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UCIV SP1 – MÃOS NA MASSA FISIOPATOLOGIA DA FEBRE A temperatura geralmente apresenta-se em níveis constantes exceto na ocorrência de doenças febris. A temperatura corporal considerada como normal varia de 36,5 á 37º no que tange a temperatura oral. No que se refere a temperatura retal costuma ser 0,6º mais elevada. A temperatura corporal pode se elevar em casos de exercícios por exemplo. A temperatura corporal é controlada pelo equilíbrio entre perda de calor e ganho de calor, quando a intensidade de produção de calor é maior que a perda a temperatura se eleva. Produção de Calor: a produção do calor é um dos principais produtos do metabolismo. Fatores importantes : 1) intensidade do metabolismo basal de todas as células do corpo. 2) intensidade extra do metabolismo causada por atividade muscular (incluindo calafrios) 3) Metabolismo extra causado pelo efeito da tiroxina (hormônio do crescimento e a testosterona) 4)Metabolismo extra causado pelo efeito da epinefrina, norepinefrina e pela estimulação simpática das células. 5)Metabolismo extra provocado pelo aumento da atividade das células em especial quando a temperatura das células se eleva. 6)Metabolismo extra necessário para a digestão, absorção e armazenamento dos alimentos. Perda de Calor: Grande parte do calor produzido pelo corpo é gerada nos órgãos profundos (Fígado, cérebro e coração) e nos músculos esqueléticos durante o exercício. A seguir esse calor é transferido dos órgãos e tecidos profundos para a pele, onde ele é perdido o ar e para o meio ambiente. A velocidade da perda de calor é determinada por 2 fatores: 1)Velocidade de condução de calor de onde ele é produzido no centro do corpo para a pele. 2) Velocidade de transferência de calor da pele para o ambiente. Sistema de Isolamento do Corpo A pele e os tecidos subcutâneos em geral especialmente o tecido adiposo atuam como isolantes térmicos, esse isolamento abaixo da pele é importante para manter a temperatura central normal. O fluxo de sangue do centro do corpo para a pele é responsável pela transferência de calor. Inúmeros vasos sanguíneos estão distribuídos por baixo da pele, Importante é o plexo venoso contínuo é plexo venoso contínuo. O volume de sangue no plexo venoso da pele pode variar de valores próximos a 0 á 30% do débito cardíaco. A alta velocidade do fluxo na pele faz com que o calor seja conduzido do centro do corpo para a pele com grande eficiência. A redução do fluxo para os capilares pode diminuir a condução do centro do corpo. O fluxo sanguíneo para a pele é então a fonte de maior transferência de calor do centro do corpo para a pele. A condução de calor para a pele pelo sangue é controlada pelo grau de vasoconstrição das arteríolas que suprem o plexos venosos da pele. A vasoconstrição é controlada pelo sistema simpático. Hipotálamo Como Regulador da Temperatura Corporal A temperatura corporal é regulada quase que inteiramente por mecanismos de feedbacks neurais e quase todos esses mecanismos operam por meio de centros regulatórios de temperatura, localizados no hipotálamo. Para ocorrer a operação desses mecanismos devem haver detectores de temperatura para determinar quando está alta ou baixa demais. Área hipotalâmica anterior pré-optica contém grande número de neurônios sensíveis ao calor e um terço dos neurônios sensíveis ao frio. Esses neurônios atuam como sensores de temperatura para o controle. Quando a área pré-óptica é aquecida, a pele de todo o corpo imediatamente produz sudorese profusa, enquanto os vasos da pele de todo o corpo ficam dilatos. Causando perda de calor. Quando o hipotálamo detecta que o corpo está com temperatura elevada ou diminuída imediatamente aciona mecanismos de redução ou aumento. EFEITOS DE DIMINUIÇÃO DA TEMPERATURA Vasodilatação dos vasos sanguíneos cutâneos: os vasos da pele se dilatam intensamente, causado pela inibição de áreas do hipotálamo que causam vasoconstrição (A dilatação aumenta a passagem de calor do sangue para pele). Sudorese: Quando a temperatura se eleva acima de 37º ou seja 1º a mais ocorre a sudorese com o intuito de manter a temperatura basal. Diminuição da produção de calor MECANISMO DE AUMENTO DE CALOR Vasoconstrição da pele por todo corpo: causada por estímulos dos centros simpáticos hipotalâmicos posterior. Piloereção: Significa pelos eriçados, o estímulo sináptico faz com que os músculos eretores dos pelos aos folículos pilosos se contraiam colocando os pelos na posição vertical. Aumento da Termogênese: a produção de calor pelos sistemas metabólicos é aumentada pela promoção de calafrios, excitação simpática da produção de calor e secreção de tiroxina. Febre Significa que a temperatura corporal está acima da faixa normal de variação. Podendo ser provocada por anormalidades no cérebro, substâncias tóxicas que afetam os centros de regulação corporal. Doenças Bacterianas ou virais, tumores cerebrais e condições ambientais. Efeitos dos pirogênios Algumas proteínas fruto da degradação das proteínas e outras substâncias especialmente as toxinas de lipossacarídeos oriundos da membrana celular de bactérias, podem fazer com que o ponto de ajuste do termostato hipotalâmico se eleve. Os pirogênios eliminados pelas bactérias toxicas causam febre em condições patológicas. O ponto de ajuste do centro de regulação hipotalâmico da temperatura se eleva acima do normal, todos os mecanismos para a elevação da temperatura se eleva acima do normal, todos os mecanismos para a elevação da temperatura começam a agir incluindo a conservação e produção de calor. Alguns pirogênios atuam imediatamente modificando o ponto de ajuste do hipotálamo, outras entretanto, necessitam de várias horas de latência para causar seus efeitos (Bactérias Gram Negativas) Quando as bactérias ou produto das bactérias estão no sangue ou nos tecidos são fagocitados pelos leucócitos do sangue, macrófagos teciduais e pelos grandes linfócitos. Essas células digerem os produtos bacterianos e liberam citocinas grupo de moléculas de sinalização, participam das respostas imunes e adaptativas. Uma das mais importantes citocinas que causam a febre é a INTERLEUCINA. É liberada pelos macrófagos para os líquidos corporais e quando chega ao hipotálamo quase imediatamente ativa os processos produtores de febre aumentando a temperatura em 10 minutos. A interleucina causa a liberação de prostaglandinas que atua no hipotálamo para a formação da febre. Quando a formação de prostaglandinas é bloqueada por fármacos a febre pode ser abortada ou diminuída. Infecção Urinária Pode ser definida como a presença de um microorganismo patogênico na urina e nas estruturas que compõe o aparelho urinário (uretra, bexiga, rim, próstata). É mais comum em mulheres devido a menor extensão da uretra feminina e a proximidade com o anus o que favorece a ascensão de patógenos no aparelho urinário. Mais forte em mulheres com vida sexual ativa. Podem ser classificadas quanto: sítio anatômico, origem do patógeno, presença de complicações, presença de cateter e presença ou não de sintomas. Podem ser do trato urinário baixo (Cistites) Podem ser do trato urinário alto (pielonefrites) O patógeno pode ter origem comunitária ou hospitalar. ITU COMPLICADA: Infecção do trato urinário com repercussão sistêmica, que está associada a algumas condições pré existentes do indivíduo que podem resultam em maior dificuldade no tratamento. (anormalidades urológicas, imunossupressão, insuficiência renal crônica, transplante renal). Com a presença de febre, calafrios e fadiga. ITU ASSOCIADA A CATETER: ocorre em pessoas com o uso de cateterismo do trato urinário ou que tenha feito uso de cateter nas ultimas 48h. ITU RECORRENTE: Aquela que ocorre pelo menos 3 vezes ao ano ou quando ocorre 2 episódios nos últimos 6 meses. Na maioria das infecções acessam estruturas do aparelho urinário ascendendo a partir da uretra. Chegando até a bexiga e parênquima renal. Não somente a presença do patógeno resulta na doença, correlaciona-se tanto a virulência quanto fatores predisponentes do hospedeiro. Virulência: A mucosa vesical é rica em mucina que visa dificultar a aderência de bactérias na região. No entanto a virulência ou capacidade de adesão da bactéria diz respeito exatamente a capacidade do patógeno de romper a camada de mucina e aderir ao urotélio para que isso aconteça as bactérias atuam melhorando sua motilidade, induzindo a formação de poros, conferindo resistência a capsula. Cistite: Sintomas de Disúria (Dor para urinar), polaciúria, dor na região suprapúbica e hematúria. Pielonefrite: Sinais e sintomas sistêmicos direcionam para cá, febre, vômito, náuseas. Além de Giordano positivo Pode ser considera internação em caso de pielonefrite complicada. Agentes Causadores de ITU Geralmente é causada por bactérias GRAM NEGATIVAS originárias da flora intestinal, Escherichia Coli é o principal causador, em seguida seguem-se por Klebsiella sp e Proteus Mirabillis. Entretanto em mulheres com vida sexual ativa pode ocorrer a infecção pelo coco gram-positivo Staphylococus Saprophyticus, sendo o segundo patógeno causador de ITU. Podendo também estar presente a Chamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum, Neisseria gonorrhoeae e herpes vírus. No contextos Hospitalar: Pseudomonas sp., Enterococcus e Staphylococcus aureus. Inflamação VS Infecção Inflamação É uma resposta do organismo a uma agressão como cortes e batidas, pode partir do sistema imunológico, no qual são as nossas células de defesa que agridem o corpo, ocorre a dilatação de vasos aumento do fluxo sanguíneo e de outros fluidos corporais para o local lesionado. -Vermelhidão, inchaço, dor e aquecimento da área. Infecção Causadas por agentes externos o organismo reage a entrada de um microorganismo (bactéria, vírus, fungo ou parasita) nesse processo as células de defesa tentam combater o invasor o que pode dar origem a pus. -Febre, dor local, aparecimento de pus, dores musculares. As infecções são geralmente tratadas com antibióticos Já os anti-inflamatórios agem exclusivamente no controle e alívio das manifestações da inflamação. Estas drogas, que muitas vezes são usadas com os antibióticos, para aliviar os sintomas inflamatórios associados, podem ser de diversas classes, tanto esteroides (corticoide) como não- esteroides (ácido acetilsalicílico, indometacina, naproxeno e outros). Devem ser usados com cautela, pois não substituem a ação de antibióticos e podem ter efeitos colaterais sérios, como insuficiência renal, gastrite e sangramentos. Protocolo Manchester Protocolo de seleção de pacientes adotado no mundo todo, sendo aplicado pela primeira vez em Manchester (Inglaterra). É um método de triagem de pacientes que determina escalas de urgência, os pacientes que necessitam de atendimento mais imediato são atendidos primeiro, sendo classificados em graus de gravidade com tempo de espera determinado. A classificação é feita de acordo com as queixas e sintomas e com os principais fatores, que impactam o tempo em que o paciente pode esperar: Risco de morte, escala de dor, hemorragia, temperatura, glicemia. Após a Avaliação o paciente é colocado em determinada cor: Vermelho: emergência e atendimento imediato, significando risco de morte eminente (Traumatismos, acidentes automobilísticos) Laranja: Muito urgente e precisa ser atendido o mais rápido possível, infarto, suspeita de AVC. Ocorre nesses casos uma janela de tempo para intervenção clínica devendo ser seguida. Amarelo: Urgência, necessitando de avaliação mais detalhada, porém com condição clínica de aguardar. Normalmente ocorre em processos infecciosos que podem requerer o uso de medicamentos endovenoso. Verde: Pouco urgente, podendo aguardar assistência médica ou ser encaminhado a outra unidade de saúde. Pequenos ferimentos, resfriados. Azul: Não urgente, podendo o paciente aguardar até 240 minutos. http://www.posunifae.com.br/noticias/590/como-lidar-com-a-gastrite-nervosa Uso de Antibióticos Antibióticos são substâncias capazes de impedir ou eliminar a multiplicação das bactérias, por isso são utilizados no tratamento de doenças bacterianas. Anteriormente a eles as pessoas acabavam morrendo em decorrência das infecções. Atualmente entretanto o uso de antibióticos faz com que as bactérias se tornem resistentes aos tratamentos gerando graves problemas. O uso indiscriminado ocorre quando os antibióticos são usados para tratar infecções que não são causadas por bactérias, quando tomados em doses incorretas e quando o tratamento é inadequado. Como o Uso incorreto causa resistência? Quando se inicia o uso de antibióticos o doente geralmente apresenta febre e dor. Com a tomada das primeiras doses as bactérias mais frágeis começam a ser eliminadas e os sintomas melhoram. Se o paciente suspender o uso nesse tempo as bactérias mais fortes continuarão a se multiplicar e os sintomas vão reaparecer. Como as novas bactérias são descendentes daquelas mais resistentes é provável que o mesmo medicamento não funcione (cure a infecção). Como Evitar a Resistência: - Nunca utilizar antibióticos sem prescrição médica. -Usar a dose prescrita e seguir os horários. -Nunca parar o tratamento antes do indicado mesmo que os sintomas tenham sumido. -Não usar fora do prazo de validade. -Evitar guardar sobras em casa. Sempre pedir auxilio ao profissional da saúde. As Superbactérias: imunes a um grande número de antibióticos capazes de levar a surtos de infecções hospitalares, desencadeando a morte de inúmeras pessoas. Conduta com criança com febre e remédios usados Sinais de Alerta: Criança com idade inferior a 3 meses, recém nascidos, febre de mais de 39,4º (acompanhada de calafrios), mau estado geral, letargia, irritabilidade estar excessiva, ausência de sono, choro inconsolável. Duração da febre maior de 72h. Crianças com febre não devem ser despidas ou muito agasalhadas, em caso de frio protegida com cobertor, em ambiente ventilado. Devem ser admitidos líquidos (tolerância aos gostos da criança) Antitérmicos: A prescrição deve ser bem pensada, sendo a prescrição leviana pode causar preocupação. Estudos recentes mostram que a prescrição dessas drogas não causa prejuízos. Drogas antipiréticas não devem ser utilizadas com o objetivo de reduzir a temperatura corporal. Ao optar por prescrever Antitérmicos o médico deve alertar de que essa droga não abaixará a temperatura até o nível normal, e não impedirá picos febris de se repetirem por alguns dias. As drogas antipiréticas devem ser usadas em regime de MONOTERAPIA (Não sobrepondo ou intercalando drogas diferentes). As drogas Antipiréticas: consideradas efetivas por abaixarem cerca de 2º ou 1º, Paracetamol, dipirona e o ibuprofeno. OMS afirma que Antipiréticos não devem ser indicados a TODAS as crianças com febre. A febre é a elevação da temperatura corpórea controlada pelo sistema nervoso central em resposta a um estímulo exógeno ou endógeno. Pode ser sintoma de uma gama de doenças infecciosas ou não. Puericultura e acompanhamento da criança Consulta médica periódica de uma criança, onde deve estar presente: Orientações educativas, ações de promoção de saúde, prevenção de doenças, e observações de riscos de vulnerabilidade. É papel da puericultura avaliar questões referentes a vulnerabilidades sociais que cercam o desenvolvimento da criança. A Puericultura deve planejar suas ações com base nas características específicas da criança tomando como base a faixa etária e as demandas envolvidas no processo de crescimento e desenvolvimento. Frequência das Consultas: 1º Ano: Mínimo de 7 consultas de rotina. Na 1º semana, 1º/2º/4º/6º/9º e 12º mês. 2º Ano: Mínimo de 2 consultas, sendo realizadas no 14 e 24 mês. A Partir dos 2 anos podem ser anuais. Dados antropométricos da Puericultura A avaliação do crescimento e desenvolvimento faz parte da puericultura. Deve-se realizar: -Peso. -IMC -Comprimento/ Altura. -Perímetro Cefálico -Perímetro Torácico -Circunferência Abdominal (Os perímetros até os 3 anos apenas) As medidas de Peso, Altura, IMC e perímetro cefálico devem ser transpostas para as curvas disponíveis na Caderneta de Saúde da Criança, e as informações compartilhadas com os pais. Os gráficos da Caderneta são baseados em recomendações da OMS, para crianças de qualquer pais e etnia, no entanto diagnósticos sobre desvios de crescimento e peso devem ser avaliados segundo as condições de vida da criança. As curvas possuem pontos de corte baseados no Score Z, um ponto em que não esteja entre as linhas vermelhas (escore z Menor ou Igual á +2 ou maior ou igual a -2) indicam um problema de crescimento. O peso pode ser aferido por meio da balança pediátrica que deve ser utilizada para crianças até 25kg e menores de 2 anos. Para crianças maiores de 2 anos o peso deve ser aferido em pé na balança de adulto. A medida do comprimento é realizada com a régua antropométrica, com a haste fixa na cabeça e móvel nos pés da criança. Em crianças maiores de 2 anos usar o estadiômetro. O IMC, indica a quantidade de reserva energética e tecido adiposo que a criança possui. Perímetro Cefálico Medido em todas as consultas até os 2 anos de idade. Deve ser medida com uma fita métrica maleável, envolvendo os maiores diâmetros frontoccipital na testa e na porção mais proeminente do osso occipital. Cada criança deve possuir apenas um Cartão, onde o profissional de saúde deverá anotar todas as informações mais importantes sobre a história da saúde e desenvolvimento da criança. O serviço de saúde pode manter uma cópia (ou espelho) deste cartão, anexada ao prontuário ou a ficha da criança. Resposta Imune a Bactérias A resposta imune tem papel fundamental na defesa contra agentes infecciosos e se constitui como principal impedimento para a ocorrência de infecções disseminadas, associadas com alto índice de mortalidade. Resposta Imune: é uma reação aos componentes microorganismos, bem como as macromoléculas, como polissacarídeos e oligassacarídeos e pequenos agentes químicos que são conhecidos como estranhos, independente da consequência fisiológica ou patológica de tal reação. O corpo humano possui capacidade de controlar doenças infecciosas por meio de vários mecanismos diferentes, barreiras físicas impedem que as bactérias adentrem o corpo. Quando as barreiras físicas são quebradas o sistema imune é acionado, a Imunidade Inata (construtiva) fornecida por proteínas pré-formadas e células imunes (fagócitos) que são ativadas por proteínas estranhas inespecíficas, possibilitando uma resposta imediata ao corpo estranho. A imunidade Adaptativa: inclui respostas adaptativas tanto precoces quanto tardias ativadas por proteínas antigênicas específicas. (produção de anticorpos ativos contra as cepas específicas de S. Pneumoniae) a ativação dessas células pode levar dias em hospedeiros virgens. Imunidade protetora: ocorre após a infecção inicial, por meio da geração de linfócitos de memória e anticorpos patógeno-específicos, possibilitando uma resposta muito mais rápida em caso de reinfecção. Defesas Construtivas do Corpo Constituem barreiras físicas (pele) e químicas (secreções gástricas ácidas). Resposta Inflamatória Quando um microrganismo atravessa a epiderme ou a superfícies endotelial da mucosa ele encontra outros mecanismos de defesa . Sinais de inflamação, como o calor, eritema, dor e inchaço são aspectos característicos de infecção localizada, lesão tecidual e resposta do corpo a lesão. O suprimento de sanguíneo da área afetada aumenta em resposta a vasodilatação e os capilares tornam-se mais permeáveis permitindo que anticorpos, complemento e leucócitos atravessem o endotélio e alcancem o local da lesão. O Ph do tecido inflamado é reduzido, criando um ambiente inóspito para os microorganismos, o fluxo sanguíneo aumentado possibilita o recrutamento continuado de células inflamatórias bem como componentes necessários para reparo e recuperação do tecido. As citocinas pró-inflamatórias incluem interleucina 1, promovendo febre, sinais inflamatórios, desencadeiam respostas catabólicas. Durante uma infecção grave, ocorre uma mudança na síntese hepática de proteínas, resultando em quantidade aumentada de algumas proteínas e diminuídas de outras. A hiperemia inflamatória e neutrofilia sistêmica potencializam o transporte de fagócitos a locais de infecção. Depois que as barreiras foram ultrapassadas as células fagocitárias (macrófagos, neutrófilos e monócitos) constituem a próxima linha de defesa contra os agentes infecciosos. O processo de internalização do microorganismo por fagocitose envolve aderência do organismo a superfície da célula. Isso desencadeia a extensão dos pseudópodes para encarcerar a bactéria em uma vesícula endocítica ou fagossomo. O neutrófilo polimorfonuclear (PMN) circulante é um componente importante da resposta imune do hospedeiro que na ausência de infecção circula em estado quiescente. Após a fagocitose o mecanismo de destruição do microrganismo pode ser dependente de oxigênio ou não, Diminuição dos neutrófilos circulantes pode favorecer a infecção. Exames de Urocultura, parcial de urina e antibiograma Exame de Urina A principal indicação para a solicitação do exame de urina refere-se a possibilidade de haver uma infecção urinária. A urina é coletada de jato médio (despreza-se o primeiro jato por poder conter células e bactérias em excesso), deve ser armazenada em frasco limpo e seco. Deve-se realizar higiene da região intima antes de realizar a coleta para evitar possível contaminação da amostra. Amostra deve ser analisada em até 1h após a coleta, caso não for possível deve ser refrigerada. Tempo médio para os resultados dos exames é de 1h e 30 minutos. Análise Física : Aspecto, cor e odor. Cor: A urina normal apresenta aspecto claro, transparente. Turvações podem acontecer em urinas que apresentam fosfatos amorfos ou em urinas ácidas. Pode se apresentar mais escura ou clara dependendo da sua concentração. Coloração normal: Amarelo transparente ou escurecido. Odor: possui um odor característico (sui generis), com o passar do tempo da coleta a urina pode apresentar um odor amoniacal. Odor doce ou frutado pode indicar diabetes mellitus. Odores fétidos tem característica de infecção urinária. Densidade considerada normal é de 1.015 á 1,021. Análise Química Feita por meio de fita reagente, onde são avaliados o Ph, proteínas, glicose, cetônas, urobilinogênio, bilirrubinas, hemoglobina, nitrato e leucócitos. Ph: Vária entre 4,5 á 8,0, sendo a urina da manhã mais ácida (5,0 á 6,0) pode inferir informações a cerca do equilíbrio ácido básico do organismo, detecção de distúrbios eletrolíticos. Proteína: Incomuns de serem encontradas no exame de urina, sendo um importante marcador de lesão renal. Proteinúria: excreção elevada de proteínas pelos rins, podendo ser classificada da seguinte forma: Proteinúria elevada: excreção de >3,5g de proteína em 24h, é característica de síndrome nefrótica, mas pode estar presente em glomerulonefrite. Proteinúria Moderada: excreção de 0,5 á 3,5g de proteínas em 24h. presente em glomerulonefrite crônica, nefropatia diabética. Proteinúria mínima: Excreção de <0,5g de proteína em 24h. Glicose: Filtrada pelo glomérulo e reabsorvida no túbulo contorcido proximal, pode ser encontrada na urina em casos de hiperglicemia diabética. Corpos Cetônicos: ocorre em jejum prolongado, dietas pobres em carboidratos, após exercício físico intenso e principalmente em casos de diabetes mellitus. Bilirrubina: Pode ser indicativo de doença hepática, como cirrose ou hepatite. Hemoglobina: pode se apresentar em sua forma livre ou em forma de hemácias integras, podendo ser indicativo de infecção urinária. Leucócitos: Células de defesa, importante marcador de ITU. Ativados em infecção. Nitritos: costumam estar presentes em infecções, já que as bactérias gram-negativas são responsáveis por transformar o nitrato em nitrito. Análise Microscópica: permite a detecção de elementos celulares e acelulares na urina. Hematúria: Presença elevada de hemácias na urina. Leucocitúria: Importante marcador de infecção urinária. Cristais são comuns nos exames microscópicos de urina. Urocultura Consiste em colocar uma pequena quantidade de urina em meio que favorece o crescimento de eventuais germes presentes na urina, chamado “meio de cultura”, assim facilitando a identificação destes, os germes identificados também são expostos a antibióticos podendo então se perceber quais são sensíveis ou resistentes. É o exame mais indicado para identificar infecção urinária, indicado também quando o paciente apresenta febres de origem indefinida para pesquisar uma possível infecção urinária. Como o exame é feito? A urina que se destina a esse exame deve ser colhida de forma estéril, deve ser utilizada a 1ª urina da manhã por ficar mais tempo na bexiga e conter um número maior de bactérias, o primeiro jato deve ser desprezado e a região genital limpa antes da coleta. O paciente não deve tomar nenhum tipo de antibiótico antes de colher a amostra, podendo inibir o crescimento bacteriano. O resultado da urocultura vai exemplificar o número de colônias de bactérias encontradas, os tipos de microrganismos identificados e os antibióticos a que são sensíveis ou resistentes. O resultado pode levar até 3 dias. Antibiograma Técnica tem o objetivo de verificar a sensibilidade bacteriana frente agentes antimicrobianos. O teste dá maior segurança e um norte ao médico de que tratamento deve seguir para aquela determinada bactéria que causou a infecção no paciente. O exame vai possibilitar identificar se a bactéria é sensível ou resistente a determinados antibióticos. O resultado do teste demora de 4 á 5 dias. As amostras a que são realizados os exames são urina.
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