Direito Constitucional. Resumo: Entes Federativos.

Prévia do material em texto

LEGENDA- EXPLICAÇÕES 
Constitucional 
Entes federativos 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, 
nos termos desta Constituição. 
MEDU 
Municípios 
Estados 
Distrito Federal 
União 
• Municípios – Interesse local, municipal. 
• Estados-membros – Interesse regional, estadual. 
• Distrito Federal – Possui competências estaduais e municipais. 
• União – Interesse nacional. 
 
Autonomia: Cada ente federativo possui a capacidade de se auto organizar, auto legislar 
e auto governar. 
OBS: SOBERANIA É DIFERENTE DE AUTONOMIA. SÓ QUEM POSSUI SOBERANIA 
É O ESTADO, ESTE COMO PAÍS, NAÇÃO, A REPUBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL, ENQUANTO OS ENTES FEDRATIVOS POSSUEM AUTONOMIA. 
(Art.18) 
§ 1º Brasília é a Capital Federal. 
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado 
ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. Os territórios 
federativos não existem mais, no entanto é possível criar um novo território federativo. 
(Região geográfica que era mantida com recursos federais). 
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si1, subdividir-se2 ou desmembrar-se3 para 
se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante 
aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso 
Nacional, por lei complementar. 
1 Unir dois estados, consequentemente essa unificação resultara em apenas um só estado. 
2 Divisão de um estado, onde este passa a inexistir e outros são criados a partir desse 
território. 
3 Divisão de um estado, onde este perde uma parcela do seu território, para a criação de 
um novo 
LEGENDA- EXPLICAÇÕES 
Para os estados se incorporarem, subdividissem ou se desmembrassem faz-se necessário 
a aprovação do povo interessado, esta por meio de um plebiscito, a aprovação do 
congresso nacional através de uma lei complementar e consultar as assembleias 
legislativas dos Estados envolvidos. 
 
 
 § 4º A criação1, a incorporação2, a fusão3 e o desmembramento4 de Municípios, far-
se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e 
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e 
publicados na forma da lei. 
 
1 Criação de um novo município. 
2 Incorporação 
3 União de dois municípios, consequentemente essa unificação resultara em apenas um só 
município. 
4 Divisão de um município, onde este perde uma parcela do seu território, para a criação 
de um novo. 
 
Ordem de requisitos para a criação, incorporação, fusão e desmembramento. 
 
1. Lei Complementar Federal determinando o período. 
2. Apresentação e divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, mediante Lei 
ordinária federal. 
3. Consulta prévia da população mediante plebiscito. 
4. Aprovação por meio de Lei Estadual. 
 
Anteriormente ao ano de 2006 só existia dois critérios para a criação, desmembramento, 
fusão ou incorporação dos municípios, são estes, a aprovação do povo interessado, via 
assembleia e a aprovação da assembleia legislativa do Estado, por meio de lei estadual. 
No entanto nesse período muitos municípios foram criados de forma desordenada, não 
sendo capazes de se auto organizarem e se manterem financeiramente. Posteriormente 
através da emenda constitucional n 57, foi estabelecido que os municípios criados até 
2006 são considerados validos e a partir desse período se estabeleceu novos critérios para 
tal, os previstos no § 4º, artigo 18, CRFB/88. 
 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou 
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; Não pode existir 
favorecimento para uma religião, seja em patrocino ou a perseguição, exceto a 
colaboração de interesse publico. Ex: arrecadação de alimentos, roupas, reforça a ideia de 
o brasil ser um país laico. 
II - Recusar fé aos documentos públicos; É dever dos entes federativos ter fé nos 
documentos públicos, visto que existe neles, uma presunção relativa de verdade e é uma 
maneira de manter esta veracidade e a credibilidade dos documentos públicos. 
LEGENDA- EXPLICAÇÕES 
III - Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. Os entes federativos não 
podem dar preferencias, nem distinções entre os indivíduos. 
Obs: A igualdade pode ser vista de duas perspectivas, igualdade formal1 e material2. 
1Refere-se a forma prescrita na lei, onde todos são iguais, sem diferenciações, nem 
favorecimentos. 
2Refere-se a forma pratica onde muitas vezes agir de forma igualitária entre os 
indivíduos acaba gerando injustiça , desproporcionalidade, resultando no que se tenta 
extinguir, a desigualdade, ou seja, para a prevalência da igualdade é necessário muitas 
vezes criar distinções entres os indivíduos, para ser possível manter a justiça e a 
proporcionalidade de tratamento para todos os brasileiros. Como dizia Aristóteles é 
necessário tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.