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A importância do lúdico na Educação Infantil

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I 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
Lucinéia Nunes Pereira 
 
Maria Imaculada Chao Cabanas 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho trata-se da importância de introduzir jogos e brincadeiras no curriculo 
escolar do ensino infantil. A brincadeira não deve ser vista como mera diversão para passar 
o tempo ou algo que não se deve levar tão a sério, ela deve ser vista como uma atividade 
essencial na formação da criança, pois o brincar faz com que a mesma construa 
conhecimento, explora o mundo á sua volta, compreende a si mesma e os seus 
sentimentos, proporciona comvivência mútua, desenvolve a coordenação motora e a 
percepção, valoriza as ações de cooperação e solidariedade, descobre as diferenças e 
respeita o tempo e o espaço de cada um. Além disso, pode ser trabalhada em todas as 
disciplinas, proporcionando ao educador situações novas dentro do processo de ensino-
aprendizagem. A metodologia utilizada foi a pesquisa de cunho bibliográfico, onde ficou 
claro como a ludicidade trabalhada em sala de aula de forma correta pode trabsformar a 
vida da criança. 
 
Palavra-chave: Aprendizagem. Conhecimento. Ludicidade 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O trabalho proposto tem como objetivo disponibilizar reflexões sobre a importância da 
ludicidade e suas contribuições na educação infantil. Através dos jogos e brincadeiras, a 
criança explora a imaginação, cria e recria e realidade e ao mesmo tempo a sua identidade. 
Dar a criança tempo para brincar e brinquedos diversos, como jogos, livros de 
 
II 
desenhos, blocos para montar, fantoches, entre outros, é muito importante para que a 
criança desenvolva a responsabilidade e autoexpressão, onde se sente estimulada e sem 
perceber acaba desenvolvendo e construindo seu conhecimento sobre o mundo. 
Pode-se dizer que a atividade lúdica funciona como um elo entre os aspectos 
motores, cognitivos, afetivos e sociais. Portanto, a partir do brincar, desenvolve-se a 
facilidade para aprendizagem, o desenvolvimento social, cultural e pessoal e colabora para 
uma vida saudável, tanto física como mental. 
Diante disso, é importante resaltar a importância da escola em ter um projeto 
pedagógico que contemple e incorpore o lúdico como ferramenta em suas atividades, 
proporcionando apoio, suporte e condições para o desenvolvimento do seu discente e 
dando condições ao educador para a elaboração e realização de seu trabalho em sala de 
aula. 
O objetivo maior a ser alcançado dentro desse trabalho é analisar compreender a 
concreta e verdadeira contribuição da ludicidade na educação infantil, apontar a importância 
de se ter o lúdico como ferramenta norteadora do aprendizado, apresentar as possibilidades 
de ensinar através de uma visão lúdica, valorizar os jogos e brinquedos pedagógicos 
diversos, proporcionar a convivência mútua, contextualizar os conteúdos e contribuir para o 
desenvolvimento intelectual. 
Através dos jogos e brincadeiras, o educador poderá estimular as habilidades, 
permitindo que o aluno se envolva em tudo que esteja realizando de forma significativa. 
A metodologia utilizada para a realização desse trabalho foi necessário uma pesquisa 
de cunha bibliográfico, sites, livros e vídeo aulas que abordam o tema ludicidade na 
educação infantil. Todos esses enriqueciram o projeto. O presente trabalho também teve 
alguns autores e autoras que vieram a somar com sus teorias, onde destacam entre eles: o 
autor e filósofo Levi Vigotsky, Santos e Cruz 1997, Lopes 2002, Oliveira 1994, Rodrigues 
Silva, 2003, Tizuko Morchida Kishimoto e Airton Negrine, entre outros que muito 
contribuíram para o seu enriqeucimento, tornando possível a realização do mesmo. 
As brincadeiras sempre foram e serão atividades espontâneas e prazerosas, onde a 
criança pode exercer sua capacidade de criar e fundamentar seu desenvolvimento de 
identidade e de autonomia, possibilitando que a criança explore seu mundo. E devem ser 
criadas e recriadas, para que sejam sempre uma nova descoberta e sempre se transformem 
em uma nova brincadeira, pois quando ela brinca, estimula seu desenvolvimento integral, 
tanto no ambiente familiar, quanto no ambiente escolar. 
 
III 
O mundo infantil distingue-se de uma maneira diferente do mundo adulto, pois no 
mundo da criança há fantasia, faz de conta, o sonhar e o descobrir e é por meio do brincar 
que ela terá a chance de se conhecer e organizar-se socialmente. Por meio da naturalidade 
do brincar que a criança poderá expressar os diferentes efeitos imagináveis dentro de seu 
conjunto familiar e social. 
A realização desse trabalho foi de suma importância, pois através das pesquisas e 
estudos realizados em artigos de grandes autores, permitiram compreender a contribuição 
dos movimentos e atividades envolvendo jogos e brincadeiras no desenvolvimento infantil. 
 
2. O LÚDICO E SUAS CONTRIBUIÇÕES NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
O interesse em discutir esse tema tem como finalidade central ampliar o 
conhecimento e a discussão acerca da ludicidade e suas contribuições na Educação Infantil. 
A criatividade pedagógica deve-se muito ao conhecimento e utilização das brincadeiras. Os 
jogos, as dinâmicas e o brincar não se reduzem recreação, portanto norteia-se para o 
aprendizado, no qual esse simples ato servirá para desenvolver a adaptar conteúdos de 
diversas disciplinas em sala de aula. 
De acordo com os conceitos de ludicidade e aprendizado nos anos iniciais pode se 
produzir uma prática pedagógica bastante sucedida, basta conciliar os dois conceitos 
citados acima e segundo os autores pesquisados, é indispensável a junção deles para que a 
criança desenvolva a responsabilidade, a autoexpressão, a capacidade intelecutual, 
emocional, físico e psicológico, adquire um desenvolvimento gradativo, com melhoras no 
rendimento escolar, mudança positiva no comportamento, entre muitos outros aspectos, 
abrindo caminhos para o conhecimento. Além de possibilitar ao educador a elaboração de 
uma proposta didática eficaz natural e prazerosa. 
 
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer 
idade e não pode ser vista apenas como diversão. O 
desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o 
desenvolvimento pessoas, social e cultural, colabora para uma 
boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os 
processos de socialização, comunicação, expressão e construção 
do conhecimento (SANTOS E CRUZ, 1997, P. 12) 
 
 
As atividades lúdicas é um conjunto de elementos como: as brincadeiras, os jogos, as 
músicas, a arte, a expressão corporal, os desenhos, as histórias, as pinturas, enfim, tudo 
 
IV 
que auxiliam na aprendizagem da criança de forma prazerosa e quando bem administrada e 
com objetivos definidos desperta a espontaneidade delas, trazendo diversas possibilidades 
no aprendizado dentro e fora da sala de aula. 
 
A educação lúdica contribui e enfluencia na formação da criança, 
possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento 
permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático 
enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua 
prática exige a participação franca, criativa, livre e crítica, 
promovendo a interação social e tendo em vista o forte 
compromisso de transformação e modificação do meio (ALMEIDA 
1995, p. 41) 
 
 
Na medida em que a criança entra em contato com os brinquedos e com outras 
pessoas, ela cria relações e conhecimento sobre o mundo em que está inserida, 
possibilitando-a de desenvolver melhor os aspectos físicos, culturais e sociais. 
NEGRINE, (1994, p. 19) “sustenta que as contribuições das atividades lúdicas no 
desenvolvimento integral contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança 
e que todas as dimensões estão intrisicamente vinculadas: a inteligência, a afetividade, a 
motricidade e a sociabilidade[..]”. Essas qualidades são inseparáveis, sendo a afetividade 
que constitui a energia necessária para a progressãopsíquica, moral, intelectual e motriz da 
criança. 
Por meio das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, seleciona ideias, 
estabelece relações lógicas, põe em prática a liderança e desenvolvem a personalidade e o 
controle da mesma. Também contribui com a competividade, pois a vitória para elas é 
motivo de prazer e orgulho, bem como age diretamente na cooperação do grupo e da 
participação coletiva. 
De acordo com OLIVEIRA (1984, p. 43) “quando a criança brinca, ela aprende a se 
expressar no mundo criando novos brinquedos e com eles, participando de novas 
experiências e aquisições”. No convívio com outras crianças trava contato com a 
sociabilidade espontânea, ensaia movimentos do corpo e experimenta novas sensações. 
Dentre essas possibilidades pode-se ressaltar a contribuição para a formação de 
atitudes sociais, responsabilidade, cooperação, obediência ás regras e respeito mútuo, a 
contribuição na coordenação motora, melhora a autoestima, aumenta os conhecimentos e 
proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração. Além 
disso, cria um ambiente confortável, atraente e acolhedor, fazendo com que a criança 
adquire iniciativa, autoconfiança, autonomia e liberdade. 
 
V 
De acordo com VYGOTSKY (1998, p. 127) é no brincar que a criança consegue 
separar pensamentos e significados de palavras ou de objetos e a ação surge das ideias e 
não das coisas. Por exemplo: um pedaço de madeira torna-se um boneco, um cabo de 
vassoura em um cavalo e assim por diamte, representando uma grande evolução na 
maturidade da criança. Segundo o autor, através das brincadeiras de faz de conta, a criança 
tem a oportunidade de ser o que ela imagina, ou seja, através do seu imaginário ela vive 
suas próprias fantasias num mundo cheios de encanto e imaginação. 
Toda brincadeira gera um significado para a criança, além de proporcionar 
aprendizado, a mesma é uma maneira pela qual ela apropria-se do mundo de acordo com 
sua percepção. O brincar passa a ser uma língua de infância sob o universo. 
O jogo apresenta sempre duas funções no processo de ensino-aprendizagem. A 
primeira é lúdica, onde a criança encontra o prazer e satisfação no jogar, e a segunda é 
educativa, onde através do jogo a criança é educada para a convivência social, já que o 
mundo á qual faz parte possui leis e regras as quais precisam ser conhecidas e 
internalizadas. A criança estando em um constante processo de desenvolvimento, ela brinca 
porque a brincadeira propõe subsídios a se desenolver. 
Segundo PIAGET (1967),”[...] o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou 
brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, 
afetivo e moral. É através dele que acontece a construção do conhecimento, principalmente 
nos períodos sensório-motor e pré-operatório.[...]” 
De acordo com a teriria de LOPES (2002, p. 35), “[...] o objetivo dos jogos dentro do 
contexto pedagógico permite trabalhar ansiedade, rever limites, ampliar a auto capacidade 
da realização e o raciocínio lógico , desenvolver autonomia, desenvolver e aprimorar a 
coordenação motora e desenvolver a criatividade[...]” Nesse sentido, o autor destaca que o 
jogo é fundamental em todos os aspectos na vida da criança. 
Embora a ludicidade seja de extrema importância no processo de ensino 
aprendizagem, o autor deixa claro que é essencial a importância da conscientização e ds 
reflexão da escola e do educando sobre o lúdico, onde cabe também a eles muitos esforços 
como uma busca contante de pesquisa e conhecimento acerca da ludicidade como recurso 
pedagógico, a valorização da liberdade em aprender através de mecanismos simples e 
eficientes, a organização de espaços, a seleção e escolha dos brinquedos e um olhar 
constante voltados para os interesses e necessidades das crianças, buscando testar novas 
estratégias de ensino que atendam adequadamente á necessidade de formação de cada 
 
VI 
uma delas. 
O perfil de uma escola que desenvolve o brincar como meio de aprendizagem tem 
como função de educar bem, proporcionando um conhecimenti dinâmico e diversificado que 
privilegia habilidades necessárias ao mundo atual. Proporciona também um ensino de 
qualidade assegurando a essas crianças uma formação de valores e atitudes em relação ao 
outro e a si mesmo. 
 
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, 
brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que 
possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades 
infantis de relação interpessoal de ser e estar com as outras em 
uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso 
pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade 
social e cultural (BRASIL, 1998, p. 23) 
 
 
Por isso, o educador é a peça fundamental nesse processo, pois educar não é 
apenas repassar informações ou mostra apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar 
consciência de si mesmo e da socidade. È oferecer diversas ferramentas para que a criança 
possa escolher caminhos, aqueles que for compatível com seus valores, sua visão de 
mundo e com as circunstâncias desfavoráveis que cada um irá encontrar. 
Trabalhar com a ludicidade em sala de aula significa uma reorganização da prática 
pedagógica desempemhada pelo professor, onde ele deve absorver o lúdico como 
instrumento principal para o desenvolvimento intelectual, emocional, físico-motora e social 
das crianças. Além dessas razões, tornam as aulas mais atraentes e cria situações de 
descontração, fazendo com que o professor possa desenvolver diversos conteúdos, 
gerando uma integração entre as matérias curriculares. 
Segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 
30) “o professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento organizando e 
propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades 
afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança, dos seus conhecimentos prévios 
e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano.” 
O afeto pode ser uma maneira eficaz de aproximar o sujeito e a ludicidade em 
parceria com o professor-aluno e ajuda a enriquecer o processo de ensino-aprendizagem, 
pois a criança precisa de estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem e 
quando o educador dá destaque ás metodologias que fundamentam as atividades lúdicas, 
pode-se perceber um maior encantamento do aluno, porque brincando também se aprende. 
 
VII 
3. O LUGAR DO LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA 
CRIANÇA 
 
A criança de zero a seis anos de idade apresenta uma necessidade muito grande de 
brincar e está comprovado que a brincadeira estimula interesse e envolve-a de forma 
completa, pois tudo aquilo que é divertido torna-se mais interessante para elas. 
Na educação de modo geral, e principalmente na Educação Infantil, o brincar é um 
forte veículo de aprendizagem, onde a proposta do lúdico é levar uma alfabetização 
significativa na prática educativa, reunir o conhecimento através das características do 
conhecimento do mundo. Por meio do brincar, a criança experimenta, descobre, reinventa, 
adquire habilidades, além de despertar a criatividade, a autoconfiança, curiosidade e 
liberdade, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração 
devido a situação de alguns jogos e brincadeiras, assim gerando um amadurecimento de 
novos conhecimentos. 
 
A atividade lúdica, o jogo, o brinquedo, a brincadeira precisam ser 
melhorados, compreendidos e encontrar maior espaço para ser 
entendido como educação. Na medida em que os professores 
compreenderem toda sua capacidade de contribuir no 
desenvolvimento infantil, grandes mudanças irão acontecer na 
educação e nos sujeitos que estão inseridos nesses processo 
(GOÉS, 2008, p. 37) 
 
 
 
Para que a criança sinta-se amada e tenha desejo de aprender, o professor é a peça 
fundamental para guiare mediar o processo educativo, pois o educador que estimula, que 
brinca e trannsmite alegria, desperta no aluno o gosto pelo aprender. O profissional da 
educação infantil, envolvido com a sua missão de ensinar, deixa suas marcas no conviver, 
no fazer, no conhecer e no ser de cada educando. 
Parte da sociedade pensa que o brincar refere-se apenas como tempo perdido, sem 
valor pedagógico algum no que diz respeito ao desenvolvimento infantil, como se não 
acrescentasse nada na vida das crianças. Os pais deveriam conhecer e reconhcer os 
benefícios que o ato de brincar proporciona ás crianças, assim, além de mudarem suas 
posturas, valorizariam mais o brincar das crianças nas escolas, pois toda brincadeira gera 
um significado, além de favorecer o aprendizado, é uma maneira pela qual ela se adpta ao 
mundo de acordo com seu ato. O brincar passa a ser uma linguagem da infância sob o 
 
VIII 
universo. 
A atividade lúdica permite que a criança se prepare para a vida, tanto no mundo físico 
como social, pois a vida da criança gira em torno do brincar e é por essa razão que 
educadores têm utilizado a ludicidade na educação, por ser uma peça importante na 
formação da personalidade, tornando-se uma forma de construção de conhecimento. 
 
A essência do bom professor está na habilidade de planejar metas 
para a aprendizagem das crianças, mediar suas experiências, 
auxiliar no uso das diferentes linguagens, realizar intervenções e 
mudar a rota quando necessário. Talvez, os bons professores 
sejam os que respeitam as crianças e por isso levam qualidade 
lúdica para a sua prática pedagógica (GONZAGA, 2009, p. 39). 
 
 
É importante destacar que a motivação do educador escolar para apresentar a 
atividade lúdica é fundamental para que o aluno possa manifestar o interesse para criar, 
desenvolver e participar, para que assim, ele possa buscar a construção do conhecimento. 
O desenvolvimento lúdico nas atividades pedagógicas escolar não deve ser visto apenas 
como descontração, mas também como meio para o desenvolvimento do aperfeiçoamento 
do raciocínio lógico congintivo e social de maneira espontânea e prazerosa para a criança. 
 
4. O UNIVERSO INFANTIL: BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS 
 
O brinquedo faz parte da vida da criança e está atrelado ao brincar e é considerado 
como objeto lúdico no suporte para brincadeiras, pois o mesmo estimulaa representação e 
é um objeto pelo qual as crianças estabelecem relações com o mundo que as cerca. 
Segundo WAJSKOP (2007), “[...]brinquedo é o objeto de uso próprio da infância, cuja 
ação lúdica é pura decorrência e o brinquedo propicia a imaginação de situações e histórias 
diferentes e é isso que faz deles objetos especiais, ou seja, brinquedos. Os brinquedos 
trazem em si um conjunto de imagens que convida as crianças a brincar e que estão 
associados a um contexto cultural específico [...]”. 
Pode-se dizer que o brinquedo também é uma produção cultural da criança, pois no 
momento da brincadeira, a criança faz de qualquer objeto o seu brinquedo. Ela cria e recria 
de acordo com sua imaginação, com sua brincadeira e contexto. Um exemplo disso é uma 
vassoura que se torna um cavalo, um copo virar um microfone ou um tecladinho virar um 
computador, depende do que a criança deseja representar ou expressar, depende da sua 
 
IX 
imaginação. 
 
Tudo aquilo do mundo real que for usado pela criança para fazer 
suas experiências e descobertas, para expressar-se e lidar com 
seu mundo interno e subjetivo diante da realidade desses objetos, 
das coisas concretas e objetivas, podem ser condiderado 
brinquedo ( MACHADO, 2003, p. 35) 
 
 
Compreende-se então que brinquedo é qualquer objeto que se transforma a partir da 
atuação da criança, tornando-se assim um suporte para a brincadeira e não um objeto 
determinante na mesma. Com isso, entende-se que não é o brinquedo que delimita a 
brincadeira, mas a brincadeira que diz o significado do brinquedo. Nesse momento lúdico, o 
brinquedo auxilia a criança na reconstrução de elementos da realidade, o que faz com que 
ela compreenda segundo sua maneira de pensar. 
O brinquedo assume formas e significados de acordo com a necessidade das 
crianças, é um objeto que pode ser transformado quando ligado á sua realidade ou a 
manipulação desta. Por meio do brinquedo a criança reorganiza, constrói e reconstrói 
relações entre situações no pensamento e situações reais. MACHADO (2003, p. 34) nos diz 
com relação á ação do brincar da criança, “[...]que o sucesso das experiências culturais 
adultas dependerá da confiança construída e adquirida a partir de experiências boas na 
infância [...]”. 
A brincadeira é o lúdico em ação expressa por meio do jogo ou do brinquedo, 
entretando, este fato não é via de regra, não são fatores determinantes para tal ação. O ato 
de brincar pode ser conduzido independentemente de tempo, espaço ou de objetos, fato 
que na brincadeira a criança cria, recria, reinventa e usa sua imaginação. 
É por meio da brincadeira que a criança contrói suas aprendizagens e conhecimentos 
e é nesse momento que sua imaginação se intensifica e representa o mundo social que a 
cerca, bem como as formas de comportamento que lhes são referentes. 
As brincadeiras de roda, cantigas, músicas, mímicas, parlendas permitem a expansão 
da criatividade, desenvolve a atenção, a aproximação entre as pessoas, o conhecimento e a 
valorização da cultura, a expressão oral e a audição. 
 
 
 
 
X 
5. A BRINQUEDOTECA COMO ESPAÇO PRIVILEGIADO PARA O 
BRINCAR 
 
A brinquedoteca é um espaço destinado ao desenvolvimento de atividades lúdicas 
das crianças, estimulando, assim, a criatividade e a socialização. É um local onde as 
mesmas podem interagir com variados brinquedos e com crianças de diferentes faixas 
etárias. 
Ao ouvir o termo brinquedoteca pode-se pensar em um espaço que contém 
brinquedos, porém não se trata de um depósito de brinquedos. GRASSI (2013) afirma que 
brinquedoteca é composta por brinquedos e outros objetos lúdicos, os quais a criança pode 
pegar emprestado para levar para a casa ou pode brincar na própria brinquedoteca. 
 
A brinquedoteca se apresenta como um espaço onde a criança, 
utilizando o lúdico, constrói suas próprias aprendizagens, 
desenvolvendo-se em um ambiente acolhedor, natural e que 
funciona como fonte de estímulos, para o desenvolvimento de 
suas trinta e sete capacidades estéticas e criativas, favorecendo 
ainda sua curiosidade. È um espaço para desenhar, experimentar, 
vivenciar, jogar, satisfazer, enfim, as necessidades de seus 
usuários (NOFFS, 2005, p. 160). 
 
 
A brinquedoteca é um ambiente que tem magia, alegria, encanto, é um lugar 
especial. È um espaço dedicado á ludicidade, ao prazer, á criatividade, á felicidade, á 
autoestima, ao desenvolvimento do pensamento, á construção do conhecimento, um 
ambiente em que a criança será estimulada a construir suas aprendizagens. 
O espaço da brinquedoteca deve ser aconchegante, encantador, prazeroso, 
estimulante, ventilado, ampli,organizado e ter segurança, de modo que a criança se sinta 
bem. Deve conter também um educador/brinqueditsa, isto é, um profissional mediador que 
deixe o espaço organizado e adequado para o desenvolvimento da criança. Segundo 
NOFFS (2005, p. 180),“[...]o papel do educador é muito importante, pois possibilita organizar 
esse espaço respeitando o desempenho das crianças, participando junto com elas [...]” 
 
6. METODOLOGIA 
 
A metodologia na busca utilizada para a presente pesquisa realizada foi qualitativa de 
 
XI 
cunho bibliográfico, visando o envolvimento no conhecimento do que uma pesquisa pode 
nos possibilitar em conhecimento, tendo um compromisso com os valores encontrados nos 
estudos sobre o tema ludicidade na educação infantil. 
Foram utilizados os seguintes métodos: livros referentes ao tema nos anos iniciais 
como também as articulações de ideias com bases em outros autores. 
Através dessa pesquisaé possível investigar, identificar e refletir sobre a importância 
da ludicidade na Educação Infantil, pois é nesta fase que está sendo construída a base para 
a formação da criança. 
Todos os temas relacionados nesta pesquisa foram feitas através de leitura de livros, 
artigos, sites e vídeos. Estes foram relacionados com o objetivo de adquirir conhecimentos 
no que se refere a importância do brincar nos anos iniciais. Essa se dá através de trocas de 
experiências e a busca de uma interação assídua para juntos buscar um educação de 
qualidade para todos. 
A problemática do trabalho realizado visou verificar qual contribuição do brincar para 
o desenvolvimento da criança e quais processos podem ser desenvolvidos para uma 
interação entre elas. Diante de todo estudo realizado percebe que a participação e o 
interesse da criança com o brinquedo é possível mudar os rumos da educação. 
Os objetivos propostos para a realização desse trabalho foram alcançados com 
enormes êxitos. Percebo o quanto é positivo a escola utilizar certos tipos de brincadeiras 
como métodos de aprendizagem. Ao longo desse percurso, vários pontos foram 
significativos para minha formação, pois esse trabalho veio para somar positivamente na 
formação docente com o profissional. 
O trabalho realizado pretende mostrar a importância do lúdico na educação infantil, 
as suas contribuições no processo ensino-aprendizagem, bem como na construção do 
processo de imaginação, criatividade, desenvolvimento motor, interação social e no 
aprendizado de regras. Desse modo, entende-se que a vivência lúdica no contexto escolar 
abre caminhos para a integração de vários aspectos do ser humano, além de promover um 
aprendizado de forma natural e prazeroso, possibilitando a todos o envolvido a se perceber 
enquanto um ser único e relacionar-se melhor consigo mesmo e com o mundo. 
 
7. CONCLUSÃO 
 
Diante dos pensamentos dos autores citados acima entende que as atividades 
 
XII 
lúdicas auxiliam a criança nesse processo de ensino-aprendizagem, no qual proporciona 
situações imaginárias onde ocorrerá o desenvolvimento cognitivo e a interação com outras 
crianças e adultos, ao qual se dará o acréscimo de conhecimento de ambos. 
Essa interatividade entre os alunos, a socialização de ideias e troca de informações 
são elementos indispensáveis nas aulas em todas as disciplinas e em todas as fases da 
escolaridade. Valores como respeito, valorização e discussão do raciocínio, das soluções e 
o questionamento dos alunos, deve ser uma preocupação constante do professor na 
educação infantil. Sendo assim, é essencial a utilização das brincadeiras e jogos no 
contexto escolar. 
De acordo com Ferreira, Misse e Bonadio (2004, p. 222-223), “[...] o brincar deve ser 
um dos eixos da organização escolar: a sala de aula fica mais enriquecida de 
desenvolvimento motor, intelectual e criativo da criança. E quando o professor propõe 
ensinar por meio das brincadeiras, usarem o lúdico como método de ensino, ele constói uma 
relação afetiva com a criança no qual possibilita um aprendizado prazeroso tanto para ele 
quanto para a criança [..]” E essa afetividade entre professor e aluno é um dos fatores que 
intereferem e que garantem melhor a construção do conheimento de cada um. 
Mas para isso acontecer, o material deve ser suficiente tanto a quantidade quanto a 
diversidade onde o professor pode enriquecê-lo introduzindo novos personagens ou novas 
situações tornando-o mais interessante para as crianças. Cabe também ao professor 
observar atentamente cada movimento ou gesto da criança para que ele possa refletir suas 
atitudes, avaliar seu desenvolvimento, acompanhar suas novas aquisições e as relações 
com os colegas. 
O ideal seria a criação de brinquedotecas nas instituições de ensino, onde de acordo 
com CUNHA, “[...] a brinquedoteca é um espaço criado para favorecer a brincadeira, onde 
as crianças e adultos vão para brincar livremente, com todo estímulo á manifestação de 
suas potencialidades e necessidades lúdicas [...]”. 
Apesar dos brinquedos serem a principal atração de uma brinquedoteca, ela pode ser 
também um espaço sem brinquedo onde o personagem principal passa a ser o professor 
através de outras atividades lúdicas de estímulos e critividade. Cabe a ele definir de forma 
bem específica os objetivos há serem alcançados para que possam render resultados 
positivos. 
Os jogos e brincadeiras são de extrema importância na vida de qualquer criança, pois 
através deles as crianças entram em contato com situações diversas, desenvolve e estimula 
 
XIII 
a sua linguagem, favorecendo o desenvolvimento afetivo, cognitivo, motor, social e moral. 
Através dos jogos e brincadeiras, as crianças conseguem trazer o mundo para sua 
realidade, permitindo o desenvolvimento de sua inteligência, sua sensibilidade, habilidades e 
criatividade. Portanto, devem ser avaliados de forma diagnóstica e contínua, permitindo o 
resgate da educação de qualidade, buscando formar indivíduos integrados na sociedade 
exercendo inclusive sua cidadania. 
Encerro esse trabalho com a música “Aquarela”, de Toquinho, porque acredito que a 
imaginação,a criatividade, a fantasia, o desenvolvimento motor, a interação social, a 
produção de cultura, o aprendizado de regras, etc, são algumas das possibilidades que o 
lúdico oferece, comprovando a real importância do brincar. E mesmo que nada disso fosse 
verdade, só o prazer que a liberdade de brincar produz. Já seria por si só, um excelente 
motivo para praticá-la. Afinal, no findar de nossa caminhada, o sol amarelo descolorirá, o 
castelo descolorirá e o que nos restará? Com certeza, a lembrança de quem já foi criança a 
brincar. 
 
Numa folha quaquer eu desenho um sol amarelo 
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo 
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva, 
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-xchuva. 
 
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel, 
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu. 
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul, 
Vou com ela, viajando, Havaí, Pequim ou Istambul 
Pinto um barco a vela branco, navegando, é tanto céu e mar num beijo azul. 
 
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená. 
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar. 
Basta imaginar e ele está partindo, sereno, indo, 
E se a gente quiser ele vai pousar... 
 
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida 
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida. 
De uma América a outra consigo passar num segundo, 
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo. 
 
XIV 
 
Um menino caminha e caminhando chega no muro 
E ali logo em frente, a esperar pela gente o futuro está. 
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar, 
Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar. 
Sem pedir licença muda nossa vida, 
Depois convida rir ou chorar. 
 
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá. 
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar. 
Vamos todos numa linda passarela 
De uma aquerela que um dia, enfim, descolorirá. 
 
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá) 
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá) 
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (que descolorirá). 
 
(AQUERELA, TOQUINHO) 
 
 
Brincar é um direito fundamental de todas as crianças e cada uma delas deve estar 
em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas 
necessidades básicas de aprendizagem. A escola deve oferecer oportunidades para a 
construção do conhecimento através da descoberta e da invenção, elementos estes 
indispensáveis para a participação ativa da criança no seu meio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XV 
8.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALMEIDA, P. N. (1995). Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola. 
 
BRASIL. (1998). Leide Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n° 9394. Brasília. 
 
CRUZ, M. P. (1997). Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis: Vozes. 
 
CUNHA, N. H. (1994). Brinquedoteca: um mergulho no brincar. São Paulo: Maltese. 
 
GOÉS. (2008). A brincadeira e a criança na Educação Infantil. São Paulo. 
 
GONZAGA. (2009). A importância do brincar na educação infantil. São Paulo. 
 
GRASSI, T. M. (2013). Oficinas Pedagógicas. Curitiba: InterSaberes. 
 
LOPES, M. G. (2002). Jogos na Educação: criar, fazer e jogar. São Paulo: Cortez. 
 
NEGRINE, A. (1994). Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Propil. 
 
NOFFS, N. A. (2005). A brinquedoteca na visão Psicopedagógica. São Paulo: Vozes. 
 
OLIVEIRA, Z. R. (1984). Educação Infantil: Fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez. 
 
PIAGET, J. (1967). A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 
 
VYGOTSKY, L. S. (1998). Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes. 
 
WAJSKOP, G. (2007). Brincar na pré-escola. São Paulo: Cortez.

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