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protocolo aula pratica hemocultura

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HEMOCULT 
 
 
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1. FINALIDADE 
Meios de cultura destinados ao isolamento de micro-organismos em amostras 
de sangue. 
 
 
2. INTRODUÇÃO 
Normalmente o sangue circulante humano é estéril, mas no transcorrer de 
algumas doenças infecciosas, eventualmente o sangue pode ser invadido por 
micro-organismos. Uma invasão passageira da corrente sangüínea é 
denominada bacteremia, ao passo que, a situação em que o micro-organismo 
além de invadir se multiplica na corrente circulatória denomina-se septicemia. 
As causas de bacteremia ou septicemia são variáveis. 
 
 
3. IMPORTÂNCIA CLÍNICA 
A hemocultura é importante principalmente em casos graves aonde há 
persistência de febre, sinais hematológicos e clínicos de infecção, porém, com 
resultados de exames microbiológicos tradicionais inconclusivos. Sabe-se que 
a partir do sangue, um micro-organismo pode atingir qualquer sítio do 
organismo, produzindo o que se chama de focos infecciosos, cuja ocorrência 
contribui para agravar o quadro clínico, sendo freqüentemente a causa de 
muitos óbitos. 
 
 
4. AMOSTRA 
- Preparo do paciente 
Apesar de ser um exame relativamente de urgência, coletar as amostras antes 
do início de qualquer terapia antimicrobiana. 
 
- Tipo de amostra 
As amostras requeridas são sangue periférico, transferido imediatamente para 
o frasco de Hemocult após sua coleta. 
 
- Precauções e cuidados especiais 
Todas as amostras devem ser manipuladas com extrema cautela, pois podem 
veicular diversas doenças infecto-contagiosas. Seu descarte deve ser feito 
preferencialmente após sua autoclavação devendo-se evitar sua eliminação 
diretamente no meio ambiente. 
 
 
5. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O PRODUTO 
 
a- Princípio de técnica 
A amostra de sangue é incubada entre 35 a 37ºC até 7 dias (14 dias em 
suspeita de endocardites) em frascos contendo Hemocult. Havendo 
crescimento, o material é repicado em meio de cultura em placa para seu 
isolamento, identificaçãp e realização do antibiograma. 
 
b- Reagentes 
- Hemocult I: Frascos contendo 9, 45 ou 90mL de meio TSB (Tryptic Soy 
Broth) adicionado de SPS (Polianetol Sulfonato de Sódio) que atua como 
anticoagulante e inibe a atividade do complemento e da lisozima, interferindo 
assim no processo de fagocitose; CO2 e vácuo, que asseguram condições de 
anaerobiose, para inocular respectivamente 1, 5 ou 10mL de sangue total. 
 
- Hemocult II: Frascos contendo 45mL do meio BHI (Brain Heart Infusion), 
adicionado de SPS, CO2, vácuo e PABA (Ácido Paraminobenzóico) que atua 
como agente inibidor de Sulfas, para inocular 5mL de sangue. 
 
c- Armazenamento e estabilidade 
Os materiais são estáveis em temperatura ambiente até a data de vencimento 
expressa em rótulo, desde que com o lacre inviolado e armazenado em local 
fresco e ao abrigo da luz direta. 
 
d- Precauções e cuidados especiais 
O material apresenta-se com uma coloração amarelada e com aspecto límpido. 
Como os frascos são autoclavados, em alguns casos pode ocorrer uma ligeira 
oxidação do metal que compõe o lacre, que não interfere no desempenho do 
meio. 
 
 
6. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS (porém não fornecidos) 
- Seringas descartáveis estéreis e demais materiais de coleta; 
- Agulhas hipodérmicas descartáveis estéreis; 
- Álcool a 70% (iodado ou não); 
- Estufa bacteriológica. 
 
 
7. PROCEDIMENTO TÉCNICO 
a- Antes de se iniciar o procedimento, lavar cuidadosamente as mãos com 
água e sabão, enxaguar bem e secar com toalhas de papel descartáveis; 
b- Preparar os frascos de hemocultura, limpando a tampa com algodão 
embebido em alcool 70%, deixando o algodão sobre a tampa do frasco até o 
momento da punção. 
c- Selecionar o local da punção e colocar as luvas. 
d- Aplicando um torniquete se necessário, até localizar uma veia adequada 
para punção. 
d- Limpe a área de punção com algodão estéril embebido em alcool 70% 
friccionando vigorosamente por 30 segundos. 
e- Desinfetar a área de punção com solução de iodo a 2% ou solução de 
clorexidina alcoolica a 0,5%. 
f- Puncionar a veia com seringa e agulha estéreis, coletando o volume 
necessário (1 para o Pediátrico, 5 ou 10 mL conforme o volume indicado para 
cada produto) e cuidando para não se formarem bolhas de ar na seringa 
(aspiração lenta); 
g- Após puncionada a quantidade desejada de sangue, remove-se a seringa do 
local cuidando-se para não haver contaminação da agulha. Caso não se 
consiga a punção na primeira tentativa, trocar a agulha e repetir a limpeza e 
assepsia para uma nova tentativa. 
h- Transferir as alíquotas de sangue, preferencialmente para dois frascos 
contendo Hemocult, sem trocar a agulha. Quando for de interesse, um dos 
frascos pode ser aerado. 
i- Homogeneizar os frascos por inversão. Incubá-los em estufa bacteriológica a 
35 ±2ºC. 
j- Após 24 e 48 horas de incubação deve ser realizado os repiques cegos em 
ágar Sangue e/ou ágar Chocolate e realizado a coloração de Gram. Em caso 
de ausência de crescimento e ausência da visualização de micro-organismos 
deve-se continuar a incubação dos frascos observando diariamente a procura 
de sinais de crescimento, como presença de colônias, turbidez, grumos, 
bolhas, hemólise e/ou produção de gás. Se negativo, manter este 
procedimento por 7 dias. 
k- No sétimo dia repicar as amostras em ágar chocolate, incubado a 35 ±2ºC 
sob tensão de CO2. 
l- Nos casos de positividade na hemocultura, deve-se proceder às rotinas de 
identificação e antibiograma adotadas pelo laboratório. Durante todo o 
procedimento de hemocultura, o médico deve ser mantido a par do andamento 
dos trabalhos microbiológicos. 
 
Observação: 
- A agitação diária dos frascos favorece o crescimento dos micro-organismos. 
- No caso de suspeita de fungemia, incubar os frascos a 30 ±2ºC por mais 10 
dias. 
- Seleção dos meios de cultura: 
Hemocult I: indicado para uso geral, recupera micro-organismos exigentes e 
não exigentes como Neisseria spp e Haemophilus spp. 
Hemocult II: O hemocult II também é indicado para uso geral, recupera micro-
organismos tanto exigentes como não exigentes, e pelo fato de incorporar 
PABA em sua formulação permite o uso em amostras de pacientes sob terapia 
por sulfas. 
 
 
8. RESULTADOS 
- Liberar os resultados negativos como “Não foram isolados micro-organismos 
na amostra analisada após 7 ou 14 dias de incubação a 35ºC em aerobiose e 
anaerobiose”. Reportando data, hota e sítio de coleta. 
- Liberar os resultados positivos como: “Desenvolvimento de ___ (indicar a 
espécie isolada). Reportando resultado do antibiograma, data, hota e sítio de 
coleta. 
 
 
9. LIMITAÇÕES DO MÉTODO 
- Quanto maior a quantidade de sangue inoculada no meio, maior será a 
sensibilidade do teste. Estima-se que há um aumento de 3% na positividade 
para cada mL de sangue acrescentado. Assim sendo, recomenda-se sempre 
que for possível o uso de frascos com 90mL de meio, aonde se inocula 10mL 
de amostra (no caso de adultos); 
- Amostras refrigeradas (2 a 8ºC) podem gerar resultados falsamente 
negativos. 
- A diferenciação de patógenos verdadeiros de contaminantes é dificil e não 
existe um gold standard. Por um longo tempo espécies consideradas 
contaminantes são atualmente consideradas patógenos frequente, como é o 
caso dos Staphylococcus coagulase negativa. Por este motivo cuidados na 
assepsia durante a coleta e monitoramento da frequencia nas contaminações 
são fatores importantes para diminuir o isolamente de contaminantes da pele. 
- O momento da coleta é muito importante para a eficácia do exame, e, apesar 
de não haver um consenso geral, recomenda-se que a coleta seja efetuada 
preferencialmente no momento do pico febril e antes de se iniciar qualquer 
procedimento terapêutico com antibióticos e quimioterápicos. 
- O número de amostras coletadas não é consensual, porém, admite-se que o 
ideal é um mínimo de 3 amostras, em duplicata (desta forma pode-se rastrear 
possíveis contaminações). Alguns autores falam em avaliar no mínimo entre 
40-60 mL de sangue por 24h. 
- Segundo Murray e colaboradores,95% das bacteremias podem ser 
detectadas até a terceira coleta efetuada. 
- Algumas bactérias fastidiosas como brucelas e alguns hemófilos podem não 
ser recuperadas pela hemocultura. 
 
.
 
 
Laborclin Produtos para Laboratórios Ltda 
CNPJ 76.619.113/0001-31 Insc. Estadual 1370012926 
R. Casimiro de Abreu, 521 - Pinhais/PR CEP 83.321-210 
Telefone 041 36619000- www.laborclin.com.br 
Serviço de Assessoria ao Cliente 
SAC 0800-410027 
sac@laborclin.com.br 
LB 170768 REV 10 06/2014 
Responsável técnico: 
Elisa Hizuru Uemura – CRF/PR 4311 
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10. CONTROLE DA QUALIDADE 
- Antes de uso, inspecionar os frascos individualmente verificando se 
não existem irregularidades; 
- A cada novo lote recebido, recomenda-se testar o meio usando cepa 
padrão (ATCC ou derivada). 
- A periodicidade do controle da qualidade deve ser estipulada pelo 
próprio usuário de acordo com suas necessidades. 
 
 
11. GARANTIA DA QUALIDADE 
A Laborclin obedece ao disposto na Lei 8.078/90 - Código de Defesa 
do Consumidor. Para que o produto apresente seu melhor 
desempenho, é necessário: 
- que o usuário conheça e siga rigorosamente o presente procedimento 
técnico; 
- que os materiais estejam sendo armazenados nas condições 
indicadas; 
- que os equipamentos e demais acessórios necessários estejam em 
boas condições de uso, manutenção e limpeza. 
Antes de ser liberado para venda, cada lote do produto é submetido a 
testes específicos, que são repetidos periodicamente até a data de 
vencimento expressa em rótulo. Os certificados de análise de cada lote 
podem ser solicitados junto ao SAC - Serviço de Assessoria ao Cliente, 
bem como em caso de dúvidas ou quaisquer problemas de origem 
técnica, através do telefone 0800-410027. Quaisquer problemas que 
inviabilizem uma boa resposta do produto, que tenham ocorrido 
comprovadamente por falha da Laborclin, serão resolvidos sem ônus 
ao cliente conforme o disposto em lei. 
 
 
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1- Koneman, Elmer; et al. Diagnostic Microbiology. Lippincott, USA, 6 
ed., 2010. 
2- Mahon, Connie, Manuselis, George Jr. Diagnostic Microbiology. 
Saunders, USA, 1995. 
3- Murray, P.R. et al. Manual of Clinical Microbiology. 7 ed, American 
Society for Microbiology, 1999. 
4- Difco Manual, 2 ed., 2009. 
 
 
13. REGISTRO NA ANVISA: 100.970.10.137 
 
 
14. APRESENTAÇÃO: 
530141- HEMOCULT I PEDIATRICO-TSB-9mL-CX 10FR 
530133- HEMOCULT I-TSB-45mL-CX 10FR 
530135- HEMOCULT I-TSB-90mL-CX 10FR 
530138- HEMOCULT II-BHI-45mL-CX 10FR 
 
mailto:sac@laborclin.com.br

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