 
fase de planejamento. E também quais as universidades que ainda não estão 
caminhando em direção à sustentabilidade. Busca-se, paralelamente, identifi-
car quais as universidades que utilizam outro documento, que não a política 
ambiental, como norteador das atividades e da gestão social e ambiental.
31
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Outro ponto de interesse deste trabalho é localizar a UFGD neste 
contexto, ou seja, identificar se as ações desenvolvidas na UFGD, de caráter 
sócio-ambiental, e voltadas à sustentabilidade, estão de acordo com o que é 
desenvolvido no conjunto das universidades federais, se está aquém ou se 
supera a grande maioria das Instituições. 
Para a realização do trabalho, fez-se necessário a aplicação de uma 
pesquisa nas 63 Universidades Federais brasileiras, buscando obter acesso 
a essas informações e, se possível, aos documentos norteadores do planeja-
mento ambiental das instituições. A metodologia aplicada foi de pesquisa 
descritiva e documental. Conforme Gil (1991), é pesquisa descritiva pois 
se propõe a descrever as características de uma população ou fenômeno, e 
no geral assume um formato de levantamento, envolvendo técnicas padro-
nizadas de uso de questionário e coleta de dados. É também documental, 
pois é considerada uma pesquisa elaborada a partir de materiais que não 
receberam tratamento analítico, pelo fato do estudo trazer uma análise de 
documentos referentes à política ambiental das Universidades Federais do 
Brasil (GIL, 1991).
2 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL
Com a necessidade latente de mudança de comportamento ante o 
novo contexto ambiental, entende-se ser necessário a implementação de 
Sistemas de Gestão Ambiental nas organizações. 
De acordo com Barbieri (2011), o Sistema de Gestão Ambiental 
(SGA) é um conjunto de atividades administrativas e operacionais inter-re-
lacionadas para abordar os problemas ambientais atuais ou para evitar o seu 
surgimento. Considerada também como uma ferramenta de identificação 
de problemas e soluções ambientais, baseadas no conceito de melhoria con-
tínua (PEROTTO et al., 2008 apud OLIVEIRA; PINHEIRO, 2010).
Para Souza e Vicenzi (2014), muitas organizações estavam dispostas 
a alcançar seus objetivos e metas ambientais, e para isso criaram a chamada 
política ambiental, que permitia mensurar através de análises e auditorias 
ambientais, a fim de saber em que nível de desempenho encontravam-se. 
Entretanto, isso não foi suficiente para garantir o desempenho ambiental de 
maneira contínua, sendo necessário programar outras formas.
32
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Com isso, surgiu a necessidade de realizar dentro de um sistema de 
gestão integrado, organizado e objetivo, uma área capaz de comprovar o 
desempenho ambiental, desenvolver de forma contínua e fazer com que 
permaneça presente no dia-a-dia das empresas as metas e os objetivos am-
bientais das organizações a serem perseguidos (SOUZA; VICENZI, 2014).
O propósito do sistema de gestão ambiental pode ser sintetizado 
como uma possibilidade de desenvolver, implementar, organizar, coorde-
nar e monitorar as atividades organizacionais relacionadas ao meio ambien-
te, visando à conformidade e redução de resíduos (MELNYK; SROUFE; 
CALANTONE, 2002 apud OLIVEIRA; PINHEIRO, 2010). 
Além de contribuir com a responsabilidade social e com o cumpri-
mento da legislação, este sistema possibilita identificar oportunidades de 
redução do uso de materiais e energia e melhorar a eficiência dos processos 
(CHAN; WONG, 2006 apud OLIVEIRA; PINHEIRO, 2010).
3 POLÍTICA AMBIENTAL
A NBR ISO 14001(2015) define que:
Uma política ambiental é um conjunto de princípios declarados como com-
promissos, em que a Alta Direção descreve as intenções da organização para 
apoiar e aumentar o seu desempenho ambiental. A política ambiental per-
mite que a organização defina seus objetivos ambientais tome ações para al-
cançar os resultados pretendidos do sistema de gestão ambiental e alcançar 
a melhoria contínua (ABNT, 2015, p. 24).
A ISO 14001 especifica três compromissos básicos para a política am-
biental, nos quais são refletidos nos processos estabelecidos pela organiza-
ção para abordar os requisitos específicos da Norma, bem como assegurar 
um sistema de gestão ambiental robusto, acreditável e confiável (ABNT, 
2015). São eles: 
a) proteger o meio ambiente;
b) atender aos requisitos legais e outros requisitos da organização;
c) melhorar continuamente o sistema de gestão ambiental para au-
mentar o desempenho ambiental.
33
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
A Norma também impõe que a Alta Direção:
estabelecer, implementar e manter uma política ambiental que, dentro do 
escopo definido em seu sistema de gestão ambiental: seja apropriada ao 
propósito e ao contexto da organização, incluindo a natureza, escala e im-
pactos ambientais das suas atividades, produtos e serviços; Proveja uma 
estrutura para o estabelecimento dos objetivos ambientais; Inclua um com-
prometimento com a proteção do meio ambiente, incluindo a prevenção 
da poluição e outro(s) compromisso(s) específico(s) pertinente(s) para o 
contexto da organização; Inclua um comprometimento em atender os seus 
requisitos legais e outros requisitos; Inclua um comprometimento com a 
melhoria contínua do sistema de gestão ambiental para aumentar o desem-
penho ambiental (ABNT, 2015, p. 8 - 9).
Segundo Cajazeira (2003), a política ambiental ao longo do tempo 
vem sendo encarada como um item normativo a ser atendido pelas organi-
zações, elaborada através de experimentações próprias e também com base 
nas experiências de outras organizações. Normalmente é estabelecida uma 
comissão, onde um grupo de pessoas elabora um texto, dotado de frases de 
efeito, mas que não reflete os anseios e práticas da organização e do meio 
que a cerca.
4 POLÍTICA AMBIENTAL NAS IES
De acordo com Reis e Moraes (2010), a política ambiental é uma orien-
tação às instituições, pois deve estabelecer e fixar princípios de ação perti-
nentes à postura da IES para com o meio ambiente. Através dessa, definem-se 
princípios e intenções, estabelece-se o comprometimento que a IES assume 
com a preservação ambiental e a sustentabilidade perante a sociedade. 
Ribeiro et al. (2005), afirmam que estudos de Boyle (1999) sugerem 
que a política ambiental deve envolver aspectos ambientais a serem incor-
porados em todos os setores, desde a criação de novos cursos até a publi-
cação de artigos. Isso auxilia na valorização do meio ambiente por diversos 
colaboradores da organização.
A Política Ambiental, de acordo com Cyro Eyer (1995) citado por 
Silva e Saint’yves (2010), deve estabelecer os objetivos ambientais estraté-
gicos da organização, a partir de um processo de discussão interna no qual 
participem seus dirigentes e funcionários. No caso de uma Instituição de 
34
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Ensino Superior, deve-se buscar o mesmo processo de discussão democrá-
tico, envolvendo alunos, professores e a alta administração. 
Para Engelman, Guisso, Fracasso, 
as Instituições de Ensino Superior (IES) além de levar conhecimento, tec-
nologia e suporte ético para os futuros gestores, influenciam a comunidade 
onde atuam. Além disso, oferecem ao aluno instrumentos intelectuais para 
aprofundar seu senso crítico e confrontar a realidade na qual está inserido. 
Na tentativa de se adaptar a essas novas exigências da sociedade, as IES bus-
cam incorporar uma gestão com foco na sustentabilidade, realizando diver-
sas ações ambientais como os Sistemas de Gestão Ambiental (ENGELMAN; 
GUISSO; FRACASSO, 2009, p.02). 
O ensino, particularmente o universitário, é uma ferramenta essen-
cial para a conscientização da sociedade.Muitas iniciativas e pesquisas têm 
sido realizadas a partir desta temática, mas no Brasil, pouco se têm estudado 
sobre o comprometimento das IES com as questões ambientais e a relação 
entre essa influência e as ações na comunidade onde atuam. (ENGELMAN, 
GUISSO, FRACASSO, 2009)
Nesse sentido, Machado et al. (2013), argumentam que as Universidades 
devem cumprir seu papel de educação e pesquisa e servir de exemplo por 
meio de suas práticas de Gestão Ambiental, minimizando impactos, ao mes-
mo tempo em que contribuem com a conscientização da sociedade.
É importante que as universidades contem com apoio governamen-
tal adequado às suas características, que organizem programas internos de 
conscientização de servidores, que políticas ambientais sejam prioridade 
para a gestão das instituições, fazendo parte de seu planejamento estratégi-
co e de sua previsão orçamentária (MACHADO et al., 2013)
5 POLÍTICA AMBIENTAL DA UFGD
A Política Ambiental é fundamental para orientar e ordenar a moder-
nização da universidade, dotando o processo de expansão e consolidação 
da Instituição de princípios éticos e de responsabilidade com os seus limites 
e potenciais ambientais que, consequentemente, se transformam em uma 
preocupação para com a própria comunidade acadêmica e com a sociedade 
(UFGD, 2013).
35
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Criada através da lei nº 11.153, de 29 de Julho de 2005, a Universidade 
Federal da Grande Dourados (UFGD) está situada na cidade de Dourados, 
no Estado de Mato Grosso do Sul. Conforme consta no portal da institui-
ção, a mesma nasceu a partir do desmembramento do Centro Universitário 
de Dourados (CEUD), à época um campus da Universidade Federal de Mato 
Grosso do Sul (UFMS). O CEUD, antes denominado Centro Pedagógico 
de Dourados (CPD) começou a funcionar no município em 1971 e, nas 
décadas seguintes, apresentou considerável índice de crescimento. Com o 
desmembramento da UFMS, e favorecido pela política do Governo Federal 
de expansão da educação superior pública, a UFGD um significativo cres-
cimento em seus primeiros anos, tanto em relação a cursos ofertados como 
em número de alunos e servidores.
Em 2009, já com as primeiras manifestações de gestão ambiental em 
nível de política interna, a administração da Universidade criou uma co-
missão para elaborar uma proposta de Política Ambiental para a instituição. 
Após meses de trabalho, a proposta foi apresentada e a Política Ambiental 
da UFGD aprovada em 15 de fevereiro de 2013, pela Resolução nº. 06, do 
Conselho Universitário (UFGD,2013).
A implementação da política possui como base um Plano de Gestão 
Ambiental que contém os seguintes Eixos:
I) Conservação Ambiental e Consumo Consciente.
II) Gestão de Resíduos.
III) Eficiência Energética.
IV) Urbanização e Ocupação Racional.
V) Educação e Comunicação Ambiental.
Neste processo de garantir a sustentabilidade no campus, a UFGD 
também criou a Divisão de Gestão ambiental, a qual ficou responsável em 
desenvolver ações que contemplem os diferentes eixos do Plano de Gestão 
da Política Ambiental.
6 METODOLOGIA
Buscou-se pelo presente trabalho identificar as universidades federais 
que, a exemplo da UFGD, contam com uma política ambiental formaliza-
da. Para tanto, foi necessário realizar uma pesquisa nas 63 Universidades 
36
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Federais brasileiras, visando obter acesso a informações. A metodologia 
aplicada neste trabalho é de pesquisa documental e também descritiva, que 
foi realizada através da aplicação de um questionário para a coleta de dados. 
7 RESULTADOS
7.1 Levantamento das Políticas Ambientais Desenvolvidas nas 
Instituições Federais de Ensino Superior do Brasil
Realizou-se uma pesquisa visando identificar quais as Universidades 
Federais brasileiras têm política ambiental, quais estão em vigor, em im-
plantação, ou ainda, fazem parte do planejamento da IFES, com a finalidade 
de encontrar boas práticas que possam contribuir com a gestão e planeja-
mento da política ambiental da UFGD. 
Para a obtenção das informações foi utilizado o Sistema Eletrônico 
de Informação ao Cidadão (e-SIC), para aplicar um questionário online, 
solicitando informações quanto a existência da política ambiental na uni-
versidade e seu processo de criação. Através dele foi possível mapear as 
instituições que têm um documento chamado política ambiental, e quais 
utilizam outros documentos relacionados às práticas ambientais e de sus-
tentabilidade. O período de coleta das informações, contando todos os pra-
zos legais para respostas, compreendeu os meses de outubro e novembro de 
2019 e o instrumento continha as seguintes questões:
•	 Nome da Universidade
•	 A Universidade possui política ambiental?
•	 Qual a situação em que a política ambiental se encontra?
•	 Como se deu o processo de criação da política ambiental?
•	 A política ambiental instituída segue os preceitos legais?
•	 O documento da política ambiental está disponível à comuni-
dade? Qual endereço virtual?
•	 A universidade possui um setor responsável pela gestão am-
biental da instituição? Qual o nome? 
•	 A avaliação institucional aborda algum aspecto da política am-
biental ou da gestão ambiental da Instituição?
37
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
O Quadro 01 apresenta a relação das universidades brasileiras para 
as quais foram solicitadas as informações, somando um total de 63 institui-
ções consultadas.
Quadro 01 - Universidades Federais criadas até o ano de 2014
Nome da Instituição Sigla
Universidade de Brasília UnB
Universidade Federal da Bahia UFBA
Universidade Federal da Fronteira Sul UFFS
Universidade Federal da Grande Dourados UFGD
Universidade Federal da Integração Latino-Americana UNILA
Universidade Federal da Lusofonia Afro-Brasileira UNILAB
Universidade Federal da Paraíba UFPB
Universidade Federal de Alagoas UFAL
Universidade Federal de Alfenas UNIFAL
Universidade Federal de Campina Grande UFCG
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre UFCSPA
Universidade Federal de Goiás UFG
Universidade Federal de Itajubá UNIFEI
Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF
Universidade Federal de Lavras UFLA
Universidade Federal de Mato Grosso UFMT
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul UFMS
Universidade Federal de Minas Gerais UFMG
Universidade Federal de Ouro Preto UFOP
Universidade Federal de Pelotas UFPel
Universidade Federal de Pernambuco UFPE
Universidade Federal de Rio Grande FURG
Universidade Federal de Rondônia UNIR
Universidade Federal de Roraima UFRR
Universidade Federal de Santa Catarina UFSC
Universidade Federal de Santa Maria UFSM
Universidade Federal de São Carlos UFSCar
Universidade Federal de São João del-Rei UFSJ
Universidade Federal de São Paulo UNIFESP
Universidade Federal de Sergipe UFS
38
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Nome da Instituição Sigla
Universidade Federal de Uberlândia UFU
Universidade Federal de Viçosa UFV
Universidade Federal do ABC UFABC
Universidade Federal do Acre UFAC
Universidade Federal do Amapá UNIFAP
Universidade Federal do Amazonas UFAM
Universidade Federal do Cariri UFCA
Universidade Federal do Ceará UFC
Universidade Federal do Espírito Santo UFES
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO
Universidade Federal do Maranhão UFMA
Universidade Federal do Oeste da Bahia UFOB
Universidade Federal do Oeste do Pará UFOPA
Universidade Federal do Pampa UNIPAMPA
Universidade Federal do Pará UFPA
Universidade Federal do Paraná UFPR
Universidade Federal do Piauí UFPI
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia UFRB
Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ
Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN
Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS
Universidade Federal do Sul da Bahia UFSB
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará UNIFESSPA
Universidade Federal do Tocantins UFT
Universidade Federal do Triângulo Mineiro UFTM
Universidade Federal do Vale do São Francisco UNIVASF
Universidade Federaldos Vales do Jequitinhonha e Mucuri UFVJM
Universidade Federal Fluminense UFF
Universidade Federal Rural da Amazônia UFRA
Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro UFRRJ
Universidade Federal Rural do Semi-Árido UFERSA
Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR
Fonte: Ministério da Educação – MEC (2019)
39
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Não foram consideradas as Universidades Federais criadas há menos 
de 5 anos, entendendo-se ser este um espaço de tempo muito pequeno para 
a organização institucional e definições de políticas internas. Outra justifi-
cativa é que nenhuma destas instituições estão no rol de órgãos do sistema 
e-SIC, e algumas também não possuem, ainda, um site institucional. Dessa 
forma, ficaram fora da pesquisa as seguintes instituições (Quadro 02):
Quadro 02 - Universidades Federais criadas após 2014
Universidade Federal de Catalão UFCat
Universidade Federal de Jataí UFJ
Universidade Federal de Rondonópolis UFR
Universidade Federal do Agreste de Pernambuco UFAPE
Universidade Federal do Delta do Parnaíba UFDPar
Universidade Federal do Norte do Tocantins UFNT
Fonte: Ministério da Educação – MEC (2019)
8 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Com base nos dados obtidos na pesquisa, que utilizou a plataforma 
e-SIC, de acesso à informação, foi possível verificar a existência de política 
ambiental nas universidades brasileiras, conforme análise a seguir.
8.1 A política ambiental nas Universidades Federais do Brasil
Das 63 Universidades consultadas, 55 delas responderam o questio-
nário (87% de respostas). Outras 8 instituições não responderam o pedido. 
Destas, três informaram que, segundo a legislação, não estariam obrigadas 
a prestar as informações, e outras cinco não atenderam a solicitação de 
informação no prazo. O Gráfico 01 apresenta os percentuais de resposta à 
solicitação de informação. 
40
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Gráfico 01 - Percentual de Instituições que responderam à pesquisa
Fonte: Elaborado pelos autores, com dados da pesquisa
Das Universidades participantes, 21 relataram possuir uma política 
ambiental, a exemplo da UFGD, o que representa 38,2% do total de respos-
tas, conforme Gráfico 02. Em 12 destas instituições, a política está em vigor, 
enquanto em outras 09 encontra-se em fase de implantação. Do total das 
34 universidades que afirmaram não ter uma política ambiental estabeleci-
da formalmente (61,8% do total de respostas), em 23 delas a política está 
em fase de planejamento e elaboração pela Universidade, para implantação 
futura (Gráfico 02). Ainda, 11 afirmaram não possuir política ambiental e 
informaram que sua elaboração e implantação, no momento, não faz parte 
do planejamento da Universidade.
41
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Gráfico 02 - Existência de Política Ambiental nas IES (%)
Fonte: Elaborado pelos autores, com dados da pesquisa
O gráfico 03 apresenta percentualmente, as quatro situações referidas.
Gráfico 03 - Situação atual da Política Ambiental nas Universidades Federais
Fonte: Elaborado pelos autores, com dados da pesquisa
Algumas instituições responderam SIM para a pergunta relativa à existên-
cia da política ambiental no contexto interno, porém, quando se referiram ao do-
cumento norteador das ações ambientais citaram outros, como, por exemplo, o 
Plano de Gestão de Logística Sustentável (PLS), que é uma exigência do Governo 
42
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Federal. Outras trouxeram Programas ou Políticas de Sustentabilidade internas, 
por exemplo, Programas de coleta seletiva de lixo, Plano de Gerenciamento de 
Resíduos Sólidos, entre outros, e não a “Política Ambiental” propriamente dita, 
como norteadora das ações. Ainda, algumas Universidades não possuem a polí-
tica ambiental e não fizeram menção alguma sobre qualquer outro documento 
relacionado ao planejamento ambiental da instituição.
Entende-se que, quando analisadas separadamente, as respostas forne-
cidas demonstram que as Universidades e seus gestores têm os mais variados 
entendimentos em relação ao planejamento ambiental e que esse não é um 
tema que está sendo tratado de forma uniforme nas instituições federais.
Por outro lado, através de uma rápida consulta nas páginas das 
Universidades na internet, pode-se comprovar que algumas instituições, 
além da política ambiental, possuem também um Sistema de Gestão 
Ambiental implantado, e com certificação ISO 14001. 
O Quadro 03 mostra, em relação ao planejamento ambiental, a rela-
ção do número de universidades e seus documentos norteadores utilizados.
Quadro 03 - Tipo de documento instituído para o planejamento ambiental nas 
Universidades
Documento Instituído No de Instituições
Política Ambiental 8
Plano de Logística Sustentável 17
Outros (Políticas de sustentabilidade/ Planos de Gerenciamento de Resíduos, 
Coleta Seletiva, etc)
6
Nenhum 24
Fonte: Elaborado pelos autores, com dados da pesquisa
9 CONCLUSÕES
Nota-se que a grande maioria das Universidades Federais brasileiras 
não possuem uma política ambiental estabelecida. Embora algumas respos-
tas apontem para a existência de política ambiental nas instituições, na prá-
tica não é isso que se apresenta. 
Ao acessar o endereço virtual da “Política”, que foi indicado pelas 
instituições, se apurou a existência de outros “Planos” que, internamente, 
são considerados como se fossem a política ambiental. 
Percebe-se que não há um entendimento único, ou melhor, unifor-
me, em relação ao planejamento ambiental, e, menos ainda, um alinhamen-
to das ações ambientais desenvolvidas pelas universidades federais.
43
GESTÃO SOCIAL E AMBIENTAL NA ÁREA PÚBLICA
Se considerarmos que, conforme uma das definições, Responsabilidade 
Social é a condição que uma Instituição tem de fazer mais do que aquilo 
que é obrigatório, pode-se afirmar que poucas universidades federais estão 
desenvolvendo suas atividades com responsabilidade social, pois a criação 
e formalização da política ambiental não é uma obrigação, ao contrário do 
que ocorre com o Plano de Gestão de Logística Sustentável.
Nesse contexto, a Universidade Federal da Grande Dourados, junta-
mente com outras sete instituições (FURG, UFAM, UFLA, UFPB, UFRGS, 
UFSC e UFU) encontra-se na vanguarda quando o assunto é planejamento 
ambiental, pois internamente, além de ter uma política ambiental institu-
cionalizada e em vigor, também conta com os demais documentos e planos 
citados neste trabalho, como o Plano de Gestão de Logística Sustentável e o 
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, além de ser a única institui-
ção de ensino do Estado do Mato Grosso do Sul que aderiu, voluntariamen-
te, à Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P). Diante disso, fica 
evidente a preocupação com a sua responsabilidade para com a sociedade.
De outra parte, entende-se que se faz necessário novos estudos em 
relação a essa temática, como forma de difusão das boas práticas desenvol-
vidas no âmbito das Universidades e que podem ser aplicadas em outros 
órgãos e beneficiar um número maior de pessoas.
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